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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA COM


ÊNFASE EM AÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS, SALVAMENTOS E DEFESA
CIVIL

O INSTITUTO DA ADVERTÊNCIA E SUA APLICABILIDADE NA


RECLASSIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DAS PRAÇAS NO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

EDSON VIEIRA DE SOUZA


Pós Graduando

AUTOR 2 A DEFINIR

Resumo

O resumo deve, de forma sucinta, em até 250 palavras e para o qual se recomenda parágrafo
único, abordar as principais ideias desenvolvidas no transcurso do artigo ou, em outras
palavras, deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões da pesquisa
realizada. Enfim, o resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas,
afirmativas e não de enumeração de tópicos.
Palavras-chave: Apresentação; Pesquisa; Trabalho Acadêmico.

Abstract
The abstract should summarize up to 250 words and to which a single paragraph is
recommended, to address the main ideas developed in the course of the article or, in other
words, to highlight the objective, method, results and conclusions of the research done.
Finally, the summary should be composed of a sequence of concise, affirmative and non-
topic-phrases.
Keywords: Presentation; Search; Paper.

1 INTRODUÇÃO

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso do Sul é regido por


estatuto, disposto pela Lei Complementar n.º 053, de 30 de agosto de 1990. O referido
estatuto dispõe as bases do sistema militar, como sendo a hierarquia e a disciplina. Para
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regulação da disciplina, é definido que o Regulamento Disciplinar disporá sobre as


transgressões disciplinares, a classificação do comportamento dos militares e quanto a
interposição de recursos contra as penas disciplinares.
O Decreto 1260 de 02 de outubro de 1981, que institui o Regulamento Disciplinar da
Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (RDPM), gradua o comportamento das praças em:
excepcional, ótimo, bom, insuficiente e mau. O decréscimo do grau de comportamento é
definido de acordo com o somatório de punições recebidas durante determinado período de
tempo e a elevação do comportamento se dá pelo transcurso de tempo sem sofrer punições.
As punições disciplinares previstas são de prisão, detenção, repreensão e advertência,
todas têm rito formal definido, com exceção da advertência, que por ser a punição mais
branda, é prevista apenas na modalidade verbal e não pode ser publicada e registrada nas
alterações do militar, assim, resta a dúvida do gestor de pessoal. Por não poder ser publicada e
registrada nas alterações, a advertência possui o condão de rebaixar ou impedir a ascensão do
comportamento da praça?
O comportamento é fator que regula a vida profissional da praça, influi diretamente
na sua progressão profissional e pode ser fator para sua exclusão da corporação. O ingresso
nos cursos de formação para progressão funcional exigem que a praça encontre-se no mínimo
classificada no comportamento BOM, por este motivo, a contagem da advertência como
parâmetro para redução de comportamento pode impedir o acesso do militar ao curso de
formação, consequentemente retirar-lhe o direito à promoção, causando impactos diretos à
carreira e à vida e à família do militar.
Ocorre que pelas características peculiares dadas à advertência, é comum
discordâncias sobre o efetivo uso da advertência como fator que influa no decréscimo ou
elevação do comportamento.
Ocorre que as praças são organizadas em lista única de antiguidade, que define a
hierarquia entre elas, assim, quando uma praça deixa de ser promovida por restrição de
comportamento, é ultrapassada na listagem de antiguidade e se torna mais moderna que os
demais. Desta forma, o tratamento não isonômico do uso da advertência para reclassificação
de comportamento atinge também a hierarquia militar, ferindo um dos pilares do militarismo,
instituídos pelo Estatuto.
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A definição da validade da advertência, como fator de alteração de comportamento, e


em quais circunstâncias e casos poderia ser considerada, é de suma importância para a
manutenção da hierarquia militar e para o tratamento justo e isonômico das praças.

2 O REGULAMENTO DISCIPLINAR

O Decreto 1.260, de 02 de Outubro de 1981 instituiu o Regulamento Disciplinar da


Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul (RDPM), que também é aplicável aos
militares do Corpo de Bombeiros Militar deste Estado.
Conforme consta em seu Art. 1º, o RDPM tem a finalidade de especificar e
classificar as transgressões disciplinares, estabelecer as normas para aplicação das sanções,
definir sua amplitude e a classificação do comportamento policial-militar das praças, assim
como a interposição de recursos contra a aplicação das punições. (MATO GROSSO DO SUL,
1981a).
O Estatuto dos Militares do Estado de Mato Grosso do Sul, publicado em 1990,
recepcionou o RDPM, mantendo suas atribuições originais, conforme prevê o artigo 44:

Art. 44. O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar especificará as transgressões


disciplinares e estabelecerá as normas relativas à amplitude e aplicação das penas
disciplinares, à classificação do comportamento policial-militar e à interposição de
recursos contra as penas disciplinares. (MATO GROSSO DO SUL, 1990)

Definida a competência para prescrever as normas de aplicação das penas


disciplinares, o RDPM traz quais serão as sanções aplicadas e a consequência de cada uma
delas no comportamento da praça, assim, para o presente estudo é importante conhecer a
previsão legal destes dispositivos, conforme faremos.

2.1 AS PUNIÇÕES DISCIPLINARES

Conforme prescreve o Regulamento Disciplinar, as punições disciplinares são


elemento que objetiva o fortalecimento da disciplina militar e devem ter como objetivo o
benefício educativo ao punido e à coletividade a que ele pertence. (MATO GROSSO DO
SUL, 1981a).
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Conforme julgamento da transgressão, as penas passíveis de aplicação são:

 advertência
 repreensão
 detenção
 prisão e prisão em separado
 licenciamento e exclusão a bem da disciplina

Verifica-se que o Regulamento Disciplinar prevê penas das mais brandas até a
máxima pena administrativa possível, que culmina na exclusão ou licenciamento do servidor.
As punições disciplinares são previstas no artigo 23 do Regulamento Disciplinar,
conforme segue:

Art. 23 - as punições disciplinares a que estão sujeitos os policiais-militares,


segundo a classificação resultante do julgamento da Transgressão, São as seguintes,
em ordem de gravidade crescente:
I - advertência;
II - repreensão;
III - detenção;
IV - prisão e prisão em separado;
V - licenciamento e exclusão a bem da disciplina.
Parágrafo único - As punições disciplinares de detenção e prisão não podem
ultrapassar de trinta dias.(MATO GROSSO DO SUL, 1981a).

