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Convecção Forçada

(escoamento interno)

Prof. José Nicoletti Filho


Revisado maio/2022

Fonte: Incropera, Frank and De Witt, David Fundamentos de transferência de calor


e massa, 7ª edição, LTC, 2014

Convecção forçada escoamento interno

Fig. 1 desenvolvimento da camada limite hidrodinâmica para escoamento


laminar em um tubo circular
Convecção forçada escoamento interno

Fig. 2 desenvolvimento da camada limite térmica em um tubo circular


aquecido

Convecção forçada escoamento interno


Um balanço de energia no interior de uma tubulação, determina
como Tm(x) varia com a posição ao longo do tubo e como a
transferência de calor por convecção (qconv) é relacionada com as
temperaturas na entrada e na saída.
Considere o escoamento em um tubo conforme a figura 3, a seguir.

calor por convecção ocorre na superfície interna.

Fig. 3 volume de controle para o escoamento interno em um tubo 4


Convecção forçada escoamento interno

Aplicando a conservação da energia, considerando desprezíveis os


efeitos da dissipação viscosa e o fluido sendo incompressível ou um
gás ideal, com variação de pressão desprezível.
Além disso, é razoável desprezar a transferência de calor por
condução na direção axial, temos somente qconv.
Então:

No volume de controle da figura 3, relembrando que a temperatura


média é definida de modo que represente a taxa real de
advecção de energia térmica (ou entalpia) integrada na seção
transversal, obtemos....

Convecção forçada escoamento interno


...

ou

(1)

A equação (1) pode ser apresentada de forma conveniente,


representando a taxa de transferência de calor por convecção para
o elemento diferencial por:
(2)

Sendo (perímetro da superfície para um tubo circular).


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Convecção forçada escoamento interno
...
Igualando (1) e (2) e substituindo , tem-se:

(3)

A expressão (3) é um resultado extremamente útil, a partir do qual


a variação axial de Tm pode ser determinada.
Se Ts >Tm, calor é transferido para o fluido e Tm aumenta com x;
Se Ts <Tm, ocorre o oposto.
A solução da equação (3) para Tm(x), depende da condição térmica
da superfície. Os dois casos particulares de interesse são:
Fluxo térmico constante na superfície;
Temperatura superficial constante;
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Convecção forçada escoamento interno


fluxo de calor constante na superfície

Fig. 4 variação da temperatura axial para a transferência de calor em um tubo


fluxo de calor constante
Convecção forçada escoamento interno
fluxo de calor constante na superfície

(3)

De (3), usando a primeira igualdade e integrando a partir de x=0:

=constante

De (3), usando a segunda igualdade

Convecção forçada escoamento interno


temperatura de superfície constante

Fig. 5 variação da temperatura axial para a transferência de calor em um tubo


temperatura constante de superfície
Convecção forçada escoamento interno
temperatura de superfície constante
Considerando

(3)

Separando variáveis e integrando da entrada até a saída do tubo

ou
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temperatura de superfície constante
Ou

A partir da definição do coeficiente de transferência de calor médio


(4)
com Ts constante

Sendo ou simplesmente o valor médio de em todo o tubo.

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Convecção forçada escoamento interno
temperatura de superfície constante
Reordenando

(5)
com Ts constante
Se tivéssemos integrado da entrada do tubo até uma posição axial
x:

com Ts constante
Onde decai exponencialmente com a distância ao longo
do eixo do tubo
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temperatura de superfície constante
Como
(6)

(7)

De (4) isolando

(8)

Substituindo em (7)

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Convecção forçada escoamento interno
temperatura de superfície constante

Diferença Média Logarítmica de Temperaturas = ML

Então:
Em muitas aplicações a temperatura do fluido externo é fixada ao invés
de Ts. Nestas condições substitui-se s por , nas expressões anteriores
e o coeficiente h por U (coeficiente global de transferência de calor):

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