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FalO é que, não só nos séculos VIII-Vila. c.. mas também e11lão um mortal falar de eventos pretensamente reais que não
nos seguintes. poemas mais ou menos Illusicados de Ioda sorte presenciou, !al corno o surgimento do mundo conhecido c de to-
C1"iHll 'Ipresentados oralmen te cm ocasiões específicas. I'árias da~ HS divindades. como dos mortais que com elas dormiram. Se
delas associadas ao calendário religioso ou certas prtllicas po- nno apresentar e fundamenl;"lr sua relação com certa auloridllde
líticas da cidade. No que diz respeito à poesia hesiódica. c ~sc !ransccndcrlte? Nesse sentido. não é mais poss ível. para nós .
comexlo de performance é em larga Illedida desconhcr ido por ,aocr com certeza se algum dia houve um poeta chamado H('-
nós. o que certamente representa empecilho par:! a interpretação I ,iodo. autor do poema que conhecemos. uu se "Hesíodo" teria
do poema que nào deveria ser suhcst imado. j á que a difusão dos ...ido lima autoridade mítica inseparável de uma certa tradição
poemas I>or meio d<l leitura passou II ser mais praticada apenas l)(lética. reencarnllda a cada apresentação do poema. UIl1 pouco
vários séculos depois. Quando. como c por que as primeiras ":01110 o ator que reencarnaria. com uma másc-ara ritual. nas
plateias foram entretidas com a Teo[:(lI/ia c poemas apresenlações teatrais ateni enses no século \' a. c.. as figura s
disso é provável que jam ais tenhamos noticias mais preci sas. II'adicion;li s do mito. Assim. u in iciação no canto. conduzida
Certamen te é significali vo que () narrador da Teugonia pdas Musas. pela qual leria passado o poeta HesfoJo (9-34),
ao co nlriirio do n:trrador dos poem as homéricos - se ,,,,,ne;, lambém faria parte desse contexto mít ico.
no início do poema (mas apenas uma unica vez), no
mesmo em que é narrado seu e ncontro si ngu lar com a I
rdgiosa tradicional4ue çonfcrc autoridade a seu canto e ZEUS
a precisão de seu conteúdo: as Musas. Os primeiros 115 Outro elemento saliente no proêmio é Zeus. Corno soberano
do poema compõem um proelllio, no 4ua1 se celebram .Ios deuses e dos homens. deus responsável pela forma fi nal do
<'\I~ Il\ O (físico e sociopolitico) c- por sua rnanute-nção. não é raro
div indades ( 1- 103) e se demarca c.xplici t:ulIcnte o cm
canil) a seguir ( 104-15), O tfecho se assemelha a uma d e desempenhar algum papel nos hinos aos deuses que conhc-
poético-relig iosa tradicion:ll em v,íri as sociedades antigas: n ·mos. sobretudo nos hinos homéricos maiores. Sua presença
Hl'S~C proémio. porém, é ubíq u,, : ni"io só como pai das Musas e
hino em honra de um deus. que, c m algum momento na
'l' U público primeiro c principal (n1l.0 nessa ordem n:\ sequênci:l
Alltig'l. ganhou uma versão narrativa a partir da tradição épica
s1l.0 os hinos homéricos longos ou médios. O que há de 1 II" poema). llIas também corno o deus particularmente associado
p:lrticu lar nesse hino da l eugol!ül. porém. é que somente ni! pode.r político que, no mundo hum:mo, é exerc ido pel os rei s.
gregos conheceram es~as divindades coletivas responsáveis p'" NAu ~ urp reende . assim. que as Musas estejam assoc iadas não
.,\ 110<; poetas (94-103). mas também aos reis (80----93), figura
, AI ~ m ,k T<'Og,miu ~ Tmball.m i! dilll. UIIl""", poemas fo",m atri buídos ~
desse~. 5Ó Escudo di! lIimdu ~hegou completo :l!~ nós _ J A "' ''mI'gonia e t~ogonia que conJcçam no w~o 116.
