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DICAS FINAIS
GUARDA MUNICIPAL NOVO GAMA/GO

APRESENTAÇÃO:
JORGE FLORÊNCIO
Delegado de Polícia Federal. Professor de cursos preparatórios,
de especialização e da ANP (Academia Nacional de Polícia). Pos-
sui graduação em Direito pela Faculdade Sul-Americana, Pós-
Graduação em Direito Público e Pós-Graduação em Criminolo-
gia, Política Criminal e Segurança Pública. Escritor. Palestrante.

ORIENTAÇÕES:
Após criteriosa pesquisa, elaborei este material contendo dicas fi-
nais para a prova da Guarda Municipal, prevista para o próximo
final de semana. O conteúdo abrange diversos tópicos que, prova-
velmente, serão abordados na prova. Espero que este conteúdo
auxilie em seu desempenho, nesse sentido, revise este material,
pelo menos, duas vezes antes da prova. Bons estudos!

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DICAS FINAIS
EDITAL VERTICALIZADO
SIMULADO

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS:

Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, indepen-


dentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer
outra condição. O fundamento basilar dos Direitos Humanos está na digni-
dade da pessoa humana.

A Constituição Federal de 1988 (CF/88) estrutura, em seu Título II, "Dos Direitos e
Garantias Fundamentais", os Direitos Humanos em cinco categorias distintas
(Art. 5º a 17):

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Direitos
Direitos Direitos da Direitos Partidos
individuais e
sociais nacionalidade políticos políticos
coletivos

CAPÍTULO I - Dos Direitos e Deveres Indivi-


duais e Coletivos (art. 5º)
TÍTULO II CAPÍTULO II - Dos Direitos Sociais (art. 6º a
DOS DIREITOS E GARAN- 11)
TIAS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO III - Da Nacionalidade (art. 12 e
13)
CAPÍTULO IV - Dos Direitos Políticos (art. 14
a 16)
CAPÍTULO V - Dos Partidos Políticos (art. 17)

O rol de direitos humanos destacado na CF/88 não é exaustivo, permitindo o reco-


nhecimento e a proteção de outros direitos fundamentais, seja por interpretação
constitucional ou por adesão a tratados internacionais (Art. 5º, §2º):

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem ou-


tros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja
parte.

Além disso, possui aplicação imediata (Art. 5º, §2º):

§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm apli-


cação imediata.

CLÁUSULAS PÉTREAS E DIREITOS HUMANOS:

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As cláusulas pétreas são disposições que não podem ser abolidas da Constituição
Federal de 1988 do Brasil, mesmo por meio de uma emenda constitucional:

Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente


a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

PRISÃO CIVIL (DEPOSITÁRIO INFIEL):

O Brasil é signatário de tratados internacionais que não admitem a prisão civil do


depositário infiel (art. 11 do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e art.
7º, 7 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos conhecida como pacto de
San José da Costa Rica).

Segundo o STF, os tratados internacionais não revogaram a previsão consti-


tucional da prisão civil do depositário infiel, mas deixou de ter aplicabilidade
diante do efeito paralisante desses tratados em relação à legislação infracons-
titucional. (INFO 449/STF). Pondo fim a qualquer discussão, o STF editou
ainda a Súmula Vinculante nº: 25 que assim dispõe:

SÚMULA VINCULANTE 25: É ilícita a prisão civil de depositário infiel,


qualquer que seja a modalidade de depósito.

ATENÇÃO:

LEGITIMIDADE PGR

COMPETÊNCIA STJ

Inquérito ou
FASE
processo.

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INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE
COMPETÊNCIA (IDC)

Com a finalidade de assegurar o


Nas hipóteses de grave violação Poderá suscitar, perante o
cumprimento de obrigações
de direitos humanos, o Superior Tribunal de Justiça
decorrentes de tratados
Procurador-Geral da República (STJ), em qualquer fase do
internacionais de direitos humanos
(PGR) inquérito ou processo, o IDC
dos quais o Brasil seja parte.

BIZU FEDERAL: Memorize que é Procurador Geral da “REPÚBLICA!” Caso diga


que é o procurador Geral de “JUSTIÇA” está errado! É suscitada no STJ (Superior
Tribunal de Justiça)! Caso diga que é no STF está errado! Pode estar tanto na
investigação, como no processo! Caso diga que é apenas no processo está errado!

ECA:

INFILTRAÇÃO POLICIAL NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA


Lei de Drogas Lei do Crime Organizado ECA
(art. 53, I) (arts. 10 a 14) (arts. 190-A a 190-E)
Principais características: Principais características: Principais características:
• Não prevê prazo má- • Prazo de 6 meses, po- • Prazo de 90 dias, sendo
ximo. dendo ser permitidas renovações,
• Não disciplina procedi- sucessivamente prorro- mas o prazo total da infil-
mento a ser adotado. gada. tração não poderá
• Só poderá ser adotada exceder 720 dias.
se a prova não puder ser • Só poderá ser adotada
produzida por outros se a prova não puder ser
meios disponíveis. produzida por outros
meios disponíveis.
• A infiltração de agentes
ocorre apenas na inter-
net.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS:

Artigo 3
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

TODO INDIVÍDUO TEM DIREITO


À VIDA À LIBERDADE À SEGURANÇA PES-
SOAL

#JACAIU (UERR - 2018 – SETRABES) Considerando a Declaração Universal dos


Direitos Humanos, é incorreto dizer que todo homem tem direito: A) à segurança
nacional. B) à liberdade. C) à propriedade. D) à vida. E) de ser, em todos os lugares,
reconhecido como pessoa perante a lei. GABARITO: A.

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OBS: Este artigo é muito cobrado em provas, pois quem nunca fez a leitura pode
pensar que não existe o DIREITO À SEGURANÇA PESSOAL (PREVISÃO EX-
PRESSA).

Artigo 4
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de
escravos serão proibidos em todas as suas formas.

Artigo 13
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das
fronteiras de cada Estado.

2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a
esse regressar.

OBS: Se cair na sua prova que a pessoa tem direito de escolher a sua RESIDÊNCIA
NO INTERIOR DE UM ESTADO pode marcar que está certo (não é uma alternativa
maliciosa)!

Artigo 26
1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos
nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A
instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior,
esta baseada no mérito.

2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade


humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e pelas liber-
dades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade
entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos e coadjuvará as atividades das
Nações Unidas em prol da manutenção da paz.

3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será


ministrada a seus filhos.

#JACAIU (IBFC - 2018 - SEAP-MG) “Todo ser humano tem direito à instrução. A
instrução será ______, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instru-
ção elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será _____ a todos,
bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. Assinale a alternativa que
completa correta e respectivamente as lacunas: A) Paga, acessível; B) Parcialmente
paga, gratuita; C) Paga, gratuita; D) Gratuita, paga; E) Gratuita, acessível. GABA-
RITO:E.

ENSINO FUN- ENSINO ESTUDOS


ENSINO
DAMENTAL TÉCNICO SUPERIORES
ELEMENTAR
E PROFISSIONAL
ABERTO A TO-
DEVE SER GENE-
GRATUITO E DOS EM PLENA
GRATUITO RALIZADO
OBRIGATÓRIO IGUALDADE, EM
(ACESSÍVEL A TO-
DOS) FUNÇÃO DO SEU
MÉRITO.

PRIMEIROS SOCORROS:

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TORTURA (LEI Nº 9.455/97)
Art. 1º Constitui crime de TORTURA:

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I - CONSTRANGER ALGUÉM com emprego de VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA, causando-
lhe sofrimento FÍSICO OU MENTAL:
Tortura Prova a) com o fim de OBTER INFORMAÇÃO, DECLARAÇÃO OU CONFISSÃO
ou Confissão da vítima ou de terceira pessoa;
Tortura Crime b) para PROVOCAR AÇÃO OU OMISSÃO de natureza criminosa;
Tortura Discri- c) em razão de DISCRIMINAÇÃO RACIAL OU RELIGIOSA;
minatória
Tortura-Cas- II - SUBMETER ALGUÉM, SOB SUA guarda, poder ou autoridade, com
tigo emprego de violência ou grave ameaça, a INTENSO SOFRIMENTO FÍ-
SICO OU MENTAL, como forma de aplicar Castigo Pessoal ou medida de
caráter preventivo.
Tortura pela § 1º Na MESMA PENA INCORRE quem SUBMETE PESSOA PRESA ou
tortura (sem fi- sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermé-
nalidade dio da prática de ATO NÃO PREVISTO EM LEI OU NÃO RESULTANTE
específica) DE MEDIDA LEGAL.
Tortura por § 2º Aquele que se OMITE em face dessas condutas, quando tinha o DE-
Omissão ou VER de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro
Tortura Impró- anos.
pria
Homicídio qua- Tortura qualificada pela morte (Art. 1, § 3º da 9.455/97)
lificado pela
Tortura (Art.
121, § 2º do
CP)
Morte é dolosa Tortura é dolosa
Tortura é do- Morte é culposa
losa
A morte é o fim A tortura é o fim desejado
desejado
Tortura é o A morte é o resultado involuntário
meio utilizado
§ 4º Aumenta-se a pena de UM SEXTO ATÉ UM TERÇO:
I - se o crime é POR AGENTE PÚBLICO;
cometido
II – se o crime CONTRA CRIANÇA, GESTANTE, PORTADOR DE DEFICIÊNCIA, ADO-
é cometido LESCENTE OU MAIOR DE 60 (SESSENTA) ANOS;
III - se o crime SEQUESTRO
é cometido me-
diante
§ 5º A CONDENAÇÃO acarretará a PERDA DO CARGO, FUNÇÃO OU EMPREGO PÚBLICO e a
INTERDIÇÃO PARA SEU EXERCÍCIO PELO DOBRO DO PRAZO DA PENA APLICADA.
(SEGUNDO A JURISPRUDÊNCIA O EFEITO É AUTOMÁTICO).
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o CRIME NÃO TENHA SIDO COMETIDO
EM TERRITÓRIO NACIONAL, sendo a vítima brasileira OU encontrando-se o agente em local
sob jurisdição brasileira. (EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA).

LEI DE DROGAS:

PORTE PARA CONSUMO PESSOAL (ART. 28, CAPUT)

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer con-
sigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

SANÇÕES INFORMAÇÕES/PRAZOS
ADVERTÊNCIA SO- O Juiz designa audiência específica para alertar o
BRE OS EFEITOS agente dos malefícios causados pelo uso de drogas
DAS DROGAS

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PRAZOS:
• Prazo máximo de 5 meses.
• Em caso de reincidência prazo máximo de 10 meses.
PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS À COMU- A prestação de serviços à comunidade será cumprida em
NIDADE programas comunitários, entidades educacionais ou assisten-
ciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou
privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencial-
mente, da prevenção do consumo ou da recuperação de
usuários e dependentes de drogas.
MEDIDA EDUCATIVA PRAZOS:
DE COMPARECI- • Prazo máximo de 5 meses.
MENTO A • Em caso de reincidência prazo máximo de 10 meses.
PROGRAMA OU
CURSO EDUCATIVO

TRÁFICO PRIVILEGIADO
DE DROGAS (ART. 33, §4º)
Nos delitos definidos no caput e no § 1º do art. 33 da lei de tóxicos:

i. As penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços (1/6 a


2/3)
PREVISÃO
LEGAL ii. Vedada a conversão em penas restritivas de direitos (Declarado
inconstitucional)

iii. Desde que o agente seja:


A) Primário,
B) Bons antecedentes,
C) Não se dedique às atividades criminosas
D) Nem integre organização criminosa.
SÚMULA 512 STJ (CANCELADA): A aplicação da causa de diminui-
ção de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006 não afasta
a hediondez do crime de tráfico de drogas. Em 2019, foi editada a Lei
SÚMULA nº 13.964/2019, que acrescentou o § 5º ao art. 112 da LEP positivando
o entendimento acima exposto: Art. 112 (...) § 5º Não se considera
hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de
tráfico de drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343,
de 23 de agosto de 2006.
Inquéritos e ações penais em curso não servem para impedir o re-
conhecimento do tráfico privilegiado. STJ. 3ª Seção. REsp 1977027-
PR, julgado em 10/08/2022 (Info 745).

É possível aplicar o § 4º do art. 33 da lei de drogas às “mulas”: O


fato de o agente transportar droga, por si só, não é suficiente para
afirmar que ele integre a organização criminosa. STJ. 6ª Turma.
AgRg no AREsp 1052075/SP, julgado em 27/06/2017.

Para fins do art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, milita em favor do réu
JURISPRU- a presunção de que ele é primário, possui bons antecedentes e não
se dedica a atividades criminosas nem integra organização crimi-
DÊNCIA
nosa; o ônus de provar o contrário é do Ministério Público. STF. 2ª
Turma. HC 154694 AgR/SP, julgado em 4/2/2020 (Info 965).

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Jurisprudência em Teses do STJ EDIÇÃO N. 131: 22) A causa de
diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei de Drogas só
pode ser aplicada se todos os requisitos, cumulativamente, estive-
rem presentes.

O fato de o réu ter ocupação lícita não significa que terá direito,
necessariamente, à minorante do § 4º do art. 33 da Lei de Drogas.
STJ. 6ª Turma. REsp 1380741-MG, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado
em 12/4/2016 (Info 582).

Não é possível a fixação de regime de cumprimento de pena fe-


chado ou semiaberto para crime de tráfico privilegiado de drogas
sem a devida justificação: A gravidade em abstrato do crime não
constitui motivação idônea para justificar a fixação do regime mais
gravoso. STF. 1ª Turma. HC 163231/SP, julgado em 25/6/2019 (Info
945).

Tráfico privilegiado não é hediondo: O tráfico ilícito de drogas na


sua forma privilegiada (art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006) não
é crime equiparado a hediondo e, por conseguinte, deve ser cance-
lado o Enunciado 512 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça.
STJ. 3ª Seção. Pet 11796-DF, Rel, julgado em 23/11/2016 (recurso repe-
titivo) (Info 595).

