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3. Destilação
3.1. Destilação Flash
3.2. Destilação contínua com refluxo
3.2.1. Balanços materiais em colunas de pratos
3.2.2. Linhas de operação
3.2.3. Número de pratos ideais
3.2.4. Razão de refluxo: total, mínima e ótima
3.2.5. Produtos de elevadas purezas
3.3. Balanços entálpicos
3.4. Projeto de colunas de pratos perfurados
3.4.1. Queda de pressão e velocidade máxima do vapor
3.5. Eficiência de pratos/estágios
3.6. Destilação batelada
3.2.3. Número de pratos ideais
Razão de refluxo
A análise de desempenho e projeto de colunas de fracionamento
fica facilitada com a definição desta variável. Duas quantidades
podem ser definidas, ambas na seção de retificação da coluna:
Saída de calor
qc
Produto de topo
Refluxo D
xD
La L La L
RD e RV (27)
D D Va V
Utilizaremos apenas a variável RD.
3
3.2.3. Número de pratos ideais
Considerando taxas molares constantes na L.O. da seção superior,
Eq. (24), e dividindo o numerador e denominador dos termos do
lado direito por D, temos:
Ln DxD
yn1 xn (24)
Ln D Ln D
L D D D xD
yn1 xn
LD LD
D D
Identificando L/D como a razão de refluxo, Eq. (27), temos:
yn1
RD
xD
xD
RD 1 xD
xD
RD 1 RD 1 RD 1
La
xa La xa
La
xa
a) Prato de topo b) Condensador total c) Condensador parcial e final
L.E. (x1, y 2 )
y=x
7
3.2.3. Número de pratos ideais
Quando um condensador parcial é usado, o refluxo líquido não
tem a mesma composição do produto de topo (xa ≠ xD).
La
xa La xa
(xD , xD )
xa
10
3.2.3. Número de pratos ideais
Para o refluxo frio, a quantidade de vapor que é condensada (DL) e
adicionada ao prato de topo é encontrada da Eq. (29):
La c pc (T1 TC ) (29)
DL
C
cpc = calor específico do condensado
C = calor latente de vaporização do condensado
T1 = temperatura do líquido no prato de topo
TC = temperatura do condensado que retorna
Para refluxo frio a razão de refluxo real na coluna é:
L La D L La [1 c pc (T1 TC ) C ] (30)
D D D
Geralmente T1 não é conhecida, mas ela é quase igual a temperatura do ponto de
bolha do condensado, e por isso fazemos esta substituição nas Eqs. (29) e (30). 11
3.2.3. Número de pratos ideais
Prato de fundo (bottom plate) e reboiler
A ação do fundo da coluna é análoga ao que acontece no topo.
Reescrevendo a L.O. para a seção inferior da coluna, Eq. (26),
considerando taxas molares ctes:
L BxB L.O. para a
ym1 xm (31)
LB LB seção de esgotamento
ym1
L
xB
BxB
L B xB
xB
LB LB LB 12
3.2.3. Número de pratos ideais
O procedimento gráfico para se plotar o prato de fundo e o reboiler
pode ser visto na figura a seguir:
(a) Líquido (b) Líquido saturado (c) Mistura (d) Vapor saturado (e) Vapor
sub-resfriado ou na temperatura liquido + vapor ou na temperatura superaquecido
do ponto de bolha do ponto de orvalho
q>1 0<q<1 q<0
q=1 q=0
V V (1 q )F V V (1 q)F (35) V L
16
3.2.3. Número de pratos ideais
Para taxas molares constantes na coluna, os balanços de massa para
o componente A (+ volátil) nas duas seções da coluna são:
Para o topo:
Saída
V yn1 L xn D xD (36)
de calor
qc
Para o fundo:
Produto
L xm V ym1 B xB (37)
Refluxo de topo
D
xD
Alimentação
F
Na interseção das L.O.s, temos: xF
yn1 ym 1 y
xn xm x
Reboiler
Produto de fundo
B xB
17
3.2.3. Número de pratos ideais
Para localizar a interseção das L.O.s, subtraia a Eq. (37) da Eq. (36):
V y L x D xD (36)
V y L x B xB (37)
(V V ) y ( L L ) x D xD B xB (38)
q>1
q
q=1 Inclinação da L.A.
1 q
0<q<1
Linha de alimentação (L.A.):
q=0 ra − líquido frio
rb − líquido saturado
q<0
rc − mistura líquido + vapor
rd − vapor saturado
re − vapor superaquecido
21
3.2.3. Número de pratos ideais
Localização do prato de alimentação
A figura mostra o procedimento para determinação do nº de
estágios ideais (N) e a localização do feed plate. Em tese, o prato de
alimentação poderia encontrar-se entre os pontos a e b. A
localização “ótima” do prato é aquela que minimiza N.
0<q<1
Se alimentarmos a coluna no 5º prato,
Eq. (39) numeração a partir do topo, precisaremos
Eq. (29) de oito (8) estágios entre xD e xB. Para
uma alimentação no 7º prato seriam
necessários mais que oito (8) estágios.
xF
22
3.2.3. Número de pratos ideais
Consumo de vapor de água (steam) e água de refrigeração na
coluna de destilação
Se vapor de água saturado é utilizado como meio de aquecimento,
então o consumo de vapor de água (steam) no reboiler é:
ms = consumo de vapor de água (kg/h, lb/s)
V
m s (40) V = taxa de vapor do reboiler
s s = calor latente do vapor de água
= calor latente molar da mistura
M benz 78
M tol 92
24
Exemplo 3
b) Determinar o número de pratos/estágios ideais (N) e a posição do
prato de alimentação.
i) se a alimentação é líquida e está no ponto de bolha
ii) se a alimentação é líquida e está a 20 °C (cpL = 0,44 cal/g·°C)
iii) se a alimentação é uma mistura de 2/3 de vapor e 1/3 de líq.
25
Exemplo 3
• Solução
b) Determinação do número de estágios ideais (N) e posição do
prato de alimentação.
i) alimentação é constituída de líquido saturado (TF = Tbolha)
27
Exemplo 3
• Solução caso i
28
Exemplo 3
• Solução caso i
Linha de alimentação
29
Exemplo 3
ii) A alimentação é líquido “frio” a 20ºC (cpL = 0,44 cal/g·°C)
2º passo) P/ plotar a L.A. (que passa por (xF , xF)) precisamos de q:
cal
0, 44 95 20 º C
c pL Tb TF gº C
q 1 (32) q 1
xF 0, 44
A L.A. intercepta o eixo y em 1,196
1 q 1 1,368
32
Exemplo 3
• Solução caso ii
33
Exemplo 3
iii) A alimentação é constituída de uma mistura (2/3 vapor e 1/3
líquido)
2º passo) P/ plotar a L.A. (que passa por (xF , xF)) usamos q = 1/3
xF 0 , 44
A L.A. intercepta o eixo y em 0, 66
1 q 11 3
q 1 3
E tem inclinação = 0 ,5
1 q 1 1 3
35
Exemplo 3
• Solução caso iii
36
Exemplo 3
• Cálculo analítico do nº de estágios N (programa computacional)
Caso q ms (kg/h) N Ncalculado
i 1 10520 11 10,59
ii 1,37 12500 10 10,17
iii 0,333 6960 12 11,85