12 qlJC. no contexto hesiódko. não repre ~enta um monarca com c emoções represen tadas como descendência de Abi smo silo 113
amplos poderes. mas alguém que age sobretudo na fu nção de cwcutadas ou sentidas pelos descendentes de Terra). Isso ilustra
um juiz (Gagarin. 1992) na es fera pública. O tipo de poder urna constante no poema: o encadeamento das li nhagens entre
real exercido por Zeus no poema. :absol uto c hered itário. não é ' I e também ddas com as histórias que se sucedem mostra um
homólogo àquele dos líderes políticos da época. O rei humano Jl!>ema no qual os catálogos dos deuses nascentes e as narrati vas
é antes de tudo um aristoc rata com prestíg io local que partici pa cm que os deuses estão envolvidos não devem ser separados.
da ad mini strnção da j ustiça . Q ue re is c poetas. porém. são Trata-se de uma articu lação de imagens e ideias que prcssupõc
gurus dissociáve is. isso fic a claro no destaq ue dado a uma tem pora lidade própria. na qual se mesclam o tcmpo da
De qualq uer forma. o proérnio sugere q ue os poetas sflo figu ras lIarrativa genealógica. o tempo da sucessão de um deus· rei e O
hastôlnlc próximas dos reis. tempo da ImITação. É a partir d isso que o leitor deve entender.
por cxemplo. o fato de que um deus às vezes aparece como pcr-
"" nagem no poema antes do narrador mencionar seu nascimento
o A BISMO propriamente dito.
Para chegar a Zeus e o modo como este controla o cosmo.
lema central do poema. Hesíodo inicia do começo. ou seja. de
Abismo (t 16). um espaço vazio CUjil del imitação (;ENEA LOGI AS DI V INAS
(w scquí:ncia. Terra. Nào se trat:t. f.K.lrém. da No poem:l, teogonia e cosmogon ia ~ ão inseparáveis à rnc-
conhccclllos, Illas de uma espaço fís ico 'ainda I I i did<l quc o cspaço se constitui C as genea logias divin as se succ-
ou melhor. marcado pela sua função futu ra: ser o espaço ,!cm . As d ivi ud<ldes que p,, ~s arn pelo poema - Illa i ~ de 300 -
illunção dos deuses respons.ívei s pelo equilfbrio cósmico, ~do de diversos tipos no que diz respei to a cultos e mitos: (I) os
vai do Olimpo ao infero Tártaro. Ames de Terra começar a IlcllSCS do panteão (sobretudo os Olímpicos, como Zeus. Apolo.
suas formas partic ulares (Montanhas e Mar) e das /\lena e Ártemis) . cultuados pela Héladc. mas de uma forma
aparr.:ccrctll. d uas coisas fundamentai s são necessárias: a nmi..; específica que aquela COIll que aparecem no poema (por
scnça de Eras (120). desejo SClll o qual não há geraç:10. e ('.~e m pl o. vi ncu lados a um ceno lugar ou tem plo): (2) deuses
polências que permitem a sucessão temporal. Escuridão. l\fc:'>entes nas histórias míticas. com papel mai or ou menor ne-
Éler e Dia ( 123- 25). lu,. mas que provavelmentc llUnC:l foram exatamente objetos de
Todos os deuses descendem de duas linhagens principais, ,'UIIO (Atlas e, provavelmente. os Titiís); (3) partes do cosmo
de Abi smo e a de TeITa. mas entre elas nilo há nenhuma ,Iiv inizad:ls (Terr:l . Noite. Mo nt<lllhas: alg umas e ram cultU:l-
Os descc nde nte ~ de Abismo são, cm S U ~1 Ill:l ioria, da~J: (4) personificações (eleml!ll tos q ue. para nós. são abstmtos.
essência é negat iv:l (Noite, Morte, Ago nia etc.); vári as IIl ' I .~ lião o eram para os gregos); (5) aqueles sobre os qUlti S
além di~so. expressam ações e emoçôcs que pernlei:ml os II,H,b sabemos fora de Hesfodo. ou seja, podem ser parte de
tos violentos narrados na sucessão de gerações da li nhagem UII) recurso típico dessa tradiçào. que pcmlitiria a "criação" de
Temi (Disputa. Batalhas, Brigas etc.). A linhagem de , ",o. ,hvindades para compor c:u .í1ogos ou expressar características
pon:Ullo. :Itra\'és da descendência de Noite e Disputa. de uma li nhagem.
