Você está na página 1de 39

DIREITO PENAL

MILITAR
Das Penas no CPM

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM

Sumário
Douglas Vargas

Introdução......................................................................................................................................... 4
Das Penas no CPM........................................................................................................................... 5
1. Penas e Medidas de Segurança. . ............................................................................................... 5
1.1. Regime.......................................................................................................................................... 6
2. Penas Principais. . ......................................................................................................................... 7
3. Pena – de Morte........................................................................................................................... 7
3.1. Exceção........................................................................................................................................ 8
4. Das Penas Privativas de Liberdade......................................................................................... 8
4.1. Mínimos e Máximos Genéricos.............................................................................................. 9
5. Penas Privativas de Liberdade – Aplicadas aos Militares.................................................. 9
5.1. Transferência........................................................................................................................... 10
5.2. Observações............................................................................................................................. 11
5.3. Detração.................................................................................................................................... 11
6. Pena – Privativa de Liberdade Aplicada a Civil....................................................................12
7. Pena – de Impedimento.............................................................................................................12
8. Suspensão de Exercício do Posto, Graduação, Cargo ou Função.....................................13
9. Reforma........................................................................................................................................13
10. Penas Acessórias......................................................................................................................13
11. Perda do Posto e Patente.. ...................................................................................................... 14
12. Declaração de Indignidade para o Oficialato. . ....................................................................15
13. Declaração de Incompatibilidade com o Oficialato...........................................................16
13.1. Exclusão das Forças Armadas.............................................................................................16
13.2. Praças das PMs e Bombeiros..............................................................................................16
13.3. Perda da Função Pública...................................................................................................... 17
13.4. Inabilitação para o Exercício de Função Pública.. ........................................................... 17
14. Suspensão do Poder Familiar, Tutela ou Curatela............................................................. 17
15. Suspensão dos Direitos Políticos......................................................................................... 18

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 2 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

16. Medidas de Segurança. . .......................................................................................................... 18


17. Internação em Manicômio Judiciário.. ...................................................................................19
18. Prazo............................................................................................................................................21
19. Desinternação.. ......................................................................................................................... 22
20. Cassação de Licença para Dirigir Veículos Motorizados................................................ 22
21. Exílio........................................................................................................................................... 23
22. Proibição de Frequentar Determinados Lugares. . ............................................................ 23
23. Interdição de Estabelecimento, Sociedade ou Associação............................................ 23
24. Confisco..................................................................................................................................... 23
25. Efeitos da Condenação. . ......................................................................................................... 24
Resumo............................................................................................................................................. 25
Questões de Concurso.................................................................................................................. 33
Gabarito............................................................................................................................................ 38

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 3 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

Introdução
Saudações, querido(a) aluno(a)!
A aula de hoje está dividida em dois tópicos diretamente relacionados:
• Das Penas no CPM
• Tópicos complementares sobre as penas no CPM.

Como fizemos durante todo o nosso curso, vamos apresentar, ao final da aula, um resumo
dos tópicos abordados.
Logo em seguida faremos uma breve lista de exercícios com as questões existentes e
atualizadas sobre o tema (as quais infelizmente são muito escassas). Como sempre, faremos
o possível.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 4 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

DAS PENAS NO CPM


1. Penas e Medidas de Segurança
Como efeito da condenação definitiva na esfera penal (ou de absolvição imprópria, como
veremos mais à frente), o indivíduo poderá ser submetido à determinadas penas ou medidas
de segurança.
Nesse sentido, nosso primeiro passo é notar que o Direito Penal Militar diverge do Direito
Penal comum, de forma que possui um sistema sancionatório próprio.

O Direito Penal Militar possui o próprio sistema de sanções penais.

Nesse sistema, as penas estão divididas da seguinte forma:

As penas acessórias, por natureza, dependem da imposição de uma pena principal, de


modo que estas são aplicadas cumulativamente.
E já tome nota de uma diferença notória entre o Direito Penal comum e o Direito Penal Militar:

O Código Penal Militar (Código Castrense) não prevê a substituição de penas privativas de liberda-
de por penas privativas de direitos.

Portanto, a possibilidade de, em alguns casos, substituir a pena privativa de liberdade por
outra que apenas faça a restrição de outros direitos do acusado não é aplicável aos crimes
militares. Inclusive, esta é a orientação do STF, ao analisar HC sobre a matéria.

Por esse motivo, dizemos que embora algumas normas do Código Penal possam ser aplicadas sub-
sidiariamente ao Código Penal Militar, o art. 44 do CP (que trata da substituição da pena privativa de
liberdade) não é aplicável aos crimes militares.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 5 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

É interessante notar também que, no caso de civis condenados pela Justiça Militar da
União, há posicionamento de parte da doutrina no sentido de que é excepcionalmente cabível
a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, haja vista que os civis
cumprirão a pena em estabelecimento comum, de modo que não haveria afronta à hierarquia
e a disciplina militares.
Entretanto, não há manifestação da jurisprudência nesse sentido, e regra geral, deve-se
seguir a orientação de que tal substituição não é cabível na esfera penal militar (salvo se o
examinador mencionar essa possibilidade específica para os civis).

1.1. Regime
Outra diferença bastante relevante entre a esfera penal comum e a esfera penal militar está
no regime de cumprimento de pena:

Esse é inclusive o posicionamento do STM.

O STF já apresentou entendimentos concedendo o cumprimento de pena em regime diferente


do fechado a condenados na justiça castrense, bem como para a progressão de regime.

