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FOGUETE DE GARRAFA PET

Antônio de Santana Margarido Pinheiro Machado (22.00398-3) 1; Bruno Henrique Vassalo


Mendes (23.00837-7) 2; Gabriel Coutinho Cavalini (22.95007-9) 3; Leandro da Rocha Gomez
(22.01346-6 ) 4; Luiz Antônio Ferraz Kastrup (23.01176-9) 5; Vinicius da Silva Azevedo
(23.00686-2) 6

1,2,3,4,5,6
Alunos do curso de Engenharia do Instituto Mauá de Tecnologia;

Resumo. Esse relatório do terceiro desafio da disciplina Fundamentos da Engenharia tem


como objetivo mostrar o passo-a-passo da construção de um Foguete de Garrafa Pet e a sua
base de lançamento. Por meio de especificações e regras no regulamento, o nosso grupo
realizou, durante as aulas, testes com os protótipos que foram baseados nos projetos feitos
no software “Open Rocket”. Através de falhas e erros, buscamos melhorar o nosso foguete
até o dia da competição. Enfrentamos situações adversas que implicaram nos resultados que
serão tratados durante o relatório e que nos fizeram buscar soluções criativas e objetivas
para a resolução do problema. Desse modo, por meio de conceitos dos ramos da Engenharia,
Matemática, Física e Química, aprendemos como funcionam sistemas de propulsão e
impulsão de um foguete. Assim, tivemos um maior contato com situações enfrentadas pela
indústria aeroespacial na resolução de problemas que podem ajudar a humanidade.

Introdução

A exploração espacial e a busca por aventuras intergalácticas têm sido temas de


fascínio e curiosidade para a humanidade desde tempos remotos. Nos últimos anos, uma
abordagem inovadora para a compreensão dos princípios fundamentais da física e da
engenharia aeroespacial tem ganhado destaque: o projeto de foguetes de garrafa PET. Este
relatório científico tem como objetivo apresentar os resultados e conclusões de nosso projeto
de foguete de garrafa PET, uma experiência empolgante que nos permitiu explorar os
princípios da aerodinâmica, da propulsão e da engenharia de materiais, tudo isso enquanto
buscávamos alcançar a maior distância possível.
Nosso projeto foi inspirado e guiado por um vídeo do canal Manual do Mundo, que
demonstrou de forma cativante como um simples objeto do dia a dia, a garrafa PET, pode ser
transformado em uma plataforma de lançamento para um foguete funcional. Movidos por esse
entusiasmo, embarcamos em uma jornada de descoberta científica e engenharia, onde
procuramos aprimorar e personalizar nosso próprio foguete de garrafa PET.
Para atingir esse objetivo, construímos dois protótipos distintos: o primeiro, com a
ogiva e as aletas feitas a partir de materiais acessíveis, como plástico de pasta, representando
uma abordagem econômica; o segundo, utilizando materiais avançados, com a ogiva e as
aletas feitas de fibra de carbono, buscando aprimorar o desempenho e a eficiência
aerodinâmica.

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Durante o desenvolvimento desses protótipos, enfrentamos uma série de desafios e
incertezas, desde o design até os processos de fabricação. No entanto, cada obstáculo foi uma
oportunidade de aprendizado, proporcionando insights valiosos sobre o funcionamento dos
foguetes e o uso de materiais inovadores.
Neste relatório, detalharemos o processo de design, construção e testes de ambos os
protótipos, bem como os resultados obtidos em nossos lançamentos experimentais. Além
disso, discutiremos as implicações de nossas descobertas e como elas contribuem para o
entendimento da ciência e da engenharia por trás dos foguetes de garrafa PET. Por último,
nosso objetivo é compartilhar uma jornada empolgante de exploração científica e incentivar
outros entusiastas a se envolverem nesse fascinante mundo da engenharia aeroespacial
caseira.

