Você está na página 1de 35

Projecto de prNP 4463

2007
Norma Portuguesa

Linhas de orientação sobre técnicas estatísticas para a ISO 9001:2000


(ISO/TR 10017:2003)

o
ida nic
Lignes directrices pour les techniques statistiques relatives à l’ISO 9001:2000
(ISO/TR 10017:2003)

oib tró
Guidance on statistical techniques for ISO 9001:2000

pr lec
(ISO/TR 10017:2003)

ão o e
uç ent
pr um
re doc
od

ICS APROVAÇÃO
IP de

03.120.30 2007-04-13

DESCRITORES INQUÉRITO PÚBLICO


Sistemas de gestão da qualidade; qualidade; organizações; Este projecto de Norma está sujeito a inquérito público durante o
© ão

empresas; métodos estatísticos de análise; controlo estatístico da prazo de 30 dias conforme indicado na publicação do Instituto
Q

qualidade; estatística; planeamento; bibliografia Português da Qualidade “Lista Mensal Projectos de Normas”.
Eventuais críticas ou sugestões devem ser enviadas ao Instituto
s

CORRESPONDÊNCIA Português da Qualidade, Serviço de Normalização


es

ISO/TR 10017:2003, harmonizada


ELABORAÇÃO
CT 80 (APQ)
pr

EDIÇÃO
Abril de 2007
Im

CÓDIGO DE PREÇO
X009

© IPQ reprodução proibida

Rua António Gião, 2


2829-513 CAPARICA PORTUGAL

Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101


E-mail: ipq@mail.ipq.pt Internet: www.ipq.pt
Im
pr
es
© ão s
IP de
Q
re doc
pr um

em branco
od
uç ent
ão o e
pr lec
oib tró
ida nic
o
prNP 4463
2007

p. 3 de 35

Índice Página

o
Preâmbulo ................................................................................................................................................. 4

ida nic
Introdução................................................................................................................................................. 5

1 Objectivo e campo de aplicação ........................................................................................................... 6

oib tró
2 Referências normativas......................................................................................................................... 6

pr lec
3 Identificação de necessidades potenciais de técnicas estatísticas ...................................................... 6

ão o e
4 Descrições de técnicas estatísticas identificadas ................................................................................. 11

4.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 11


uç ent
4.2 Estatística descritiva ............................................................................................................................. 12

4.3 Planeamento de experiências................................................................................................................ 14


pr um

4.4 Teste de hipóteses................................................................................................................................. 15


re doc

4.5 Análise de medições............................................................................................................................. 17


od

4.6 Análise da capacidade do processo ...................................................................................................... 18

4.7 Análise de regressão............................................................................................................................. 20


IP de

4.8 Análise de fiabilidade........................................................................................................................... 22


© ão

4.9 Amostragem ......................................................................................................................................... 23


Q

4.10. Simulação .......................................................................................................................................... 25


s
es

4.11 Cartas de controlo estatístico do processo (CEP)............................................................................... 26

4.12 Toleranciamento estatístico................................................................................................................ 28


pr

4.13 Análise de séries cronológicas ........................................................................................................... 29


Im

Bibliografia ............................................................................................................................................... 32
prNP 4463
2007

p. 4 de 35

Preâmbulo
A ISO (Organização Internacional de Normalização) é uma federação mundial de organismos nacionais de

o
normalização (organismos membros da ISO). O trabalho de preparação das Normas Internacionais é,

ida nic
normalmente, executado pelos comités técnicos da ISO. Cada organismo membro interessado numa
determinada matéria, para a qual tenha sido criado um comité técnico, tem o direito de se fazer representar
nesse comité. As organizações internacionais, governamentais e não governamentais, em ligação com a ISO,

oib tró
participam igualmente nos trabalhos. A ISO colabora estreitamente com a Comissão Electrotécnica
Internacional (IEC) nos assuntos de normalização electrotécnica.

pr lec
As Normas Internacionais são preparadas de acordo com as regras constantes, na Parte 2, das directivas
ISO/IEC.
A tarefa principal dos comités técnicos consiste na preparação de Normas Internacionais. Os projectos das

ão o e
Normas Internacionais adoptados pelos comités técnicos são submetidos aos organismos membros para
votação. A publicação como Norma Internacional requer a aprovação de pelo menos 75% dos organismos
membros com direito a voto.
uç ent
Em circunstâncias excepcionais, quando um comité técnico tiver reunido dados de teor diferente dos que
normalmente são publicados numa Norma Internacional ("estado da arte”, por exemplo) esse comité poderá
decidir publicar um Relatório Técnico com a maioria simples dos votos dos seus membros participantes. Um
pr um

Relatório Técnico é inteiramente informativo por natureza e não tem que ser revisto até que se considere que
os dados que proporciona já não são válidos ou úteis.
re doc

Chama-se a atenção para a possibilidade de alguns elementos deste documento poderem estar sujeitos a
direitos patenteados. A ISO não deve ser considerada responsável pela identificação de parte ou da totalidade
od

de tais direitos patenteados.


O ISO/TR 10017 foi preparado pelo Comité Técnico ISO/TC 176, Gestão da qualidade e garantia da
IP de

qualidade, subcomité SC 3, Tecnologias de suporte.


Esta segunda edição anula e substitui a primeira edição (ISO/TR 10017:1999) e é agora baseada na ISO
9001:2000.
© ão

Este Relatório Técnico pode ser actualizado para reflectir revisões futuras da ISO 9001. Os comentários ao
Q

conteúdo deste Relatório Técnico poderão ser enviados ao Secretariado Central da ISO para consideração em
s

revisão futura.
es
pr
Im
prNP 4463
2007

p. 5 de 35

Introdução
A finalidade deste Relatório Técnico é ajudar as organizações a identificar as técnicas estatísticas que podem

o
ser úteis para desenvolver, implementar, manter e melhorar um sistema de gestão da qualidade de acordo

ida nic
com os requisitos da ISO 9001:2000.
Neste contexto, a utilidade das técnicas estatísticas provém da variabilidade que poderá ser observada no
comportamento e no resultado de praticamente todos os processos, mesmo sob condições de aparente

oib tró
estabilidade. Tal variabilidade pode ser observada nas características quantificáveis dos produtos e dos
processos, e a sua existência pode ser vista em várias etapas ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos,

pr lec
desde a pesquisa de mercado até ao serviço ao cliente e destino final.
As técnicas estatísticas podem ajudar a medir, descrever, analisar, interpretar e modelar essa variabilidade,
mesmo com uma quantidade relativamente limitada de dados. A análise estatística desses dados poderá

ão o e
proporcionar uma melhor compreensão da natureza, da extensão e das causas da variabilidade. Isto poderia
ajudar a resolver, e até a evitar, problemas que poderiam resultar dessa variabilidade.
As técnicas estatísticas podem, pois, permitir uma melhor utilização dos dados disponíveis para suportar a
uç ent
tomada de decisão, ajudando, desse modo, a melhorar continuamente a qualidade dos produtos e dos
processos para atingir a satisfação do cliente. Estas técnicas estatísticas são aplicáveis a um espectro largo de
actividades, tais como pesquisa de mercado, concepção, desenvolvimento, produção, verificação, instalação
pr um

e serviço após venda.


Este relatório técnico pretende orientar e ajudar as organizações a considerar e a seleccionar as técnicas
estatísticas apropriadas às suas necessidades. Os critérios para determinar a necessidade de técnicas
re doc

estatísticas, e a adequação da(s) técnica(s) seleccionada(s), permanecem prerrogativa da organização.


od

As técnicas estatísticas descritas neste Relatório Técnico são também aplicáveis a outras normas da família
da ISO 9000, em particular a ISO 9004:2000.
IP de
© ão
Q
s
es
pr
Im
prNP 4463
2007

p. 6 de 35

1 Objectivo e campo de aplicação


Este Relatório Técnico proporciona orientações para a selecção das técnicas estatísticas apropriadas que

o
poderão ser úteis a uma organização para desenvolver, implementar, manter e melhorar um sistema de gestão

ida nic
da qualidade em conformidade com a ISO 9001. Isto é feito examinando os requisitos da ISO 9001 que
envolvem o uso de dados quantitativos, e depois identificando e descrevendo as técnicas estatísticas que
podem ser úteis quando aplicadas a tais dados.

oib tró
A lista das técnicas estatísticas citadas neste Relatório Técnico não é completa nem exaustiva, e não impede
o uso de quaisquer outras técnicas (estatísticas ou outras) que a organização considere úteis. Além disto, este

pr lec
Relatório Técnico não tem intenção de prescrever quais as técnicas estatísticas a usar, nem de recomendar o
modo de as implementar.
Este relatório técnico não se destina a fins contratuais, regulamentares ou de certificação/registo. Não se

ão o e
pretende que seja usado como uma lista de comprovação mandatória da conformidade com os requisitos da
ISO 9001:2000. A justificação para o uso de técnicas estatísticas é que a sua aplicação ajudaria a melhorar a
eficácia do sistema de gestão da qualidade.
uç ent
NOTA1. Os termos “técnicas estatísticas” e “métodos estatísticos” são frequentemente utilizados de forma indiferenciada.
NOTA2. Referências neste Relatório Técnico a “produto” são aplicáveis às categorias genéricas de produto (serviços, software,
pr um

hardware e materiais processados, ou uma combinação destes), de acordo com a definição de “produto” na ISO 9000:2000.

2 Referências normativas
re doc

Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis para a aplicação deste documento. Para referências
od

datadas, apenas se aplica a edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a última edição do
documento referenciado (incluindo quaisquer alterações).
ISO 9000:2000 i)
IP de

Quality Management Systems - Fundamentals and vocabulary

3 Identificação de necessidades potenciais de técnicas estatísticas


© ão

A necessidade de dados quantitativos que, razoavelmente, se poderão associar à implementação das cláusulas
Q

e subcláusulas da ISO 9001 está identificada na Tabela 1. Para cada necessidade de dados quantitativos
s

assim identificada lista-se uma ou mais técnicas estatísticas que, quando adequadamente aplicadas a esses
es

dados, poderiam ser potencialmente benéficas para a organização.


NOTA: As técnicas estatísticas podem ser aplicadas com vantagem a dados qualitativos, se esses dados puderem ser convertidos
pr

em dados quantitativos.

Onde não se possa associar prontamente a necessidade de dados quantitativos a uma cláusula ou subcláusula
Im

da ISO 9001 não se identifica nenhuma técnica estatística.