Por isso, fique muito atento ao posicionamento solicitado pelo examinador em sua prova,
e adeque sua resposta de acordo com a questão!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 6 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

2. Penas Principais
As penas principais estão elencadas no art. 55 do CPM, que merece ser lido na íntegra:

Penas principais:
Art. 55. As penas principais são:
a) morte;
b) reclusão;
c) detenção;
d) prisão;
e) impedimento;
f) suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função;
g) reforma.

O Código Penal Militar não prevê pena de MULTA!

3. Pena – de Morte
Pena – de morte:
Art. 56. A pena de morte é executada por fuzilamento.

Eu sei: você já deve ter pulado da cadeira e dito:

Professor, a Constituição Federal não admite a pena de morte em nosso ordenamento


jurídico!

Calma lá! Na verdade, lembre-se que a CF/1988 faz uma exceção à essa regra, admitindo a
pena de morte no caso de guerra declarada (Art. 5º, XLVII c/c art. 84, XIX).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 7 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

A pena de morte, a ser executada por fuzilamento (art. 56), depende de comunicação da
sentença definitiva ao Presidente da República e não pode ser executada senão após 7 dias
de tal comunicação.
Tal comunicação é importantíssima haja vista o poder do Presidente da República de con-
ceder graça ou de comutar a pena, nos termos da Constituição Federal.

3.1. Exceção
Apesar dessa regra geral para a execução da pena de morte, lembre-se que caso a pena seja impos-
ta em zona de operações de guerra, pode ser imediatamente executada, quando o exigir o interesse
da ordem e da disciplina militares.

Prescrição da Pena de Morte

O prazo de prescrição da pretensão punitiva dos crimes para os quais é cominada a pena
de morte é de 30 anos (Art. 125, CPM).

Comunicação
Art. 57. A sentença definitiva de condenação à morte é comunicada, logo que passe em julgado,
ao Presidente da República, e não pode ser executada senão depois de sete dias após a comunica-
ção.
Parágrafo único. Se a pena é imposta em zona de operações de guerra, pode ser imediatamente
executada, quando o exigir o interesse da ordem e da disciplina militares.

Vale lembrar ainda o prazo de sete dias para execução da pena de morte (após a comuni-
cação), exigido pelo art. 57.

4. Das Penas Privativas de Liberdade


O CPM apresenta apenas dois tipos de pena privativa de liberdade, e não faz diferenciação
substancial entre elas: reclusão e detenção.

A diferenciação entre reclusão e detenção no CPM é meramente formal, por conta dos limites
genéricos aplicados a cada um dos regimes de cumprimento de pena:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 8 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

4.1. Mínimos e Máximos Genéricos


Mínimos e máximos genéricos:
Art. 58. O mínimo da pena de reclusão é de um ano, e o máximo de trinta anos; o mínimo da pena de
detenção é de trinta dias, e o máximo de dez anos.

Bom assunto de prova está nos mínimos e máximos das penas previstas no CPM. Note
que o tema não sofreu alteração com o pacote anticrimes (diferentemente do que ocorreu com
o Código Penal, cuja pena máxima subiu para 40 anos após a recente modificação).

5. Penas Privativas de Liberdade – Aplicadas aos Militares


Especificamente para o condenado militar, a pena privativa de liberdade será aplicada nos
moldes dos artigos art. 59 e 61, respectivamente:

Pena – até dois anos imposta a militar:


Art. 59. A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é convertida em
pena de prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão condicional: (Redação dada pela Lei n.
6.544, de 30.6.1978)
I – pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar;
II – pela praça, em estabelecimento penal militar, onde ficará separada de presos que estejam cum-
prindo pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos.
Pena – superior a dois anos, imposta a militar:
Art. 61. A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em pe-
nitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou detento

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 9 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas
sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também,
poderá gozar. (Redação dada pela Lei n. 6.544, de 30.6.1978)

Ou seja:

Observações importantes:
• No caso da pena superior a 2 anos, note que não há a substituição por prisão (como
ocorre nos moldes do art. 59).
• Se não há penitenciária militar, a pena é executada em estabelecimento penal comum,
ficando o condenado sujeito ao regramento da LEP.
− No entanto, para o cumprimento em estabelecimento penal comum, o condenado
deve ter perdido a condição de militar.
o Nesse caso, deverá o praça ser EXCLUÍDO e o oficial deverá ter perdido seu posto
e sua patente.

Militar da ativa jamais cumprirá pena em presídio comum juntamente com outros presos civis.

5.1. Transferência
O CPPM prevê expressamente a possibilidade da transferência de presos de uma região
militar para a outra:

Transferência de condenados:
Art. 68. O condenado pela Justiça Militar de uma região, distrito ou zona pode cumprir pena em
estabelecimento de outra região, distrito ou zona.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 10 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

5.2. Observações
Conforme estudamos, caso a pena seja cumprida em estabelecimento militar, a regra é que
o regime de cumprimento será o fechado, e não haverá progressão de regime. Dessa forma,
o fluxo é o seguinte:

Não se esqueça da divergência de entendimentos entre o STM (que considera lícito o cum-
primento de pena em regime exclusivamente fechado) e o STF (que já apresentou entendimen-
tos contrários).
Se não houver penitenciária militar e o condenado perder a condição de militar, a pena pode
ser cumprida em estabelecimento comum, seguindo a Lei de Execuções Penais e sub compe-
tência do juízo da Vara de Execuções Penais.
É nesse sentido que se manifesta a Súmula n. 192 do STJ:

Súmula n. 192 do STJ:


Compete ao juízo das execuções penais do Estado a execução das penas impostas a
sentenciados pela justiça federal, militar ou eleitoral, quando recolhidos a estabeleci-
mentos sujeitos à administração estadual.

