Segundo Immanuel Kant, filosofia iluminista, o belo resulta da associação do que agrada de
forma universal, considerando, de modo mais sensível, as dimensões da subjetividade e
sensibilidade humana, um voo livre da imaginação. De acordo com o teórico do racionalismo, é importante ressaltar que a percepção de beleza está atrelada ao âmbito pessoal de gosto e opinião das pessoas, ou seja, para que alguma coisa seja bela basta que haja um consenso do juízo pessoal sobre alguma coisa, de modo sensível e subjetivo. A exemplo, da descrição de uma obra de arte que, elevando em consideração a percepção e ponto de vista pessoal, o espectador analisará os elementos e características da obra, apenas pela contemplação do indivíduo a beleza passará a existir. De modo oposto, paralelamente, o belo para Hegel, depende de questões relativas ao momento histórico, ou seja, o belo seria produzido. Dessa forma, é possível constatar a produção de visões de mundo, a partir da qual coisas seriam consideradas belas e outras não. O voo racial pela História das Arte ajudou o filósofo a descobrir noções diversas sobre o belo, uma vez que a percepção de beleza, ou melhor ainda, a produção da ideia de beleza varia conforme o momento histórico. As coisas vão se modificando conforme o desenvolvimento da civilização, incluindo, nesse sentido, a arte em seu papel de sensibilizar. Hegel, ainda, na contracorrente da percepção estética do sentimento e gosto, reafirma a objetividade da beleza.Além disso, sob este contexto, o pessimista alemão, Arthur Shopenhauer, encontrou em suas reflexões o princípio que anima todo o universo, que move toda as estrelas e roças celestes, fazendo crescer, de modo voluptuoso, ininteligível, todas as coisas existentes, desde ervas pequeninas e frondosas árvores. A vida e a morte! Para Shopenhauer, o cosmo é um lugar cruel e nefasto, um mundo brilhantemente evocado na ordem da vontade cega. Um lugar de violência e brutalidade, porém repleto de criação. Nesse contexto, na dimensão intelectiva do ser humano, tem-se, ainda, a luz da representação, podendo ver este caldo primordial, em que borbulha todo o sentido, o sofrimento nefasto e interruptivel orquestrado pelo vontade. Temos alguma alternativa? O filósofo indaga que a arte é uma das maneiras de "curar-se" dos males desta força. Sim, meus queridos amigos, veremos a razão, pela sua ordenação, tentar livrar-se da opressão do cosmo, mesmo que que de forma fugaz. Segundo o pensador alemão, na contemplação estética, é possível viajar para além da voluptuosa da realidade, uma vez que na contemplação o ser humano deixa de lado a coisa em si, isto é, a Vontade.