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O Realismo foi um período literário que emergiu na Europa durante a segunda metade do
século XIX, especialmente após as revoluções industriais e políticas que marcaram esse
período. Este movimento literário, que se estendeu por diversas áreas da arte e da cultura,
foi uma reação direta ao Romantismo, que valorizava o idealismo, a emoção e a
subjetividade. O Realismo, por outro lado, buscava retratar a realidade de forma objetiva e
imparcial, muitas vezes enfatizando os aspectos sócio-políticos e econômicos da sociedade.
Um dos marcos do Realismo na literatura europeia foi o romance "Madame Bovary" (1857),
de Gustave Flaubert. Nesta obra, Flaubert retrata a vida de Emma Bovary, uma mulher
insatisfeita com sua vida provinciana, que busca fugir da monotonia através de aventuras
românticas, eventualmente levando-a à ruína. "Madame Bovary" é conhecido por sua
precisão descritiva e sua crítica à burguesia e à sociedade francesa do século XIX.
"A Comédia Humana", de Honoré de Balzac, é uma extensa obra que compreende mais de
oitenta romances interligados, que retratam a sociedade francesa do século XIX em toda a
sua diversidade. Balzac cria um verdadeiro panorama social, explorando as relações
humanas, as dinâmicas sociais e as transformações da época, em uma abordagem
abrangente e multifacetada que influenciou gerações de escritores posteriores.
Um dos mais proeminentes escritores italianos do século XIX foi Alessandro Manzoni, autor
de "Os Noivos" (I Promessi Sposi). Este romance histórico, publicado em 1827, é
considerado uma obra-prima da literatura italiana. Ambientado na Itália do século XVII, "Os
Noivos" narra a história de amor entre Renzo e Lucia, em meio a intriga política, opressão
social e desastres naturais, oferecendo um retrato vívido e comovente da vida na Lombardia
da época. Manzoni teve um papel crucial na unificação italiana e sua obra é fundamental
para entender a história e a cultura do país.