Você está na página 1de 8

A VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA NO BRASIL

Dercir Pedro de OLIVEIRAa

Resumen: El objetivo de este texto es enseñar que la variación en Brasil existe desde
la formación de la lengua y que las realizaciones lingüísticas existentes actualmente tiene
raices en la colonización del país por los portugueses en el siglo XVI. Señala, igualmente,
que la descripción dialectológica ha sido hecha desde la primera mitad del siglo XIX, y
las análisis sociolingüísticas a partir de la década de 60 del siglo XX.

Palabras-clave: Variación, influencias, descripción.

Os estudos variacionistas no Brasil, com vestimentas diferentes, são resultados de


pesquisas que datam da segunda metade do século XIX, já com alguma sistematicidade,
pois, como afirma Silva Neto (1976, p. 73), nossos filólogos só se têm ocupado com pecu-
liaridades regionais e comparações entre as pronúncias lusitana e brasileira.
Este texto tem por objetivo mostrar que a diversidade lingüística está presente no
português do Brasil desde a sua formação e que, há algum tempo, estudiosos se preocu-
pavam em descrever as variações, de forma genérica e, posteriormente, nos meados do
século XX, as análises já apareciam de modo sistemático. Isto se dá com a dialetologia e
depois com a sociolingüística.
A variação lingüística que foi, primeiramente, objeto de estudo da dialetologia e,
muito mais tarde da sociolingüística, é resultado de inúmeras influências de povos que para
cá vieram, e dos aqui habitam, aparece já na época do descobrimento, pois os colonizado-
res, segundo Silva Neto (1976, p.235), vinham de todas as partes de Portugal, de modo
que refletiam as várias peculiaridades dialetais portuguesas, que no Brasil, em contato e
interação se fundiram num denominador comum, de notável unidade (...).
A diversidade lingüística não é fato de descoberta recente, embora haja, ainda,
afirmações controvertidas com relação ao seu estudo. Alguns estudiosos, mesmo que com
ênfase no léxico já se preocupavam com aspectos dialetais no começo do século XIX. Isto
para voltar-se apenas para estudos da língua portuguesa.
De modo sistemático, apesar de terem surgidos, no século XIX, os passos dos
estudos dialetológicos, a variação lingüística começa a ser objeto de investigação cientí-
fica com o advento da Dialetologia no Brasil com Rossi (1963) e seus colaboradores ao
elaborarem o Atlas Prévios dos Falares Baianos. Posteriormente, na década de 60, surge
a Sociolingüística. Ressalte-se que, já em 1958, Fischer discutia a correlação de variáveis
independentes para realizar pesquisas variacionais.
Em afirmação feita em 2003, p.73, o lingüista Dermeval da Hora afirma que:

A variação lingüística agora ainda é de interesse exclusivo dos


sociolingüístas, embora isto esteja rapidamente mudando. Outros
campos da lingüística e particularmente da lingüística histórica têm-

6
se beneficiado da aplicação sistemática da noção de variação, então,
passa a ser vista não como algo aleatório, mas como subsistemas em
competição e heterogeneidade estruturada.

Os estudos variacionistas, baseados na teoria laboviana, apesar de algumas críti-


cas que têm recebido, é o que tem permitido apresentar uma descrição mais estruturada
da variação. O estudo tem sustentação na regra variável em oposição à categórica, nas
variáveis dependentes e independentes lingüística e extralingüística, e, por fim, no trata-
mento estatístico que permite a correlação entre as variáveis. Ressalte-se que, nos estudos
variacionistas, passar da variação para a mudança é só uma questão de tempo. Às vezes,
muito tempo.
Da Hora (2003), referindo-se a Weinreich, Labov e Hezgog (1968, p.23) afirma
que:

Para os autores, uma teoria de mudança deve lidar com o modo


como uma comunidade é transformada no curso do tempo, de forma
que, em algum sentido, tanto a língua como a comunidade permaneçam
as mesmas, mas a língua adquira uma forma diferente.

