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Das Penas no CPM
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Livro Eletrônico
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Sumário
Douglas Vargas
Introdução......................................................................................................................................... 4
Das Penas no CPM........................................................................................................................... 5
1. Penas e Medidas de Segurança. . ............................................................................................... 5
1.1. Regime.......................................................................................................................................... 6
2. Penas Principais. . ......................................................................................................................... 7
3. Pena – de Morte........................................................................................................................... 7
3.1. Exceção........................................................................................................................................ 8
4. Das Penas Privativas de Liberdade......................................................................................... 8
4.1. Mínimos e Máximos Genéricos.............................................................................................. 9
5. Penas Privativas de Liberdade – Aplicadas aos Militares.................................................. 9
5.1. Transferência........................................................................................................................... 10
5.2. Observações............................................................................................................................. 11
5.3. Detração.................................................................................................................................... 11
6. Pena – Privativa de Liberdade Aplicada a Civil....................................................................12
7. Pena – de Impedimento.............................................................................................................12
8. Suspensão de Exercício do Posto, Graduação, Cargo ou Função.....................................13
9. Reforma........................................................................................................................................13
10. Penas Acessórias......................................................................................................................13
11. Perda do Posto e Patente.. ...................................................................................................... 14
12. Declaração de Indignidade para o Oficialato. . ....................................................................15
13. Declaração de Incompatibilidade com o Oficialato...........................................................16
13.1. Exclusão das Forças Armadas.............................................................................................16
13.2. Praças das PMs e Bombeiros..............................................................................................16
13.3. Perda da Função Pública...................................................................................................... 17
13.4. Inabilitação para o Exercício de Função Pública.. ........................................................... 17
14. Suspensão do Poder Familiar, Tutela ou Curatela............................................................. 17
15. Suspensão dos Direitos Políticos......................................................................................... 18
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Introdução
Saudações, querido(a) aluno(a)!
A aula de hoje está dividida em dois tópicos diretamente relacionados:
• Das Penas no CPM
• Tópicos complementares sobre as penas no CPM.
Como fizemos durante todo o nosso curso, vamos apresentar, ao final da aula, um resumo
dos tópicos abordados.
Logo em seguida faremos uma breve lista de exercícios com as questões existentes e
atualizadas sobre o tema (as quais infelizmente são muito escassas). Como sempre, faremos
o possível.
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O Código Penal Militar (Código Castrense) não prevê a substituição de penas privativas de liberda-
de por penas privativas de direitos.
Portanto, a possibilidade de, em alguns casos, substituir a pena privativa de liberdade por
outra que apenas faça a restrição de outros direitos do acusado não é aplicável aos crimes
militares. Inclusive, esta é a orientação do STF, ao analisar HC sobre a matéria.
Por esse motivo, dizemos que embora algumas normas do Código Penal possam ser aplicadas sub-
sidiariamente ao Código Penal Militar, o art. 44 do CP (que trata da substituição da pena privativa de
liberdade) não é aplicável aos crimes militares.
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É interessante notar também que, no caso de civis condenados pela Justiça Militar da
União, há posicionamento de parte da doutrina no sentido de que é excepcionalmente cabível
a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, haja vista que os civis
cumprirão a pena em estabelecimento comum, de modo que não haveria afronta à hierarquia
e a disciplina militares.
Entretanto, não há manifestação da jurisprudência nesse sentido, e regra geral, deve-se
seguir a orientação de que tal substituição não é cabível na esfera penal militar (salvo se o
examinador mencionar essa possibilidade específica para os civis).
1.1. Regime
Outra diferença bastante relevante entre a esfera penal comum e a esfera penal militar está
no regime de cumprimento de pena:
Por isso, fique muito atento ao posicionamento solicitado pelo examinador em sua prova,
e adeque sua resposta de acordo com a questão!
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2. Penas Principais
As penas principais estão elencadas no art. 55 do CPM, que merece ser lido na íntegra:
Penas principais:
Art. 55. As penas principais são:
a) morte;
b) reclusão;
c) detenção;
d) prisão;
e) impedimento;
f) suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função;
g) reforma.
3. Pena – de Morte
Pena – de morte:
Art. 56. A pena de morte é executada por fuzilamento.
Calma lá! Na verdade, lembre-se que a CF/1988 faz uma exceção à essa regra, admitindo a
pena de morte no caso de guerra declarada (Art. 5º, XLVII c/c art. 84, XIX).
