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QUAL O INTUITO DE UM FILME?

QUAL A NOSSA PRINCIPAL FERRAMENTA


PARA ALCANÇAR ESTE INTUITO?
"Existe apenas um objetivo: fazer o público querer
saber o que acontece em seguida. Por outro lado,
existe apenas uma falha: fazer a audiência não
querer saber o que acontece em seguida".

E.M.Foster, 1927
THE SEQUENCE APPROACH
Paul Joseph Gulino
“Diferente de outros paradigmas populares, o método das oito sequências foca
em como a audiência vai experienciar a estória e no que o roteirista pode fazer
para melhorar essa experiência. O método das oito sequências dá aos
roteiristas a clareza para entender e manipular a tensão dramática à sua
potência máxima, jogando com a expectativa da audiência e controlando
suas esperanças e medos. “

Andrew W. Marlowe - Apresentação do The Sequence Approach


FACILITA A ESCRITA

MAPA DRAMÁTICO

SUBDIVISÃO EM PARTES MENORES

AJUDA A DISCERNIR A MOTIVAÇÃO E O DRIVE DA PERSONAGEM


VISÃO GERAL X VISÃO ESPECÍFICA

"O grande desafio em escrever um longa-metragem é sustentar


emocionalmente uma audiência por 120 páginas (...) Há muitas técnicas que são
utilizadas pelos escritores para ajudar a escrever os roteiros: escrever um
argumento, sinopse, logline, beatsheet, escaleta, método dos cartões, etc. A
função de todas essas técnicas é fazer permitir aos roteiristas uma visão geral do
seu trabalho enquanto desenvolvem cenas específicas. (....) A divisão de um
longa-metragem em três atos correspondem, geralmente, a uma apresentação
do conflito, desenvolvimento e resolução. É uma forma de dividir a vastidão de
120 páginas em peças digeríveis.”
I ATO – 30 PÁGINAS
II ATO – 60 PÁGINAS
III ATO – 30 PÁGINAS

8 SEQUÊNCIAS COM 15 PÁGINAS

2 SEQ NO ATO I – 4 SEQ NO ATO II – 2 SEQ NO ATO III

1 SEQUÊNCIA = 10-12 CENAS


SEQUÊNCIAS E SUA PRÓPRIA ESTRUTURA INTERNA

“Em efeito, pequenos filmes dentro de um longo filme. Para um bom


resumo, cada sequência possui seus próprios protagonistas, tensões,
ações e resolução - muito parecidamente com a estrutura de um filme por
completo. No entanto, o conflito de uma sequência só é resolvido
parcialmente e ele geralmente se abre para novos pequenos conflitos que
serão desenvolvidos nas sequências seguintes. Esta simples estrutura
ajuda muito a subdividir o trabalho e solucionar as dificuldade do II ato.”
ORIGEM DAS 8 SEQUÊNCIAS

ROLOS DE FILMES ANTIGOS QUE POSSUÍAM 15 MIN

CHEGADA DO CINEMA SONORO

ROLO A + B = PROBLEMA SEQUENCIAL

*
EM 1927 RETOMAM A TEORIA DE ARISTÓTELES DE 3 ATOS
COM SUBDIVISÕES DE 15 MIN
“A noção de um longa-metragem subdividido em oito partes é, assim
como toda a teoria dramática, ligada à psicologia humana. O drama tem
sido uma experiência de 1h30min-3h há 2.500 anos. Aparentemente,
para além dessa temporalidade, as pessoas se sentem incomodadas e
sofrem de déficit de atenção. Ou seja, a subdivisão em oito sequência
fala muito sobre a limitação da atenção humana. Sem a variação de
intensidade que as sequências permitem, a audiência pode encontrar-se
entediada ao invés de excitada com o que vê na tela.”
“Um roteiro bem-sucedido, portanto, é uma peça-viva, no sentido em
que ela trabalha em função de criar expectativa no leitor/espectador.
Como funciona, portanto, esse jogo de antecipação e expectativa? “
TELEGRAFAR * CAUSA PENDENTE * IRONIA DRAMÁTICA * TENSÃO DRAMÁTICA
TELEGRAFAR

MARCAR OU ANUNCIAR
AVISAR AO PÚBLICO O QUE VAI ACONTECER NO FUTURO DA NARRATIVA
ALÉM DE CRIAR EXPECTATIVA, TELEGRAFAR AJUDA A RESUMIR O RELATO.