A importância de buscarmos a sistematização dos estudos variacionais com esta-


belecimento de teorias, com sustentação argumentativa a toda e qualquer prova, se deve
à origem da língua portuguesa falada no Brasil, cujo trajeto histórico nos mostra uma
fotografia dos dialetos, falares, sotaques, espécies de linguagem, empréstimos, influências
indígenas e negras, e, ainda, da identificação das classes sociais e atividades profissionais,
realçando as relações interpessoais por meio da língua geral, dos crioulos, tudo com reflexo
nas diferentes manifestações lingüísticas utilizadas atualmente. Acrescente-se tudo isso ao
país continental que é o Brasil.
Em seu livro Introdução ao estudo da língua portuguesa no Brasil, Silva Neto
(1976), passim, faz ponderações sobre o início da comunicação lingüística no Brasil. Trans-
crevo, a seguir, alguns dados informativos a título de exemplificação. Examine, pois:

i. Como se vê, há muitas semelhanças entre o português dos índios e o portu-


guês dos negros. Isso é, aliás, bem natural, pois tanto o índio como o negro,
em atrasado estágio de civilização, aprenderam o português como língua de
emergência (p.36).

ii. A língua geral, pelo contrário, era simples e de reduzido material


morfológico; não possuía declinação nem conjugação. Tinha o aspecto de
língua de necessidade, criadas para intercâmbio” p. 50 “... a língua geral (ou
seja o Tupi) usada pelos índios que conviviam com os brancos e mamelucos
em suas relações com o gentio (p. 121).

R G L, n. 5, jun. 2007.

7
iii. Na fonética, há dois exemplos expressivos. Um é o caso da iotização
de / / (pronúncias como muié, maiada) que igualmente se dá nos crioulos de
Cabo Verde, da Guiné, nas Ilhas do Príncipe e de São Tomé (...). No nosso caso
particular e histórico, observamos que os aloglotas (mouros, índios e negros)
se mostraram sempre incapazes de pronunciar / /. O segundo caso é o caso
da não pronúncia do /s/ final, característica dos falares rurais brasileiros:
“os livro”, “as mesa” (falares rurais brasileiros: aldeias, acompanhamento
militar, quilombo e fazendas). Vestígio do crioulo colonial.

iv. “Também no que refere a grande parte dos fatos fonéticos existe
unidade expressiva”.
>poco, compro

Essa redução comum aos dialetos de Damão, Goa, Ceilão, Macau, Cabo Verde,
Guiné, representa extensão de fato já conhecido no português lusitano. Observe:
>bandera, berada
>  cuié, atrapaiá

Esse fato é característico dos crioulos. Por exemplo, ainda:


> tomano, comeno

- O  desaparece como em:


Falá, fazê, amô

v. Na sintaxe, do mesmo modo, ocorrem fatos comuns a nossos falares


rurais e ao linguajar das classes urbanas mais modestas. Entre os mais
típicos:
a. ter no lugar de haver;
b. preposição em com verbo de movimento;
c. mim como sujeito de orações infinitas. (p.142)

O exame do trecho transcrito nos mostra que, tomando a chamada norma culta
como referência, a modalidade falada do português do Brasil atual, no que respeita à lin-
guagem popular, é muito semelhante ao crioulo colonial; remontando aos séculos XVI e
XVII. Assim, as variações e mudanças, ocorridas no português do Brasil, são motivadas,
como já dito, pelas diferentes procedências dos portugueses que para cá vieram (Minho
e Douro) e pela presença de diferentes raças que habitavam o país nos primórdios como
índios, negros, árabes que necessitaram de uma língua – emergencial, com simplificação
estrutural, para poderem comunicar-se. Além disso, Lucchesi (2003, p. 281), na formação
do PB, observa que:

8
O ponto de partida de todo processo de transmissão lingüística
irregularb desencadeado pelo contato entre línguas é a perda da morfo-
logia flexional na aquisição inicial da língua alvo por parte de falantes
de outras línguas.

