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Técnico de Análise Laboratorial

Química Aplicada
Susana Maria

Triénio 2020/2023
2022-2023

Transgenia
UFCD4517 – Transgenia, biodiversidade e biossegurança

10
Índice

Índice de Ilustrações-------------------------------------------------------------------------------------iii
Introdução -------------------------------------------------------------------------------------------------- 1
Transgenia ------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
Genética Básica ------------------------------------------------------------------------------------------ 3
Gene ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 3
DNA ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 3
Cromossomas------------------------------------------------------------------------------------------ 4
Diploide -------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
Haploide ------------------------------------------------------------------------------------------------- 5
Lócus ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 5
Alelos ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 5
Genoma ------------------------------------------------------------------------------------------------- 5
Genótipo ------------------------------------------------------------------------------------------------- 5
Ciclo Celular ----------------------------------------------------------------------------------------------- 6
Interfase ------------------------------------------------------------------------------------------------- 6
Mitose ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
Prófase------------------------------------------------------------------------------------------------ 7
Prometáfase ----------------------------------------------------------------------------------------- 7
Metafase---------------------------------------------------------------------------------------------- 7
Anáfase ----------------------------------------------------------------------------------------------- 7
Telófase ---------------------------------------------------------------------------------------------- 7
Citocinese -------------------------------------------------------------------------------------------- 8
Meiose --------------------------------------------------------------------------------------------------- 8
Prófase I ---------------------------------------------------------------------------------------------- 8
Metáfase I -------------------------------------------------------------------------------------------- 8
Anáfase I --------------------------------------------------------------------------------------------- 8
Telófase I --------------------------------------------------------------------------------------------- 8
Meiose II ---------------------------------------------------------------------------------------------- 9
Prófase II --------------------------------------------------------------------------------------------- 9
Metáfase II ------------------------------------------------------------------------------------------- 9
Anáfase II -------------------------------------------------------------------------------------------- 9
Telófase II -------------------------------------------------------------------------------------------- 9
Controlo do Ciclo Celular ----------------------------------------------------------------------------- 10

i
Replicação do DNA ------------------------------------------------------------------------------------ 11
Processo de Replicação do DNA ---------------------------------------------------------------- 11
Transcrição ---------------------------------------------------------------------------------------------- 13
Processo de transcrição --------------------------------------------------------------------------- 13
Início ------------------------------------------------------------------------------------------------- 14
Elongação ou alongamento -------------------------------------------------------------------- 14
Término --------------------------------------------------------------------------------------------- 14
Código Genético---------------------------------------------------------------------------------------- 15
Tradução ------------------------------------------------------------------------------------------------- 16
Transmissão Genética ----------------------------------------------------------------------------- 18
Manipulação genética --------------------------------------------------------------------------------- 19
Conclusão ------------------------------------------------------------------------------------------------ 20
Web Grafia ----------------------------------------------------------------------------------------------- 21

ii
Índice de Ilustrações
Figura 1 Formação de uma planta transgénica. ............................................................ 2
Figura 2 Desenho de um cromossoma, gene e DNA. ................................................... 3
Figura 3 DNA. ............................................................................................................... 3
Figura 4 Cromossomas homólogos. ............................................................................. 4
Figura 5 Cromossomas sexuais. ................................................................................... 4
Figura 6 Célula diploide. ............................................................................................... 4
Figura 7 Célula haploide. .............................................................................................. 5
Figura 8 Lócus. ............................................................................................................. 5
Figura 9 Interfase.......................................................................................................... 6
Figura 10 Controle do Ciclo Celular. ........................................................................... 10
Figura 11 Modelo de Replicação da DNA. .................................................................. 11
Figura 12 Modelo de Transcrição do DNA. ................................................................. 13
Figura 13 Tabela de Código Genético. ....................................................................... 15
Figura 14 Tradução. ................................................................................................... 16
Figura 15 Árvore genealógica da transmissão genética. ............................................. 18
Figura 16 Manipulação genética. ................................................................................ 19

iii
Introdução
Este trabalho está a ser elaborado no âmbito da disciplina de Química Aplicada
a fim de ser o único element de avaliação da UFCD4517 – Transgenia, biodiversidade
e biossegurança.

Este trabalho pesquisa tem o intuito de juntar mais informação sobre a


transgenia, tema que foi abordado na aula, e que foi alvo de algumas pesquinas
momentanias como auxilio da explicação da professora durante a aula.

