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FACULDADE UNIFTC

COLEGIADO DE FARMÁCIA
TECNOLOGIA FARMACÊUTICA 2

Produtos estéreis
Lorena Rosa
Objetivos
Compreender o conceito de esterilidade

Conhecer os processos envolvidos na fabricação de produtos estéreis

Resolver problemas com esterilização de produtos farmacêuticos


Problema
A empresa em que trabalha vai produzir um novo produto estéril.
Trata-se de uma forma farmacêutica resistente ao calor e à umidade.
Os componentes da formulação também o são. Considerando o
disposto, escolha um método de esterilização, discorra sobre como
ele é empregado (condições de uso), e os pontos críticos do
processo, os quais devem ser controlados.

Tempo para resolução: 15 minutos


Introdução

Um produto estéril é aquele livre de


microrganimos – vírus, bactérias,
fungos, esporos - viáveis

Aplicação da
Produtos farmacêuticos e esterilização
dispositivos médicos
Preparo
FFs
diversas Líquidos
Semissólidos
Sólidos
Método de esterilização
Tipo de produto
Farmacopeia Brasileira:
Composição
Calor
Quantidade Radiação ionizante
Tipo de embalagem Filtração
Óxido de etileno
Medicamento,
embalagem,
ambos Esterilização terminal x esterilização
não terminal
Outros fatores:
Custo da operação Carga microbiológica
Facilidade de validação inicial → BPF
Treinamento do pessoal
Toxicidade e segurança do método
Danos ao produto e a embalagem
Exemplos
Produto Métodos de esterilização
Soluções injetáveis Vapor, filtração, calor seco
Soluções não injetáveis Vapor e filtração
Preparações oftálmicas Vapor, filtração, calor seco, desinfecção
química
Curativos Vapor, calor sexo, raios gama, óxido de
etileno
Hemostáticos absorvíveis Calor seco
Implantes Calor seco, desinfecção química
Calor
Método mais simples e econômico

Eficiência depende da sensibilidade dos MO ao calor → esporos

Temperatura + tempo de exposição + água

Vapor saturado é mais eficiente


Seco Úmido (vapor)
Estufas com alta T e fluxo de ar /
Pressão + temperatura + vapor
Eficaz para embalagens, óleos e Ciclo típico: 121°C, 15min, 15Psi
gorduras e tecidos especiais
Contato direto
Ciclos de 2h a 160°C
Autoclaves
T > 220°C alcança despirogenização
Variações nos ciclos
devem ser validadas
Forno de ar quente
manta de amianto
Ventilador
Isolamento
Cabines específicas
Fluxo contínuo/lotes
Radiação ionizante Um ou dois lados

Cobalto 60 Identificação de zonas


Césio 137 de máxima e mínima
radiação; dose

Altamente penetrante
Raios γ Baixa reatividade química
Não gera aquecimento
Óxido de etileno
Esterilização gasosa Quarentena para remoção
◦ Termolábeis do gás residual –
◦ Instrumentos etilenocloridrina e
◦ Pós não higroscópicos etilenoglicol

Parâmetros de controle: UR, T e Concentração

Câmaras específicas
Padrão de quarentena:

Exposição limitada
Produtos com uso ou contato cumulativo único, múltiplo ou repetido de até 24 horas;

Exposição prolongada
Produtos com uso ou contato cumulativo único, múltiplo ou repetido de longa duração - de
24 horas a 30 dias;

Contato permanente
Produtos com uso ou contato cumulativo único, múltiplo ou repetido de longa duração -
acima de 30 dias.
Filtração
Processo não terminal → soluções, ar, gases
Diâmetro do poro
< 0,2mm
Exige condições assépticas rigorosas

Líquidos que não


Membranas de múltiplas camadas
podem passar por
◦ Vidro, metal, polímeros
processos terminais

Não pode haver liberação de fibras ou outros materiais


Validação da esterilização
Garantia que o método será capaz de atingir o grau de esterilização
requerido

O produto esterilizado pelo método validado deve alcançar as pré-


especificações

Deve haver revalidação periódica e após alterações de manufatura


Instalação
Qualificação
Validação Operação

Desempenho
Qualificação de instalação

Equipamento Instalação Função

Documentação de que o equipamento de esterilização e seus componentes


foram instalados no local correto, funcionam bem e estão calibrados

Controle dos parâmetros críticos para a esterilização


Qualificação da operação

O equipamento deve ser capaz de operar dentro dos parâmetros e


ciclos estabelecidos

Parâmetros e limites de operação são estabelecidos na definição do


processo
Qualificação do desempenho

Avaliação física e microbiológica para verificar a eficácia e a


reprodutibilidade do processo

• Considera embalagem, temperatura, carga


Testes físicos • Reprodutibilidade em 3 ciclos

Testes • Depende do método


• Reprodutibilidade em 3 ciclos
microbiológicos
Revisão e aprovação da validação
Proceder revisão documentada da validação

◦ Confirmar aceitabilidade do método


◦ Definir especificação do processo
Limitações da esterilização
Danos a embalagem/produtos → calor extremo, pressão, vácuo,
substâncias tóxicas

Alteração do produto → perda de eficácia

Alterações
Riscos próprios de cada método aceitáveis

Esterilidade
aceitável
Referências
AULTON, Michael E.. Aulton delineamento de formas farmacêuticas / Michael E. Aulton , Kevin M. G.
Taylor ; [tradução Francisco Sandro Menezes]. - 4 ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2016

BRASIL. Farmacopeia Brasileira. 6.ed. Volume 1, 2016.

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