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INSTITUTO FEDERAL DO MATO GROSSO

CAMPUS PRIMAVERA DO LESTE

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

EDUARDA GABRIELLY, KEILIANE BELÉM DE OLIVEIRA, RODRIGO DA SILVA E


TATIELI FRANZINI

DESENVOLVIMENTO DE UM FOGUETE DE AR COMPRIMIDO

PRIMAVERA DO LESTE – MT

2019
EDUARDA GABRIELLY, KEILIANE BELÉM DE OLIVEIRA, RODRIGO DA SILVA E
TATIELI FRANZINI

DESENVOLVIMENTO DE UM FOGUETE DE AR COMPRIMIDO

Relatório apresentado como requisito para obtenção de nota


semestral no curso de graduação de Bacharelado em Engenharia
de Controle e Automação do Instituto Federal do Mato Grosso –
Campus Primavera do Leste no município de Primavera do
Leste – MT.

Orientador: Prof.° Ismael Alves Junior

PRIMAVERA DO LESTE – MT

2019
RESUMO

Os foguetes podem ser descritos como um projétil que leva combustível sólido ou líquido no
seu interior. Esse combustível é descarregado continuadamente na câmara de combustão e são
expelidos para trás na abertura na traseira. O princípio de funcionamento do foguete se baseia
na terceira lei de Newton, a lei da ação e reação. Podendo ser usado duas ações para
funcionamento do foguete. Uma delas a liberação da pressão interna da câmara de propulsão,
gerada a partir da reação química entre ácido e base e/ou compressão de ar e água, e a segunda
a liberação da energia potencial elástica contida em uma mola contraída. Ambas possuem
mesma reação, o lançamento do foguete. O presente trabalho possui como objetivo relatar o
processo de montagem de um foguete a propulsão de água e ar. Espera-se que o presente
trabalho contribua de forma considerável para estudos futuros, além de representar a
implementação dos assuntos desenvolvidos pelos componentes da matriz curricular do curso
de engenharia de controle e automação tais como: física, cálculo diferencial e integral,
geometria analítica e álgebra linear, todos em um só objeto de estudo.

Palavras-chave: Foguete; Ação e reação; Estudos.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5

2 RELATÓRIO GERAL DO PROJETO DESENVOLVIDO ............................................. 6


2.1 Desenvolvimento do Foguete e da Plataforma de Lançamento ........................................... 6

2.1.1 Processo de montagem do foguete..........................................................................7

2.1.2 Processo de montagem da plataforma de lançamento............................................8

2.2 Conteúdos de física que serão englobados no foguete de ar comprimido ............................ 9


3 METODOLOGIA................................................................................................................ 10
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 11

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 12


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1 INTRODUÇÃO

Segundo Marques, é notório que em alguns momentos do nosso cotidiano, recebemos


informações de diversos meios de comunicação sobre o lançamento de foguetes espaciais, tal
ato surge visando uma exploração ao vasto universo, ou com a finalidade de fazer algumas
restaurações em alguma estação espacial que orbita próximo da Terra. Logo, o foguete de água
e ar comprimido procura como uma tentativa colocar em prática os conceitos que levam grandes
foguetes ao espaço.

Os primeiros foguetes que surgiram na história da humanidade foram tubos de bambu


cheios de uma espécie de pólvora que eram utilizados em festividades religiosas na China. Os
chineses foram os primeiros a experimentar tubos cheios de pólvora com arcos para fins
militares. Diante disto, os lançamentos acabaram por revelar de que os tubos contendo pólvora
poderiam lançar-se com a impulsão dos gases liberados pela reação química. Dando origem o
primeiro foguete (KSC/ NASA, 1999)

Os foguetes podem ser descritos como um projétil que leva combustível sólido ou
líquido no seu interior. Esse combustível é descarregado continuadamente na câmara de
combustão e são expelidos para trás na abertura na traseira. Essa expulsão do combustível
resulta no deslocamento do foguete para frente (Oliveira, 2008).