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A pena de morte, a ser executada por fuzilamento (art. 56), depende de comunicação da
sentença definitiva ao Presidente da República e não pode ser executada senão após 7 dias
de tal comunicação.
Tal comunicação é importantíssima haja vista o poder do Presidente da República de con-
ceder graça ou de comutar a pena, nos termos da Constituição Federal.
3.1. Exceção
Apesar dessa regra geral para a execução da pena de morte, lembre-se que caso a pena seja impos-
ta em zona de operações de guerra, pode ser imediatamente executada, quando o exigir o interesse
da ordem e da disciplina militares.
O prazo de prescrição da pretensão punitiva dos crimes para os quais é cominada a pena
de morte é de 30 anos (Art. 125, CPM).
Comunicação
Art. 57. A sentença definitiva de condenação à morte é comunicada, logo que passe em julgado,
ao Presidente da República, e não pode ser executada senão depois de sete dias após a comunica-
ção.
Parágrafo único. Se a pena é imposta em zona de operações de guerra, pode ser imediatamente
executada, quando o exigir o interesse da ordem e da disciplina militares.
Vale lembrar ainda o prazo de sete dias para execução da pena de morte (após a comuni-
cação), exigido pelo art. 57.
A diferenciação entre reclusão e detenção no CPM é meramente formal, por conta dos limites
genéricos aplicados a cada um dos regimes de cumprimento de pena:
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Bom assunto de prova está nos mínimos e máximos das penas previstas no CPM. Note
que o tema não sofreu alteração com o pacote anticrimes (diferentemente do que ocorreu com
o Código Penal, cuja pena máxima subiu para 40 anos após a recente modificação).
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sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também,
poderá gozar. (Redação dada pela Lei n. 6.544, de 30.6.1978)
Ou seja:
Observações importantes:
• No caso da pena superior a 2 anos, note que não há a substituição por prisão (como
ocorre nos moldes do art. 59).
• Se não há penitenciária militar, a pena é executada em estabelecimento penal comum,
ficando o condenado sujeito ao regramento da LEP.
− No entanto, para o cumprimento em estabelecimento penal comum, o condenado
deve ter perdido a condição de militar.
o Nesse caso, deverá o praça ser EXCLUÍDO e o oficial deverá ter perdido seu posto
e sua patente.
Militar da ativa jamais cumprirá pena em presídio comum juntamente com outros presos civis.
5.1. Transferência
O CPPM prevê expressamente a possibilidade da transferência de presos de uma região
militar para a outra:
Transferência de condenados:
Art. 68. O condenado pela Justiça Militar de uma região, distrito ou zona pode cumprir pena em
estabelecimento de outra região, distrito ou zona.
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5.2. Observações
Conforme estudamos, caso a pena seja cumprida em estabelecimento militar, a regra é que
o regime de cumprimento será o fechado, e não haverá progressão de regime. Dessa forma,
o fluxo é o seguinte:
Não se esqueça da divergência de entendimentos entre o STM (que considera lícito o cum-
primento de pena em regime exclusivamente fechado) e o STF (que já apresentou entendimen-
tos contrários).
Se não houver penitenciária militar e o condenado perder a condição de militar, a pena pode
ser cumprida em estabelecimento comum, seguindo a Lei de Execuções Penais e sub compe-
tência do juízo da Vara de Execuções Penais.
É nesse sentido que se manifesta a Súmula n. 192 do STJ:
5.3. Detração
Por fim, a detração penal (desconto do tempo de prisão provisória no tempo de prisão-pena
que for cominada com o trânsito em julgado da sentença), no CPM, segue a seguinte norma:
Tempo computável:
Art. 67. Computam-se na pena privativa de liberdade o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no
estrangeiro, e o de internação em hospital ou manicômio, bem como o excesso de tempo, reconhe-
cido em decisão judicial irrecorrível, no cumprimento da pena, por outro crime, desde que a decisão
seja posterior ao crime de que se trata.
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7. Pena – de Impedimento
A próxima modalidade de pena prevista no CPM que precisamos estudar é a pena de
impedimento:
Pena – de impedimento:
Art. 63. A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no recinto da unidade, sem pre-
juízo da instrução militar.
A pena de impedimento é restritiva de liberdade – e não privativa – pois nela não há en-
carceramento.
Outro ponto chave sobre a pena de impedimento é que ela é cominada EXCLUSIVAMENTE
ao crime de insubmissão (Art. 183 do CPM), sendo que sua duração pode variar entre 3 me-
ses e 1 ano.
