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O
modelo foi derivado da quarta geração do Opel Kadett, lançado na
Europa durante o Salão de Frankfurt daquele ano.
Não existe uma confirmação oficial por parte da montadora, mas o fato é
que o nome Chevette acabou sendo marcante para o cenário automotivo
nacional.
O tempo mostrou que sim, e chamá-lo de “carrinho” só seria possível se a
referência fosse ao seu tamanho, não em relação à sua qualidade.
Na época ele foi recebido muito bem, e suas linhas modernas eram
sempre elogiadas.
Em seu interior, o Chevette tinha ponto positivos e negativos. Por um
lado ele era reconhecidamente um carro agradável de dirigir
(especialmente quando comparado ao Fusca), com boa estabilidade e
ótimo porta-malas.
A ideia era que isso proporcionasse mais segurança aos ocupantes em caso de colisão,
além de evitar algum furo no reservatório quando o carro passasse por algum objeto
solto nas vias.
Essa posição incomum para a época fez com que o bocal ficasse na coluna traseira, do
lado direito, o que acabou sendo uma das marcas do Chevette.
Foi em 1976 que chegou o famoso Chevette SL, um modelo mais requintado, que em
alguns aspectos ia na contramão do que outras marcas ofertavam.
Do mesmo tamanho do modelo duas portas, ele não fez sucesso por aqui. Continuou
sendo feito, mas apenas para ser exportado para países vizinhos.
Essa opção tinha o tanque de combustível abaixo do porta-malas, para que o banco
pudesse ser rebatido. Estava disponível nas versões básica ou SL, mas acabou não
fazendo tanto sucesso, talvez por custar mais que o equivalente com a carroceria sedã.
Tudo isso parece ter vindo na hora certa. Em 198o, o Chevette alcançava a marca de
500.000 unidades produzidas, além de ter seu melhor ano de vendas no Brasil:
impressionantes 94.816 unidades.
Pouco tempo depois, em 1983, ele chegou a ser o carro mais vendido do país, quando
emplacou 85.984 unidades.
Marajó e Chevy 500 são incluídos na família
Foi em 1980 que apareceu o primeiro modelo derivado do Chevette, a perua Marajó. A
ideia apareceu no mesmo ano em que o Chevette teve seu recorde de unidades vendidas,
e o desenho da perua era bem parecido com o Kadett Caravan.
Como deveria ser, sua principal qualidade era a capacidade de carga, que variava entre
796 e 1.510 litros, com o banco rebatido.
O modelo também tinha, como opcional, o ar-condicionado, item que também era
ofertado para o restante da família.
Algum tempo depois, em 1983, a Chevrolet lançou também a versão perua do Chevette,
batizada de Chevy 500 (em alusão à capacidade de carga de 500 kg, incluindo
motorista).
Na época a marca foi criticada pela demora em lançar o modelo, já que em outros países
a GM já tinha feito isso e por aqui a concorrência também (com Fiat Fiorino/City, Ford
Pampa e VW Saveiro).
Mesmo assim, o Chevy 500 agradou em alguns aspectos, como o fato de ter tração
traseira, algo que seus concorrentes não ofereciam. Se a transmissão permitisse, a base
da caçamba poderia ser mais baixa, o que resultaria num volume maior de carga.
Os ocupantes também veriam mudanças significativas, tanto no painel quanto nas novas
janelas com quebra-ventos. A linha de motores agora contava com o já conhecido 1.6 a
gasolina e com a novidade do propulsor a álcool, também de 1,6 litro.
Além disso, o Chevette recebeu o câmbio de cinco marchas, que foi muito bem aceito
por seus engates precisos.
Em testes realizados na época, a aceleração de 0 a 100 km/h foi de 16,8 segundos, o que
desagradava. Mesmo assim, ele foi mantido por algum tempo, até 1990.
Chevette Júnior não faz sucesso
Nesse mesmo ano apareceu uma jogada da Chevrolet. Como havia o controle de preços
do Plano Cruzado, que impedia o aumento do valor de uma versão já existente, a marca
lançou a nova versão SE.