As técnicas estatísticas citadas neste Relatório Técnico limitam-se às que são bem conhecidas. Da mesma
forma, apenas se identificam aqui aplicações relativamente directas de técnicas estatísticas.
Cada uma das técnicas estatísticas referidas a seguir está descrita brevemente na Cláusula 4, para apoiar a
organização na avaliação da relevância e do valor da(s) técnica(s) estatística(s) citada(s), bem como para
ajudar a determinar se a organização as deverá utilizar ou não num contexto específico.

i)
À data da publicação da versão portuguesa da ISO/TR 10017:2003, a norma ISO 9000:2005 substitui a norma ISO 9000:2000,
que se encontra anulada.
prNP 4463
2007

p. 7 de 35

Tabela 1 – Necessidades que envolvem dados quantitativos e técnicas estatísticas de suporte


Cláusula/subcláusula da Necessidades que envolvem a
Técnicas estatísticas

o
ISO 9001:2000 utilização de dados quantitativos

ida nic
4 Sistema de gestão da qualidade
4.1 Requisitos gerais Ver introdução a este Relatório
Técnico

oib tró
4.2 Requisitos da documentação
4.2.1 Generalidades Nenhuma identificada

pr lec
4.2.2 Manual da qualidade Nenhuma identificada
4.2.3 Controlo dos documentos Nenhuma identificada
4.2.4 Controlo dos registos Nenhuma identificada

ão o e
5 Responsabilidade da gestão
5.1 Comprometimento da gestão Nenhuma identificada
uç ent
5.2 Focalização no cliente Necessidade de determinar os Ver 7.2.2 nesta tabela
requisitos do cliente
Necessidade de avaliar a satisfação Ver 8.2.1 nesta tabela
do cliente
pr um

5.3 Política da qualidade Nenhuma identificada


5.4 Planeamento
re doc

5.4.1 Objectivos da qualidade Nenhuma identificada


od

5.4.2 Planeamento do sistema de Nenhuma identificada


gestão da qualidade
5.5 Responsabilidade, autoridade e
IP de

comunicação
5.5.1 Responsabilidade e autoridade Nenhuma identificada
5.5.2 Representante da gestão Nenhuma identificada
© ão

5.5.3 Comunicação interna Nenhuma identificada


Q

5.6 Revisão pela gestão


s

5.6.1 Generalidades Nenhuma identificada


es

5.6.2 Entrada para a revisão


a) Resultados de auditorias Necessidade de obter e avaliar dados Estatística descritiva; amostragem
pr

da auditoria
Im

b) Retorno de informação do cliente Necessidade de obter e avaliar o Estatística descritiva; amostragem


retorno de informação do cliente
c) Desempenho do processo e Necessidade de avaliar o Estatística descritiva; análise de
conformidade do produto desempenho do processo e a capacidade do processo; amostragem;
conformidade do produto Cartas CEP
d) Estado das acções preventivas e Necessidade de obter e avaliar os Estatística descritiva
correctivas dados das acções preventivas e
correctivas
5.6.3 Saída da revisão Nenhuma identificada
6 Gestão de recursos
6.1 Provisão de recursos Nenhuma identificada
prNP 4463
2007

p. 8 de 35

Cláusula/subcláusula da Necessidades que envolvem a


Técnicas estatísticas
ISO 9001:2000 utilização de dados quantitativos

o
6.2 Recursos humanos

ida nic
6.2.1 Generalidades Nenhuma identificada
6.2.2 Competência,
consciencialização e formação

oib tró
6.2.2 a) Nenhuma identificada
6.2.2 b) Nenhuma identificada

pr lec
6.2.2 c) Avaliar a eficácia das acções Necessidade de avaliar competências Estatística descritiva; amostragem
empreendidas e eficácia da formação
6.2.2 d) Nenhuma identificada

ão o e
6.2.2 e) Nenhuma identificada
6.3 Infra-estrutura Nenhuma identificada
6.4 Ambiente de trabalho Necessidade de monitorizar o Estatística descritiva; cartas CEP
uç ent
ambiente de trabalho
7 Realização do produto
7.1 Planeamento da realização do Nenhuma identificada
pr um

produto
7.2 Processos relacionados com o
cliente
re doc

7.2.1 Determinação dos requisitos Nenhuma identificada


relacionados com o produto
od

7.2.2 Revisão dos requisitos Necessidade de avaliar a capacidade Estatística descritiva; análise de
relacionados com o produto da organização para atingir os medições; análise de capacidade do
IP de

requisitos definidos processo; amostragem;


toleranciamento estatístico
7.2.3 Comunicação com o cliente Nenhuma identificada
© ão

7.3 Concepção e desenvolvimento


Q

7.3.1 Planeamento da concepção e Nenhuma identificada


desenvolvimento
s

7.3.2 Entradas para concepção e Nenhuma identificada


es

desenvolvimento
7.3.3 Saídas da concepção e Necessidade de verificar que as Estatística descritiva; planeamento de
desenvolvimento saídas da concepção satisfazem os experiências; teste de hipóteses;
pr

requisitos de entrada análise de medições; análise de


regressão; análise de fiabilidade;
Im

amostragem; simulação; análise de


séries cronológicas
7.3.4 Revisão da concepção e Nenhuma identificada
desenvolvimento
7.3.5 Verificação da concepção e Necessidade de verificar que as Estatística descritiva; planeamento de
desenvolvimento saídas da concepção satisfazem os experiências; teste de hipóteses;
requisitos de entrada análise de medições; análise de
capacidade do processo; análise de
regressão; análise de fiabilidade;
amostragem; simulação; análise de
séries cronológicas
prNP 4463
2007

p. 9 de 35

Cláusula/subcláusula da Necessidades que envolvem a


Técnicas estatísticas
ISO 9001:2000 utilização de dados quantitativos

o
7.3.6 Validação da concepção e Necessidade de validar que o produto Estatística descritiva; planeamento de
desenvolvimento satisfaz a utilização e as necessidades experiências; teste de hipóteses;

ida nic
declaradas análise de medições; análise de
capacidade do processo; análise de
regressão; análise de fiabilidade;

oib tró
amostragem; simulação
7.3.7 Controlo das alterações na Necessidade de avaliar, verificar e Estatística descritiva; planeamento de
concepção e desenvolvimento validar os efeitos das alterações na experiências; teste de hipóteses;

pr lec
concepção análise de medições; análise de
capacidade do processo; análise de
regressão; análise de fiabilidade;

ão o e
amostragem; simulação
7.4 Compras
7.4.1 Processo de compra Necessidade de assegurar que o Estatística descritiva; teste de
uç ent
produto comprado está em hipóteses; análise de medições; análise
conformidade com os requisitos de de capacidade do processo; análise de
compra especificados regressão; análise de fiabilidade;
amostragem
pr um

Necessidade de avaliar a capacidade Estatística descritiva; planeamento de


dos fornecedores para fornecerem experiências; análise de capacidade do
produto que satisfaça os requisitos processo; análise de regressão;
re doc

das organizações amostragem


7.4.2 Informação de compra Nenhuma identificada
od

7.4.3 Verificação do produto Necessidade de estabelecer e Estatística descritiva; teste de


comprado implementar inspecção e outras hipóteses; análise de medições; análise
actividades para assegurar que o de capacidade do processo; análise de
IP de

produto comprado satisfaz os fiabilidade; amostragem


requisitos especificados
7.5 Produção e fornecimento do
© ão

7.5.1i Controlo da produção e do Necessidade de monitorizar e Estatística descritiva; análise de


Q

fornecimento do serviço controlar a actividade de produção e medições; análise de capacidade do


s

de serviço processo; análise de regressão; análise


de fiabilidade; amostragem; cartas
es

CEP; análise de séries cronológicas


7.5.2 Validação dos processos de Necessidade de validar, monitorizar e Estatística descritiva; análise de
pr

produção e de fornecimento do controlar os processos cujo resultado capacidade do processo; análise de


serviço não possa ser medido de imediato regressão; amostragem; cartas CEP;
Im

análise de séries cronológicas


7.5.3 Identificação e rastreabilidade Nenhuma identificada
7.5.4 Propriedade do cliente Necessidade de verificar as Estatística descritiva; amostragem
características da propriedade do
cliente
7.5.5 Preservação do produto Necessidade de monitorizar o efeito Estatística descritiva; análise de
do manuseamento, embalagem e regressão; análise de fiabilidade;
armazenamento sobre a qualidade do amostragem; cartas CEP; análise de
produto séries cronológicas
prNP 4463
2007

p. 10 de 35

Cláusula/subcláusula da Necessidades que envolvem a


Técnicas estatísticas
ISO 9001:2000 utilização de dados quantitativos

o
7.6 Controlo dos dispositivos de Necessidade de assegurar a Estatística descritiva; análise de

ida nic
monitorização e medição consistência do processo e do medições; análise de capacidade do
equipamento de monitorização e processo; análise de regressão;
medição com os requisitos amostragem; cartas CEP;
toleranciamento estatístico; análise de

oib tró
séries cronológicas
Necessidade de avaliar a validade das Estatística descritiva; teste de

pr lec
medições anteriores, quando hipóteses; análise de medições; análise
requerido de regressão; amostragem;
toleranciamento estatístico; análise de

ão o e
séries cronológicas
8 Medição, análise e melhoria
8.1 Generalidades Nenhuma identificada
uç ent
8.2 Monitorização e medição
8.2.1 Satisfação do cliente Necessidade de monitorizar e analisar Estatística descritiva; amostragem
a informação relativa à percepção do
pr um

cliente
8.2.2 Auditoria interna Necessidade de planear o programa Estatística descritiva; amostragem
de auditoria interna e relatar os dados
da auditoria
re doc

8.2.3 Monitorização e medição dos Necessidade de monitorizar e medir Estatística descritiva; planeamento de
od

processos os processos do sistema de gestão da experiências; teste de hipóteses;


qualidade, para demonstrar a aptidão análise de medições; análise de
do processo para atingir os resultados capacidade do processo; amostragem;
IP de

planeados cartas CEP; análise de séries


cronológicas
8.2.4 Monitorização e medição do Necessidade de monitorizar e medir Estatística descritiva; planeamento de
produto as características do produto em fases experiências; teste de hipóteses;
© ão

apropriadas da realização, para análise de medições; análise de


Q

verificar que os requisitos são capacidade do processo; análise de


atingidos regressão; análise de fiabilidade;
s

amostragem; cartas CEP; análise de


es

séries cronológicas
8.3 Controlo do produto não Necessidade de determinar a Estatística descritiva; amostragem
pr

conforme quantidade de produto não conforme


expedido
Im

Necessidade de reverificar o produto Ver 8.2.4 nesta tabela


corrigido para assegurar a sua
conformidade com os requisitos.
8.4 Análise de dados Necessidade de obter e analisar dados
para avaliar a eficácia do sistema de
gestão da qualidade e de avaliar
possibilidades de melhoria relativas a
a) Satisfação do cliente Ver 8.2.1 nesta tabela
b) Conformidade com os requisitos Ver 8.2.4 nesta tabela
do produto
c) Características e tendências do Ver 8.2.3 nesta tabela
processo
prNP 4463
2007

p. 11 de 35

Cláusula/subcláusula da Necessidades que envolvem a


Técnicas estatísticas
ISO 9001:2000 utilização de dados quantitativos

o
d) Fornecedores Ver 7.4.1 nesta tabela

ida nic
8.5 Melhoria
8.5.1 Melhoria contínua Necessidade de melhorar os
processos do sistema de gestão da

oib tró
qualidade através do uso de dados
quantitativos nas áreas de
- Concepção e desenvolvimento Ver 7.3.3, 7.3.5, 7.3.6 nesta tabela

pr lec
- Compras Ver 7.4.1, 7.4.3 nesta tabela
- Produção e fornecimento do serviço Ver 7.5.1, 7.5.2, 7.5.5 nesta tabela

ão o e
- Controlo dos dispositivos de Ver 7.6 nesta tabela
monitorização e medição
8.5.2 Acção correctiva Necessidade de analisar dados Estatística descritiva; planeamento de
relativos às não-conformidades para experiências; teste de hipóteses análise
uç ent
ajudar a compreender as suas causas de capacidade do processo; análise de
regressão; amostragem; cartas CEP;
análise de séries cronológicas
pr um