5.3. Detração
Por fim, a detração penal (desconto do tempo de prisão provisória no tempo de prisão-pena
que for cominada com o trânsito em julgado da sentença), no CPM, segue a seguinte norma:

Tempo computável:
Art. 67. Computam-se na pena privativa de liberdade o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no
estrangeiro, e o de internação em hospital ou manicômio, bem como o excesso de tempo, reconhe-
cido em decisão judicial irrecorrível, no cumprimento da pena, por outro crime, desde que a decisão
seja posterior ao crime de que se trata.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 11 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

6. Pena – Privativa de Liberdade Aplicada a Civil


Como você já sabe, o civil pode vir, em determinadas circunstâncias, a praticar um crime
militar, desde que na esfera de competência da Justiça Militar da União (Justiça Militar Esta-
dual não tem competência para julgar civis).
Entretanto, mesmo condenado pela JMU pela prática de crime militar, qualquer que seja
a quantidade da pena, o civil condenado terá sempre a execução de sua pena em estabeleci-
mento penal comum, submetendo-se inteiramente ao regramento da Lei de Execuções Penais.
A única exceção à essa regra está no art. 62, parágrafo único do CPM, o qual prevê que
o civil condenado por crime militar praticado em tempo de guerra poderá cumprir sua pena,
no todo ou em parte, em penitenciária militar, se em benefício da segurança nacional assim
determinar a sentença.

7. Pena – de Impedimento
A próxima modalidade de pena prevista no CPM que precisamos estudar é a pena de
impedimento:

Pena – de impedimento:
Art. 63. A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no recinto da unidade, sem pre-
juízo da instrução militar.

A pena de impedimento é restritiva de liberdade – e não privativa – pois nela não há en-
carceramento.

Outro ponto chave sobre a pena de impedimento é que ela é cominada EXCLUSIVAMENTE
ao crime de insubmissão (Art. 183 do CPM), sendo que sua duração pode variar entre 3 me-
ses e 1 ano.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 12 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

Vale lembrar ainda que o CPPM prevê que o insubmisso que se apresentar voluntariamente
ou for capturado será submetido à medida cautelar de menagem em quartel, sendo computa-
do o tempo de menagem na pena de impedimento que for definitivamente imposta (detração).

8. Suspensão de Exercício do Posto, Graduação, Cargo ou Função


A pena de suspensão é uma pena principal, restritiva de direitos, e que consiste na agre-
gação, afastamento ou licenciamento temporário do condenado.
Ao ser cominada, acarreta a suspensão do exercício do posto (se oficial), da graduação
(praça) ou do cargo (civil), pelo prazo que foi determinado na sentença condenatória.
A pena de suspensão só pode ser aplicada a alguns delitos específicos, como o de ordem
arbitrária de invasão e exercício de comércio por oficial (entre outros).

Segundo o CPM, caso o condenado já se encontre na reserva, reformado ou aposentado, a pena


será convertida em detenção, de três meses a um ano.

9. Reforma
A pena de reforma é aquela que sujeita um militar (desde que estável) à situação de inati-
vidade compulsória, com proventos proporcionais ao tempo de serviço prestado.
Ou seja: é basicamente uma aposentadoria compulsória para militares, na qual este não
poderá receber mais de 1/25 avos do soldo por ano de serviço prestado, e nem receber impor-
tância que supere o valor do soldo (nos termos do art. 65 do CPM).
É também uma pena restritiva de direitos, que cabe para a prática de determinados crimes
militares. Específicos.

A pena de reforma só é aplicável para militares ESTÁVEIS.

10. Penas Acessórias


Conforme já estudamos, as penas acessórias, no Direito Penal Militar, dependem da impo-
sição de uma pena principal. Não se tratam, portanto, de penas alternativas que substituam a
pena privativa de liberdade. Serão aplicadas sempre cumulativamente, dependendo do crime
praticado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 13 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

São penas acessórias previstas no CPM (Art. 98):

11. Perda do Posto e Patente


Perda de posto e patente:
Art. 99. A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de liberdade por tempo
superior a dois anos, e importa a perda das condecorações.

Trata-se de pena acessória bastante direta: uma vez condenado a pena privativa de liberda-
de superior a dois anos, ocorre a perda do posto e patente pelo oficial.
Entretanto, embora o art. 107 do CPM afirme que essa imposição sequer precisa constar
da sentença condenatória, parte da doutrina entende que essa pena não tem aplicação auto-
mática e imediata, haja vista a vitaliciedade dos militares das forças armadas, que só podem
perder seu posto e patente por decisão do STM (art. 142, CF/1988).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 14 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

Nesse sentido, é importante observar na hora da prova se o examinador está cobrando


a literalidade dos artigos 99 e 107, ou o posicionamento doutrinário e contido na Constitui-
ção Federal.
Inclusive, cabe comentar que a CF/1988 apresenta duas maneiras para que ocorra a decre-
tação do posto e da patente de oficial das Forças Armadas:
• Por decisão judicial condenatória à pena privativa de liberdade superior a dois anos e
representação do Procurador Geral da Justiça Militar ao STM;
• Por decisão administrativa do Conselho de Justificação, a ser confirmada também
pelo STM.

12. Declaração de Indignidade para o Oficialato


Indignidade para o oficialato:
Art. 100. Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato o militar condenado, qualquer
que seja a pena, nos crimes de traição, espionagem ou cobardia, ou em qualquer dos definidos nos
arts. 161, 235, 240, 242, 243, 244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312.

A declaração de indignidade para o oficialato é aplicável apenas ao rol taxativo de crimes


contido no art. 100 do CPM, quais sejam:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 15 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

13. Declaração de Incompatibilidade com o Oficialato


Incompatibilidade com o oficialato
Art. 101. Fica sujeito à declaração de incompatibilidade com o oficialato o militar condenado nos
crimes dos arts. 141 e 142.

