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1. Introdução
Friedrich Wilhelm Joseph Schelling (1775-1854) está entre os mais inquietos e mais
influentes idealistas alemães, possuindo um volumoso e variado trabalho, que dá mostras de
que ele não se reteve em uma só área da filosofia. Suas principais obras são: o Sistema do
Idealismo Transcendental; Representação do meu Sistema (primeira fase, filosofia da
identidade); Filosofia e Religião; Pesquisas Filosóficas sobre a Essência da Liberdade Humana
e os Objetos Conexos com Esta (segunda fase, filosofia da liberdade).
Schelling, então, ressalva que somente a filosofia pode abrir de novo as fontes
primordiais da arte para a reflexão, que em grande parte estancaram para a produção em
escala. Somente mediante a filosofia podemos ter esperança de alcançar uma verdadeira
ciência da arte, não como se a filosofia pudesse conceder o sentido que só um Deus pode
conceder, não como se ela pudesse emprestar juízo àquele a quem a natureza o recusou, mas
porque exprime, de uma maneira imutável, em ideias, aquilo que o verdadeiro senso artístico
intui no concreto, e por meio do qual o juízo genuíno é determinado.
2. Metodologia
Tratando-se de uma investigação extremamente teórica, o trabalho foi desenvolvido por
meio da leitura de textos específicos de Schelling e, a partir dessa primeira aproximação dos
textos-base, procuramos tornar possível o desenvolvimento do diálogo entre o autor estudado
e seus intérpretes mais importantes.
3. Resultados e Discussão
Desde o início de sua atividade filosófica, como testemunham as Cartas Filosóficas
sobre o Dogmatismo e o Criticismo, de 1795, Schelling deparou-se com o problema da
contradição e/ou oposição entre natureza e espírito, necessidade e liberdade; e também desde
o início enxergou o pensador na arte não uma via, mas talvez a única via para a resolução
dessa dicotomia. Consideramos importante manter no horizonte desta nossa reflexão que a
concepção de divindade em Schelling tem por base a concepção de Espinosa, ou seja, é
panteísta, o que significa que Deus, o Absoluto, para ele, está em todas as coisas, que dele
tudo emana.
5. Referências Bibliográficas
BARBOZA, Jair. Infinitude subjetiva e estética: natureza e arte em Schelling e Schopenhauer.
São Paulo: Ed. UNESP, 2005.
PUENTE, Fernando Rey, VIEIRA, Leonardo Alvez. As filosofias de Schelling. Belo Horizonte:
Ed. UFMG, 2005.
SCHELLING, F. W. J. Filosofia da Arte. Tradução: Márcio Suzuki. 1 ed. 1 reimpr. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo, 2010. (Clássicos; 23)
SCHELLING, F. W. J. Obras escolhidas. Trad. e org. de Rubens Rodrigues Torres Filho. São
Paulo: Nova Cultural, 1989 em col. Os Pensadores.