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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS DE SÃO BERNARDO


CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS HUMANAS/SOCIOLOGIA
DISCIPLINA OPTATIVA 1: INTÉRPRETES DO BRASIL
DOCENTE: MSC. MESSIAS ARAUJO CARDOZO

OBJETIVO GERAL:
1. Compreender as linhas gerais do pensamento social brasileiro a partir dos
principais intérpretes do Brasil.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1. Analisar os modos e estratégias retóricas, além do conteúdo dos discursos, dos
principais autores brasileiros que se dispuseram, em algumas de suas obras, a
compreender a formação sócio-histórica do Brasil.
2. Estudar, a partir de uma bibliografia selecionada, como autores no final do século
XIX, até meados da década de 1970, buscaram lançar teses sobre questões
históricas, sociais e culturais do Brasil, a saber sobretudo no que tange a raça,
classe e cultura.
3. Investigar e problematizar os discursos “meta-históricos” desses intérpretes do
Brasil.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Século XIX: A Escola de Recife e a “pré-sociologia” no Brasil.
2. A era dos determinismos, a Primeira República e o pensamento social: os
problemas do meio, da raça e da mestiçagem.
3. Modernismo, identidade e a cultura nacional.
4. Gilberto Freyre: o grande intérprete da casa-grande.
5. Sérgio Buarque de Holanda e as “raízes do Brasil”.
6. O “sentido da colonização”: Caio Prado Jr e a formação socioeconômica do Brasil.
7. A Escola de Sociologia Paulista: Florestan Fernandes e a questão racial de classe.
8. Novos marcadores sociais da diferença: a antropologia de Roberto DaMatta.

METODOLOGIA:
1. Aula expositiva.
2. Leitura dirigida dos textos selecionados.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
1. Interpretação critica do pensamento social brasileiro.
2. Compreensão da dimensão teórica e das implicações políticas dos estudos
realizados pelos intérpretes da formação nacional brasileira.

RECURSOS DIDÁTICOS:
1. Quadro, pincel.
2. Recursos Multimídia.

AVALIAÇÃO:
1. Prova escrita sem consulta.
2. Seminário em grupo.
3. Redação de um artigo científico1 de no mínimo 9 páginas (excluindo pré-
textuais e bibliografia).
AVALIAÇÃO DE REPOSIÇÃO: PROVA ESCRITA SEM CONSULTA.2
AVALIAÇÃO FINAL: PROVA ESCRITA SEM CONSULTA.3

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ANDRADE, Oswald de. Manifesto da poesia pau-brasil. Correio da Manhã, Rio de
Janeiro, 18 mar. 1924, p. 5.
BOTELHO, André; SCHWARCZ, Lilia M. Um enigma chamado Brasil. São Paulo: Cia
das Letras, 2009.
CARDOSO, Vicente L (Org). À Margem da História da República. Recife: FUNDAJ,
1990.
CARVALHO, José M de. História intelectual o Brasil: a retórica como chave e leitura.
Topoi, Rio de Janeiro, n. 1, p. 123-152, jan-dez. 2000.
CHACON, Vamireh. Da Escola de Recife ao Código Civil. Artur Orlando e sua geração.
Rio de Janeiro: Organização Simões, 1969.
FAORO, Raymundo. Existe um pensamento político brasileiro? Estudos Avançados, v.
1, n. 1, p. 9-58, 1987.

1
As normas e diretrizes para o mesmo constam no anexo desta ementa.
2
Uma bibliografia a parte será sugerida.
3
Uma bibliografia a parte será sugerida.
FRANZINI, Fábio. À Sombra das Palmeiras: a Coleção Documentos Brasileiros e as
transformações da historiografia nacional (1936-1959). 2006. 220 f. Tese. Faculdade de
Filosofia e Ciências Humanas, Departamento de História Social. Universidade de São
Paulo, 2006.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. Recife: Global, 2003.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26 ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 2009.