1
Transgenia
A Transgenia consiste num processo de alteração do material genético de uma
espécie pela introdução de uma ou mais sequências de genes provenientes de outra
espécie, sem que haja fecundação ou cruzamento, mediante o emprego de técnicas de
engenharia genética. Isto quer dizer que esta tecnologia permite aos cientistas isolarem
genes de microrganismos, por exemplo, e transferi-los para plantas, com o objetivo de
torná-las resistentes a doenças ou mais nutritivas, entre outras inúmeras aplicações.

A Transgenia é a tecnologia que mais rapidamente foi adotada na agricultura moderna.

Transgênico é sinônimo para a expressão "Organismo Geneticamente Modificado"


(OGM). É um organismo que recebeu um gene de outro organismo doador. Essa
alteração no seu DNA permite que mostre uma característica que não tinha antes. Na
natureza, sempre ocorreram (e ainda ocorrem) alterações ou mutações naturais.

Figura 1 Formação de uma planta transgénica.

2
Genética Básica
Para se falar em modificação genética é necessário ter conhecimento de akguns
conceitos básicos.
A genética estuda principalmente como ocorre a transmissão de características
de um organismo para um organismo descendente.
É também na genética que se estuda os genes e o modo da sua transmissão
também para as gerações futuras.

Gene
O gene é um segmento de uma molécula de DNA, que é responsável pelas
nossas características, ou seja, as características que nos foram
herdadas geneticamente pelos nos pais, tios e avós.
Cada gene é constituído por uma sequência de DNA que
contém um código para que haja produção de uma proteína que
desempenha específica no nosso corpo. A maior parte dos genes
estão inseridos nos cromossomas.
Figura 2 Desenho de um
cromossoma, gene e DNA.

• Gene Dominante: transmitem características hereditárias, independente do


modo de formação do alelo. Os genes dominantes manifestarão sempre as suas
características. Representam-se pelas letras maiúsculas (AA, BB ou VV).
• Gene Recessivo: ficam escondidos/inativos (recessivos) na presença de outro
dominante. Só manifestam as suas características quando combinados com
outro gene recessivo. Representam-se pelas letras minúsculas (aa; bb ou vv).

DNA
O DNA ou Ácido Desoxirribonucleico é uma molécula que se encontra no núcleo
das células de todos os seres vivos, e que comporta toda a informação genética do
nosso organismo.

É constituído por uma fita dupla em forma de espiral, formada por nucleótidos.

Figura 3 DNA.

3
Cromossomas
As diferentes sequências que constituem o DNA formam os cromossomas.

Os cromossomas são moléculas condensadas, que compreendem a nossa


informação genética.

• Cromossomas Homólogos: Contém o


mesmo conjunto de lócus, mas não são
cópias uns dos outros

Figura 4 Cromossomas homólogos.

• Cromossomas sexuais: feminino (X) e cromossoma


masculino (Y) em seres humanos, estão diretamente
relacionados com a determinação do sexo do
descendente.
Figura 5 Cromossomas sexuais.

Diploide
Este tipo de célula reproduz-se a partir da mitose, ou seja, quando ocorre a
duplicação das células diploides, que são as células-filhas. Essas novas células formam
os cromossomas em pares e cada conjunto é
chamado de cromossoma homólogo, pois têm
forma, tamanho e genes idênticos.

As células diploides estão presentes


nos seres vivos, e podem ser encontradas
nas células somáticas, como as células da
pele por exemplo.
Figura 6 Célula diploide.

4
Haploide
Contrariamente às células diploides as células haploides são aquelas que
possuem apenas um conjunto de cromossomas.

A sua reprodução ocorre na


meiose, e é no momento da divisão celular
que as diploides se dividem e dão origem
às células haploides. Como exemplo
Figura 7 Célula haploide. podemos olhar para os gametas, ou seja,
os espermatozoides e os óvulos

Lócus
O lócus é uma posição especifica num cromossoma,
onde se localiza um determinado gene

Alelos Figura 8 Lócus.

Os alelos são os diferentes tipos do mesmo gene, que


determinam uma única característica num indivíduo. Os genes ocupam o mesmo lócus
no par de cromossomas homólogos.

Genoma
Sequência completa do DNA que contém todas as informações genéticas de um
indivíduo.

Genótipo
Conjunto de todos os genes do organismo de um indivíduo, que ele recebe dos seus
progenitores, que poderão ser transmitidos para seus descendentes.