É possível a aplicação retroativa do § 4º do art. 33 da Lei nº


JURISPRU- 11.343/2006 (nova lei de drogas) sobre pena cominada com base
DÊNCIA na Lei nº 6.368/76 (antiga lei de drogas): É inadmissível a aplica-
ção da causa de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei
11.343/2006 à pena relativa à condenação por crime cometido na
vigência da Lei 6.368/1976. Não é possível a conjugação de partes
mais benéficas das referidas normas, para criar-se uma terceira lei,
sob pena de violação aos princípios da legalidade e da separação
de Poderes. O juiz, contudo, deverá, no caso concreto, avaliar qual
das mencionadas leis é mais favorável ao réu e aplicá-la em sua
integralidade. STF. Plenário. RE 600.817/MS (repercussão geral- Tema
169), julgado em 07/11/2013 (Info 727).

O juiz pode negar a aplicação do §4º usando como argumento o


fato de o réu, além do delito de tráfico (art. 33), ter praticado tam-
bém o crime de associação para o tráfico (art. 35). É inaplicável a
minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006 na
hipótese em que o acusado tenha sido condenado, na mesma oca-
sião, por tráfico e pela associação de que trata o art. 35 do mesmo
diploma legal, pois conclui-se que ele se dedica às atividades cri-
minosas. (Info 517 STJ)

CAUSAS DE AUMENTO
DE PENA (ART. 40)
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de
um sexto a dois terços (1/6 a 2/3), se:

I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreen-


dido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade
do delito;

PREVISÃO II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou


LEGAL no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou
vigilância;

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III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de
estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes
de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas,
ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se
realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de servi-
ços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção
social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públi-
cos;

IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego


de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou
coletiva;

V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes


e o Distrito Federal;

VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a


quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capa-
cidade de entendimento e determinação;

VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.

SÚMULA 587 STJ: Para a incidência da majorante prevista no art. 40, V,


da Lei nº 11.343/2006, é desnecessária a efetiva transposição de frontei-
SÚMULAS
ras entre Estados da Federação, sendo suficiente a demonstração
inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual.

SÚMULA 607 STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas (art.


40, I, da Lei nº 11343/2006) configura-se com a prova da destinação
internacional de drogas, ainda que não consumada a transposição
de fronteiras.
Não incide a causa de aumento de pena do art. 40, III, da Lei de
Drogas se o crime foi praticado nas proximidades de escola fechada
em razão da COVID-19: No caso concreto, não ficou evidenciado ne-
nhum benefício advindo ao réu com a prática do delito nas proximidades
ou nas imediações de estabelecimento de ensino e se também não houve
uma maximização do risco exposto àqueles que frequentam a escola, deve,
excepcionalmente, em razão das peculiaridades do caso concreto, ser afas-
tada a incidência da referida majorante. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC
728.750, julgado em 17/05/2022.

Não incide a causa de aumento de pena prevista no inciso III do


art. 40 da Lei nº 11.343/2006 em caso de tráfico de drogas come-
JURISPRU- tido nas dependências ou nas imediações de igreja (Posição
majoritária): O tráfico de drogas cometido em local próximo a igrejas não
DÊNCIA
foi contemplado pelo legislador no rol das majorantes previstas no inciso
III do art. 40 da Lei nº 11.343/2006, não podendo, portanto, ser utilizado
com esse fim tendo em vista que no Direito Penal incriminador não se
admite a analogia in malam partem. STJ. 6ª Turma. HC 528851-SP, jul-
gado em 05/05/2020 (Info 671).

Não é necessário que a droga passe por dentro do presídio para


que incida a majorante prevista no art. 40, III, da Lei 11.343/2006:
Esse dispositivo não faz a exigência de que as drogas efetivamente passem
por dentro dos locais que se busca dar maior proteção, mas apenas que o
cometimento dos crimes tenha ocorrido em seu interior. STJ. 5ª Turma.
HC 440888-MS, julgado em 15/10/2019 (Info 659).

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Não incide a causa de aumento de pena prevista no art. 40, inciso
III, da Lei nº 11.343/2006, se a prática de narcotraficância ocorrer
em dia e horário em que não facilite a prática criminosa e a disse-
minação de drogas em área de maior aglomeração de pessoas: Não
incide a causa de aumento de pena do art. 40, III, da LD se o crime foi
praticado em dia e horário no qual a escola estava fechada e não havia
pessoas lá. STJ. 6ª Turma. REsp 1719792-MG, julgado em 13/03/2018
(Info 622).

Jurisprudência em Teses do STJ EDIÇÃO N. 131: 42) Para a caracte-


rização da causa de aumento de pena do art. 40, III, da Lei n. 11.
343/2006, é necessária a efetiva oferta ou a comercialização da droga no
interior de veículo público, não bastando, para a sua incidência, o fato de
o agente ter se utilizado dele como meio de locomoção e de transporte da
substância ilícita.

Ocorrendo o tráfico de drogas nas imediações de presídio, incidirá


a causa de aumento do art. 40, III, da LD, não importando quem
seja o comprador. STF. 2ª Turma. HC 138944/SC, julgado em 21/3/2017
(Info 858).

Só poderá incidir a interestadualidade se ficar demonstrado que a


intenção do agente era pulverizar a droga em mais de um Estado-
membro: Assim, é inadmissível a aplicação simultânea das causas de au-
mento da transnacionalidade (art. 40, I) e da interestadualidade (art. 40,
V) quando não ficar comprovada a intenção do importador da droga de
difundi-la em mais de um Estado-membro. O fato de o agente, por motivos
de ordem geográfica, ter que passar por mais de um Estado para chegar
ao seu destino final não é suficiente para caracterizar a interestadualidade.
STJ. 6ª Turma. HC 214942-MT, julgado em 16/6/2016 (Info 586).

Ainda que o art. 33 da Lei n. 11.343/2006 preveja as condutas de


"importar" e "exportar", não há bis in idem na aplicação da causa
de aumento de pena pela transnacionalidade (art. 40, I, da Lei n.
11.343/2006), porquanto o simples fato de o agente "trazer con-
sigo" a droga já conduz à configuração da tipicidade formal do
crime de tráfico. (REsp 1392330/SP)
É inadmissível a aplicação simultânea das causas especiais de au-
mento de pena relativas à transnacionalidade e à
interestadualidade do delito (art. 40, I e V, da Lei n. 11.343/2006),
quando não comprovada a intenção do importador da droga de di-
fundi-la em mais de um estado do território nacional, ainda que,
para chegar ao destino final pretendido, imperativos de ordem ge-
ográfica façam com que o importador transporte a substância
através de estados do país. (REsp 1.273.754-MS)

É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair,


fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, re-
exportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou
adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua prepa-
ração, observadas as demais exigências legais (Art. 31). A lei apresenta ainda
o seguinte (Art. 32).

ATENÇÃO
As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo
delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quan-
PLANTAÇÕES tidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de
ILÍCITAS levantamento das condições encontradas, com a delimitação do

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local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação
da prova.
Art. 50, § 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o
juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade for-
mal do laudo de constatação e determinará a destruição das
drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realiza-
FLAGRANTE ção do laudo definitivo.
§ 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado
de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na pre-
sença do Ministério Público e da autoridade sanitária.
Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência
de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo má-
SEM FLAGRANTE ximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão,
guardando-se amostra necessária à realização do laudo defini-
tivo.

PLANTAÇÕES Imediatamente destruídas


pelo Delegado (Sem
ILÍCITAS autorização judicial)

SEM
Incineração no prazo de
PRISÃO EM 30 DIAS
FLAGRANTE

COM PRISÃO O juiz em 10


Será executada
dias
EM determina a
pelo Delegado
em 15 dias
FLAGRANTE destruição

LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE:

BIZU FEDERAL
SOMENTE PRATICA ABUSO DE AUTORIDADE QUEM GOSTA DE MPB

• MERO CAPRICHO OU SATISFAÇÃO PESSOAL


M
• PREJUDICAR OUTREM
P
• BENEFICIAR A SI MESMO OU A TERCEIRO
B

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A lei veda, expressamente, o crime de hermenêutica. Trata-se de uma garantia
para afastar qualquer tipo de decisão com receio de posterior responsabilização.

Art. 1º, § 2º A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos


e provas não configura abuso de autoridade.

SUJEITOS
DO CRIME
É sujeito ativo do crime Servidores públicos e militares ou pessoas a eles
de abuso de autori- equiparadas
dade qualquer agente Membros do Poder Legislativo
público, servidor ou Membros do Poder Executivo
não, da administração Membros do Poder Judiciário
direta, indireta ou Membros do Ministério Público
fundacional de qual- Membros dos tribunais ou conselhos de contas
quer dos Poderes da Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei,
União, dos Estados, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente
do Distrito Federal, ou sem remuneração, por eleição, nomeação, desig-
dos Municípios e de nação, contratação ou qualquer outra forma de
Território, compreen- investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou
dendo, mas não se função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput
limitando a: deste artigo.

EFEITOS DA CONDENAÇÃO PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS


Inabilitação para o exercício de Suspensão do exercício do cargo, da
cargo, mandato ou função pública, função ou do mandato, pelo prazo de
pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda
dos vencimentos e das vantagens;
1 (UM) A 5 (CINCO) ANOS 1 (UM) A 6 (SEIS) MESES

CAPUT FIGURA EQUIPARADA


Art. 22. Invadir ou adentrar, clandes- § 1º Incorre na mesma pena, na forma
tina ou astuciosamente, ou à revelia prevista no caput deste artigo, quem:
da vontade do ocupante, imóvel
alheio ou suas dependências, ou nele I - coage alguém, mediante violência ou
permanecer nas mesmas condições, grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a
sem determinação judicial ou fora das imóvel ou suas dependências;
condições estabelecidas em lei:
II - (VETADO);
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)
anos, e multa.
III - cumpre mandado de busca e
apreensão domiciliar após as 21h
(vinte e uma horas) ou antes das 5h
(cinco horas).

§ 2º Não haverá crime se o ingresso for


para prestar socorro, ou quando houver
fundados indícios que indiquem a necessi-
dade do ingresso em razão de situação de
flagrante delito ou de desastre.

MARIA DA PENHA:

15 | 83
JURISPRUDÊNCIA: A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) é aplicável para
o caso da mulher transexual vítima de violência em ambiente doméstico. STJ,
Resp 1977124, j. 05/04/22.

Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a


mulher QUALQUER AÇÃO OU OMISSÃO baseada no GÊNERO que lhe cause
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patri-
monial:
ÂMBITO DA UNIDADE QUALQUER RELAÇÃO
DOMÉSTICA ÂMBITO DA FAMÍLIA ÍNTIMA DE AFETO
Comunidade formada por
Espaço de convívio perma- indivíduos que são ou se Na qual o agressor conviva
nente de pessoas, com ou consideram aparentados, ou tenha convivido com a
sem vínculo familiar, inclu- unidos por laços naturais, ofendida, independente-
sive as esporadicamente por afinidade ou por von- mente de coabitação.
agregadas; tade expressa;

FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A


MULHER, ENTRE OUTRAS
FÍSICA Qualquer conduta que ofenda sua INTEGRIDADE OU SAÚDE
CORPORAL;
Qualquer conduta que lhe cause DANO EMOCIONAL e DIMINUI-
ÇÃO DA AUTOESTIMA ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações,
comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constran-
PSICOLÓGICA gimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de
sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de
ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde PSI-
COLÓGICA e à AUTODETERMINAÇÃO;
Qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a par-
ticipar de relação sexual não desejada, mediante intimidação,
ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a
SEXUAL utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar
qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à
gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem,
suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus
direitos sexuais e reprodutivos;
Qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição
PATRIMONIAL parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, docu-
mentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos,
incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
MORAL Qualquer conduta que configure CALÚNIA, DIFAMAÇÃO OU IN-
JÚRIA.

NOVIDADE LEGISLATIVA – LEI 13.827/19


QUEM CONCEDE AS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA DA LEI MARIA
DA PENHA?
REGRA: Apenas Autoridade JUDICIAL pode conceder medidas protetivas de urgência.
EXCEÇÃO: Medida de afastamento do agressor do lar pode ser determinada pelo De-
legado ou policial se o município não for sede de comarca
Esse afastamento será de-
terminado:
Verificada a existência de O agressor será IMEDIA- 1º OPÇÃO: Pela Autori-
risco atual ou iminente à TAMENTE afastado do dade JUDICIAL;

16 | 83
vida ou à integridade física lar, domicílio ou local de
2º OPÇÃO: Pelo Delegado
OU PSICOLÓGICA da convivência com a ofen- de Polícia, se o Município
mulher em situação de vi- dida não for sede de comarca;
olência doméstica e 3º OPÇÃO: pelo policial,
familiar, ou de seus depen- quando o Município não for
dentes, sede de comarca e não
houver delegado disponível
no momento da denúncia
OBS: Se a medida for concedida por Delegado ou por policial (opção 2 e 3), o juiz será
comunicado no PRAZO MÁXIMO DE 24 (VINTE E QUATRO) HORAS e decidirá, em
igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar
ciência ao Ministério Público concomitantemente.
OBS: As demais medidas protetivas deverão ser sempre concedidas pela autoridade
judicial;

I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com


comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei nº
10.826, de 22 de dezembro de 2003;
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com
Constatada a prática de vi- a ofendida;
olência doméstica e III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: a)
familiar contra a mulher, aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemu-
nos termos desta Lei, o nhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o
juiz poderá APLICAR, de agressor;
IMEDIATO, ao agressor, b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por
EM CONJUNTO OU SE- qualquer meio de comunicação;
PARADAMENTE, as c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a
seguintes medidas proteti- integridade física e psicológica da ofendida;
vas de urgência, entre IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes meno-
outras: res, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço
similar;
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
VI – comparecimento do agressor a programas de recuperação
e reeducação; e (Incluído pela Lei nº 13.984, de 2020)
VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de
atendimento individual e/ou em grupo de apoio. (Incluído pela
Lei nº 13.984, de 2020)

SÚMULA 600 STJ: Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º
da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima.
STJ. 3ª Seção. Aprovada em 22/11/2017, DJe 27/11/2017.