A sociolingüística tem mostrado ao longo dos anos que fortes argumentos para as
variações lingüísticas do português do Brasil estão centradas na própria constituição da
língua. Justificativas para uma ou outra realização fazem parte da sua origem. As diferen-
tes atualizações da língua, que, em muitas circunstâncias batem de frente com as normas
gramaticais, se devem como diz Cunha (1986, p.71) ao que segue:

Foi pela organização rural que começou o Brasil; antes de possuir


cidades possui engenhos fazendas, sítios. A classe que tomou feição
aristocrática ou de nobreza situava-se no mundo rural; vinha dos
engenhos, das fazendas, dos sítios; e era ela que impunha as sedes ad-
ministrativas, que vamos de vida, a própria administração, a formação
dos conselhos e câmaras. Bahia, a velha capital da Colônia, e o Rio de
Janeiro do domínio português jamais constituíram centros irradiadores
de culturas comparáveis a México e Lima, que, então, rivalizaram em
esplendor com Toledo Madrid ou Sevilha.
Nesta passagem, Cunha nos encoraja ainda mais em aceitar o português do Brasil,
com suas características fonéticas, morfológicas, lexicais e sintática, até certo ponto in-
dependentes do português europeu, portanto, com suas peculiaridades locais e distante da
língua dos acadêmicos de Coimbra, dos escritores d’além mar, de membros mais sofisti-
cados da Corte, enfim do purismo exacerbado, que, inegavelmente, impede a comunicação.
Em decorrência disso, pode-se deixar de lado o caráter situacional da linguagem.
A sociolingüística e a dialetologia têm-se debruçado nos estudos variacionais,
visando à identificação e sistematização dos fatos lingüísticos, relacionados ao uso do por-
tuguês do Brasil. Dos estudiosos mais antigos (Paranhos da Silva (1879), Amaral (1922),
Marroquim (1934) dentre outros, para os mais recentes Rossi (1963), Braga (1986), Tarallo
(1983), Mollica (1989), apenas para citar alguns, pode-se dizer que a diversidade lingü-
ística do português está, de certo modo, bem descrita. Ressalte-se, porém, que a pesquisa
lingüística é como a verdade, deve-se buscá-la sempre.
Embora, constitucionalmente, o Brasil seja considerado um país monolíngue, pelo
que já foi escrito neste texto e pelos trabalhos de dialetólogos e sociolingüístas, a homo-
geneidade lingüística brasileira, não por motivos óbvios, corresponde à realidade.
No que respeita ao obrigatório reconhecimento da diversidade dialetal, Matos e
Silva (2004, p.69) diz que:

São reconhecidas pelos brasileiros as entonações típicas de diver-


sas áreas do Brasil; as realizações variadas das pretônicas que opõem,
grosso modo, Norte e Sul e do Brasil; marcam paulistas por oposição
a cariocas as sibilantes implosivas, aqueles com realizações predomi-
nantemente sibilantes, e estes com realizações chiantes; opõem certas
áreas, sobretudo do Sul, em relação ao resto do Brasil, a inexistência da
R G L, n. 5, jun. 2007.

9
distinção entre duas realizações do r intervocálico, um anterior outro
posterior e assim por diante.

A exposição acima faz referencia às variações fônicas, como diz a pesquisadora,


de maneira nada sofisticada. Há que considerar, por outro lado, as variações lexicais e
sintáticas, que, num estudo quantitativo, estarão centrados no cruzamento das variáveis
dependentes lingüísticas e com as variáveis extralingüísticas, principalmente, escolaridade,
faixa etária, origem, sexo e classe social.
O estudo da variação lingüística, dadas as suas características continentais exige,
no aspecto lexical, um estudo muito criterioso a partir das múltiplas influências: portu-
guês europeu, negros, índios, no período de formação, e, italianos, espanhóis, poloneses,
alemães, no período da colonização. Obviamente que, onde existem quilombos, aldeias e
colônias, as influencias e os empréstimos têm alta freqüência. Apenas para exemplificar,
examine algumas manifestações lexicais de algumas regiões brasileiras.

i. No Sul: galopito, ginete, changueiro, campeiraço, gaúcho, tchê,


gaudério, gaitero, china, pampa, coxilha, bergamota, carafá, muchacho,
mirar, vaquejada, cincha, cochomilho, ilhapa, lonanco.
ii. No Nordeste: aipim, macaxeira, baitola, chué, berimbau, tapioca,
dendê, araçá, agogô, acarajé, orixá, caatinga, mugunzá, cacimba, lapiana,
pinchar.
iii. No Centro-Oeste: matula, chamamé, sesta, chalana, mangaba,
siriema, mutum, guavira, piúva, tuiuiú, gueirova, bolicho, curicaca, quebra
torto, buenas, varadouro, tropim, tijuco, putiã, piroga, gambira, funda.
iv. Sudeste: marimba, quitanda, muxiba, bocó, canindé, pacaembu,
biguá, maracanã, gariroba, guariroba, tiririca, baguassu, cajuru, caipira,
cachaça, bruaca, chupeta, cumbuca.