A declaração de incompatibilidade com o oficialato, por sua vez, aplica-se aos delitos de
entendimento para gerar conflito ou divergência com o Brasil e tentativa contra a soberania
do Brasil.

13.1. Exclusão das Forças Armadas


Segundo o art. 102 do CPM, a condenação de praça a pena privativa de liberdade, por tem-
po superior a dois anos, importa em sua exclusão das forças armadas – pena essa que deve
constar EXPRESSAMENTE DA SENTENÇA.

Para o STJ, no entanto, não basta a condenação para a exclusão do praça das Forças Arma-
das. É necessário requerimento ao Ministério Público Militar, além de constar expressamente
na sentença.

13.2. Praças das PMs e Bombeiros


No caso de exclusão de praças da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiro Militar dos Es-
tados, a CF/1988 rege que a exclusão deve se dar por decisão do tribunal competente.
Porém, sobre este tema, cabe notar o que diz o Informativo 786 do STF, o qual apresenta
o entendimento de que a pena acessória de perda de cargo, nesse caso (praças da Polícia
Militar) não necessita de processo específico para sua imposição, na direção contrária do que
ocorre com os oficiais da corporação.
Atualmente, portanto, compete à Justiça Militar ESTADUAL decidir sobre a perda de gradu-
ação de praças, desde que em razão de crimes militares.
Se o caso for de crime comum, a perda do cargo público será um EFEITO DA CONDENA-
ÇÃO, o qual é obtido quando a pena privativa de liberdade for superior a 04 anos de reclusão
e deve constar na própria sentença condenatória. Por esse motivo, no caso de crime comum,
não há necessidade de instaurar procedimento específico apenas para a perda do cargo no
âmbito dos Tribunais Militares.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 16 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

13.3. Perda da Função Pública


Perda da função pública:
Art. 103. Incorre na perda da função pública o assemelhado ou o civil:
I – condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violação de
dever inerente à função pública;
II – condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de dois anos.
Parágrafo único. O disposto no artigo aplica-se ao militar da reserva, ou reformado, se estiver no
exercício de função pública de qualquer natureza.

Em primeiro lugar, perceba que o CPM trata especificamente do caso do assemelhado (fi-
gura que é considerada não mais existente para a doutrina) e do civil, quando condenados no
âmbito do CPM.
A previsão do art. 103, no entanto, também se aplicará ao militar da reserva ou reforma
que estiver no exercício de função pública (por força do parágrafo único).
Sobre o tema, basta que você domine os incisos I e II (os quais apresentam os casos em
que a pena é aplicável) e que saiba que a imposição dessa pena, também segundo o art. 107
do CPM, não precisa constar expressamente da sentença.

13.4. Inabilitação para o Exercício de Função Pública


Inabilitação para o exercício de função pública:
Art. 104. Incorre na inabilitação para o exercício de função pública, pelo prazo de dois até vinte anos,
o condenado a reclusão por mais de quatro anos, em virtude de crime praticado com abuso de poder
ou violação do dever militar ou inerente à função pública.

A inabilitação para o exercício da função pública, como narra o art. 104, pode ocorre pelo
prazo de até 20 anos, em virtude de crime praticado com abuso de poder ou violação de dever
militar ou inerente à função pública.
O prazo de inabilitação começa ao termo da execução da pena privativa de liberdade ou da
medida de segurança em substituição, ou da data em que se extingue tal pena.
Além disso, compete informar que o art. 108 do CPM determina que deve ser computado
no prazo de inabilitações temporárias o tempo de liberdade resultante de suspensão condi-
cional da pena ou de livramento condicional, desde que tais concessões não sejam posterior-
mente revogadas.

14. Suspensão do Poder Familiar, Tutela ou Curatela


O indivíduo condenado à pena privativa de liberdade por mais de dois anos, independente-
mente do delito, fica suspenso do exercício do poder familiar, tutela ou curatela, enquanto durar
a medida imposta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 17 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

Note que é cabível também a decretação de suspensão provisória (cautelar) do exercício do


poder familiar ainda durante o curso do processo (antes da condenação).

15. Suspensão dos Direitos Políticos


Enquanto é executada a pena privativa de liberdade (ou medida de segurança substitutiva)
ou enquanto durar a inabilitação para função pública, ocorre a SUSPENSÃO dos direitos políti-
cos do condenado.

É SUSPENSÃO – e não PERDA!

Em palavras mais simples: o condenado, enquanto estiver cumprindo a pena privativa de


liberdade ou enquanto estiver inabilitado para função pública, não pode ser votado ou votar.
Essa pena, segundo o CPM, também não precisa constar expressamente na sentença.

16. Medidas de Segurança


Espécies de medidas de segurança:
Art. 110. As medidas de segurança são pessoais ou patrimoniais. As da primeira espécie subdivi-
dem-se em detentivas e não detentivas. As detentivas são a internação em manicômio judiciário e a
internação em estabelecimento psiquiátrico anexo ao manicômio judiciário ou ao estabelecimento
penal, ou em seção especial de um ou de outro. As não detentivas são a cassação de licença para
direção de veículos motorizados, o exílio local e a proibição de frequentar determinados lugares.
As patrimoniais são a interdição de estabelecimento ou sede de sociedade ou associação, e o con-
fisco.