SÚMULA 589 STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções


penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas. Aprovada em
13/09/2017, DJe 18/09/2017.

SÚMULA 588 STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência
ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos. Aprovada em 13/09/2017, DJe 18/09/2017.

SÚMULA 536 STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam
na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.

SÚMULA 542 STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência
doméstica contra a mulher é pública incondicionada.

17 | 83
• NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO:

SUPREMACIA DO INTERESSE INDISPONIBILIDADE DO


PÚBLICO INTERESSE PÚBLICO
Em relações entre particulares, preva- o interesse público é intocável, ou seja,
lece a igualdade de direitos e a Administração Pública não é dona,
obrigações, mas na Administração Pú- mas sim gestora dos interesses da cole-
blica, o bem-estar coletivo é priorizado, tividade. A Administração não pode
colocando a Administração numa posi- dispor, alienar ou renunciar a esses in-
ção superior aos interesses individuais. teresses como se fossem seus.
Prerrogativas (poderes) da Administra- sujeições (obrigações) da Administra-
ção ção

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:

O art. 37 da Constituição estabelece os princípios que guiam a Administração Pública


em todos os níveis federativos: (L) Legalidade, (I) Impessoalidade, (M) Mora-
lidade, (P) Publicidade e (E) Eficiência. Toda a Administração, seja direta ou
indireta, deve seguir esses princípios. Eles são comumente lembrados pelo mnemô-
nico LIMPE:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos prin-
cípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte: (...)

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


O particular pode fazer tudo que não estiver proibido pela lei.
LEGALIDADE Por outro lado, a Administração só pode fazer o que a lei au-
toriza ou determina.
São três sentidos: 1) Finalidade de toda a função pública, que
é o bem comum da coletividade; 2) necessidade de os agen-
IMPESSOALI- tes públicos tratarem todas as pessoas da mesma forma, 3)
DADE Vedação à promoção pessoal do agente, devendo a publici-
dade das realizações ser feita em nome da Administração, e
não do Servidor.
Está vinculado aos conceitos de probidade, decoro e boa-fé.
MORALIDADE Difere da moral comum; Está ligada ao conceito de não juri-
dicização, através do qual os agentes não devem obedecer
apenas à legalidade.
Possui dois sentidos: - Como a necessidade de que todos os
PUBLICIDADE atos administrativos sejam publicados para que possam pro-
duzir seus efeitos; - Como a necessidade de transparência,
por parte da Administração Pública, no exercício de suas fun-
ções;
Está vinculado aos conceitos de economicidade e às relações
EFICIÊNCIA de custo x benefício. Traduz as características da Administra-
ção Gerencial no âmbito da Administração Pública.

A lei nº 9.784/99 regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pú-


blica Federal:

Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da


legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade,

18 | 83
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público
e eficiência.

OUTROS PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO


Determina que a atividade estatal deve ser constante, sem
CONTINUIDADE interrupções ou falhas, considerando que muitos serviços são
DOS SERVIÇOS essenciais e inadiáveis para a sociedade. Exemplos claros são
PÚBLICOS o fornecimento de água e energia elétrica para a população
(conforme art. 6º, §3º, da Lei 8.987/95).
Refere-se à capacidade do ente estatal de anular seus pró-
prios atos quando ilegais, ou revogá-los se considerados
AUTOTUTELA inoportunos ou inconvenientes, sem a necessidade de inter-
venção do Poder Judiciário, conforme estabelece a Súmula
473 do STF.
Estes princípios orientam os agentes públicos contra ações
excessivas. A razoabilidade, surgida da tradição anglo-saxô-
RAZOABILIDADE nica, verifica se as ações dos administradores estão em linha
E DA PROPORCI- com o bom senso. Por outro lado, a proporcionalidade, com
ONALIDADE raízes na Europa continental, avalia se a gravidade de uma
sanção está alinhada à infração cometida. Por exemplo, seria
desproporcional aplicar a multa máxima por uma infração
leve.
Motivação é a exposição, geralmente escrita, desse motivo,
ou seja, a justificativa que explica a causa pela qual o ato foi
praticado. Está relacionado com a forma do ato, pois diz res-
peito à maneira como ele se apresenta e se comunica aos
MOTIVAÇÃO administrados e ao mundo jurídico. Assim, enquanto o "mo-
tivo" é a razão subjacente pela qual o ato é praticado, a
"motivação" é a expressão ou declaração dessa razão. Ambos
são fundamentais para a validade e eficácia dos atos admi-
nistrativos e para garantir a transparência e legalidade da
ação administrativa.
SEGURANÇA A segurança jurídica é o princípio geral do Direito que garante
JURÍDICA aos cidadãos não serem surpreendidos por alterações repen-
tinas na ordem jurídica posta.
ESPECIALIDADE A especialidade é um princípio que visa a eficiência na ad-
ministração pública, promovendo a descentralização e
especialização dos serviços estatais.
INTRANSCEN- É uma exceção ao conceito de impessoalidade. Ele impede a
DÊNCIA aplicação de pesadas sanções a entidades federativas devido
a atos de gestões anteriores à atual administração.
Estabelece que os atos administrativos praticados por agen-
PRESUNÇÃO DE tes públicos são considerados legítimos até que se prove o
LEGITIMIDADE contrário. Em outras palavras, presume-se que os atos admi-
nistrativos são válidos e em conformidade com a lei, a menos
que haja evidências sólidas que comprovem o contrário. Per-
mite prova em contrário, pois a presunção é relativa, não
absoluta. (A presunção é relativa - “IURIS TANTUM”).
CONTRADITÓ- Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
RIO E AMPLA acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
DEFESA defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

SÚMULA VINCULANTE 3: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asse-


guram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou

19 | 83
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da
legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

SÚMULA VINCULANTE 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo adminis-


trativo disciplinar não ofende a Constituição.

SÚMULA VINCULANTE 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha


reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante
ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou asses-
soramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante de-
signações recíprocas, viola a Constituição Federal.

Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento pré-


vios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

SÚMULA 6 STF: A revogação ou anulação, pelo Poder Executivo, de aposentadoria, ou


qualquer outro ato aprovado pelo Tribunal de Contas, não produz efeitos antes de apro-
vada por aquele tribunal, ressalvada a competência revisora do Judiciário.

SÚMULA 346 STF: A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios
atos.

SÚMULA 473 STF: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.

Requisitos dos Administrativos

Competência Finalidade Forma Motivo Objeto

BIZU FEDERAL: Para decorar os elementos do Ato Administrativo, lembre-se deste


mnemônico: COFIFOMO. • COMPETÊNCIA, • FINALIDADE, • FORMA, • MOTIVO e •
OBJETO

Em resumo, podem ser conceituados individualmente:

• Competência: Refere-se à autoridade que tem o poder de tomar a deci-


são.

20 | 83
• Finalidade: O propósito do ato, que deve sempre visar ao bem comum e
ao exercício adequado da função pública.

• Forma: O modo pelo qual o ato é formalizado, geralmente através da


publicação em um diário oficial.

• Motivo: São as razões ou circunstâncias que justificam a realização do ato


administrativo.

• Objeto: Refere-se ao conteúdo específico da decisão, como, por exemplo,


a nomeação de um servidor.

Atributos dos Administrativos

PRESUNÇÃO DE AUTOEXECUTORI
IMPERATIVIDADE TIPICIDADE
LEGITIMIDADE EDADE

REQUISITOS DOS ATOS ADMINIS- ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINIS- ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRA-
TRATIVOS TRATIVOS TIVOS
São condições de validade dos São as características que São classificações dos atos
atos administrativos estes possuem para conse- administrativos com crité-
guir realizar as suas rios objetivos.
finalidades.
• COMPETÊNCIA • PRESUNÇÃO DE • NORMATIVOS
• FINALIDADE LEGITIMIDADE • ORDINATÓRIOS
• FORMA • AUTOEXECUTORI- • NEGOCIAIS
• MOTIVO EDADE • ENUNCIATIVOS
• OBJETO • IMPERATIVIDADE • PUNITIVOS
• TIPICIDADE

REVOGAÇÃO ANULAÇÃO
É controle do mérito administrativos, a ju- É controle de legalidade sobre atos que
ízo da administração. apresentam vícios insanáveis ou sanáveis.
Apenas pode ser efetuada pela própria Pode ser efetuada tanto pela própria ad-
administração. ministração quanto pelo Poder
Judiciário, quando provocado.
Possui eficácia ex-nunc Possui eficácia ex-tunc
Incide apenas sobre atos discricionários Incide sobre atos vinculados e discrici-
onários, desde que se esteja analisando a
legalidade

21 | 83
Poderes Administrativos
Vinculado Discricionário Normativo Hierárquico Disciplinar Polícia

PODER HIERÁRQUICO PODER DISCIPLINAR


Caracteriza-se pela existência de níveis Permite o Administrador aplicar san-
de subordinação (ambiente interno). ções. Refere-se a sanções de natureza
Pode dar ordens, coordenar, fiscalizar, administrativa o que não se confunde
controlar e corrigir atuações de seus su- com o poder punitivo do Estado.
bordinados, poder de delegar e avocar,
BIZU FEDERAL: O poder Disciplinar
anular e revogar atos, editar atos nor-
mativos. decorre do poder Hierárquico. (Siga
a ordem do alfabeto).

Categoria Descrição / Características


Poder - Todos os elementos previamente definidos pelo legislador.
Vinculado Não dá margem ao administrador público.
- Requisitos motivo e objeto sempre vinculados (mérito ad-
ministrativo).
Poder - Permite margens para a utilização de conceitos jurídicos
Discricionário indeterminados.
- Alguma margem de escolha na realização do ato.
- Requisitos motivo e objeto podem ser discricionários.
Poder Hierárquico - Presente na estrutura interna de cada órgão ou entidade.
Envolve subordinação e poder de dar ordens, fiscalizar, de-
legar e avocar competências.
Delegação e Avoca- - Delegação é regra, exceto em matérias de técnica espe-
ção cial. Avocação é exceção, permitida nos casos previstos em
lei.
Poder - Direito de aplicar sanções a agentes públicos e a particu-
Disciplinar lares.
- Quando se trata de servidores, o poder disciplinar decorre
do hierárquico.
Poder Regulamentar - Competência dos Chefes do Executivo para regular, atra-
vés de decretos, as leis.
Decretos Regula- - Não inovam no ordenamento jurídico.
mentares
- Estão sujeitos a controle de legalidade.
- Norma geral e abstrata.

22 | 83
- Competência dos Chefes do Poder Executivo.
- Não pode ser objeto de delegação.
Decretos Autôno- - Inovam no ordenamento jurídico.
mos
- Estão sujeitos a controle de constitucionalidade.
- Norma geral e abstrata.
- Competência dos Chefes do Poder Executivo.
- Pode ser objeto de delegação.
Poder - Gênero que inclui, entre outros, o poder regulamentar.
Normativo
Poder de Polícia - Restringe interesse particular em prol de toda a coletivi-
dade. Pode ser preventivo ou repressivo.
- Atributos: discricionariedade, autoexecutoriedade e coer-
cibilidade.
- Não pode ser exercido por particulares ou entidades de
direito privado.
Obrigações do Ad- - Agir, prestar contas, probidade e eficiência.
ministrador
Abuso de Poder - Ocorre de duas formas: excesso de poder e desvio de po-
der. Excesso de poder se dá quando o agente excede suas
competências ou utiliza meio inadequado. Desvio de poder
ocorre quando a finalidade é diversa da esperada.

SÚMULA VINCULANTE 38: É competente o município para fixar o horário de funcionamento


de estabelecimento comercial.

SÚMULA VINCULANTE 49: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede
a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.

SÚMULA 19 STJ: A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da compe-


tência da União.

SÚMULA 312 STJ: No processo administrativo para imposição de multa de trânsito, são ne-
cessárias as notificações da autuação e da aplicação da pena decorrente da infração.

SÚMULA 467 STJ: Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo,
a pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa por infração ambien-
tal.

SÚMULA 473 STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.

AGENTES PÚBLICOS:

CLASSIFICAÇÃO HELY LOPES MEIRELLES


Indivíduos eleitos ou nomeados que exercem funções no alto
Agentes escalão do governo, determinando diretrizes e políticas
Políticos

23 | 83
públicas. Possuem competências previstas na Constituição
Federal e autonomia para tomar suas decisões.
Agentes Ocupantes de cargo, emprego ou função pública, desempe-
Administrativos nhando atividades de execução e estando subordinados
hierarquicamente.
Agentes São pessoas que recebem a incumbência de representar a
Honoríficos administração pública em razão de condições pessoais ou pro-
fissionais.
Agentes São indivíduos selecionados para representar a administração
Credenciados pública devido às suas qualificações pessoais ou profissionais.
Agentes São colaboradores que assumem riscos em suas atividades
Delegados sob supervisão do Estado.

Segundo a CF/88, a respeito do ingresso no serviço público dispõe (Art. 37, I):

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que


preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangei-
ros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)

Os Brasileiros natos ou naturalizados estão aptos a assumir cargos públicos,


cumprindo requisitos legais específicos. Estrangeiros, geralmente, não podem
ocupar essas posições, mas exceções são feitas para impulsionar setores como
pesquisa e educação, conforme permitido pela Constituição, requerendo uma lei
específica do ente federativo para regular essa participação.

É a regra: Desde que


Brasileiro preencham os requisitos
estabelecidos em lei.
Ingresso no serviço
público
É a exceção: Somente
quando existir lei
Estrangeiro
expressamente
autorizando

CONCURSO PÚBLICO:

A Constituição determina que o prazo de validade do concurso público será de até dois anos,
prorrogável uma vez, por igual período. É o que dispõe o art. 37, III e IV, CF/88:

III - O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorro-
gável uma vez, por igual período;

BIZU FEDERAL: Exige-se aprovação prévia em concurso público de provas OU de


provas e títulos. Logo, não é, exclusivamente de títulos, sendo assim, será neces-
sário provas.