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Vale lembrar ainda que o CPPM prevê que o insubmisso que se apresentar voluntariamente
ou for capturado será submetido à medida cautelar de menagem em quartel, sendo computa-
do o tempo de menagem na pena de impedimento que for definitivamente imposta (detração).
9. Reforma
A pena de reforma é aquela que sujeita um militar (desde que estável) à situação de inati-
vidade compulsória, com proventos proporcionais ao tempo de serviço prestado.
Ou seja: é basicamente uma aposentadoria compulsória para militares, na qual este não
poderá receber mais de 1/25 avos do soldo por ano de serviço prestado, e nem receber impor-
tância que supere o valor do soldo (nos termos do art. 65 do CPM).
É também uma pena restritiva de direitos, que cabe para a prática de determinados crimes
militares. Específicos.
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Trata-se de pena acessória bastante direta: uma vez condenado a pena privativa de liberda-
de superior a dois anos, ocorre a perda do posto e patente pelo oficial.
Entretanto, embora o art. 107 do CPM afirme que essa imposição sequer precisa constar
da sentença condenatória, parte da doutrina entende que essa pena não tem aplicação auto-
mática e imediata, haja vista a vitaliciedade dos militares das forças armadas, que só podem
perder seu posto e patente por decisão do STM (art. 142, CF/1988).
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A declaração de incompatibilidade com o oficialato, por sua vez, aplica-se aos delitos de
entendimento para gerar conflito ou divergência com o Brasil e tentativa contra a soberania
do Brasil.
Para o STJ, no entanto, não basta a condenação para a exclusão do praça das Forças Arma-
das. É necessário requerimento ao Ministério Público Militar, além de constar expressamente
na sentença.
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Em primeiro lugar, perceba que o CPM trata especificamente do caso do assemelhado (fi-
gura que é considerada não mais existente para a doutrina) e do civil, quando condenados no
âmbito do CPM.
A previsão do art. 103, no entanto, também se aplicará ao militar da reserva ou reforma
que estiver no exercício de função pública (por força do parágrafo único).
Sobre o tema, basta que você domine os incisos I e II (os quais apresentam os casos em
que a pena é aplicável) e que saiba que a imposição dessa pena, também segundo o art. 107
do CPM, não precisa constar expressamente da sentença.
A inabilitação para o exercício da função pública, como narra o art. 104, pode ocorre pelo
prazo de até 20 anos, em virtude de crime praticado com abuso de poder ou violação de dever
militar ou inerente à função pública.
O prazo de inabilitação começa ao termo da execução da pena privativa de liberdade ou da
medida de segurança em substituição, ou da data em que se extingue tal pena.
Além disso, compete informar que o art. 108 do CPM determina que deve ser computado
no prazo de inabilitações temporárias o tempo de liberdade resultante de suspensão condi-
cional da pena ou de livramento condicional, desde que tais concessões não sejam posterior-
mente revogadas.
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As medidas de segurança listadas no CPM são mais numerosas do que aquelas contidas
no Código Penal comum (para nossa alegria, certo? Mais conteúdo para estudar!!!)
Estou brincando – eu sei que estudar Direito Penal e Direito Penal Militar, em conjunto, por
si só, já sobrecarrega muito o candidato.
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As medidas de segurança (regra geral) podem ser impostas apenas aos civis e aos mili-
tares que tenham perdido sua condição de militar em virtude de condenação a pena privativa
de liberdade por tempo superior a dois anos ou que de outro modo tenham perdido seu posto,
patente ou tenham sido excluídos das forças armadas.
A única medida de segurança aplicável aos militares é a de internação, nos seguintes casos:
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Apenas para que você entenda melhor: Existem dois tipos de sistema de aplicação da pena
(segundo a doutrina) os quais são os mais importantes para o estudo do Direito Penal:
Por esse motivo, caso o autor de um fato típico e ilícito seja considerado inimputável e
perigoso, não lhe será aplicada a pena, mas a medida de segurança, de forma substitutiva.
Já no caso de semi-imputabilidade, é possível que o indivíduo seja condenado com pena
reduzida e que o juiz substitua a pena por internação em estabelecimento psiquiátrico ane-
xo ao manicômio judiciário ou estabelecimento penal, se houver necessidade de tratamen-
to curativo.
Resumindo:
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Há que se tomar cuidado com esse sistema, pois pode ser que após o cumprimento in-
tegral da pena, seja descoberto que o condenado tenha se tornado inimputável e perigoso.
