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"Os Maias" é uma obra-prima da literatura portuguesa escrita por José Maria

de Eça de Queirós, publicada em 1888. Este romance é considerado um dos


pontos altos do realismo em Portugal, oferecendo uma profunda análise da
sociedade lisboeta do século XIX.

A trama gira em torno da decadente família Maia, destacando a história de


Carlos da Maia, um médico idealista, e seu amigo João da Ega, um escritor
sarcástico. A narrativa se desenrola em um contexto de intrigas familiares,
amores proibidos e críticas sociais, revelando os excessos da aristocracia e a
influência da política na vida quotidiana.

Eça de Queirós emprega um estilo realista detalhado, caracterizado por sua


observação aguda da sociedade, diálogos ricos e ironia sutil. O autor critica a
superficialidade da elite portuguesa, expondo as contradições morais e as
consequências do conservadorismo social. "Os Maias" oferece uma reflexão
profunda sobre a busca da modernidade em Portugal, abordando temas
universais como o destino trágico e a inevitabilidade da decadência.

A complexidade dos personagens, a riqueza de detalhes na descrição do


ambiente e as análises perspicazes de Eça de Queirós tornam "Os Maias"
uma obra essencial da literatura lusófona, mantendo sua relevância ao longo
dos anos. Este romance continua a ser estudado e apreciado não apenas
pela sua qualidade literária, mas também pela sua crítica social atemporal.

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