que a separação entre Terra e Abismo nunca é 10lal (as Essa tipologia. porém. nào deve ser tomada como algo cs-
14 1 tático e invariável. Eras, por exemplo. pode ser P'''''"' o c<)m" tradições - que não revelariam o mesmo conhecimento profundo IS
um deus de cul to ou não . Como j á ilflrmado anteriormente. e inequívoco da realidade por ele dom inado. A filiação du
próprio poema niio é um retrato de 11m3 estrutura rcligiosll Afrodite de Homero - ela é filha de Zeus e de Dione - como
Pelo contrário, e le e sua tradição de veriam ser antes que sueumbe às " provas" dadas nn Teogonia. cuja lógica só tem
como urna tentativa de enqu<ldrar, de dar urna certa forma a espaço para uma Afrodite, a fi lha de Céu.
vivência religiosa que é essencialmente plur:tI no tempo c a surg imento de Afrodite é um dos nascimentos que m3r-
espaço. O lance ,Nu lO incorporado pela tradição é cnm o fim da supremacia de Céu sobre o cosmo inci piente, ou
procurar ap resentar corno um sistema obviamente seja. um momento de crise que a111ecede o equiHbri o cosmo-
é necessariamente variável . lógico verificado ainda hoje pelos ouvintes do poem a no seu
~otidiélno. Depois de Céu. télmbém Crono. deus patriarca deten-
tor do poder soberano. é derrotado; somente Zeus, como rei dos
A FROD ITE deuses e homens. sempre tem sucesso nos confl itos que enfrenta.
Um dos modos do poetu expressar o que cada divindade () que os chamados "mitos de sucessão". fundamentais para o
de específico é u derivação do seu nome e de seus epÍletos. entendimento do poema, têm em comum é que a custração de
construção mais desenvolvida d iz respeito a Afrodite . "'I 0''>< Céu. o nascimellto de Zeus possibilitado pelo truq ue da pedra
quando se narra seu nascimento a partir do esperma de Céu: uplicado por Reia e o combatc de Zeus contra os Ti tlís e, poste-
riormente. Tifeu, guardam diversos graus de semcl hança com
Primei ro da numinosa Cilcra achegou-se. mitos equivalentes Irunsmitidos por oUlras cu lt uras antigas do
e então de lá atingiu o oceânico Chipre. Oriente (babi lónios. hurro-hititas. hebreus etc.). O intercâmbio
E saiu a respeitada. be la deusa. e grama em volta verificado entre essas culturas problemat iza. ass im. a origem ne-
crescia sob os pés esbeltos; a ela Afrodite ~'e ssafiamente nebulosa, mas certantente n:1o helenocêntrica. do
espumogênita e Citereia bel3-coron poema (ou pelo menos de partes dele). A maioria dos in t~ rp retes
chamam deuses e v3rÕes. porque m ncorrla. hoje. que. de Homero e Hesíodo a Platão. não devc ter
na espuma [aphrosl havido nada parecido com um "mi lagre grego" . :linda que não
foi criélda; Citereia, pois alcançou Citera; 1~ )SS amos sempre rastrear com precisão corno teriam ocorrido
cipriogên ita, pois nasceu em (IS diversos casos de intercâmbio emre as cul tu ras orientais e a
Chipre cercado-de-mar; Iu·..:ga.
e ama-sorriso [philolllllledea[,
pois da genitália [medea J surgiu.
