Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
adorariam pôr as mãos nas nossas riquezas, estou totalmente de acordo, justamente
por isso digo que a melhor coisa que o Brasil pode fazer é fechar a casinha na
América Latina, servir como líder da região como meio de conter a influência das
grandes potências, "ah, mas a Venezuela é quase comunista, o Chile tá com um bando
de desordeiros, enfim". Sim, tudo isso é verdade, mas esses países vivem quase os
mesmos problemas que os nossos, precisamos fechar a casinha entre nós, veja, é de
grande interesse que as duas maiores potências da América do Sul estejam em
caminhos opostos, Brasil na esquerda e Argentina na direita atualmente, salvo
engano, a última vez que isso aconteceu por um período maior de tempo depois da
queda das juntas militares sulamericanas foi com os socialistas do século XXI,
Lula, e os Kirchner.
Depois tu fala que atualmente existe um boom armamentista, algo semelhante ao que
ocorreu antes da Primeira Guerra, concordo em partes, digo que de forma
concentrada, o boom armamentista foi muito maior na fase inicial da Guerra Fria até
a Crise dos Mísseis de Cuba, onde EUA e URSS aumentavam o seu arsenal nuclear sem
pensar nas consequências e como se não houvesse amanhã, entretanto é óbvio que as
ojivas nucleares hoje estão bem mais divididas entre os países do mundo, e não vai
acontecer uma Terceira Guerra Mundial, a não ser que em algum lugar do mundo entre
um chefe de Estado completamente louco que faça isso acontecer, mas até lá, o
máximo serão conflitos regionais, como Ucrânia x Rússia, Azerbaijão x Armênia,
outros golpes de Estado que trazem um certo alvoroço internacional, como o recente
golpe do Níger. Não compensa como compensava antes da Segunda Guerra Mundial e mais
com um mundo globalizado fazer guerra, atualmente existem diversos dispositivos
para evitar que uma guerra em escala gigantesca aconteça, vale muito mais a pena
para os países do Primeiro Mundo guerrearem economicamente.
Com relação a possíveis ataques de países estrangeiros aqui, acho improvável, mas
não impossível, como já disse antes, uma guerra em escala gigantesca é improvável,
tornando-se menos improvável se um chefe de Estado fora da casinha tomar o poder,
veja bem, atualmente o Milei deve tomar o poder na Argentina, e ele é bem mais fora
da casinha que o Bolsonaro, o que vai acontecer com ele? O mesmo que aconteceu com
o Bolsonaro, a oposição, junto do centrão argentino não vai deixar ele governar, e
mesmo com esse cenário improvável ainda teríamos um certo apoio do bloco opositor
aquele que quiser levantar uma voz ainda maior contra a gente, portanto está longe
de ser um cenário ideal. E justamente pelo subsolo brasileiro ser extremamente
rico, somos muito mais vulneráveis a sofrer pela guerra econômica e não pela guerra
bélica.
Pra fechar eu digo que o apoio brasileiros nas duas guerras mundiais aos americanos
se dá por fatores diferentes, na Primeira Guerra Mundial fomos bem menos atuantes,
na Primeira Guerra, em pleno ápice da República Velha e emulação do modelo
americano, entramos na guerra unicamente para ganhar uns pontos com eles, agora, na
Segunda Guerra, o Vargas coloca o Brasil na guerra de forma mais inteligente,
entramos no lado errado é claro, num cenário perfeito ideologicamente falando,
teríamos nos mantido neutros, mas é inegável que devido as concessões dos
americanos para que entrássemos na guerra ao lado deles, a nossa indústria se
beneficiou consideravelmente nos anos seguintes, não é exagero nenhum dizer que os
EUA têm impacto positivo boom econômico brasileiro até 1985, mas Vargas só tomou
essa decisão pois em 43/44 a guerra a longo prazo já estava perdida para o eixo.
Num cenário perfeito, Vargas teria uma relação melhor com Hitler ou Mussolini e um
deles negocia a entrada brasileira no eixo com as mesmas concessões que
financiariam esse boom nas décadas seguintes.
Agora hoje o que nós temos que fazer é o seguinte: Buscar fechar a América do Sul,
ignorando possíveis desentendimentos ideológivos (viva a URSAL), podemos incluir
também países da América Central, Europa Latina, como Portugal, Espanha, Romênia e
Itália, além dos países da Liga Árabe, demais falantes de português e países
africanos. É uma espécie de terceiro mundismo? Mais um menos, a prioridade deve ser
com o zelo na América Latina pela proximidade geográfica, se juntar com gente muito
maior que o Brasil vai causar um abocanhamento por parte deles.