Quando um foguete é disparado para o espaço ele funciona exatamente como um balão.
Isto somente é possível devido aos foguetes funcionarem baseados na Terceira Lei de Newton,
a lei da ação e reação. Essas forças são iguais em intensidade e direção, porém tem sentidos
contrários. A estabilidade de um foguete é a capacidade de manter sua trajetória. Depende de
dois pontos importantes: o centro de massa e do centro de pressão (Oliveira, 2008).

O presente trabalho possui como objetivo relatar o processo de montagem de um foguete


a propulsão de água e ar. Espera-se que o presente trabalho contribua de forma considerável
para estudos futuros, além de representar a implementação dos assuntos desenvolvidos pelos
componentes da matriz curricular do curso de engenharia de controle e automação tais como:
física, cálculo diferencial e integral, geometria analítica e álgebra linear, todos em um só objeto
de estudo. Ademais, o foguete foi desenvolvido através de revisão bibliográfica sobre o assunto
e posteriormente documentado em formato de relatório pelos discentes do trabalho.
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2 RELATÓRIO GERAL DO PROJETO DESENVOLVIDO

2.1 Desenvolvimento do Foguete e da Plataforma de Lançamento

Conforme representado na tabela 1, os materiais usados para a montagem do foguete


são produtos simples que podem ser encontrados no cotidiano, assim como para montagem da
plataforma de lançamento que está representado na tabela 2.

MATERIAIS UTILIZADOS PARA A MONTAGEM DO FOGUETE


3 Garrafas PET de 2 litros
2 Pastas Plásticas
1 Adesivo instantâneo universal
1 Balão (Utilizado para fazer peso)
1 Tesoura
Fita adesiva (Isolante e Crepe Transparente)
Estilete
Régua
Tabela 01. Elaborada pelos autores: Lista de materiais do Foguete (2019)

MATERIAIS UTILIZADOS PARA A MONTAGEM DA PLATAFORMA DE


LANÇAMENTO
2 Canos de PVC com 10 cm de comprimento (20 mm de diâmetro)
3 Canos de PVC com 20 cm de comprimento (20 mm de diâmetro)
2 Joelhos de PVC (20 mm de diâmetro)
2 Caps Tampão para cano de PVC (20 mm de diâmetro)
1 Balão para festa
1 “Te” (20 mm de diâmetro)
1 Fita Esparadrapo de Algodão (5 cm de largura)
1 Fita Crepe Transparente
1 Pedaço de Câmara de Pneu de Moto
1 Lixa para Cano
1 Abraçadeira de Metal
4 Abraçadeira de Nylon
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1 Válvula de Pneu de Moto (com porcas)


1 Cano Branco de esgoto (40mm de diâmetro com 4 cm de comprimento)
1 Mangueira para aquário (4 mm de diâmetro)
1 Tubo de cola para cano
2 Tintas em spray (Vermelho e prata)
1 Corda barbante
1 Esquadro de 45° e 90° graus
1 Bomba de encher pneu de bicicleta
Tabela 02. Elaborada pelos autores: Lista de materiais da Plataforma de lançamento (2019)

2.1.1 Processo de montagem do foguete

1° Passo: Foi recortada duas das garrafas, uma utilizada para a parte traseira do foguete
e outra para a ponta (bico) do foguete.

2° Passo: As pastas foram recortadas em quadrados 8 cm por 8 cm, com intuito de ser
utilizada como as asas do foguete que o faria planar. Além disso, foi colado com adesivo
instantâneo universal duas camadas da pasta para formar uma resistência enquanto ocorresse
tempo de voo.

3° Passo: Logo após os primeiros passos, foi colado o balão com água na ponta e ficou
preso com a tampa da garrafa.

4° Passo: Foi colocado com a fita a pasta recortada para estruturar finalmente as asas.

