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Receção, Fruição e Públicos da Cultura

Iscte - Instituto Universitário de Lisboa

Metodologia qualitativa na
análise dos públicos
(dos museus)
Qual a relevância para o
conhecimento de suas perceções?
Marina Bravo

Novembro 2023
Como conhecemos os públicos?

https://portaldascriancas.com/jogos-infantis/jogos-divertidos/onde-esta-o-wally/
Como conhecemos as perceções dos públicos na metodologia
qualitativa?
● perguntas abertas em inquéritos para Análise e interpretação do corpus documental:
opiniões e sugestões
➢ preparação e organização dos dados
● análise dos discursos nos testemunhos ➢ imersão inicial
escritos
➢ codificação
● a realidade é subjetiva e múltipla
➢ categorização
➢ tematização
➢ interpretação
(Leavy, 2017, pp.150-152)
O sucesso dessa mudança de
perspetiva

é fundamental para [a] legitimação

o público no centro
política, cultural, económica e
social [dos museus e organizações
culturais], para a afirmação da sua
democracia cultural e finalidade pública
paradigma da participação
(Ballé, 1996; Hanquinet & Savage,
2012, p. 44)
envolvimento dos públicos nos processos de tomada de decisão
● “... do assistir e visitar para a noção de ➢ a expressão das várias categorias de
troca, de envolvimento ativo e de públicos
partilha de poder entre instituições e
➢ facilitar os processos de comunicação
cidadãos” (Dupin-Meynard &
Villarroya, 2020) ➢ integrar as experiências dos visitantes
● “o direito de influenciar os museus” na tomada de decisão sobre a
(Kirchberg, 2007) exposição e atividades

E quem são esses públicos?


Como pode contribuir para
melhorar a experiência de visita
pelas instituições?
descobrir algo novo encontrar pares

desfrutar momentos de conhecer pessoas


lazer

influenciar as decisões
identificar-se e sentir-se da organização cultural
à vontade para criar e contribuir para o seu
diálogos e significados serviço público
A “terceira dimensão da comunicação”
(Wolton, 2011, p. 197)

“a ideia de negociação” entre a intenção das


organizações culturais e a realidade do
comportamento dos públicos

informar X comunicar
De que outras formas
o público pode
participar na gestão
➢ a importância da mediação cultural dos serviços que lhes
são dirigidos?
Conclusão
A metodologia qualitativa na análise de públicos

1. possibilita acessar a diversidade de públicos


2. permite compreender a experiência de visita
3. auxilia os gestores e integra o público nos processos de tomada de decisão
4. fundamenta a continuidade do financiamento público
5. desenvolve a criatividade das organizações
6. contribui para a comunicação com o público e, por sua vez, para elaborar melhores
experiências de visitação.
Referências
Ballé, C. (1996). Le public: un enjeu des musées contemporains. Travaux du Centre de Recherches Sémiologiques, 64,
49-67.
Dupin-Meynard, F., Négrier, E. (eds.) (2020). Cultural Policies in Europe: a Participatory Turn?. Toulouse: Éditions de
L'Attribut.
Hanquinet, L., Savage, M. (2012). ‘Educative leisure’ and the art museum. Museum and Society, 10(1), 42-59.
Kirchberg, V. (2007). Thinking about ‘Scenes’: A New View of Visitors’ Influence on Museums. Curator, 50(2), 239-254.
Kirchberg, V. (2016). Museum sociology. In Hanquinet, L., Savage, M. (eds.). Routledge International Handbook of the
Sociology of Art and Culture (pp. 232-246). Londres e Nova Iorque: Routledge.
Leavy, P. (2017). Research Design: Quantitative, Qualitative, Mixed Methods, Arts-Based, and Community-Based
Participatory Research Approaches. Nova Iorque e Londres: The Guilford Press.
Lima, M. J., Neves, J. S., & Apolinário, S. (2022). Públicos e participação em museus. Um modelo interpretativo de
sugestões pós-visita. Observatório (OBS*) 16(3).
Neves, J. S., (Ed.), Santos, J., Lima, M. J., & Miranda, A. P. (2019). Públicos do Museu Nacional dos Coches. DGPC.
Wolton, D. (2011). Les musées. Trois questions. Hermès, 3(61), 195-199.
“tal abertura dos museus para os
públicos, e dos públicos para os

o público no centro
museus, traz novas questões e certa
ambiguidade:

quem são estes públicos? Como


democracia cultural e
chegar até eles?”
paradigma da participação
(Kirchberg, 2016, pp. 234-235)

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