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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

GABRIELE BENITEZ FREHSE

RELATO CRÍTICO WALTER BENJAMIN

CURITIBA
2023
O relato fornece informações sobre a vida e a carreira de Walter Benjamin, um
intelectual alemão nascido em Berlim em uma família judia, mas que não era
praticante da religião. Ele teve uma educação burguesa e estudou filosofia em
Fribourg de 1912 a 1915, onde começou a se envolver no movimento estudantil. Ele
fez amizade com Gerhard Scholem, que se tornaria um renomado estudioso da
teologia judaica e cabala. Durante a Primeira Guerra Mundial, Benjamin se desiludiu
com a guerra e seus amigos que apoiavam o conflito. Ele evitou o serviço militar
devido a arranjos familiares. Nesse período, ele explorou temas místicos do
judaísmo e começou a se interessar pela filosofia da linguagem. Em 1917, casou-se
e se mudou para a Suíça para escapar das condições da guerra. Lá, ele iniciou a
redação de sua tese de doutorado, "O Conceito de Crítica de Arte no Romantismo
Alemão", focando na filosofia do romantismo alemão. Mais tarde, retornou a Berlim e
tentou estabelecer uma revista chamada "Angelus Novus," mas o projeto nunca foi
concretizado. Benjamin também escreveu sobre a tarefa do tradutor e explorou uma
teoria mística da linguagem. Seu envolvimento acadêmico continuou com a redação
da tese de habilitação sobre o teatro barroco alemão, uma escolha ousada, pois
essa área não era valorizada na academia. Benjamin desafiou a tradição acadêmica
ao escolher um objeto de estudo menos conhecido, procurando destacar sua
importância. No entanto, sua tese não foi aceita, encerrando sua carreira acadêmica.
Esse relato fornece insights sobre as escolhas intelectuais de Benjamin, sua
tendência a desafiar as convenções acadêmicas e sua exploração de tópicos
místicos e filosóficos ao longo de sua vida.
Discute-se a mudança na vida e nas perspectivas de Walter Benjamin
a partir de 1924. Ele se mudou para a ilha de Capri, onde conheceu Asja Lacis, uma
atriz e diretora de teatro russo que se tornou o grande amor de sua vida. Ela
apresentou a Benjamin o marxismo e o comunismo, que o fizeram repensar sua
abordagem intelectual.
Walter Benjamin, até então, vivia em um mundo burguês, suas preferências
estéticas eram ligadas à tradição alemã e à leitura alemã. Asja Lacis o trouxe para a
realidade do presente e mostrou o que estava acontecendo no mundo, o que
resultou em uma mudança na filosofia de Benjamin. Ele teve um choque intelectual
ao ler "História e Consciência de Classe" de Lukács em 1924. A partir desse
momento, sua obra é dividida em duas fases: a fase da juventude e a fase
materialista marxista. Ele continuou a redigir sua tese, apesar de ter lido o livro de
Lukács. Sua tese não foi aceita, e ele percebeu que não conseguiria uma carreira
acadêmica na Alemanha, devido, em parte, ao antissemitismo da academia alemã.
Benjamin passou a se concentrar em se tornar um crítico literário e de cultura,
especialmente das vanguardas dos anos 1920. Ele também traduziu Proust para o
alemão e se tornou um grande defensor do movimento surrealista na Alemanha. Em
1926, ele viajou para Moscou para encontrar Asja Lacis, o que o fez vivenciar o
cotidiano e a política da União Soviética. O "Diário de Moscou" de Benjamin reflete
sua desilusão com o comunismo e sua perspectiva política em evolução.
É abordada a fase da vida de Walter Benjamin a partir de 1924, quando ele
começa a misturar as esferas da política com a memória e a infância em seus
escritos. Tudo o que Benjamin escreve passa a ter um caráter político. Ele publica
"Einbahnstrasse" (Rua de Mão Única) em 1928, dedicando-o a Asja Lacis e
mesclando memórias de infância em Berlim com elementos políticos
contemporâneos. Benjamin é considerado um dos maiores escritores de língua
alemã devido a essa obra e é estudado não apenas como um crítico de arte, mas
também como um escritor. Ele se dedica a repensar a função e o papel do
intelectual na sociedade.
Em 1927 a 1929, Benjamin inicia o projeto inacabado da "Obra das
Passagens", que reúne uma série de textos relacionados a vanguardas artísticas e à
política. Nessa época, ele também escreve um ensaio importante sobre o
surrealismo francês.
Em 1930, Benjamin se divorcia e em 1933, ele deixa a Alemanha permanentemente
devido ao aumento do antissemitismo. No exílio em Paris, ele enfrenta uma
condição precária de vida, mas recebe uma bolsa do Instituto de Pesquisa Social, o
que o associa à Escola de Frankfurt, apesar de não ser um filósofo no sentido
tradicional. Seu projeto principal é a "Obra das Passagens", que nunca é concluído,
e suas obras subsequentes giram em torno desse projeto. "A Obra de Arte na Era de
Sua Reprodutibilidade Técnica", escrito em 1935, é uma de suas obras mais
conhecidas e é publicado postumamente.
