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SAMBA DE RODA DO RECÔNCAVO

EM CONCEIÇÃO DO ALMEIDA

Componente: (HI0091) Relações de poder, memória e patrimônio cultural


Discentes: Janete Neves; Leylane Souza, Liliane Calhau e Robélia Brito
Docente Orientador: Profa. Sara Farias

Santo Antonio de Jesus/ BA


Fevereiro/ 2020
O SAMBA DE RODA PATRIMÔNIO
BRASILEIRO

 O Samba de Roda no Recôncavo Baiano foi


inscrito do Livro de Registro das Formas de
Expressão, em 2004 – Recife-PE.

 Acompanhamento e supervisão técnica do


IPHAN e com o apoio financeiro do Ministério
da Cultura, da IPHAN e da UNESCO.

 Candidatura do Samba de Roda a III


Proclamação das Obras-Primas de
Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade.

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A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 216 entende como
Patrimônio Cultural Brasileiro:

“Os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em


conjuntos, portadores de referencia à identidade, à ação, à memória dos diferentes
grupos para formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem”

 I- As formas de expressão
 II- Os modos de criar, fazer e viver
 III- As criações cientificas, artísticas e tecnológicas
 IV- As obras, objetos, documentos, edificações e
demais espaços destinados a manifestações
artístico-culturais
 V- Os conjuntos urbanos e sítios de valor
históricos, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecologico e científico.

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“O SAMBA MISTURA CANTIGAS REGIONAIS,
POESIAS, DANÇAS E FESTAS”.

<http://www.falareconcavo.com.br/2012/07/samba-de-roda-
almeidense-manifestacao.html>

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HISTÓRIA DO SAMBA DE RODA EM
CONCEIÇÃO DO ALMEIDA

Samba Da Capela,
Em Conceição Do
Almeida. Foto: Luiz
Santos.

Dossiê IPHAN 4: Samba de Roda do Recôncavo Baiano


QUAL A ORIGEM DO SAMBA DE
RODA?

O samba de roda, é semelhante ao “jongo”, porém, teria


evoluido de um ritmo vindo da África, denominado
“semba”, que nessas terras recebeu várias influências de
ritmos tribais, pois era grande a diversidade cultural
desses povos que chegavam do continente africano.

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13/02/20
Como o Samba de Roda chegou
em Conceição do Almeida?

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■ Os Samba de Roda em Conceição do Almeida só começou a se organizar
em grupos a partir da segunda metade da década de 1980.

■ No decorrer do tempo, o Samba da Capela, passou por momentos de


desprestígio e esquecimento, chegando a mudar seus dirigentes, afim de
manter a identidade característica da entidade.

■ Sabe-se que, tendo funcionado durante alguns anos como associação, o


grupo desenvolveu um projeto sociocultural com jovens e adultos da
comunidade almeidense, oportunizando aos envolvidos o contato com as
músicas e danças tradicionais.

■ Atualmente, o Samba da Capela, no formato de associação foi extinto,


restando apenas o grupo de sambadores(as) que são coordenados pela
professora Fátima Cruz e Dona Marina, incentivadoras de cultura no
município.

13/02/20
Tendo se originado na tradição das
rezas que se faziam para os
santos de devoção das
comunidades, o Samba da Capela
é considerado dramático, uma vez
que, segue uma sequência
coreográfica ensaiada e
acompanhada das danças e
cantigas tradicionais. Segundo a
professora Fátima Cruz, é provável
que o Samba da Capela, coexista
com outras manifestações culturais Profa. Fátima Cruz - Incentivadora cultural, Mestra do Samba
de Roda e atualmente é uma das organizadoras do Samba
e sem esse nome, há mais de 100 da Capela.

anos.

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Ensaio do Samba do Coreto

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De acordo com o pesquisador Nelson
de Araújo (1986), em sua obra
“Pequenos Mundos – Tomo I: O
Recôncavo, a história do Samba de
Roda de Conceição do Almeida esteve
desde o início associado a economia do
município (café, fumo, laranja,
pecuária).

O autor também escreveu que as


coreografias do samba almeidense
eram únicas à época de sua pesquisa.
A exemplo do “Samba do Paraguai” e
do “vira a mão”.