Ela chegava com novos instrumentos, luzes para controle de consumo e encosto de
cabeça separado do banco, mas com preço superior à SL (que perdeu equipamentos e
manteve o preço).
No ano seguinte, a versão SE passou a se chamar SL/E, padronizando-se a outros
modelos na linha da Chevrolet, como Monza e Opala. Mas isso durou pouco tempo,
pois em 1991 Chevette e Chevy passaram a ser vendidos apenas na versão DL.
Logo depois, para brigar com o novo Fiat Uno Mille, foi lançado o Chevette Júnior, em
março de 1992. Era a primeira versão do modelo com motor 1.0, o que o colocava
dentro do benefício tributário do governo.
A recepção ao Chevette Júnior, porém, não foi das melhores. Ele até tinha um
desempenho superior ao Uno Mille (seu 0 a 100 km/h era 3 segundos mais rápido), mas
isso não compensava os problemas.
O principal era o evidente projeto antigo, contra um carro mais prático e confortável da
Fiat.
Em 1993, com vendas fracas, o Chevette Júnior recebeu sua pá de cal: a redefinição, por
parte do governo, dos critérios para os carros populares, que pagariam apenas 0,1% de
IPI.
Como a Volkswagen conseguiu incluir nessa lista carros com motor 1.6 (como o Fusca
Itamar e a Kombi), a Chevrolet correu e colocou também o Chevette 1.6. Pronto, o
modelo Júnior 1.0 não era mais necessário.
Últimas novidades e o adeus, depois de 20
anos
O Chevette não era mais páreo para os modelos mais modernos que estavam surgindo,
como o próprio Uno. Suas vendas foram caindo cada vez mais e, em 12 de novembro de
1993, o último Chevette foi produzido.
Foram mais de 1,6 milhão de unidades fabricadas, incluindo as 400.000 unidades
exportadas.
A picape Chevy 500 DL resistiu mais algum tempo, até 1995, quando surgiu a versão
picape do Corsa, que era o novo caçula na linha da Chevrolet.
Versões especiais
Por fora, o Chevette GP era prata, com faixas pretas e a inscrição GP nas portas, e tinha
faróis de neblina. Haviam também algumas diferenças estéticas no interior, mas o motor
continuou sendo o mesmo 1.4 (a prática de lançar carros pseudo-esportivos já era
comum naquela época).
Uma versão GP II chegou a ser lançada em 1977, essa com algumas alterações
mecânicas (como aperfeiçoamento no comando de válvulas, distribuidor e carburador),
o que fez o Chevette ficar 20% mais econômico.
O modelo também tinha conta-giros, faróis auxiliares, retrovisor do lado direito e novas
rodas, mas custava 10% a mais que o requintado SL.
Veja abaixo algumas outras versões especiais que o Chevette teve ao longo do tempo:
Chevette Especial (1975) – tinha um acabamento mais simples, sem calotas, frisos e
carpete, em busca de um preço 10% menor.
Chevette Tropical (1976) – baseada na versão L, tinha rodas mais largas, retrovisor
esportivo e rádio com toca-fitas, vindo na cor marrom com rodas beges (ou vice-
versa).
Chevette Jeans (1979) – tinha cor externa prata, azul ou branco e interior de brim azul.
Chevette Ouro Preto (1980) – carroceria dourada, com faixas pretas (ou vice-versa).
Chevette – versões
Chevrolet Chevette Luxo (1973-1977)
Chevrolet Chevette Especial (1975-1980)
Chevrolet Chevette GP (1976 e 1978)
Chevrolet Chevette SL (1976-1990)
Chevrolet Chevette GP II (1977)
Chevrolet Chevette S/R (1981-1982)
Chevrolet Chevette SE (1987)
Chevrolet Chevette SL/E (1988-1990)
Chevrolet Chevette DL (1991-1993)
Chevrolet Chevette Junior (1992)
Chevrolet Chevette L (1993)
Chevrolet Chevy 500
Chevrolet Marajó
Chevette – preço
Chevette L, SL, SL/E, DL, SE 1.6 – entre R$ R$ 4.420 (1985) e R$ R$ 8.643 (1993)
Chevette Júnior – entre R$ 6.445 (1992) e R$ 7.453 (1993)
Chevy 500 – entre R$ 3.052 (1985) e R$ 6.286 (1995)
(Valores em junho de 2018, com base na tabela FIPE)
Depois de sua remodelação visual em 1983, o Chevette passou a vir com motor 1.6 a
álcool, que entregava 72 cv e 12,3 kgfm de torque, com câmbio manual de cinco
marchas. Na mesma época o modelo também tinha o motor 1.6 a gasolina, de 69 cv e
11,8 kgfm de torque, sendo que o 1.4 equipava apenas os modelos exportados.