5
Ciclo Celular

O ciclo celular é um processo que ocorre após o surgimento de uma célula, que
sofrerá modificações e terminará com a multiplicação celular, que dará origem a duas
células ou mais células filhas. A divisão celular gera profundas alterações nas células.
Os dois tipos existentes, mitose e meiose, ocorrem de maneiras distintas. As duas fases
principais do ciclo celular são a Interfase e a mitose.

Interfase
É o estágio de maior atividade metabólica, quando ocorre o crescimento celular
e a sua preparação para a divisão celular. Esta preparação
inclui a duplicação do DNA, a divisão dos centríolos
e a produção de proteínas. A interfase é a fase
mais longa do ciclo celular e divide-se em três
etapas: G1, S e G2. As fases G recebem esse
nome por causa do inglês gap que significa
intervalo.

É o período mais longo do ciclo celular,


durando, em média, 95% do seu tempo de vida.

O ciclo começa: Figura 9 Interfase

• G1: nessa etapa, conhecida como “primeiro intervalo”, ocorre a síntese de


proteínas e RNA. O tempo de duração dela é o mais variável entre os diferentes
tipos celulares;
• S: nesta etapa, conhecida como “síntese”, ocorre a divisão do material genético.
Essa é a fase mais longa da interfase;
• G2: nesta etapa, conhecida como “segundo intervalo”, ocorre a síntese de
proteínas, que formará RNA. No entanto, isso acontece em menor quantidade
do que na etapa G1. O período de duração dessa etapa é proporcional ao da
G1.

É de realçar que durante todas as etapas da Interfase estão a ocorrer a síntese de


proteínas e a produção das estruturas celulares. →Algumas células não passam pelo

6
processo de divisão celular, diz-se, então, que essas células permanecem numa etapa
G1 prolongada ou etapa G0.

Mitose
É um processo de divisão celular onde uma célula origina duas células idênticas à
célula-mãe, ou seja, com o mesmo número de cromossomos.

A função da mitose é garantir o crescimento e substituição de células. A importância


dessa multiplicação celular está em manter a reprodução de seres unicelulares, efetivar
processos de cicatrização e renovação dos tecidos.

Esse tipo de divisão celular ocorre em células diploides e em algumas células


animais e vegetais. Numa célula humana, por exemplo, há 46 cromossomos. A mitose
promove o surgimento de duas células também com 46 cromossomos.

Prófase
É a primeira fase da mitose e da meiose, onde os cromossomas se condensam,
os nucléolos e a carioteca se desfazem, dispersando seus componentes no citoplasma.

Prometáfase
Nesta etapa, os cromossomas tornam-se mais condensados; os centrossomas
deslocam-se para os polos das células; ocorre a fragmentação do envelope nuclear; e
cada cromatina apresentará um cinetocoro (estrutura proteica presente no centrômero
– Região mais condensada no cromossoma).

Metafase
Nesta etapa, os cromossomos posicionam-se no plano equatorial da célula
(placa metafásica) com as cromátides-irmãs ainda unidas pelos centrômeros; é nela que
os cromossomos atingem seu grau máximo de condensação.

Anáfase
Nesta etapa, os cromatídios-irmãos separam-se; os cromossomas-filhos
libertados deslocam-se para extremidades opostas da célula; a célula alonga-se; as
duas extremidades da célula passam a apresentar conjuntos duplicados e equivalentes
de cromossomas.

Telófase
Última fase da mitose, onde ocorre descondensação dos cromossomos,
reorganização do nucléolo e reconstituição dos organelos celulares. Com a
descondensação, os cromossomos retomam sua atividade de produzir RNA.

7
Citocinese
Com as duas últimas fases da mitose ocorre a Citocinese, que se encerra após
a telófase, completando a divisão. Na citocinese ocorre a divisão do citoplasma para
formar duas células-filhas.

Meiose
Processo de duas divisões nucleares, onde ocorre a transformação de uma
célula diploide em quatro células haploides por meio da meiose I e meiose II.

A função da meiose é reduzir o número de cromossomas das células diploides


pela transformação em células haploides e, por fim, garantir que haja um conjunto
completo de cromossomas nos produtos haploides gerados.

A importância da meiose está no desenvolvimento de diversidade genética, já


que produz novas combinações génicas. Os ciclos de vida sexuados são influenciados
por esse processo, sendo a diversidade matéria-prima da seleção natural e evolução.

Prófase I
Os centríolos movem-se para os polos da célula. Ocorre a condensação dos
cromossomas.