As medidas de segurança listadas no CPM são mais numerosas do que aquelas contidas
no Código Penal comum (para nossa alegria, certo? Mais conteúdo para estudar!!!)
Estou brincando – eu sei que estudar Direito Penal e Direito Penal Militar, em conjunto, por
si só, já sobrecarrega muito o candidato.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 18 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

Mas voltando ao assunto, as Medidas de Segurança se dividem da seguinte forma:

As medidas de segurança (regra geral) podem ser impostas apenas aos civis e aos mili-
tares que tenham perdido sua condição de militar em virtude de condenação a pena privativa
de liberdade por tempo superior a dois anos ou que de outro modo tenham perdido seu posto,
patente ou tenham sido excluídos das forças armadas.
A única medida de segurança aplicável aos militares é a de internação, nos seguintes casos:

Medidas de segurança são impostas em sentença, a qual terá o poder de estabelecer as


suas condições (Art. 120 CPM).

17. Internação em Manicômio Judiciário


Segundo o art. 122 do CPM, deve ser internado em manicômio judiciário o agente inimpu-
tável por alienação mental que oferece perigo em razão de suas condições pessoais e do fato
por ele praticado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 19 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

Apenas para que você entenda melhor: Existem dois tipos de sistema de aplicação da pena
(segundo a doutrina) os quais são os mais importantes para o estudo do Direito Penal:

O CPM adota o SISTEMA VICARIANTE.

Por esse motivo, caso o autor de um fato típico e ilícito seja considerado inimputável e
perigoso, não lhe será aplicada a pena, mas a medida de segurança, de forma substitutiva.
Já no caso de semi-imputabilidade, é possível que o indivíduo seja condenado com pena
reduzida e que o juiz substitua a pena por internação em estabelecimento psiquiátrico ane-
xo ao manicômio judiciário ou estabelecimento penal, se houver necessidade de tratamen-
to curativo.
Resumindo:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 20 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

Há que se tomar cuidado com esse sistema, pois pode ser que após o cumprimento in-
tegral da pena, seja descoberto que o condenado tenha se tornado inimputável e perigoso.
Nesse caso, não se admite que seja decretada medida de segurança, pois o condenado estaria
sendo submetido a duas medidas, cumulativamente, pelo mesmo delito (violando o sistema
vicariante). A solução, nessa situação hipotética, seria a de internar o indivíduo em estabeleci-
mento de saúde COMUM, e não em manicômio judiciário.

18. Prazo
O CPM estabelece expressamente o prazo mínimo de internação entre 1 e 3 anos, período
no qual são realizados exames para verificar se cessou a periculosidade do condenado.
A perícia médica deve ser realizada ao término do prazo mínimo de internação, e caso a
medida não seja revogada, a perícia deve repetir-se anualmente.

Professor, existe prazo máximo para a internação?

Segundo o CPM, não há prazo máximo para a medida de internação, que perdura por tem-
po indeterminado enquanto não averiguado o fim da periculosidade do indivíduo. Entretan-
to, cuidado!

Posicionamento do STF
Segundo o STF, a internação (assim como a prisão) também se submete ao prazo máximo
de 30 anos.

Não faria sentido que uma medida menos gravosa (internação) pudesse durar de forma
perpétua e ofender a Constituição Federal, enquanto a prisão, medida mais gravosa, ficasse
limitada aos 30 anos previstos em nosso ordenamento jurídico.
Há ainda um posicionamento relevante do STJ sobre o assunto:

Posicionamento do STJ – Súmula n. 527:


Segundo o STJ, o tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o
limite máximo da pena cominada em abstrato ao delito praticado.

Ou seja, para o STJ, se o indivíduo é condenado a um delito cuja pena máxima cominada
em abstrato é de 8 anos (por exemplo), a internação em razão da prática daquele delito tam-
bém não poderá ultrapassar 8 anos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 21 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

19. Desinternação
A desinternação é uma medida condicional. Por esse motivo, caso se identifique que a
condição de periculosidade do indivíduo se restabeleceu, deve também ser restabelecida a si-
tuação anterior (internação). Tal condição é verificada se o indivíduo, antes do decurso de um
ano da desinternação, praticar algum fato indicativo de sua periculosidade.
Note ainda que a internação tem o objetivo de fornecer tratamento curativo, aperfeiçoa-
mento e um regime educativo ou de trabalho, de acordo com as condições pessoais de cada
internado.
Já no caso de condenado inicialmente são mais ao qual sobrevenha doença mental, deve
ocorrer também o recolhimento em manicômio judiciário ou outro estabelecimento adequado.
Não será um caso de internação definitiva, pois caso o condenado apresente melhora poderá
ser novamente transferido para o estabelecimento penal – caso em que o tempo de internação
irá ser computado para fins de livramento condicional.
Já se o estado de doença mental for identificado como permanente, deverá a pena inicial
ser convertida em medida de segurança.

20. Cassação de Licença para Dirigir Veículos Motorizados


O art. 155 do CPM assevera que o condenado por delito praticado na direção ou relacio-
nado à direção de veículos motorizados deverá ter cassada sua licença de direção de tais
veículos, pelo prazo mínimo de um ano, caso as circunstâncias do fato e os antecedentes do
indivíduo asseverarem sua inaptidão para a atividade.

O prazo deve ser contado do dia em que terminar a execução da pena privativa de liberdade
ou medida de segurança, ou da data da suspensão condicional da pena ou da concessão de
livramento condicional.
Cabe asseverar que é possível que a interdição em estudo seja revogada, caso, antes de
expirado o prazo, fique averiguada a cessação do perigo que justifique a interdição. Do mesmo
modo, se a periculosidade persiste após o fim do prazo, este será prorrogado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 22 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

A cassação da licença também deve ser determinada nos casos em que o réu for absolvido em
razão de sua inimputabilidade (sentença absolutória imprópria).