\ Repare lia imponãncia que gCr:ltm.'mc lêm os tllhos que nascem por
nas tinhngcns do poem3. I A'~ lI1nl~.se qu~ o disfarce _" . conscquenlemcmc. a habitidad .. de 1'l.'COllho:ccr
20 queimada silo um sinal da illlorla lidade divin:1. ao passo É de novo Terra quem <lconsclha ao nelo libertar aqueles que I 21
ficarne deliciosa (o alimento perecível) comida pelos Il;lviam sido presos por Céu e assim mamidos por Crono abaixo
aponta pnra sua mortal idade: a adoção da carne na sua da terra, os Cem-Braços . Trata-se de uma força descomunal que
escondida no estômago do boi. deixa claro que os homens os dois soberanos an teriores acharam por bem simplesmente
escravos de seu próprio estômago c precisam satisfaze-lo se manter paralis<lda. Zeus, porém, consegue convencê-los a serem
•
qUiserem perecer. \ ClIS aliados e eles se moslram decisivos no combate C01l\ra os
No caso da Mulher, el,l é d:lda aos homens em lroca Titãs, gratos por serem trazidos de volta à luz.
fogo: se o fogo permite que os homens sejam civilizados c I Luz e trevas marcam, corno polaridades, toda a Titanomél-
comam carne crua. a mulher lerá que ser por eles I r I quin . pois os Titãs, uma vez vencidos. ocupam o espaço subter-
caso queiram sobreviver por imcrrnédio de um herdeiro. raneo onde antes estaV<lll1 os Cem-Braços - que agora têm uma
falo, fogo e mulher precisam ser constantemente hlmm, uma função no COSIl10, a de serem os eternos guardas dos
para que o homem não pcrcçn. O sacrincio. o fogo e a deuses outrora poderosos. Essa polaridade também prep::!ra n
mulher. portamo, indicam que há elementos que apontlun '" ~ pisód io segui nte, pois o esforço de Zeus para vencer os Titãs
uma certa presença do divino no seio da vida humana. m:lS çumo qUe co loca o cosmo de volta .10 seu estado inic ial. Terra,
são Ião tênucs como a fumaça que sobe do sacrifício para o ~é u, mar e Tártaro: todos os espaços são atingidos pelo fogo
e tão artificiais quanto os enfeites dil coroa dil primeir<l I dus raios de Zeus, o que repreSellta urna recriaçflo do mundo
COlMa a qual o homem não tem defesa alguma. por meio da força, Nflo é por acaso que Abismo volt..1 ~ cena
noo e 814) e qUe as imagens e sons desse conflito cataclísmico
~ il.o amplificados para o ouvinte por meio de uma imagem que
o lugar de fi lho de Zeus. pois o rei <Interior fora deposto W~ 1ll0 (901-17): Norma. Dccêncin, Justiça. Paz. Radiância.
seu filho (sempre lig:ldo 11 Terra). O conAito contra os Alegria. Festa e MUSlIS. notável prole <lntípoda <lOS filho s de
porém. já mostrou que a manipu lação da astúcia e da força, Noite e Di sputa. A últimn esposa de Ze.us, Hera. é aquela que,
grau supcrlalivo cm que o fa;.: Zeus. não deix a espaço para de acordo com n lógica do poema. representa a maior ameaçu a
possibi lid:tde de derrota. mesmo que o adversário também I.c u ~. Mas t:lnto o fil ho mais perigoso que os dois têm ju ntos
muito forte - Tifeu tem cabeças com olhos de onde sai Iluanto aquele que, como que emulando Zeus no caso de Atena.
- c muito astuto - SU;tS cem cabeças produzem lodo tipo Ilcnl tem ~o;d nh a. Hdesto. não represe ntam :ldversários fortes
som. sendo que a metamorfose é U111 elemento mítico ti,,;c ",uficiente contr:l :l filh a que mais se assemelha ao pai e está
do universo d:l aSlúcia. Além disso. esse combme II l1npletamente :tl inhad:t com ele. Atena. senhora da guerra mas
entre a criatura monstruosa e Zeus também permite que llI1nhém da astúci:t (921 - 29).
de rradeiramente. sej a derrotada e esterilizada. O fogo
como que a derrete: de cri:tdora de meta l e artífice
TerT:l como (Iue se trans rorma. g raças ao fogo aniquilador
Zeus, no rnewl que é manipulado por artesãos machos
,,
24 CATÁLOGO DE CASA MENTOS E FILH O S foram in<.:orporadas, sobretudo as de Glenn Most, contrári o a I 2S
É nesse sent ido que se deve entender o longo cat,ílogo um excesso de correçôcs ao texto transmi tido.
