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Intervenção Fisioterapêutica III

Intervenção Fisioterapêutica III


Professora Sabrina Michels Muchale

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Intervenção Fisioterapêutica III

AULA 1: Modalidades de Assistência ao Idoso no contexto


interdisciplinar e intervenções fisioterapêuticas 4
INTRODUÇÃO: 4
Diretrizes da Política Nacional de Saúde do Idoso: 4
1. FAMÍLIA NATURAL 5
2. FAMÍLIA ACOLHEDORA 5
3. REPÚBLICA 5
4. CASA LAR 6
5. RESIDÊNCIA TEMPORÁRIA 6
Sumário 6. CENTRO DE CONVIVÊNCIA 6
7. CENTRO DIA 7
8. INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI) 7
9. ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA 9
AULA 2: Finitude e Cuidados Paliativos 10
INTRODUÇÃO: 10
FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS: 12
AULA 3: Introdução em Oncogeriatria e
Abordagem Fisioterapêutica 13
INTRODUÇÃO 13
CÂNCER x TUMOR 13
FATORES DE RISCO PARA CÂNCER 14
CÂNCER X ENVELHECIMENTO 14
FISIOTERAPIA NO CÂNCER – FISIOTERAPIA ONCO-FUNCIONAL 16
AULA 4: Incontinência Urinária e Aspectos Gerontológicos 17
INTRODUÇÃO 17
INCONTINÊNCIA URINÁRIA E ENVELHECIMENTO 18
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO E ABORDAGEM GERONTOLÓGICA 19
AULA 5: Abordagem Fisioterapêutica nas doenças neurológicas
– Doença de Parkinson e Acidente Vascular Encefálico 22
DOENÇA DE PARKINSON 22
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO E ABORDAGEM
GERONTOLÓGICA NA DOENÇA DE PARKINSON 23
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO E ABORDAGEM GERONTOLÓGICA 25
AULA 6: Utilização Eletro, Foto e Termoterapia como
recursos terapêuticos em Gerontologia 25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 27

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AULA 1: Modalidades de Assistência Nesta aula, vamos expor as modalidades de assistência


ao idoso, as características e o papel da fisioterapia em
ao Idoso no contexto interdisciplinar e
cada uma, bem como oferecer ao aluno recursos para
intervenções fisioterapêuticas análise das condições de cuidados mais adequadas para
cada caso individual.
INTRODUÇÃO:
Diretrizes da Política Nacional de Saúde do Idoso:
Nos últimos anos a sociedade vem percebendo a
necessidade de ampliar as formas de assistir o idoso no - Promoção de um envelhecimento saudável;
que diz respeito à saúde, à vida social e à moradia. Isso - Manutenção da capacidade funcional;
vem ocorrendo porque o indivíduo tem vivido por mais - Assistência às necessidades da saúde do idoso –
tempo e é acompanhado por doenças crônicas o que pode humanização no atendimento;
gerar, principalmente, prejuízos físicos e/ou cognitivos que - Reabilitação da capacidade funcional comprometida;
o tornam dependentes de cuidado. - Capacitação de recursos humanos especializados;
- Apoio ao desenvolvimento de cuidados informais.
Antigamente a figura feminina na família era a chave
do cuidado. Ou seja, a mulher, em geral, era criada já Para atender as diretrizes do estatuto do idoso são
sabendo que se tornaria cuidadora de seus pais. Até porque necessárias medidas que englobam:
não era incomum a mulher jovem e de meia idade ter
tempo disponível para esse tipo de atividade. No entanto, - Atenção à família e ao cuidador;
com a necessidade de inserção da mulher no mercado de - Socialização / inserção social / convivência;
trabalho, o papel feminino não é mais o mesmo diante - Estímulo a atividades (profissional, educacional, ma-
de seus familiares. Houve uma diminuição da quantidade nual, esportiva);
de filhos por casal, diminuindo o número de pessoas que - Programas de orientação e encaminhamento;
poderiam cuidar dos idosos da família. Isso é agravado - Atenção básica à saúde;
ainda mais quando se trata de casais sem filhos. Além - Prevenção de incapacidades e dependência; etc...
disso, a mulher que antes cuidaria de seus pais, agora
não tem mais tempo, pois está inserida no mercado de Assim os serviços direcionados às pessoas idosas
trabalho. podem ser divididos em: 1. Serviços Sociais; e 2. Serviços
de Saúde.
Com toda essa transformação na sociedade e com
o aumento de idosos com prejuízos funcionais , vê-se a Os Serviços Sociais são voltados às soluções das ne-
necessidade de criar novas formas de oferecer cuidados e cessidades básicas relacionadas, geralmente, às dificulda-
discutir as já existentes a fim de melhorá-las. des financeiras, à moradia e abandono. Alguns exemplos
podem ser citados: Grupo de Terceira Idade, Centro de
Atendendo à regulamentação da Política Nacional do Convivência, Casa Lar e República para Idosos. No entan-
Idoso (PNI), Lei 8842 de 4 de janeiro de 1994, e o Estatuto to, há estreita relação entre o prejuízo sócio-econômico
do Idoso, Lei 10.741, de outubro de 2003, foram criadas que o indivíduo possui e incapacidades físicas, cognitivas e
normas de funcionamento de serviços de atenção ao funcionais. Portanto, uma modalidade de assistência cujo
idoso no Brasil (Portaria no. 73, de 10 de maio de 2001 da enfoque principal é a questão da moradia e do convívio
Secretaria de Estado de Assistência Social), cuja divisão e social, também há a necessidade de ações de promoção
organização são apresentadas adiante. da saúde.

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Os Serviços de Saúde possuem uma complexidade Os objetivos dessa modalidade são:


maior de redes de ações, sendo voltados, principalmente,
à prevenção da incapacidade funcional dos idosos. A - oferecer uma suplementação financeira à família
assistência à saúde possui início já na atenção primária, que não tem condições de prover as necessidades
ou seja, desde a acolhida nas Unidades Básicas de Saúde, básicas do idoso;
com foco na orientação, vacinação e exames preventivos. - manter a autonomia do idoso para que possa per-
manecer vivendo em sua residência por maior tem-
Para oferecer uma melhor assistência ao idoso é po possível;
necessária a parceria entre os Serviços Sociais e de Saúde, - fortalecer os vínculos familiares e sociais;
juntamente com integração entre governo, sociedade e - estimular hábitos saudáveis com respeito à higiene,
família. Dessa forma, as formas de assistência ao idoso a alimentação, prevenir quedas ou acidentes;
foram assim divididas e denominadas: - prevenir situações de carência.

- Família Natural;
- Família Acolhedora;
2. FAMÍLIA ACOLHEDORA
- Residência Temporária;
É a assistência prestada ao idoso independente ou com
- Centro dia;
limitações nas atividades de vida diária, sem família ou
- Centro de Convivência;
impossibilitado do convívio com a mesma, ou em situação
- Casa Lar;
de abandono.
- República;
- Instituição de Longa Permanência para Idosos;
O idoso recebe abrigo, atenção e cuidados de uma fa-
- Assistência Domiciliária.
mília cadastrada e capacitada para oferecer este assistên-
cia, a qual é mantida sob a contínua supervisão dos órgãos
As modalidades de assistência apóiam-se predominan-
gestores.
temente no grau de dependência funcional, financeira e
social do idoso.
3. REPÚBLICA
Para facilitar a compreensão, também é possível dividir
as modalidades de acordo com os locais em que são ope- É uma alternativa de residência para idosos indepen-
racionalizadas: dentes, organizada em grupos, conforme o número de
usuários. Geralmente é financiada com recursos da própria
- Ambiente Domiciliar: família natural, família acolhedo- aposentadoria, renda vitalícia, enfim, como recursos dos
ra, assistência domiciliária e república; próprios idosos.
- Ambiente Institucional: residência temporária e insti-
tuição de longa permanência; O objetivo desta modalidade é: proporcionar ao idoso
- Ambiente Comunitário: centro de convivência, casa- integração social e participação efetiva na comunidade.
-lar e centro-dia.
Perfil do idoso que geralmente se encontra nesta mo-
1. FAMÍLIA NATURAL dalidade: deve ser independente para poder realizar as
atividades comunitárias e de manutenção do local, como
É a assistência prestada ao idoso independente, pela limpeza, comida, etc...
sua própria família, no seu próprio domicílio. A finalidade
dessa assistência é manter sua autonomia e vínculo com
familiares e comunidade.