Esse mesmo motor 1.6 foi modificado em 1988, recebendo pistões e bielas mais leves,
além de um novo carburador. Com isso, ele alcançava 81 cv e 12,9 kgfm de torque (com
álcool) ou 78 cv e 12,6 kgfm (gasolina).
O motor mais fraco (e mais criticado) da linha certamente foi o 1.0 usado no Chevette
Júnior. Ele entregava apenas 50 cv e 7,2 kgfm de torque, demorando 21,6 segundos para
chegar aos 100 km/h. A máxima era de 131 km/h.
1.0 (1992-1993) – Junior: 50 cv e 7,2 kgfm. Aceleração 0 a 100 km/h: 21,6 segundos.
Vel. máxima: 131 km/h.
1.4 (1973-1976) – Especial, Standard, L, SL: 69 cv e 9,8 kgfm. Aceleração 0 a 100 km/h:
19,1 segundos. Vel. máxima: 140,6 km/h.
1.4 (1976-1980) – SL, GP, GP II: 72 cv e 10,8 kgfm. Aceleração 0 a 100 km/h: 17,4
segundos. Vel. máxima: 150 km/h.
1.4 (1976-1980) – Standard, L: 69 cv e 10,1 kgfm. Aceleração 0 a 100 km/h: 19,5
segundos. Vel. máxima: 142 km/h.
1.4 Álcool (até 1982): : 69 cv e 10,1 kgfm. Aceleração 0 a 100 km/h: 19,5 segundos.
Vel. máxima: 142 km/h.
1.6 (1981-1982) – S/R: 76 cv e 11,6 kgfm. Aceleração 0 a 100 km/h: 16,5 segundos. Vel.
máxima: 160 km/h.
1.6 Álcool (1983-1987) – Standard, SL e SE: 72 cv e 11,3 kgfm. Aceleração 0 a 100
km/h: 15,1 segundos. Vel. máxima: 160 km/h.
1.6/S (1988-1994) – L, SL, SL/E, DL: 78 cv e 12,6 kgfm. Aceleração 0 a 100 km/h: 14,1
segundos. Vel. máxima: 160 km/h.
1.6/S Álcool (1988-1994) – L, SL, SL/E, DL: 81 cv e 12,9 kgfm. Aceleração 0 a 100 km/h:
13,8 segundos. Vel. máxima: 160 km/h.
Chevette – consumo
O consumo do Chevette Júnior, segundo os dados divulgados, era de 9,2 km/l na cidade
e 13,7 km/l na estrada. No caso do modelo mais antigo, que tinha motor 1.4, as médias
eram de 11 km/l e 14 km/l, respectivamente.
Já o Chevette com motor 1.6, o que inclui últimos modelos fabricados, tinha um
consumo de 10,4 km/l em trechos urbanos e 13,7 km/l nos trechos rodoviários.
Válvulas 8
Alimentação Carburador
Transmissão
Tração
Tipo Traseira
Freios
Suspensão
Rodas e Pneus
Rodas n/d
Pneus n/d
Dimensões
Tanque (litros) 58
Motor 1.4
Válvulas 8
Transmissão
Tração
Tipo Traseira
Freios
Direção
Suspensão
Dimensões
Capacidades
Tanque (litros) 45
Motor 1.6
Válvulas 8
Alimentação Carburador
Transmissão
Tipo Traseira
Freios
Direção
Suspensão
Rodas e Pneus
Dimensões
Capacidades
Tanque (litros) 58