Importante observar que as penas de advertência e repreensão são institutos distintos,


apesar de serem nomeadas com palavras que são sinônimas nos dicionários. Enquanto a
advertência é feita em caráter apenas verbal, a repreensão é publicada em boletim.
O artigo 24 do Regulamento Disciplinar dispõe sobre as especificidades da
Advertência:

Art. 24 - A advertência e a forma mais branda de punir e consiste na admoestação


feita verbalmente ao transgressor, podendo ser em caráter particular ou
ostensivamente.
§ 1º Quando ostensivamente, poderá ser na presença de superiores, no circulo de
seus pares ou na presença de toda ou parte da OPM.
§ 2º A advertência, por ser verbal, não deve constar das alterações do punido,
devendo, entretanto, ser registrada em sua ficha disciplinar. (MATO GROSSO DO
SUL, 1981a).
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O registro da advertência em ficha disciplinar é feita pois, mesmo não havendo


publicação, pode ser tida como circunstância agravente em futura transgressão, conforme
prevê o Artigo 19:

Art. 19 - São circunstâncias agravantes:


[...]
III - reincidência de Transgressão, mesmo punida verbalmente;

Por sua vez, no artigo 25 é prevista a publicação da Repreensão em Boletim: "Art. 25


- A repreensão e a punição que, publicada em Boletim, não priva o punido da liberdade".
(MATO GROSSO DO SUL, 1981a).
As transgressões disciplinares são classificadas conforme sua gravidade em leves,
médias ou graves, tal graduação é feita pela autoridade a que compete aplicar a punição.
Tendo como base esta classificação, é escolhida a punição que se deve aplicar, com limites
mínimos e máximos definidos pelo regulamento.
O artigo 20 prescreve a graduação da transgressão de acordo com sua gravidade:

Art. 20 - A Transgressão da disciplina deve ser classificada, desde que não haja
causas de justificação, em:
I - Leve;
II - Média;
III - Grave.
Parágrafo único - A classificação da Transgressão compete a quem couber aplicar a
punição, respeitadas as considerações estabelecidas no art. 15. (MATO GROSSO
DO SUL, 1981a).

O artigo 35, em seu inciso I, define os limites mínimos e máximos de punições a


serem aplicadas:

Art. 35 - A aplicação da punição deve obedecer as seguintes normas:


I - A punição deve ser proporcional a gravidade da transgressão, dentro dos
seguintes limites:
a) de advertência até 10 dias de detenção, para a transgressão leve;
b) de detenção até 10 dias de prisão, para a transgressão média;
c) de prisão a punição prevista no artigo 31 deste Regulamento, para a transgressão
grave. (MATO GROSSO DO SUL, 1981a).

Conforme verificou-se, a Advertência é classificada como uma punição a ser


aplicada para transgressões disciplinares de natureza leve, no entanto, possui a especificidade
de não ser publicada em boletim. Veremos agora a previsão legal que classifica o
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comportamento das praças.

2.2 CLASSIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE PRAÇAS

A classificação, reclassificação e melhoria do comportamento são de competência do


Comandante Geral e dos Comandantes de Unidades Bombeiro Militares. Quando uma praça
ingressa na corporação, é automaticamente classificada no comportamento BOM. (MATO
GROSSO DO SUL, 1981a).
Veremos em seguida a previsão de classificação dos comportamentos, a fim de
identificar as características de cada um.

2.2.1 O Comportamento Excepcional

Para o presente estudo é importante dar ênfase ao requisito para ingresso e


permanência do militar no comportamento Excepcional, uma vez que é o mais simples a ser
aferido, ao mesmo tempo que é o que gera maior controvérsia em relação à Advertência.
Conforme dispõe o Artigo 52, I do regulamento:

Art. 52. O comportamento policial-militar das praças deve ser classificado em:
I - Excepcional: quando, no período de 8 (oito) anos de efetivo serviço, não tenha
sofrido qualquer punição disciplinar.
[...]. (MATO GROSSO DO SUL, 1981a).

Conforme visto, o militar ingressa no comportamento Excepcional após passar 08


(oito) anos sem sofrer qualquer punição disciplinar, assim, qualquer punição sofrida tem o
condão de retirar o militar do Excepcional, devendo ser feito seu enquadramento em
comportamento inferior.
Como estudado, o Artigo 23 do Regulamento Disciplinar traz a Advertência como a
mais branda das punições. Mesmo sendo a menos gravoza, não deixa de ser tipificada como
punição, o que em tese impede a progressão para o comportamento Excepcional ou já estando
o militar neste comportamento, enseja a reclassificação para grau inferior.

2.2.2 Os Demais Comportamentos


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As demais classificações de comportamento são: Ótimo, Bom, Insuficiente e Mau.


Observa-se que a transição entre estas classificações depende do somatório das punições
recebidas em um determinado período de tempo, conforme veremos:

Art. 52. O comportamento policial-militar das praças deve ser classificado em:
[...]
II - Otimo: quando no período de 4 (quatro) anos de efetivo serviço tenha sido
punida com até uma detenção.
III - Bom - quando no período de 2 (dois) anos de efetivo serviço tenha sido punida
com até duas prisões.
IV - Insuficiente; quando no período de 1 (um) ano de efetivo serviço tenha sido
punida com até duas prisões.
V - Mau: quando no período de 1 (um) ano de efetivo serviço tenha sido punida com
mais de duas prisões. (MATO GROSSO DO SUL, 1981a).