LYNCH, Christian E C, Por que Pensamento e não teoria? A imaginação político-social


brasileira e o fantasma da condição periférica (1880-1970). DADOS – Revista de
Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 56, n. 4, p. 727-767, 2013.
MASSI, Fernanda. “Franceses e norte-americanos nas ciências sociais brasileiras. 1930-
1960.” In: MICELI, Sérgio (org.). História das ciências sociais no Brasil. Volume 1. São
Paulo: Vértice: IDESP, 1998, p. 410-460.
MATA, Sérgio da. Tentativas de desmitologia: a revolução conservadora em Raízes do
Brasil. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 36, n. 74, p. 63-87, 2016.
DA MATTA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Rocco, 1979/1997.
__________. A casa e a rua. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.
__________.. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
__________. Você sabe com quem está falando? Estudos sobre o autoritarismo
brasileiro. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.
MENEZES, Djacir de (Org). O Brasil no pensamento brasileiro. Brasília: Senado
Federal, 1998.
REIS, José Carlos. Identidades do Brasil: de Varhagen a FHC. 8 ed. Rio de Janeiro: FGV,
2008.
SANTOS, Wanderley G. Roteiro bibliográfico do pensamento político-social brasileiro
1870-1965. Belo Horizonte: UFMG, 2002.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BASTOS, Elide Rugai. “A construção do debate sociológico no Brasil”. Idéias – Revista
do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, vol. 1, 2013: 287-300.
BOMFIM, Manoel. A América latina: males de origem. Rio de Janeiro: Topbooks
(páginas 37 a 65; 121 a 185; 233 a 267)
COSTA PINTO, Luiz de Aguiar. “As classes sociais no Brasil”. In: Sociologia e
Desenvolvimento: temas e problemas de nosso tempo. Rio de Janeiro: Editora da
Civilização Brasileira, 1973 [1962]
FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo:
Editora Globo, 2009.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras.
GONZALEZ, Lélia. "A categoria político-cultural de amefricanidade". Tempo
Brasileiro, n. 92/93 (jan./jun.). 1988, pp. 69-82
"Manifesto Nhegaçu Verde Amarelo da Escola Anta"
MARTINS, Luciano. “A gênese de uma intelligentsia: os intelectuais e a política no
Brasil, 1920 a 1940”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 2, n. 4, 1987
MOURA, Clovis. “Escravismo, colonialismo, imperialismo e racismo”. Afro-Ásia, 1983,
pp. 124-137.
NABUCO, Joaquim. O Abolicionismo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira (Livro inteiro),
2000.
NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo
mascarado. São Paulo: Perspectivas. 2016.
TAVOLARO, Sergio B. F. “Retratos não-modelares da modernidade: Hegemonia e
contra-hegemonia no pensamento brasileiro”. Civitas, Porto Alegre, v. 17, n. 3, e115-
e141, set.-dez. 2017.
TORRES, Alberto. A organização nacional. Brasília: Editora da UnB.
VIANNA, Oliveira. Evolução do Povo Brasileiro. (Partes selecionadas: Segunda Parte
e Terceira Parte). 2010.
VIANNA, Oliveira. Populações Meridionais do Brasil. Niterói: Editora da UFF. 2010.
ANEXO – NORMAS PARA O ARTIGO CIENTÍFICO

Os artigos devem respeitar um limite de 7 a 9 páginas (excluído pré-textuais


[quando ouver] e a bibliografia e anexos), formatados com margens de 2.5cm e
salvos em formato .doc ou .docx.