Formação de cromómeros, que correspondem às pequenas e densas condensações


nos cromossomas.

Há a troca de fragmentos entre cromatídeos-homólogos durante o crossing-over.

Metáfase I
Os cromossomas encontram-se dispostos na placa metafísica; um cromossoma
de cada par de cromossoma homólogo está direcionado para um polo da célula.

Anáfase I
Os cromossomas homólogos separam-se e deslocam-se para os pólos da célula,
direcionados pelas fibras dos fusos.

Telófase I
A carioteca e o nucléolo reorganizam-se em cada polo da célula.

Divisão celular e formação de duas haploides com metade do número de


cromossomos da célula-mãe.

Ocorre a citocinese, ou seja, a divisão do citoplasma.

8
Meiose II
Corresponde à etapa equacional, que consiste na divisão das células e o número
de cromossomas é igual aos do que iniciaram o processo.

Prófase II
Ocorre a formação das fibras do fuso, e os cromossomos deslocam-se para a
placa metafísica

Metáfase II
Os cromossomas posicionam-se na placa metafísica, e os cinetocoros dos
cromatídeos-irmãos estão ligados aos microtúbulos dos polos opostos.

Anáfase II
As proteínas que mantêm as cromatídeos-irmãs unidas quebram-se, e estas se
separam, deslocando-se para os polos.

Telófase II
Inicia-se a descondensação dos cromossomos; ocorre a formação do núcleo
celular; ocorre a citocinese. Ao final deste processo, são formadas quatro células-filhas
haploides distintas.

9
Controlo do Ciclo Celular
O ciclo celular apresenta mecanismos que regulam os seus processos, como a
síntese de proteínas e a divisão celular. Esses mecanismos são muito importantes, pois
a proliferação descontrolada das células, pode
resultar a formação de tumores. Os mecanismos
de controle do ciclo celular atuam como um
sistema de on/off, de forma que o próximo evento
se inicie com o término do evento anterior do
ciclo celular. Na maioria das células eucarióticas,
esses mecanismos atuam nos chamados pontos
de verificação, ou pontos de transição
reguladora.
Figura 10 Controle do Ciclo Celular.

Existem três pontos principais:

• Primeiro ponto de verificação ou ponto de restrição: é ao final da fase G1 e


impede a continuação do ciclo quando as condições não são adequadas.
• Ponto de verificação G2/M: desencadeia os eventos mitóticos que levam ao
alinhamento dos cromossomas na placa metafísica.
• Terceiro ponto de verificação: é a transição entre metáfase e anáfase, na qual
ocorre a estimulação para a separação das cromatídeos-irmãos, levando, assim,
à conclusão da mitose e à realização da citocinese. O início do evento seguinte
do ciclo só é ativado se não são detetados problemas Intra ou extracelulares.

10
Replicação do DNA
A replicação do DNA é semiconservativa, o que significa que cada fita na dupla
hélice atua como modelo para a síntese de uma nova fita complementar.

Esse processo tem início com uma molécula que leva à formação de duas
moléculas "filhas", cada uma com uma dupla hélice recém-formada contendo uma fita
nova e uma velha.

Processo de Replicação do DNA


Este processo inicia-se com a separação das duas fitas que fazem parte da
molécula de DNA, devido a ação das enzimas, como a helicase. Isto ocorre nos pontos
em que existem sequências especificas de nucleótidos. As enzimas que atuam neste
processo identificam-nos e ligam-se ao DNA, formando as bolhas de replicação.

Nas células eucarióticas, o processo dá início em vários pontos. As diversas


bolhas de replicação que foram formadas fundem-se, fazendo com que o processo da
replicação seja bastante rápido. O mesmo ocorre nos dois sentidos da fita do DNA.

De seguida, uma cadeia de DNA separa-se, os nucleótidos livres ligam-se nas


fitas simples e, assim, duas novas moléculas vão surgir.

Figura 11 Modelo de Replicação da DNA.

As helicases movem-se sobre as fitas de DNA, separando as cadeias, as regiões


onde estas se separam apresentam a forma de Y e são chamadas de forquilha de
replicação. Para evitar que as cadeias se liguem novamente, as proteínas ligantes ao

11
DNA de cadeia simples ligam-se às cadeias simples, no entanto, elas fazem-no de forma
a deixar as bases livres para a associação dos nucleótidos.

À medida que essas associações ocorrem e a nova cadeia, é sintetizada, essas


proteínas desprendem-se do DNA.