Materiais e Métodos

Primeiramente, o grupo desenvolveu a base de lançamento nas aulas de Fundamentos


de Engenharia, seguindo os conselhos dados pela professora Andressa. Tal estrutura deveria
ser feita somente a partir de tubos de PVC 20mm. As tubulações foram conectadas utilizando
duas conexões de 90°, e uma conexão em T para angular o tubo principal onde se encaixaria o
foguete.
A equipe cortou os tubos utilizando uma serra policorte, para os deixar no tamanho
desejado. Após tal processo, as peças foram fixadas entre si com cola Bonder.

Figura I a IV: Materiais e construção da Base;


I II III IV

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V VI

Fonte das imagens: os autores

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A seguir, foi desenvolvida uma trava para o foguete e uma vedação para a reação de
vinagre e bicarbonato de sódio. Foram utilizadas abraçadeiras de Nylon, bexigas de festa,
esparadrapo, pedaço de tubo PVC 30mm, e uma abraçadeira inox para tubulações.
Para a vedação, se cortou o anel da bexiga, que foi colocado no tubo principal e fixado
com duas camadas de esparadrapo, e uma rolha foi colocada de tampão na base, de tal modo
que quando o foguete for posicionado, a reação química da propulsão não escape para fora do
protótipo.
No cano principal, foram posicionadas quatro abraçadeiras de nylon, fixadas com fita
crepe e uma abraçadeira de nylon, com o objetivo de fixar o foguete quando ele for
posicionado.

Figuras VII a XIV: Construção da vedação e fixação do foguete na base;


VII VIII IX X

XI XII XIII

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XIV

Fonte das imagens: os autores


Com a base construída, a equipe passou a manufatura do foguete, feito a partir de uma
garrafa PET de 510mL. A escolhida pela equipe foi a que apresentava a menor rugosidade na
sua lateral, para diminuir os efeitos de arrasto do ar. Na extremidade oposta a tampa, se fixou
uma ogiva de plástico fornecida pela professora Andressa, com um contrapeso de 12g de
massinha dentro, para manipular a posição do CG (Centro de Gravidade) do foguete.
Por fim, quatro aletas de chapas de isopor foram posicionadas para deixar o protótipo
mais aerodinâmico, manipulando o CP (Centro de Pressão) para trás do CG. O material
escolhido para as aletas foi o isopor pela sua alta disponibilidade e fácil corte.

Figuras XV a XVIII: Construção do Foguete;

XV XVI XVII

XVIII

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Fonte das imagens: os autores

Na aula seguinte, se realizou um lançamento de teste do foguete, para validar se o


foguete seria capaz de voar 50 metros horizontalmente da zona de lançamento. Entretanto, o
resultado não foi satisfatório, o que levou o grupo a criar um novo protótipo e realizar reparos
a base.
Utilizando o software de simulação gratuito OpenRocket, se simulou um novo
foguete; com aletas de fibra de carbono com um perfil diferente, e o protótipo já feito para
comparação.
Figura XIX; Simulação do primeiro protótipo da equipe:

Fonte: Captura de tela do OpenRocket dos autores

Figura XX; Simulação de um futuro protótipo da equipe:

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Fonte: Captura de tela do OpenRocket dos autores

Visto os resultados da simulação, a equipe decidiu criar um novo foguete seguindo os


resultados da segunda simulação. A ogiva e garrafa selecionada foram as anteriores, mas as
aletas foram feitas a partir de retalhos de fibra de carbono, cortadas com uma serra vibratória
no Fab Lab Mauá
Figuras XXI e XXII; Fotos do segundo foguete
XXI XXII

Fonte das imagens: os autores

Para a propulsão do foguete, foi feita uma reação de vinagre e bicarbonato de sódio,
com a proporção de 300ml de vinagre para 30g de bicarbonato. O vinagre foi colocado
diretamente no foguete, já o bicarbonato foi enrolado com uma folha de papel, de modo a
atrasar a reação, dando mais tempo para quem for o posicionar na base.
Figura XXIII a XXV; Preparação para a reação de propulsão
XXIII XXIV XXV