Desta forma, os comportamentos abaixo do Excepcional são definidos conforme


somatório de detenções e prisões em um determinado período de tempo. Para efetivação do
somatório de punições, o Regulamento traz norma que faz equivalência entre as diversas
punições, para que se possa considerá-las no momento da classificação do comportamento.
Conforme Artigo 55:

Art. 55. Para efeito de classificação, reclassificação e melhoria de comportamento,


tão-somente de que trata este Capítulo:
I - duas repreensões equivalem a uma detenção;
II - quatro repreensões equivalem a uma prisão;
III - duas detenções equivalem a uma prisão. (MATO GROSSO DO SUL, 1981a).

Conforme verificado neste capítulo, as Praças ingressam no Corpo de Bombeiros


Militar no comportamento BOM, com o transcurso do tempo podem ter seu comportamento
elevado ou rebaixado, tendo como parâmetro a ausência de punições ou o somatório das
mesmas. Ainda, as punições possuem equivalência entre si, sendo que o somatório de mais de
uma punição mais branda equivale a uma punição mais grave.

3 A INFLUÊNCIA DO COMPORTAMENTO NA CARREIRA DAS PRAÇAS

As praças são incluídas na Corporação como Alunos a Soldado, com comportamento


classificado como BOM, após concluírem o Curso de Formação são promovidas à graduação
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de Soldado. Durante a carreira, a praça adquire direito às promoções quando cumpre os


requisitos mínimos para ascender à graduação superior. Neste capítulo veremos qual é a
influência prática do comportamento sobre a carreira das praças.

3.1 REQUISITO MÍNIMO PARA PROMOÇÃO

A promoção militar requer o cumprimento de diversos requisitos, como cumprimento


de interstício mínimo na graduação, tempo de serviço, escolaridade, aptidão física, conclusão
de curso de formação ou aperfeiçoamento e, comum a todas as promoções, estar no mínimo
no comportamento BOM. (MATO GROSSO DO SUL, 1990).
Vejamos o que dispõe o Estatuto para as referidas promoções:

Art. 15-A. O acesso do Soldado à graduação de Cabo dar-se-á mediante aprovação


em Curso de Formação de Cabos, condicionado à existência de vagas e ao
preenchimento de interstícios mínimos, concorrendo o Soldado que não possua
impedimentos de ordem legal.
§ 1º O ingresso no Curso de Formação de Cabos dar-se-á mediante seleção interna,
pelos critérios de mérito intelectual e de antiguidade, respeitados os percentuais de
20% (vinte por cento) por mérito intelectual e 80% (oitenta por cento) por
antiguidade, atendidos, ainda, aos seguintes requisitos:
[...]
IV - estar classificado, no mínimo, no comportamento “BOM”; (MATO GROSSO
DO SUL, 1990).

Art. 15-B. O acesso do Cabo à graduação de 3º Sargento dar-se-á mediante


aprovação em Curso de Formação de Sargentos, condicionado à existência de vagas
e ao preenchimento de interstícios mínimos, concorrendo o Cabo que não possua
impedimentos de ordem legal.
§ 1º O ingresso no Curso de Formação de Sargentos dar-se-á mediante seleção
interna, pelos critérios de mérito intelectual e de antiguidade, respeitados os
percentuais de 20% (vinte por cento) por mérito intelectual e 80% (oitenta por
cento) por antiguidade, atendidos ainda aos seguintes requisitos:
[...]
IV - estar classificado, no mínimo, no comportamento “BOM”; (MATO GROSSO
DO SUL, 1990).

Dentre os sargentos, até a última graduação, de subtenente, o comportamento BOM


também é exigido:

Art. 15-E. As promoções na carreira dos Sargentos do Quadro QPPM estão


submetidas à existência de vagas, ao preechimento de interstício mínimo e a outros
requisitos previstos na lei, concorrendo os 3º, 2º e 1º Sargentos QPPM, que não
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possuam impedimentos de ordem legal, pelos seguintes critérios:


I - para 2º Sargento, por antiguidade ou merecimento, o 3º Sargento QPPM que
contar, no mínimo, com quatro anos de efetivo serviço na graduação e
comportamento “bom”;
II - para 1º Sargento, por antiguidade ou por merecimento, o 2º Sargento QPPM que
contar, no mínimo, com dois anos de efetivo serviço na graduação, comportamento
“bom” e aprovação em curso de aperfeiçoamento de Sargento;
III - para Subtenente, por antiguidade ou por merecimento, o 1º Sargento QPPM que
contar, no mínimo, com dois anos de efetivo serviço na graduação e comportamento
“bom”. (MATO GROSSO DO SUL, 1990).

Tendo em vista o exposto, verifica-se que o requisito comum para todas as


promoções das praças é manter no mínimo o comportamento BOM, desta forma, qualquer
punição que tenha o condão de influir no comportamento pode trazer grandes prejuízos à
carreira da praça, impedindo que ingresse nos cursos de formação e obtenha a promoção que
teria direito.