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trabalhar de modo a preparar o idoso para o próximo local


4. CASA LAR
de moradia, seja a própria residência, a de um familiar, ou
uma ILPI (ver adiante). São eles:
É uma alternativa de atendimento que proporciona
uma melhor convivência do idoso com a comunidade, con-
- Manter capacidade funcional;
tribuindo para sua maior participação, interação e autono-
- Prevenir perda de autonomia;
mia. É uma residência participativa destinada a idosos que
- Estimular socialização;
estão sós ou afastados do convívio familiar e com renda
- Manter idoso o mais ativo possível;
insuficiente para sua sobrevivência.
- Reabilitar indivíduos com dificuldades específicas;
- Minimizar os riscos;
Além do espaço físico e do serviço de manutenção con-
tar com a participação efetiva dos idosos, essa modalidade
Equipe técnica: médico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo,
também conta com equipe técnica composta por assisten-
terapeuta ocupacional, psicólogo, pedagogo, assistente
te social, cozinheiro e cuidadores. É gerida por organiza-
social, farmacêutico, odontólogo, nutricionista, enfermeiro,
ções governamentais e não-governamentais, em parceria
auxiliares de enfermagem e cuidadores.
com Ministério da Previdência e Assistência Social, Ministé-
rio da Saúde, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde,
Assistência Social, universidades, voluntários, e outros.
6. CENTRO DE CONVIVÊNCIA
Consiste no fortalecimento de atividades associativas,
O objetivo desta modalidade é: propiciar condições de
produtivas e promocionais, contribuindo para autonomia,
moradia de acordo com as condições econômicas do idoso.
envelhecimento ativo e saudável, prevenção de isolamen-
to social e aumento de renda própria;
Perfil do idoso que geralmente se encontra nesta mo-
dalidade: independente ou semi-independente com habili-
O objetivo dessa modalidade é: promover o encontro
dades para a vida em grupo e integração com a sociedade;
de idosos e de seus familiares, por meio do desenvolvi-
mento de atividades planejadas que favoreçam a melhoria
Nas quatro modalidades acima citadas, o papel da fi-
do convívio com a família e a comunidade.
sioterapia se dá mediante a condição funcional do idoso,
atendendo fundamentalmente aos objetivos da fisioterapia
Atividades desenvolvidas:
no ambiente domiciliar (ver adiante).

- atividade física;
5. RESIDÊNCIA TEMPORÁRIA - artesanato;
- jogos;
O objetivo dessa modalidade é: oferecer cuidados es- - atividades sociais (bailes, festas, viagens);
peciais a idosos após alta hospitalar devido a alguma di- - educação (alfabetização, aulas de computação,
ficuldade temporária, cuja permanência máxima é de 60 aulas de pintura, etc...)
dias.
Perfil do idoso que geralmente se encontra nesta mo-
Perfil do idoso que geralmente se encontra nesta mo- dalidade: independente.
dalidade: idosos dependentes ou semi-dependentes.
Os objetivos do fisioterapeuta no centro de convivên-
Os objetivos do fisioterapeuta nesta modalidade cia:
geralmente são de curto prazo, dependendo da
especificidade de cada caso. Mas o profissional deve

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- Manter capacidade funcional; Desvantagens da modalidade para o idoso:


- Prevenir perda de autonomia;
- Estimular socialização; - não oferece atendimento ao idoso totalmente
- Manter idoso o mais ativo possível; incapacitado.
- Orientações gerais
- Orientações para o domicílio; Objetivos do fisioterapeuta no centro-dia:
- Educação em saúde; etc...

- Manter capacidade funcional;


As atividades da fisioterapia são realizadas em grupo,
- Prevenir perda de autonomia;
sempre focando a prevenção de distúrbios comuns no
- Estimular socialização;
envelhecimento, manutenção da saúde física e mental,
- Manter idoso o mais ativo possível;
socialização e educação/orientação em saúde.
- Reabilitar indivíduos com dificuldades específicas;
- Minimizar os riscos;
7. CENTRO DIA - Orientações para o domicílio;
- Orientações para o cuidador; etc...
É um programa de atenção ao idoso no período diurno
que proporciona o atendimento das necessidades básicas;
As atividades da fisioterapia são realizadas em grupo
ou individualmente, sempre focando a prevenção de
O objetivo dessa modalidade é: prestar atendimento
distúrbios comuns no envelhecimento, manutenção da
nas áreas da saúde, lazer, atividades ocupacionais e de
apoio sócio-familiar. saúde física e mental, socialização e educação/orientação
em saúde. Além disso, o fisioterapeuta deve avaliar o

Perfil do idoso que geralmente se encontra nesta mo- idoso, junto com a equipe interdisciplinar, para planejar a
dalidade: idosos sem incapacidades importantes. intervenção de acordo com suas necessidades individuais.

Obs.: O familiar / cuidador leva o idoso no centro dia 8. INSTITUIÇÃO DE LONGA


no período da manhã ou em um horário pré-determinado
PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI)
e o busca no final do dia. Desta forma, é possível que o fa-
miliar realize suas atividades cotidianas enquanto o idoso
Antigamente os idosos que não possuíam família e/ou
está sob os cuidados da equipe do centro dia. E o vínculo
recursos para sua subsistência eram recolhidos em asilos
familiar é preservado, pois o idoso passa a noite em casa
(abrigos, albergues, refúgio...), locais que não eram espe-
junto com sua família.
cíficos para idosos.

Equipe técnica: médico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo,


ILPI é um atendimento integral institucional ao idoso
terapeuta ocupacional, psicólogo, pedagogo, assistente
social, farmacêutico, odontólogo, nutricionista, enfermei- que oferece serviços nas áreas social, psicológica, médica,

ro, auxiliares de enfermagem e cuidadores. de enfermagem, de fisioterapia, de terapia ocupacional, de


odontologia e outras, conforme as necessidades específi-
Vantagens da modalidade para o idoso: cas dos idosos.

- mantém o idoso junto à família; O local físico deve ser equipado para proporcionar os
- oferece ao cuidador e/ou familia oportunidade cuidados adequados aos idosos, em regime de internato,
de exercer atividades laborais e de autocuidado; mediante pagamento ou não (privadas, públicas, filantró-
- evita a institucionalização do idoso. picas ou mistas), por período indeterminado.

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Deve dispor de profissionais capacitados para atender - idoso que não possui familiares e que possam
às necessidades de assistência social, saúde, alimentação, cuidar;
higiene, repouso, lazer e outras atividades que garantam a - maus tratos;
qualidade de vida dos usuários. - possibilidade de socialização e convívio com ou-
tros de sua geração;
Equipe técnica interdisciplinar: médico, fisioterapeuta, - acesso a cuidados adequados; etc...
fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, pedago-
go, assistente social, farmacêutico, odontólogo, nutricio-
Desvantagens dessa modalidade:
nista, profissional da educação física, enfermeiro, auxilia-
res de enfermagem e cuidadores.
- perda de autonomia e independência;
- depressão;
Perfil do idoso que geralmente se encontra nesta mo-
- isolamento;
dalidade: é mais comum encontrar os idosos dependentes
- diminuição de contato com familiares e risco de
e dementados (principalmente no Brasil). Mas pode abri-
abandono; etc...
gar idosos independentes também.

Uma ILPI pode se enquadrar em uma ou mais das se- Objetivos do fisioterapeuta na ILPI:

guintes modalidades, de acordo com nível de dependência


dos usuários e dos recursos disponíveis para o cuidado: - Manter capacidade funcional;
- Prevenir perda de autonomia;
- MODALIDADE I: idosos independentes; - Estimular socialização;
- MODALIDADE II: idosos com dependência fun- - Manter idoso o mais ativo possível;
cional e que necessitam de auxílio e cuidados especializa- - Reabilitar indivíduos com dificuldades específi-
dos; cas;
- MODALIDADE III: idosos com dependência total - Minimizar os riscos;
nas atividade de auto-cuidado.
As atividades da fisioterapia são realizadas em grupo
Muitos idosos necessitam de ILPI devido a alguma di- ou individualmente, sempre focando a prevenção de dis-
ficuldade temporária, após internação, fratura, etc, até
túrbios comuns no envelhecimento, manutenção da saú-
parcial ou completa recuperação. Nesses casos é indicada
de física e mental, socialização e educação/orientação em
Residência Temporária (como discutido acima). Mas mui-
saúde. Além disso, o fisioterapeuta deve avaliar o idoso,
tos dos idosos que se enquadram nessa situação podem
junto com a equipe interdisciplinar, para planejar a inter-
não retornar para casa posteriormente, sendo comum a
venção de acordo com suas necessidades individuais.
institucionalização permanente do mesmo.