ESTABILIDADE:

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

24 | 83
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada am-


pla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho,


na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Em virtude de sentença
judicial transitada em
julgado

O servidor público estável Mediante processo


(após três anos de efetivo administrativo em que lhe
exercício) só perderá o seja assegurada ampla
cargo: defesa

Mediante procedimento de
avaliação periódica de
desempenho, na forma de
lei complementar,
assegurada ampla defesa

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela


Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada am-


pla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho,


na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

25 | 83
Em virtude de sentença
judicial transitada em
julgado

O servidor público estável Mediante processo


(após três anos de efetivo administrativo em que lhe
exercício) só perderá o seja assegurada ampla
cargo: defesa

Mediante procedimento de
avaliação periódica de
desempenho, na forma de
lei complementar,
assegurada ampla defesa

Validade Posse Exercício Estabilidade


concurso
•Até 2 (dois ) •A posse •É de quinze •Segundo a
anos, ocorrerá no dias o prazo CF/88 é de
podendo prazo de para o 3 anos
ser trinta dias servidor
prorrogado contados da empossado
uma única publicação em cargo
vez, por do ato de público
igual provimento entrar em
período. . exercício,
contados da
data da
posse.

Súmula 552-STJ: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com defici-
ência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos.

Súmula 377-STJ: O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso pú-
blico, às vagas reservadas aos deficientes.

Súmula vinculante 43-STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie


ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provi-
mento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

Súmula 266-STJ: O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido
na posse e não na inscrição para o concurso público.

Súmula 16-STF: Funcionário nomeado por concurso tem direito à posse.

26 | 83
Súmula vinculante 44-STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação
de candidato a cargo público.

Súmula 683-STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em


face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribui-
ções do cargo a ser preenchido.

É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,


exceto, quando houver compatibilidade de horários:

Dois cargos ou empregos


Um cargo de professor
privativos de profissionais
Dois cargos de professor com outro técnico ou
de saúde, com profissões
científico
regulamentadas

Jurisprudência: A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de


saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60
horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal
requisito na Constituição Federal. (Info 632).
MANDATO ELETIVO

Mandato eletivo federal, estadual ou Afastado de seu cargo, emprego ou


distrital função;

Afastado do cargo, emprego ou função,


mandato de Prefeito sendo-lhe FACULTADO optar pela sua
remuneração;

Havendo compatibilidade de horários,


perceberá as vantagens de seu cargo,
emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo
mandato de Vereador

Não havendo compatibilidade, será


aplicada a norma do inciso anterior;

LEI FEDERAL Nº 13.022/2014 (ESTATUTO GERAL DAS GUARDAS MUNICI-


PAIS):

BIZU FEDERAL: princípios mínimos de atuação das guardas municipais memorize


“CUP3”:

27 | 83
c • Compromisso com a evolução social
da comunidade

U • Uso progressivo da força

• proteção dos direitos humanos

P3
fundamentais, do exercício da cidadania e
das liberdades públicas;
• preservação da vida, redução do sofrimento
e diminuição das perdas;
• patrulhamento preventivo

CONTROLE INTERNO CONTROLE EXTERNO


I - controle interno, exercido por II - controle externo, exercido por OU-
CORREGEDORIA, naquelas com efe- VIDORIA, independente em relação
tivo superior a 50 (cinquenta) à direção da respectiva guarda,
servidores da guarda e em todas as qualquer que seja o número de ser-
que utilizam arma de fogo, para apurar vidores da guarda municipal, para
as infrações disciplinares atribuídas aos receber, examinar e encaminhar recla-
integrantes de seu quadro; e mações, sugestões, elogios e denúncias
acerca da conduta de seus dirigentes e
integrantes e das atividades do órgão,
propor soluções, oferecer recomenda-
ções e informar os resultados aos
interessados, garantindo-lhes orienta-
ção, informação e resposta.

Art. 15. Os cargos em comissão das guardas municipais deverão ser providos por
membros efetivos do quadro de carreira do órgão ou entidade.

• § 1º Nos primeiros 4 (quatro) anos de funcionamento, a guarda


municipal poderá ser dirigida por profissional estranho a seus qua-
dros, PREFERENCIALMENTE com experiência ou formação na área
de segurança ou defesa social, atendido o disposto no caput.

§ 2º Para ocupação dos cargos em todos os níveis da carreira da guarda municipal,


deverá ser observado o percentual mínimo para o sexo feminino, definido em
lei municipal.

§ 3º Deverá ser garantida a progressão funcional da carreira em todos os níveis.

• Art. 16. Aos guardas municipais é autorizado o porte de arma de


fogo, conforme previsto em lei.

JURISPRUDÊNCIA: Todos os integrantes das guardas municipais possuem


direito a porte de arma de fogo, em serviço ou mesmo fora de serviço,
independentemente do número de habitantes do Município. STF. Plenário.

28 | 83
ADC 38/DF, ADI 5538/DF e ADI 5948/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes,
julgados em 27/2/2021 (Info 1007).

Parágrafo único. Suspende-se o direito ao porte de arma de fogo em razão de


restrição médica, decisão judicial ou justificativa da adoção da medida pelo
respectivo dirigente.

Art. 17. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) destinará linha te-


BIZU lefônica de número 153 e faixa exclusiva de frequência de rádio aos
Municípios que possuam guarda municipal.
NÚMERO
Art. 18. É assegurado ao guarda municipal o recolhimento à cela, isolada-
153 mente dos demais presos, quando sujeito à prisão antes de
condenação definitiva.

CAPÍTULO IX

DAS VEDAÇÕES

Art. 19. A estrutura hierárquica da guarda municipal não pode utilizar denomina-
ção idêntica à das forças militares, quanto aos postos e graduações, títulos,
uniformes, distintivos e condecorações.

CRIMES DE TRÂNSITO (Lei nº 9.503/1997):

Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste
Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal,
se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de
setembro de 1995, no que couber.

§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts.
74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente esti-
ver:

• I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoa-


tiva que determine dependência;

• II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição


automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em mano-
bra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade
competente;

• III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para


a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora).

§ 2º Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito


policial para a investigação da infração penal.

Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trân-
sito ter o condutor do veículo cometido a infração:

29 | 83
• I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande
risco de grave dano patrimonial a terceiros;

• II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adultera-


das;

• III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;

• IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de ca-


tegoria diferente da do veículo;

• V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais


com o transporte de passageiros ou de carga;

• VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipa-


mentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu
funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos
nas especificações do fabricante;

• VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente des-


tinada a pedestres.

Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:

Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a


permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

§ 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é


aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:

I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;

II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;

III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
vítima do sinistro; (Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)

IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de


transporte de passageiros.

Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em ra-
zão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine
dependência:

Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se


obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

§ 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por:

I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue


ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou

30 | 83
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da
capacidade psicomotora.

§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste


de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemu-
nhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à
contraprova.

§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de al-


coolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado
neste artigo.

§ 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado pelo Instituto Na-


cional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO - para se determinar
o previsto no caput. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

Lei Federal n. 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento):

Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para
os casos previstos em legislação própria e para:

PORTE DE ARMA
Agentes e integrantes das
Agentes do guardas entidades de
Agentes Departamento prisionais Empresas de desporto Servidores do
operacionais da de Segurança Polícia (Atual Polícia segurança legalmente Poder Judiciário
Órgãos de Força Nacional Auditor-Fiscal e
Guardas Agência do Gabinete de Guardas Legislativa do Penal), os privada e de constituídas, e do MP que
Forças Armadas Segurança de Segurança Analista
Municipais Brasileira de Segurança Municipais Congresso integrantes das transporte de cujas atividades estejam na
Pública Pública Tributário
Inteligência Institucional da Nacional escoltas de valores esportivas função de
(ABIN) Presidência da presos e as constituídas demandem o segurança
República guardas uso de armas
portuárias de fogo

O art. 6º, § 1º, prevê que as pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do ca-
put deste artigo terão direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou
fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço,
nos termos do regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional para
aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI.

AO SINARM COMPETE (ART. 2º):


I –Forças Armadas;
II - Órgãos de Segurança Pública e Força Nacional
Direito de portar arma parti- de Segurança Pública (FNSP);
cular ou institucional, III - Guardas municipais;
mesmo fora de serviço: V - Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e De-
partamento de Segurança do Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da Repú-
blica (GSI/PR);
VI – Polícia Legislativa do Congresso Nacional;
I –Forças Armadas;
II - Órgãos de Segurança Pública e Força Nacional
de Segurança Pública (FNSP);
Porte com validade em âmbito V - Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e De-
Nacional: partamento de Segurança do Gabinete de

31 | 83
Segurança Institucional da Presidência da Repú-
blica (GSI/PR);
VI – Polícia Legislativa do Congresso Nacional;

Observe que a Guarda Municipal não é mencionada

Em Municípios com menos de


50.000 mil habitantes podem ter Guardas Municipais armadas?

O art. 6º, III e IV, da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) somente


previa porte de arma de fogo para os guardas municipais das capitais e dos Municí-
pios com maior número de habitantes. Assim, os integrantes das guardas municipais
dos pequenos Municípios (em termos populacionais) não tinham direito ao porte de
arma de fogo. O STF considerou que esse critério escolhido pela lei é inconstitucional
porque os índices de criminalidade não estão necessariamente relacionados com o
número de habitantes.

Assim, é inconstitucional a restrição do porte de arma de fogo aos integrantes


de guardas municipais das capitais dos estados e dos municípios com mais de
500.000 (quinhentos mil) habitantes e de guardas municipais dos municípios
com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil)
habitantes, quando em serviço.

Com a decisão do STF todos os integrantes das guardas municipais possuem direito
a porte de arma de fogo, em serviço ou mesmo fora de serviço. Não interessa o
número de habitantes do Município. STF. Plenário. ADC 38/DF, ADI 5538/DF e ADI
5948/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgados em 27/2/2021 (Info 1007).

Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança


privada e de transporte de valores, constituídas na forma da lei, serão de proprie-
dade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente podendo ser
utilizadas quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de ar-
mazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e
a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa.

• § 1o O proprietário ou diretor responsável de empresa de segu-


rança privada e de transporte de valores responderá pelo crime
previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem prejuízo das
demais sanções administrativas e civis, se deixar de registrar ocor-
rência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo
ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessórios e mu-
nições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e
quatro) horas depois de ocorrido o fato.

• § 2o A empresa de segurança e de transporte de valores deverá


apresentar documentação comprobatória do preenchimento dos
requisitos constantes do art. 4o desta Lei quanto aos empregados
que portarão arma de fogo.

32 | 83
• § 3o A listagem dos empregados das empresas referidas neste ar-
tigo deverá ser atualizada semestralmente junto ao Sinarm.

Registrar ocorrência policial

Comunicar à Polícia Federal


Proprietário ou diretor Responderá por crime sem
perda, furto, roubo ou outras
responsável de empresa de prejuízo das demais sanções
formas de extravio de armas de
segurança privada e de administrativas e civis, se deixar
fogo, acessórios e munições que
transporte de valores de
estejam sob sua guarda,

Nas primeiras 24 (vinte e


quatro) horas depois de
ocorrido o fato.

POSSE IRREGULAR DE ARMA PORTE ILEGAL DE ARMA DE


DE FOGO DE USO PERMITIDO FOGO DE USO PERMITIDO

Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em
acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
com determinação legal ou regulamentar, no interior de emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
local de trabalho, desde que seja o titular ou o permitido, sem autorização e em desacordo com
responsável legal do estabelecimento ou empresa: determinação legal ou regulamentar:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e


multa. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
multa.

CAUSAS DE AUMENTO DE PENA


1. Comércio ilegal de arma de fogo (art. 17) Aumentada da METADE se a arma
2. Tráfico internacional de arma de fogo (art. 18) de fogo, acessório ou munição fo-
rem de uso proibido ou restrito.
1. Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido Aumentada da METADE:
(art. 14) I - Forem praticados por inte-
2. Disparo de arma de fogo (art. 15) grante dos órgãos e empresas
3. Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso referidas nos arts. 6º, 7º e 8º
restrito (art. 16) desta Lei; ou
4. Comércio ilegal de arma de fogo (art. 17) II - o agente for reincidente es-
5. Tráfico internacional de arma de fogo (art. 18) pecífico em crimes dessa
natureza;

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA:

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA?

33 | 83
1. Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilí-
cito (Art .9º)
2. Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário (Art.
10)
3. Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios
da Administração Pública (Art. 11)

ATENÇÃO: Faça uma leitura atenta desses três artigos mais de uma vez, pois
são os aspectos mais importantes para fins de prova!

ATO DE IMPROBI- SUSPEN- MULTA PROIBIÇÃO PERDA


DADE SÃO DOS DE CONTRA- DA FUN-
DIREITOS TAR/ ÇÃO
POLÍTICOS RECEBER BE- PÚ-
NEFÍCIO BLICA
ENRIQUECI- Até 14 anos Equivalente Até 14 anos Sim
MENTO ILÍCITO ao valor do
acréscimo
patrimonial
LESÃO AO ERÁRIO Até 12 anos Equivalente Até 12 Sim
ao valor do (doze) anos
dano
ATENTA CONTRA ...... Até 24 vezes Até 4 anos ......
PRINCÍPIO o valor da
remunera-
ção

BENS PÚBLICOS:

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas


jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual
for a pessoa a que pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou


estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de di-


reito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas
entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais


os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha
dado estrutura de direito privado.

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar.

34 | 83
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as
exigências da lei.

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído,
conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração per-
tencerem.

• NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL:

A CF/88 contém um PREÂMBULO, 9 títulos com 250 artigos (PARTE DOGMÁTICA)


e o Ato das Disposições Constitucionais transitórias (ADCT) com 123 artigos.

Parte
Preâmbulo ADCT
Dogmática
NORMA CONSTITUCIONAL

FUNDAMENTOS (ART. 1º): SO.CI.DI.VA.PLU.


Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como FUNDAMENTOS:
SO Soberania
CI Cidadania
DI Dignidade da pessoa humana
VA Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
PLU Pluralismo político
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
(Democracia semidireta ou participativa)

OBJETIVOS (ART. 3º). CON.GA.E.PRO.


Art. 3º Constituem OBJETIVOS fundamentais da República Federativa
do Brasil:
CON Construir uma sociedade livre, justa e solidária
GA Garantir o desenvolvimento nacional
E Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades so-
ciais e regionais
PRO Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação

EM RESUMO, MEMORIZE:

FUNDAMENTOS OBJETIVOS
SO.CI.DI.VA.PLU. CON.GA.E.PRO.

35 | 83
PRINCÍPIOS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS (ART. 4º):
DE.CO.R.A. P.I.S.C.I.NÃO.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações inter-
nacionais pelos seguintes princípios:
DE DEfesa da paz
CO COoperação entre os povos para o progresso da humanidade
R Repúdio ao terrorismo e ao racismo
A Autodeterminação dos povos

P Prevalência dos direitos humanos


I Independência nacional
S Solução pacífica dos conflitos
C Concessão de asilo político
I Igualdade entre os Estados
NÃO NÃO-intervenção

DIREITO À VIDA:

O direito à vida engloba o direito de permanecer vivo (não ser morto) e o direito de
vier com dignidade:

Permanecer vivo
Direito à vida
Viver com
dignidade
Em regra, não se admite pena de morte no brasil, exceto em caso de guerra decla-
rada:

Art. 5º, XLVII - NÃO HAVERÁ PENAS:

a) De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis;

No julgamento da ADI n. 3.510, o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil enfrentou


uma questão complexa sobre se a utilização de células-tronco embrionárias em pesquisas
violaria o direito à vida. A controvérsia central era se embriões fertilizados in vitro

36 | 83
poderiam ser usados para criar células-tronco para pesquisa científica e tratamentos mé-
dicos, o que envolve a destruição desses embriões. O STF decidiu que as pesquisas
com células-tronco embrionárias são constitucionais.

O STF, no julgamento da ADPF 54/DF, criou uma nova exceção e decidiu que a interrupção
da gravidez de feto anencéfalo é conduta atípica (Plenário. ADPF 54/DF, rel. Min. Marco
Aurélio, 11 e 12/4/2012). Assim, por força de interpretação jurisprudencial, realizar
aborto de feto anencéfalo também não é crime;

O art. 5º, caput, prevê a proteção da igualdade, a saber:

Art. 5º, (...), I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição;

Deve-se, contudo, buscar não somente essa aparente igualdade formal, mas, so-
bretudo, a igualdade material. Logo, a igualdade é observada em duas
perspectivas:

• IGUALDADE FORMAL: É a igualdade jurídica onde todos devem ser


tratados de maneira igual, sem quaisquer distinções.

• IGUALDADE MATERIAL: É a busca pela igualdade real, tratando de


forma desigual pessoas que se encontram em condições desiguais,
na medida e proporção de suas desigualdades.

LIBERDADE DE REUNIÃO:

O art. 5º, XVI, da CF/88 assegura a liberdade de reunião, a saber:

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos


ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem
outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
exigido prévio aviso à autoridade competente;

EM RESUMO:

37 | 83
TODOS PODEM REUNIR-SE PACIFICAMENTE, SEM ARMAS,
EM LOCAIS ABERTOS AO PÚBLICO
NÃO PRECISA EXIGE PRÉVIO AVISO
DE AUTORIZAÇÃO À AUTORIDADE COMPETENTE

JURISPRUDÊNCIA: O STF liberou a realização dos eventos chamados


“marcha da maconha”, que reúnem manifestantes favoráveis à
descriminalização da droga. (ADPF 187)

JURISPRUDÊNCIA: A exigência constitucional de aviso prévio relativamente


ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação que
permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma pacífica
ou para que não frustre outra reunião no mesmo local. STF. Plenário. RE
806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin,
julgado em 14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E ANTERIORIDADE:

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação (previsão) legal;

PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA:

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as


seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos;

PRINCÍPIO DA PESSOALIDADE OU INTRANSCENDÊNCIA DA PENA:

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação


de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da
lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor
do patrimônio transferido;

PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU NÃO CULPABILIDADE:

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sen-


tença penal condenatória;

PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI:

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

38 | 83
CRIMES IMPRESCRITÍVEIS: São crimes que não prescrevem e após a prática por
alguém o Estado sempre terá interesse e possibilidade de processar e julgar. A Cons-
tituição, atualmente, apresenta DOIS CRIMES IMPRESCRITÍVEIS:

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível,


sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos ar-


mados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático;

EM RESUMO:

A RA.ÇÃO É IMPRESCRITÍVEL
RA ÇÃO
AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS, CIVIS
RACISMO OU MILITARES, CONTRA A ORDEM
CONSTITUCIONAL E O ESTADO DE-
MOCRÁTICO

JURISPRUDÊNCIA: STF equipara injúria racial a crime de racismo,


considerando-a imprescritível. HC 154.248

SIGILO DO DOMICÍLIO: É assegurado o direito de recesso do lar, a saber:

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar


sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desas-
tre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

EM RESUMO:

DURANTE O DIA DURANTE A NOITE


• Em caso de flagrante delito; • Em caso de flagrante delito;
• Em caso de desastre; • Em caso de desastre;
• Para prestar socorro; • Para prestar socorro.
• Para cumprir determinação judicial
(ex: busca e apreensão; cumprimento
de prisão preventiva).

SÚMULA 403 STJ: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não auto-
rizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.
Súmula 444-STJ: É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para
agravar a pena-base.

Súmula vinculante 25-STF: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a
modalidade do depósito.

Súmula 667-STF: Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária cal-
culada sem limite sobre o valor da causa.

Súmula 654-STF: A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da Cons-
tituição da República, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado.

39 | 83
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de loco-
moção, por ilegalidade ou abuso de poder;

LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na


forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

A Constituição Federal de 1988, em seu TÍTULO II, estabelece o gênero “DOS DI-
REITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS” que possuem algumas espécies e, uma
delas, consiste nos Direitos Sociais (art. 6º a 11 da CF/88).

educação
saúde
alimentação
trabalho
moradia
Direitos Sociais transporte
Art. 6º da CF/88 lazer
segurança
previdência social
proteção à maternidade
proteção à infância
assistência aos desamparados
São os direitos fundamentais de:

• 2º GERAÇÃO (PRESTAÇÕES POSITIVAS) que exigem um fazer do


Estado (ESTADO SOCIAL DE DIREITOS) para promover melhoria
das condições de vida, por exemplo, educação, alimentação, tra-
balho e saúde.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa


causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compen-
satória, dentre outros direitos;

ATENÇÃO: Observe que é apenas em despedida arbitrária ou sem justa


causa. A banca de concurso pode substituir por despedida arbitrária ou com
justa causa, tornando, portando, incorreta a questão.

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

40 | 83
ATENÇÃO: Observe que é apenas em desemprego involuntário. A banca de
concurso pode substituir por desemprego voluntário tornando, portando,
incorreta a questão.

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem


remuneração variável;

ATENÇÃO: Observe que é apenas em nunca inferior ao mínimo. A banca de


concurso pode substituir por nunca superior ao mínimo, tornando, portando,
incorreta a questão.

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor


da aposentadoria;

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção do-


losa;

BIZU FEDERAL:

RETENÇÃO DO SALÁRIO ACIDENTE DE TRABALHO


(DOLOSA) (DOLOSO OU CULPOSO)
X - proteção do salário na forma da XXVIII - seguro contra acidentes de
lei, constituindo crime sua reten- trabalho, a cargo do empregador,
ção dolosa; sem excluir a indenização a que este
está obrigado, quando incorrer em
dolo ou culpa;

XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,


excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em
lei;

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa


renda nos termos da lei;

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta
e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jor-
nada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

BIZU FEDERAL:

DURAÇÃO DO TRABALHO NORMAL


DIA SEMANA
8 HORAS 44 HORAS

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos


de revezamento, salvo negociação coletiva;

OBS: 6 horas trabalho (turnos ininterruptos de revezamento).

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

41 | 83
ATENÇÃO: Observe que é apenas preferencialmente aos domingos. A banca
de concurso pode substituir por obrigatoriamente aos domingos, tornando,
portando, incorreta a questão.

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cin-


quenta por cento (50%) à do normal;

ATENÇÃO: Observe que é apenas serviço extraordinário superior, no


mínimo, em cinquenta por cento à do normal. A banca de concurso pode
substituir por serviço extraordinário superior, no máximo, em cinquenta por
cento à do normal, tornando, portando, incorreta a questão.

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço (1/3)
a mais do que o salário normal;

OBS: Férias anuais, pelo menos, 1/3 A MAIS.

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a du-


ração de cento e vinte dias (120);

OBS: Licença à gestante duração de 120 DIAS segundo a CF/88 (Este


número que consta previsto na CF/88). Cabe destacar que a lei 11.770/08
(Programa Empresa Cidadã) admite a prorrogação da licença por mais 60
dias.

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

OBS: Atualmente de 5 dias, de acordo com o art. 10, §1º, ADCT. Cabe
destacar que a lei 11.770/08 (Programa Empresa Cidadã) admite a
prorrogação por mais 15 dias.

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos espe-


cíficos, nos termos da lei;

XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de


trinta dias (30), nos termos da lei;

ATENÇÃO: Observe que é apenas em mínimo de trinta dias. A banca de


concurso pode substituir por máximo de trinta dias, tornando, portando,
incorreta a questão.

OBS: Aviso prévio sendo no mínimo de 30 dias. Cabe destacar que a lei 12.506/2011
regulamenta o aviso prévio proporcional.

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalu-


bres ou perigosas, na forma da lei;

XXIV - aposentadoria;

42 | 83
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até
5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

ASSISTÊNCIA GRATUITA AOS FILHOS E DEPENDENTES EM CRECHES E


PRÉ-ESCOLAS DESDE O
NASCIMENTO ATÉ 5 (CINCO) ANOS DE IDADE

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador,


sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo
ou culpa;

BIZU FEDERAL:

RETENÇÃO SALÁRIO ACIDENTE DE TRABALHO


(DOLOSA) (DOLOSO OU CULPOSO)
X - proteção do salário na forma da XXVIII - seguro contra acidentes de tra-
lei, constituindo crime sua retenção balho, a cargo do empregador, sem
dolosa; excluir a indenização a que este está obri-
gado, quando incorrer em dolo ou culpa;

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com
prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até
o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;

ATENÇÃO:

AÇÃO, QUANTO AOS CRÉDITOS RESULTANTES


DAS RELAÇÕES DE TRABALHO,
PRAZO PRESCRICIONAL LIMITE APÓS A EXTINÇÃO DO CON-
TRATO DE TRABALHO
5 ANOS 2 ANOS

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério


de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de


admissão do trabalhador portador de deficiência;

XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou


entre os profissionais respectivos;

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a meno-


res de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos,
salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

ATENÇÃO:

PROIBIÇÃO DE TRABALHO NO- PROIBIÇÃO DE


TURNO, PERIGOSO OU INSALUBRE QUALQUER TRABALHO

43 | 83
MENOR DE 16 ANOS,
MENOR DE 18 ANOS SALVO APRENDIZ, A PARTIR DOS
14 ANOS

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício


permanente e o trabalhador avulso

DIREITO DE GREVE: Art. 9º da CF/88 prevê o direito de greve. A saber:

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir


sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio
dele defender.

§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o aten-


dimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

SÚMULA VINCULANTE Nº: 23: A Justiça do Trabalho é competente para


processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do
direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

ESPÉCIES DE NACIONALIDADE E CRITÉRIOS PARA A SUA AQUISIÇÃO:

A doutrina ensina que a nacionalidade pode ter DUAS ESPÉCIES:

• NACIONALIDADE PRIMÁRIA (ORIGINÁRIA OU INVOLUNTÁRIA)

• NACIONALIDADE SECUNDÁRIA (ADQUIRIDA OU VOLUNTÁRIA)

2.1. NACIONALIDADE PRIMÁRIA (ORIGINÁRIA OU INVOLUNTÁRIA): É im-


posta de forma unilateral e soberana independentemente da vontade do indivíduo
pelo Estado no MOMENTO DO NASCIMENTO. Cada País pode adotar os seus CRI-
TÉRIOS:

• CRITÉRIO IUS SANGUINIS (SANGUE): O interesse para aquisição


da nacionalidade é o sangue, ou seja, a filiação, sendo assim,
pouco importa onde o indivíduo nasceu. Comum em países de emi-
gração (saída com frequência de nacionais).

• CRITÉRIO IUS SOLIS (TERRITÓRIO): O que importa é o local de


nascimento e não a descendência. Comum em países de imigração
(entrada de indivíduos estrangeiros em determinado país para tra-
balhar, assim os filhos destes serão nacionais desse novo país e
não do de origem).

2.2. NACIONALIDADE SECUNDÁRIA (ADQUIRIDA OU VOLUNTÁRIA):

É adquirida por vontade própria depois do nascimento, normalmente pela naturali-


zação, requerida pelo estrangeiro ou apátridas (não tem nacionalidade nenhuma).
3. CONFLITO DE NACIONALIDADE:

Pode ser:

44 | 83
• CONFLITO POSITIVO (POLIPÁTRIDA): Ocorre a multinacionali-
dade. Ex: Filho de Italiano – critério do sangue – nascido no Brasil
– critério da territorialidade.

• CONFLITO NEGATIVO (APÁTRIDA): Conhecido como heimatlos. É


assegurado a todos o direito a uma nacionalidade. As legislações
incentivam a redução desta situação por ser uma situação intole-
rável.

4. BRASILEIRO NATO: No Brasil, a nacionalidade primária ou originária foi adotada


como regra o critério do ius solis (território). Cabe destacar que a própria CF/88
traz exceções para o critério ius sanguinis (sangue) associada à outra circunstân-
cia.