8.5.3 Acção preventiva Necessidade de analisar dados Estatística descritiva; planeamento de


relativos às não-conformidades e experiências; teste de hipóteses;
potenciais não-conformidades para análise de capacidade do processo;
ajudar a compreender as suas causas análise de regressão; amostragem;
re doc

cartas CEP; análise de séries


od

cronológicas

4 Descrições de técnicas estatísticas identificadas


IP de

4.1 Generalidades
© ão

Na Tabela 1 estão identificadas as técnicas estatísticas, ou famílias de técnicas, que se seguem, as quais
Q

poderão ajudar as organizações a satisfazer as suas necessidades:


s

− estatística descritiva;
es

− planeamento de experiências;
− teste de hipóteses;
pr

− análise de medições;
Im

− análise de capacidade do processo;


− análise de regressão;
− análise de fiabilidade;
− amostragem;
− simulação;
− cartas de controlo estatístico do processo (CEP);
− toleranciamento estatístico;
− análise de séries cronológicas.
prNP 4463
2007

p. 12 de 35

Das várias técnicas estatísticas listadas anteriormente, vale a pena referir que a estatística descritiva (que
inclui métodos gráficos) constitui um elemento importante para muitas das outras técnicas listadas

o
Como já referido, os critérios usados para seleccionar as técnicas listadas anteriormente são que as técnicas

ida nic
sejam bem conhecidas e largamente usadas e que da sua aplicação tenham resultado benefícios para os
utilizadores.
A escolha da técnica e a maneira como é aplicada dependerão das circunstâncias e da finalidade do exercício,

oib tró
que diferirão de caso para caso.
Uma descrição breve de cada técnica estatística, ou família de técnicas, encontra-se nas secções 4.2 a 4.13.

pr lec
As descrições pretendem ajudar os leitores iniciados a ajuizar da aplicabilidade e dos benefícios potenciais
do uso das técnicas estatísticas ao implementar os requisitos de um sistema de gestão da qualidade.

ão o e
A aplicação real das técnicas estatísticas aqui referidas requererá mais orientações e experiência qualificada
do que os fornecidos por este Relatório Técnico. Há um vasto conjunto de informação sobre técnicas
estatísticas disponível no domínio público, tais como livros, jornais, relatórios, manuais da indústria e outras
fontes de informação, que poderão ajudar a organização na utilização eficaz das técnicas estatísticas . No
uç ent
entanto, está para além do âmbito deste Relatório Técnico a citação destas fontes, deixando-se à iniciativa
individual a pesquisa dessa informação.
pr um

4.2 Estatística descritiva


re doc

4.2.1 O que é
od

O termo estatística descritiva refere-se a procedimentos para resumir e apresentar de forma compreensível a
informação contida em dados.
No caso de dados quantitativos, normalmente as características de interesse são o valor central (mais
IP de

frequentemente descrito pela média) e a dispersão (geralmente medida pela amplitude ou pelo desvio
padrão). Outra característica de interesse é a distribuição dos dados, para a qual há medidas quantitativas que
descrevem a forma da distribuição (tal como o grau de “assimetria” que descreve a simetria).
© ão

Muitas vezes, a informação fornecida pela estatística descritiva pode ser pronta e eficazmente
Q

disponibilizada por uma variedade de métodos gráficos, que incluem representações de dados relativamente
s

simples tais como


es

− gráfico de tendência (também chamado “gráfico de linhas”), que é uma representação gráfica de uma
característica de interesse ao longo de um período de tempo, para observar o seu comportamento no
pr

tempo,
− diagrama de dispersão, que ajuda a avaliar a relação entre duas variáveis ao representar uma variável no
Im

eixo dos x e o valor correspondente da outra no eixo dos y, e


− histograma que mostra a distribuição de valores de uma característica de interesse.
Há um vasto leque de métodos gráficos que podem ajudar a interpretação e a análise de dados. Estes variam
desde as ferramentas relativamente simples descritas anteriormente (e outras tais como gráficos de barras e
gráficos circulares) a técnicas de natureza mais complexa, incluindo as que envolvem escalas especializadas
(tais como gráficos de probabilidade) e gráficos que envolvem dimensões e variáveis múltiplas.
Os métodos gráficos são úteis na medida em que são capazes de, frequentemente, revelar características
invulgares dos dados que poderão não ser detectadas rapidamente numa análise quantitativa. Têm larga
aplicação na análise de dados quando se exploram ou verificam relações entre variáveis e se estimam os
parâmetros que descrevem essas relações. Têm também uma aplicação importante no resumo e na
prNP 4463
2007

p. 13 de 35

apresentação, de uma forma eficaz, de dados complexos ou de relações entre dados, especialmente para
audiências de não especialistas.

o
A estatística descritiva (incluindo os métodos gráficos) é implicitamente invocada em muitas das técnicas
estatísticas referidas neste Relatório Técnico e deverá ser considerada como uma componente fundamental

ida nic
da análise estatística.

oib tró
4.2.2 Para que é utilizada
A estatística descritiva é utilizada para resumir e caracterizar dados. É, em geral, o passo inicial na análise de

pr lec
dados quantitativos e constitui muitas vezes o primeiro passo na utilização de outros procedimentos
estatísticos.
As características dos dados amostrais poderão servir como base para fazer inferências a respeito das

ão o e
características das populações das quais as amostras foram retiradas, com margem de erro e nível de
confiança determinados.
uç ent
4.2.3 Benefícios
A estatística descritiva oferece uma maneira eficiente e relativamente simples de resumir e caracterizar
pr um

dados, bem como uma maneira conveniente de apresentar essa informação. Em particular, os métodos
gráficos são uma maneira muito eficaz de apresentar dados e comunicar informação.
Potencialmente, a estatística descritiva é aplicável a todas as situações que envolvam o uso de dados. Pode
re doc

ajudar a análise e a interpretação de dados e é um apoio valioso na tomada de decisão.


od

4.2.4 Limitações e cuidados


A estatística descritiva fornece medidas quantitativas das características dos dados amostrais (tais como a
IP de

média e o desvio padrão). Contudo, estas medidas estão sujeitas às limitações da dimensão da amostra e do
método de amostragem utilizado. Adicionalmente, estas medidas quantitativas não podem ser assumidas
como estimativas válidas das características da população de onde foi retirada a amostra, a menos que os
© ão

pressupostos estatísticos subjacentes tenham sido satisfeitos.


Q
s

4.2.5 Exemplos de aplicações


es

A estatística descritiva tem aplicação útil em quase todas as áreas onde se recolhem dados quantitativos.
Pode fornecer informação sobre o produto, o processo ou algum outro aspecto do sistema de gestão da
pr

qualidade, e poderá ser usada nas revisões pela gestão. Alguns exemplos dessas aplicações são os seguintes:
− resumo de medidas-chave de características do produto (tais como o valor central e a dispersão);
Im

− descrição do desempenho de algum parâmetro de um processo, tal como a temperatura de um forno;


− caracterização do prazo de entrega ou do tempo de resposta na indústria de serviços;
− resumo de dados de inquéritos a clientes, tal como satisfação ou insatisfação dos clientes;
− ilustração de dados de medição, tal como dados de calibração de um equipamento;
− representação da distribuição de uma característica de um processo através de um histograma, face aos
limites de especificação dessa característica;
− representação dos resultados do desempenho de um produto ao longo de um período de tempo, através de
um gráfico de tendência;
prNP 4463
2007

p. 14 de 35

− avaliação da possível relação entre uma variável de um processo (por exemplo, temperatura) e um
resultado, através de um diagrama de dispersão.

o
ida nic
4.3 Planeamento de experiências

4.3.1 O que é

oib tró
O planeamento de experiências refere-se a investigações realizadas de maneira planeada e que se suportam
numa avaliação estatística dos resultados para tirar conclusões com um determinado nível de confiança.

pr lec
Normalmente, o planeamento de experiências envolve a indução de alteração(ões) ao sistema sob
investigação e a avaliação estatística do efeito dessa(s) alteração(ões) sobre o sistema. O seu objectivo

ão o e
poderá ser validar alguma(s) característica(s) de um sistema ou poderá ser investigar a influência de um ou
mais factores sobre alguma(s) característica(s) de um sistema.
O arranjo específico e a maneira como as experiências se vão realizar constituem o plano da experiência e
uç ent
este plano é orientado pelo objectivo do exercício e pelas condições em que as experiências serão
conduzidas.
Há várias técnicas que poderão ser usadas para analisar dados de experiências. Estas vão desde as técnicas
pr um

analíticas, tal como a “análise de variância” (ANOVA), até a outras de natureza mais gráfica, como sejam os
“gráficos de probabilidade”.
re doc

4.3.2 Para que é utilizado


od

O planeamento de experiências poderá ser usado para avaliar uma característica de um produto, processo ou
sistema para efeitos de validação em relação a um referencial especificado ou de avaliação comparativa de
diversos sistemas.
IP de

O planeamento de experiências é particularmente útil para investigar sistemas complexos cujo resultado
poderá ser influenciado por um número de factores potencialmente elevado. O objectivo da experiência
© ão

poderá ser maximizar ou optimizar uma característica de interesse ou reduzir a sua variabilidade. O
planeamento de experiências poderá ser usado para identificar os factores mais influentes num sistema, a
Q

magnitude da sua influência e as relações (i.e. interacções), se existirem, entre os factores. As constatações
s

poderão ser usadas para facilitar a concepção e o desenvolvimento de um produto ou de um processo ou para
es

controlar ou melhorar um sistema existente.