Devem conter:

a) Título: centralizado, em negrito, com inicial maiúscula e tamanho 14. É necessária


a produção de um título em inglês, localizado abaixo do título original, com inicial
maiúscula, tamanho 12 e sem qualquer destaque (negrito ou itálico);

b) Resumo: o resumo em português e o abstract, escrito em língua inglesa, devem


possuir, no máximo, 10 linhas. Devem estar acompanhados de três palavras-chave e
três keywords. Devem possuir tamanho 10, espaçamento simples entre as linhas e
alinhamento justificado;

c) Corpo do texto:

Fonte: tamanho 12;

Espaçamento entre linhas: 1.5;

Espaçamento entre parágrafos: 0;

Alinhamento: justificado;

Subtítulos: em negrito e justificado. As sessões devem estar em itálico e justificadas;

Expressões em língua estrangeira: itálico;

Referências no texto: padrão autor-data (ex.: JAMES, 2010, p. 84);

Nomes de obras citadas por extenso no corpo do texto: itálico (ex.: "Na obra os
Jacobinos negros: Toussaint L'Ouverture e a revolução de São Domingos, de Cyril
Lionel Robert James...");

Citações: trechos com até três linhas devem ser destacados entre aspas no corpo do
texto. As citações que ultrapassarem esse limite devem ser destacadas com recuo à
esquerda de 4cm, justificadas, com espaçamento simples, tamanho 10, sem aspas e
separadas por um espaço do parágrafo superior e do inferior. No caso de eventuais
cortes nos trechos citados, devem ser usadas as reticências entre colchetes (nunca no
início ou no final do trecho). Quando há a necessidade de introduzir determinados
termos, as intervenções também devem aparecer entre colchetes;

Notas de rodapé: tamanho 10, com espaçamento simples e alinhamento justificado,


sem qualquer tipo de recuo. Devem ter apenas caráter explicativo, quando for
necessário. Elas não deverão ser usadas para referências, mesmo em se tratando de
fontes ou de bibliografia complementar (o formato de citação destas é descrito nestas
diretrizes). Devem ser numeradas em algarismos arábicos sequenciais (Ex.: 1, 2, 3,
etc.). Nos casos em que, nas notas de rodapé, for necessário fazer alguma citação,
seguir o modelo adotado ao longo do texto, ou seja, o modelo (AUTOR, ano, p. 0).
Quando for necessário indicar bibliografia complementar, usar o modelo: ‘Ver:
Sobrenome (ano)’. Exemplo: “Ver: James (2010) e Davis (2016)”;

Espaços extras não serão considerados para que um texto alcance o número mínimo
de páginas exigidas, nem páginas completamente vazias;

d) Os textos podem conter fotos, figuras, ilustrações, gráficos, tabelas e quadros no


corpo do texto, desde que seu uso seja mais analítico que ilustrativo. A legenda e fonte
devem ser indicadas no marco da imagem (parte inferior) em tamanho de fonte 10,
com espaçamento simples; se possível, a referência completa da imagem deve ser
adicionada nas referências bibliográfica, de acordo com as normas abaixo. As
imagens devem ter resolução mínima de 300 dpi, em formato .jpg, .jpeg ou .png. As
imagens devem ser inseridas no corpo do texto e também devem ser enviadas em
separado via sistema no seu formato de arquivo original.

e) As páginas devem ser numeradas;

f) Devem ser colocados dados relativos à autoria no documento (nome, titulação e e-


mail).

g) As referências bibliográficas devem possuir tamanho 12, espaçamento 1.5,


alinhamento à esquerda e um espaço entre o parágrafo inferior e o superior. As
referências devem seguir os seguintes modelos:

Livro
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. O tecelão dos tempos: novos ensaios
de teoria da História. São Paulo: Intermeios, 2019.

Capítulo de livro

PERROT, Michelle. “On the Formation of the French Working Class”. In:
KATZNELSON, Ira; ZOLBERG, Aristide R. (Ed.). Working-Class Formation:
Nineteenth-Century Patterns in Western Europe and the United States. Princeton:
Princeton University Press, 1986. p. 71-111.

Dissertações e Teses

LIMA E SOUZA, Mônica. Entre margens: o retorno à África de libertos no Brasil,


1830-1870. Tese (Doutorado em História), Rio de Janeiro: Universidade Federal
Fluminense, 2008.