A cadeia que vai ser formada inicia-se com uma porção de RNA, sintetizada por
meio da ação da enzima primase

O início da formação da nova cadeia de DNA ocorrerá na extremidade 3' da


primase, as enzimas, denominadas de DNA-polimerases, iniciam a ligação dos
nucleótidos livres no núcleo à primase e, em seguida, adicionam os nucleótidos
complementares aos da fita-molde.

Devido à estrutura do DNA, os nucleótidos só poderão ser adicionados na


extremidade 3' da primase ou da fita de DNA que está a ser sintetizada. Assim, a nova
fita poderá ser aumentada apenas no sentido do lado do carbono da pentose ligado ao
fosfato (carbono 5') em direção ao carbono 3' da pentose.

À medida que a forquilha vai sendo aberta, a adição de nucleótidos numa das
fitas dá-se de forma contínua, esta fita é denominada de fitar líder ou fita contínua. No
entanto, para que a outra fita seja alongada nesse sentido, a adição de nucleótidos
ocorrerá em sentido oposto ao da progressão da forquilha devido aos fragmentos de
Okazaki (em células eucarióticas, estes possuem entre 100 e 200 nucleotídeos). A fita
retardada ou descontínua, necessita apenas de uma primase, cada fragmento dela
deverá ser iniciado separadamente.

No fim da enzima DNA ligase se ligar aos fragmentos, formando uma fita única de
DNA, temos então duas moléculas de DNA, exatamente iguais em relação à sequência
de nucleótidos, sendo que essas moléculas são constituídas por uma fita antiga,
pertencente à molécula original, e uma fita nova.

• Citosina (C) – Guanina (G)


• Guanina (G) – Citosina (C)
• Adenina (A) – Timina (T)

12
Transcrição
Na transcrição, uma fita não codificante, age como molde para a síntese de uma
fita correspondente de RNA por uma enzima chamada RNA polimerase. Essa fita de
RNA é o transcrito primário.

O transcrito primário carrega a mesma sequência de informação que a fita de


DNA não transcrita, algumas vezes chamada de fita codificante. Contudo, o transcrito
primário e a fita codificante de DNA não são idênticos, graças a algumas diferenças
bioquímicas entre DNA e RNA. Uma diferença importante é que as moléculas de RNA
não incluem a base timina (T). Ao invés disso, elas têm uma base similar uracilo (U).
Como a timina, a uracilo pareia com adenina.

Processo de transcrição
O processo de transcrição pode ser dividido, por questões didáticas, em três
fases: início, elongação, também chamada de alongamento, e término, como veremos
a seguir.

Figura 12 Modelo de Transcrição do DNA.

A transcrição é um processo que pode ser dividido, em três fases:

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Início

O processo de transcrição inicia-se com o reconhecimento da sequência


específica do DNA a ser transcrita. As ligações de hidrogênio que unem as duas cadeias
de DNA se rompem e as duas fitas se separam. Apenas uma das duas fitas servirá
como molde para a síntese de RNA.

Elongação ou alongamento

Na fase de elongação ou alongamento, os nucleótidos são incorporados a uma fita


molde de DNA, e a outra fita de DNA permanece inativa. Os nucleótidos estão presentes
no núcleo livremente e ligam-se à fita molde de uma forma definida, pois as bases
nitrogenadas são complementares, como pode ser observado a seguir:

• Adenina (A) do DNA – Uracilo (U) do RNA


• Timina (T) do DNA – Adenina (A) do RNA
• Citosina (C) do DNA – Guanina (G) do RNA
• Guanina (G) do DNA – Citosina (C) do RNA

Término

Assim que a fita de RNA está pronta, ela se destaca da fita molde de DNA e se
desloca em direção ao citoplasma, onde, em seguida, ocorre outro processo,
denominado de tradução (síntese de proteínas). As duas fitas de DNA, então, ligam-se
novamente. O afastamento e o encaixe das duas fitas de DNA ocorrem sob ação de
uma enzima denominada de RNA-polimerase, que se desloca sob a molécula de DNA
durante o processo de transcrição.

14
Código Genético
Durante a tradução, a sequência de nucleotídos de um RNAm é traduzida na
sequência de aminoácidos de um polipeptídeo. Especificamente, os nucleotídeos do
RNAm são lidos em tripletos (grupos de três) chamados codãos. Há 61 codãos que
especificam aminoácidos. Um codão é o codão de "início" que indica onde começar a
tradução. O codãos de início especifica o aminoácido metionina, assim a maioria dos
polipeptídeos iniciam com este aminoácido. Três outros codãos de “parada” sinalizam o
final de um polipeptídeo. Essas relações entre codãos e aminoácidos são chamadas de
código genético.