5° Passo: Além do mais, através da fita os recortes das garrafas e a terceira garrafa foram
colados juntos para enfim forma a estrutura final do foguete.

6° Passo: Por fim, depois de montado o foguete foi pintado de prata e vermelho. Logo,
obtendo o resultado final do processo de montagem que se encontra representado na figura 1.
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Figura 1. Elaborada pelos autores: Resultado final do foguete (2019)

2.1.2 Processo de montagem da plataforma de lançamento

1° Passo: Passamos cola nos canos PVC, nos joelhos e no “Te” para não ocorrer
vazamento, o terceiro cano de PVC foi colocado no ângulo de 45° graus, com o esquadro de
45° e 90° graus.

2° Passo: Os “CAPS” (tampões) foram furados, em um dos tampões foi colocada a


mangueira de aquário e no outro foi colocada a válvula de pneu.

3° Passo: Os tampões foram colados na base e a mangueira foi dobrada.

4° Passo: O cano que estava no ângulo de 45° graus foi colocado a fita crepe, as
abraçadeiras de nylon. A abraçadeira de metal surge por cima segurando as outras abraçadeiras.

5° Passo: Além disso, foi colocado um bico do balão no cano PVC e o esparadrapo para
dar um limite para entrada do foguete e assim pegar mais pressão.

6° Passo: Por fim, depois de montado a base foi pintada de vermelho. Conforme a figura
2, conseguimos notar como o projetil fica depois desses dois processos.
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Figura 2. Elaborada pelos autores: Resultado final do foguete com a plataforma de lançamento (2019)

2.2 Conteúdos de física que serão englobados no foguete de ar comprimido

O princípio de funcionamento do foguete se baseia na terceira lei de Newton, a lei da


ação e reação. Podendo ser usado duas ações para funcionamento do foguete. Uma delas a
liberação da pressão interna da câmara de propulsão, gerada a partir da reação química entre
ácido e base e/ou compressão de ar e água, e a segunda a liberação da energia potencial elástica
contida em uma mola contraída. Ambas possuem mesma reação, o lançamento do foguete. O
lançamento a partir da liberação da pressão interna da câmara de compressão baseia se através
de uma analogia com o sistema utilizado nos foguetes reais (Martins et al, 2017).

Para que um foguete real chegue a voar é necessário a ação de combustão. A explosão faz
com que haja ejeção dos gases em sentido contrário ao do movimento do foguete,
impulsionando-o para frente. No caso de foguete de ar comprimido, a água substituiu os gases,
e, sua ejeção, em vez de explosão, se deu pela liberação do ar comprimido internamente à
câmara de compressão. Isso nos dois casos de lançamento: por compressão de ar e água, quanto
por reação química. A pressão interna na câmara para o lançamento por compressão de ar e
água foi criada através da injeção de ar, até alcançar a pressão desejada (Martins et al, 2017).

Após alcançada a pressão desejada, realiza-se uma abertura na câmara por onde ela pôde
“escapar”, desiquilibrando o sistema. A pressão exercida nesta abertura na câmara produz
empuxo, pois a pressão interna é maior que a pressão externa ao sistema, pressão atmosférica.
A magnitude do empuxo produzido depende da massa e da velocidade dos gases expelidos pela
abertura, portanto quanto maior a pressão dos gases expelidos, maior o empuxo (Martins et al,
2017).
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Outra forma de energia utilizada nos foguetes de ar comprimido é a energia potencial


elástica, oriunda de uma mola acoplada a base de lançamento. Essa energia foi discutida
primeiramente por Robert Hooke, o que a faz ser chamada de Lei de Hooke, tal lei explica que
uma mola possui uma constante elástica “K”, obedecida até um certo limite, fora deste a
deformação da mola torna-se permanente. Quando é aplicada uma força no sentido que
comprima a mola, esta reagirá aplicando uma força de igual intensidade, no sentido contrário.
No caso da compressão, a força aplicada é negativa, e a força de reação é positiva, sempre
contrária à força aplicada. Analiticamente para calcular a energia potencial elástica de uma
mola utilizando a Equação 1, onde “x” é o deslocamento da mola (Martins et al, 2017)