Ressalte-se que se deve levar em conta, igualmente, a produtividade lexical


oriunda de mecanismos de criação léxica, como os processos derivativos e compositivos,
abreviações, linguagem figurada etc.
De outra parte, Marroquim (1996, p.122) afirma que:

A luta língua culta e o dialeto se processam no campo da sinta-


xe. A primeira recebe o léxico variadíssimo de uso popular, como um
enriquecimento vocabular aproveitável e aproveitado. É intransigente,
porém, quanto à sintaxe, pois é ela a estrutura viva da língua; é na sua
articulação que reside a alma e o caráter do idioma (...) já algumas
formas sintáticas dialetais firmaram-se de tal forma na linguagem de
todas as classes, que estão entrando na literatura.

O português do Brasil tornou-se, na sintaxe, já há algum tempo, uma língua de

10
tópico, conforme Oliveira (1996), por meio do deslocamento do objeto ou do circunstante,
e, ainda, pela reiteração do sujeito. A construção de tópico aparece com o mecanismo da
topicalização e do deslocamento à esquerda. Observe, pois:

A bicicleta eu comprei-a na loja.


A bicicleta eu comprei na loja.
O professor ele é incompetente.

Com a caracterização do PB como língua de tópico, sua classificação topológica


passaria a ser TSVO.
Alguns aspectos sintáticos, fazendo um contraponto com a gramática tradicional,
ressaltam a diversidade do PB, que, de certo modo, está presente em todo o país. Veja:

i. pronome reto como objeto:


Chame ele pra mim.
ii. Construção com objeto nulo:
Comprei ontem cedo na quitanda.
iii. O pronome “mim” como sujeito do infinitivo:
É pra mim fazer o trabalho.
iv. Seqüência lingüística com ter existencial:
Tem reunião de departamento amanhã cedo.
v. A expressão “a gente” em substituição a pronome “nós”:
A gente faz a proposta.
vi. Começo de frase com pronome obliquo:
Me dá um dinheiro aí
vii. Construção passiva com verbo no singular e sujeito no plural:
Conserta-se relógios.
viii. Sintagma nominal com pluralização apenas do determinante:
Os aluno estudioso.
ix. Verbo de movimento com a preposição em:
Cheguei na cidade.
x. Enfraquecimento da flexão:

Tu
Ele foi
Nós
Eles

xi. Relativa com pronome lembrete:


A aluna que eu falei com ela, mora no sítio.

Essas realizações variacionais sintáticas são mais presentes na modalidade falada,


R G L, n. 5, jun. 2007.

11
observados contexto e situação. Uma ou outra forma faz parte, também, da modalidade
escrita.
Em “Como falam os brasileiros”, Leite e Callou (2002, p.57) afirmam que:

A variação existente hoje no português do Brasil, que nos per-


mite reconhecer uma pluralidade de falares, é fruto da dinâmica popu-
lacional e da natureza do contato dos diversos grupos étnicos e raciais
nos diferentes períodos da nossa história. São fatos dessa natureza que
demonstram que não se pode pensar no uso de uma língua em termos
de “certo” e “errado”, “bonita” ou “feia”.