21. Exílio
O exílio local configura nada mais do que uma proibição de residir ou permanecer, pelo pe-
ríodo mínio de um ano, em uma determinada localidade, município ou comarca onde o crime
foi praticado, para garantia da ordem pública ou pelo bem do próprio condenado.
O exílio é uma medida a ser imposta assim que cessa ou é suspensa a execução da pena
privativa de liberdade.

22. Proibição de Frequentar Determinados Lugares


Trata-se de medida que priva o condenado, também pelo período mínimo de um ano, de
frequentar determinados lugares que possam favorecer o seu retorno à prática delituosa.
A medida deve ser imposta nos mesmos moldes aplicáveis ao caso do exílio.

23. Interdição de Estabelecimento, Sociedade ou Associação


Interdição de estabelecimento, sociedade ou associação:
Art. 118. A interdição de estabelecimento comercial ou industrial, ou de sociedade ou associação,
pode ser decretada por tempo não inferior a quinze dias, nem superior a seis meses, se o estabeleci-
mento, sociedade ou associação serve de meio ou pretexto para a prática de infração penal.

A interdição consiste em proibição de exercer em determinado local o mesmo comércio,


indústria ou atividade social. Se uma sociedade ou associação tem sua sede interditada, não
poderá exercer em outro local as atividades de praxe.
Tome nota do prazo de decretação da medida (mínimo 15 dias, máximo seis meses).

24. Confisco
O confisco é uma medida de segurança patrimonial, prevista no art. 119 do CPM, na qual
o juiz, mesmo sem a apuração da autoria ou diante de acusado inimputável ou não punível, or-
dena o confisco de instrumentos e produtos do crime, caso consistam nos seguintes objetos:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 23 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

25. Efeitos da Condenação


Obrigação de reparar o dano
Art. 109. São efeitos da condenação:
I – tornar certa a obrigação de reparar o dano resultante do crime;
Perda em favor da Fazenda Nacional:
II – a perda, em favor da Fazenda Nacional, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou
detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com
a sua prática.

Os efeitos da condenação são um rol simples, contido no Capítulo IV e que merece ser lido
e memorizado. O CPM basicamente repete a previsão do art. 91 do Código Penal, listando os
chamados efeitos genéricos da condenação.
Felizmente, não há aspectos doutrinários a elaborar sobre este tópico. Basta que o aluno
conheça o teor do art. 109 para fins de prova!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 24 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

RESUMO
Penas e Medidas de Segurança:
Divisão Básica das Penas:

Aspectos Iniciais:
• O Código Penal Militar (Código Castrense) não prevê a substituição de penas privativas
de liberdade por penas privativas de direitos.
• O Direito Penal Militar possui o próprio sistema de sanções penais.

Regime:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 25 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

Penas Principais:
• As penas principais são:
− morte;
− reclusão;
− detenção;
− prisão;
− impedimento;
− suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função;
− reforma.
• O Código Penal Militar não prevê pena de MULTA!

Pena – de morte:
• A CF/1988 faz uma exceção à regra geral, admitindo a pena de morte no caso de guerra
declarada (Art. 5º, XLVII c/c art. 84, XIX).

Prescrição da Pena de Morte:


• O prazo de prescrição da pretensão punitiva dos crimes para os quais é cominada a
pena de morte é de 30 anos.

Das penas privativas de liberdade:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 26 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

Penas privativas de liberdade – aplicadas aos militares:

• Militar da ativa jamais cumprirá pena em presídio comum juntamente com outros pre-
sos civis.

Pena – privativa de liberdade aplicada a civil:


• Qualquer que seja a quantidade da pena, o civil condenado terá sempre a execução de
sua pena em estabelecimento penal comum, submetendo-se inteiramente ao regramen-
to da Lei de Execuções Penais.

Pena – de Impedimento:
• A pena de impedimento é restritiva de liberdade – e não privativa – pois nela não há
encarceramento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 27 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

Suspensão de Exercício do Posto, Graduação, Cargo ou Função:


• A pena de suspensão é uma pena principal, restritiva de direitos, e que consiste na agre-
gação, afastamento ou licenciamento temporário do condenado.
• Segundo o CPM, caso o condenado já se encontre na reserva, reformado ou aposentado,
a pena será convertida em detenção, de três meses a um ano.

Reforma:
• A pena de reforma é aquela que sujeita um militar (desde que estável) à situação de
inatividade compulsória, com proventos proporcionais ao tempo de serviço prestado.
• A pena de reforma só é aplicável para militares ESTÁVEIS.

Penas Acessórias:

Perda do Posto e Patente:


• A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de liberdade por tem-
po superior a dois anos, e importa a perda das condecorações.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 28 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

Declaração de Indignidade para o Oficialato:


• Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato o militar condenado, qualquer
que seja a pena, nos crimes de traição, espionagem ou cobardia, ou em qualquer dos
definidos nos arts. 161, 235, 240, 242, 243, 244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312.

Declaração de incompatibilidade com o Oficialato:


• Fica sujeito à declaração de incompatibilidade com o oficialato o militar condenado nos
crimes dos arts. 141 e 142.

Exclusão das Forças Armadas:


• A condenação de praça a pena privativa de liberdade, por tempo superior a dois anos,
importa em sua exclusão das forças armadas – pena essa que deve constar EXPRES-
SAMENTE DA SENTENÇA.

Perda da função pública:


• Incorre na perda da função pública o assemelhado ou o civil:
− I – condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder
ou violação de dever inerente à função pública;
− II – condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de dois anos.
• A previsão do art. 103, também se aplicará ao militar da reserva ou reforma que estiver
no exercício de função pública (por força do parágrafo único).

Inabilitação para o exercício de função pública:


• Incorre na inabilitação para o exercício de função pública, pelo prazo de dois até vinte
anos, o condenado a reclusão por mais de quatro anos, em virtude de crime praticado
com abuso de poder ou violação do dever militar ou inerente à função pública.