EM DIÁLOGO / “ME ENCONTRE NO CAFÉ ÀS 7H”


VISUAL / UM PERSONAGEM ARRUMANDO SUA MOTO PARA SAIR

DEADLINE / RELÓGIO EM ANDAMENTO


PRESSÃO DO TEMPO + ENVOLVIMENTO EMOCIONAL DO PÚBLICO

FALSA TELEGRAFAGEM X TWIST


JOGO COM EXPECTATIVA DO ESPECTADOR NÃO CUMPRIDA
CAUSA PENDENTE
MAIS EMOÇÃO QUE TELEGRAFAGEM

NO COMEÇO DO SÉCULO, PRATICAMENTE TODOS OS EVENTOS ERAM LINKADOS POR


CAUSA E CONSEQUÊNCIA. (EXEMPLO PEDIDO DE CASAMENTO).

COM A EVOLUÇÃO DOS FILMES MAIS LONGOS, FOI DESENVOLVIDO TAMBÉM AS


CAUSAS PENDENTES -> QUE SÓ VAI TER EFEITO MAIS TARDE.

PENDÊNCIA NO CÉREBRO DO PÚBLICO (EXEMPLO UM HOMEM QUE PROMETE UM


CASAMENTO)

EXPRESSÃO DE UMA INTENÇÃO, AVISO, AMEAÇA, ESPERANÇA OU MEDO, PREVISÃO DE


FUTURO E QUE NÃO ENTREGA RESPOSTA IMEDIATA AO PÚBLICO.

TUDO A VER COM CURIOSIDADE.

MUITAS VEZES, UMA CAUSA PENDENTE NEM É PERCEBIDA QUANDO ANUNCIADA. O


PÚBLICO SÓ VAI SE DANDO CONTA DO VALOR DE UM AVISO AO LONGO DA NARRATIVA.
IRONIA DRAMÁTICA

TAMBÉM CONHECIDA COMO ONISCIÊNCIA NARRATIVA.

PÚBLICO SABE MAIS QUE O PERSONAGEM -> ANTECIPAÇÃO SOBRE O QUE VAI
ACONTECER.

ANTECIPAÇÃO = TENSÃO IRÔNICA (REVELAÇÃO – INFO PARA PÚBLICO X


RECONHECIMENTO – INFO PARA PERSONAGEM)

EFEITO: SUSPENSE OU CÔMICO

ENRIQUECE A CENA COM DUPLO SENTIDO EM DIÁLOGOS

FERRAMENTE MAIS PODEROSA QUE TELEGRAFAGEM E CAUSA PENDENTE – PODE


SUSTENTAR UM FILME INTEIRO

IRONIA DRAMÁTICA NÃO SÓ ENTRE PÚBLICO E PERSONAGEM, MAS TAMBÉM ENTRE


PERSONAGENS (HITCHCOK)
TENSÃO DRAMÁTICA

FERRAMENTA MAIS PODEROSA DE TODAS.

FERRAMENTA MAIS COMUMENTE UTILIZADA PARA SUSTENTAR O ENVOLVIMENTO


EMOCIONAL DO PÚBLICO – PRINCIPAL TEMA DOS MANUAIS DE ROTEIRO.

“ALGUÉM QUER MUITO ALGO, MAS TEM DIFICULDADE EM CONSEGUI-LO” (FRANK


DANIEL)

É O CAUSADOR DA PERGUNTA DRAMÁTICA – SERÁ QUE ELE VAI OU NÃO CONSEGUIR?

