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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO Comentado [P1]:

FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES FORMATAÇÃO GERAL DO TEXTO:


A resenha deverá ter de 2 a 3 laudas (folha A4, fonte Times
DEPARTAMENTO DE LETRAS ou Arial tamanho 12, espaço 1,5, margens superior e
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA: CONTEÚDO E MÉTODO I esquerda 3cm; inferior e direita 2cm).
PROF.: M I L E N A T O R R E S D E A G U I A R
ALUNO: XXXXXXXXX

TÍTULO DA RESENHA
original.

LEITE, Yonne & CALLOU, Dinah. Como falam os brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
Série Descobrindo o Brasil, 2002. Comentado [B4]:
Iniciar a resenha com a referência bibliográfica, em acordo
Resenhado por xxxxxxx (FFP/UERJ) com a ABNT:

Comentado [B5]:
Inserir nome completo.
Como falam os brasileiros, de Yonne Leite e Dinah Callou, tem por objetivo discutir a questão da
variação linguística. O livro se inicia com uma introdução geral sobre a linguagem, sua função
sociocomunicativa e os diversos falares existentes no Brasil. As autoras partem de Antenor Nascentes
que, em 1953, classificou o falar brasileiro em seis subfalares: o amazônico, o nordestino, o baiano, o
fluminense, o mineiro e o sulista. Além de destacarem características dialetais oriundas de diferentes
regiões, tratam de outros fatores extralinguísticos, como: faixa etária, sexo, escolaridade etc, para explicar
que as variações também são decorrentes de aspectos individuais. Comentado [B6]:

Dentre outros comentários sobre diversidade, destacam que a variação linguística, de acordo com Ainda no primeiro parágrafo da resenha, o resenhista explora
brevemente os pontos centrais tratados na obra, numa
Antonio Houaiss, é proveniente do próprio processo de colonização do país, ou seja, “dialetação horizontal introdução à resenha.

por influxo indígena e diferenciação vertical entre a fala do luso e a fala do nascido e criado na terra” (p.
93). Comentado [B7]:
É possível incluir citações da obra resenhada, desde que
O livro, com 73 páginas, está dividido em 15 tópicos: “introdução”, “uma visão geral do Brasil: estejam entre aspas. Indique a página de onde foi extraída a
citação. Cuidado para não abusar desse recurso.
o mito de homogeneidade”, “assumindo a diversidade”, “o falar carioca no conjunto dos falares
brasileiros”, “sexo, idade e variação linguística”, “para uma caracterização dos falares brasileiros”, “a
fonética da fala culta”, “os sotaques sintáticos da fala culta”, “normas, pluralismo, etc”, “traçando linhas
imaginárias”, “voltando ao começo”, “cronologia”, “referências e fontes”, “sugestões de leitura” e, por
fim, um item “sobre as autoras”. Comentado [B8]:
Neste parágrafo, o resenhista informa o número de páginas da
No item “uma visão geral do Brasil: o mito da homogeneidade” encontramos comentários sobre obra, bem como enuncia os capítulos ou partes (seções) em
que a obra está dividida.
a oposição entre a variante brasileira e a européia da língua portuguesa, razões para o Brasil não apresentar
um quadro linguístico homogêneo e, também, dados sobre as línguas indígenas faladas no Brasil antes e
depois da colonização do país. As autoras encerram esse item, afirmando que, para existir uma educação
democrática e igualitária, é preciso que reconheçamos a diversidade e trabalhemos com ela, Comentado [B9]:
Veja que, a partir daqui, há um parágrafo de síntese para
possibilitando, assim, a todos os falantes a aprendizagem de normas prestigiadas e o acesso às mesmas cada capítulo ou seção da obra.

oportunidades.
Em “assumindo a diversidade” são apresentados vários Atlas Linguísticos, iniciados no Brasil,
desde 1960, com destaque ao Atlas Linguístico do Brasil (ALIB), um atlas geral, que tem por objetivo
fazer um retrato do Brasil, isto é, “dar conta da diversidade existente, ou melhor, da dialetação do
português, a fim de tornar viável a tão complexa delimitação de áreas próprias a cada fenômeno
linguístico” (Leite & Callou,2002: p.17).
“O falar carioca no conjunto dos falares brasileiros” refere-se a pesquisas realizadas sobre o dialeto
dos cariocas, principalmente, a de Antenor Nascentes, nos anos 80, que faz uma monografia baseada no
seu próprio falar. Este tópico foi incluído na obra, pois, de acordo com as autoras, o Rio de Janeiro “é uma
área cuja linguagem culta tende a apresentar um menor número de marcas locais e regionais, com uma
tendência universalista, dentro do país” (p.10).
“Sexo, idade e variação linguística” abrange os fatores extralinguísticos responsáveis por
caracterizar a fala de homens e mulheres, de diferentes faixas etárias e em diversos contextos. Dá-se maior
ênfase, nesse tema, à questão de que a identidade homem/mulher não pode ser vista isoladamente e, sim,
em conjunto com outros fatores como faixa etária, tipo de trabalho, ou outras identidades culturais.
Os tópicos “para uma caracterização dos falares brasileiros”, “a fonética da fala culta”, “os
sotaques sintáticos da fala culta”, “normas, pluralismo, etc”, “traçando linhas imaginárias” citam
exemplos da variação linguística como: O artigo definido diante de nomes próprios e possessivos;
Alternância nós/ a gente. Vale destacar que todas as análises apresentadas nestes itens são feitas com base
no mesmo corpus: São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e Recife, que fazem parte do Projeto
NURC (Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana Culta).
“Voltando ao começo” lembra a chegada de Cabral ao Brasil, deparando-se com povos, costumes
e línguas diversas. Também fala sobre a chegada dos jesuítas com “a missão de transformar osindígenas
em cristãos” (p.60) e sobre diversas línguas indígenas existentes no Brasil. Todos estes fatos históricos
servem para mostrar a origem da diversidade linguística.
O livro como um todo proporciona uma leitura não só instrutiva como agradável,
desenvolvendo-se, de maneira geral, com simplicidade, clareza e objetividade. Conforme comentário de
Jorge Zahar, editor de Como falam os brasileiros “[o] livro convida o leitor a desvendar os mistérios e
sutilezas da diversidade e unidade dos falares brasileiros, apresentando um retrato sociolinguístico do falar
culto carioca, gaúcho, paulistano, baiano e pernambucano”. Assim, Como falam os brasileiros será útil
tanto para principiantes como para interessados que já tenham acumulado conhecimentos menos ou mais
avançados da área. Comentado [B10]:

É importante ressaltar que um livro, com pouco mais de 70 páginas, e que trata de tantos tópicos, Destaca-se aqui se o livro/capítulo é claro, objetivo, simples,
problemático, denso etc... Deve-se acrescentar se a obra pode
tem que necessariamente ser geral, mas, nem por isso, deixa de ser interessante e de trazer exemplos contribuir para o ensino e a pesquisa e, em caso afirmativo,
esclarecer esse ponto de vista.
relevantes de variação linguística.
analisaram a obra em questão. Essa parte deve ser bem
desenvolvida em um ou dois parágrafos que realmente auxiliem um
eventual leitor da obra a decidir se ela vale a leitura ou não.

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