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Convecção com mudança de fase

Ebulição

Prof. José Nicoletti Filho


Revisado junho/2022

Fonte: Incropera, Frank and De Witt, David Fundamentos de transferência de calor


e massa, 7ª edição, LTC, 2014

Convecção com mudança de fase


Ebulição e condensação
Os efeitos do calor latente potencializam as quantidades de trocas
de energia altas taxas de transferência de calor ocorrem com
baixas diferenças de temperaturas.
Além do calor latente são importantes: tensão superficial ( ) entre
a interface L-V e diferença de massas específicas
introduzindo efeito empuxo .
Muitas situações práticas de engenharia envolvem mudança de
fase:
- Ciclo de potência caldeira expansão em turbina
condensador retorno para caldeira
- Ciclo de Refrigeração evaporador compressor
condensador expansão evaporador....
- Condensador de topo de coluna de destilação e refervedor do
produto de fundo
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Parâmetros adimensionais em condensação e ebulição
Efeitos:
= empuxo
= calor latente
= tensão superficial
L = comprimento característico
, = propriedades termofísicas do L ou do V
= coeficiente de película como função de todos os
efeitos anteriores
10 variáveis 5 dimensões (M,L,T,t,Q) = 5 grupos adimensionais

, , , ]

Parâmetros adimensionais em condensação e ebulição

= efeito do movimento induzido pelo empuxo

= Jakob (Ja) razão entre a máxima energia sensível absorvida


pelo L ou V e a energia latente

= Prandtl

= Bond (Bo) razão entre empuxo e tensão superficial

E um parâmetro não nominado semelhante a Grashof

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Ebulição - formas

O processo de formação e crescimento de bolhas depende do


excesso de temperatura sobre a Tsat, da natureza da superfície, da
tensão superficial e das propriedades termofísicas do fluido.
A dinâmica de formação de bolhas afeta o movimento do líquido
próximo à superfície e, consequentemente, o coeficiente de
transferência de calor:

A ebulição pode ocorrer sob diferentes condições:

*Ebulição em vaso - líquido em repouso próximo à superfície


aquecida sofre movimentação devido à convecção livre e à mistura
induzida pelo crescimento e desprendimento das bolhas.
* Ebulição com convecção forçada - movimento fluido induzido por
meios externos, assim como convecção livre e mistura induzida por
bolhas.
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Convecção com mudança de fase ebulição em vaso

Fig. 1 curva típica de ebulição para a água a 1 atm: fluxo de calor na superfície
em função do excesso de temperatura
Ebulição em Vaso

Formas da ebulição em vaso (de acordo com a figura 1)


1 convecção natural (livre) -
Neste regime existe vapor insuficiente em contato com a fase líquida para
causar ebulição na Tsat (correlações convecção natural).

2 - Ebulição nucleada entre os pontos A e C da curva.


Em AB, crescem h e . Em BC as bolhas individuais transformam-se em
jatos e colunas. O ponto P é de inflexão, onde o coeficiente h atinge o
valor máximo. A partir daí, h começa a decrescer, embora o continue
crescente. No ponto C o atinge o valor máximo.

3 - Ebulição de transição película instável, começa a formar a camada de


vapor, constituindo uma regime instável. As condições oscilam entre
ebulição de película e nucleada. Como a condutividade térmica do vapor é
menor que a do líquido, h e decrescem com o aumento de .
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Ebulição em Vaso

4 Ebulição de película ocorre para TeD


No ponto D, a superfície é completamente coberta por uma
camada de vapor. A transferência de calor para o líquido ocorre por
condução e radiação através do vapor. Na medida do aumento de
Ts, o filme se torna estável e a transferência de calor se intensifica.
Correlações para ebulição em vaso
Ebulição Nucleada (ROHSENOW)

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Correlações para Ebulição em Vaso
Fluxo de calor crítico (máximo) KUTATELADZE e ZUBER

Fluxo de calor mínimo - ZUBER

Correlações para Ebulição em Vaso

Película de Ebulição em vaso filme de vapor estável

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Convecção com mudança de fase ebulição com convecção
forçada

Fig. 2 regimes de escoamento para ebulição com convecção forçada no interior de


um tubo

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