De acordo com o trecho transcrito não existe na linguagem falada realizações que
não tenham uma trajetória histórica. Nada surge do nada e a sociolingüística e a gramática
histórica, principalmente, têm procurado mostrar isso. Assim é que existem variantes de
prestígio e variantes estigmatizados ou, ainda, as chamadas variantes padrão e variantes
não padrão.
Por fim, o encerramento dessas considerações sobre a variação lingüística no Brasil
se dá com o que diz Cunha (1986, p.79):

Nenhuma língua permanece uniforme em todo o seu domínio e


ainda num só local apresenta um sem-número de diferenciações de maior
ou menor amplitude. Porém essas variedades de ordem geográfica, de
ordem social e até individual – pois cada indivíduo tem o seu idioleto,
como hoje se diz, isto é, procura utilizar o sistema idiomático da forma
que melhor lhe exprime o gosto e o pensamento – essas variedades, re-
prisemos, não prejudicam a unidade superior da língua nem influem na
consciência que tem os que a falam diversamente de se servirem de um
mesmo instrumento de comunicação, de manifestação e de emoção.

Depois de tudo o que foi colocado ao longo do texto, é imperioso afirmar que as
descrições sociolingüísticas, principalmente as que têm por base a Teoria da Variação
Laboviana e as elaborações dos Atlas lingüísticos regionais e do Brasil, darão cabo das
diversidades lingüísticas do Brasil já em circunstâncias bem avançadas.

Referências bibliográficas
AMARAL, Amadeu. O dialeto caipira, 1920.2.ed. São Paulo: Anhembi, 1955.
BRAGA, Maria Luiza. Construção de tópico de discurso. In: A.J. NARO. Relatório final de
pesquisa: subsídios sociolingüísticos do Projeto Censo à educação. Rio de Janeiro, UFRJ, vol.1e2,
1986.
CUNHA, Celso. Língua Portuguesa e realidade brasileira. 9.ed. Rio de Janeiro: Tempo
Brasileiro, 1986.
FISHER, John L Social influences on the choice of a linguistic variant. Word. 14(47-56),
1958.
LEITE, Yonne e CALLOU, Dinah. Como falam os brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed., 2002.
LUCCHESI, Dante. O conceito de transmissão lingüística irregular e o processo de formação
do português do Brasil. In: RONCARATI, Cláudia e ABRAÇADO, Jussara (orgs.). Português

12
brasileiro. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2003.
MARROQUIM, Mário. A língua do Nordeste. 3.ed. Curitiba: HD Livros, 1996.
MATOS E SILVA, Rosa Virgínia. O português são dois: novas fronteiras, velhos problemas.
São Paulo: Parábola Editorial, 2004.
MOLLICA, Maria Cecília. Estudo da cópia nas construções relativas em português. Disser-
tação de mestrado. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 1977.
NASCENTES, Antenor. O linguajar carioca em 1922. ed.Rio,1953.
OLIVEIRA, Dercir Pedro de. O tópico em língua escrita. In: Letras & Letras. V.12,n.2,
jul/dez. Uberlândia: Ed. da UFU, 1996.
PARANHOS DA SILVA, José Jorge. O idioma do hodierno Portugal comparado com o do
Brasil. Rio de Janeiro, 1879.
ROSSI, Nelson. Atlas Prévio dos falares baianos. Rio: INL, 1963.
SILVA NETO, Serafim da. Introdução ao estudo da língua portuguesa no Brasil. 3.ed. Rio
de Janeiro: Presença; Brasília, INL, 1976.
TARALLO, Fernando. Relativization Strategies in Brasilian Portuguese. PHD Dissertation.
Philadelphia, 1983.(mimeo).
WEINREICH, Uriel; LABOV, William; HERZOG, Marvin. Empirical foundations for a theory
of language change. In: Winfred P. Lehmann & Yavov Malkiel (eds.). Directions for Historical
Lingüistics. Austin: UniversitY of Texas Press, p.97-195.

Notas.
a Professor titular de Lingüística e Língua Portuguesa, do Departamento de Educação, do Câmpus de
Três Lagoas, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Brasil.
b O conceito de transmissão lingüística irregular é aqui tomado para designar processos de contato
massivo c prolongado entre as línguas, nos quais a língua do segmento que detém o poder político é tomada
como modelo de referência para os demais segmentos. (...) Quando uma grande população de adultos em
muitos casos falantes de línguas diferenciadas e mutuamente ininteligíveis – é forçada a adquirir uma segunda
língua emergencialmente (...)

R G L, n. 5, jun. 2007.

13

Você também pode gostar