UMA QUESTÃO DE NECESSIDADE TEM 3 PARTES: 1. A COLOCAÇÃO DA PERGUNTA / 2. A


DELIBERAÇÃO SOBRE A PERGUNTA / 3. RESPOSTA À PERGUNTA ->> INTERLIGAÇÃO
ENTRE OS TRÊS ATOS. 4

TENSÃO DRAMÁTICA SEGURA A AUDIÊNCIA NO FUTURO POR CONTA DA EXPECTATIVA


DA RESPOSTA DA PERGUNTA DRAMÁTICA.
TENSÃO DRAMÁTICA

“Entender a tensão dramática como uma composição de três partes ajuda


porque ecoa na subdivisão do trabalho dramático em partes menores ->
sequências e cenas. É importante ressaltar que sequência e cenas
também possuem uma "estrutura em três atos", cada uma interpondo uma
vontade do personagem, um obstáculo, tensão resultando do conflito
entre os personagens e uma resolução, que leva a uma nova tensão.

Entender a tensão dramática em três partes, por sua vez, tem ainda uma
última vantagem: ele vem de encontro à tese de Aristóteles de "ação total"
e que faz com sintamos que o filme é um obra completa e não oito partes
separadas ou então 120 minutos individuais de experiência fílmica (…) é a
tensão que unifica e o que leva o filme a ser sentido como uma soma de
suas partes ("unidade orgânica" nos termos de Aristóteles) “
TENSÃO DRAMÁTICA

A TENSÃO DRAMÁTICA É GERALMENTE RESOLVIDA NÃO NO FIM DO


FILME, MAS NO FIM DE II ATO. NO III ATO, GERALMENTE É
DESENVOLVIDA UMA NOVA TENSÃO DRAMÁTICA, PROVENIENTE
DA RESOLUÇÃO DA PRIMEIRA.

O INTUITO DA TENSÃO DRAMÁTICA É BRINCAR COM A


CURIOSIDADE DO PÚBLICO E FAZ ISSO ATRAVÉS DE UMA FORTE
CONEXÃO PÚBLICO E PERSONAGEM ->> IMPORTÂNCIA DAS
SEQUÊNCIAS INICIAIS DE APRESENTAÇÃO.
COMO AS SEQUÊNCIAS FUNCIONAM

“O método de sequência ajudaram a resolver um problema básico da


escritura dramática: o fato de que o drama é um artifício / invenção, mas
que não funcionará se ele se parecer com um artifício / invenção.

A ação do drama se descobre diante dos olhos da platéia e o equilíbrio


entre parecer espontâneo e parecer que nada vai acontecer, é justamente
a melhor maneira de persuadir o público e convencê-lo que qualquer
resultado / ação que suceda a narrativa é inevitável e, portanto,
satisfatório. Nesse sentido, coincidências na narrativa até são aceitas, mas
quando elas ajudam muito na resolução do seu drama, elas tendem a ser
vistas com desconfiança.

É importante manter em mente que os personagens não sabem o que


lhes vai acontecer, nem sobre o que o filme trata. Para tornar o drama
convincente, deve parecer que o filme é o que é e acontece
independente da vontade ou expectativa dos personagens. “
COMO AS SEQUÊNCIAS FUNCIONAM

“Escrever uma história no método das sequências ajuda a alcançar esses


resultados porque ele propõe muito claramente subdivisões que ajudam
a organizar os níveis de dificuldade do drama. Ao invés de nos (escritores)
perguntarmos, "como um homem apaixonado conquista uma mulher
durante 90 minutos?", a pergunta que se faz é "qual é a forma mais rápida
e fácil desse personagem conquistar aquela garota?".

Geralmente, novos obstáculos inesperados acabam aparecendo após o


personagem tentar resolver da forma mais simples o seu objetivo. Estes
novos obstáculos fazem com o que o personagem seja forçado a ir no
limite das situações.”
QUAL A FUNÇÃO DE CADA UMA DAS OITO SEQUÊNCIAS?
ATO I

A função principal deste ato é apresentar os personagens


principais e seu universo; estabelece o conflito do
protagonista.
SEQUÊNCIA A / 1
A ROTINA – (STATUS QUO E DETONANTE)

É também a chamada “exposição da narrativa”, aponta para o espectador


sobre o que, quem, onde, quando e sob quais circunstâncias esse filme vai
narrar.

Vislumbre sobre a vida do protagonista antes da história começar.

Sequência que vem ANTES do conflito do filme ser introduzido e desviar o


curso da trajetória do protagonista.

Rotina não significa inerte ou tedioso – Exemplo 007.

