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Minha Jornada Musical

A música sempre foi uma parte intrínseca da minha vida, como uma herança que
começou antes mesmo do meu nascimento. Meus pais, ambos músicos talentosos, iniciaram
sua jornada musical muito antes de eu dar os primeiros passos no mundo. Lembro-me, desde
os primeiros anos de vida, de observar com admiração a harmonia que a música trazia para o
ambiente familiar, com meu pai e minha mãe fazendo música juntos. Lembro-me até hoje da
agonia que sentia quando, devido à idade, a falta de coordenação motora impedia-me de tocar
instrumentos melódicos, o que trazia meus pais a oferecerem-me apenas instrumentos de
percussão. No entanto, essa frustração logo se transformou em uma profunda atração pelas
melodias, que viriam a moldar minha própria jornada musical.
Aos cinco anos de idade, minha jornada musical começou quando comecei a tocar
violão. Hoje, aos dezenove anos, já se passaram quatorze anos desde aquele primeiro acorde.
Ao longo dessa jornada, a música passou de ser uma mera observação para se tornar minha
paixão e minha forma de expressão. Fui abençoado com a oportunidade de receber formação
musical formal no Curso de Formação Musical da renomada Escola de Música Villa-Lobos.
Em 2012, fui agraciado com uma bolsa para iniciar meus estudos nessa instituição de renome,
o que aprofundou ainda mais minha relação com a música.
No decorrer dos anos, minha paixão pelo violão cresceu, mas minha busca musical se
expandiu para além desse instrumento. Enquanto a música rock era uma influência constante
devido à criação proporcionada por meus pais, em 2019, o rap e, mais especificamente, o trap,
entraram em cena e se tornaram um divisor de águas em minha vida musical. O rap trouxe
novas possibilidades de expressão, letras impactantes e ritmos cativantes que ressoaram
profundamente comigo.
Minha experiência musical não se limita apenas a tocar violão e explorar diferentes
gêneros. Desde minha formação na Escola de Música Villa-Lobos até o presente, participei de
inúmeras apresentações musicais. Essas apresentações incluíram contribuições à comunidade
escolar e, mais recentemente, colaborações com artistas da cena hip-hop. Em 2021, assinei
contrato com a gravadora independente Camarão Records e tive o prazer de compartilhar o
palco com amigos talentosos em nossa MOB (sigla para "Member of Blood"), um grupo de
artistas do hip-hop que, embora agora desfeito, permanece como uma parte valiosa da minha
jornada musical.
Raul Seixas, um ícone da música brasileira, é uma das figuras que mais influenciou
minha abordagem à música. Sendo nordestino e baiano como eu, a lírica e a autenticidade de
Raul ecoam profundamente em minha própria forma de expressão musical.
Em 2022, lancei meu primeiro single, "Feitiçaria no Stu", uma canção de trap que
trouxe elementos de misticismo e bruxaria. Embora hoje eu veja essa música como uma
representação inicial de minha jornada, ela permanece especial para mim, uma peça única de
minha identidade musical.
Minha jornada musical é uma fusão de preferências diversificadas. Amo tocar sozinho
em meu quarto, onde a música é meu refúgio pessoal. No entanto, também valorizo a criação
musical colaborativa com amigos, que me desafia e me inspira a crescer. O aprendizado é
uma via de mão dupla em meu círculo musical, onde todos nós somos tanto mestres quanto
alunos, sempre aprendendo e ensinando.
À medida que olho para o futuro, desejo aprofundar meu conhecimento em teoria
musical e explorar maneiras de unir o rock e o rap, dois gêneros que moldaram minha
jornada. Minha maior aspiração é inovar e permanecer fiel a quem sou, contribuindo com
mudanças positivas no mundo por meio da música, deixando o universo me guiar no caminho
que devo seguir.
Assim, minha relação com a música é uma jornada rica e em constante evolução,
moldada por influências variadas, desafios e um profundo amor pela expressão musical. Cada
acorde, cada letra e cada performance são etapas nessa jornada, e estou ansioso para ver para
onde a música me levará a seguir.

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