13/02/20 Apresentação Samba da Capela - indumentária


MATERIAL OU IMATERIAL?
Prática de preservação oriunda do Terceiro Mundo;

“Mais importante que preservar um objeto como testemunho de


um processo histórico cultural passado é preservar e transmitir o
saber que o produz, permitindo a vivência da tradição no
presente.” (ABREU; CHAGAS p. 52)

Convenção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural da


UNESCO 1972;
Salvaguarda da Cultura e Tradição Popular.
“O Instituto do Registro, criado pelo Decreto 3.551/2000, não é
um instrumento de tutela e acautelamento análogo ao
tombamento, mas um recurso de reconhecimento e valorização
do patrimônio imaterial, que também pode completar a este.”
(ABREU, CHAGAS p.55)

O objetivo é manter o registro da memória desses bens culturais


e de sua trajetória no tempo, porque só assim se pode
“preservá-los”.
O SAMBA DE RODA DE
CONCEIÇÃO DO ALMEIDA

Em 25 de novembro de 2005, o
samba de roda do recôncavo
baiano foi incluído pela UNESCO
na Terceira Declaração das Obras
Primas do Patrimônio Oral e
Imaterial da Humanidade.

Dossiê IPHAN – Samba de Roda do Recôncavo Baiano


“[...] além de fazer justiça a um
bem cultural de enorme
relevância - pode ajudar a
contrabalançar as tendências de

Dossiê IPHAN – Samba de Roda do Recôncavo Baiano


enfraquecimento detectadas, e a
restituir às comunidades locais,
nacional e internacional, todo o
prestígio que merecem as
sambadeiras, os sambadores e
sua maravilhosa arte.” (IPHAN,
p.81)
O SAMBA DE RODA NO ENSINO DE
HISTÓRIA

 História local;
 Realidade do aluno;
 “ A experiência e o contato direto com
as evidências e manifestações da
cultura , em todos os seus múltiplos
aspectos, sentidos e significados”
(HORTA).
 Conhecimento, apropriação e
valorização de sua herança cultural;
 Pertencimento e a identidade; Apresentações Sambas de Roda – Novembro Negro
em Conceição do Almeida, 2014.

https://www.youtube.com/watch?
13/02/20 v=JSokkNMGANA&feature=youtu.be.
O SAMBA DE RODA NO ENSINO DE
HISTÓRIA

 História do recôncavo baiano;


 Herança cultural e ancestralidade;
 Gênero : o papel e o protagonismo das mulheres no samba de roda;
 A relação do Trabalho com o samba de Roda em Conceição do Almeida;
 Aspectos socioeconômicos;
 Trabalho feminino nos armazéns de fumo;
 Tradição e costumes: Rezas de São Cosme (sincretismo religioso);
 Alimentação/ Culinária: caruru X samba

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FORMAS DE TRABALHAR

13/02/20
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REFERÊNCIAS
ABREU, Regina; Chagas, Mário. Memória e Patrimônio: ensaios contemporâneos. 2. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009.
ARAÚJO, Nelson de. Pequenos mundos: um panorama da cultura popular da Bahia. Tomo I – O Recôncavo. Salvador,
UFBA – Fundação Casa de Jorge Amado, 1986.
ALVARENGA, C. C. da Silva. Etnografia do samba de roda: a roda vista de dentro, patrimônio imaterial, atualidades e
registros. Disponível em: <https://www3.ufrb.edu.br/ebecult/wp-content/uploads/2012/04/Etnografia-do-samba-de-roda-a-
roda-vista-de-dentro-patrimo%C3%83%C3%87nio-imaterial-atualidades-e-registros.pdf >, Acesso em 04/02/2020.
CARNEIRO, E.; TIHORÃO, J. R.. Samba de Roda do Recôncavo Baiano, dossiê IPHAN, Brasília, 2006. Disponível em:
http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do;jsessionid =6A69D02FF04BBA109908639C3E0297C4?id=723 . Acesso
em 28/12/2019.
FATTER, Shirlei Alexandra; GEVEHR, Daniel Luciano. Lugares de memória, educação patrimonial e ensino de
história: reflexões teórico-metodológicas para a formação do professor no contexto do desenvolvimento regional.
In: XV Seminário internacional de educação - educação e interdisciplinaridade: percursos teóricos e metodológicos.
FEEVALE, p 1-15.
HOBSBAWN, Eric, RANGER, Terence. A invenção das Tradições. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. p. 9-24; 219-
270.
MOORE, Carlos. A África que incomoda: sobre a problematização do legado africano no quotidiano brasileiro. Belo
Horizonte: Nandyala, 2010.
SANDRONI, Carlos. Samba de roda, patrimônio imaterial da humanidade. Estudos Avançados. vol.24, nº.69. São
Paulo, 2010. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142010000200023 >, acesso em 12/02/2019.
THOMPSON, E.P. Costume, lei e direito comum. In: THOMPSON, E.P. Costumes em Comum. São Paulo:
Companhia das Letras, 1998. p. 86-149.
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