Em algum ponto da sequência, geralmente ao final dela, temos o PONTO


DETONANTE.
DETONANTE

Momento em que o protagonista encontra com o conflito do filme pela


primeira vez.

Elemento de caos e instabilidade que interrompe a ordem habitual da vida


rotineira do personagem e vai forçá-lo a responder a ele.
SEQUÊNCIA B / 2
CONFLITO

Estabelece a tensão principal do relato e a pergunta dramática -> sustentação


para todo o resto do filme.

Protagonista tentando lidar com o elemento desestabilizador da primeira


sequência.

Quaisquer soluções que o protagonista tente empreender na segunda


sequência o levará para um problema maior, desencadeando na tensão central
da narrativa e que nos levará para o segundo ato.

No fim da sequência 2 (e logo, do Ato I) o protagonista sabe que tem um sério


problema e precisa decidir entre fazer ou não algo a respeito. Esta sequência em
geral encerra com uma tomada de decisão de resolver o problema/conflito -
Primeiro Ponto de Virada.

A Sequência B também pode ser um momento de apontar / apresentar


complicações potentes ou obstáculos que seu personagem precisará enfrentar
ao longo do filme.
ATO II

Desenvolve e intensifica sua história na medida que o


protagonista se debate com o conflito. Os obstáculos e o
esforço para enfrentá-lo aumentam progressivamente até
chegar ao segundo ponto de virada.
SEQUÊNCIA C / 3
O CAMINHO DE MENOR RESISTÊNCIA

Protagonista enfrenta o primeiro obstáculo.

Em geral, ele nega ou escolhe o caminho mais fácil – Ex. Filme de Investigação –
última pessoa que viu a vítima.

No entanto, essa primeira tentativa de resolução, em geral, leva / conduz para


problemas maiores e mais profundos. No fim dessa sequência fica claro para o
protagonista que será necessário um esforço muito maior para resolver (ou sair
do) conflito.

Fracasso ou Sucesso Sucessivo.

Essa sequência também oferece tempo para expor elementos que faltaram no
primeiro ato e também para possivelmente apresentar novos personagens.
SEQUÊNCIA D / 4
TENTE, TENTE DE NOVO, TENTE OUTRA VEZ
(AS TENTATIVAS CONSEQUENTES E O MID POINT)

O protagonista depara com um obstáculo (ou obstáculos) ainda maiores,


forçando-o a decisões limítrofes - princípio de "ação crescente" - o que o conduz
tanto para a possibilidade de solução do problema ou de fracasso total -
primeiro clímax da história (midpont).
PONTO MÉDIO
OU PRIMEIRO CLÍMAX OU 1º PONTO CULMINANTE

Geralmente no meio do Ato II / Fim da 4º sequência, esse é o momento quando


parece que o personagem conseguiu encontrar alguma solução para seu
problema central, e pode ou não ser um fracasso nesse momento.

É vislumbrado aqui uma possibilidade de resposta para a pergunta dramática


central - uma previsão de resolução da história ou o seu completo oposto
(mirror oposite).

É um “clímax menor” do esforço da personagem até agora, e geralmente


aumenta as 'apostas' (o risco), enviando a história para uma direção nova e
possivelmente mais complicada.

Em alguns filmes, o midpoint pode ser tão profundo que inclusive muda
completamente o objetivo do protagonista.
SEQUÊNCIA E / 5
A SEQUÊNCIA DO AMOR (SUBPLOT)

Geralmente marcada por uma complicação imprevista, trazida pelo Midpoint,


que oferece uma nova oportunidade para o personagem principal (se ele
parecer ter sido derrotado após o primeiro ponto culminante) ou um novo
obstáculo (se ele parecer ter conseguido).

Frequentemente, é também um ponto na história em que o personagem precisa


se recolocar e uma subtrama assume a linha principal de ação. Por isso, esse
costuma ser o ponto em que a história de amor (ou alguma outra subtrama)
toma conta por um breve período.

