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Placenta cotiledonária transferência de anticorpos limitada

A placenta cotiledonária é uma característica notável do sistema reprodutivo de animais


ruminantes, como bovinos, ovinos e caprinos. Essa estrutura complexa desempenha um
papel fundamental na gestação e no desenvolvimento fetal, permitindo a transferência de
nutrientes e gases essenciais da mãe para o feto em crescimento. Diferente da placenta
humana e de outros mamíferos, a placenta cotiledonária é composta por múltiplos
cotilédones independentes que facilitam a troca eficiente entre a mãe e o feto.

Como funciona uma placenta cotiledonária?

A placenta cotiledonária é composta por vários cotilédones, que são unidades funcionais
independentes. Cada cotilédone é como um pequeno disco circular que consiste em tecido
fetal e tecido materno. Os cotilédones são distribuídos na superfície da placenta.

Cada cotilédone age como uma unidade de troca, permitindo a transferência de substâncias
entre a mãe e o feto. Isso significa que a placenta cotiledonária é composta por muitas
dessas unidades de troca, criando uma área de superfície significativa para a troca de
nutrientes e gases.

Os cotilédones são atravessados por vasos sanguíneos, tanto da mãe quanto do feto.
Esses vasos sanguíneos permitem que o sangue materno e o sangue fetal estejam em
contato próximo, facilitando a troca de substâncias.

O'Que separa a mãe do feto é uma barreira estrutural formada por Tecido Conjuntivo e
Membranas entre os cotilédones da placenta, existe uma rede de tecido conjuntivo e
membranas que separam os vasos sanguíneos maternos e fetais. Essas membranas
contêm células especializadas que regulam a transferência de substâncias.As barreiras
estruturais funcionam como filtros seletivos, permitindo a passagem apenas de substâncias
específicas. Essa seletividade é fundamental para garantir que nutrientes essenciais
alcancem o feto enquanto substâncias potencialmente prejudiciais sejam evitadas.

Como isso impede a passagem de anticorpos?

A barreira estrutural na placenta cotiledonária impede a passagem de anticorpos


principalmente por causa de sua seletividade e controle rigoroso sobre quais substâncias
podem cruzar da circulação materna para a circulação fetal, As barreiras estruturais na
placenta são altamente seletivas. Elas são projetadas para permitir a passagem de
substâncias essenciais, como nutrientes, oxigênio e alguns hormônios, enquanto restringem
a passagem de outras substâncias potencialmente prejudiciais, como patógenos e
anticorpos. E por acaso os anticorpos são moléculas relativamente grandes, e sua
estrutura molecular não é ideal para a passagem através das barreiras da placenta. As
proteínas da placenta que formam as barreiras têm poros e canais que são seletivos quanto
ao tamanho e à forma das moléculas que podem atravessá-los. Os anticorpos geralmente
não se encaixam nesses canais seletivos. E além de barreiras físicas, a placenta também
regula ativamente a transferência de substâncias. Isso significa que, mesmo que um
anticorpo possa teoricamente passar por uma barreira física, processos regulatórios ativos
podem ser ativados para impedir sua passagem. A placenta reconhece a presença de
moléculas estranhas, como anticorpos, e pode aumentar sua seletividade nesses casos.

Mas isso significa que o bezerro não possui anticorpos antes de nascer?

Não exatamente, em bovinos, os anticorpos IgG, que são produzidos pela mãe em resposta
a patógenos e outras ameaças à imunidade, podem ser transferidos para o feto em
desenvolvimento através da placenta.
Mas apenas em casos muito raros.

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