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Identificação

NOME: Michael Stefferson Silva dos Santos

TURNO: Vespertino

ESCOLA: Esc. Mun. Profª Francisca de C. Avelino Batista.

UNIDADE TEMÁTICA: Dança;

MODALIDADE: Danças Urbanas

TÍTULO/TEMA: O Bounce no corpo do Breaking

DURAÇÃO: 45 a 60 minutos

INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA

O movimento Hip Hop transforma-se em um marco da geração pós-moderna que faz


parte de um conjunto de manifestações da cultura urbana. Nela, parte tem em suas raízes
históricas criadas e difundidas nas periferias de grandes cidades. As subdivisões das
danças urbanas se fundem em massas que formam o espaço urbano, no qual o breaking
é representação e estilo de expressão corporal, e ferramenta de difusão de valores éticos
e morais relacionados ao Hip Hop. Logo, o presente projeto justifica-se em razão, de
apoiar, valorizar e expandir conjunto de expressões culturais no rol das danças urbanas.

A abordagem deste tema se faz necessário para repensar os conceitos do que são arte e
cultura para o ambiente escolar contemporâneo e seus objetivos. Desta maneira, cabe
cada vez mais, aos espaços, compreender tais manifestações e possibilitar um espaço de
diálogo e intervenção artístico-cultural por meio de uma linguagem comum aos jovens
urbanos, sejam do centro ou da periferia.

Atualmente, o DJ, Graffiti e as danças urbanas, pilares do Hip Hop, são utilizadas como
ferramenta para dar a uma população de jovens artistas que ainda se encontram
segregada dos movimentos culturais, por falta de apoio técnico ou mesmo, de
financiamento para sua difusão. Portanto, o projeto sustentando em ações das danças
urbanas aliado aos fatores de movimento (LABAN, 1995), contribui para a busca da
construção de uma trilha de investigação prático teórica pouco explorada na área, pelas
qual intenta compreender como determinado vocabulário possa ser organizado em
outras estratégias e novos entendimentos.

OBJETIVOS

Objetivos Gerais:

 Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos,


direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na
construção do movimento dançado. 
 Ampliar e proporcionar experiências corporais da cultura hip hop, o qual se
utilizará do vocabulário introdutório da dança breaking aliado aos fatores de
movimento. Para além da adesão técnica, as aulas visam estimular a autonomia
dos alunos na criação de células coreográficas e performance em ambientes de
manifestação das danças urbanas.

Objetivos específicos:

 Introduzir os fundamentos e o vocabulário formador da dança breaking por


meio da aquisição e reflexão dos passos, bem como a compreensão dos aspectos
estéticos que compõem a manifestação de rua;
 Promover a reflexão sobre as danças urbanas e suas possibilidades na criação
em dança;
 Motivar a constituição de uma audiência participativa no âmbito das danças
urbanas.

CONTEÚDOS PROGRAMATICOS

As aulas, intenta, ciente das limitações, uma primeira aproximação do ensino dessa
modalidade, organizadas em momentos chaves: o trabalho do tônus muscular, o treino
da escuta da própria ritmicidade e a atenção à mudança de peso e do equilíbrio. As aulas
também querem motivar a descoberta de diferentes partes do corpo e do espaço em
torno dele antes da apresentação dos rudimentos das danças urbanas. Isso implica o
estímulo, por meio de exercícios, à percepção do volume corporal com ênfase em
oposições como lento e rápido, tensão e relaxamento. Simultaneamente, explorar a
transferência global corporal em tarefas rotineiras como andar, correr, deslizar, descer e
subir, entre tantas outras. O uso de alavancas do corpo como Top Rocks, Footworks;
Freezes farão parte dessa primeira aproximação. Portanto, as aulas têm como meta a
exploração da prática das danças urbanas como linguagem da cultura Hip Hop, através
de exercícios, técnicas, movimentos fundamentais, conceitos, nomenclatura e exercícios
relacionados às danças urbanas, aprofundando seu uso como linguagem corporal.
Exploraremos o autoconhecimento a partir do corpo de cada um e suas possibilidades,
percepção e fluidez do corpo, fortalecendo e desenvolvendo o estado físico e mental.

O passo a passo se estabelece com:

1. Rudimentos da dança breaking

1.1 Toprocks – Front Step. Back Step. Salsa Step

1.2 Footworks – Hooks, Cc ś

1.3 Freezes – Baby Freeze

2. Contextualização histórica
2.1 – Origens, criadores e as transformações culturais.

2.2 – Nomenclaturas; Danças urbanas/dança de rua no Brasil.

2.3 – Estilos-Breaking, Locking, Popping, House, funk e outros.

3. Interface entre danças urbanas e dança contemporânea

3.1 – Dança Contemporânea e movimento de rua: o corpo e o espaço urbano.