É explicado que a versão original do texto "A Obra de Arte na Era de Sua
Reprodutibilidade Técnica" é publicada postumamente, após a morte de Walter
Benjamin. Durante a década de 1930, Benjamin se concentra em escrever sobre
Charles Baudelaire e suas obras são influenciadas por esse estudo. Ele também
escreve as "Teses sobre o Conceito de História" em 1940, que é seu último texto
conhecido.
Em 1940, diante da ameaça da Segunda Guerra Mundial, Benjamin tenta fugir
do regime nazista. Ele se recusa a deixar a Europa por acreditar que seu trabalho
teria mais impacto na Europa do que nos Estados Unidos. No entanto, ele é forçado
a fugir e tenta atravessar os Pirineus a pé em direção à Espanha. Quando é detido
pelas autoridades espanholas devido à falta de nacionalidade, Benjamin se suicida
com uma dose de morfina. Ele não acredita que escaparia das consequências do
regime nazista e suas ações são influenciadas pela situação de sua família, com
dois de seus irmãos mortos em campos de concentração nazistas.
Benjamin também vivia em um ambiente de intensos debates intelectuais com
amigos como Theodor Adorno, Gershom Scholem e Bertolt Brecht, e tentou
reconciliar diferentes influências, como o messianismo e o marxismo, em suas
obras, como evidenciado em "As Teses sobre o Conceito de História". Sua mala
preta, que ele não largava durante sua fuga, supostamente continha manuscritos
desse importante texto.
Walter Benjamin deixou para trás quase tudo, exceto os manuscritos de suas
"Teses sobre o Conceito de Filosofia da História". Ele levou consigo o manuscrito,
que acabou perdido, e ninguém sabe o que aconteceu com ele. No entanto,
Benjamin enviou cópias das teses para Gershom Scholem, Theodor Adorno e
Georges Bataille. Bataille, um bibliotecário da Biblioteca Nacional, escondeu vários
escritos de Benjamin nas prateleiras da biblioteca, o que permitiu salvar parte de seu
trabalho.
Quando a guerra terminou, Bataille enviou tudo para Adorno, mas Benjamin
havia deixado uma disposição em seu testamento para que o desenho de Paul Klee,
a "Angelus Novus", fosse para Scholem. Adorno relutou em devolver, mas
eventualmente o enviou para Scholem, que, após sua morte, doou o desenho ao
Museu de Israel. Isso explica por que a obra de Klee está em Israel, apesar de Klee
não ser judeu.
Bataille desempenhou um papel crucial na preservação das cópias das "Teses
sobre o Conceito de Filosofia da História", que são altamente estudadas e exploram
elementos de messianismo, judaísmo e marxismo. Benjamin passou muito tempo
estudando na Biblioteca Nacional de Paris, pois seu objeto de estudo era a cidade
de Paris, e todos os materiais necessários estavam disponíveis na biblioteca.
Didi-Huberman, ao analisar a relação entre crítica de arte e história, destaca a
importância da imaginação na leitura e escrita da história da arte. Ele busca
repensar a história da arte à luz das ideias de Walter Benjamin, que acreditava que a
história e a imaginação eram interligadas. Didi-Huberman argumenta que a
historiografia da arte deve incorporar a imaginação em sua abordagem, semelhante
à maneira como Benjamin via a relação entre história e imaginação.
Walter Benjamin é considerado um autor com um corpo fragmentário de obras,
não se encaixando facilmente em uma categoria específica, como filósofo, escritor
ou crítico literário. Sua vida foi marcada por dificuldades práticas e teóricas, e ele
resistiu ao comunismo, à social-democracia e à pobreza material. Jeanne Marie
Gagnebin chama sua obra de um "fracasso exemplar" porque ele não alcançou o
reconhecimento público que desejava, mas suas obras são testemunhas de um
período histórico e desafiam o presente com suas indagações.
Walter Benjamin não seguiu uma abordagem filosófica ortodoxa em sua obra.
Em vez disso, ele estava mais interessado em fazer perguntas e investigar o
presente do que estabelecer uma doutrina filosófica definitiva. Ele abordou a filosofia
de uma maneira única, buscando uma compreensão mais profunda das
contradições não resolvidas da modernidade. Para ele, a Modernidade era
caracterizada por contradições e ambiguidades, e a tarefa do crítico era apontar
essas contradições e explorar as possibilidades de emancipação dentro delas.
