Você está na página 1de 3

Texto de Apoio P2 (3° trimestre)

601
História do Sapateado
Sapateado é um estilo de dança, que tem como principal característica os ruídos que os dançarinos
produzem com os sapatos em contato com o chão, fazendo dos pés dos dançarinos verdadeiros instrumentos
de percussão.
Historiadores consideram mais provável a hipótese de que o sapateado tenha origem na Irlanda, por volta do
século V. Segundo eles, nessa época os camponeses usavam sapatos com sola de madeira, com o objetivo
de aquecer os pés. Os diferentes sons produzidos por esses sapatos, ou tamancos (clogs) como eram
chamados, tornaram-se motivo de brincadeiras, e dessas brincadeiras surgiram ritmos diferentes, que deram
origem a dança chamada de Irish Jig. Por volta do século XVIII, as danças irlandesas eram acompanhadas
pelos sons das Harpas e das Gaitas de Foles.
Séculos depois, os tamancos de solado de madeira passaram a ser usados para proteção dos pés dos
operários do contato com o calor do chão das fábricas, já no início da Revolução Industrial, na Inglaterra. Os
sons produzidos com os tamancos, assim como para os irlandeses, tornaram-se motivo de brincadeiras nos
intervalos do trabalho nas fábricas, de onde surgiram novos ritmos, e, consequentemente, uma dança
chamada Lancashire Clog. No início do século XIX, os tamancos de madeira foram substituídos por sapatos
de couro (jigs), com moedas (e mais tarde por pequenas placas de metal - taps) no salto e na biqueira, para
que produzissem sons.
A influência africana no sapateado ocorreu ainda nas viagens de europeus (sobretudo irlandeses e alemães)
e africanos para a América do Norte. A contribuição africana trouxe para o sapateado os movimentos do
corpo, pois os irlandeses mantinham o tronco rígido, até então. Foi essa mescla de ritmos e sons que chegou
a Nova York ainda no século XIX.
No Brasil, o sapateado foi muito difundido nas grandes capitais, mais pouco praticado, talvez pela falta de
profissionais qualificados, que ainda hoje, se concentram nos Estados Unidos e na Europa. Além disso, o
sapateado praticado no Brasil sofreu influência de diversos ritmos da rica cultura musical brasileira, ou seja, já
não se trata do sapateado tradicional.
Principais benefícios
Postura
O sapateado causa impacto direto nos músculos do corpo. Por isso, auxilia no desenvolvimento da
flexibilidade e melhora bastante a postura. Movimentos repetidos de bater pontas, calcanhares e sola dos pés
no chão exigem equilíbrio. Em médio e longo prazo, como consequência, o condicionamento físico evolui e a
postura fica mais ereta.
Coordenação Motora
Concentração é uma das palavras-chave no sapateado. Afinal de contas, cada ação exige foco para a prática
ideal, e a coordenação motora recebe uma série de estímulos por meio da dança. Baseado no ritmo, o
sapateado trabalha muita agilidade nos pés e nas pernas, com os movimentos determinando os sons
reproduzidos.
Autoestima
O fator psicológico também faz parte dos benefícios de aprender como fazer sapateado. Assim como outras
modalidades de expressão artística, a autoestima tende a crescer. A dança ajuda na libertação de possíveis
medos, desinibindo o praticante e fazendo com que ele se sinta mais capaz e confiante.
Emagrecimento
Por trabalhar o corpo inteiro, tonificando em especial bumbum, abdômen e pernas, a musculatura ganha
força. Como um todo, esse processo de esforço físico auxilia diretamente na busca pela perda de peso.
Os pés indicam o ritmo e o corpo cria a melodia, com os braços sempre em movimento. Essa modalidade de
dança se vale dos sons emitidos pelo solado dos sapatos e é marcada pelo forte peso artístico e teatral. Em
média, uma aula resulta no gasto de 400 calorias, variando conforme tempo e intensidade.
Saltos Ornamentais
História
Há indícios de que essa modalidade tenha surgido na Grécia Antiga, quando homens saltavam de penhascos
para o mar. No entanto, foi apenas quando a prática atingiu o norte da Europa, e mais especificamente a
Suécia e a Alemanha, que os saltos começaram a ganhar um contorno mais ginástico, muito provavelmente
porque esses dois países já tinham tradição na ginástica e nos exercícios de preparação militar.
A primeira aparição dos saltos ornamentais, como se conhece, em Jogos Olímpicos ocorreu nos Jogos de
Londres, em 1908, cuja disputa foi apenas masculina. A introdução de provas femininas aconteceu em 1912,
na Olimpíada de Estocolmo. A Federação Internacional de Natação – FINA – agrupou, sob sua tutela, os
saltos ornamentais e descreveu em documento oficial as suas regras, nos primeiros anos do século XX.
Regras
Nos saltos ornamentais os/as atletas saltam em direção à água realizando movimentos com estéticas
específicas. Seu objetivo, portanto, é conquistar a melhor pontuação entre os competidores. Para isso, devem
se atentar tanto aos grupos e às posições dos movimentos quanto aos critérios de pontuação e penalização
avaliados pelos juízes.
As capacidades físicas que um saltador (praticante do salto ornamental) requer são as seguintes: força,
flexibilidade, orientação espacial, coordenação motora e consciência corporal. Para executar o salto, o
saltador parte de uma posição inicial em que os membros que darão a impulsão ficam flexionados (pode ser
joelho ou cotovelo, dependendo do salto), partindo para a fase aérea em que o corpo executará os
movimentos acrobáticos, até encontrar a água de modo mais hidrodinâmico possível. Nesse sentido, o
controle do atleta sobre o próprio corpo deve ser total.
As provas de saltos ornamentais são disputadas em trampolins de 1 e 3 metros e em plataformas com altura
mínima de 5 metros e máxima de 10 metros. Nas disputas olímpicas, as provas ocorrem em trampolim de 3
metros e nas plataformas.
São seis grupos distintos de saltos:
Frente: Quando o saltador parte da posição inicial de frente para a água; Trás: Parte-se da posição inicial de
costas para a água; Pontapé à lua: Saída de frente com execução de costas; Revirado: Saída de costas
com execução do movimento para frente; Parafuso: Giro, tomando o corpo como eixo de rotação; Equilíbrio:
Saída a partir da posição ginástica “parada de mãos”. Além desses seis grupos, ainda somam-se algumas
posições que se dão a partir de combinações com movimentos corporais, como a grupada, carpada, esticada
e livre.
O limite de tentativas de salto para cada atleta é definido conforme categoria de identidade de gênero.
Portanto, atletas que disputam na categoria feminina têm direito a cinco saltos. Já atletas que disputam na
modalidade masculina possuem vantagem de 1 ponto, ou seja, têm direito a seis saltos.
A partir do limite de tentativas os/as atletas buscam atingir sua melhor pontuação na competição, ou seja, a
maior nota entre os competidores.
Além dos grupos apresentados acima, os saltos são avaliados pelos juízes conforme suas fases
(aproximação, partida, elevação, execução e entrada na água). Também são avaliados a partir da posição em
que são realizados (estendida, carpada, grupada ou livre) e da plataforma utilizada (plataformas ou
trampolins).
Outro critério para definir a pontuação das competições é o grau de dificuldade do salto, que considera a
complexidade das acrobacias realizadas durante a execução do salto.Nas provas de salto sincronizado
(disputadas em duplas), além desses critérios, é avaliada a sincronia da dupla durante a realização dos
movimentos.

Você também pode gostar