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O que é o IDC? É instituto jurídico brasileiro, previsto no art.

109, V-A, e § 5º, da CF, introduzido pela


Emenda Constitucional 45/2004, pelo qual o
- PGR (legitimidade exclusiva) propõe

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- a qualquer momento (pré-processual ou fase processual; de qualquer espécie: cível ou criminal)
- o deslocamento da competência para a competência federal (= federalização)
- tendo o STJ* a competência privativa para conhecer e decidir
- se caso de grave violação de direitos humanos (obrigações decorrentes de tratados de direitos
humanos celebrados pelo Brasil)
- por demora injustificada, falha proposital ou por negligência, imperícia, imprudência na condução
de atos, por parte da autoridade ou instituição, que vulnerem o direito humano a ser protegido
- evitando a responsabilização internacional do Estado brasileiro no sistema de proteção dos direitos
humanos.
*Com recurso ao STF (recurso extraordinário).
Quais são os objetivos do IDC? São dois os objetivos nucleares:
a) combate à impunidade;
b) evitar a responsabilidade internacional do Estado perante os sistemas de proteção dos direitos
humanos.
Qual é o objeto do IDC? Casos de “graves violações” de direitos humanos.
Quais são os requisitos do IDC? São eles:
a) grave violação aos direitos humanos;
b) demora injustificada, falha proposital ou por negligência, imperícia, imprudência na condução por
parte da autoridade na conduta de seus atos em proteger o direito humano a ser protegido;
c) risco de responsabilização internacional do Brasil por descumprimento de tratados internacionais
de direitos humanos.
Quem tem legitimidade para o IDC? Somente o Procurador-Geral da República (PGR).
“Com isso, na medida em que haja inércia ou dificuldades materiais aos agentes locais, pode o Chefe
do Ministério Público Federal, o Procurador- Geral da República, requerer ao Superior Tribunal de
Justiça (STJ) o deslocamento do feito, em qualquer fase e de qualquer espécie (cível ou criminal) para
a Justiça Federal. De acordo com a Resolução n. 06/2005 do Superior Tribunal de Justiça, a
competência para o julgamento do incidente será da Terceira Seção, composta pelos Ministros da 5ª
e 6ª Turmas do STJ” (RAMOS, 2020).1
Obs. Há algumas PECs que tramitam no Congresso Nacional no sentido de ampliar essa legitimidade,
incluindo o Defensor Público-Geral Federal (ainda pendente).
A quem compete julgar o IDC? STJ.
Em que momento o IDC pode ser ajuizado? A qualquer momento (pré-processual ou fase processual;
de qualquer espécie: cível ou criminal).

1
RAMOS, André de Carvalho. Direitos humanos. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.

1
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INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA (IDC)
Art. 109, § 5º, da CF (Emenda Constitucional 45/2004).
Previsão

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Art. 109, V-A, da CF (Emenda Constitucional 45/2004).
a) combate à impunidade;
Objetivos
b) evitar responsabilidade internacional do Estado.
Objeto Casos de “graves violações” de direitos humanos.
a) grave violação aos direitos humanos;
b) demora injustificada, falha proposital ou por negligência, imperícia,
imprudência na condução por parte da autoridade na conduta de seus atos
Requisitos
em proteger o direito humano;
c) risco de responsabilização internacional do Brasil por descumprimento de
tratados internacionais de direitos humanos.
Legitimidade PGR.
STJ.
Obs. É possível recurso extraordinário ao STF.
Competência
Obs. O art. 109, V-A, da CF, fixa a competência da justiça federal e do MPF
para atuar no feito deslocado.
A qualquer momento (pré-processual ou fase processual) e de qualquer
Momento
espécie (cível ou criminal).
Ainda pendente pelo STF.
Fundamentos dos que defendem a inconstitucionalidade:
a) viola o pacto federativo;
IDC é inconstitucional?
b) viola o princípio do juiz natural;
c) viola o devido processo legal;
d) indefinição da expressão “grave violação de direitos humanos”.
Ainda pendente pelo STF.
Fundamentos dos que defendem a constitucionalidade:
a) visa a proteção internacional dos direitos humanos na ordem interna;
b) fortalece a ação preventiva para evitar responsabilização internacional do
Estado;
IDC é constitucional?
c) não ofende juiz natural e o devido processo legal, pois o IDC decorre de
previsão constitucional, a qual também regula competências federal e
estadual;
d) o uso do conceito indeterminado “grave violação de direitos humanos”
está sujeito ao crivo do órgão competente, sendo que o mesmo ocorre nos
casos de “intervenção federal” por violação dos “direitos da pessoa humana”.

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