Artigo de coletânea

MACHADO, Maria Helena Pereira Toledo. “De rebeldes a fura-greves: as duas faces
da experiência da liberdade dos quilombolas do Jabaquara na Santos pós-
emancipação”. In: CUNHA, Olívia Maria Gomes da; GOMES, Flávio dos Santos
(Orgs.). Quase-cidadão: histórias e antropologias da pós-emancipação no Brasil. Rio
de Janeiro: Editora FGV, 2007. p. 241-282.

Artigo de periódico

TURIN, Rodrigo. Entre o passado disciplinar e os passados práticos: figurações do


historiador na crise das humanidades. Tempo, Niterói, v. 24, n. 2, p. 186-205,
mai./ago. 2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/tem/v24n2/1980-542X-
tem-24-02-186.pdf>. Acesso em: 14 mai. 2020.

Artigo publicado em anais eletrônicos


LUCCHESI, Anita. “A história sem fio: questões para o historiador da Era Google”.
In: Encontro Regional de História da ANPUH-Rio, 15., 2012, Rio de Janeiro. Anais
... Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2012. p. 1-9. Disponível
em:
<http://www.encontro2012.rj.anpuh.org/resources/anais/15/1338518449_ARQUIV
O_Ahistoriasemfio-AnpuhRJ-Textocompleto-AnitaLucchesi-31.05.12final.pdf>.
Acesso em: 14 mai. 2020.

Artigos publicados em websites

BAUER, Caroline Silveira. Uma eleição em que a vitória foi das fake news.
Dissenso.org, São Paulo, 17 out. 2018. Disponível em: <https://dissenso.org/uma-
eleicao-em-que-vitoria-foi-das-fakes-news/>. Acesso em: 14 mai. 2020.

Artigo ou matéria publicado em jornal

NICOLAZZI, Fernando. A história da ditadura contada pelo Brasil Paralelo. Sul21,


Porto Alegre, 23 mar. 2019. Disponível em:
<https://www.sul21.com.br/opiniaopublica/2019/03/a-historia-da-ditadura-contada-
pelo-brasil-paralelo-por-fernando-nicolazzi/>. Acesso em: 14 mai. 2020.

Documento iconográfico

BRISGAND, Gustave. Retrato de D. Maria Augusta. Fundação Casa de Rui


Barbosa. 1922.

Documento sonoro

BETHLEM, Newton. Depoimento. Entrevistadores: Tania Maria Dias Fernandes,


Anna Beatriz de Sá Almeida. Rio de Janeiro: Casa de Oswaldo Cruz. 5 fitas cassete
(4h35min). Depoimento concedido ao Projeto Memória da Tuberculose. 18 jul.
1990.
Produções cinematográficas

THE CONSTANT… The constant gardener. Direção: Fernando Meirelles. United


Kingdom: Focus Features, 2005. 129min.

Conteúdo de áudio e/ou vídeo publicado na plataforma digital Youtube

COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE (nome do canal). Tomada Pública de


Depoimentos de Agentes de Repressão: Coronel Ustra (nome do áudio/vídeo).
YouTube, 28 mai. 2013. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=pWsv4EndpfY>. Acesso em: 07/11/2022.

Documento de arquivo

Com autoria: ARANHA, Luís de Freitas Vale. Carta a José Pinto. Arquivo Pedro
Ernesto Batista, série Correspondência; PEB c 1935.01.15 (Centro de Pesquisa e
Documentação de História Contemporânea do Brasil, Rio de Janeiro). 15 jan.
1935.

Sem autoria: TERMO... Termo de obrigação que fazem Manuel Francisco Villar
e Antonio Freire de Ocanha. Códice 296, f.108 (Arquivo Histórico Ultramarino,
Lisboa). 2 mar. 1696.

Documento jurídico

BRASIL. Lei nº 9.140, de 4 de dezembro de 1995. Reconhece como mortas pessoas


desaparecidas em razão de participação ou acusação de participação em atividades
políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979, e dá outras
providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 4 dez. 1994.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9140.htm>. Acesso
em: 22 set. 2018.

Para documentos não contemplados nestes exemplos, devem ser seguidas as normas
da ABNT.

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