3.2 LICENCIAMENTO OU EXCLUSÃO A BEM DA DISCIPLINA

Conforme já estudado, o Licenciamento e a Exclusão a bem da disciplina são as


punições mais graves a que pode ser submetida a praça.
A Exclusão a bem da Disciplina é pena aplicada às Praças com estabilidade
assegurada e aos Aspirantes a Oficial, para efetivação da exclusão devem ser submetidos ao
Conselho de Disciplina, que tem a finalidade de julgar sua capacidade para permanecerem na
ativa. (MATO GROSSO DO SUL, 1981b).
No âmbito do Conselho de Disciplina, a praça acusada possui o direito de ampla
defesa, sendo possível se manifestar, arrolar testemunhas e produzir provas. O oficial que
formulou a acusação não pode fazer parte do Conselho, sendo o julgamento feito por três
oficiais da corporação a que pertence o acusado.
Observa-se que o Conselho de Disciplina é, em nível administrativo, um órgão
colegiado de julgamento, que submete sua decisão para decisão final do Comandante Geral.
Por outro lado, as praças que não possuem estabilidade assegurada podem sofrer a
pena de Licenciamento, que não é submetido ao Conselho de Disciplina, a pena pode ser
aplicada diretamente pelo Comandante Imediato e o ingresso no comportamento MAU é
elemento norteador para aplicação da pena:
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Art. 31 - O licenciamento e exclusão a bem da disciplina consistem no afastamento,


ex-offício, do policial-militar das fileiras da Corporação, conforme prescrito no
Estatuto dos Policiais-Militares.
§ 1º O licenciamento a bem da disciplina deve ser aplicado a praça sem estabilidade
assegurada, mediante a análise de suas alterações, por iniciativa do Comandante, ou
por ordem das autoridades relacionadas nos incisos I, II e III do artigo 10 quando:
[...]
2) no comportamento mau se verifica a impossibilidade de melhoria de
comportamento, como esta prescrito neste Regulamento; (MATO GROSSO DO
SUL, 1981a).

3.3 ATRIBUIÇÃO DE PONTUAÇÃO PARA PROMOÇÕES

As promoções podem ser realizadas por critérios definidos em decreto que


regulamenta as promoções das praças. Conforme prevê o Artigo 4º do Decreto 5.749, de 10
de maio de 2002:

Art. 4º As promoções serão realizadas pelos critérios de:


I - antigüidade;
II - merecimento;
IV - ato de bravura;
V - post mortem. (MATO GROSSO DO SUL, 2002).

Conforme já verificado, para qualquer promoção, o comportamento no mínimo BOM


é exigido, sendo um fator eliminatório. Para as promoções por merecimento as praças são
classificadas em lista de pontuação.
São atribuídos pontos positivos e negativos que ao final definem a nota do militar,
quanto mais alta a nota, mais chances de promoção por merecimento.
No critério de Conceito Moral e Profissional, são atribuídos pontos para os
comportamentos BOM, ÓTIMO e EXCEPCIONAL, conforme dispõe o Artigo 54 do Decreto
5.749/2002:

Art. 54. No conceito moral e profissional serão atribuídos os seguintes valores:


I - no comportamento militar, 0,30; 0,15 e 0,05 pontos para, respectivamente,
Excepcional, Ótimo e Bom; (MATO GROSSO DO SUL, 2002).

Atingir ou permanecer em comportamento no mínimo BOM é um requisito para o


seguimento regular da carreira das praças, no entanto, atingir comportamentos superiores é
um fator que aumenta a competitividade, possui grande influência pois na última promoção a
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proporção de vagas é de 02 (duas) por merecimento para 01 (uma) por antiguidade, desta
forma, qualquer punição que influa no comportamento da praça pode tirar-lhe pontos
preciosos.

4 A RECLASSIFICAÇÃO E A MELHORIA DE COMPORTAMENTO

Para analisar a aplicabilidade da advertência como elemento que influa na


reclassificação ou na melhoria de comportamento da praça, faz-se necessário estudar a
formalidade exigida pelo Regulamento Disciplinar ao ato de punir.
Além da previsão das punições e das classificações de comportamento, o
Regulamento Disciplinar traz pormenorizado o rito para aplicação da punição e cada um dos
elementos obrigatórios a sua aplicação.

4.1 A PUBLICAÇÃO COMO ELEMENTO INDISPENSÁVEL NA APLICAÇÃO DA


PUNIÇÃO

A publicação dos atos administrativos é um dos princípios fundamentais da


Administração Pública, previsto nas constituições Federal e do Estado de Mato Grosso do
Sul:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...(BRASIL,1988,
on-line, 2023).

Art. 25. A administração pública direta, indireta ou das fundações de qualquer dos
Poderes do Estado obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência. (MATO GROSSO DO SUL,1989, on-line,
2023).

Conforme preleciona Alexandre Mazza, sobre a natureza jurídica da publicação dos


atos gerais, "A corrente majoritária (Hely Lopes Meirelles) sustenta ser condição de eficácia
do ato. Assim, por exemplo, se o governador assina decreto e deixa de enviá-lo para
publicação no Diário Oficial, o ato já existe, embora sem irradiar efeitos...". Mazza (2013).
Em mesmo sentido, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo definem a publicidade
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como elemento para eficácia do ato administrativo:

... a publicidade não está ligada à validade do ato, mas à sua eficácia, isto é,
enquanto não publicado, o ato não está apto a produzir efeitos. Evidentemente, em
um Estado de Direito, é inconcebível a existência de atos sigilosos ou confidenciais
que pretendam incidir sobre a esfera jurídica dos administrados, criando,
restringindo ou extinguindo direitos, ou que onerem o patrimônio público.
Alexandrino e Paulo (2008, p. 200. grifo do autor).

Em seu Capítulo VIII, o Regulamento Disciplinar trata das normas para aplicação e
cumprimento das punições, sendo que a publicação é tida como um dos elementos essenciais
que compreende a aplicação da punição, elemento obrigatório e que a formaliza.
O Artigo 32 traz os elementos obrigatórios na aplicação da punição:

Art. 32 - A aplicação da punição compreende descrição sumária, clara e precisa dos


fatos e circunstâncias que determinaram a transgressão, o enquadramento da punição
e a decorrente publicação em Boletim da OPM. (MATO GROSSO DO SUL,
1981a).

Conforme se verifica, o ato de punir obriga a autoridade competente a descrever os


fatos, enquadrar a transgressão e publicar a punição. O enquadramento é a parte do ato que
determina os elementos da punição e suas consequências, como a punição que será imposta, o
local de cumprimento da punição, seu início e fim e mais importante para este estudo, a
classificação do comportamento da praça, havendo ou não alteração do mesmo.

Art. 32 - A aplicação da punição compreende descrição sumária, clara e precisa dos


fatos e circunstâncias que determinaram a transgressão, o enquadramento da punição
e a decorrente publicação em Boletim da OPM.
[...]
§2º No enquadramento serão necessariamente mencionados:
[...]
f) a classificação do comportamento policial-militar em que a praça punida
permaneça ou ingresse; (MATO GROSSO DO SUL, 1981a).

Ainda no mesmo artigo, em seu parágrafo 3º, é definida a publicação como ato de
formalização da punição:

§ 3º A publicação em Boletim e o ato administrativo que formaliza a aplicação da


punição ou a sua justificação. (MATO GROSSO DO SUL, 1981a).

É possível verificar que para uma punição ser válida e devidamente registrada nos
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assentamentos funcionais (alterações) da praça, deve possuir a devida publicação. Observa-se


que o artigo 32 determina que no ato de enquadramento, a autoridade avalie as alterações
anteriores da praça e projete seu novo comportamento considerando a punição que está
aplicando e informando se ela ingressa em novo comportamento ou permanece no atual.
Conforme visto, a reclassificação do comportamento é realizada no ato de aplicação
da punição, ante o somatório de suas punições anteriores com a atualmente aplicada. Ocorre
aqui um óbice prático à aplicabilidade da advertência como fator que influencie na
classificação de comportamento, uma vez que é na publicação da punição que o novo
comportamento é registrado.
Em exemplo prático, imagine-se uma praça que tenha sido punida com duas prisões
no período de 02 (dois) anos, estando enquadrada no comportamento BOM, conforme Artigo
52, III, do RDPM. Ao receber uma punição de advertência, somaria mais de duas prisões, não
estando mais apta a permanecer no comportamento BOM, no entando, como a advertência
não pode ser publicada, não haveria como efetuar o devido enquadramento e por conseguinte
a reclassificação do comportamento.
Conforme citados doutrinadores, a falta de publicação da advertência não a torna
inválida, a punição existe mas não irradia efeitos, assim, não tem o condão de incidir sobre a
esfera jurídica da praça, restringindo ou extinguindo seus direitos, no entanto, é registrada em
sua ficha disciplinar, para ser considerada como agravante em caso de reincidência.
Observa-se que o RDPM impede a publicação da punição de advertência, não da
reclassificação do comportamento, no entanto, não se pode olvidar que a simples publicação
de texto com a reclassificação do comportamento, sem cumprir as formalidades do artigo 32
do RDPM, fere o princípio da Motivação dos Atos.
Como ensinado por Pietro (2010, p. 111), "O princípio da motivação exige que a
Administração Pública indique os fundamentos de fato e de direito de suas decisões.". Assim,
não é possível rebaixar o comportamento da praça sem motivar este ato, sendo impedida da
publicação da punição de advertência, esta não pode ser publicada como ato motivador da
reclassificação do comportamento.

4.1.1 A Melhoria de Comportamento


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O RDPM prescreve que a melhoria do comportamento é realizada de forma


automática, transcorridos os prazos estabelecidos pelo artigo 52:

Art. 54. A contagem de tempo para melhoria de comportamento, que e automática,


decorridos os prazos estabelecidos no art. 52, começa a partir da data em que se
encerra o cumprimento da punição.

Verifica-se que, conforme estudado, a reclassificação do comportamento é realizada


sempre que a praça sofre uma punição, extrapolando-se os limites de punições de uma
classificação, ingressa na inferior.
A melhoria de comportamento ocorre na condição inversa, pelo decurso do prazo
sem sofrer punições a praça eleva seu comportamento, sendo que é realizada de forma
automática.
Para alcançar o comportamento Excepcional, conforme artigo 52, I do RDPM, a
praça deve transcorrer um período de 08 (oito) anos de efetivo serviço sem sofrer qualquer
punição.
Imaginemos a hipótese de um militar que transcorridos 08 (oito) anos de efetivo
serviço, tenha sofrido apenas uma punição de advertência. Sendo a melhoria de
comportamento automática, para não elevar o comportamento, se faria necessário justificar tal
conduta, sob pena de incorrer em omissão. Ocorre que não havendo qualquer publicação de
punição e nenhum registro nas Alterações (Assentamento Funcional), não parece possível
justificar a omissão em elevar o comportamento da praça ao Excepcional sem de fato publicar
a existência de advertência verbal, o que feriria o artigo 24, §2º do RDPM, uma vez que agora
a advertência passaria a constar nas Alteralções, mas por efeito da publicação que justificativa
a não elevação do comportamento.

4.2 A AUSÊNCIA DE AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO

A Constituição Federal em seu artigo 5º traz os direitos básicos dos cidadãos, o


contraditório e a ampla defesa estão previstos expressamente:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
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seguintes:
[...]
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral
são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes; Brasil (1988).

Observa-se que a Constituição Federal garante o direito ao contraditório e à ampla


defesa nos processos administrativos, no entanto, a advertência, por ser verbal, não admite
que a praça exerça tal direito. Tendo sua sustentação nos pilares da Hierarquia e da Disciplina,
não se admite que a praça se defenda verbalmente de ato do seu comandante, tal conduta
poderia ensejar diversos problemas de ordem disciplinar.

4.2.1 A impossibilidade de apresentação de recurso efetivo

O RDPM prevê a possibilidade da apresentação de recursos contra as punições


disciplinares, são previstos três recursos cabíveis:

 Pedido de Reconsideração de Ato;


 Queixa;
 Representação.

O pedido de reconsideração de ato é interposto mediante requerimento à própria


autoridade que puniu, a fim de que reconsidere seu ato. Por sua vez, a Queixa é recurso feito
após negativa de reconsideração de ato e deve ser direcionada à autoridade imediatamente
superior a que puniu:

Art. 58. A queixa e o recurso disciplinar, normalmente redigido sob forma de ofício
ou parte, interposto pelo policial-militar que se julgue injustiçado, dirigido
diretamente ao superior imediato da autoridade contra quem e apresentada a queixa.
(MATO GROSSO DO SUL, 1981a).

O artigo 60 traz os requisitos para apresentação dos recursos:

Art. 60. A apresentação do recurso disciplinar mencionado no parágrafo único do


art. 56 deve:
I - ser feita individualmente;
II - tratar de caso específico;
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III - cingir-se aos fatos que o motivaram;


IV - fundamentar-se em novos argumentos, provas ou documentos comprobatórios e
elucidativos e não apresentar comentários.
[...]
§ 2º O recurso disciplinar que contrarie o prescrito neste Capítulo é considerado
prejudicado pela autoridade a quem foi destinado, cabendo a esta mandar arquivá-lo
e publicar sua decisão em Boletim, fundamentadamente. (MATO GROSSO DO
SUL, 1981a. grifo nosso).

Como visto, os recursos devem fundar-se em provas, documentos comprobatórios e


elucidativos, sem tais elementos a apreciação do recurso é inviabilizada e o mesmo é
arquivado. Ocorre que a formalização de um recurso com a junção de tais elementos é
inviabilizada quando não se possui sequer o ato formal de aplicação da punição. Sem a
referida publicação, não há sequer como a praça expor à autoridade superior os elementos da
aplicação da punição que vem recorrer, não sendo possível garantir a efetividade do recurso.

4.2.2 Da Inexistência de Termo Inicial para Recurso

Conforme prescreve o RDPM, o Pedido de Reconsideração de Ato é o primeiro


recurso a ser apresentado. A não apresentação deste pedido obsta a apresentação da Queixa,
que levaria as razões recursais pela primeira vez à apreciação de autoridade superior à que
puniu.
Prescreve o artigo 57, §2º que a o Pedido de Reconsideração de Ato é cabível em até
dois dias úteis após a praça tomar conhecimento oficialmente dos fatos que motivaram a
punição:

Art. 57. A reconsideração de ato e o recurso interposto mediante requerimento, por


meio do qual o policial-militar, que se julgue, ou julge subordinado seu, prejudicado,
ofendido ou injustiçado, solicita a autoridade que praticou o ato, que reexamine sua
decisão e reconsidere seu ato.
[...]
§ 2º O pedido de reconsideração de ato deve ser apresentado no prazo máximo de
dois dias úteis, a contar da data em que o policial-militar tomar oficialmente
conhecimento dos fatos que o motivaram. (MATO GROSSO DO SUL, 1981a. grifo
nosso).

Sendo a Advertência punição de caráter verbal, não ocorre a formalização do ato


com a publicação, desta forma, não ocorre o conhecimento oficial da aplicação da punição,
não sendo possível firmar o termo inicial para apresentação do Pedido de Reconsideração de
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Ato.
Importante lembrar que o RDPM prescreve que a formalização da punição se dá com
a publicação em Boletim, conforme artigo 32, §3º:

§ 3º A publicação em Boletim e o ato administrativo que formaliza a aplicação da


punição ou a sua justificação. (MATO GROSSO DO SUL, 1981a).

A inexistência de formalização da punição e a exigência de ciência oficial para


apresentação do primeiro recurso traz a questionamento não apenas qual seria o termo inicial
para contagem de prazo recursal, mas também, se a norma prevê a possibilidade de
apresentação de recursos contra a Advertência.

5 O PRINCÍPIO DA SIMETRIA DAS NORMAS

A Constituição Federal, em seu artigo 25 prevê o que a doutrina chama de Princípio


de Simetria das Normas, tal princípio é o que exige que os Estados, Distrito Federal e os
Municípios sigam em suas Constituições e Leis Orgânicas os preceitos presentes na
Constituição Federal.

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que


adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por
esta Constituição. Brasil (1988).

Não apenas em relação às disposições constitucionais, o Tribunal de Justiça do


Estado de Mato Grosso do Sul (TJMS) possui jurisprudência no sentido de que as normas
estaduais que regulam os servidores militares devem ser simétricas às normas que regulam os
militares das Forças Armadas.
Conforme julgado, decidem os desembargadores negar direito previsto no Estatuto
dos Militares Estaduais por não haver previsão na lei federal:

Os Estados membros têm o direito autônomo de organizar suas polícias


militares, desde que o façam observando a limitação decorrente de lei federal,
que no caso se refere à Lei n. 6.880/80 Estatuto dos Militares.
Ocorre que no referido estatuto não há nenhuma menção sobre a morte ficta do
policial militar ao ser excluído da corporação, a qual se encontra descrita no art. 117
da Lei Complementar 53/90.
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Constata-se, portanto, a ilegalidade do 2º do art. 117 da Lei n. 53/90, decorrente da


afronta ao princípio da simetria, o qual decorre da incompatibilidade com lei federal
que trata do mesmo assunto.
Com efeito, a LCE n. 53/90 estabelece o pagamento de pensão não prevista na lei
federal que regulamenta de forma geral o assunto, o que impõe a declaração de
ilegalidade daquela norma, impedindo a concessão da pensão requerida pelos
apelantes.
Posto isso, nega-se provimento ao recurso. (MATO GROSSO DO SUL, 2005. grifo
nosso).

Em mesmo sentido e com mesmos fundamentos, o TJMS julgou improcedente


pedido de promoção por motivo de transferência para reserva de militar estadual por não
haver previsão de tal benefício na legislação federal. Assim se pronunciando o relator,
desembargador Julizar Barbosa Trindade:

Assim, revelam-se ilegais os artigos 47, § 1º e 57 da LCE 53/90 com a redação dada
pela LCE 68/93, visto que ampliam os direitos dos policiais e bombeiros
militares em relação às forças armadas, contrariando o disposto nos artigos 62,
da Lei 6.880/80 e 24 do Decreto-lei nº 667/69 que reorganizam a Polícia e o
Corpo de Bombeiros Militares dos Estados, Territórios e do Distrito Federal,
cujas regras foram recepcionadas pela Constituição Federal e que consideram essas
corporações forças auxiliares e reserva do Exército. A Lei 6.880/80 (Estatuto dos
Militares) em seu art. 62, determina expressamente: Não haverá promoção de militar
por ocasião de sua transferência para a reserva remunerada ou reforma. No mesmo
sentido, o artigo 24 do Decreto-lei 667/69 impede sejam concedidos aos policiais
militares condições ou benefícios superiores àqueles atribuídos ao contingente das
Forças Armadas. (MATO GROSSO DO SUL, 2014. grifo nosso).

5.1 O REGULAMENTO DISCIPLINAR DO EXÉRCITO

O Decreto-Lei nº 667, de 02 de julho de 1969, reorganiza as Polícias Militares e os


Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e do Distrito Federal, traz normas de caráter geral
e dá disposições quanto aos Regulamentos Disciplinares das forças Policiais Estaduais.
Em seu Artigo 18, redação original 1, é definido que as Polícias Militares terão
Regulamento Disciplinar redigido à semelhança do Regulamento Disciplinar do Exército
(RDE):

Art 18. As Polícias Militares serão regidas por Regulamento Disciplinar redigido à
semelhança do Regulamento Disciplinar do Exército e adaptado às condições

1
O referido artigo foi alterado pela Lei nº 13.967, de 26 de dezembro de 2019, que teve sua
inconstitucionalidade formal e material declarada pelo Supremo Tribunal Federal em sede de
julgamento da ADI 6595, disponível em: https://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?
id=15352530922&ext=.pdf.
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especiais de cada Corporação. (BRASIL, 1969).

Em regulamentação ao citado Decreto-Lei, foi publicado o Decreto nº 88.777, de 30


de setembro de 1983, conhecido como R-200, que também exige que os Corpos de Bombeiros
sigam os preceitos gerais do Regulamento Interno dos Serviços Gerais (RISG) e do
Regulamento Disciplinar do Exército:

Art . 44 - Os Corpos de Bombeiros, à semelhança das Polícias Militares, para que


passam ter a condição de "militar" e assim serem considerados forças auxiliares,
reserva do Exército, têm que satisfazer às seguintes condições:
[...]
4) possuírem uniformes e subordinarem-se aos preceitos gerais do Regulamento
Interno e dos Serviços Gerais e do Regulamento Disciplinar, ambos do Exército, e
da legislação específica sobre precedência entre militares das Forças Armadas e os
integrantes das Forças Auxiliares; (BRASIL 1983).

Conforme exposto, as normas aplicáveis aos Bombeiros Militares devem ter simetria
com as normas aplicadas aos militares das Forças Armadas, por previsão expressa do Decreto
Lei 667/69 e do R-200, ainda, esta necessidade é reconhecida pela jurisprudência do TJMS.
Em análise ao RDE, verifica-se que a norma vigente foi publicada no ano de 2002,
após a publicação do RDPM, que foi publicado em 1981, o Regulamento Disciplinar do
Exército vigente à época da publicação do RDPM foi publicado no ano de 1977, pelo Decreto
79.9852, de 19 de junho daquele ano.
Observa-se que o RDPM foi produzido à semelhança do RDE vigente à época de sua
criação, possuindo o mesmo texto e os mesmos dispositivos, adaptando-se à realidade da
Polícia Militar. Ocorre que o RDE foi atualizado e republicado pelo Decreto 90.608, de 04 de
dezembro de 1984.
No novo texto, o RDE traz especificações mais precisas quando a aplicação da pena
de advertência, citemos os artigos 32, §4º e 50, §5º:

Art 32 - A aplicação da punição compreende uma nota de punição (Anexo II -


Modelos) e a decorrente publicação no boletim interno da OM.
[...]
4º - Publicação em Boletim Interno - é o ato administrativo que formaliza a
aplicação da punição ou a sua justificação; as punições, exceto a advertência,
serão publicadas em boletim e constarão das alterações do punido. (BRASIL,
1984. grifo nosso).

2
Disponível em: https://legis.senado.leg.br/norma/502625/publicacao/15671744
20

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Art 50 - O comportamento militar das praças espelha o seu procedimento civil e


militar sob o ponto de vista da disciplina.
[...]
§ 5º - A advertência não será considerada para fins de classificação de
comportamento. (BRASIL, 1984. grifo nosso).

Conforme verificado, o novo RDE traz expressamente a previsão de não publicação


da advertência e mais importante, prevê que sua aplicação não é considerada para fins de
classificação de comportamento.
O RDE vigente atualmente foi publicado pelo Decreto 4346, de 26 de agosto de
2002, trazendo as mesmas previsões de seu antecessor:

Art. 34. A aplicação da punição disciplinar compreende:


[...]
II - publicação no boletim interno da OM, exceto no caso de advertência; e
[...]
§ 4o A publicação em boletim interno é o ato administrativo que formaliza a
aplicação das punições disciplinares, exceto para o caso de advertência, que é
formalizada pela admoestação verbal ao transgressor. (BRASIL, 2002. grifo
nosso).