Nesse caso, não se admite que seja decretada medida de segurança, pois o condenado estaria
sendo submetido a duas medidas, cumulativamente, pelo mesmo delito (violando o sistema
vicariante). A solução, nessa situação hipotética, seria a de internar o indivíduo em estabeleci-
mento de saúde COMUM, e não em manicômio judiciário.
18. Prazo
O CPM estabelece expressamente o prazo mínimo de internação entre 1 e 3 anos, período
no qual são realizados exames para verificar se cessou a periculosidade do condenado.
A perícia médica deve ser realizada ao término do prazo mínimo de internação, e caso a
medida não seja revogada, a perícia deve repetir-se anualmente.
Segundo o CPM, não há prazo máximo para a medida de internação, que perdura por tem-
po indeterminado enquanto não averiguado o fim da periculosidade do indivíduo. Entretan-
to, cuidado!
Posicionamento do STF
Segundo o STF, a internação (assim como a prisão) também se submete ao prazo máximo
de 30 anos.
Não faria sentido que uma medida menos gravosa (internação) pudesse durar de forma
perpétua e ofender a Constituição Federal, enquanto a prisão, medida mais gravosa, ficasse
limitada aos 30 anos previstos em nosso ordenamento jurídico.
Há ainda um posicionamento relevante do STJ sobre o assunto:
Ou seja, para o STJ, se o indivíduo é condenado a um delito cuja pena máxima cominada
em abstrato é de 8 anos (por exemplo), a internação em razão da prática daquele delito tam-
bém não poderá ultrapassar 8 anos.
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19. Desinternação
A desinternação é uma medida condicional. Por esse motivo, caso se identifique que a
condição de periculosidade do indivíduo se restabeleceu, deve também ser restabelecida a si-
tuação anterior (internação). Tal condição é verificada se o indivíduo, antes do decurso de um
ano da desinternação, praticar algum fato indicativo de sua periculosidade.
Note ainda que a internação tem o objetivo de fornecer tratamento curativo, aperfeiçoa-
mento e um regime educativo ou de trabalho, de acordo com as condições pessoais de cada
internado.
Já no caso de condenado inicialmente são mais ao qual sobrevenha doença mental, deve
ocorrer também o recolhimento em manicômio judiciário ou outro estabelecimento adequado.
Não será um caso de internação definitiva, pois caso o condenado apresente melhora poderá
ser novamente transferido para o estabelecimento penal – caso em que o tempo de internação
irá ser computado para fins de livramento condicional.
Já se o estado de doença mental for identificado como permanente, deverá a pena inicial
ser convertida em medida de segurança.
O prazo deve ser contado do dia em que terminar a execução da pena privativa de liberdade
ou medida de segurança, ou da data da suspensão condicional da pena ou da concessão de
livramento condicional.
Cabe asseverar que é possível que a interdição em estudo seja revogada, caso, antes de
expirado o prazo, fique averiguada a cessação do perigo que justifique a interdição. Do mesmo
modo, se a periculosidade persiste após o fim do prazo, este será prorrogado.
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A cassação da licença também deve ser determinada nos casos em que o réu for absolvido em
razão de sua inimputabilidade (sentença absolutória imprópria).
21. Exílio
O exílio local configura nada mais do que uma proibição de residir ou permanecer, pelo pe-
ríodo mínio de um ano, em uma determinada localidade, município ou comarca onde o crime
foi praticado, para garantia da ordem pública ou pelo bem do próprio condenado.
O exílio é uma medida a ser imposta assim que cessa ou é suspensa a execução da pena
privativa de liberdade.
24. Confisco
O confisco é uma medida de segurança patrimonial, prevista no art. 119 do CPM, na qual
o juiz, mesmo sem a apuração da autoria ou diante de acusado inimputável ou não punível, or-
dena o confisco de instrumentos e produtos do crime, caso consistam nos seguintes objetos:
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Os efeitos da condenação são um rol simples, contido no Capítulo IV e que merece ser lido
e memorizado. O CPM basicamente repete a previsão do art. 91 do Código Penal, listando os
chamados efeitos genéricos da condenação.
Felizmente, não há aspectos doutrinários a elaborar sobre este tópico. Basta que o aluno
conheça o teor do art. 109 para fins de prova!
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RESUMO
Penas e Medidas de Segurança:
Divisão Básica das Penas:
Aspectos Iniciais:
• O Código Penal Militar (Código Castrense) não prevê a substituição de penas privativas
de liberdade por penas privativas de direitos.
• O Direito Penal Militar possui o próprio sistema de sanções penais.