Equação 1 - Energia potencial elástica

𝐸el = 𝐾𝑥²
2222 2

Fonte: Halliday,D; et al, 2006

3 METODOLOGIA
Esta pesquisa utilizou como metodologia a revisão de literatura, realizando uma análise
de bibliografias, artigos, vídeos e livros. Para obtenção de resultados utilizou a base de dados
Google. Utilizou as palavras chaves: foguete de ar comprimido e conteúdo de física sobre
aceleração e velocidade que chegaram a diversos artigos e vídeos em português sobre
montagem do foguete, entre os anos de 1999 a 2018. O levantamento bibliográfico seguiu as
etapas: identificação do material (busca nas bases bibliográficas), seleção e definição das
publicações a serem analisadas. Os artigos analisados passaram por dois processos, pré-seleção
por leitura dinâmica de resumos, seguida de leitura completa dos artigos selecionados, sendo
posteriormente descrito os resultados encontrados.
Ademais, foi feita uma coleta de matérias para montagem do foguete que iria ser
desenvolvido, os autores procuraram testar e identificar futuros problemas para evitar
problemas que poderiam ser acarretados.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise deste trabalho, podemos chegar na conclusão de que pode ser descoberto
diversos conteúdos físicos no desenvolvimento do foguete, pois para ocorra o seu de voo,
contará com as grandezas físicas. Ademais, o projetil desenvolvido, resultou em um intervalo
de tempo entre o momento de saída da plataforma até o momento de sua queda, uma variação
de tempo entre 10 a 17 segundos, até o momento em que ele estará em sua altura máxima até
sua queda, o projetil quase atinge a altura de 4 metros, além disso, percorreu uma distância de
até 120 metros no período de teste.
A dificuldade encontrada pelo grupo foi conseguir estabilizar o foguete na plataforma de
lançamento, pois demorava para fazer o encaixe do cano de esgoto para segura-lo e com isso,
uma parcela de água escorria, porém, o grupo procurou lubrificar o local de entrada, pois assim
o foguete se encaixaria mais rápido na base e permanecendo assim com sua entrada fechada
adequadamente para receber a pressão necessária para o voo.
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5 REFERÊNCIAS

BRASIL ESCOLA. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-


ensino/foguete-Agua.htm> Acesso em: 27/junho/2019

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO DOS VINHEDOS. Tutorial para a confecção


da base de lançamentos. 3° Competição Regional de Foguete da UCS. 2018.

COSTA, Lucas Ferrari de Carvalho. Relatório Final: Foguete de Água. Tópicos de Ensino
de Física I. 2009.

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física. Rio de Janeiro:


Editora LTC, v. 1., 6. ed., 2006

MAQUETES-DICAS. Disponível em: <http://maquetesdicas.blogspot.com/2014/07/foguete-


de-garrafa-pet.html> Acesso em: 27/junho/2019

MARTINS, L. O; OLIVEIRA, J. L; MAKUDA, G. A; POSSENTI, K. A; CARSTENS,


S. F. Estudo do Lançamento de um Foguete Pet. Alunos de Engenharia Elétrica, Campus
Joinville. 2017.

OLIVEIRA, MARCO ANTONIO SONDRÉ. Os aspectos físicos e matemáticos do


lançamento do foguete de garrafa pet. Trabalho de Conclusão de Curso em Física. 2018.

RODRIGUES, L. R; ROCHA, A. C; BORTHOLIN, R. C; MARANGONI, A. C. Projeto


Interdisciplinar: Foguete a Propulsão de Água e Pressão de Ar. XLI Congresso Brasileiro de
Educação em Engenharia. 2013.

YOUTUBE. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=JNFAAksbO08&t=3273s>


Acesso em: 05/junho/2019

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