(i nilliza o poem::! e que tem t r~~ partes: os casumenlos de O principal problema para o tradutor da Teogonia diz res-
e os filhos deles re.~ultamcs (90 1-29): um catálogo mais ,. bIT" pdto aos nomes das divindades. Não se buscou nenhum tipo de
gente de casamentos divinos (930-61), que revelam. de padronização muito rígida, ou seja. fico u-se e ntre os extremos
sumária. um pantc;'io muito benl organizado c de traduzi r (quase) IOdos os nomes e (q uase) nenhum nome.
harmônico (corno que servi ndo de cpítomc. o casame nto " Ue< De forma geral. os principais critérios foram o bom senso, o
Ares c Afrodite produz. por um lado, os machos Afugentador ~'on hccime n to do leitor e a sonoridade.
Susto. mas, por outro. Harmon ia); c fi nalmcl1It" um catálogo Algo do que se perde na tradução - por exemplo. figuras
deusas que se uniram a mortais (%2- 1020). Ora. com etimológicas - é rccupc-rado nas notas.
fême,as que se unem a machos mortais. o princípio de Por questôcs didáti"as, util izou-se dois tipos de sinais para
por cxcclcncia ao longo do pocm;\ agora desloca-se ao !IIdicar a divisiio de un idades narrativas. O recuo de parágrafo é
dos homens. !TIni s precisamente. ao mundo dos heróis. É equivalente a um novo parágrafo em uma narrati"a em prosa: o
mundo que fil hos scr:io ma is fOl1C5 que os pais, podendo. I ~ l1lal ~ indica uma p:lUsa maior no cOn!cxto de um uma perfor-
III (lII c e or:d. Não é possível saber. entretanto, se tais marcações
limite. o que atest,! Tclégono, fil ho de Circe e Odisseu . I
Para concl ui r, menciono q ue h5 uma discussão sem perp:tss:tram tilis pcrform;mces or:t is do pOema.
sobre o verso em que :l versão "origina l" da 1eogoll ia teri a A Ilumcnlçiio das notas de rodapé em forma de lemas segue
I> nlllllero que ind ica um verso ou um co njunto de versos do
min:ldo. Autores C0l110 Jenny O:Ly e Adri :ln Ke[[y
que os catálogos analisados compõcm um fina l muito pvcma.
ao poema. A ssim . provave lmente somente os quatro o u
vcl mente dois últimos versos fo ram acrescentados ao
um certo momentO de sua tnlll.'iCmissão, para introduzir um 0 " 1"
BIB Li OGRA FI A
pocm:l atribuídO:l Hesíodo. o Cel/rilago das mulheres (obra
chegou a nós através de fragmentos) . que procurava dllr unl ~ "' I I.A N. w. (2006) "Di" ill': jusL
icc and oosmk ordl'r in ea:rl)' G~d.: Epic."
visão geral da idade dos heróis a partir das I,,,,,, , J,'um~ l of l lclkn ic SUldie$ 12ó: 1-35
deuses dormiram por todll ii Grécia. Esse catálogo era, ... NI'>OUU). D. (2U09) " I..cs nOIM <ks dieu~ d~n~ la Théogonie d' Hêsi<:J<k: tly·
me-me. concluído pelo c:Ltá logo de pretendentes de e1eo•• cu mologics et jeux de II'KM S". RC"ue des êludes grecquo 122: 1- 14
casamento redundou no grande cataclisma que foi a guerra ' 11 "ISE, F.: JL,:IlET DI: LA CO~ 1 8E, P.; NOUSSE AU, I', torg.) Le mili~r du my,IJe:
I(I;I,,"S d' I/isiod... Une: Press,c,s Uni'-ersitaires du Seplemrion
Troia, que metonimicamente podia ser pensada. na ..
lItlV~-STONES , G. R.; HAUb OlD. 1. H. CW IO} PI",o lInd He~iod. O.,fonl:
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Martin L. Wes!. Algumas soluçôcs de outros . Filo","ena Ilirata. S:lo P~ulo: Odyssc:us
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Greek 1,1""" R ~1I1u~ 21: 61-78 103: 12J - 35
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