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A co-produção de animação luso-brasileira

à procura da realidade perfeita

Beatriz Ferreira Nº 14852


Clara Ferreira Belbut Nº 14854
Miguel Velez Coelho Nº 12422

Unidade Curricular: Gestão de Projetos Audiovisuais e


Multimédia

Docentes: Prof. Doutor André Sendim, Prof. Doutor José


Amaral

Mestrado em Audiovisual e Multimédia, 1º ano

Lisboa
2022
Índice

1. Situação / Problema 3

2. Ideia / Solução 3
2.1. A essência do projeto 3
2.2. O que o projeto pretende realizar 3
2.3. Os “destinatários” 4
2.3.1. Público-alvo 4
2.3.2. Potenciais investidores e fontes de financiamento 4
2.3.3. Talento 5
2.4. Plataformas e duração 5
2.5. Objetivos gerais a serem atingidos 5

3. Plano de Comunicação 6
3.1. Análise da situação 6
3.1.1. Série 6
3.1.2. Mercado 6
3.2. Objetivos e posicionamento 7
3.3. Ações e canais de comunicação 7

4. Finanças 9
1. Situação / Problema

No meio audiovisual português é imposta uma barreira linguística para a sua


distribuição, o mesmo acontece com o Brasil, pelo que - e também devido à falta de co-
produções e parcerias audiovisuais luso-brasileiras e pela esperada nova aposta audiovisual
brasileira (devido à mudança política do país) - sugiro a cooperação entre estes dois países
neste projeto de animação.
A falta de aposta na animação nacional, também é um outro problema sentido pela
indústria do audiovisual português (Silva, 2022), tal como, especificamente, a falta de
animação para adultos tanto a nível nacional, como mundial (Mateus, 2017).
Em relação aos hábitos de consumo, os jovens utilizam cada vez mais as plataformas
online para consumir séries (ERC, 2016), pelo que, além da presença online do projeto, também
se perspetiva a presença na televisão nacional de forma a tentar combater esta tendência.
Por fim, a falta de protagonismo feminino no audiovisual nacional e mesmo mundial é
ainda hoje um outro problema a ser sentido no cinema e no meio audiovisual em geral (Lauzen,
2021; Simone, 2022), contrariado em Bárbara, Baby.

2. Ideia / Solução

2.1. A essência do projeto


Bárbara, Baby é uma sitcom sobre uma recente adulta romântica e cheia de
peculiaridades, que, como todos os outros jovens-adultos, é cabeça-quente e impulsiva; mas,
ao contrário de todos os outros jovens-adultos, consegue mudar de realidade consoante o seu
desejo (ou, em muitos casos, consoante a sua inveja). Em cada episódio a personagem é
“atraída” por um interesse diferente (romântico ou não) e altera a realidade à sua volta a gosto,
acabando por ter sempre uma razão/inveja diferente para fugir dessa mesma realidade em que
se inseriu.
Bárbara é uma forte personagem feminina que, dado-lhe o poder de alterar a sua
realidade, busca pela realidade perfeita, sem nada que a perturbe, mas é constantemente
contrariada pelo que a própria decide para si. Esta personagem é quase constantemente
acompanhada pelos seus dois amigos, Alice e Carlos: uma gótica sarcástica e um jovem com
temperamento e hábitos de velho. Ao mesmo tempo que desenvolvem um leve romance entre
ambos (culminando apenas no último episódio da mini-série), também acentuam o caráter
cómico do programa ao chocarem as suas personalidades contrastantes. As três personagens,
apesar das inofensivas discussões, partilham de grande intimidade e cumplicidade,
aconselhando-se mutuamente, mas também fazendo troça mútua.

2.2. O que o projeto pretende realizar


Criação de uma mini-série sitcom de animação luso-brasileira com 7 episódios
(desenvolvidos no Apêndice 1), cada um produzido por um estúdio de animação independente
diferente, português ou brasileiro, com a exceção do primeiro e último episódio que serão
produzidos pela mesma produtora, de forma a concluir o arco principal. Desta forma, ao utilizar
esta estratégia de co-produção na animação, além do apelativo potencial criativo e original, é
também otimizado o tempo de produção e quebrada a barreira linguística para a distribuição
audiovisual portuguesa visto que este género, a animação, é passível de futuras dobragens. Esta
estratégia de co-produção entre produtoras de animação diferentes é utilizada, por exemplo,
em séries tal como Love, Death & Robots (2019 - presente), da Netflix.
Ao longo da mini-série os episódios seguem o tom, subgénero e os arcos dramáticos
previamente estipulados (e desenvolvidos no Apêndice 1), mas - a modos de ser possível
aproveitar uma das grandes qualidades da animação: os seus inúmeros estilos visuais - é dada
liberdade criativa aos artistas de animação, com a exceção de certas características físicas e
visuais das personagens com o intuito de manter a coerência e para que estas, apesar de serem
desenhadas em estilos visuais diferentes, sejam de fácil associação ao longo da mini-série. Os
atores de voz do arco principal também permanecerão os mesmos, trabalhando com as
produtoras dos episódios respetivos. Os estúdios serão considerados consoante os estilos
visuais a serem utilizados como referência que serão estipulados consoante a realidade em que
a personagem Bárbara se insere e como esta perspectiva o mundo, enquadrando-se no mesmo.

2.3. Os “destinatários”
2.3.1. Público-alvo
Ao contrário do comum, o público-alvo estipulado para esta mini-série de animação
remete para faixas etárias jovens, mas adultas: entre os 18 e os 30 anos; e em específico focado
para o público feminino português, devido à forte perspetiva feminina da protagonista, tal como
a proximidade a alguns temas mais românticos, caraterísticos deste sexo e faixa etária.

2.3.2. Potenciais investidores e fontes de financiamento


A mini-série objetiva ser produzida pela RTP (RTP Lab) devido à aposta do canal em
séries para o mesmo público-alvo jovem (como por exemplo: #CasaDoCais, Pôr do Sol,
Subsolo e Appaixonados); e com parcerias entre estúdios de animação portugueses e
brasileiros.
Em relação a investidores e financiamento, é perspectivado a candidatura aos apoios do
ICA à: Produção de Obras Audiovisuais e Multimédia, que para as séries de animação totalizam
os 300.000,00€; e à Escrita e Desenvolvimento de Obras Audiovisuais e Multimédia, que para
as séries de animação totalizam os 30.000,00€, ou 80.000,00€ com piloto. O Balcão do
Empreendedor também dispõe do Incentivo à Produção Cinematográfica e Audiovisual em que
o financiamento confirmado cobre 80 % da despesa elegível prevista.
Além destes, a Cartoon Forum alinha outras possibilidades de investimentos
internacionais na área da animação que tem eventual potencial para auxiliar a conceção de
Bárbara, Baby, sendo que estes são notórios por ajudarem a financiar imensas séries de
televisão e outros projetos do meio televisivo (935), uma vez que envolvem estúdios
independentes em 19 diversos países, estando Portugal como um dos principais co-produtores.
2.3.3. Talento
- Atriz de Voz: Inês Conde
- Estúdio de animação brasileiro: Copa Studio
- Tema Musical Introdutório: João Borsch - Bárbara (2:00 - 2:39)
Letra:
(...)
Bárbara
(Bárbara, baby)
Oh, I love you
Bárbara, baby
I love you
Óbvio, pacóvio
I love you, I love you
I love you
Bárbara
Oh, foge comigo daqui

2.4. Plataformas e duração


A proposta de projeto perspetiva uma única temporada de 7 episódios com cerca de 20
a 30 minutos cada. Cada episódio seria transmitido na RTP semanalmente no horário noturno
(depois das 22h30) e igualmente disponibilizado na RTP Play, visto que o online é a forma de
consumo de audiovisual mais utilizada pelas faixas etárias em foco, 18 aos 30 anos (ERC,
2016). Desta forma, a distribuição da série na televisão decorreria ao longo de 7 semanas.
No Apêndice 2 encontra-se um cronograma inspirado em Dowlatabadi & Winder
(2011) com a previsão da duração das diversas fases de produção dos 7 episódios do projeto
ao longo de 9 meses.

2.5. Objetivos gerais a serem atingidos


O projeto Bárbara, Baby objetiva elaborar uma mini-série de animação sitcom com 7
episódios e focado para os jovens-adultos portugueses; ao mesmo tempo que tenciona
promover a co-produção luso-brasileira, bem como a aposta no audiovisual nacional de
animação; simultaneamente ainda fomentar a visualização de televisão nacional por parte dos
jovens-adultos (18-30 anos); e, indispensavelmente, garantir lucro aos seus patrocinadores.
3. Plano de Comunicação

3.1. Análise da situação


3.1.1. Série
Bárbara, Baby é uma série sitcom de animação que pretende captar a atenção de vários
investidores nacionais e internacionais com o caráter inovador do projeto. A série procura
revolucionar o mundo audiovisual luso-brasileiro, em específico na área da animação com a
aposta pioneira na co-produção justa e equitativa de uma série entre os dois países lusófonos,
aproveitando o entrave linguístico que têm em comum quanto à distribuição, mas que, como
anteriormente já referido, pode ser ultrapassado por via de produtos audiovisuais deste tipo,
dada a possibilidade de futura dobragem. Assim surgiu a ideia de criar um projeto que pretende
tornar possível o alinhamento de incentivos. Bárbara, Baby demonstra e exige otimismo,
representação social e um espírito de equipa inquestionável.

Imagem 1. Logótipo do projeto “Bárbara, Baby”, com fundo branco e preto.

Fonte: Elaboração própria.

3.1.2. Mercado
O mercado de animação e efeitos visuais internacional está a crescer a uma taxa de
crescimento anual composta (CAGR) de 11,5% nos próximos 5 anos (Mordor Intelligence,
2021), sendo que tal taxa refere-se à rentabilidade do investimento no mercado estipulado.
Quanto a nível europeu, Harald Trettenbrein, responsável da unidade Media da Agência
Executiva relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura (EACEA) da Comissão Europeia,
afirma que "A indústria da animação é importante para a Europa porque a animação viaja bem,
tem sucesso a vários níveis, nomeadamente ao nível do público” (Euronews, 2021).
Especificamente em Portugal, após uma longa ausência da animação portuguesa entre o fim
dos anos 1990 e o início dos anos 2000, esta voltou à ribalta europeia, mas debate-se, tal como
outros países europeus, com dificuldades de financiamento (Lusa, 2021), pelo que, nesse aspeto
a co-produção pode ser um ponto favorável.
O consumo de televisão entre os anos de 2012 e 2017 (último ano para o qual existem
dados no Eurostat (2019) diminuiu ligeiramente na Europa, contudo Portugal, juntamente com
a Roménia são os países líderes do consumo televisivo. No mesmo período de tempo, o
mercado audiovisual registou um crescimento na maioria dos países europeus, sendo Portugal
o mercado audiovisual na Europa que mais cresceu, com valores superiores a 10%, muito acima
da média europeia de 1,7% (Eurostat, 2019). O mercado português apresenta uma forte
capacidade de produção de ficção televisiva, constando na lista dos maiores produtores
europeus, apesar da sua capacidade de exportação para o mercado europeu ser ainda reduzida,
com destaque para poucos títulos dispersos, essencialmente telenovelas. Assim sendo, são as
telenovelas e as séries com mais de 13 episódios que dominam a produção nacional, revelando-
se ainda no facto de Portugal, apesar do alto número de horas produzidas, não constar no Top
10 de países com a maior quantidade de títulos de ficção (Eurostat, 2019).
Por fim, em relação à produção de animação brasileira, dados do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, 2018), apontam que foram consumidos mais
de 500.000.000€ em animação no Brasil (equivalente a 3 mil milhões R$), distribuídos entre a
televisão, o cinema, jogos, plataformas digitais e publicidade.

3.2. Objetivos e posicionamento

Este plano de comunicação tem como objetivo geral dar a conhecer a nova série de
animação, Bárbara, Baby. Deste modo, todos os procedimentos passam por informar o público
jovem feminino de animação novos conteúdos audiovisuais, e possíveis patrocinadores de um
sistema de alinhamento de incentivos para todos os indivíduos envolvidos no desenvolvimento
do projeto, potenciando as suas receitas futuramente conquistando novos clientes.
Segundo Kellerr e Kotler (2015), “O posicionamento de uma marca é a forma como a
mesma se projeta na mente do público que pretende alcançar, e como quer que o seu produto e
imagem se destaque da concorrência”, pelo que, a série de animação Bárbara, Baby deve ser
apresentada como uma produção irreverente, atrevida e atual, que vem para revolucionar a
produção televisiva nacional, mmas também para incentivar os investidores a ver a
oportunidade e potencial que a série pode vir a ter e investir de acordo com as suas expectativas.
O projeto rege-se sobretudo sob os valores de inovação, espírito de equipa e criatividade. O
projeto rege-se sobretudo sob os valores de inovação, espírito de equipa e criatividade.

3.3. Ações e canais de comunicação


Um estudo sobre o impacto do Setor Publicitário em Portugal, realizado pela Deloitte
(2019) para a APAN (Associação Portuguesa de Anunciantes), mostra que, em 2017, o
investimento em media televisiva garantiu um peso superior a 50%, seguindo-lhe a internet,
cada vez mais expressiva, depois o outdoor, a rádio e, registando uma queda acentuada e
contínua, por fim, a imprensa. É possível constatar que a televisão é o meio que mais
investimento concentra, possivelmente dada a sua capacidade de chegar a diferentes camadas
da população portuguesa e de forma rápida, contrariamente ao que acontece com outros países
dentro e fora da Europa. Na televisão portuguesa, o canal privado TVI liderou no investimento
publicitário, seguido pela SIC e, por fim, pela RTP (Burnay, C. D. & Ribeiro N., 2020).
O aumento das opções de lazer audiovisual, tem levado aos canais televisivos a procurar
novas formas de monetização, destacando-se principalmente: o product ou brand placement,
remetendo para a colocação de produtos ou de marcas, de forma intencional em locais de visível
destaque; o product ou brand integration consta na integração de produtos ou marcas no enredo
de forma ficcional, como, por exemplo, acontece nas telenovelas; o destination branding trata
da inclusão propositada de locais nas histórias de ficção ou entretenimento, de forma a assumir
protagonismo; e também ações de merchandising social sponsorizadas, ou seja, a exploração
de temáticas sociais na narrativa. Acrescenta-se, ainda, o recurso ao branded content ou
entertainment/advertainment, ou seja, a comunicação da marca através de um conteúdo próprio
e desenhado de raiz. Por sua vez, o licenciamento da marca voltado para o merchandising
abrange uma diversidade de meios, formatos e produtos, como roupas, brinquedos, produtos
alimentares, jogos, livros, aplicativos para download e até peças de teatro, criando, assim, a
possibilidade de captar receitas adicionas em relação à obra original.
Desta forma, Bárbara, Baby decide apostar maioritariamente: na presença nas redes
sociais onde se concentra o público-alvo do projeto (Twitter, Instagram e TikTok), com a
publicação de imagens, vídeos e criando filtros seguindo o estilo visual da série; na imprensa
digital, mas também em alguns anúncios televisivos transmitidos na RTP e em outdoors
colocados estrategicamente nas principais cidades de Portugal. Outra ação a ser ainda
desenvolvida é a presença do projeto no Cartoon Forum (como mencionado no subcapítulo
2.3.2), permitindo a criação de novas relações com colegas e potenciais investidores, para além
da apresentação e divulgação do projeto.
O projeto propõe-se ainda a implementar o product/brand placement e integration com
marcas de roupa, joalharia e calçado feminino ao longo da temporada, mas também com
algumas marcas masculinas no episódio 3 “Mano”, tal como algumas outras marcas nostálgicas
no último episódio de nome “Cresce e aparece” remetente à infância de Bárbara. Pretende-se
utilizar o destination branding especificamente no episódio 4 intitulado “Bora” em que Bárbara
deseja mudar de país; e o merchandising social nos episódios 2, 5 e 6 (“É só mais um”, “Nem
fales” e “Incógnito”, respetivamente) com temáticas relacionadas a várias questões de saúde
mental saúde mental. Por fim, Bárbara, Baby aposta ainda no licenciamento da marca voltado
para o merchandising de peças de vestuário e acessórios com estampas gráficas remetentes aos
estilos visuais da animação.
4. Finanças

Os dados na tabela das finanças (Apêndice 4) foram concebidos com base em


estimativas retiradas de diversas fontes e tendo isso em conta, definimos a respetiva tabela com
o objetivo de fornecer os dados mais realistas para o nosso projeto.
É de notar que o projeto em questão tomará início a 1 de março de 2023 e terminará a
31 de outubro do mesmo ano, propondo assim uma estimativa de 8 meses dedicados a toda a
conceção da série de animação.
Relativamente ao guião, o grupo, após chegar ao custo do projeto, calculou 1.5% do
total de modo a chegar ao preço para o pagamento do guião, o mesmo se aplicou a nível da
estimativa do preço da produção musical, sendo que esta se traduz em 1% do custo do projeto.
No que toca à pré-produção, reservamos 3000 euros para qualquer pesquisa que fosse
necessária fazer, fizemos uma estimativa de 25 euros por hora no aluguer de estúdios de
castings e ensaios Reservamos 18 mil euros para a equipa de produção, e 3 mil euros divididos
por 3 ilustradores no caso do primeiro mês, para começar a fazer sketches de como seriam as
personagens, esse valor vai-se alterando à medida que começamos a produzir a parte da
animação em si e necessitamos de mais ilustradores, daí a variação entre os valores;
Relativamente aos ensaios, optámos por pagar a cada ator principal 2080 euros, e 800 a um dos
atores que só faz 2 aparições ao longo de toda a série; Por fim, reservámos 500 euros para
qualquer imprevisto que possa surgir;
Na produção reservamos 91 mil euros para a equipa de produção e incluímos nesta
categoria a equipa de produção, cinco animadores e a equipa de realização.
Na equipa técnica colocámos 4 funcionários dedicados ao som, o que resulta em pouco
mais de 19 mil euros por mês. Temos ainda o valor dos atores de voz para gravar as suas falas,
iguais aos anteriormente mencionados, reservamos 15 euros por dia por pessoa para a
alimentação, tivemos adicionalmente em conta as deslocações e o combustível dos
funcionários.
O equipamento de áudio, que consiste em microfones, headphones, cabos USB e
isoladores de som, resultou num total de 18,150 euros, nos consumíveis técnicos contámos com
o software de animação e com baterias de microfone e fizemos uma estimativa de 500 euros.
Na edição teríamos um total de 3 pessoas a trabalhar, o que resultaria em 7500 euros por mês
incluindo no último mês de pós-produção;
Na pós-produção tivemos também em conta os efeitos especiais, e uma revisão final na
qual dispensaríamos 29 mil euros no último mês (outubro) a contar com dois animadores, um
director de produção e um coordenador de produção.
A respeito do salário pago aos nossos trabalhadores, executamos uma tabela (Apêndice
5) onde discriminamos especificamente quanto pagamos a cada indivíduo.
Nos custos gerais tivemos em conta o material de escritório, cerca de 5 computadores,
que resultaria em 15 mil euros por mês, as comunicações para as quais reservamos 1500, a
energia onde fizemos uma estimativa de 3500 por mês, e ambos os estúdios de animação e de
gravação de som, cada um com o valor de 50 euros por hora, o que resultaria em 8000 mil
euros para cada um por mês.
Tendo isto em conta, concluímos que o projeto, na sua totalidade (Apêndice 3), terá um
orçamento estimado de 1.143.720€, sendo que 120.000€ deste resultado abrangem o custo da
estrutura. No que diz respeito ao número a pedir aos investidores, tendo em conta o potencial
da série, assim como a sua relevância, chegamos a 1.540.000€, fazendo com que o proveito
seja de 396.280€, ou seja, uma margem líquida de 26%.
Apêndices

Apêndice 1. Tabela da lista de episódios e respetivos desenvolvimentos gerais.


DESENVOLVIMENTO
EPISÓDIO
GERAL

Apresentação das personagens. Descoberta do poder. Bárbara


1 “It’s Barbara, baby” quer ser um sex symbol famoso e conhece Beata Spheres
(paródia referência à figura pública Britney Spears).

Bárbara deseja ser boa em tudo o que faz e testa-o ao


embriagar-se com os amigos. Acaba por voltar ao mesmo
2 “É só mais um”
estado anterior pois já ninguém reconhece ou fica
surpreendido com o seu talento.

3 “Mano” Bárbara deseja ser homem e troca de vida com Carlos.

Bárbara deseja mudar de país e testa vários outros, incluindo


fictícios, mas coloca-lhes sempre um defeito. O estilo visual
acompanha o país em que esta se encontra. Exemplos:
- Japão: estilo visual inspirado no anime
- EUA 1: estilo visual inspirado na Disney
4 “Bora” - EUA 2: cartoon com inspiração na série de animação
South Park (1997 - presente), de Trey Parker e Matt
Stone.
- País das Maravilhas: inspiração na animação de Alice
no País das Maravilhas (1951), da Disney.
- Entre outros…

Bárbara deseja ter poderes telepáticos e ler mentes. Bárbara


5 “Nem fales” descobre os sentimentos de Alice por Carlos e tenta juntá-los,
sem sucesso.

Bárbara deseja que ninguém a conheça e aventura-se sozinha


6 “Incógnito” pela cidade. Arrepende-se no fim do episódio quando percebe
que nem o Carlos nem a Alice a reconhecem.

Bárbara quer ser criança outra vez e crescer com Alice e


Carlos. A protagonista apercebe-se de como a relação com os
amigos não é a mesma e preferia a sua vida anterior,
7 “Cresce e aparece”
decidindo voltar à realidade original do primeiro episódio.
Alice e Carlos têm finalmente um momento romântico mútuo
e beijam-se. Bárbara permanece sozinha romanticamente.

Fonte: Elaboração própria.


Apêndice 2. Cronograma das fases de produção do projeto.

MÊS
ETAPAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9

1. Elaboração preliminar do
X
projeto e roteiro

2. Apresentação do projeto,
X
captação de recursos

3. Arregimentação da equipa X X

4. Reuniões com o elenco,


PRÉ X
“afinação” do roteiro

5. Desenvolvimento visual das


X X
personagens e cenários

6. Storyboard X

7. Audio Guia (sons simples para


X X
acompanhar o animatic)

8. Animatic (storyboard animado) X X

9. Gravações de voz X
P
R 10. Setup de cenas X
O
D 11. Animação X X X

12. Efeitos X

P 13. Revisão X
Ó
S 14. Finalização: Melhorias visuais
(iluminação e sombreamento) e X X
sonoras

15. Divulgação X

16. Lançamento X
Fonte: Elaboração própria.

Apêndice 3. Tabela final

Fonte: Elaboração própria.


Apêndice 4. Tabela de Orçamento

Apêndice 4: Salários

Fonte: Elaboração própria.


Apêndice 5. Salários.

Fonte: Elaboração própria.


Referências Bibliográficas

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