Com determinadas limitações (citadas brevemente em 4.3.4), a informação de uma experiência planeada
pr

poderá ser usada para formular um modelo matemático que descreva a(s) característica(s) de interesse do
sistema como uma função dos factores de influência. Esse modelo poderá ser usado para efeitos de previsão.
Im

4.3.3 Benefícios
Ao estimar ou validar uma característica de interesse, é necessário assegurar que os resultados obtidos não
são simplesmente devidos ao acaso. Isto aplica-se às avaliações feitas em relação a um referencial
especificado e, mais ainda, à comparação de dois ou mais sistemas. O planeamento de experiências permite
fazer tais avaliações com um nível de confiança pretendido.
Uma grande vantagem do planeamento de experiências é a sua relativa eficiência e economia na investigação
dos efeitos de múltiplos factores num processo, quando comparado com a investigação de cada factor
individualmente. A sua capacidade para identificar as interacções de determinados factores pode, também,
conduzir a uma compreensão mais profunda do processo. Estes benefícios são especialmente evidentes
prNP 4463
2007

p. 15 de 35

quando se lida com processos complexos (i.e. processos que envolvem um grande número de factores
potencialmente influentes).

o
Finalmente, quando se investiga um sistema há o risco de presumir incorrectamente causalidade onde poderá
haver somente uma correlação entre duas ou mais variáveis que é devida ao acaso. O risco de tal erro pode

ida nic
ser reduzido com o uso de princípios sólidos de planeamento de experiências.

oib tró
4.3.4 Limitações e cuidados
Em todos os sistemas está presente um determinado nível de variação inerente (descrito frequente e

pr lec
correctamente como "ruído") que pode por vezes encobrir os resultados das investigações e conduzir a
conclusões incorrectas. Outras fontes potenciais de erro incluem o efeito de confundimento de factores
desconhecidos (ou simplesmente não reconhecidos) que poderão estar presentes, ou o efeito de

ão o e
confundimento de dependências entre os vários factores num sistema. O risco colocado por estes erros pode
ser mitigado por experiências bem planeadas através, por exemplo, da escolha da dimensão da amostra ou de
outras considerações no plano da experiência. Estes riscos nunca podem ser eliminados e consequentemente
deverão ser tidos em consideração ao tirar as conclusões.
uç ent
Também, em sentido restrito, as constatações da experiência são válidas só para os factores e para a gama de
valores considerada na experiência. Consequentemente, deverá ter-se cuidado ao extrapolar (ou ao
interpolar) muito além da gama de valores considerada na experiência.
pr um

Finalmente, a teoria do planeamento de experiências parte de determinados pressupostos fundamentais (tal


como a existência de uma relação canónica entre um modelo matemático e a realidade física em estudo) cuja
re doc

validade ou adequação são questionáveis.


od

4.3.5 Exemplos de aplicações


Uma aplicação usual do planeamento de experiências é na avaliação de produtos ou processos, como por
IP de

exemplo na validação do efeito de tratamento médico, ou na avaliação da eficácia relativa de diversos tipos
de tratamento. Exemplos de aplicação na indústria incluem testes de validação de produtos em relação a
determinados padrões de desempenho especificados.
© ão

O planeamento de experiências é muito usado para identificar os factores de influência em processos


Q

complexos e, desse modo, controlar ou melhorar o valor médio, ou reduzir a variabilidade, de alguma
s

característica de interesse (tais como resultado do processo, resistência do produto, durabilidade, nível de
es

ruído). Tais experiências encontram-se frequentemente na produção de componentes electrónicos,


automóveis e produtos químicos, por exemplo. É também muito usado em áreas tão diversas como a
agricultura e a medicina. O campo de aplicações é potencialmente vasto.
pr
Im

4.4 Teste de hipóteses

4.4.1 O que é
O teste de hipóteses é um procedimento estatístico para determinar, com um nível de risco prescrito, se um
conjunto de dados (normalmente de uma amostra) é compatível com uma dada hipótese. A hipótese poderá
dizer respeito ao pressuposto de uma determinada distribuição estatística ou modelo, ou poderá dizer respeito
ao valor de algum parâmetro de uma distribuição (tal como o seu valor médio).
O procedimento para o teste de hipóteses envolve avaliação da evidência (sob a forma de dados) para decidir
se deverá ou não ser rejeitada uma dada hipótese relativa a um modelo estatístico ou a um parâmetro.
prNP 4463
2007

p. 16 de 35

O teste de hipóteses é explícita ou implicitamente invocado em muitas das técnicas estatísticas citadas neste
Relatório Técnico, tais como amostragem, cartas CEP, planeamento de experiências, análise de regressão e

o
análise de medições.

ida nic
4.4.2 Para que é utilizado
O teste de hipóteses é largamente utilizado para permitir concluir, com um determinado nível de confiança,

oib tró
se é ou não válida uma hipótese a respeito de um parâmetro de uma população (conforme estimado a partir
de uma amostra). O procedimento poderá, portanto, ser aplicado para testar se um parâmetro da população

pr lec
satisfaz ou não um determinado padrão; ou poderá ser usado para testar as diferenças entre duas ou mais
populações. É, portanto, útil na tomada de decisão.
O teste de hipóteses também é usado para testar pressupostos de modelos, tais como se a distribuição de uma

ão o e
população é ou não normal ou se os dados amostrais são aleatórios.
O procedimento do teste de hipóteses poderá também ser usado para determinar a gama de valores
(designada “intervalo de confiança”) que se pode dizer que contém, com um determinado nível de confiança,
uç ent
o verdadeiro valor do parâmetro em questão.
pr um

4.4.3 Benefícios
O teste de hipóteses permite que se faça uma afirmação sobre algum parâmetro de uma população com um
nível de confiança conhecido. Deste modo, o teste de hipóteses pode ser uma ajuda na tomada de decisões
re doc

que dependam do parâmetro.


od

Similarmente, o teste de hipóteses pode permitir que se façam afirmações relativas à natureza da distribuição
de uma população, bem como às propriedades dos próprios dados amostrais.
IP de

4.4.4 Limitações e cuidados


Para assegurar a validade das conclusões que resultam do teste de hipóteses, é essencial que os pressupostos
© ão

estatísticos subjacentes sejam adequadamente satisfeitos, nomeadamente que as amostras sejam recolhidas
de forma independente e aleatória. Adicionalmente, o nível de confiança com que se pode tirar a conclusão é
Q

determinado pela dimensão da amostra.


s

A um nível teórico, há alguma controvérsia a respeito de como o teste de hipóteses pode ser usado para fazer
es

inferências válidas.
pr

4.4.5 Exemplos de aplicações


Im

O teste de hipóteses tem uma aplicação genérica quando se tem que fazer uma afirmação sobre um parâmetro
ou sobre a distribuição de uma ou mais populações (como estimados a partir de uma amostra) ou na
avaliação dos próprios dados . Por exemplo, o procedimento poderá ser usado para:
− testar se a média (ou o desvio padrão) de uma população satisfaz um dado valor, tal como uma meta ou
um padrão;
− testar se as médias de duas (ou mais) populações são diferentes, como quando se comparam diferentes
lotes de componentes;
− testar se a proporção de uma população com defeitos não ultrapassa um dado valor;
− testar se há diferenças na proporção de unidades defeituosas nos resultados de dois processos;
− testar se os dados de uma amostra foram retirados aleatoriamente de uma única população;
prNP 4463
2007

p. 17 de 35

− testar se a distribuição de uma população é normal;


− testar se uma observação numa amostra é um valor atípico, i.e. um valor extremo de validade

o
questionável;

ida nic
− testar se houve uma melhoria em alguma característica do produto ou do processo;
− determinar a dimensão da amostra requerida para aceitar ou rejeitar uma hipótese, com um determinado

oib tró
nível de confiança;
− determinar um intervalo de confiança dentro do qual se poderá encontrar a média populacional, usando os

pr lec
dados de uma amostra.

4.5 Análise de medições

4.5.1 O que é ão o e
uç ent
A análise de medições (também referida como “análise de incerteza de medições” ou “análise do sistema de
medição”) é um conjunto de procedimentos para avaliar a incerteza de sistemas de medição, sob a gama de
condições na qual operam os sistemas. Os erros de medição poderão ser analisados pelos mesmos métodos
que são usados para analisar características de produtos.
pr um

4.5.2 Para que é utilizada


re doc

A incerteza da medição deverá ser tida em conta sempre que se recolhem dados. A análise de medições é
od

usada para avaliar, com um determinado nível de confiança, se o sistema de medição é adequado para o fim
em vista. É usada para quantificar a variação causada por várias fontes, tais como a variação devida ao
avaliador (i.e. a pessoa que faz a medição), ou a variação causada pelo processo de medição ou pelo próprio
IP de

instrumento de medição. Também é usada para descrever a variação devida ao sistema de medição como
uma proporção da variação total do processo, ou a variação tolerável total.
© ão

4.5.3 Benefícios
Q

A análise de medições proporciona uma maneira quantitativa e económica de seleccionar um instrumento de


s

medição ou de decidir se o instrumento é capaz de avaliar o parâmetro do produto ou do processo em causa.


es

A análise de medições proporciona uma base para comparar e reconciliar diferenças na medição, pela
quantificação da variação das várias fontes nos próprios sistemas de medição.
pr

4.5.4 Limitações e cuidados


Im

A análise de medições necessita de ser conduzida por especialistas treinados, excepto nos casos mais
simples. Se não houver cuidado e experiência qualificada na sua aplicação, os resultados da análise de
medições podem encorajar um falso e potencialmente caro excesso de optimismo, tanto em relação aos
resultados das medições como à aceitabilidade do produto. Inversamente, um excesso de pessimismo pode
resultar na substituição desnecessária de sistemas de medição adequados.
prNP 4463
2007

p. 18 de 35

4.5.5 Exemplos de aplicações

o
4.5.5.1 Determinação da incerteza da medição

ida nic
A quantificação de incertezas de medição pode servir para suportar a garantia dada por uma organização aos
seus clientes (internos ou externos) de que os seus processos de medição são capazes de medir
adequadamente o nível de qualidade a ser atingido. A análise da incerteza da medição pode frequentemente

oib tró
relevar variabilidade em áreas que são críticas para a qualidade do produto e, deste modo, orientar a
organização na alocação de recursos a essas áreas para melhorar ou manter a qualidade.

pr lec
4.5.5.2 Selecção de novos instrumentos
A análise de medições pode ajudar a orientar a escolha de um novo instrumento ao examinar a proporção de

ão o e
variação que está associada ao instrumento.
uç ent
4.5.5.3 Determinação das características de um método particular (veracidade, precisão, repetibilidade,
reprodutibilidade, etc.)
Permite a selecção do(s) método(s) de medição mais apropriado(s) a usar como suporte para garantir a
pr um

qualidade do produto. Poderá também permitir a uma organização ponderar o custo e a eficácia de vários
métodos de medição face ao seu efeito na qualidade do produto.
re doc

4.5.5.4 Teste de proficiência


od

O sistema de medição de uma organização poderá ser avaliado e quantificado comparando os seus resultados
de medição com os obtidos por outros sistemas de medição. Para além de dar garantia aos clientes, isto
poderá também ajudar uma organização a melhorar os seus métodos ou a formação do seu pessoal no que diz
IP de

respeito à análise de medições.


© ão

4.6 Análise da capacidade do processo


Q
s

4.6.1 O que é
es

A análise da capacidade do processo é a avaliação da variabilidade e da distribuição inerentes a um processo,


com o fim de estimar a sua capacidade de produzir resultados que estejam conformes com o intervalo de
variação permitido pelas especificações.
pr

Quando os dados são variáveis mensuráveis (do produto ou do processo), a variabilidade inerente ao
Im

processo é expressa em termos da “dispersão” do processo quando este está na situação de controlo
estatístico (ver 4.11) e é normalmente medida como seis desvios padrão (6σ) da distribuição do processo. Se
os dados do processo são uma variável com uma distribuição normal (“em forma de sino”), esta dispersão
envolverá (em teoria) 99,73% da população.
A capacidade do processo pode ser convenientemente expressa como um índice, o qual relaciona a
variabilidade real do processo com a tolerância permitida pelas especificações. Um índice de capacidade
muito usado para dados variáveis é o “Cp” (razão entre tolerância total e 6σ), que é uma medida da
capacidade teórica de um processo perfeitamente centrado entre os limites da especificação. Outro índice
muito usado é o “Cpk”, que descreve a capacidade real de um processo que pode ou não estar centrado; o
“Cpk” é especialmente aplicável a situações que envolvem especificações unilaterais. Outros índices de
capacidade têm sido concebidos para considerar melhor a variabilidade de longo e curto prazo e a variação
em torno do valor alvo pretendido para o processo.
prNP 4463
2007

p. 19 de 35

Quando os dados do processo envolvem “atributos” (por exemplo, percentagem de não conformes, ou
número de não-conformidades), a capacidade do processo é definida como a proporção média de unidades
não conformes ou a taxa média de não-conformidades.

o
ida nic
4.6.2 Para que é utilizada
A análise da capacidade do processo é usada para avaliar a capacidade de um processo para produzir

oib tró
resultados que sejam consistentemente conformes com as especificações e para estimar a quantidade de
produto não conforme que pode ser esperada.

pr lec
Este conceito pode ser aplicado na avaliação da capacidade de qualquer subconjunto de um processo, como
seja uma máquina específica. A análise da “capacidade da máquina” pode ser usada, por exemplo, para
avaliar um determinado equipamento ou para avaliar a sua contribuição para a capacidade de todo o

ão o e
processo.