Art. 51. O comportamento militar da praça abrange o seu procedimento civil e


militar, sob o ponto de vista disciplinar.
[...]
§ 5o A advertência e o impedimento disciplinar não serão considerados para
fins de classificação de comportamento. (BRASIL, 2002. grifo nosso).

Conforme exposto, o princípio da simetria das normas preceitua que a norma


estadual deve seguir os parâmetros ditados pela norma federal que trata do mesmo assunto.
Observa-se que o RDPM foi produzido no ano de 1981 em simetria com o RDE de 1977, no
entanto, encontra-se desatualizado desde 1984, quando houve a primeira atualização do RDE,
que trouxe previsão expressa da inaplicabilidade da advertência para classificação de
comportamento.

6. CONCLUSÃO
A conclusão de uma pesquisa precisa resumir o conteúdo e o propósito do trabalho.
21

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CBMMS: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso do Sul


OPM: Organização Policial Militar
QPPM: Quadro de Praças da Polícia Militar
RDE: Regulamento Disciplinar do Exército
RDPM: Regulamento Disciplinar da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul
RISG: Regulamento Interno dos Serviços Gerais
TJMS: Tribinal de Justiça de Mato Grosso do Sul
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REFERÊNCIAS

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Paulo: Método, 2008. 744 p.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em:
26 fev. 2023.

BRASIL. Decreto Lei nº 667, de 02 de julho de 1969. Reorganiza As Polícias Militares e Os Corpos de
Bombeiros Militares dos Estados, dos Território e do Distrito Federal, e Dá Outras Providências.
Brasília, DF, 02 jul. 1969. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0667.htm.
Acesso em: 06 mar. 2023.

BRASIL. Decreto nº 4346, de 26 de agosto de 2002. Aprova O Regulamento Disciplinar do Exército (R-
4) e Dá Outras Providências. Brasília, DF, 27 ago. 2002. Disponível em:
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BRASIL. Decreto nº 88777, de 30 de setembro de 1983. Aprova O Regulamento Para As Policias


Militares e Corpos de Bombeiros Militares (R-200). Brasília, DF, 04 out. 1983. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D88777.htm. Acesso em: 06 mar. 2023.

BRASIL. Decreto nº 90.608, de 04 de dezembro de 1984. Aprova O Regulamento Disciplinar do


Exército (R-4) e Dá Outras Providências. Brasília, DF, 05 dez. 1984. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D90608.htm. Acesso em: 05 mar. 2023.

MATO GROSSO DO SUL (Estado). Constituição (1989). Constituição Estadual nº 1, de 05 de outubro de


1989. Constituição do Estado de Mato Grosso do Sul. Disponível em:
http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/70445. Acesso em: 24 fev. 2023.

MATO GROSSO DO SUL (Estado). Decreto nº 10769, de 09 de maio de 2002. Dispõe Sobre A
Regulamentação de Promoções de Praças das Corporações Militares do Estado de Mato Grosso do
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MATO GROSSO DO SUL (Estado). Decreto nº 1260, de 02 de outubro de 1981. Dispõe Sobre O
Regulamento Disciplinar da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, e Dá Outras Providências. Campo
Grande, MS, 05 out. 1981. n. 685, p. 21-32. Disponível em:
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Acesso em: 23 fev. 2023.

MATO GROSSO DO SUL (Estado). Decreto nº 1261, de 02 de outubro de 1981. Dispõe, na Polícia
Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, Sobre O Conselho de Disciplina, e da Outras Providências.
Campo Grande, MS, 05 out. 1981. n. 685, p. 32-33. Disponível em:
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MATO GROSSO DO SUL (Estado). Lei Complementar nº 53, de 30 de agosto de 1990. Dispõe Sobre O
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Estatuto dos Policiais Militares de Mato Grosso do Sul, e Dá Outras Providências. Campo Grande,
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MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. Livro Digital
Epub.

PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 876 p.
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................1

2 O REGULAMENTO DISCIPLINAR.....................................................................................3

2.1 AS PUNIÇÕES DISCIPLINARES......................................................................................3

2.2 CLASSIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE PRAÇAS............................................6

2.2.1 O Comportamento Excepcional.........................................................................................6

2.2.2 Os Demais Comportamentos.............................................................................................7

3 A INFLUÊNCIA DO COMPORTAMENTO NA CARREIRA DAS PRAÇAS....................8

3.1 REQUISITO MÍNIMO PARA PROMOÇÃO......................................................................8

3.2 LICENCIAMENTO OU EXCLUSÃO A BEM DA DISCIPLINA.....................................9

3.3 ATRIBUIÇÃO DE PONTUAÇÃO PARA PROMOÇÕES...............................................10

4 A RECLASSIFICAÇÃO E A MELHORIA DE COMPORTAMENTO..............................11

4.1 A PUBLICAÇÃO COMO ELEMENTO INDISPENSÁVEL NA APLICAÇÃO DA


PUNIÇÃO.................................................................................................................................11

4.1.1 A Melhoria de Comportamento.......................................................................................14

4.2 A AUSÊNCIA DE AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO..........................................15

4.2.1 A impossibilidade de apresentação de recurso efetivo....................................................16

4.2.2 Da Inexistência de Termo Inicial para Recurso...............................................................17

5 O PRINCÍPIO DA SIMETRIA DAS NORMAS..................................................................18

5.1 O REGULAMENTO DISCIPLINAR DO EXÉRCITO.....................................................19

6. CONCLUSÃO......................................................................................................................21

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS...............................................................................22

REFERÊNCIAS........................................................................................................................23
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