Regime:
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Penas Principais:
• As penas principais são:
− morte;
− reclusão;
− detenção;
− prisão;
− impedimento;
− suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função;
− reforma.
• O Código Penal Militar não prevê pena de MULTA!
Pena – de morte:
• A CF/1988 faz uma exceção à regra geral, admitindo a pena de morte no caso de guerra
declarada (Art. 5º, XLVII c/c art. 84, XIX).
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• Militar da ativa jamais cumprirá pena em presídio comum juntamente com outros pre-
sos civis.
Pena – de Impedimento:
• A pena de impedimento é restritiva de liberdade – e não privativa – pois nela não há
encarceramento.
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Reforma:
• A pena de reforma é aquela que sujeita um militar (desde que estável) à situação de
inatividade compulsória, com proventos proporcionais ao tempo de serviço prestado.
• A pena de reforma só é aplicável para militares ESTÁVEIS.
Penas Acessórias:
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Medidas de Segurança:
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Das Penas no CPM
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Desinternação:
• É uma medida condicional. Por esse motivo, caso se identifique que a condição de pe-
riculosidade do indivíduo se restabeleceu, deve também ser restabelecida a situação
anterior (internação).
Exílio:
• O exílio local configura nada mais do que uma proibição de residir ou permanecer, pelo
período mínio de um ano, em uma determinada localidade, município ou comarca onde
o crime foi praticado.
Confisco:
• O confisco é uma medida de segurança patrimonial, prevista no art. 119 do CPM, na
qual o juiz, mesmo sem a apuração da autoria ou diante de acusado inimputável ou não
punível, ordena o confisco de instrumentos e produtos do crime.
Efeitos da Condenação:
• São efeitos da condenação:
− I – tornar certa a obrigação de reparar o dano resultante do crime;
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/PMDF/SOLDADO) A perda de posto e patente e de condecorações decorre da
condenação do militar à pena privativa de liberdade com tempo de cumprimento superior a
quatro anos, o que resulta, também, na declaração de indignidade para o oficialato.
Conforme estudamos, segundo o art. 99 do CPM a perda de posto e patente resulta da con-
denação a pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos, e importa a perda das
condecorações.
Já a indignidade para o oficialato está prevista no art. 100 do CPM, possuindo delitos específi-
cos para sua aplicação.
Errado.
O gabarito da questão pode ser extraído da literalidade do art. 98 do CPM, o qual arrola as pe-
nas acessórias:
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(...)o mínimo da pena de reclusão é de um ano, e o máximo de trinta anos; o mínimo da pena de
detenção é de trinta dias, e o máximo de dez anos.
Ademais, cabe relembrar que o art. 56 do CPM prevê que “a pena de morte é executada por
fuzilamento.”, e não por enforcamento, como afirmou o examinador.
Letra a.
Conforme estudamos, a pena de morte é pena principal, prevista no art. 55 do CPM, e só pode
ser aplicada em caso de guerra declarada, de modo que a assertiva “c” está correta.
Letra c.
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Mais uma questão sobre a temática dos artigos 56 e 58 do CPPM, os quais já mencionamos na
resolução dessa lista. O gabarito, no entanto, testa se você ficou atento à leitura do CPM, haja
vista sua previsão se encontrar no art. 61, a saber:
Art. 61. A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em pe-
nitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou detento
sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também,
poderá gozar. (Redação dada pela Lei n. 6.544, de 30.6.1978)
Letra d.
Veja como diversos examinadores, de diversas bancas, acabam buscando sempre a mesma
fonte para elaborar as questões. Como você já sabe, a pena de morte será executada por fuzi-
lamento, motivo pelo qual a assertiva “a” está correta.
Letra a.
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E mais uma questão sobre o mesmo tema. Conforme já mencionamos, o art. 56 prevê a exe-
cução por fuzilamento.
Letra e.
Boa questão! A única hipótese que não integra o art. 55 é a assertiva E (multa). Lembre-se que
não existe previsão de pena de multa no Código Penal Militar!
Letra e.
Se há um prazo em uma lei, reza a lenda que o examinador sempre encontrará uma forma de
cobrá-lo em prova. Conforme estudamos, prevê o art. 57 do CPM o prazo de sete dias para
execução da pena de morte, após sua comunicação.
Letra b.
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A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de liberdade por tempo superior
a dois anos, e importa a perda das condecorações.
Letra a.
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GABARITO
1. E
2. b
3. a
4. c
5. d
6. a
7. e
8. e
9. b
10. a
Douglas Vargas
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).
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