Suspensão do poder familiar, tutela ou curatela:


• O indivíduo condenado à pena privativa de liberdade por mais de dois anos, indepen-
dentemente do delito, fica suspenso do exercício do poder familiar, tutela ou curatela,
enquanto durar a medida imposta.

Suspensão dos direitos políticos:


• Enquanto é executada a pena privativa de liberdade (ou medida de segurança substi-
tutiva) ou enquanto durar a inabilitação para função pública, ocorre a SUSPENSÃO dos
direitos políticos do condenado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 29 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

Medidas de Segurança:

• A única medida de segurança aplicável aos militares é a de internação.

Internação em manicômio Judiciário:


• Deve ser internado em manicômio judiciário o agente inimputável por alienação mental
que oferece perigo em razão de suas condições pessoais e do fato por ele praticado.
• O CPM adota o SISTEMA VICARIANTE, motivo pelo qual caso o autor de um fato típico
e ilícito seja considerado inimputável e perigoso, não lhe será aplicada a pena, mas a
medida de segurança, de forma substitutiva.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 30 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

Prazo máximo de internação:


• Para o CPM, é indeterminado.
• Para o STF, 30 anos.

Desinternação:
• É uma medida condicional. Por esse motivo, caso se identifique que a condição de pe-
riculosidade do indivíduo se restabeleceu, deve também ser restabelecida a situação
anterior (internação).

Cassação de licença para dirigir veículos motorizados:


• O condenado por delito praticado na direção ou relacionado à direção de veículos mo-
torizados deverá ter cassada sua licença de direção de tais veículos, pelo prazo mínimo
de um ano, caso as circunstâncias do fato e os antecedentes do indivíduo asseverarem
sua inaptidão para a atividade.

Exílio:
• O exílio local configura nada mais do que uma proibição de residir ou permanecer, pelo
período mínio de um ano, em uma determinada localidade, município ou comarca onde
o crime foi praticado.

Proibição de frequentar determinados lugares:


• Trata-se de medida que priva o condenado, também pelo período mínimo de um ano, de
frequentar determinados lugares que possam favorecer o seu retorno à prática delituo-
sa.

Interdição de estabelecimento, sociedade ou associação:


• A interdição de estabelecimento comercial ou industrial, ou de sociedade ou associa-
ção, pode ser decretada por tempo não inferior a quinze dias, nem superior a seis meses,
se o estabelecimento, sociedade ou associação serve de meio ou pretexto para a prática
de infração penal.

Confisco:
• O confisco é uma medida de segurança patrimonial, prevista no art. 119 do CPM, na
qual o juiz, mesmo sem a apuração da autoria ou diante de acusado inimputável ou não
punível, ordena o confisco de instrumentos e produtos do crime.

Efeitos da Condenação:
• São efeitos da condenação:
− I – tornar certa a obrigação de reparar o dano resultante do crime;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 31 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

− II – a perda, em favor da Fazenda Nacional, ressalvado o direito do lesado ou de ter-


ceiro de boa-fé:
◦ a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, aliena-
ção, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
◦ b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido
pelo agente com a sua prática.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 32 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/PMDF/SOLDADO) A perda de posto e patente e de condecorações decorre da
condenação do militar à pena privativa de liberdade com tempo de cumprimento superior a
quatro anos, o que resulta, também, na declaração de indignidade para o oficialato.

Conforme estudamos, segundo o art. 99 do CPM a perda de posto e patente resulta da con-
denação a pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos, e importa a perda das
condecorações.
Já a indignidade para o oficialato está prevista no art. 100 do CPM, possuindo delitos específi-
cos para sua aplicação.
Errado.

002. (FUMARC/PMMG/ASPIRANTE) O CPM prevê, dentre outras, as seguintes penas acessó-


rias, marque a alternativa CORRETA.
a) Perda de posto e patente, Transferência Compulsória e Suspensão dos Direitos Políticos.
b) Indignidade para o Oficialato, Incompatibilidade com o Oficialato e Inabilitação para o exer-
cício de função pública.
c) Reforma Administrativa, Perda de posto e patente e Inabilitação para o exercício de fun-
ção pública.
d) Incompatibilidade para com o Oficialato, Exação e Perda da Função Pública.

O gabarito da questão pode ser extraído da literalidade do art. 98 do CPM, o qual arrola as pe-
nas acessórias:

Art. 98. São penas acessórias:


I – a perda de posto e patente;
II – a indignidade para o oficialato;
III – a incompatibilidade com o oficialato;
IV – a exclusão das forças armadas;
V – a perda da função pública, ainda que eletiva;
VI – a inabilitação para o exercício de função pública;
VII – a suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela;
VIII – a suspensão dos direitos políticos.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 33 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

003. (UEG/PMGO/ASPIRANTE) Sobre as penas no Código Penal Militar, tem-se que:


a) a pena mínima de reclusão é de um ano, e a máxima é de trinta anos.
b) a pena privativa de liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, somente pode ser
cumprida em penitenciária militar.
c) a pena de morte será executada por enforcamento, podendo ser executada em qualquer
tempo, depois de passada em julgado a condenação.
d) a pena de prisão simples possui a mesma característica daquela prevista para as contraven-
ções penais na legislação comum.

Conforme estudamos, o art. 58 do CPM prevê que:

(...)o mínimo da pena de reclusão é de um ano, e o máximo de trinta anos; o mínimo da pena de
detenção é de trinta dias, e o máximo de dez anos.
Ademais, cabe relembrar que o art. 56 do CPM prevê que “a pena de morte é executada por
fuzilamento.”, e não por enforcamento, como afirmou o examinador.
Letra a.