IUS SOLIS (ART. 12, I, “A”)

IUS SANGUINIS + SERVIÇO DO BRASIL (ART. 12, I,


“B”)
BRASILEIRO
NATO
IUS SANGUINIS + REGISTRO (ART. 12, I, “C”, 1º
PARTE)

IUS SANGUINIS + OPÇÃO CONFIRMATIVA (ART. 12, I,


“C”, 1º PARTE) NACIONALIDADE POTESTATIVA

SÃO PRIVATIVOS DE BRASILEIRO NATO OS CARGOS: (MP3.COM)


M MINISTRO do Supremo Tribunal Federal;
P PRESIDENTE e Vice-Presidente da República;
P PRESIDENTE da Câmara dos Deputados;
P PRESIDENTE do Senado Federal;
.
C CARREIRA diplomática;
O OFICIAL das Forças Armadas.
M MINISTRO de Estado da Defesa.

VOTO:

OBRIGATÓRIOS FACULTATIVOS PROIBIDOS


MAIOR DE 18 MAIORES DE 16 E MENO- ESTRANGEIROS
ANOS RES DE 18 ANOS
MAIORES DE 70 ANOS

45 | 83
DURANTE O PERÍODO
ANALFABETOS DO SERVIÇO MILITAR
OBRIGATÓRIO, OS
CONSCRITOS.

É o direito de ser votado (elegibilidade) para concorrer algum mandato eletivo desde
que tenha preenchido os requisitos, entre eles:

35 ANOS 30 ANOS 21 ANOS 18 ANOS


Presidente e Deputado Federal
Vice Governador e Deputado Estadual ou
Vice DF Vereador
Senador Prefeito e Vice
Juiz de paz

SÃO INELEGÍVEIS
INALISTÁVEIS (QUEM SÃO?) ANALFABETOS
1) ESTRANGEIROS e, OBS: O analfabeto tem direito à alistabi-
lidade, e, portanto, direito de votar, mas
2) Durante o período do SERVIÇO não pode ser efeito, pois não possui capa-
MILITAR OBRIGATÓRIO, OS cidade eleitoral passiva.
CONSCRITOS

SÚMULA VINCULANTE 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do


mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.

ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

DECORE (ADOTADOS PELO BRASIL):

FOrma de GOverno REPÚBLICA FOGO Na República


Forma de Estado FEDERAÇÃO FÉ na Federação
Sistema de Governo PRESIDENCIALISMO SIGO o Presidente
Regime de Governo DEMOCRACIA REGO é democrático

• FORMA DE GOVERNO: Monarquia e REPÚBLICA


• FORMA DE ESTADO: Estado Unitário e FEDERAÇÃO
• SISTEMA DE GOVERNO: PRESIDENCIALISMO e parlamentarismo
• REGIME DE GOVERNO: DEMOCRÁTICOS e não democráticos

Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao TRIPLO


da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de
TRINTA E SEIS, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais
ACIMA DE DOZE.

EM RESUMO:

• Nº de Deputados Estaduais corresponde

• Ao TRIPLO (3x)

• Representado na Câmara dos Deputados Federais

46 | 83
• Atingido o numero de 36

• Acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima


de 12.

MUNICÍPIOS:

Entes federativos AUTÔNOMOS que possuem sua LEI ORGÂNICA para organizar e
regulamentar a vida do Município. Destaca-se que os Municípios possuem status de
Ente Federativo com o advento da CF/88.

Art. 29. O Município reger-se-á por LEI ORGÂNICA, votada em DOIS TUR-
NOS, com o interstício mínimo de DEZ DIAS, e aprovada por DOIS
TERÇOS dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Es-
tado e os seguintes preceitos:

EM RESUMO:

• Lei orgânica

• Votada em 2 TURNOS

• Aprovada por 2/3

• Interstício mínimo de 10 DIAS

I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de QUATRO


ANOS, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;

II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no PRIMEIRO DOMINGO de


outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas
as regras do art. 77, no caso de Municípios com MAIS DE DUZENTOS MIL ELEI-
TORES;

III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao


da eleição;

COMPOSIÇÃO DAS CÂMARAS MUNICIPAIS

IV - para a COMPOSIÇÃO das Câmaras Municipais, será observado o limite


máximo de:

a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;

(...)

x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000


(oito milhões) de habitantes;

SUBSÍDIO DOS VEREADORES

VI - o SUBSÍDIO dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Mu-


nicipais em cada legislatura para a subsequente, observado o que dispõe esta

47 | 83
Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica
e os seguintes limites máximos:

a) em Municípios de ATÉ DEZ MIL HABITANTES, o subsídio máximo dos


Vereadores corresponderá a VINTE POR CENTO (20%) do subsídio dos De-
putados Estaduais;

(...)

f) em Municípios de MAIS DE QUINHENTOS MIL HABITANTES, o subsídio


máximo dos Vereadores corresponderá a SETENTA E CINCO POR CENTO
(75%) do subsídio dos Deputados Estaduais;

TOTAL DE DESPESA

Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os sub-


sídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá
ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tribu-
tária e das transferências previstas no § 5 o do art. 153 e nos arts. 158 e 159,
efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído pela Emenda Constitu-
cional nº 25, de 2000) (Vide Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem
mil) habitantes;

(...)

VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com po-
pulação acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes.

Art. 29, V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados


por lei de INICIATIVA DA CÂMARA MUNICIPAL, observado o que dispõem os
arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

• VII - o TOTAL DA DESPESA com a remuneração dos Vereadores


NÃO PODERÁ ultrapassar o montante de CINCO POR CENTO (5%)
da receita do Município;

VIII - INVIOLABILIDADE DOS VEREADORES por suas opiniões, palavras e vo-


tos no exercício do mandato e na circunscrição do Município;

IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que cou-


ber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na
Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembleia Legislativa;

X - JULGAMENTO do Prefeito perante o TRIBUNAL DE JUSTIÇA;

XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal;

XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal;

• XIII - INICIATIVA POPULAR de projetos de lei de interesse espe-


cífico do Município, da cidade ou de bairros, através de

48 | 83
manifestação de, pelo menos, CINCO POR CENTO (5%) do eleito-
rado;

XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único.

• Art. 29, § 1 o A Câmara Municipal NÃO GASTARÁ mais de SETENTA


POR CENTO (70%) de sua receita com folha de pagamento, INCLU-
ÍDO o gasto com o subsídio de seus Vereadores.

§ 2 o Constitui CRIME DE RESPONSABILIDADE do Prefeito Municipal:

• I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;

• II - não enviar o repasse até o DIA VINTE (20) de cada mês; ou

• III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orça-


mentária.

§ 3 o Constitui crime de responsabilidade do PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICI-


PAL o desrespeito ao § 1 o deste artigo.

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal,
mediante CONTROLE EXTERNO, e pelos sistemas de CONTROLE INTERNO do Po-
der Executivo Municipal, na forma da lei.

§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o AUXÍLIO dos


TRIBUNAIS DE CONTAS DOS ESTADOS ou do MUNICÍPIO ou dos CONSELHOS
ou TRIBUNAIS DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS, onde houver.

• § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as


contas que o Prefeito deve ANUALMENTE prestar, só deixará de
prevalecer por decisão de DOIS TERÇOS dos membros da Câmara
Municipal.

§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante SESSENTA DIAS (60 DIAS), ANU-
ALMENTE, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual
poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

• § 4º É VEDADA a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Con-


tas Municipais.

COMPETÊNCIAS DA UNIÃO:

COMPETÊNCIAS EXCLUSIVAS (ART. 21) COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS


(ART. 22)
(INDELEGÁVEIS) (DELEGÁVEIS)
EXCLUSIVAS, ADMINISTRATIVAS E IN- PRIVATIVAS, LEGISLATIVAS E
DELEGÁVEIS DELEGÁVEIS
EXEMPLOS

49 | 83
I - MANTER relações com Estados estran- I - DIREITO civil, comercial, pe-
geiros e participar de organizações nal, processual, eleitoral, agrário,
internacionais; marítimo, aeronáutico, espacial e
do trabalho;
II - DECLARAR a guerra e celebrar a paz; II - DESAPROPRIAÇÃO;
VII - EMITIR moeda; VI - SISTEMA monetário e de me-
didas, títulos e garantias dos
metais;
XIII - ORGANIZAR e manter o Poder Judi- VII - POLÍTICA de crédito, câm-
ciário, o Ministério Público do DISTRITO bio, seguros e transferência de
FEDERAL e dos Territórios e a Defensoria valores;
Pública dos Territórios;
XIV - ORGANIZAR e manter a polícia civil, XI - TRÂNSITO e transporte;
a POLÍCIA PENAL, a polícia militar e o
corpo de bombeiros militar do Distrito
Federal, bem como prestar assistência fi-
nanceira ao Distrito Federal para a
execução de serviços públicos, por meio
de fundo próprio;
XVII - CONCEDER anistia; XX - SISTEMAS de consórcios e
sorteios;
XXIV - ORGANIZAR, manter e executar a XXIII - SEGURIDADE social;
inspeção do trabalho;

SÚMULA VINCULANTE 2: É inconstitucional a lei ou ato normativo Estadual ou Distrital que


disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.

SÚMULA VINCULANTE 46: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento


das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa da
União.

SÚMULA VINCULANTE 39: Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos
membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.

SÚMULA VINCULANTE 38: É competente o Município para fixar o horário de funcionamento


de estabelecimento comercial.

SÚMULA 19 STJ: A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da compe-


tência da União.

Súmula vinculante 49-STF: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que im-
pede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.

Súmula 722-STF: São da competência legislativa da União a definição dos crimes de respon-
sabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento.

Súmula 419-STF: Os municípios tem competência para regular o horário do comércio local,
desde que não infrinjam leis estaduais ou federais válidas. • Válida, em parte. Isso porque não
é da competência dos Estados-membros legislar sobre horário do comércio local. Já no que
tange a leis federais, estas, eventualmente, poderão legislar sobre horário de funcionamento
se a questão não for apenas de interesse local (vide Súmula 19-STJ).

SEGURANÇA PÚBLICA:

50 | 83
A segurança pública visa oportunizar a convivência pacífica e harmoniosa dos in-
divíduos para construção de uma comunidade estruturada na serenidade e na paz
entre seus componentes. Atividade policial divide-se, então, em duas grandes
áreas: administrativa (no sentido estrito) e judiciária.

• POLÍCIA ADMINISTRATIVA (POLÍCIA PREVENTIVA OU OSTEN-


SIVA): Atua preventivamente, evitando que o crime aconteça
(Exemplo: Polícia Militar). A sua principal característica é a pre-
venção de infrações e perturbações da ordem. Quando a polícia
administrativa age, ela impede a concretização ou a continuação
de atividades que contrariem o ordenamento jurídico.

• POLÍCIA JUDICIÁRIA (POLÍCIA DE INVESTIGAÇÃO): Atua re-


pressivamente, depois de ocorrido o ilícito penal, exercendo
atividades de apuração das infrações penais cometidas, bem como
a indicação da autoria. (Exemplo: Polícia Civil).

A diferença não é absoluta, pois a Polícia Administrativa tanto pode agir preventi-
vamente (Exemplo: PMGO realiza patrulhamento para inibir ações criminosas em
Goiânia), como pode agir repressivamente (Exemplo: Tenente da PMGO instaura in-
quérito policial militar para apurar autoria e materialidade de crime militar).

Além disso, nota-se que cada órgão, ao exercer sua atribuição constitucional, integra-
se a uma "engrenagem", estabelecendo conexões essenciais para a efetiva presta-
ção da segurança pública.

POLÍCIA
OSTENTIVA

POLÍCIA
JUDICIÁRIA

PROCESSO
JUDICIAL

POLÍCIA FEDERAL (PF):

A Constituição Federal, no art. 144, §1º, dispõe acerca da POLÍCIA FEDERAL nos
seguintes termos:

51 | 83
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e
mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:

I - Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento


de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e
empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercus-
são interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se
dispuser em lei;

II - Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o con-


trabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos
públicos nas respectivas áreas de competência;

III - Exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;

IV - Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

O inciso I, deste dispositivo constitucional, pode ser esquematizado desta forma:

Ordem política e
social

Em detrimento de
bens, serviços e
interesses da
União
Apurar infrações
penais contra
De suas entidades
Repercussão
autárquicas e
interestadual ou
empresas
internacional
públicas,

Assim como
Exija repressão
outras infrações
uniforme
cuja prática tenha

Segundo se
dispuser em lei

A CF/88 exige LEI (Segundo se dispuser em lei) para regulamentar outros


crimes que devem ser investigados pela Polícia Federal. A lei nº 10.446/2002
foi criada com tal finalidade. Dispõe sobre infrações penais de repercussão interes-
tadual ou internacional que exigem repressão uniforme, para os fins do disposto no
inciso I do § 1º do art. 144 da Constituição, tais como formação de cartel, relativas
à violação a direitos humanos, que a República Federativa do Brasil se comprometeu
a reprimir em decorrência de tratados internacionais de que seja parte, dentre ou-
tros.

Já o inciso II, deste dispositivo constitucional, pode ser esquematizado desta forma:

52 | 83
TRÁFICO ILÍCITO de
entorpecentes e drogas
afins

CONTRABANDO, sem
prejuízo da ação
fazendária e de outros
PREVENIR E REPRIMIR
órgãos públicos nas
respectivas áreas de
competência;

DESCAMINHO, sem
prejuízo da ação
fazendária e de outros
órgãos públicos nas
respectivas áreas de
competência;

Nesse sentido, o inciso III, deste dispositivo constitucional, pode ser esquematizado
desta forma:

Polícia
MARÍTIMA

A PF deve exercer as Polícia


funções de AEROPORTUÁRIA

Polícia de
FRONTEIRAS

Por fim, o inciso IV, deste dispositivo constitucional, determina o seguinte:

IV - Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

Logo, nos termos da CF/88, no âmbito federal, a POLÍCIA FEDERAL exerce com
exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

GUARDA MUNICIPAL (GM ou GCM):

A Guarda Municipal não está prevista no caput do art. 144 da CF/88; contudo, en-
contra-se mencionada no §8º do referido artigo, conforme se observa:

§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à


proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

A Guarda municipal é uma instituição de caráter civil, uniformizada e armada,


vinculada ao Poder Executivo Municipal, composta por servidores públicos

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efetivos, e que tem por função a proteção municipal preventiva, sobretudo, de seus
bens, serviços e instalações.

Ademais, a lei federal nº 13.022/2014 visa atender à determinação constitucional


“os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei”.

Predominava o posicionamento de que os guardas municipais configuram-se como


agentes públicos dotados de um encargo sui generis de segurança. Isto se dá
pelo fato de que, apesar de não constarem expressamente nos incisos do art. 144,
caput, da Constituição Federal, estão compreendidos no § 8º do mesmo dispositivo.
Inserem-se, portanto, no âmbito do Título V, Capítulo III, da CF/88, que versa sobre
a segurança pública em seu espectro mais amplo.

Nessa linha, decidiu, recentemente, o STF:

As guardas municipais fazem parte do sistema de segurança pública.


Com isso, poderão fazer prisões e abordagens. (...) As guardas munici-
pais têm entre suas atribuições primordiais o poder-dever de prevenir, inibir
e coibir, pela presença e vigilância, infrações penais ou administrativas e atos
infracionais que atentem contra os bens, serviços e instalações municipais.
Trata-se de atividade típica de segurança pública exercida na tutela do patri-
mônio.

O Supremo declarou inconstitucionais todas as interpretações judiciais que não con-


sideram as GCMs como integrantes do SUSP. Isso não significa que a atribuição das
guardas tenha sido expandida pelo STF ou que, salvo melhor juízo, que a Corte trans-
formou as guardas em polícias municipais. O que o STF diz é que as guardas civis
integram o sistema de segurança. Vale lembrar que cada órgão de segurança
pública possui atribuições e responsabilidades próprias. É o meu posiciona-
mento neste momento.

Vale destacar, por exemplo, que a Polícia Rodoviária Federal, também prevista como
órgão de segurança pública na Constituição, não pode, por exemplo, fazer diligências
em uma região metropolitana, pois suas funções se restringem ao patrulhamento
ostensivo de rodovias federais. O fato de fazer parte do sistema de segurança
pública não atrai para nenhum órgão as atribuições dos demais.

Assim, a decisão da Corte reforça autorização, por exemplo, para que guardas
municipais façam abordagens e possam revistar lugares suspeitos quando
tiverem relação com sua atuação, que é a proteção de bens e patrimônio dos
municípios. A definição ocorre em meio a decisões desfavoráveis aos guardas pelo
Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tem declarado como ilegais prisões conside-
radas abusivas e invasões de domicílio. Para turmas do STJ, a instituição teria
apenas o caráter administrativo de proteger bens, serviços e instalações do municí-
pio, justamente por serem vinculadas às prefeituras.

9.1. JURISPRUDÊNCIA SOBRE A GCM (PRINCIPAIS JULGADOS):

As guardas municipais fazem parte do sistema de segurança pública. Com isso, poderão fazer
prisões e abordagens (Decisão 25.08.2023).

54 | 83
A guarda municipal, por não estar entre os órgãos de segurança pública previstos no art. 144
da CF, não pode exercer atribuições das polícias civis e militares; a sua atuação deve se limitar
à proteção de bens, serviços e instalações do município. STJ. 6ª Turma.REsp 1977119-SP, Rel. Min.
Rogerio Schietti Cruz, julgado em 16/08/2022 (Info 746). (OBS: ESTE JULGADO É ANTERIOR À RE-
CENTE DECISÃO DO STF)

Todos os integrantes das guardas municipais possuem direito a porte de arma de fogo, em
serviço ou mesmo fora de serviço, independentemente do número de habitantes do Município.
STF. Plenário. ADC 38/DF, ADI 5538/DF e ADI 5948/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgados em
27/2/2021 (Info 1007).

As guardas municipais, desde que autorizadas por lei municipal, têm competência para fiscali-
zar o trânsito, lavrar auto de infração de trânsito e impor multas. O STF definiu a tese de que é
constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício do poder de polícia de trânsito, inclusive
para a imposição de sanções administrativas legalmente previstas (ex: multas de trânsito). STF. Plenário.
RE 658570/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 6/8/2015
(repercussão geral) (Info 793).

A guarda municipal pode, e deve, prender quem se encontre em situação de flagrante delito,
nos termos do art. 301 do CPP. Todavia, ultrapassando os limites próprios de uma prisão em flagrante,
os agentes integrantes da Guarda Municipal não podem efetuar diligências típicas de uma investigação
criminal para ingressar em residência ou propriedade de pessoa em cujo poder nada de ilícito foi encon-
trado. STF. 1ªTurma. RE 1281774 AgR-ED-AgR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, Rel. p/ Acórdão: Min. Luis
Roberto Barroso, julgado em 13/06/2022, DJE 26/08/2022.

REMUNERAÇÃO DAS POLÍCIAS:

A Constituição Federal, no art. 144, §9º, dispõe acerca da remuneração das polícias:

§ 9º A REMUNERAÇÃO dos servidores policiais integrantes dos órgãos rela-


cionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39.

Nesse sentido, dispõe o § 4º do art. 39 da CF/88:

Art. 39 (...) § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros


de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusiva-
mente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação
ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto
no art. 37, X e XI.

Logo, nos termos da CF/88, a remuneração das polícias ocorre por subsídio
fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adi-
cional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.

14. DIREITO À GREVE:

Prevalece o entendimento de que o exercício do direito de greve, sob qualquer forma


ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que
atuem diretamente na área de segurança pública.1

1
STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 5/4/2017 (repercussão geral) (Info 860).

55 | 83
É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos
classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para
vocalização dos interesses da categoria.2

Nesse sentido, já decidiu o STF:

Lei estadual pode proibir que os policiais civis promovam ou partici-


pem de manifestações de apreço ou desapreço às autoridades ou
contra atos da Administração Pública. STF. Plenário. ADPF 734/PE, Rel.
Min. Dias Toffoli, julgado em 13/4/2023 (Info 1090).

DIREITO À GREVE

SIM. Conforme previsto no art. 37, VII, da


CF/88:
Os servidores públicos Art. 37. A administração pública direta e indireta de
possuem direito à qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Dis-
greve? trito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
VII - o direito de greve será exercido nos termos e
nos limites definidos em lei específica;

Este inciso VII afirma SIM. O STF decidiu que, mesmo sem ter sido ainda
que o direito de greve editada a lei de que trata o art. 37, VII, da CF/88, os
dos servidores públi- servidores públicos podem fazer greve, devendo ser
cos será exercido nos aplicadas as leis que regulamentam a greve para os
termos e nos limites trabalhadores da iniciativa privada (Lei nº 7.701/88 e
definidos em lei espe- Lei nº 7.783/89). Nesse sentido: STF. Plenário. MI
cífica. Esta lei, até o 708, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
presente momento, 25/10/2007.
não foi editada.
Mesmo sem haver lei,
os servidores públicos
podem fazer greve?

NÃO. Existem determinadas categorias para quem a


A greve é um direito greve é proibida. A CF/88 proíbe expressamente que
de todos os servidores os Policiais Militares, Bombeiros Militares e militares
públicos? das Forças Armadas façam greve (art. 142, 3º, IV c/c
art. 42, § 1º).

ADMITE-SE RESTRIÇÃO A
CANDIDATOS COM TATUAGEM?

2
STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 5/4/2017 (repercussão geral) (Info 860).

56 | 83
Em muitos concursos policiais existiam restrições, de qualquer forma, quanto à tatu-
agem antigamente. Segundo o STF, em regra, não se admite restrição a pessoas com
tatuagem, todavia, há exceção:

Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com


tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo que vi-
ole valores constitucionais. STF. Plenário. RE 898450/SP, Rel. Min. Luiz
Fux, julgado em 17/8/2016 (repercussão geral) (Info 835).

Imagine candidato que possui tatuagem do “Adolf Hitler” em um de seus braços.


Certamente, será eliminado por razões óbvias.

• NOÇÕES DE DIREITO PENAL:

DISTINÇÕES: CRIME CONTRAVENÇÃO


Pena Privativa de Li- Reclusão e Detenção Prisão Simples
berdade
Punição da Tentativa Em regra, é punível Não se pune a tentativa
Potencial Ofensivo Será menor potencial ofensivo Todas as Contravenções Pe-
(Art. 61 da Lei quando a pena máxima em lei nais
9.099/95) não ultrapassar 2 anos
Limite da Pena 40 anos (Art. 75 do CP) 5 anos (Art. 10 da LCP)
Ação Penal Ação Penal Privada e Ação Pe- Ação Penal Pública Incondi-
nal Pública (Incondicionada ou cionada (art. 17 da LCP)
Condicionada)
Competência para Justiça Estadual e Federal Estadual (art. 109, IV, da
julgamento CF/88)
Extraterritorialidade Admite-se Não se admite (art. 2º da
LCP)
Suspensão Prazo de 2 a 4 anos (art. 77 do Prazo de 1 a 3 anos (art. 11
Condicional da Pena CP). Já no Etário ou humani- da LCP)
(SURSIS) tário: 4 a 6 anos (art. 77, §2º
do CP)
Nos crimes, o prazo mínimo Nas contravenções penais,
Medida de das medidas de segurança o prazo mínimo é de 6
Segurança é de 1 a 3 anos (CP, meses (LCP, art. 16)
art. 97, § 1.º)
Art. 21 do CP. O desconheci- Art. 8º da LCP. No caso de
Ignorância ou mento da lei é inescusável. O ignorância ou de errada
equivocada erro sobre a ilicitude do fato, compreensão da lei, quando
compreensão da lei se inevitável, isenta de pena; escusáveis, a pena pode
se evitável, poderá diminuí-la deixar de ser aplicada.
de um sexto a um terço.

57 | 83
SE A PESSOA É E DEPOIS DA QUAL SERÁ A
CONDENADA CONDENAÇÃO DEFINI- CONSEQUÊNCIA?
DEFINITIVAMENTE POR TIVA PRATICA NOVO(A)
CRIME
CRIME REINCIDÊNCIA
(no Brasil ou exterior)
CRIME CONTRAVENÇÃO
REINCIDÊNCIA
(no Brasil ou exterior) (no Brasil)
CONTRAVENÇÃO CONTRAVENÇÃO
REINCIDÊNCIA
(no Brasil) (no Brasil)
NÃO HÁ reincidência.
CONTRAVENÇÃO Foi uma falha da lei.
CRIME
(no Brasil) Mas gera maus antece-
dentes
NÃO HÁ reincidência
CONTRAVENÇÃO CRIME ou CONTRAVEN-
Contravenção no estran-
(no estrangeiro) ÇÃO
geiro não serve aqui.

SUJEITOS DO CRIME:

SUJEITO PASSIVO CONSTANTE SUJEITO PASSIVO EVENTUAL


Também conhecido como SUJEITO PAS- Também conhecido como SUJEITO PAS-
SIVO MEDIATO, FORMAL, GERAL, SIVO IMEDIATO, MATERIAL,
GENÉRICO OU INDIRETO PARTICULAR, ACIDENTAL OU DIRETO

É o Estado, pois a ele pertence o direito É o titular do bem jurídico especifica-


público subjetivo de exigir o cumprimento mente tutelado pela lei penal. Exemplo:
da legislação penal. Figura como sujeito o proprietário do carro subtraído no crime
passivo de todos os crimes, pois qualquer de furto. O Estado sempre figura como su-
violação da lei penal fere o interesse a ele jeito passivo constante. Além disso, pode
reservado pelo ordenamento jurídico. ser sujeito passivo EVENTUAL, tal como
Exemplo: em um crime de homicídio, ocorre nos crimes contra a Administração
ainda que a vítima direta seja a pessoa pri- Pública. A pessoa jurídica pode ser vítima de
vada da sua vida, o Estado também foi diversos delitos, desde que compatíveis
ofendido, tendo em vista que a ele convém com a sua natureza. Da mesma forma, há
não sejam praticados crimes. diversos crimes que podem ser praticados
contra incapazes, e inclusive contra o nasci-
turo, como é o caso do aborto.

OBS 1: É também possível a existência de sujeito passivo indeterminado. É


o que ocorre nos CRIMES VAGOS, aqueles que têm como vítima um ente
destituído de personalidade jurídica.

OBS 2: Prevalece na doutrina que os MORTOS E OS ANIMAIS NÃO PODEM


SER SUJEITOS PASSIVOS DE CRIMES. No caso da figura definida pelo art.
138, § 2.º, do Código Penal (É punível a calúnia contra os mortos), não é o
morto o sujeito passivo do crime. Os ofendidos são os seus familiares,
preocupados em zelar pelo respeito reservado às suas recordações. Em
relação aos crimes contra a fauna, é a coletividade que figura como vítima.
De fato, ela é a titular do interesse de ver preservado todo o patrimônio
ambiental.

58 | 83
A tentativa também é conhecida como CONATUS, CRIME MANCO ou CRIME IM-
PERFEITO. Pode ser conceituada como iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente, art. 14, II, CP (adequação típica de su-
bordinação mediata);

Art. 14 - Diz-se o crime:

TENTATIVA

II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias


alheias à vontade do agente.

PENA DE TENTATIVA

Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a


pena correspondente ao crime consumado, DIMINUÍDA DE UM A DOIS
TERÇOS.

LEGITIMA DEFESA AGENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos


meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu
ou de outrem.

Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo,


considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que
repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática
de crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

CAUSAS DE EXCLUSÃO DA IMPUTABILIDADE:

O Código Penal apresenta como causas de INIMPUTABILIDADE:

• Menoridade (art. 27);

• Doença mental (art. 26, caput);

• Desenvolvimento mental incompleto (arts. 26, caput, e 27);

• Desenvolvimento mental retardado (art. 26, caput); e

• Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior (art.


28, § 1.º).