4.6.3 Benefícios
uç ent
A análise da capacidade do processo proporciona uma avaliação da variabilidade inerente a um processo e
uma estimativa da percentagem de itens não conformes que podem ser esperados. Isto permite à organização
estimar os custos das não-conformidades e pode ajudar na tomada de decisões relativamente a melhorias do
pr um

processo.
O estabelecimento de padrões mínimos para a capacidade do processo pode orientar a organização na
selecção de processos e de equipamento que deverão produzir produtos aceitáveis.
re doc
od

4.6.4 Limitações e cuidados


O conceito de capacidade aplica-se estritamente a um processo na situação de controlo estatístico. Por isso, a
IP de

análise da capacidade do processo deverá ser realizada em conjunto com métodos de controlo, de modo a
fornecer uma verificação contínua do controlo.
As estimativas da percentagem de produtos não conformes estão sujeitas a pressupostos de normalidade.
© ão

Quando a normalidade estrita não se verifica na prática, tais estimativas deverão ser tratadas com cuidado,
Q

especialmente no caso de processos com elevados índices de capacidade.


s

Os índices de capacidade podem levar a conclusões erradas quando a distribuição do processo não é
es

francamente normal. As estimativas da percentagem de unidades não conformes deverão ser baseadas em
métodos analíticos desenvolvidos para distribuições apropriadas para esses dados. Do mesmo modo, no caso
pr

de processos que estão sujeitos a causas sistemáticas de variação, tais como desgaste de ferramentas, deverão
ser usadas abordagens especializadas para calcular e interpretar a capacidade.
Im

4.6.5 Exemplos de aplicações


A capacidade do processo é usada para estabelecer especificações de engenharia racionais para produtos
manufacturados, assegurando que as variações dos componentes sejam consistentes com a conjugação de
tolerâncias admissíveis para o produto montado. Inversamente, quando são necessárias tolerâncias apertadas,
é requerido aos fabricantes dos componentes que atinjam determinados níveis da capacidade do processo
para assegurar resultados elevados e desperdício mínimo.
Objectivos elevados de capacidade do processo (por exemplo, Cp≥2) são algumas vezes usados ao nível do
componente e do subsistema para atingir as desejadas qualidade e fiabilidade acumuladas de sistemas
complexos.
prNP 4463
2007

p. 20 de 35

A análise da capacidade da máquina é usada para avaliar a aptidão de uma máquina para produzir ou
desempenhar de acordo com requisitos expressos. Isto é útil na tomada de decisões de compra ou de

o
reparação.

ida nic
Os fabricantes de componentes para as indústrias automóvel, aeroespacial, electrónica, alimentar,
farmacêutica e de dispositivos médicos usam rotineiramente a capacidade do processo como um critério
importante para avaliar fornecedores e produtos. Isto permite ao fabricante minimizar a inspecção directa dos

oib tró
produtos e materiais comprados.
Algumas companhias das indústrias de transformação e de serviços monitorizam índices da capacidade do

pr lec
processo para identificar a necessidade de melhorias do processo ou para verificar a eficácia de tais
melhorias.

ão o e
4.7 Análise de regressão

4.7.1 O que é
uç ent
A análise de regressão relaciona o comportamento de uma característica de interesse (geralmente chamada
“variável dependente”) com potenciais factores causais (geralmente chamados “variáveis explicativas”). Esta
pr um

relação é especificada por um modelo científico, económico, de engenharia, etc. ou pode ser derivada
empiricamente. O objectivo é ajudar a compreender a causa potencial da variação na resposta e explicar
quanto cada factor contribui para essa variação. Isto é conseguido relacionando estatisticamente a variação
na variável dependente com a variação nas variáveis explicativas e obtendo o melhor ajustamento com a
re doc

minimização dos desvios entre a resposta prevista e a real.


od

4.7.2 Para que é utilizada


IP de

A análise de regressão permite ao utilizador fazer o seguinte:


− testar hipóteses acerca da influência das potenciais variáveis explicativas sobre a resposta e usar esta
informação para descrever a alteração estimada na resposta para uma dada alteração na variável
© ão

explicativa;
Q

− prever o valor da variável dependente para valores específicos das variáveis explicativas;
s

− prever (com um determinado nível de confiança) a gama de valores dentro da qual se espera que esteja a
es

resposta, dados os valores específicos para as variáveis explicativas;


− estimar a direcção e o grau de associação entre a variável dependente e uma variável explicativa (embora
pr

tal associação não implique causação). Esta informação poderia ser usada, por exemplo, para determinar o
Im

efeito da alteração de um factor, como seja a temperatura no resultado de um processo, enquanto outros
factores são mantidos constantes.

4.7.3 Benefícios
A análise de regressão pode permitir compreender a relação entre vários factores e a resposta de interesse,
podendo assim ajudar a orientar as decisões relacionadas com o processo em estudo e, finalmente, com a sua
melhoria.
O discernimento que resulta da análise de regressão decorre da sua capacidade de descrever, de forma
concisa, padrões nos dados da resposta, comparar subgrupos de dados diferentes mas relacionados e analisar
potenciais relações de causa/efeito. Quando as relações são bem modeladas, a análise de regressão pode
proporcionar uma estimativa das magnitudes relativas do efeito das variáveis explicativas, assim como das
prNP 4463
2007

p. 21 de 35

forças relativas dessas variáveis. Esta informação é potencialmente valiosa no controlo ou na melhoria dos
resultados dos processos.

o
A análise de regressão pode também proporcionar estimativas da magnitude e da fonte de influências sobre a
resposta que vêm de factores que, ou não são medidos, ou são omitidos na análise. Esta informação pode ser

ida nic
usada para melhorar o sistema ou o processo de medição.
A análise de regressão pode ser usada para prever o valor da variável dependente para determinados valores

oib tró
de uma ou mais variáveis explicativas; pode, identicamente, ser usada para prever o efeito das alterações nas
variáveis explicativas sobre uma resposta existente ou prevista. Poderá ser útil proceder a essas análises antes
de investir tempo ou dinheiro num problema quando a eficácia da acção não seja conhecida.

pr lec
4.7.4 Limitações e cuidados

ão o e
Quando se modela um processo, é necessário saber-fazer para especificar um modelo de regressão adequado
(por exemplo, linear, exponencial, multivariada) e para usar diagnósticos para melhorar o modelo. A
existência de variáveis omissas, erro(s) de medição e outras fontes de variação não explicada na resposta
uç ent
podem complicar a modelação. Para além do modelo de regressão em questão, os pressupostos específicos e
as características dos dados disponíveis determinam qual a técnica de estimação mais apropriada num
problema de análise de regressão.
pr um

Um problema que por vezes surge quando se desenvolve um modelo de regressão é a presença de dados cuja
validade é questionável. A validade de tais dados deverá, sempre que possível, ser investigada, uma vez que
a inclusão ou omissão dos dados na análise poderiam influenciar as estimativas dos parâmetros do modelo e,
re doc

consequentemente, a resposta.
od

Na modelação é importante simplificar o modelo, minimizando o número de variáveis explicativas. A


inclusão de variáveis desnecessárias pode ocultar a influência das variáveis explicativas e reduzir a precisão
das previsões do modelo. Contudo, omitir uma variável explicativa importante pode limitar seriamente o
IP de

modelo e a utilidade dos resultados.


© ão

4.7.5 Exemplos de aplicações


Q

A análise de regressão é usada para modelar características de produção, tais como rendimento, capacidade
de produção, qualidade do desempenho, tempo de ciclo, probabilidade de falhar um teste ou inspecção e
s

vários padrões de deficiências em processos. A análise de regressão é usada para identificar os factores mais
es

importantes naqueles processos e a magnitude e natureza da sua contribuição para a variação na


característica de interesse.
pr

A análise de regressão é usada para prever os resultados de uma experiência ou de um estudo prospectivo ou
retrospectivo controlado da variação de materiais ou de condições de produção.
Im

A análise de regressão é usada para verificar a substituição de um método de medição por outro, por
exemplo, a substituição de um método destrutivo ou moroso por um outro não destrutivo ou mais expedito.
Exemplos de aplicações de regressão não linear incluem modelação da concentração de fármacos em função
do tempo e do peso dos participantes; modelação de reacções químicas em função de tempo, temperatura e
pressão.
prNP 4463
2007

p. 22 de 35

4.8 Análise de fiabilidade

o
4.8.1 O que é

ida nic
A análise de fiabilidade é a aplicação de métodos de engenharia e analíticos à avaliação, previsão e garantia
de desempenho sem problemas ao longo do tempo de um produto ou sistema em estudo.

oib tró
As técnicas utilizadas em análise de fiabilidade requerem frequentemente o uso de métodos estatísticos para
lidar com incertezas, características aleatórias ou probabilidades de ocorrência (de falhas, etc.) ao longo do
tempo. Normalmente, estas análises envolvem o uso de modelos estatísticos apropriados para caracterizar as

pr lec
variáveis de interesse, tais como tempo até à falha ou tempo entre falhas. Os parâmetros destes modelos
estatísticos são estimados a partir de dados empíricos, obtidos em testes laboratoriais ou fabris ou em
operação no campo.

ão o e
A análise de fiabilidade envolve outras técnicas (tais como a análise modal de falhas e seus efeitos) que se
focalizam na natureza física e causas da falha e na prevenção ou redução de falhas.
uç ent
4.8.2 Para que é utilizada
A análise de fiabilidade é usada com os seguintes objectivos:
pr um

− Verificar se são atingidas as medidas de fiabilidade especificadas, com base nos dados de um teste de
duração limitada e envolvendo um determinado número de unidades de teste;
re doc

− Prever a probabilidade de uma operação sem problemas ou outras medidas de fiabilidade, tais como a
taxa de falha ou o tempo médio entre falhas de componentes ou sistemas;
od

− Modelar padrões de falha e cenários operativos do desempenho do produto ou serviço;


− Fornecer dados estatísticos sobre parâmetros de concepção, tais como tensão e força, úteis em concepção
IP de

probabilística;
− Identificar componentes críticos ou de alto risco e prováveis modos e mecanismos de falha e sustentar a
© ão

pesquisa de causas e de acções preventivas.


Q

As técnicas estatísticas empregues na análise de fiabilidade permitem atribuir níveis de confiança estatística
s

às estimativas dos parâmetros dos modelos de fiabilidade que são desenvolvidos e às previsões feitas usando
es

tais modelos.
pr

4.8.3 Benefícios
A análise de fiabilidade proporciona uma medida quantitativa do desempenho do produto e do serviço face a
Im

falhas ou interrupções de serviço. As actividades de fiabilidade estão intimamente associadas à contenção de


risco na operação do sistema. A fiabilidade é frequentemente um factor de influência na percepção da
qualidade do produto ou serviço e na satisfação do cliente.
Os benefícios da utilização de técnicas estatísticas na análise de fiabilidade incluem
− A capacidade de prever e quantificar a probabilidade de falha e outras medidas de fiabilidade dentro de
limites de confiança expressos,
− Compreensão para orientar decisões em relação a diferentes alternativas de concepção, usando diferentes
estratégias de redundâncias e mitigação,
− O desenvolvimento de critérios objectivos de aceitação ou rejeição para a execução de testes de
conformidade que demonstrem que os requisitos de fiabilidade são atingidos,
prNP 4463
2007

p. 23 de 35

− A capacidade de planear uma manutenção preventiva e um programa de substituições optimizados com


base na análise de fiabilidade dos dados de desempenho do produto, do serviço e do desgaste, e

o
− A possibilidade de melhorar a concepção para atingir economicamente um objectivo de fiabilidade.

ida nic
4.8.4 Limitações e cuidados
Um pressuposto básico da análise de fiabilidade é que o desempenho de um sistema em estudo pode ser

oib tró
razoavelmente caracterizado por uma distribuição estatística. A exactidão das estimativas de fiabilidade
dependerá, portanto, da validade desse pressuposto.

pr lec
A complexidade da análise de fiabilidade é agravada quando estão presentes múltiplos modos de falha, os
quais podem ou não seguir a mesma distribuição estatística. Além disso, quando o número de falhas
observado num teste de fiabilidade for baixo, a confiança e a precisão estatísticas das estimativas de

ão o e
fiabilidade podem ser severamente afectadas.
As condições em que o teste de fiabilidade é conduzido são de importância crítica, especialmente quando o
uç ent
teste envolve alguma forma de “tensão acelerada" (i.e. um tensão que é significativamente maior do que
aquela a que o produto estará sujeito em condições normais de utilização). Pode ser difícil determinar a
relação entre as falhas observadas em teste e o desempenho do produto em condições normais de operação,
ao que se junta incerteza das previsões de fiabilidade.
pr um

4.8.5 Exemplos de aplicações


re doc

Exemplos típicos de aplicações da análise de fiabilidade incluem


od

− Verificação de que componentes ou produtos podem atingir os requisitos de fiabilidade estabelecidos,


− Projecção do custo do ciclo de vida do produto baseada na análise de fiabilidade de dados de testes na
IP de

introdução de novo produto,


− Orientação nas tomadas de decisão entre fazer ou comprar produtos já disponíveis, baseada na análise da
sua fiabilidade e no efeito estimado sobre os prazos de entrega e custos a jusante relacionados com as
© ão

falhas projectadas,
Q

− Projecção da maturidade de produtos de software baseada em resultados de testes, melhoria da qualidade


s

e aumento da fiabilidade e estabelecimento de objectivos compatíveis com os requisitos do mercado para


es

as versões de software, e
− Determinação das características dominantes de desgaste do produto para ajudar a melhorar a concepção
pr

do produto ou a planear o programa de manutenção apropriado e o esforço requerido.


Im

4.9 Amostragem

4.9.1 O que é
A amostragem é uma metodologia estatística sistemática para obter informação acerca de algumas
características de uma população através do estudo de uma fracção representativa da população (amostra).
Existem várias técnicas de amostragem que podem ser utilizadas (tais como amostragem aleatória simples,
amostragem estratificada, amostragem sistemática, amostragem sequencial, amostragem por lotes não
exaustivas) sendo a escolha da técnica determinada pelo objectivo da amostragem e pelas condições em que
vai ser conduzida.
prNP 4463
2007

p. 24 de 35

4.9.2 Para que é utilizada


Sem grande rigor, a amostragem pode ser dividida em duas grandes áreas não exclusivas: “amostragem de

o
aceitação” e “amostragem de inquérito”.

ida nic
A amostragem de aceitação preocupa-se com a tomada de decisão em relação à aceitação ou à não aceitação
de um “lote” (i.e. um grupo de artigos) baseada nos resultados de uma(s) amostra(s) seleccionada(s) desse
lote. Uma grande variedade de planos de amostragem de aceitação está disponível para satisfazer requisitos e

oib tró
aplicações específicos.
A amostragem de inquérito é utilizada em estudos enumerativos ou analíticos para estimação dos valores de

pr lec
uma ou mais características numa população, ou para estimação de como essas características estão
distribuídas na população. A amostragem de inquérito está frequentemente associada a votações para recolha
de informação sobre as opiniões das pessoas acerca de um assunto, como nos inquéritos a clientes. Pode ser

ão o e
igualmente aplicada para recolher dados com outros fins, tais como auditorias.
Uma forma especializada da amostragem de inquérito é a amostragem exploratória, usada em estudos
enumerativos para obter informação sobre uma(s) característica(s) de uma população ou de um seu
uç ent
subconjunto. É o caso da amostragem de produção, que pode ser levada a cabo na condução, por exemplo, de
uma análise de capacidade do processo.
pr um

Outra aplicação é a amostragem de conjunto (por exemplo, minerais, líquidos e gases) para a qual foram
desenvolvidos planos de amostragem.
re doc

4.9.3 Benefícios
od

Um plano de amostragem devidamente elaborado oferece ganhos em tempo, custos e mão-de-obra quando se
compara quer com um recenseamento geral da população quer com uma inspecção de um lote a 100%.
Quando a inspecção do produto envolve testes destrutivos, a amostragem é a única maneira prática de obter
IP de

informação pertinente.
A amostragem é uma maneira acessível e rápida de obter informação preliminar sobre o valor ou a
distribuição de uma característica de interesse numa população.
© ão
Q

4.9.4 Limitações e cuidados


s

Quando se elabora um plano de amostragem, deverá ser dada atenção redobrada às decisões relacionadas
es

com a dimensão da amostra, a frequência de amostragem, a selecção da amostra, a base de constituição de


subgrupos e vários outros aspectos da metodologia de amostragem.
pr

A amostragem requer que a amostra seja escolhida de forma não-enviesada (i.e. que a amostra seja
representativa da população da qual é extraída). Caso contrário, serão más as estimativas das características
Im

da população. No caso da amostragem de aceitação, as amostras não representativas podem resultar quer na
rejeição desnecessária de lotes de qualidade aceitável quer na aceitação não desejada de lotes de qualidade
inaceitável.
Mesmo que as amostras sejam não-enviesadas, a informação obtida a partir de amostras está sujeita a um
certo grau de erro. A magnitude deste erro pode ser reduzida com uma amostra de maior dimensão, mas não
pode ser eliminada. Dependendo da questão específica e do contexto da amostragem, a dimensão da amostra
necessária para atingir o nível de confiança e de precisão desejado pode ser demasiado grande para que seja
praticável.
prNP 4463
2007

p. 25 de 35

4.9.5. Exemplos de aplicações


Uma aplicação frequente da amostragem de inquérito é em pesquisas de mercado, para estimar, digamos, que

o
parte da população poderia comprar determinado produto. Outra aplicação é em auditorias de inventários
para estimar a percentagem de artigos que cumprem os critérios especificados.

ida nic
A amostragem é usada para conduzir verificações de processos em termos de operadores, máquinas ou
produtos, para monitorizar a variação e definir acções correctivas e preventivas.

oib tró
A amostragem de aceitação é muito utilizada na indústria para dar alguma garantia de que o material
recebido satisfaz os requisitos preestabelecidos.

pr lec
Nos materiais a granel, a amostragem de conjunto permite estimar a quantidade e as propriedades dos
elementos constituintes desses materiais (por exemplo minerais, líquidos e gases).

4.10. Simulação
ão o e
uç ent
4.10.1. O que é
Simulação é uma designação colectiva para procedimentos pelos quais um sistema (teórico ou empírico) é
representado matematicamente por um programa de computador para encontrar a solução de um problema.
pr um

Se a representação envolver conceitos da teoria das probabilidades, em particular variáveis aleatórias, a


simulação pode ser chamada “método de Monte-Carlo”.
re doc

4.10.2. Para que é utilizada


od

No contexto da ciência teórica, a simulação é usada quando não é conhecida nenhuma teoria abrangente para
a solução de um problema (ou, se conhecida, é impossível ou difícil de resolver) e onde a solução possa ser
obtida através de cálculo computacional. No contexto empírico, a simulação é usada se o sistema pode ser
IP de

adequadamente descrito por um programa de computador. A simulação é também uma ferramenta útil no
ensino da estatística.
© ão

A evolução de capacidades de computação relativamente económicas tem resultado na aplicação crescente


da simulação a problemas que até agora não tinham sido abordados.
Q
s
es

4.10.3. Benefícios
Nas ciências teóricas, a simulação (em particular o método de Monte-Carlo) é usada se os cálculos explícitos
de soluções para problemas são impossíveis ou muito difíceis de fazer directamente (por exemplo, integração
pr

em n dimensões). De modo semelhante, no contexto empírico a simulação é usada quando as investigações


empíricas são impossíveis ou muito dispendiosas. O benefício da simulação é que permite uma solução
Im

poupando tempo e dinheiro ou que permite sempre uma solução.


Com o uso da simulação no ensino da estatística podem ilustrar-se variações aleatórias de forma eficaz.

4.10.4. Limitações e cuidados


Nas ciências teóricas preferem-se as provas baseadas no raciocínio conceptual às baseadas na simulação,
uma vez que a simulação muitas vezes não fornece informação acerca das razões que levam ao resultado.
A simulação computacional de modelos empíricos está sujeita à limitação de o modelo poder não ser
adequado (i. e. poder não representar suficientemente o problema). Assim, não pode ser tida como um
substituto para investigações empíricas e experimentação efectivas.
prNP 4463
2007

p. 26 de 35

4.10.5 Exemplos de aplicações


Projectos em larga escala (tais como o programa espacial) usam de forma rotineira o método de Monte-

o
Carlo. As aplicações não estão limitadas a qualquer tipo específico de indústria. Áreas típicas de aplicações

ida nic
incluem toleranciamento estatístico, simulação de processos, optimização de sistemas, teoria da fiabilidade e
previsão. Algumas aplicações específicas são
− modelação da variação em submontagens mecânicas,

oib tró
− modelação dos perfis de vibração em montagens complexas,

pr lec
− determinação de programas de manutenção preventiva optimizados, e
− condução de análises de custos e outras nos processos de concepção e produção para optimizar a alocação
de recursos.

ão o e
4.11 Cartas de controlo estatístico do processo (CEP)
uç ent
4.11.1 O que são
Uma carta CEP ou “carta de controlo” é um gráfico de dados obtidos de amostras recolhidas periodicamente
pr um

num processo e representados sequencialmente num gráfico. Nas cartas CEP são também assinalados os
“limites de controlo”, que descrevem a variabilidade inerente ao processo quando estabilizado. A função da
carta de controlo é ajudar a avaliar a estabilidade do processo, o que se faz pela análise dos dados
re doc

representados no gráfico em relação aos limites de controlo.


od

Qualquer variável (dados de medição) ou atributo (dados de contagem) que represente uma característica de
interesse de um produto ou processo pode ser representada graficamente. No caso do controlo por variáveis,
normalmente é usada uma carta para monitorizar alterações no valor médio do processo e outra para
IP de

monitorizar as alterações na variabilidade do processo.


Para o controlo por atributos, normalmente utilizam-se cartas do número ou da proporção de unidades não
conformes, ou do número de não-conformidades encontradas nas amostras retiradas do processo.
© ão

A forma convencional da carta de controlo por variáveis é denominada carta de “Shewhart”. Existem outras
Q

formas de cartas de controlo, cada uma com propriedades adequadas à aplicação em circunstâncias especiais.
s

São exemplos destas cartas as cartas de somas acumuladas (“cartas cusum”), que permitem maior
es

sensibilidade a pequenas alterações no processo e as “cartas de média móvel” (simples ou ponderada), que
servem para atenuar variações em prazos curtos e revelar tendências persistentes.
pr

4.11.2. Para que são utilizadas


Im

Uma carta CEP é usada para detectar alterações num processo. Os dados representados, que podem ser uma
leitura individual ou uma estatística tal como a média amostral, são comparados com os limites de controlo.
No nível mais simples, um ponto que “caia” fora dos limites de controlo indicia uma possível alteração no
processo, talvez devida a alguma “causa sistemática”. Isto identifica a necessidade de investigar a causa da
leitura “fora-de-controlo” e de efectuar ajustes ao processo onde necessário. Isto ajuda a manter a
estabilidade do processo e a melhorar os processos a longo prazo.
O uso de cartas de controlo pode ser aperfeiçoado para obter uma indicação mais rápida das alterações do
processo, ou para aumentar a sensibilidade a pequenas alterações, através do recurso a critérios adicionais na
interpretação de tendências e padrões nos dados representados.
prNP 4463
2007

p. 27 de 35

4.11.3. Benefícios
Além de apresentar os dados de forma visual ao utilizador, as cartas de controlo facilitam a resposta

o
apropriada à variação do processo ao ajudar o utilizador a distinguir a variação aleatória que é inerente a um
processo estável da variação que pode ser devida a “causas sistemáticas” (i.e. à qual pode ser atribuída uma

ida nic
causa específica), cuja detecção e correcção em tempo oportuno podem ajudar a melhorar o processo.
Exemplos do papel e do valor das cartas de controlo em actividades relacionadas com processos são dados a
seguir:

oib tró
− Controlo do processo: as cartas de controlo por variáveis são usadas para detectar alterações no valor
médio ou na variabilidade do processo e para despoletar uma acção correctiva, mantendo-se ou

pr lec
restaurando-se assim a estabilidade do processo.
− Análise da capacidade do processo: se o processo está num estado estável, os dados da carta de controlo

ão o e
podem ser usados a seguir para estimar a capacidade do processo.
− Análise do sistema de medição: se incorporar limites de controlo que reflictam a variabilidade inerente ao
sistema de medição, uma carta de controlo pode mostrar se o sistema de medição é capaz de detectar a
uç ent
variabilidade do processo ou do produto em causa. As cartas de controlo podem também ser usadas para
monitorizar o próprio processo de medição.
− Análise de causa e efeito: uma correlação entre acontecimentos do processo e padrões da carta de
pr um

controlo pode ajudar a inferir as causas sistemáticas subjacentes e planear uma acção eficaz.
− Melhoria contínua: as cartas de controlo são usadas para monitorizar a variação dos processos e ajudam a
re doc

identificar e a lidar com as causas de variação. São consideradas especialmente eficazes quando
integradas num programa sistemático de melhoria contínua de uma organização.
od

4.11.4. Limitações e cuidados


IP de

É importante recolher amostras do processo da maneira que melhor revele a variação em causa, sendo essa
amostra designada como “subgrupo racional”. Isto é crucial para o uso e interpretação eficazes das cartas
CEP e para compreensão das fontes de variação do processo.
© ão

Os processos de produção de pequenas séries apresentam dificuldades especiais porque raramente existem
Q

dados suficientes para estabelecer os limites de controlo apropriados.


s

Existe o risco de “falso alarme” quando interpretamos cartas de controlo (i. e. o risco de se concluir que
es

ocorreu uma alteração quando não é esse o caso). Existe também o risco de não detectar uma alteração que
tenha ocorrido. Estes riscos podem ser atenuados mas nunca eliminados.
pr

4.11.5. Exemplos de aplicações


Im

Fabricantes dos sectores automóvel, electrónico, defesa e outros utilizam frequentemente cartas de controlo
(para características críticas) para atingir e demonstrar estabilidade e capacidade contínuas do processo. Se
forem recebidos produtos não conformes, as cartas são usadas para ajudar a estabelecer o risco e a
determinar o âmbito da acção correctiva.
As cartas de controlo são usadas na resolução de problemas nos locais de trabalho. Têm sido aplicadas a
todos os níveis das organizações como suporte no reconhecimento de problemas e na análise da raiz das
causas.
As cartas de controlo são usadas na indústria mecânica para reduzir intervenções desnecessárias no processo
(excessivas afinações), capacitando o pessoal para distinguir entre a variação que é inerente ao processo e a
variação que pode ser atribuída a uma “causa sistemática”.
prNP 4463
2007

p. 28 de 35

Nas indústrias de serviços são usadas cartas de controlo de características da amostra, tais como tempo
médio de resposta, taxa de erro e frequência de reclamações, para medir, diagnosticar e melhorar o

o
desempenho.

ida nic
4.12 Toleranciamento estatístico

oib tró
4.12.1 O que é
O toleranciamento estatístico é um procedimento baseado em certos princípios estatísticos, usado para

pr lec
estabelecer tolerâncias. Recorre às distribuições estatísticas das dimensões relevantes dos componentes para
determinar a tolerância global da unidade montada.

4.12.2 Para que é utilizado


ão o e
Quando se faz a montagem de múltiplos componentes individuais num único módulo, o factor ou requisito
uç ent
crítico em termos de montagem e intermutabilidade de tais módulos não é frequentemente a dimensão dos
componentes individuais mas sim a dimensão total que resulta da montagem.
Valores extremos para a dimensão total (i.e. valores muito grandes ou muito pequenos) apenas ocorrem se as
pr um

dimensões de todos os componentes individuais se situarem quer no extremo inferior quer no superior dos
respectivos intervalos de tolerância individuais. No quadro de uma cadeia de tolerâncias, se as tolerâncias
individuais forem somadas de modo a constituírem uma tolerância total para a dimensão, então referimo-nos
re doc

a isto como sendo a tolerância aritmética global.


od

Para determinação estatística de tolerâncias globais, assume-se que, em montagens que envolvam um grande
número de componentes individuais, as dimensões num dos extremos do intervalo das tolerâncias individuais
serão equilibradas por dimensões no outro extremo desses intervalos. Por exemplo, uma dimensão individual
IP de

situada no extremo inferior do intervalo de tolerância poderá ser emparelhada com outra dimensão (ou
combinação de dimensões) no extremo superior do intervalo de tolerância. Em termos estatísticos, em certas
circunstâncias a dimensão total terá uma distribuição próxima da normal. Este facto é bastante independente
© ão

da distribuição das dimensões individuais e pode, portanto, ser usado para estimar o intervalo de tolerância
da dimensão total do módulo montado. Alternativamente, dada a tolerância global da dimensão, esta pode ser
Q

usada para determinar o intervalo de tolerância permissível dos componentes individuais.


s
es

4.12.3 Benefícios
Dado um conjunto de tolerâncias individuais (que não têm de ser as mesmas), o cálculo da tolerância
pr

estatística global gera uma tolerância dimensional global, que, em geral, será significativamente mais
pequena do que a tolerância dimensional global calculada aritmeticamente.
Im

Isto significa que, dada uma tolerância dimensional global, o toleranciamento estatístico permitirá o uso de
tolerâncias maiores para dimensões individuais do que as determinadas pelo cálculo aritmético. Em termos
práticos, isto pode ser um benefício significativo, pois as tolerâncias maiores estão associadas a métodos de
produção mais simples e mais económicos.
prNP 4463
2007

p. 29 de 35

4.12.4 Limitações e cuidados


O toleranciamento estatístico requer que, em primeiro lugar, se estabeleça qual a proporção de módulos

o
montados que seria aceitável ter fora do intervalo de tolerância da dimensão total. Os pré-requisitos seguintes
devem então ser satisfeitos para que o toleranciamento estatístico seja praticável (sem necessidade de

ida nic
métodos avançados):
− as dimensões individuais reais podem ser consideradas como variáveis aleatórias não correlacionadas;

oib tró
− a cadeia dimensional é linear;
− a cadeia dimensional tem pelo menos quatro unidades;

pr lec
− as tolerâncias individuais são da mesma ordem de grandeza;
− as distribuições das dimensões individuais da cadeia dimensional são conhecidas.

ão o e
É óbvio que alguns destes requisitos só podem ser satisfeitos se o fabrico dos componentes individuais em
questão puder ser controlado e continuamente monitorizado. No caso de um produto ainda em
uç ent
desenvolvimento, a experiência e o conhecimento de engenharia deverão orientar a aplicação do
toleranciamento estatístico.
pr um

4.12.5 Exemplos de aplicações


Na montagem de partes que envolvem relações de adição ou em casos que envolvem simples subtracção (por
exemplo, veio e furo) é aplicada de forma rotineira a teoria do toleranciamento estatístico. Sectores
re doc

industriais que usam o toleranciamento estatístico incluem as indústrias mecânica, electrónica e química. A
od

teoria também é aplicada na simulação por computador para determinar tolerâncias optimizadas.

4.13 Análise de séries cronológicas


IP de

4.13.1 O que é
© ão

A análise de séries cronológicas é uma família de métodos para estudar um conjunto de observações
Q

efectuadas sequencialmente no tempo. A análise de séries cronológicas é usada aqui para referir técnicas
analíticas em aplicações como:
s
es

− encontrar padrões de “desfasagem” olhando estatisticamente para a forma como cada observação está
correlacionada com a observação imediatamente anterior, e repetindo isto para cada período desfasado
sucessivo,
pr

− encontrar padrões cíclicos ou sazonais para compreender como é que os factores causais do passado
Im

podem ter influências repetidas no futuro, e


− usar ferramentas estatísticas para prever observações futuras ou para compreender quais os factores
causais que mais contribuíram para variações nas séries cronológicas.
Embora as técnicas empregues na análise de séries cronológicas possam incluir simples “gráficos de
tendências”, neste relatório técnico esses gráficos elementares são incluídos nos métodos gráficos simples
citados na “estatística descritiva” (4.2.1)

4.13.2 Para que é usada


A análise de séries cronológicas é usada para descrever padrões em séries de dados cronológicos, para
identificar “aberrantes” (i.e. valores extremos cuja validade deveria ser estudada), quer para ajudar a
prNP 4463
2007

p. 30 de 35

compreender os padrões ou para fazer ajustes, quer para detectar pontos de inflexão numa tendência. Outra
utilização é para explicar os padrões de uma série temporal com os de outra série temporal, com todos os

o
objectivos inerentes à análise de regressão.

ida nic
A análise de séries cronológicas é usada para prever valores futuros em séries cronológicas, normalmente
com limites superior e inferior que constituem o chamado intervalo de previsão. Tem grande uso na área do
controlo e é frequentemente aplicada a processos automatizados. Neste caso, um modelo probabilístico é

oib tró
ajustado às séries cronológicas “históricas”, prevêem-se valores futuros e depois ajustam-se os parâmetros
específicos do processo para o manter no objectivo, com a menor variação possível.

pr lec
4.13.3 Benefícios
Os métodos de análise de séries cronológicas são úteis em planeamento, engenharia de controlo,

ão o e
identificação de alterações num processo, geração de previsões e medição do efeito de uma intervenção ou
acção exterior.
A análise de séries cronológicas também é útil para comparar o desempenho projectado de um processo com
uç ent
os valores previstos para a série cronológica se tivesse de ser feita uma dada alteração.
Os métodos das séries cronológicas podem fornecer indicação de possíveis padrões de causa e efeito.
pr um

Existem métodos para separar as causas sistemáticas (ou especiais) das causas aleatórias, e para decompor os
padrões de uma série cronológica em componentes cíclicas, sazonais e tendenciais.
A análise de séries cronológicas é frequentemente útil para compreender como é que um processo se
re doc

comportará em determinadas condições e que ajustes (se necessários) podem influenciar o processo na
direcção de um valor alvo, ou que ajustes podem reduzir a variabilidade do processo.
od

4.13.4 Limitações e cuidados


IP de

As limitações e os cuidados citados para a análise de regressão também se aplicam à análise de séries
cronológicas. Ao fazer a modelação de um processo para compreender causas e efeitos, é necessário um
certo nível de competência para seleccionar o modelo mais apropriado e para utilizar ferramentas de
© ão

diagnóstico para melhorar o modelo.


Q

Uma observação singular ou um pequeno conjunto de observações podem ter uma influência significativa no
s

modelo quando incluídos ou omitidos na análise. Por isso, nos dados, as observações que possam ter
es

influência deverão ser compreendidas e distinguidas das “aberrantes”.


Diferentes técnicas de estimação de séries cronológicas podem ter graus de sucesso variáveis, dependendo
pr

dos padrões das séries cronológicas e do número de períodos para os quais se pretendem previsões, em
relação ao número de períodos de tempo para os quais se dispõem de dados de séries cronológicas. A escolha
Im

de um modelo deverá considerar o objectivo da análise, a natureza dos dados, o custo relativo e as
propriedades analíticas e preditivas dos diversos modelos.

4.13.5 Exemplos de aplicações


A análise de séries cronológicas é aplicada no estudo de padrões de desempenho ao longo do tempo, por
exemplo, medições de processos, reclamações dos clientes, não-conformidades, produtividade e resultados
de ensaios.
As aplicações de previsão incluem previsão de peças de reserva, absentismo, encomendas de clientes,
necessidades de materiais, consumo de energia eléctrica.
prNP 4463
2007

p. 31 de 35

A análise causal de séries cronológicas é utilizada para desenvolver modelos de previsão da procura. Por
exemplo, no contexto da fiabilidade, é usada para prever o número de acontecimentos num dado período de
tempo e a distribuição dos intervalos de tempo entre acontecimentos tais como tempos de paragem de

o
equipamentos.

ida nic
oib tró
pr lec
ão o e
uç ent
pr um
re doc
od
IP de
© ão
Q
s
es
pr
Im
prNP 4463
2007

p. 32 de 35

Bibliografia

o
Publicações ISO relacionadas com técnicas estatísticas

ida nic
[1] ISO 2602:1980, Statistical interpretation of test results – Estimation of the mean – Confidence
interval
[2] ISO 2854:1976, Statistical interpretation of data – Techniques of estimation and tests relating to

oib tró
means and variances
[3] ISO 2859-0:1995, Sampling procedures for inspection by attributes – Part 0: Introduction to the ISO

pr lec
2859 attribute sampling system
[4] ISO 2859-1:1999, Sampling procedures for inspection by attributes – Part 1: Sampling plans
indexed by acceptable quality level (AQL) for lot-by-lot inspection
[5]
ão o e
ISO 2859-2:1985, Sampling procedures for inspection by attributes – Part 2: Sampling plans
indexed by limiting quality (LQ) for isolated lot inspection
uç ent
[6] ISO 2859-3:1991, Sampling procedures for inspection by attributes – Part 3: Skip-lot sampling
procedures
[7] ISO 2859-4:2002, Sampling procedures for inspection by attributes – Part 4: Procedures for
pr um

assessment of declared quality levels


[8] ISO 3207:1975, Statistical interpretation of data – Determination of a statistical tolerance interval
re doc

[9] ISO 3301:1975, Statistical interpretation of data – Comparison of two means in the case of paired
od

observations
[10] ISO 3494:1976, Statistical interpretation of data – Power of tests relating to means and variances
IP de

[11] ISO 3534-1:1993, Statistics – Vocabulary and symbols – Part 1: Probability and general statistical
terms
[12] ISO 3534-2:1993, Statistics – Vocabulary and symbols – Part 2: Statistical quality control
© ão

[13] ISO 3534-3:1999, Statistics – Vocabulary and symbols – Part 3: Design of experiments
Q

[14] ISO 3951:1989, Sampling procedures and charts for inspection by variables for percent
s

nonconforming
es

[15] ISO 5479:1997, Statistical interpretation of data – Tests for departure from the normal distribution
pr

[16] ISO 5725-1:1994, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results – Part 1:
General principles and definitions
Im

[17] ISO 5725-2:1994, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results – Part 2:
Basic method for determination of repeatability and reproducibility of a standard measurement
method
[18] ISO 5725-3:1994, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results – Part 3:
Intermediate measures of the precision of a standard measurement method
[19] ISO 5725-4:1994, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results – Part 4:
Basic methods for the determination of the trueness of a standard measurement method
[20] ISO 5275-5:1998, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results – Part 5:
Alternative methods for the determination of the precision of a standard measurement method
prNP 4463
2007

p. 33 de 35

[21] ISO 5725-6:1994, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results – Part 6:
Use in practice of accuracy values

o
[22] ISO 7870:1993, Control charts – General guide and introduction

ida nic
[23] ISO/TR 7871:1997, Cumulative sum charts – Guidance on quality control and data analysis using
CUSUM techniques
[24] ISO 7873:1993, Control charts for arithmetic average with warning limits

oib tró
[25] ISO 7966:1993, Acceptance control charts

pr lec
[26] ISO 8258:1991, Shewhart control charts
[27] ISO 8422:1991, Sequential sampling plans for inspection by attributes

ão o e
[28] ISO 8423:1991, Sequential sampling plans for inspection by variables for percent nonconforming
(known standard deviation)
[29] ISO/TR 8550:1994, Guide for selection of an acceptance sampling system, scheme or plan for
uç ent
inspection of discrete items in lots
[30] ISO 8595:1989, Interpretation of statistical data – Estimation of a median
pr um

[31] ISO 9001:2000: Quality management systems – Requirements


[32] ISO 9004:2000, Quality management systems – Guidelines for performance improvements
[33] ISO 10010, Measurement management systems – Requirements for measurement processes and
re doc

measuring equipment
od

[34] ISO 10725:2000, Acceptance sampling plans and procedures for the inspection of bulk materials
[35] ISO 11095:1996, Linear calibration using reference materials
IP de

[36] ISO 11453:1996, Statistical interpretation of data – Tests and confidence intervals relating to
proportions
© ão

[37] ISO 11462-1:2001, Guidelines for implementation of statistical process control (SPC) – Part 1:
Q

Elements of SPC
s

[38] ISO 11648-2, Statistical aspects of sampling from bulk materials – Part 2: Sampling of particulate
es

materials
[39] ISO 11843-1: 1997, Capability of detection – Part 1: Terms and definitions
pr

[40] ISO 11843-2:2000, Capability of detection – Part 2: Methodology in the linear calibration case
[41] ISO/TR 13425: 1995, Guide for the selection of statistical methods in standardization and
Im

specification
[42] ISO 14253-1:1998, Geometric Product Specifications (GPS) – Inspection by measurement of
workpieces and measuring equipment – Part 1: Decision rules for proving conformance or non-
conformance whith specifications
[43] ISO/TS 14253-2:1999, Geometric Product Specifications (GPS) – Inspection by measurement of
workpieces and measuring equipment – Part 2: Guide to the estimation of uncertainty in GPS
measurement, in calibration of measuring equipment and in product verification
[44] ISO 16279-7:2001, Statistical interpretation of data – Part 7: Median – Estimation and confidence
intervals
[45] ISO Guide 33:2000, Uses of certified reference materials
prNP 4463
2007

p. 34 de 35

[46] ISO Guide 35:1989, Certification of reference materials – General and statistical principles
[47] ISO/IEC Guide 43-1:1997, Proficiency testing by interlaboratory comparisons – Part 1:

o
Development and operation of proficiency testing

ida nic
[48] ISO/IEC Guide 43-2:1997, Proficiency testing by interlaboratory comparisons – Part 2: Selection
and use of proficiency testing schemes by laboratory accreditation bodies

oib tró
[49] ISO Standards Handbook:2000, Statistical methods for quality control
Volume 1: Terminology and symbols; Acceptance sampling.

pr lec
Volume 2: Measurement methods and results; Interpretation of statistical data; Process control
Publicações CEI relacionadas com análise de fiabilidade

ão o e
[50] IEC 60050-191:1990, International electrotechnical vocabulary, Chapter 191, Dependability and
quality of service
[51] IEC 60300-1:1993, Dependability management – Part 1: Dependability programme management
uç ent
[52] IEC 60300-2:1995, Dependability management – Part 2: Dependability programme elements and
tasks
pr um

[53] IEC 60300-3-9:1995, Dependability management – Part 3: Application guide -Section 9: Risk
analysis of technological systems
[54] IEC 60812:1985, Analysis techniques for system reliability – Procedure for failure mode and effects
re doc

analysis (FMEA)
od

[55] IEC 60863:1986, Presentation of reliability, maintainability and availability predictions


[56] IEC 61014:1989, Programmes for reliability growth
IP de

[57] IEC 61025:1990, Fault tree analysis (FTA)


[58] IEC 61070:1991, Compliance test procedures for steady-state availability
© ão

[59] IEC 61078: 1991, Analysis techniques for dependability - Reliability block diagram method
Q

[60] IEC 61123:1991, Reliability testing – Compliance test plans for success ratio
s

[61] IEC 61124:1997, Reliability testing – Compliance test for constant failure rate and constant failure
es

intensity
[62] IEC 61163-1:1995, Reliability stress screening – Part 1: Repairable items manufactured in lots
pr

[63] IEC 61163-2:Ed 10, Reliability stress screening – Pert 2: Electronic components
Im

[64] IEC 61164:1995. Reliability growth – Statistical test and estimation methods
[65] IEC 61165:1995, Application of Markov techniques
[66] IEC 61649:1997, Goodness-of-fit tests, confidence intervals and lower confidence limits for Weibull
distributed data
[67] IEC 61650:1997, Reliability data analysis techniques – Procedures for comparison of two constant
failure rates and two constant failure (event) intensities
Outras publicações:
[68] ISO 9000-2000, Quality management systems – Fundamentals and vocabulary
prNP 4463
2007

p. 35 de 35

[69] GUM:1993, Guide to the expression of uncertainty in measurement. BIPM, IEC, IFCC, ISO, IUPAC
and OIML

o
ida nic
oib tró
pr lec
ão o e
uç ent
pr um
re doc
od
IP de
© ão
Q
s
es
pr
Im

Você também pode gostar