004. (FUNIVERSA/PMDF/SOLDADO) A respeito da pena de morte, assinale a alternati-


va correta.
a) Poderá ser aplicada a qualquer crime militar, quando reputada adequada para a reprovação
do crime pelo juiz auditor.
b) A pena de morte é executada por enforcamento.
c) A pena de morte pela prática de crime militar é considerada pena principal, mas só poderá
ser aplicada em caso de guerra declarada.
d) A pena de morte prescreve em vinte anos.
e) A sentença definitiva de condenação à morte somente será comunicada ao presidente da
República quando ela for imposta em zona de operações de guerra, pois ele poderá conceder
indulto ou comutar a pena. Nos demais casos, como a pena é executada imediatamente, não
há utilidade na notificação do presidente.

Conforme estudamos, a pena de morte é pena principal, prevista no art. 55 do CPM, e só pode
ser aplicada em caso de guerra declarada, de modo que a assertiva “c” está correta.
Letra c.

005. (CRS-PMMG/PMMG/ASPIRANTE) Em relação às penas principais previstas no Código


Penal Militar, marque a alternativa CORRETA.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 34 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

a) O mínimo da pena de reclusão é de 02 (dois) anos, e o máximo de 30 (trinta) anos.


b) A pena de morte é aplicada por fuzilamento em zonas de guerra e por enforcamento em
tempo de paz.
c) O condenado militar a que sobrevier doença mental permanecerá recolhido em penitenciá-
ria militar.
d) A pena privativa de liberdade superior a 02 (dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em
penitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil.

Mais uma questão sobre a temática dos artigos 56 e 58 do CPPM, os quais já mencionamos na
resolução dessa lista. O gabarito, no entanto, testa se você ficou atento à leitura do CPM, haja
vista sua previsão se encontrar no art. 61, a saber:

Art. 61. A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em pe-
nitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou detento
sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também,
poderá gozar. (Redação dada pela Lei n. 6.544, de 30.6.1978)
Letra d.

006. (IOBV/PM-SC/SOLDADO) O Código Penal Militar prevê as principais penas, descritas no


TÍTULO V, a partir do artigo 55, de onde se extraiu a única afirmação verdadeira abaixo. Aponte-a.
a) A pena de morte será executada por fuzilamento.
b) O mínimo da pena de reclusão é de cinco anos, e o máximo de vinte e cinco anos, enquanto
a de detenção mínima será de sete dias e a máxima de cinco anos.
c) Um civil não pode cumprir nenhuma espécie de pena aplicada pela Justiça Militar.
d) O condenado pela Justiça Militar de uma região, distrito ou zona não pode cumprir pena em
estabelecimento de outra região, distrito ou zona.

Veja como diversos examinadores, de diversas bancas, acabam buscando sempre a mesma
fonte para elaborar as questões. Como você já sabe, a pena de morte será executada por fuzi-
lamento, motivo pelo qual a assertiva “a” está correta.
Letra a.

007. (MARINHA/QUADRO TÉCNICO/PRIMEIRO TENENTE – DIREITO) De acordo com o Có-


digo Penal Militar,no Brasil, em tempo de guerra, a pena de morte é executada por:
a) afogamento.
b) enforcamento
c) cadeira elétrica.
d) injeção letal.
e) fuzilamento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 35 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

E mais uma questão sobre o mesmo tema. Conforme já mencionamos, o art. 56 prevê a exe-
cução por fuzilamento.
Letra e.

008. (FUNCAB/PM-GO/ASPIRANTE) Dentre as penas previstas no Código Penal Militar, NÃO


se inclui a de:
a) detenção.
b) impedimento.
c) reforma.
d) reclusão.
e) multa.

Boa questão! A única hipótese que não integra o art. 55 é a assertiva E (multa). Lembre-se que
não existe previsão de pena de multa no Código Penal Militar!
Letra e.

009. (NUCEPE/PM-PI/ASPIRANTE) Dentre as “Penas Principais” previstas no Código Penal


Militar temos a “Pena de Morte”, que é executada por fuzilamento. A sentença definitiva de
condenação à morte é comunicada, logo que passe em julgado, ao Presidente da República,
e não pode ser executada senão depois de:
a) 30 (trinta) dias após a comunicação.
b) 07 (sete) dias após a comunicação.
c) 15 (quinze) dias após a comunicação.
d) 05 (cinco) dias após a comunicação.
e) 02 (dois) dias após a comunicação.

Se há um prazo em uma lei, reza a lenda que o examinador sempre encontrará uma forma de
cobrá-lo em prova. Conforme estudamos, prevê o art. 57 do CPM o prazo de sete dias para
execução da pena de morte, após sua comunicação.
Letra b.

010. (NUCEPE/PM-PI/ASPIRANTE) A perda de posto e patente é uma “Pena Acessória” pre-


vista no Código Penal Militar e resulta da condenação a pena privativa de liberdade por tempo
superior a:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 36 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

a) dois anos, e importa a perda das condecorações.


b) dois anos, e não importa a perda das condecorações.
c) quatro anos, e não importa a perda das condecorações.
d) quatro anos, e importa a perda das condecorações.
e) oito anos, e não importa a perda das condecorações.

Questão extraída da literalidade do art. 99 do CPM, segundo o qual:

A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de liberdade por tempo superior
a dois anos, e importa a perda das condecorações.
Letra a.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 37 de 39
DIREITO PENAL MILITAR
Das Penas no CPM
Douglas Vargas

GABARITO
1. E
2. b
3. a
4. c
5. d
6. a
7. e
8. e
9. b
10. a

Douglas Vargas
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 38 de 39
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lindalva Marques - 74690213291, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar