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INTRODUÇÃO
A qualidade dos produtos no período pós-colheita pode ser reduzida devido a diversos
fatores, bióticos e abióticos. Dentre os fatores bióticos, destacam-se os insetos praga, os quais
são responsáveis por grandes perdas no processo de armazenamento.
Além dessas perdas, existem as perdas de qualidade durante o processamento, a qual podem
inviabilizar todo um lote do produto, trazendo grandes prejuízos aos produtores. Como no
caso do trigo, em que os moinhos não aceitam lotes que tenham presença de insetos, pois isso
compromete a qualidade da farinha, que interfere nos subprodutos da panificação,
inviabilizando o lote.
OBJETIVOS
Objetivo geral:
Objetivos Específicos:
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Pragas de Produtos armazenados e Ananaseiro | Elaborado pelo grupo
PRAGAS
As pragas são classificadas de acordo com seus hábitos alimentares, podendo ser
classificadas como primárias ou secundárias.
Pragas primárias
São aquelas que atacam os grãos que se encontram inteiros e sadios, podendo atacar a parte
interna ou externa.
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Pragas secundárias
Estas pragas não tem a capacidade de atacar grãos sadios e inteiros, é necessário que os
mesmos estejam quebrados ou danificados por pragas primárias para que as mesmas
consigam se alimentar.
A multiplicação destas pragas é muito rápida e por esse fator, causam enormes prejuízos,
como é o caso dos besouros das seguintes espécies C. ferrugineus, O. surinamensis e T.
castaneum.
Em síntese, esse processo envolve uma sequência de operações como limpeza, secagem,
tratamento fitossanitário, transporte, classificação, entre outros.
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Bastante comum em grãos armazenados de milho, essa praga ainda pode ocorrer em arroz,
centeio, cevada, sorgo e trigo. O bichinho cabeçudo, de corpo cilíndrico e coloração escura,
deposita ovos em meio aos grãos.
Tanto o inseto adulto quanto a larva podem causar danos. O estrago é tão intenso que
o produto fica imprestável para a comercialização e o consumo.
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Essa espécie afeta apenas a superfície da massa de grãos, sendo incapaz de penetrar nas
camadas mais profundas.
O seu dano está vinculado com as larvas que penetram no interior dos grãos, onde se
alimentam e completam a fase larval, prejudicando o peso e a qualidade dos mesmos.
Afeta as culturas do arroz, aveia, cevada, centeio, milho e trigo. Além disso, as traças
apresentam a peculiaridade de atacar a farinha produzida a partir dos grãos, causando
deterioração no produto pronto para consumo.
Esse exemplar atinge culturas de fumo, soja, trigo, feijão, milho e arroz. O modo de ataque se
assemelha ao das outras traças.
Cabe destacar que essa espécie apresenta um potencial destrutivo importante nas sacarias e,
em menor escala, nos grãos armazenados a granel.
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Além disso, o produto danificado fica vulnerável a pragas secundárias, que encontram
caminho aberto para se alimentar.
Mais uma das pragas de grãos armazenados de arroz, cevada, milho e trigo. Vive na massa
estocada, às vezes em conjunto com outras espécies, e pode ameaçar um volume significativo
da produção.
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Para piorar, ocasionalmente carregam fungos e outros parasitas que alteram as propriedades
da mercadoria.
1o - Análise do local
Todo o ambiente é analisado pela equipe da empresa de controle de pragas e vetores para
entendimento dos processos, desde a entrada do produto até a saída do mesmo, além do
período de armazenamento.
Essa análise tem o objetivo de antever pontos de falha que as pragas podem acessar e também
se abrigar.
2o - Aplicação de inseticidas
Após a higienização e secagem, os grãos devem ter tratamento preventivo com produtos de
origem química ou biológica. Essa prevenção garante a eliminação da praga durante o
período de armazenamento.
3o - Limpeza e higienização
Essa fase é importante para eliminar os focos de infestação e preparar o terreno para o
armazenamento correto dos grãos.
4o - Realização do expurgo
O expurgo é uma forma de eliminar as pragas através da utilização de gás. Essa técnica é
também chamada de fumigação.
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O local deve ser perfeitamente vedado e o serviço é feito respeitando das normas de
segurança dos produtos em uso.
5o - Medidas educativas
Por fim, devem ser propagadas medidas para a mudança de comportamento das unidades
armazenadoras e de seus profissionais, para realizarem os procedimentos corretos desde o
recebimento até a saída dos grãos.
ANANASEIRA
Broca do fruto
A broca do fruto (S. megarus) é considerada uma das principais pragas da abacaxicultura.
Além do abacaxi pode atacar também outras espécies pertencentes à família Bromeliaceae.
Trata-se de uma borboleta pequena que durante o dia é encontrada voando e ovipositando
sobre as inflorescências. Os ovos são postos em maior número nas partes superior e mediana
da inflorescência. A lagarta, após a eclosão, é ativa e alimenta-se inicialmente das partes
externas da inflorescência e em seguida, perfura-a em busca de alimento e de proteção. O
ataque da broca do fruto ocorre, predominantemente, durante a fase de florescimento e
formação do fruto.
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Broca do talo
A broca do talo (C. invaria volitans) é conhecida vulgarmente como: broca do olho, broca do
caule, broca gigante ou lepidobroca. O adulto é uma mariposa de hábito diurno (Figura 2). As
posturas são realizadas na base das folhas mais externas da planta. A lagarta após a eclosão,
penetra nas folhas em direção ao interior da roseta foliar iniciando a abertura de galerias e
destruição dos tecidos.
A cochonilha do abacaxi (D. brevipes) localiza-se nas raízes e nas axilas das folhas e pode ser
encontrada, também, nos frutos e rebentos. Atua como vetora da doença viral conhecida
como murcha do abacaxi que pode levar a planta à morte antes da frutificação ou impedir a
frutificação normal. Com a infecção pelo vírus o crescimento das raízes é afetado, entretanto
os primeiros sintomas foliares aparecem após dois ou três meses da infecção. Ocorre o
avermelhamento das folhas com o enrolamento dos bordos para a face inferior (Figura 3).
Com a evolução da doença, as folhas perdem a turgescência ocorrendo o secamento das
pontas, que se dobram em direção ao solo. A planta definha podendo chegar à morte.
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Ácaro alaranjado
O ácaro alaranjado do abacaxi (D. floridanus) é encontrado na base das folhas, na porção
aclorofilada, causando lesões aparentemente superficiais, com áreas necrosadas na base das
folhas. Essas áreas podem variar em tamanho, formato e número, sem registro de danos
econômicos já que as lesões não impedem a circulação de seiva no interior das A B folhas.
Podem ser vistos a olho nú devido à sua coloração alaranjada. A ocorrência é verificada
principalmente em períodos secos e quentes. Em condições favoráveis, pode ocorrer
infestação do ácaro nas folhas da coroa do fruto.
Lesões na base de folhas da coroa do fruto de abacaxi causadas pelo ácaro alaranjado. (Fotos:
Aloyséia Noronha.
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CONCLUSÃO
Apos a conclusão desse trabalho concluímos que as pragas atacam os produtos agrícolas em
diferentes fases desde quando a cultura ainda está no campo até mesmo após acolheita e
beneficiamento, quando o produto já se encontra armazenado. As pragas de produtos
armazenados são uma importante fonte de perda da qualidade dos produtos e podem resultar
em enormes prejuízos produtores e proprietários de armazéns.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MATOS, A. P.; COSTA, D. C.; SILVA, J. R.; SOUZA, L. F. S.; SANCHES, N. F.;
CORDEIRO, Z. J. C. Pragas p.17-26. In: MATOS, A. P. (org) Abacaxi. Fitossanidade.
Brasília, Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 2000. 77p. (Frutas do
Brasil, 9).
MATOS, A. P.; SANCHES, N. F.; SOUZA, L. F. S.; TEIXEIRA, F. A.; ELIAS JÚNIOR,
J. Manual de identificação de pragas, doenças e deficiências nutricionais da cultura do
abacaxi. Cruz das Almas, Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, 2010. 44p.
GALLO, D. et al. Manual de Entomologia Agrícola. Ed. Agronômica Ceres. São Paulo,
2002. 920p.
S_ARMAZ.pdf
www.centreinar.org.br/pragas/index.html
www.sna.agr.br/artigos/artitec-armazenagem.htm
www.embrapa.br
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