Nesta sequência, o personagem deve descobrir uma nova maneira de atingir


seu objetivo. No final da sequência, em geral, ele elabora um novo plano. O
protagonista por muitas vezes reencontra sua inspiração para seguir aqui.
SEQUÊNCIA F / 6
A COISA MAIS DIFÍCIL A SE FAZER – CONSTRUÇÃO PARA O CLÍMAX

Voltamos à linha de ação principal, com uma sucessão progressiva de


dificuldades para o protagonista. Ele/ ela segue com o plano/estratégia da
sequência 5 e faz a sua tentativa de resolução do conflito mais ambiciosa de
todas.

Todas as forças trabalham sobre ele, pressionando por uma decisão ou ação
final, levando-o ao limite de seus esforços, ou seja, o ponto mais alto deste ato, o
fim da tensão principal e a resposta à questão dramática. Momento em que o
personagem ou resolve totalmente ou resignifica definitivamente sua situação.

Este é o Segundo Ponto de Virada, é a cena (ou série de cenas) que encerra a
tensão principal (e, portanto, o segundo ato), ao mesmo tempo em que ajuda a
estabelecer uma nova tensão para o terceiro ato.

Em muitos filmes o segundo ato termina com um lowpoint, um ponto baixo


(downer) na vida do personagem.
ATO III

Este ato tem uma tensão dramática diferente do


segundo ato. Sua tensão deve surgir no fim do segundo
ato. Por exemplo, um ato de duas tensões pode ser: 'Ele
descobrirá quem matou X?' No final do Segundo Ato, o
detetive pode saber. A tensão do Terceiro Ato seria
então “Agora ele vai pegá-lo?”. Em um filme de assalto, a
tensão do Segundo Ato pode ser: "Eles podem mesmo
tirar o dinheiro do banco?", a tensão do Terceiro Ato
torna-se então: "Eles escaparão com o dinheiro?"
SEQUÊNCIA G / 7
A FALSA RESOLUÇÃO OU NOVA TENSÃO + TWIST

Este é o ponto que nós pensamos que a história vai terminar baseado no que
vimos acontecer no fim do Segundo Ato.

No entanto, situações inesperadas provenientes da resolução do segundo


ponto de virada vem à tona ou outras subtramas / causas pendentes
previamente apresentadas podem trazer novos e maiores problemas, algumas
vezes fazendo o personagem lutar contra seu próprio objetivo.

Em um filme com final feliz, este momento é terrível para o protagonista. Os dois
amantes nunca ficarão juntos. No filme ACONTECEU NAQUELA NOITE (Frank
Capra), ela vai se casar com outra pessoa e ele está voltando para sua antiga
vida de solteiro.

Esta sequência costuma ser ágil, simples, muitas vezes com várias cenas curtas
ao invés de cenas mais elaboradas.

Em geral, esta sequência termina com um twist (uma reviravolta).


TWIST OU REVIRAVOLTA

Um Twist (reviravolta) é uma inesperada mudança de eventos no fim do


Terceiro Ato. Costuma ser imprevisível, mas com lógica dentro da narrativa.

Esta mudança toma a forma (dependendo do resultado do Segundo Ato) de


uma nova oportunidade de obter o que o personagem estava em busca, mas
falhou em alcançar no Segundo Ato, OU um novo obstáculo ou ameaça ao que
o personagem acabou de realizar.

Sem um twist, o Terceiro Ato costuma parecer previsível e não torce as emoções
do espectador.

O CLÍMAX do filme pode estar tanto na reviravolta da sequência 07 como no


início da sequência 08.
SEQUÊNCIA H / 8
A RESOLUÇÃO VERDADEIRA

O drive (impulso) para como a história realmente termina. A instabilidade


provocada pelo incidente incitante é restabelecida e tensão dramática
resolvida.

A reviravolta nos envia ao final, que pode ser: feliz, triste ou agridoce.

Independentemente da complexidade das emoções ou das idéias dos


espectadores sobre o que isso significa, este momento exige nitidez.

Se o personagem principal tomar a decisão A tudo vai se resolver, se tomar a


decisão B tudo vai ruir. Nitidez é a chave.

E esta decisão leva à resolução verdadeira da história, como ela se encerra e


que em geral significa ou simboliza o que a autora/o autor quer dizer com esse
filme.

É uma sequência composta de pequenas cenas, que fecham todas as causas


pendentes e subplots e geralmente dando um momento de mais tranquilidade
para o espectador, onde ele pode retomar o fôlego.

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