Outro fator importante que o fisioterapeuta deve prio-


É comum o abandono do idoso em ILPI por parte da
rizar é a manutenção da autonomia. Como o idoso muda
família. Muitas vezes o abandono não é material, mas psi-
cológico, em que o familiar não dá a atenção que o idoso sua rotina, é comum que ele deixe de fazer atividades an-

necessita. tes muito freqüentes e acabe por permanecer mais tempo


parado, sedentário. Então, quanto mais forem estimuladas
Vantagens dessa modalidade: atividades funcionais, de fortalecimento muscular, de equi-
líbrio e de condicionamento cardiovascular, menor será a
- família sem condições (financeira, psíquica, funcio- perda global com a institucionalização.
nal)

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Intervenção Fisioterapêutica III

Com a intervenção adequada da equipe é possível pre- deve ser dada, evitando que o paciente se torne depen-
venir depressão, muito comum em idosos institucionaliza- dente do serviço.
dos.
Vantagens dessa modalidade:
9. ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA
- Ambiente familiar;
Assistência a idosos com algum nível de dependência, - Treino funcional em ambiente real;
no seu próprio domicílio, para promoção de autonomia e - Evitar risco de contaminação / infecções;
reforço dos vínculos familiares e de vizinhança/comunida- - Diminuição das reinternações hospitalares;
de. - Evitar institucionalização;
- Relação humanizada entre paciente e profissio-
Objetivo dessa modalidade: apoiar o idoso e sua família
nal.
nas orientações das atividades de vida diária, reforçando
sua capacidade para integração em diferentes atividades.
Desvantagens dessa modalidade::

Equipe técnica interdisciplinar: familiares, cuidadores e


- Pouco contato social / risco de isolamento;
profissionais (médico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, tera-
- Pouco contato com outros com mesmos proble-
peuta ocupacional, psicólogo, assistente social, odontólo-
go, nutricionista e equipe de enfermagem). mas.

Perfil do idoso que geralmente se encontra nesta mo- A assistência no domicílio pode ser dividida de acordo
dalidade: dependente com a característica do cuidado prestado. Tipos de assis-
tência que é dada no domicílio:
Aspectos importantes:
- internação domiciliar
- Prontuário no domicílio: é importante para que todos - atendimento domiciliar
os profissionais possam interagir; - acompanhamento domiciliar
- Número de sessões de fisioterapia variável: depende - visita domiciliar
de cada caso. Comum entre 2 e 3 vezes por semana. Em
caso de complicações respiratórias e internação domiciliar 1) Internação domiciliar:
(ver adiante), são necessárias sessões diárias.
- Orientações por meio de cartilhas, folders: importante
- Atenção em tempo integral ao idoso com quadro
para o paciente dar seqüência ao tratamento nos dias em
clínico complexo, problemas agudos e/ou alta hospitalar;
que não há fisioterapia, ou para orientar o cuidador quanto
- São utilizados equipamentos e RH especializados
a posicionamento, exercícios, etc.
em emergência e com características hospitalares;
- Cuidar do cuidador: a equipe de profissionais deve
- Não existe apenas para idoso;
dar atenção ao cuidador, principalmente se for informal
- Requer condições ambientais e suporte financei-
(familiar, amigo, vizinho...)
- Vínculo emocional: o atendimento no domicílio deve ro e familiar

ser muito humanizado, englobando aspectos emocionais


relacionados à família. 2) Atendimento domiciliar:
- Dependência / alta: quando se trata de um paciente
crônico é importante deixar claro os objetivos do trata- - Cuidado prestado ao idoso com quadro crônico
mento. E quando os objetivos forem alcançados, a alta ou agudo ou crônico agudizado;

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Intervenção Fisioterapêutica III

- O paciente apresenta alguma debilidade transi- É importante salientar alguns aspectos na tomada de
tória que impossibilite o seu comparecimento na clínica, decisão:
ambulatório...; - Considerar perfil funcional , cultural, social e
- Duração breve, até que o idoso possa procurar econômico do paciente;
outra modalidade de atendimento; - Atentar para o objetivo da procura pela assistência,
- Evita institucionlização precoce, promovendo ou seja, a queixa do paciente;
treino em ambiente real. - verificar a disponibilidade de recursos para o

atendimento.
4) Acompanhamento domiciliar:

- Cuidado prestado ao idoso com doenças crônicas


AULA 2: Finitude e Cuidados Paliativos
incapacitantes, dependência funcional e/ou dificuldade de
locomoção; INTRODUÇÃO:
- Adequado a idosos que necessitam de cuidados
a longo prazo. - Finitude: termo utilizado para abordar o tema da mor-
te do ser humano.
5) Gerenciamento domiciliar: - Morte: fato irrefutável.

- Não é comum no Brasil; Todos os seres vivos estão programados para morrer.
- Apoio prestado ao idoso com restrição nas A morte ainda é vista, por muitos profissionais de saúde,
AIVD’s; como um fracasso, incapacidade ou incompetência, uma
- São disponibilizadas redes de serviços para pres-
vez que eles foram formados para combatê-la.
tar auxilio nessas atividades (preparo de refeições, lim-
peza de casa) e profissionais especializados para orientar
O morrer deixou de ser um fenômeno doméstico e pas-
formas de manutenção da funcionalidade.
sou a ser público, passando a morte do ambiente familiar
para o hospitalar.
As atividades da fisioterapia são realizadas individual-
mente, sempre focando na melhora da capacidade funcio-
O conceito de morte é visto no cuidado paliativo como
nal e prevenção de piora do quadro funcional. Além disso,
processo e não evento: “ não é a morte o que realmente
o fisioterapeuta deve avaliar o idoso, junto com a equipe
interdisciplinar, para planejar a intervenção de acordo com importa, mas sim o seu processo, a certeza de que a vida

suas necessidades individuais. se enveredou por um ‘caminho’ sem volta”. Desta forma,
deve ser dada a devida importância ao fato de cuidar des-
É importante que o profissional avalie a dificuldade es- te caminho. E é com esse intuito que os profissionais são
pecífica do idoso no seu ambiente cotidiano para elaborar capacitados, para dar qualidade ao processo, mantendo a
um plano de tratamento voltado para a melhora no de- dignidade.
sempenho funcional. Sempre deve priorizar sua autonomia
e adequação do ambiente ao seu estado físico e cognitivo. Como o cuidado nesse processo preocupa-se com a
E o cuidador deve receber atenção específica às suas di- qualidade de vida, enquanto há vida, os cuidados no fim
ficuldades. da vida englobam um conjunto de teorias e práticas que
têm por objeto central o processo de morrer.
Como definir programa de atividades nas moda-
lidades acima citadas? Atentar para as definições:

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Intervenção Fisioterapêutica III

- Paciente em processo de morte: Rápida progressão - respeitar limites físicos e psíquicos / emocionais dos
da doença, com prognóstico estimado a semanas de vida a profissionais e cuidadores.
1 mês.
- Fase final da vida: Prognóstico de vida estimado Medicina paliativa foi reconhecida como especialidade
em horas ou dias. médica na Inglaterra em 1987. Em seguida foi incluída
- Paliação: toda medida que resulte em alívio de um a equipe multiprofissional com parte integrante. E a
sofrimento. Associação Brasileira de Cuidados Paliativos foi criada em
- Ação Paliativa: qualquer medida terapêutica, 1997.
sem intenção curativa, que visa diminuir repercussões
negativas da doença, não apenas no final da vida. Princípios dos cuidados paliativos:

“paliativo” - deriva do latim pallium = manto (manto - Promover alívio da dor ou de outros sintomas es-
para aquecer aqueles que passam frio) tressantes;
- Reafirmar a vida e ver a morte como um processo
CUIDADOS PALIATIVOS: constituem uma natural;
modalidade emergente da assistência quando o paciente - Não pretender antecipar e nem postergar a mor-
possui pouco ou nenhum potencial de cura ou reversão, te;
construídos dentro de um modelo de cuidados totais, ativos - Integrar aspectos psicossociais e espirituais ao
e integrais oferecidos ao paciente com doença avançada cuidado;
e/ou terminal, e à sua família, legitimados pelo direito do - Oferecer um sistema de suporte que auxilie o pa-
paciente de morrer com dignidade. ciente a viver tão ativamente quanto possível, até a sua
morte;
OMS, 2002: abordagem voltada para a QV tanto - Oferece um sistema de suporte que auxilie a fa-
dos pacientes quanto dos familiares frente a problemas mília e entes queridos a sentirem-se amparados durante
associados a doenças que põem em risco a vida todo o processo da doença;

O Cuidado Paliativo tem o objetivo de oferecer ao Princípios do controle de sintomas:


paciente:
- Avaliar antes de tratar;
- dignidade - Explicar as causas dos sintomas para paciente e
- alívio da dor e dos sintomas familiares;
- conforto - Não esperar que o doente se queixe, mas prever o
- qualidade de vida sintoma já esperado e prevenir para evitar desconforto;
- Adotar uma estratégia terapêutica mista;
Deve ser dada atenção: - Monitorizar os sintomas sempre e controlar quan-
do possível;
- higiene do paciente, das roupas e do ambiente - Reavaliar regularmente as medidas terapêuticas e
- construção de vínculos entre os familiares e entre modificá-las quando necessário;
familiares e profissionais - Cuidar dos detalhes para oferecer o melhor cuida-
- compartilhar decisões com o paciente, respeitando do possível;
suas vontades caso o mesmo tenha condições cognitivas - Estar disponível. O cuidado é muito mais humani-
- estimular a autonomia do paciente zado que qualquer outro tipo de assistência.
- respostas devem ser honestas

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Intervenção Fisioterapêutica III

A FISIOTERAPIA TEM UM CARÁTER PREVENTIVO NOS


Equipe multiprofissional envolvida: CUIDADOS PALIATIVOS:

médico - Antecipar possíveis complicações evitando-as;


enfermeiro - Aconselhando familiares e pacientes para evitar
fisioterapeuta sofrimentos desnecessários;
terapeuta ocupacional - Úlceras de decúbito;
fonoaudiólogo - Infecções;
assistente social - Dispnéia;
cuidador - Parada cardiorespiratória.
familiar
papel espiritual (padre, pastor, etc...) A REABILITAÇÃO É PARTE INTEGRANTE DOS
CUIDADOS PALIATIVOS:
FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS:
- Muitos pacientes são restringidos desnecessariamen-
OBJETIVOS: te pelos familiares para evitar riscos de quedas, mas isso
pode gerar lesões e desconforto. Avaliar cuidadosamente
- alívio da dor / massoterapia / eletroterapia (aten- a necessidade de restrição física e se esta for importante,
tar para contra-indicação de cada procedimento de acordo deve ser feita de forma a evitar lesões.
com cada doença apresentada) - Reinserção do paciente as suas AVDs: o paciente
- posicionamento para gerar conforto e evitar úl- deve ser avaliado para ser verificada a possibilidade e ne-
ceras de pressão e deformidades cessidade de estímulo às atividades do dia-a-dia;
- evitar e diminuir edema - Manter a sua deambulação quando possível;
- manutenção da função respiratória e minimizar - Restaurar a auto- estima do paciente.
complicações
- manter funcionalidade / autonomia EUTANÁSIA: ato/processo de abreviar a vida. São
- adequar o ambiente para evitar risco e para faci- exemplos: injeção letal, desligamento de aparelhos, etc.
litar funcionalidade
No Brasil não é legalmente permitido, sendo conside-
QUAL O OLHAR DO FISIOTERAPEUTA FRENTE AO PA- rado crime. Em diversos países a eutanásia é permitida.
CIENTE DE CUIDADOS PALIATIVOS?
DISTANÁSIA: insistência pela preservação da vida.
- Valorizar as pequenas realizações e conquistas e divi- Ou seja, processo terapêutico para preservar a vida mes-
dí-las com o paciente. mo em casos em que não há prognóstico de cura. Consi-
- Traçar objetivos a curto prazo derada obstinação terapêutica. Não prioriza a qualidade da
- Maximizar a qualidade de vida e dividir com o pa- vida e dignidade do indivíduo.
ciente
- Preservar a vida Aliviar o sintomas Exemplo: Há casos em que o paciente tem uma doen-
- Manter a independência funcional ça grave e que mesmo realizando cirurgia não vai curar e

- A idéia de “fazer” em vez de “ ser atendido” dá ao nem melhorar a qualidade de vida. Se optar pela cirurgia,

paciente a oportunidade de ser produtivo. mesmo sabendo que não vai curar, não vai aliviar sinto-
ma, e que vai só expor o paciente ao risco de morte na
cirurgia e ao desconforto do procedimento, é considerado
“distanásia”.

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Intervenção Fisioterapêutica III

ORTOTANÁSIA: em casos em que não há possibilidade lação a mais atingida pelo câncer. Estima-se que 60% dos
de cura, prioriza-se a qualidade de vida enquanto há vida, pacientes oncológicos no país tenham 65 anos ou mais e
deixando que o processo de morrer se dê naturalmente, que 70% das mortes decorrentes da doença ocorram nes-
mas evitando o máximo possível o sofrimento do paciente. sa fase da vida. Seria de se esperar que essa população
fosse estudada mais de perto e recebesse um atendimento
Exemplo: Há casos em que o paciente tem um câncer adequado às limitações da idade. Para estudar efeitos de
em estágio avançado e que não há possibilidade de cura medicações em uma população, esta deve ser a mais ho-
com cirurgia e nem com quimioterapia ou radioterapia. Se mogênea possível, evitando indivíduos que utilizam muitas
for para a cirurgia ainda pode ir a óbito no centro cirúrgico. outras medicações que podem interferir nos resultados do
Neste caso, se for optado por não realizar cirurgia para estudo. Como isso não é comum na população idosa, esta
evitar sofrimento ao paciente e deixar o processo da fica excluída da maioria dos estudos. Apenas após a me-

doença seguir naturalmente oferecendo os recursos para dicação nova é testada em uma população, geralmente

dar conforto e dignidade até a morte, é considerado jovem e sem interferências, é que testada com segurança

“ortotanásia”. em populações mais velhas, com outras doenças. Por isso,


a oncogeriatria fica atrasada em relação aos avanços dos
pacientes jovens.
É importante salientar que qualquer decisão a ser
tomada deve ser embasada no desejo do paciente
O surgimento do conceito da multidisciplinaridade vol-
quando for possível. Se o paciente não puder opinar, a
tada aos pacientes 65 ou mais não tem mais de uma dé-
família assume este papel. Mas a equipe deve estar apta a
cada.
esclarecer prognósticos e possíveis desfechos, auxiliando
na tomada de decisão e dar apoio aos familiares.
A avaliação adequada dessa população requer a for-
mação de equipes multi e interdisciplinares, compostas
AULA 3: Introdução em Oncogeriatria e por oncologistas, geriatras, enfermeiros, fisioterapeutas,
Abordagem Fisioterapêutica assistentes sociais, psicólogos, fonoaudiólogos, entre ou-
tros, que consigam abordar o idoso globalmente avaliando
INTRODUÇÃO sua funcionalidade, capacidade cognitiva, comorbidades,
risco nutricional e suporte social. Esse tipo de avaliação
O interesse pelo paciente idoso com câncer é relativa- é fundamental para definir o tratamento oncológico a ser
mente recente – 1983. A fundação da Sociedade Interna- proposto.
cional de Oncologia Geriátrica se deu em 2000, quando
iniciaram publicações a respeito do tema. Antes poucos CÂNCER x TUMOR
estudos possuíam idosos nas pesquisas, mas na última
década começou-se estudar populações apenas de idosos, Também denominado de tumor maligno, o câncer
visto ser uma população bastante vulnerável ao câncer. Foi é a multiplicação sem controle de células alteradas. Há
então criado o termo “oncogeriatria”. O profissional deve diferenças entre o tumor maligno e o benigno:
estar preparado para transitar bem nas duas áreas e, por-
tanto, mais equipado para compreender e tratar o câncer
do paciente idoso, com todas as exigências e limitações QUADRO 1 – Diferenças entre tumores benignos e
que lhe são inerentes. malignos

No Brasil, essa análise vem se mostrando cada vez mais


verdadeira. Segundo dados do Instituto Nacional de Cân-
cer (INCA), é exatamente a parcela mais velha da popu-

13
Intervenção Fisioterapêutica III

FATORES DE RISCO PARA CÂNCER CÂNCER X ENVELHECIMENTO

O câncer pode ter etiologia interna e externa. Como Segundo o Instituto Nacional de câncer (INCA), 60%
causas internas tem-se a genética e a capacidade do dos pacientes oncológicos no país possuem 65 anos ou
organismo de se defender das agressões externas. E como mais. E estima-se que 70% das mortes decorrentes da
externas são considerados o meio ambiente e hábitos doença ocorram entre os idosos.
sociais e culturais.
Há diferente ter câncer aos 40 anos e ter aos 80 anos,
São diversos os fatores considerados de risco para desde a manifestação inicial, o plano de tratamento, o
câncer de uma forma geral: seguimento e o prognóstico. Os idosos, mesmo aqueles
considerados saudáveis, exibem maior dificuldade em
- Tabagismo manter o equilíbrio no funcionamento do organismo
- Etilismo quando são acometidos pelo câncer. Diz-se, portanto, que
- Sedentarismo o idoso possui menor reserva funcional.
- Obesidade
- Exposição a radiações na juventude AVALIAÇÃO MULTIDIMENCIONAL DO IDOSO COM
CÂNCER:
Devido ao aumento de hábitos como fumo, alimentação
pouco saudável e exposição a produtos químicos e A avaliação de um idoso com câncer deve ser baseada
agentes físicos carcinogênicos no trabalho ou no meio na avaliação geriátrica ampla (AGA). Devem ser avaliados
ambiente em países que se industrializaram nas últimas os seguintes parâmetros:
décadas, aumentou também a prevalência de formas mais
significativas de câncer. - Funcionalidade: Atividades Básicas de Vida Diária
e Atividades Instrumentais de Vida Diária;
Alguns alimentos ou formas de prepará-los aumentam - Comorbidades: número e severidade das
o risco de desenvolvimento de câncer. comorbidades;
- Condições socioeconômicas: condições
- Comidas ricas em gorduras, como carnes vermelhas, financeiras e de habitação, suporte familiar, necessidade
frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, de cuidador, facilidade de transporte;
bacon, etc; - Alterações geriátricas comuns: Alterações
- A elevada ingestão de gorduras saturadas e baixa de psiquiátricas (Demência, Depressão e Delírium),
fibras predispõem ao câncer de cólon; Instabilidade postural e quedas, maus-tratos, distúrbios do
- Obesidade predispõe ao câncer de rim, endométrio, sono, alterações visuais, auditivas e sensoriais em geral,
vesícula e cólon; incontinências;
- Alimentos com muitos conservantes (picles, salsichas - Polifarmácia: número de medicações e adequação
e outros embutidos e alguns tipos de enlatados); do seu uso, e interações medicamentosas;
- Defumados e churrascos (alcatrão); - Nutrição: avaliação do risco nutricional por meio
- Fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a tempe- do MAN (Mini Avaliação Nutricional).
raturas muito elevadas podem ser criados compostos que
aumentam o risco de câncer; Os tipos mais freqüentes de câncer no idoso:
- Métodos de cozimento que usam baixas temperaturas
são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura, enso- – Próstata

pado, cozido ou assado. – Mama


– Pulmão

14
Intervenção Fisioterapêutica III

– Estômago - Prevenção secundária: auto-exame das mamas e


– Colorretal mamografia;
- FISIOTERAPIA: Reabilitação precoce é essencial para
Câncer de Próstata: manter a máxima funcionalidade.

- No Brasil, o é o segundo mais comum entre os – Ganho de ADM


homens; – Prevenção do linfedema
- É considerado um câncer da terceira idade; – Prevenção/tratamento das alterações
- É curável, na maioria dos casos, quando detectado cicatriciais
precocemente; – Melhoria quadros álgicos (ombros)
- Comum ocorrer sintomas urinários e dor óssea; – Melhoria das alterações posturais
- Prevenção primária do CA de próstata: Dieta rica em – Melhoria das alterações de sensibilidade
frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e
com menos gordura, principalmente as de origem animal; Câncer de Pulmão
atividade física diariamente;
- Prevenção secundária do CA de próstata: Realização - É o mais comum de todos os tumores malignos no
dos exames PSA (Antígeno Específico da Próstata) e de mundo. É responsável pelo maior número de mortes por
toque retal; câncer. Mais comum em homens, em pessoas tabagistas e
- FISIOTERAPIA: Atuação na prevenção primária, na faixa etária de 50 a 70 anos;
estImulando os hábitos de vida saudáveis. É importante a - Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão
reabilitação precoce, atuando na incontinência urinária e está associado ao consumo de derivados de tabaco;
disfunções sexuais. - Etiologia: Tabaco (80-85%), Fumantes passivos,
Asbesto (amianto), Benzeno, Genética (questionável
Câncer de Mama: ainda), Fatores ambientais, Fatores nutricionais;
- Tabagismo:
- Segundo tipo de câncer mais comum no mundo e
primeiro nas mulheres; . A OMS estima que um terço da população mundial
- Mais freqüente nas mulheres com mais de 50 anos; adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as
- Maior causa de morte por câncer nas mulheres; quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes;
- Maioria dos casos é diagnosticada quando a doença . Pesquisas comprovam que 47% de toda a
já está avançada; população masculina e 12% da população feminina no
- Fatores de risco: história familiar (especialmente se mundo fumam;
um ou mais parentes de primeiro grau), i dade, menarca . Enquanto nos países em desenvolvimento os
precoce (idade da primeira menstruação), menopausa fumantes constituem 48% da população masculina e
tardia (instalada após os 50 anos de idade), gravidez após 7% da população feminina, nos países desenvolvidos a
os 30 anos e a nuliparidade, uso de contraceptivos orais, participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos
ingestão regular de álcool, como a exposição a radiações homens e 24% das mulheres têm o comportamento de
ionizantes em idade inferior a 35 anos, sedentarismo, dieta fumar;
rica em gorduras e pobre em fibras; - Sintomas: Tosse (75%), Hemoptise, Dor torácica
- Prevenção primária: dieta rica em frutas, verduras, (50%), Rouquidão, Dispnéia, outros;
legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, - Prevenção primária:
principalmente as de origem animal e realização de . Evitar o fumo,
atividade física diariamente; . Aumentar o consumo de frutas e verduras,

15
Intervenção Fisioterapêutica III

. Evitar a exposição a agentes químicos (arsênico, Câncer Colorretal:


asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio,
cloreto de vinila, gás de mostarda e éter de clorometil), - Abrange tumores que acometem um segmento do
encontrados principalmente no ambiente ocupacional, intestino grosso (o cólon) e o reto;
. Evitar a exposição à poluição do ar - Mais freqüente após os 50 anos;
- Diagnóstico: Radiografia de tórax , Tomografia - Grande parte dos casos se inicia a partir de pólipos no
computadorizada, Broncoscopia; intestino, por isso é importante exames precoces;
- FISIOTERAPIA: importante que haja um programa de - Prevenção primária: Dieta rica em frutas, verduras,
reabilitação pulmonar legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura,
– Diminuição da fadiga e da dispnéia principalmente as de origem animal, e realização de
– Ganho de condicionamento físico atividade física diariamente;
– Ganho de força muscular global e dos
- Prevenção secundária: Pesquisa de sangue oculto nas
músculos respiratórios
fezes e Colonoscopia ;
– Prevenção das complicações respiratórias
- FISIOTERAPIA: É importante a reabilitação precoce
pós-operatórias
. Prevenção / tratamento da fadiga
– Oxigenoterapia e Ventilação não invasiva
. Ganho de força muscular
. Estimulação do peristaltismo
Câncer de Estômago
. Prevenção das complicações respiratórias pós-
operatórias
- O pico de incidência se dá em sua maioria em ho-
. Prevenção / tratamento das alterações cicatriciais
mens, por volta dos 70 anos;
- 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de es-
FISIOTERAPIA NO CÂNCER – FISIOTERAPIA
tômago têm mais de 50 anos;
ONCO-FUNCIONAL
- Terceiro lugar na incidência entre homens e em quin-
to, entre as mulheres;
A abordagem fisioterapêutica em pacientes com câncer
- Prevenção primária:
pode ser dividida de acordo com as as seguintes fases:
. Dieta rica vegetais crus, frutas cítricas e alimen-
tos ricos em fibras (vitamina C e betacaroteno, encontra-
- Fase Pré –operatória (Ambulatorial ou Hospitalar)
dos em frutas e verduras frescas, agem como protetores
- Fase Pós–operatória
contra o câncer de estômago);
- Fase terminal
. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
. Não fumar;
Fase Pré-operatória:
- Fator de risco importante: infecções pela bactéria He-
licobacter pylori (H pilory); Trata-se de uma fase importante em que devem ser
- Diagnóstico: Endoscopia digestiva alta, Exame radio- priorizadas a avaliação do paciente e sua preparação para
lógico contrastado do estômago ; o procedimento cirúrgico;
- FISIOTERAPIA: É importante a reabilitação precoce
. Prevenção / tratamento da fadiga Avaliação fisioterapêutica:
. Ganho de força muscular (desnutrição)
. Prevenção das complicações respiratórias pós- - Ventilometria (VC,VE,CVF);
-operatórias - Manuvacuometria (PImáx e PEmáx);
. Prevenção / tratamento das alterações cicatri- - Avaliação postural;
ciais - Avaliação funcional do idoso;

16
Intervenção Fisioterapêutica III

- Condição aeróbia – realizar o Teste de caminhada de - Adaptação funcional, tanto do ambiente quanto dos
6 minutos utensílios (trabalho em conjunto com Terapia Ocupacio-
nal),
Fase Pós-operatória: - Orientações (paciente e familiares).

Deve ser sempre realizada uma reavaliação para AULA 4: Incontinência Urinária e
considerar modificações físicas e cognitivas que pode Aspectos Gerontológicos
influenciar no prognóstico e nortear o plano terapêutico.
INTRODUÇÃO
Prioridades da abordagem fisioterapêutica:
Esta aula abordará brevemente os conceitos de Incon-
- Retirá-lo o mais rápido da VM, tinência Urinária e suas conseqüências, e mais amplamen-
- Reexpansão completa pulmonar, te os aspectos que envolvem o envelhecimento.
- Desobstrução / higiene Brônquica : Flutter, Hu-
ffing, Tosse assistida, Incontinência Urinária (IU) é definida como toda perda
- Analgesia: Importante avaliar nível de dor. Mobi- involuntária de urina, clinicamente demonstrável, que cau-
lização, Alongamento, Massoterapia, Termoterapia, TENS se problema social ou higiênico. (INTERNATIONAL CON-
(sempre observar contra-indicação de cada procedimen- TINENCE SOCIETY COMMITTEE, The standardisation of

to), terminology of lower urinary tract functionon, 1991)

- Correção postural,
- Retorno funcional (leito, deambulação), Os sintomas da IU são:

- Orientações gerais,
- urgência (necessidade de urinar com urgência),
- Mobilização precoce: Exercícios visando a fun-
- urge- incontinência (necessidade de urinar com ur-
cionalidade, Deambular no 1º P.O (evitar TVP), Exercícios
gência juntamente com perda de urina),
Motores Globais / funcionais de acordo com condição pré-
- poliúria ou polaciúria (aumento da frequência do ato
via à cirurgia, Exercícios para evitar postura antálgica.
de urinar),
- noctúria (necessidade de urinar à noite),
Fase Terminal:
- enurese noturna (perda de urina durante o sono).

Sempre se deve priorizar a melhora da qualidade de


Classificação de IU:
“morte”.
1. Esforço: Eliminação involuntária de urina sem a
Os cuidados seguem as diretrizes dos “Cuidados Palia-
contração do músculo detrusor. A pressão intravesical é
tivos” (já apresentado anteriormente). maior que na luz da uretra.
2. Urgência: Eliminação involuntária de urina acom-
Prioridades da abordagem fisioterapêutica: panhada da urgência em urinar.

- Posicionamento, 3. Mista: Incontinência de Esforço assciada à de Ur-


- Terapia para a dor (TENS, alongamentos, massagem gência.
relaxante),
- Técnicas de relaxamento, 4. Transbordamento: Eliminação involuntária de uri-
- Mobilização passiva, na, em combinação com a superdistensão passiva da bexi-
- Suporte ventilatório, ga.

17
Intervenção Fisioterapêutica III

5. Reflexa: Eliminação involuntária de urina em con- . dificuldade nos cuidados;


seqüência da hiperatividade do m. detrusor ou do relaxa- . ITU – infecção do trato urinário.
mento involuntário do mecanismo de oclusão da uretra,
sem a percepção da necessidade de urinar.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA E ENVELHECIMENTO

6. Funcional: Eliminação involuntária de urina com


A prevalência de IU aumenta com o avançar da idade,
função vesical e uretral normal, porém com diminuição da
e pode chegar a 50%.
mobilidade ou demência.

A continência depende, além do trato urinário inferior,


Nesta aula será discutida a IU de Esforço, por ser a
da integridade das funções mentais, mobilidade, motiva-
mais comumente encontrada entre os idosos, devido aos
ção e destreza. A habilidade em adiar a micção diminui
fatores de risco mais frequentes.
com a idade. O idoso pode apresentar, além de fraqueza
muscular do assoalho pélvico, dificuldade de se locomover
A etiologia da IU de Esforço é multifatorial, sendo al-
até o banheiro por uma alteração motora ou mesmo alte-
guns dos fatores os seguintes:
ração visual, ou mesmo alteração cognitiva.

. Profissão Outras alterações podem desencadear IU sem haver al-


. Tabagismo teração específica no trato urinário inferior: desmotivação,
. Obesidade depressão, alteração na destreza manual, etc.

. Paridade (história prévia de parto)


Com o processo natural do envelhecimento ocorre ge-
. Cirurgias prévias
ralmente:
. Fraqueza da musculatura de assoalho pélvico
. Menopausa - diminuição da força de contração do músculo de-
. Idade – é a IU mais comum em idosas trusor
- diminuição da capacidade vesical (capacidade de
Os homens podem apresentar IU como resultante de armazenar urina) e da habilidade de adiar a micção;
alguma alteração na próstata ou prostatectomia. Pessoas - aumento das contrações involuntárias da muscu-
de ambos os sexos podem apresentar IU devido a uso latura vesical;
de algumas medicações e doenças neurológicas como, es- - aumento do volume residual pós-miccional;
clerose múltipla, defeitos congênitos, ou problemas físicos - Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) está pre-
associados à idade. sente em 50% dos homens acima de 50 anos. Esta gera
A IU é uma condição que causa impacto negativo na obstrução do fluxo urinário, podendo gerar instabilidade
qualidade de vida da pessoa: do músculo detrusor.
No idoso é comum encontrar noctúria, mesmo entre
. baixa auto-estima; idosos sem enfermidade devido ao aumento na secreção
. interferência na vida sexual; de vasopressina e hormônio natriurético. É normal em in-
divíduos de 65 anos ou mais apresentar 1 a 2 episódios de
. odor de urina gera desconforto e restringe o contato
noctúria (não tendo enfermidade). Por isso é importante
social por vergonha de sair de casa ;
evitar líquidos antes de dormir, pois com o aumento das
. interferência na vida profissional;
idas ao banheiro à noite, aumenta também o risco de
. acarreta problemas econômicos; queda no trajeto do quarto até o banheiro. O ideal é inge-
. quedas e suas consequências; rir líquido 3 horas antes de deitar-se. Idosos com edema

18
Intervenção Fisioterapêutica III

devem utilizar meias elásticas durante o dia para aumentar musculatura de assoalho pélvico) e a condição global (lo-
reabsorção diurna de líquido, evitando absorção apenas à comoção, alterações motoras, presença de local doloroso,
noite, o que aumenta a noctúria. etc...). Desta forma a abordagem terapêutica tende a ser
mais precisa.
Também é comum IU transitória, que é a perda urinária
precipitada por alguma alteração psicológica ou psiquiá- TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO E ABORDA-
trica, medicamentosa ou orgânica, que melhora ou cessa GEM GERONTOLÓGICA
após o controle do fator desencadeante. São exemplos
casos de idosos que recebem alta hospitalar após um pe- Há diversos métodos de tratamento da IU. Cabe ao
ríodo prolongado de internação em que há perda de força profissional avaliar a condição de cada indivíduo e julgar
muscular. o método mais adequado para o paciente, considerando
severidade da doença, condição do indivíduo, recursos
Algumas causas de IU transitória: fecaloma / constipa- disponíveis e prognóstico do paciente.
ção intestinal, medicação, infecção, delirium, alteração
na locomoção / hospitalização, ingestão de líquido em ex- Cones Vaginais:
cesso.
Método de avaliação da força muscular do assoalho
Devido ao quadro de maior prejuízo físico-funcional de pélvico e de fortalecimento resistido e progressivo para
idosos institucionalizados, é comum encontrar alta preva- esses músculos. Os cones são dispositivos de forma e vo-
lência de IU em idosos em ILPI. lumes iguais, com peso variável, confeccionados em aço
inoxidável e revestidos com plástico, com fio de nylon no
Como é comum a presença de IU no idoso e uma con- ápice.
seqüência da IU é a ITU, seguem algumas conseqüências
da ITU no idoso, que justifica prevenção da mesma: hos- Precauções e orientações que devem ser dadas à pa-
pitalização, prostração, imobilismo, perda da locomoção, ciente:
confusão, quedas, dependência, institucionalização, gas-
tos financeiros, entre outros. . Higiene das mãos e do cone vaginal;
. Esvaziamento vesical e intestinal antes do treinamen-
É importante avaliar a condição do idoso que apresenta to;
IU, pois suas conseqüências em um idoso ativo são dife- . Como introduzir o cone e como usá-lo.
rentes das de um idoso frágil ou com alterações cognitivas
e mesmo de um idoso acamado. Portanto, a avaliação glo-
bal e interdisciplinar do indivíduo é importante para definir
metas de tratamento.

Avaliação Fisioterapêutica x IU em idosos

Na história clínica é importante colher dados específi-


cos sobre a IU (tempo, tipo e volume de perda urinária,
tratamentos previamente estabelicidos, etc), e sobre a FIGURA: Posicionamento e colocação do cone vaginal.
condição global (doenças, medicações utilizadas, funcio- (adaptado de Moreno, 2004 )

nalidade, comportamento, ambiente, condição econômi-


ca, familiar, etc). No exame físico também devem ser Na população idosa, os cones são mais adequados para
avaliados itens refenrentes à IU (principalmente força de os indivíduos que não possuem dificuldade de manter-

19
Intervenção Fisioterapêutica III

se na posição adequada para a colocação do cone. Biofeedback


Muitas idosas sentem-se constrangidas e não aceitam a
sua utilização utilização. Muitas relatam desconforto. É Técnica que utiliza equipamentos eletrônicos para
importante avaliar a condição cognitiva da idosa e sua revelar ao usuário os eventos fisiológicos normais ou
compreensão quanto às orientações. anormais, na forma de sinais visuais e/ou auditivos,
com o objetivo de ensiná-lo a manipular estes eventos
Eletroestimulação involuntários ou imperceptíveis por meio da manipulação
dos dados mostrados na tela.
Determina a contração dos músculos do assoalho
pélvico e permite à paciente tomar consciência de si
mesma, em especial as que não conseguem realizar uma Os dados do teste podem ser visualizados numa tela e
contração do assoalho pélvico sob registrados, como demonstrado na figura a seguir:
instrução verbal.

Formas de utilizar a Na população idosa, deve-se ter os mesmos cuidados


Eletroestimulação: que na eletroestimulação. Geralmente em casos de idosos
mais frágeis, dependentes e / ou acamados esses últimos
. Regime ambulatorial ou domiciliar recursos não são indicados e
. Eletrodos: vaginal, anal e de superfície nem mesmo muito aceitos pelos
. Sessões: diárias a semanais próprios idosos. Geralmente
. Tempo da sessão: até 30 minutos possuem dificuldade de mobilidade
. Período do tratamento: variação e alteração cognitiva.

Efeitos colaterais da Eletroestimulação:


Fortalecimento de Musculatura de Assoalho Pél-
. Dor vico
. Irritação vaginal / anal
. Infecção urinária Arnold Kegel, em 1948,
Contra – indicações da Eletroestimulação: preconizou uma sequência de
. lesões ou infecções urinárias ou vaginais, contrações dos músculos do
. diminuição da função cognitiva, Assoalho Pélvico para o tratamento
. período menstrual, da IU, por isso diz-se que ele foi o pioneiro.
. câncer de colo uterino, reto, gênito-urinário,
. marcapasso cardíaco ou implantes metálicos na região O fortalecimento baseia-se no princípio de que
do quadril ou MMII contrações voluntárias e repetitivas aumentam a FM e,
consequentemente, a continência urinária pela ativação
Na população idosa, deve-se ter cuidado com indivíduos do esfíncter externo da uretra e melhor suporte do colo
com alteração cognitiva, mesmo que leves. Muitos idosos vesical.
sentem-se constrangidos e não aceitam a sua utilização,
principalmente em casos de homens. Muitas relatam O tratamento pode ser Individual ou em Grupo.
desconforto. Muitos idosos que apresentam IU podem Preconiza-se que seja feito da seguinte forma:
também apresentar Incontinência Fecal, o que dificulta a
utilização do recurso. - 45 min. exercícios específicos
- 2 vezes / semana

20
Intervenção Fisioterapêutica III

- Duração de 3 – 4 meses Diário Miccional = base do planejamento do programa


- Posturas: ortostática, sentada, supina e parâmetro de avaliação do progresso terapêutico.
- Recursos: bola pequena, bola suíça, colchonete,
bastão... Adequação do consumo de líquidos:
- Há grande benefício social para o paciente
. ingestão de líquidos adequada durante o dia
Na população idosa este é o método que tem melhor . evitar a ingestão de líquido à noite
aceitação que outras técnicas , o desconforto é quase . restrição de álcool, cafeína e nicotina
nulo, e não é invasivo. É possível utilizar este recurso . atenção c/ medicamentos como diuréticos
mesmo em casos de Incontinência fecal associada. É difícil
se houver dificuldade de compreensão. Pode ser utilizado Orientação quanto aos alimentos que interferem na
em pacientes acamados e frágeis. sensação de urgência. Evitar alimentos irritantes que podem
exercer um efeito irritante sobre a bexiga, promovendo a
Terapia Comportamental sensação de bexiga cheia e o desejo freqüente de urinar,
como:
Associação de técnicas que permitem que o paciente
com IU seja educado sobre a doença e assim, possa . Frutas ácidas (maça, laranja, uva, ameixa, abacaxi,
desenvolver estratégias para minimizar ou eliminar a uva, limão, morango, tomate), Especiaria – pimenta,
incontinência. Trata-se da extinção ou reeducação de Vinagre, Álcool, Refrigerante – cola, Adoçante, Chocolate,
modos de comportamento não desejados com a aquisição Café, Chá preto.
de novos comportamentos adaptativos.

Há necessidade de haver resposta cognitiva e Treinamento vesical – Baseado no Diário Miccional


ativa participação do paciente para realiza a Terapia
Comportamental. Micção c/ horário fixo de acordo c/ DM:

Técnicas: . orientar o paciente a urinar com uma freqüência pré-


determinada
. educação sobre trato urinário inferior e sua patologia . aumento gradativo de 15 em 15 min., até intervalos
diário miccional de 3 a 4 horas
. educação sobre higiene íntima e postura para miccção . útil em indivíduos como alguns idosos “esquecidos”
. orientação quanto à ingestão hídrica - Diário Miccional
. orientação quanto aos alimentos que interferem na Micção postergada:
sensação de urgência
. se necessário, normalizar sistema intestinal . orientar o paciente a postergar ao máximo a micção
. treinamento vesical – Diário Miccional (DM)
. exercícios perineais Essa técnica é muito difícil para o idoso demenciado.
. educação sobre higiene íntima e postura para micção: Mas alguns itens podem ser incentivados ou realizados
. Calcinhas de algodão pelo cuidador.
. Evitar ficar molhada
. Como se lavar e limpar O treinamento vesical deve ser adaptado à rotina da
. Como realizar o ato da micção paciente, e não modificar seus hábitos em função da
. Evitar interromper o ato de urinar terapia, o que seria um fator de desistência e/ou depressão
e isolamento.

21
Intervenção Fisioterapêutica III

Em casos de idosos com alteração cognitiva / demência quedas, micrografia, face sem expressões / ou sorriso
a abordagem é difenciada. Mas deve-se priorizar a orienta- sardônico. Segue abaixo um esquema para melhor
ção para os cuidados adequados e evitar ou minimizar as visualização (FIGURA 1)
conseqüências da IU:

. Rotina de micção / depende grau do prejuízo cognitivo


. Uso de absorventes / fraldas noturnas
. Higiene / troca
. Facilitar os cuidados
. Orientações aos cuidadores e familiares

Em casos idosos com alteração da mobilidade / acama-


dos os cuidados são semelhantes. Mas se o idoso possuir
percepção da vontade de urinar e informar ao cuidador,
FIGURA/1: http://migre.me/aL0FM
este pode estimulá-lo e auxiliá-lo na ida ao banheiro e
evitar urinar sempre na fralda.

Diante de todos os pontos acima discutidos, deve-se


salientar a importância da ação interdisciplinar, visando a
melhora do quadro geral do paciente, maximização da fun-
cionalidade e prevenção de fatores de risco.

AULA 5: Abordagem Fisioterapêutica


nas doenças neurológicas – Doença FIGURA /2: sinais e sintomas da doença de Parkinson
de Parkinson e Acidente Vascular
Encefálico É importante salientar que um idoso com doença de
Parkinson sofre maior prejuízo funcional que um jovem,

DOENÇA DE PARKINSON pois se somam às alterações causadas pela doença todas


as modificações nos sistemas que controlam o equilíbrio

É uma doença degenerativa crônica e progressiva, corporal esperadas para a idade (FIGURA 3)

consequente à degeneração dos neurônios dopaminérgicos


da parte compacta da substância negra.

Os sintomas principais apresentados pelos pacientes


com a doença são:

- Bradicinesia / Acinesia / Hipocinesia


- Tremor de repouso
- Rigidez muscular
- Instabilidade postural
O paciente com DP também pode apresentar outros
sintomas que são, geralmente, conseqüentes aos principais.
FIGURA /3: Alterações no controle do equilíbrio
Outros sintomas comuns: freezing (congelamento),
corporal na doença de Parkinson

22
Intervenção Fisioterapêutica III

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO E ABOR- - Força muscular, ADM, propriocepção, sensibilidade


DAGEM GERONTOLÓGICA NA DOENÇA DE PA- tátil, visão, vestibular, dor, etc...;
RKINSON - Complicação do uso prolongado dos antiparkinsonianos;
- Doenças e alterações associadas.
Devido à característica de progressão da doença, em
cada estágio os resultados esperados são diferentes. O Treinamento Funcional é baseado em:
Os melhores resultados geralmente são encontrados
em estágios iniciais com treinamentos utilizando pistas - Estratégias que utilizam pistas externas para o treino
externas. da marcha;
- Estratégias cognitivas para o treino das transferências;
O tratamento da Fisioterapia é considerado importante - Exercícios específicos para o treino de equilíbrio;
em qualquer estágio. Os objetivos principais sempre são - Treino de mobilidade geral e FM para melhorar
tratar dos sintomas atuais e prevenir as complicações capacidade física geral.
esperadas.
Treinamento funcional de acordo com a evolução
A avaliação deve ser minuciosa, enfatizando a queixa da doença, classificada segundo escala de Hoehn
funcional do paciente: and Yahr:

- AVD / AIVD – investigar lentidão na realização da 1)


atividade e o grau de comprometimento associado;
- Marcha – geralmente é a principal queixa dos - Pacientes no estágio 1 (envolvimento unilateral e
pacientes. Avaliar alterações relacionadas à doença ou axial),
não; - Pacientes no estágio 2 (envolvimento bilateral sem
- Quedas –. Verificar mecanismo e local das quedas comprometer o equilíbrio),
para compreender possíveis alterações causadoras das - Pacientes no estágio 2,5 (envolvimento bilateral leve,
quedas com sinais de instabilidade postural),
. se há congelamento associado
. se a queda é anterior ou posterior com mudança Objetivos propostos:
de postura ou direção da marcha
. se há restrição das atividades devido ao medo - Prevenir a inatividade,
de cair - Prevenir o medo de mover-se e cair,
. julgamento do próprio risco de queda - Manter ou melhorar a capacidade física.
- Medicações: se a intensidade das dificuldades varia
conforme o horário da medicação. É importante saber Condutas propostas:
os horários das doses para adequar com os horários de
treinamento; - Estimular a prática de ativ. física / educação,
- Exercícios de equilíbrio, FM, mobilidade e cap. aeróbia,
- Estado geral do paciente; - Trabalho educativo para envolvimento de cuidadores
- Ambiente; e familiares,
- Cuidador / familiar. - Utilização de pistas externas temporais ou espaciais,
principalmente na marcha – apenas quando a lentidão nas
Exame motor: tarefas tornar-se limitante,
- Treino de caligrafia,
- Sintomas parkinsonianos; - Treino em grupo e no domicílio,

23
Intervenção Fisioterapêutica III

- Acompanhamento do fisioterapeuta - quinzenal e Objetivos propostos:


mensal.
- Manter funções vitais,
2) - Prevenir úlceras de pressão,
- Prevenir contraturas.
- Pacientes no estágio 2 (envolvimento bilateral sem
comprometer o equilíbrio), Condutas propostas:
- Pacientes no estágio 2,5 (envolvimento bilateral leve, - Adaptações posturais no leito e na cadeira de rodas,
com sinais de instabilidade postural), - Exercícios ativos assistidos,
- Pacientes no estágio 3 (envolvimento bilateral leve a - Orientação para prevenção de contraturas e úlceras
moderada, com alguma instabilidade postural, fisicamente de pressão,
independente), - Exercícios respiratórios
- Pacientes no estágio 4 (incapacidade grave, ainda
capaz de andar e permanecer ereto sem auxílio). É menos comum encontrar pacientes totalmente
restritos, podendo-se treinar marcha até em paciente com
Objetivos propostos:
muitos anos de evolução da doença. Entre os doentes
muito idosos a imobilidade prolongada pode levar com
- Prevenir quedas,
mais rapidez à Síndrome da Imobilidade.
- Reduzir limitações funcionais nas mudanças e
manutenções de posturas, marcha, equilíbrio e tarefas
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: TRATAMEN-
manipulativas.
TO FISIOTERAPÊUTICO E ABORDAGEM GERON-
Condutas propostas: TOLÓGICA

- Treino de AVD / AIVD, no domicílio, usando pistas Neste capítulo o Acidente Vascular Encefálico (AVE)
externas e cognitivas para facilitar e guiar os movimentos será abordado enfatizando os aspectos gerontológicos.
(driblar a bradicinesia), Então, é importante conhecer as alterações prévias
- Evitar situações de dupla tarefa (neurológicas ou não) que o idoso apresenta para prever o
- Exercícios para a mobilidade de tornozelo, quadril prognóstico. Da mesma forma que um paciente idoso com
e tronco são importante manutenção das estratégias de diversas doenças e alterações procura o fisioterapeuta
equilíbrio, com AVE recente, pode chegar ao profissional um
- Importância do treino junto ao cuidador para que seja paciente com outras alterações com queixas diversas, e
dado sequência ao treinamento, além disso, possuir história de um AVE prévio (há muitos
- Atenção à biomecânica respiratória anos, por exemplo). A abordagem é diferente e sempre
- Exercícios para a mobilidade de tornozelo, quadril baseada numa avaliação minuciosa e com enfoque na
e tronco são importante manutenção das estratégias de funcionalidade.
equilíbrio,
- Importância do treino junto ao cuidador para que seja Deve-se considerar que o tratamento geralmente
dado sequência ao treinamento, utilizado em pessoas jovens pode não ser adequado a
- Atenção à biomecânica respiratória um idoso, pois há casos em que as comorbidades são
complicadoras da reabilitação, por exemplo: alterações
3) cognitivas, amputações, deformidades, dores reumáticas,
alterações sensoriais prévias, medo de cair, vestibulopatias,

- Pacientes no estágio 5 (presos à cadeira de rodas ou etc. Quanto mais alterações o indivíduo apresenta, pior é

ao leito, necessitando de ajuda a maior parte do tempo) o prognóstico funcional. E o paciente e familiares devem

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Intervenção Fisioterapêutica III

estar cientes disso no início do tratamento e em todas as - Eletroestimulação funcional (AVE), entre outras...
fases da reabilitação.
A utilização de eletroterapia em idosos com feridas
Os déficts de ação e percepção prejudicam o estado é muito útil, pois estes possuem maior propensão ao
clínico clínico e funcional dos pacientes. Após o episódio aparecimento úlceras de pressão, vasculares, ulcerações
é comum: devido ao DM, etc. No entanto, há casos em que o
paciente possui tantos acometimentos complexos e tantas
- Perda da vida profissional (66%) alterações motoras, que o objetivo do fisioterapeuta é
- Incapacidade de deambulação (11%) mais direcionado para tais comprometimentos, deixando
- Dependência nas AVDs (42%) as úlceras aos cuidados da enfermagem.
- Hospitalizações/ Institucionalização (24%)
- Morte (30% em 21 dias) Feridas são muito prevalentes em idosos:

Fatores que influenciam na recuperação funcional do - Maior prevalência de doenças que propiciam feridas
idoso e que devem ser considerados: - Alterações fisiológicas próprias do envelhecimento:
. Granulação retardada
- Sarcopenia / Diminuição da neuroplasticidade . Desorganização de fibras colágenas (pele mais fina e
- Doenças associadas mais comuns na idade avançada menos elástica)
(cardiopatia, vasculopatia, parkinson, etc..) . Tecido cicatricial com baixa resistência à tensão
- Comprometimentos reumáticos / ortopédicos . Circulação sanguínea deficitária
- Alterações cognitivas e comportamentais
- Prejuízos funcionais prévios Tudo isso associado à mobilidade reduzida facilita ainda
- Complicações devido a hospitalização (dérmica, mais o aparecimento de úlcera de pressão.
respiratória, sensoriail, etc...)
- Suporte social e familiar Correntes elétricas estimulam atividades celulares na
Considerações: recuperação de feridas:

- Paciente idoso jovem x idoso muito idoso - Síntese de DNA


- Nível funcional prévio comprometido - Matriz extracelular (colágeno)
- Procura do tratamento após seqüela já instalada, - Aumento do fluxo sg arterial
- Alteração motora recorrente – AVE prévio de longa - Diminui edema
data (paciente já reabilitado) - Atrai neutrófilos, macrófagos, fibroblastos...
- Importante focar na função necessário para o - Ação bactericida
indivíduo em questão, evitando objetivos comuns.
Algumas das ações dos seguintes recursos:
AULA 6: Utilização Eletro, Foto
e Termoterapia como recursos LASER:
terapêuticos em Gerontologia
- Aumenta produção de ATP, o que favorece as mitoses
Principais indicações da eletroterapia em idosos: celulares
- Aumenta a atividade linfócitos, macrófagos, fibroblas-
- Feridas tos...
- Dor aguda e crônica - Vasodilatação
- Alterações reumáticas (osteoatrose) - Aumenta síntese proteica

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Intervenção Fisioterapêutica III

- Estimula neoformação vascular


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- Devem ser respeitadas as características clínicas de
Envelhecimento. São Paulo: Guanabara-Koogan; 2009. p
cada paciente e limitações de cada recurso;
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- Não há regra ou parâmetro diferenciados na utilização
de eletroterapia em idosos;
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cada paciente e limitações de cada recurso;
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sanguíneo podem gerar alteração;
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- Pele mais fina e ressecada oferece resistência à
In: Perracini MR, Fló CM. Fisioterapia: Teoria e Prática
corrente elétrica, exigindo voltagens mais altas;
Clínica – Funcionalidade e Envelhecimento. São Paulo:
- Em casos de termoterapia, a pele pode sofrer
Guanabara-Koogan; 2009. p 213-8.
queimaduras mais facilmente e a recuperação é mais lenta
que em jovens;
Gadelha MIP, Martins RG. Neoplasias no Idoso. In:
- Dificuldades de posicionamento devido às limitações
Freitas EV et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 3 ed.
motoras;
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- Muitos idosos possuem o hábito de colocar calor
eletrotermofototerapia no tratamento de idosos. In:
superficial em processos inflamatórios e recusam a
Perracini MR, Fló CM. Fisioterapia: Teoria e Prática Clínica –
utilização da crioterapia. Por isso é importante um trabalho
Funcionalidade e Envelhecimento. São Paulo: Guanabara-
de orientação associado;
Koogan; 2009. p 441-71.
- Como em qualquer caso, deve-se ter conhecimento
sobre o recurso e bom senso na utilização.

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Intervenção Fisioterapêutica III

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