3.2 – Improvisação, batalhas e desenvolvimento de repertórios corporais.

3.3 – Criação de partituras de movimento a partir dos fundamentos do breaking.

4. Laboratório de Composição Coreográfica. Improvisação com o vocabulário das


danças urbanas.

5. Rodas para socialização do material adquirido.

METODOLOGIA

A abordagem dos conteúdos preconiza a participação ativa dos (as) alunos (as) no
processo de construção crítico do conhecimento através da ação–reflexão, observando
os princípios da Cultura Hip Hop quanto a sua intencionalidade em gerar processos de
vivências orientados pelo respeito ao outro e seus saberes. O projeto de ensino debruça-
se sobre três fases essenciais para o desenvolvimento da atividade:

1a Fase

Atividades de Consciência Corporal. Nesta fase, o objetivo é motivar a descoberta de


diferentes partes do corpo e do espaço em torno dele antes da apresentação dos
rudimentos do breaking. Isso implica o estímulo, por meio de exercícios, à percepção do
volume corporal com ênfase em oposições como lento e rápido, tensão e relaxamento.
Simultaneamente, explorar a transferência global corporal em tarefas rotineiras como
andar, correr, deslizar, descer e subir, entre tantas outras. Jogo Corporal. O trabalho com
a linguagem da dança alinhada a jogos criativos desempenha a função de descoberta de
movimentos globais por intermédio da brincadeira e ludicidade. O jogo corporal
caracteriza-se pelo desencadeamento de procedimentos lúdicos com regras explícitas.

2a Fase

Presume-se que os alunos tenham absorvido a consciência das oposições e da noção


básica do espaço e do volume corporal. O foco se concentra no trabalho de passos de
breaking aliados aos Fatores de Movimento (LABAN, 1999). Peso: Reconhecimento do
tônus; Movimentos gestuais; Movimentos posturais; O uso de alavancas do corpo: Top
Rocks, Footworks; Freezes Espaço: avanço da cinesfera espacial – o espaço entre as
extremidades que ocupa; Níveis, planos e direções; Formas básicas de locomoção.
Transições de Níveis – Drops e Go Downs; Locomoção do espaço através dos Top
Rocks – India Step, Front Step e Back step. Tempo: Reconhecimento do ritmo;
dinâmica do movimento – aceleração e desaceleração; Tempo Musical. Modulação do
tempo através dos footworks – Cc ́s, Hooks e Sixteps. Exercício de reconhecimento do
Beat. Freeze no tempo do Beat – Baby Freeze, Chair Freeze e Handstand. Noções de
Fluência: Percepção do fluxo do movimento; equilíbrio, localização do centro de
gravidade; equilíbrio estável e instável. Aquisição dos Floorworks do Breaking – knee
slides, back rolls e back rocks. Exercícios de giros ou rotações em torno do eixo da
coluna. Transferência de peso, de um apoio do corpo para o outro – Top Rocks,
Footworks e freezers.

3a Fase

– Laboratório de Composição Coreográfica. Improvisação com o vocabulário das


danças urbanas. Improvisação com acordos prévios e sem acordos.

AVALIAÇÃO

Avaliação contínua, observação do nível de participação e envolvimento na atividade


proposta.

Critérios de Avaliação Prática:

Será avaliada a dança breaking como um todo.

1. Ritmo

2. Técnica (Qualidade de execução dos movimentos e conhecimento da dança


apresentada).

3. Musicalidade (Interação entre o discente e a música). Obs.: Seguir alguns efeitos da


música não é necessariamente ter musicalidade, deve-se interpretá-la por inteiro.

4. Criatividade (criação de movimentos próprios, montagem inovadora, darem nova


leitura a algo já existente).

5. Estilo (características próprias, que o tornam um dançarino (a) único (a)).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LABAN, Rudolf von. Domínio do movimento. 5. ed. São Paulo: Summus, 1978. 268
p. ISBN: 8532300170;

MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2003. 206p.


ISBN: 8524909153;

RENGEL, LENIRA. Dicionário Laban. Annablume. 2003;


FORMAN, Murray; NEAL, Mark Anthony (EDS). THaT’S THE JOInt!: The Hip-
Hop Studies Reader. 1. ed. New York: Routledge, 2004. p. 1-646.

NEGRAXA, Thiago. As Danças da Cultura Hip Hop e Funk Styles. 1. ed. São
Paulo: All Print
Editora, 2015. v. 1. 98p.

SANTOS, Michael Stefferson Silva dos; SILVA Jean Firmino da; MARQUES, Larissa
Kelly de Oliveira. As danças vernaculares: como ferramenta de aproximação da
escola à realidade do aluno. Anais do VI Encontro Científico da Associação Nacional
de Pesquisadores em Dança - ANDA. Salvador: ANDA, 2019. p. 426-432

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