Figura 13 Tabela de Código Genético.

15
Tradução
Após a transcrição (e, nos eucariontes, após o processamento), de uma
molécula de RNAm esta está pronta para se dirigir à síntese proteica. O processo de se
usar informação contida em um RNAm para construir um polipeptídeo é chamado de
tradução.

A tradução ocorre dentro de estruturas conhecidas como ribossomos.


Ribossomos são máquinas moleculares cujo trabalho é contruir polipeptídeos. Uma vez
que o ribossomo se prende a um RNAm e encontra o codão de início, ele irá se mover
rapidamente ao longo do RNAm, um codão de cada vez. Conforme for, ele irá
gradualmente construindo uma cadeia de aminoácidos que espelha exatamente a
sequência de codãos no RNAm.

O robossoma depende de um grupo especializado de moléculas de RNA


chamadas RNAs transportadores (RNAt). Cada RNAt tem três nucleotídeos expostos
em uma extremidade, que podem reconhecer (parear bases com) apenas um ou poucos
codãos específicos. Na outra extremidade, o RNAt carrega um aminoácido -
especificamente o aminoácido que corresponde àqueles codãos.

Figura 14 Tradução.

Há muitos RNAs transportadores flutuando pela célula, mas somente um RNAt


que combine com (pareie bases com) o codão que está sendo lido naquele momento
pode se ligar e entregar sua carga de aminoácido. Uma vez que o RNAt esteja
firmemente ligado ao seu codão correspondente no ribossoma, seu aminoácido será
adicionado ao final da cadeia polipeptídica.

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Esse processo se repete várias vezes, com o ribossoma se movendo ao longo
do RNAm um codão de cada vez. Uma cadeia de aminoácidos é construída um por um,
com uma sequência de aminoácidos que corresponde à sequência de codãos
encontrados no RNAm. A tradução termina quando o ribossoma chega a um codão de
parada e solta o polipeptídeo.

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Transmissão Genética
A transmissão genética é a transferência de informação genética até outra
geração, ou de uma localização na célula para outra. Onde Existe 23 pares sendo o 23º
o par que determina o sexo do individuo

A hereditariedade é a transmissão de características de pais para filhos. Essas


informações genéticas e fenotípicas transmitidas são chamadas de hereditárias.
Denominamos de hereditariedade o fenômeno em que os genes e as características
dos pais são transmitidas aos seus descendentes.

Figura 15 Árvore genealógica da transmissão genética.

18
Manipulação genética
Manipulação génica ou genética e modificação genética são termos para o
processo de manipulação dos genes num organismo, geralmente fora do processo
normal reprodutivo deste. Envolvem frequentemente o isolamento, a manipulação e a
introdução do DNA num ser vivo, geralmente para expressar um gene. O objetivo é
introduzir novas características num ser vivo para aumentar a sua utilidade, tal como
aumentando a área de uma espécie de cultivo, introduzindo uma nova característica, ou
produzindo uma nova proteína ou enzima.

Figura 16 Manipulação genética.

19
Conclusão
Este trabalho foi elaborado no âmbito da disciplina de Química Aplicada a fim de
ser o único element de avaliação da UFCD4517 – Transgenia, biodiversidade e
biossegurança.

A realização do mesmo serviu como forma de perceber melhor os conteudos em


relação ao tema da Transgenia, uma vez que este trabalho tem muito para dizer e que
tentei falar de todos os subtópicos de forma clara e susinta.

20
Web Grafia
Lam Science. «Modificação genética: definição, tipos, processo, exemplos - Ciência 2023»,
2023. https://port.lamscience.com/genetic-modification.

«Mecanismo molecular da replicação do DNA (artigo) | Khan Academy». Acedido 13 de


março de 2023. https://pt.khanacademy.org/science/ap-biology/gene-expression-and-
regulation/replication/a/molecular-mechanism-of-dna-replication.

«Introdução à expressão gênica (dogma central) (artigo) | Khan Academy». Acedido 13 de


março de 2023. https://pt.khanacademy.org/_render.

Toda Matéria. «Células haploide e diploide». Acedido 10 de março de 2023.


https://www.todamateria.com.br/celulas-haploide-e-diploide/.

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