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Fonte das imagens: os autores

Resultados e Discussão

No dia 31/08 após a conclusão do primeiro protótipo do foguete foi realizado um teste
no campo de futebol da Mauá. Neste teste foi-se posicionada a base em uma das linhas de
fundo voltada ao gol do outro extremo do campo. Com o teste realizado utilizando o primeiro
protótipo foi se obtido o resultado de quase meio campo de futebol de distância entre a base e
o local de pouso. Foi-se concluído que este resultado insatisfatório foi obtido devido a
problemas na base de lançamento, que levaram a um vazamento do líquido que resultou em
uma perda no poder de propulsão, e devido a falhas no design e matérias que formavam o
foguete. Além disso este lançamento causou danos a rolha da base que levou a necessidade de
sua substituição.
No dia 13/09 foi-se realizado os 2 lançamentos da versão final do foguete com a base
tendo ajustes necessários realizados. No primeiro lançamento devido a problemas no processo
de posicionar o foguete na base e ao esparadrapo que aparentemente havia se deteriorado após
o lançamento teste, o foguete apenas atingiu a marca dos 39 metros.

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Após a falha do primeiro lançamento entre lançamentos foi-se realizado ajuste corridos no
esparadrapo da base para estar pronto a tempo do segundo lançamento. Entretanto devido a
urgência e pressa destes reparos houve danos as abraçadeiras de nylon que predem o foguete a
base, e no lançamento final houve uma quebra das abraçadeiras causando o lançamento
prematuro do foguete antes que a reação de propulsão fosse concluída levando ao resultado de
um lançamento de aproximadamente 1 metro. Todos os resultados dos diversos lançamentos
foram reunidos e representados na figura XXI

Figura XXI: Resultado dos lançamentos

Conclusões

Portanto é nítido que para a construção do foguete ocorreram alguns problemas, dentre
eles a base de lançamento estar danificada, levando-o foguete a ter menos propulsão. Após o
resultado insatisfatório do primeiro lançamento foram realizadas pesquisas para encontrar um
modelo e uma base de foguete mais eficientes. Foi-se pesquisado do início a maneira de como
construir um foguete de garrafa pet, Fayzan Ali (2020) desenvolveu um vídeo e um blog de
como construir um foguete de garrafa passo a passo, logo foi usado alguns conceitos presentes
no vídeo, como base para a construção do novo modelo. Em seguida foi visado a melhora no
ângulo de lançamento do foguete para atingir uma distância maior e Adriana Marques da
Silva (2018) fez uma análise de lançamentos de foguetes e após muitos estudos, foi
encontrado que o ângulo de 45° tende a fazer o foguete percorrer uma distância maior após o
lançamento. Após todos esses estudos foi-se projetado um modelo final para o lançamento, foi
optado por deixar o ângulo de lançamento a 45° e a mudança na base e no foguete. Assim era
esperado um bom resultado no lançamento. Porém ao fazer o lançamento não conseguimos
obter um bom resultado, pois alguns problemas na base não tinham sido totalmente
corrigidos, assim fazendo com que houvesse uma infelicidade no lançamento do foguete. Ou

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seja, algumas mudanças foram efetivas para o funcionamento do foguete, porém não foram
todas elas que foram realizadas, assim fazendo com que o resultado fosse insatisfatório.

Referências Bibliográficas

MARQUES DOS SANTOS, A. MONOGRAFIA - ADRIANA MARQUES. Disponível em:


<https://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/18319/1/PDF%20-%20Adriana
%20Marques%20dos%20Santos.pdf>.
‌ ALI, F. How To Build A Bottle Rocket. Disponível em:
<https://unphayzed.com/2020/05/27/how-to-build-a-bottle-rocket/>.

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