Benjamin não se encaixava na filosofia tradicional, mas sim na tradição da
crítica e da investigação. Ele viu a obra de arte como um meio de expressar as
tendências religiosas, metafísicas, políticas e econômicas de sua época, e sua
abordagem envolveu a busca por uma "aura filosófica" em objetos que normalmente
não seriam considerados relevantes para a filosofia. Sua filosofia não buscava criar
sistemas filosóficos tradicionais, mas sim encontrar uma totalidade imanente em
objetos e questões específicas. Ele acreditava que a noção de totalidade como uma
compreensão completa do mundo era falsa, e em vez disso, ele procurou totalidades
dentro de núcleos de objetos, muitas vezes objetos marginais ou aparentemente
insignificantes. Portanto, a filosofia de Walter Benjamin é uma abordagem única e
não ortodoxa que se concentra em fazer perguntas, apontar contradições e explorar
as possibilidades de emancipação dentro da modernidade. Ele não se encaixa na
categoria de filósofo tradicional, mas sua obra oferece uma contribuição significativa
para a crítica cultural e a compreensão das complexidades da modernidade. Walter
Benjamin explora a ideia de que o conhecimento do sujeito e do objeto ocorre
simultaneamente, ao investigar a Modernidade do século XIX. Ele se volta para o
passado não para compreender exatamente o que aconteceu, como um historiador
positivista, mas para entender sua própria época. Benjamin combina uma
abordagem materialista dialética com elementos da crítica de arte romântica,
enfatizando a importância da crítica de arte como uma atividade produtiva em vez de
uma atividade judicativa. Seu projeto principal, a "Obra das Passagens", tem como
objetivo fixar uma imagem de sua própria vida e identificar a pré-história de sua
época. Benjamin acredita que o século XIX oferece pistas valiosas para
compreender sua contemporaneidade, adotando uma abordagem cíclica e infinita do
pensamento em oposição à linearidade do pensamento sistemático. Além disso, ele
valoriza a reflexão e o conhecimento a partir de fragmentos, o que é característico
da filosofia romântica.
Neste discurso, o palestrante explora a abordagem de Walter Benjamin em
relação ao estudo da história e da crítica romântica. Benjamin enfoca a
compreensão do presente por meio da investigação do passado. Ele diferencia o
objeto (o passado) do sujeito (o presente) em sua análise.
Benjamin desafia a ideia da crítica romântica tradicional, propondo um novo
método histórico, exemplificado em suas "Teses sobre o Conceito de História". Ele
destaca a importância de voltar-se para o passado para entender o presente,
transformando a noção de fragmento da filosofia romântica em fragmentos da
história, coletados a partir de várias fontes do século XIX. O palestrante enfatiza que
a obra "As Passagens" de Benjamin é uma coleção de citações temáticas e não uma
obra tradicional, evidenciando que a obra permaneceu inacabada, refletindo a
natureza interminável da reflexão benjaminiana. Benjamin via o conhecimento como
uma reflexão contínua, não sistemática e inacabada, alinhada com a crítica de arte
romântica. A montagem é apresentada como um elemento central na obra de
Benjamin, que é exemplificada tanto em sua escrita como na definição do cinema
moderno.
Benjamin adotou um método de montagem para compreender a história,
reunindo fragmentos e elementos concretos para criar uma filosofia da história. Ele
acreditava que a Modernidade do século XIX deixou marcas em todas as esferas da
vida, marcando a era com contradições. As "Passagens" referem-se às galerias
arquitetônicas parisienses do século XIX, consideradas os precursores dos
shoppings modernos. Benjamin as descreve como templos da mercadoria, onde o
fetichismo da mercadoria desempenha um papel central. Ele vê as passagens como
um momento de transição entre a era das revoluções e a era do capitalismo, onde a
vida doméstica e pública se entrelaçam.
As passagens também representam uma forma de labirinto, simbolizando a
natureza labiríntica da cidade moderna. Benjamin acredita que essas galerias são
um espaço liminar, um ponto de passagem entre sonho e vigília, e um local onde a
sociedade ainda sonha com um possível futuro, apesar das mudanças radicais em
curso. Ele enfatiza a ideia de que os leitores desempenham um papel ativo na
interpretação desses fragmentos e que a compreensão da história depende da
perspectiva do presente. Benjamin busca mostrar afinidades eletivas entre os
elementos, sem a necessidade de construir uma explicação sistemática. Ele vê a
mercadoria como a unidade que liga todos esses elementos, criando uma
constelação de significados.
Walter Benjamin se interessou pela fotografia do século XIX porque muitos
fotógrafos dessa época se especializaram em capturar imagens de cidades em
transformação, à medida que passavam da sua forma antiga para uma nova. Isso
representou uma transição importante que Benjamin considerou crucial para o
entendimento da Modernidade. Ele valorizou a fotografia por seu papel na
documentação dessa transição e por ser a primeira imagem que temos da
Modernidade, uma vez que a fotografia nasceu no século XIX como uma invenção
da própria Modernidade. Um dos fotógrafos favoritos de Walter Benjamin, apesar de
ser de 1924, foi Atget, que capturou imagens de uma Paris antiga, surrealista, que
coexistiu com a Paris moderna dos bulevares, que foi transformada por grandes
avenidas. Benjamin viu na fotografia uma maneira de explorar a relação entre
passado e presente na era da Modernidade. Nesse trecho, o palestrante discute a
importância de Walter Benjamin e Aby Warburg na reinterpretação da história da
arte e a relação de Walter Benjamin com Baudelaire. Ele destaca que ambos
buscam revelar uma verdade histórica, mesmo que não seja mais uma verdade
eterna, e enfatiza que essa busca não é uma forma de relativismo. A ideia é retirar
objetos tradicionais da autoridade da tradição e dar a eles uma nova leitura.
Baudelaire é citado como o primeiro artista moderno que cria obras de arte ao se
vender na cidade, e sua relação com o público burguês é destacada, tornando-o
precursor de todo artista moderno na visão de Walter Benjamin.
Walter Benjamin, uma figura proeminente no campo da filosofia e da teoria da
cultura do século XX, deixou um legado duradouro com suas reflexões sobre a
interpretação da história da arte e a busca por uma verdade histórica mais profunda.
Seu ensaio "A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica" é uma obra que
lança luz sobre uma série de questões cruciais que continuam a ressoar nos dias de
hoje.
Benjamin, ao explorar a Reprodutibilidade Técnica, revela como a invenção de
tecnologias de reprodução, como a fotografia e o cinema, altera fundamentalmente a
natureza da obra de arte. Ele argumenta que a reprodutibilidade tecnológica despoja
a obra de sua "aura", uma qualidade única e quase mística que a cercava quando
era única e inacessível. Essa "aura" conferia à obra de arte uma autenticidade e
singularidade que a distinguia de qualquer outra forma de expressão. No entanto,
com a capacidade de produzir cópias em massa, a arte se torna disponível a um
público mais amplo, e a "aura" que antes a envolvia é dissipada. A obra de arte
deixa de ser um objeto singular e se torna parte de um universo de reproduções.
Essa perda de autenticidade é outro ponto crucial abordado por Benjamin. A obra de
arte original, que antes era única e irrepetível, agora pode ser copiada e distribuída
em grande escala. Isso dilui a conexão especial que as pessoas tinham com a obra
de arte original, pois a cópia se torna tão valiosa quanto o original. A experiência
estética também é transformada. Benjamin discute como a reprodutibilidade técnica
altera a maneira como experimentamos as obras de arte. As reproduções podem ser
vistas em diferentes contextos, e as pessoas podem interagir com elas de maneiras
diversas, muitas vezes afastando-se da reverência tradicional em relação à obra de
arte original.
Além disso, Benjamin ressalta a influência da reprodutibilidade tecnológica na
política e na cultura de massa. Ele explora como as imagens em massa podem ser
usadas como ferramentas políticas e como a arte pode se tornar um meio de
propaganda. A disseminação de imagens e mensagens ideológicas por meio das
reproduções técnicas é uma preocupação que Benjamin aborda em seu ensaio. Ele
não enxerga a reprodutibilidade como algo puramente negativo, no entanto. Ele
argumenta que isso pode abrir caminho para novas formas de apreciação da arte,
nas quais as pessoas interagem com as obras em diversos contextos, promovendo
uma compreensão mais profunda e uma democratização da cultura. A arte deixa de
ser uma entidade isolada e elitista, tornando-se parte integrante da vida cotidiana.
Benjamin também lança uma crítica contundente à ideia romântica da "aura", uma
aura que concedia uma qualidade quase religiosa à obra de arte. Além disso, ele
questiona a abordagem formalista da arte, que se concentra na análise estrutural e
formal da obra em detrimento de seu contexto cultural e social. Ele sugere que a arte
pode e deve ser usada como uma ferramenta para abordar questões sociais e
políticas, desafiando a ideia de que a arte deve ser uma experiência isolada e
desinteressada. Em resumo, o ensaio de Walter Benjamin sobre a reprodutibilidade
técnica da obra de arte é uma exploração profunda das mudanças fundamentais que
as tecnologias de reprodução trouxeram para a arte e a cultura. Suas reflexões vão
desde a perda da "aura" até as implicações políticas e culturais dessa mudança,
culminando na defesa de uma nova forma de apreciação da arte, que vai além da
reverência à obra original e abraça a arte como uma força dinâmica na sociedade
contemporânea. Benjamin nos convida a repensar nossa relação com a arte, a
cultura e a história, lançando luz sobre as complexidades e as possibilidades que a
reprodutibilidade técnica trouxe ao mundo das artes.

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