Art. 28 - NÃO EXCLUEM a imputabilidade penal:

II - a EMBRIAGUEZ, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efei-


tos análogos.

§ 1º - É ISENTO de pena o agente que, por EMBRIAGUEZ COMPLETA, pro-


veniente de CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR, era, ao tempo da ação ou
da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.

59 | 83
§ 2º - A pena pode ser REDUZIDA DE UM (1) A DOIS TERÇOS (2/3), se
o agente, por EMBRIAGUEZ, PROVENIENTE DE CASO FORTUITO OU
FORÇA MAIOR, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena
capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.

OBS: Embriaguez PREORDENADA, VOLUNTÁRIA OU CULPOSA NÃO exclui a


Culpabilidade, pois rege-se pela TEORIA DA ACTIO LIBERA IN CAUSA
(imputabilidade não será analisada no momento em que o crime foi praticado. É
antecipada para o momento anterior àquele em que o agente livremente se
colocou no estado de embriaguez. Para a embriaguez preordenada essa teoria é
perfeita, pois no momento anterior já existia o dolo - o fundamento é a
causalidade mediata. Antes de começar a beber já havia o dolo de cometer
crime. O art. 28, II CP acolheu essa teoria também para a embriaguez voluntária
e culposa);

VOLUNTÁRIA Quer ingerir a substância, quer embriagar-se. Não quer praticar


crime. NÃO EXCLUEM a imputabilidade penal (CP, art. 28, II),
sejam completas ou incompletas.
CULPOSA Quer ingerir a substância, NÃO quer embriagar-se. Não quer
praticar crime. NÃO EXCLUEM a imputabilidade penal (CP, art.
28, II), sejam completas ou incompletas.
PREORDENADA Quer ingerir a substância, quer praticar crime. NÃO EXCLUEM
a imputabilidade penal (CP, art. 28, II), sejam completas ou
incompletas. É Circunstância agravante.
CASO FORTUITO Sujeito sequer queria ingerir a substância. Completa exclui a
OU FORÇA MAIOR culpabilidade. Incompleta diminui a pena (1 a 2/3).
PATOLÓGICA É o vício da substância (álcool ou droga). Trata-se de uma do-
ença. A embriaguez patológica poderá levar a exclusão da
culpabilidade.

60 | 83
CONCURSO DE REQUISITOS SISTEMA PENAS
CRIMES ADOTADO
CONCURSO MA- Pluralidade de condutas Cúmulo As penas são so-
TERIAL (ART. 69 e crimes Material madas
CP)
Aplica-se-lhe a mais
grave das penas ca-
CONCURSO FOR- Conduta única e plurali- bíveis ou, se iguais,
MAL PRÓPRIO dade de crimes Exasperação somente uma delas,
(ART. 70, CP) mas aumentada,
em qualquer caso,
de 1/6 até metade.
Não pode exceder a
soma das penas.
CONCURSO FOR- Conduta única e plurali- Aplicação cumula-
MAL IMPRÓPRIO dade de crimes + Cúmulo tiva das penas, se a
(ART. 70, CP) desígnios autônomos Material ação ou omissão é
independentes dolosa.
CRIME CONTINU- Pluralidade de condutas A pena é aumen-
ADO GENÉRICO e crimes + elo de conti- Exasperação tada de 1/6 até 2/3.
(ART. 71 CP) nuidade
CRIME CONTINU- Pluralidade de condutas A pena é aumen-
ADO ESPÉCÍFICO e crimes + elo de conti- tada de 1/6 até o
(ART. 71, § nuidade + Art. 71, § triplo
ÚNICO CP) único do CP (Crimes do- Exasperação
losos com violência ou
grave ameaça à pessoa,
contra vítimas diferen-
tes)

SÚMULA 711 STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime perma-
nente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
HOMICÍDIO QUALIFICADO:
O Legislador agrega circunstâncias que elevam em abstrato a pena do homicídio de
6 a 20 anos para 12 a 30 anos. É crime hediondo, qualquer que seja a qualificadora
do art. 121, §2º do CP.

§ 2° Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

II - por motivo fútil;

III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que


dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;

V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de


outro crime:

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (Feminicídio)

61 | 83
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constitui-
ção Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em ra-
zão dessa condição (Homicídio Funcional)

VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido: (Incluído


pela Lei nº 13.964, de 2019)

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

Homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos

IX - contra menor de 14 (quatorze) anos: (Incluído pela Lei nº 14.344, de


2022)

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

• HOMICÍDIO PRIVILEGIADO: § 1º Se o agente comete o crime impelido por mo-


tivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção,
logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de
UM SEXTO A UM TERÇO.
• AUMENTO DE PENA HOMICÍDIO CULPOSO E DOLOSO: § 4º No homicídio culposo,
a pena é aumentada de 1/3 (UM TERÇO), se o crime resulta de inobservância de regra
técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à
vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão
em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (UM TERÇO) se
o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta)
anos.
• AUMENTO DE PENA MILÍCIA: § 6º A pena é aumentada de 1/3 (UM TERÇO) ATÉ
A METADE se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de
serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
• AUMENTO DE PENA FEMINICÍDIO: § 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3
(UM TERÇO) ATÉ A METADE se o crime for praticado: I - durante a gestação ou nos
3 (três) meses posteriores ao parto; II - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos,
com deficiência ou com doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de
vulnerabilidade física ou mental; III - na presença física ou virtual de descendente ou
de ascendente da vítima; IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência
previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de
2006.
• AUMENTO DE PENA HOMICÍDIO CONTRA MENOR DE 14 ANOS: § 2º-B. A pena do
homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos é aumentada de: I - 1/3 (UM TERÇO)
ATÉ A METADE se a vítima é pessoa com deficiência ou com doença que implique o
aumento de sua vulnerabilidade; II - 2/3 (DOIS TERÇOS) se o autor é ascendente,
padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou
empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela.

SÚMULA 18 DO STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da


punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.

INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO A SUICÍDIO


OU A AUTOMUTILAÇÃO
(REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 13.968, DE 2019)
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-
lhe auxílio material para que o faça: Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.

62 | 83
§ 3º A PENA É DUPLI- I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;
CADA:
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer
causa, a capacidade de resistência.
§ 4º A pena é aumentada se a conduta é realizada por meio da rede de computadores,
até o DOBRO de rede social ou transmitida em tempo real.

Aumenta-se a pena em se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede vir-


METADE tual.

LESÃO CORPORAL GRAVE LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA


(ART. 129, §1º, CP) (ART. 129, §2º, CP)
BIZU
PIDA PEIDA
P: PERIGO DE VIDA P: PERDA OU INUTILIZAÇÃO DO MEM-
BRO, SENTIDO OU FUNÇÃO
I: INCAPACIDADE PARA AS OCUPA- E: ENFERMIDADE INCURÁVEL
ÇÕES HABITUAIS, POR MAIS DE
TRINTA DIAS
D: DEBILIDADE PERMANENTE DE I: INCAPACIDADE PERMANENTE PARA O
MEMBRO, SENTIDO OU FUNÇÃO TRABALHO

A: ACELERAÇÃO DE PARTO D: DEFORMIDADE PERMANENTE


A: ABORTO

HONRA OBJETIVA HONRA SUBJETIVA


É a visão (reputação) que a sociedade É o juízo que cada um faz de si mesmo (au-
tem acerca das qualidades físicas, morais toestima) sobre as suas próprias qualidades
e intelectuais de determinada pessoa. físicas, morais e intelectuais.
CALÚNIA E DIFAMAÇÃO atacam a INJÚRIA viola a honra subjetiva.
honra objetiva.
CONSUMAÇÃO: Quando chega ao co- CONSUMAÇÃO: Quando a própria vítima
nhecimento de terceira pessoa. toma ciência da ofensa que lhe foi dirigida.

63 | 83
INJÚRIA QUALIFICADA:

A injúria qualificada, assim como os demais crimes contra a honra, requer seja a
ofensa dirigida a pessoa ou pessoas determinadas. A atribuição de qualidade negativa
à vítima individualizada, calcada em elementos referentes a religião ou à condição
de pessoa idosa ou com deficiência, constitui crime de injúria qualificada.
Este crime sofreu alteração em 2023, a saber:

ANTIGA REDAÇÃO NOVA REDAÇÃO


Art. 140, § 3º Se a injúria consiste na uti- Art. 140, § 3º Se a injúria consiste na uti-
lização de elementos referentes a raça, lização de elementos referentes a religião
cor, etnia, religião, origem ou a condi- ou à condição de pessoa idosa ou com
ção de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº
deficiência: 14.532, de 2023)

Pena - reclusão de um a três anos e multa. Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos,
e multa. (Redação dada pela Lei nº
14.532, de 2023)
1. RAÇA, 1. RELIGIÃO OU À
2. COR, 2. CONDIÇÃO DE PESSOA IDOSA OU
3. ETNIA, 3. COM DEFICIÊNCIA
4. RELIGIÃO,
5. ORIGEM OU A
6. CONDIÇÃO DE PESSOA IDOSA OU
7. PORTADORA DE DEFICIÊNCIA

Com a alteração da injúria qualificada


e exclusão de raça, cor, etnia e origem deixaram de ser punidos?

NÃO! Foram incluídos na lei de preconceito (Lei Nº 7.716/89):

Art. 2º-A Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão


de raça, cor, etnia ou procedência nacional. (Incluído pela Lei nº 14.532, de
2023)

Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº


14.532, de 2023)

64 | 83
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade se o crime for cometido
mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas. (Incluído pela Lei nº 14.532,
de 2023)

A seguir, apresento a evolução histórica sobre o assunto

3.7. DISTINÇÕES IMPORTANTES:

A. RACISMO X INJÚRIA QUALIFICADA:

O art. 5º da CF/88 dispõe:

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível,


sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

Observe que a Constituição Federal determina que o CRIME DE RACISMO seja


necessariamente:

• INAFIANÇÁVEL: Logo, não se admite o arbitramento de fiança;

• IMPRESCRITÍVEL: Logo, não admite que o crime prescreva;

• PENA DE RECLUSÃO: Logo, não admite outro tipo de pena, por


exemplo, detenção;

Este mandado de criminalização constitucional deu ensejo à lei 7.716/89 que


define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Observe que essa lei
não possui o nome de RACISMO. Desta forma, havia discussão se poderiam ter
outros crimes de racismo previstos em outras leis ou códigos. A principal diver-
gência doutrinária encontrava-se no crime contra a honra de Injúria qualificada,
prevista no art. 140, § 3º, do Código Penal. Em 2020 decidiu o STF que o crime de
injúria racial, espécie do gênero racismo, é IMPRESCRITÍVEL.

A doutrina diferencia:

• RACISMO: É a divisão dos seres humanos em raças, superiores ou


inferiores, resultante de um processo de conteúdo meramente po-
lítico-social. (manifestações preconceituosas generalizadas a
todas as pessoas de uma cor de pele) ou pela segregação racial
(exemplo: vedar a matrícula de uma criança em uma escola por
causa da cor da sua pele).

• INJÚRIA QUALIFICADA: A injúria qualificada, assim como os de-


mais crimes contra a honra, requer seja a ofensa dirigida a pessoa
ou pessoas determinadas. A atribuição de qualidade negativa à ví-
tima individualizada, calcada em elementos presentes na lei,
constitui crime de injúria qualificada.

ATENÇÃO:

Em 2020, o STF decidiu que o crime de injúria racial, espécie do gênero ra-
cismo, é imprescritível, senão vejamos:

65 | 83
O crime de injúria racial, espécie do gênero racismo, é imprescritível.
O racismo, previsto no art. 20 da Lei nº 7.716/89, é um crime impres-
critível? SIM. Nunca houve dúvidas quanto a isso, aplicando-se a ele o art.
5º, XLII, da CF/88: Art. 5º (...)XLII - a prática do racismo constitui crime
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; O
crime de injúria racial, previsto no art. 140, § 3º do CP, também é crime
imprescritível? A injúria racial pode ser enquadrada também no art. 5º, XLII,
da CF/88? SIM.A prática de injuria racial, prevista no art. 140, § 3º, do Código
Penal, traz em seu bojo o emprego de elementos associados aos que se defi-
nem como raça, cor, etnia, religião ou origem para se ofender ou insultar
alguém. Em ambos os casos, há o emprego de elementos discriminatórios
baseados na raça para a violação, o ataque, a supressão de direitos funda-
mentais do ofendido. Sendo assim, não se pode excluir o crime de injúria
racial do mandado constitucional de criminalização previsto no art. 5º, XLII,
restringir-lhe indevidamente a aplicabilidade. STF. Plenário. HC 154248/DF,
Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 28/10/2021 (Info 1036). No mesmo sen-
tido, já era o entendimento do STJ: AgRg no REsp 1849696/SP, Rel. Min.
Sebastião Reis Júnior, julgado em 16/06/2020.

Em 2023, o CONGRESSO NACIONAL editou a Lei 14.532/23 para incluir injúria


racial na lei de Racismo, além disso, alterou o Código Penal conforme explicado an-
teriormente. Confira como ficou a nova redação:

INJÚRIA QUALIFICADA RACISMO


Art. 140, § 3º Se a injúria consiste na uti- Art. 2º-A Injuriar alguém, ofendendo-lhe
lização de elementos referentes a religião a dignidade ou o decoro, em razão de
ou à condição de pessoa idosa ou com de- raça, cor, etnia ou procedência nacional.
ficiência: (Redação dada pela Lei nº (Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023)
14.532, de 2023)
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, anos, e multa. (Incluído pela Lei nº
e multa. (Redação dada pela Lei nº 14.532, de 2023)
14.532, de 2023)
Parágrafo único. A pena é aumentada de
metade se o crime for cometido mediante
concurso de 2 (duas) ou mais pessoas.
(Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023)
Prescreve Imprescritível
Ação Penal Pública Condicionada à repre- Ação Penal Pública incondicionada
sentação

Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo AUMENTAM-SE DE UM TERÇO (1/3), se


qualquer dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presi-
dentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal
Federal; (Redação dada pela Lei nº 14.197, de 2021)
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da
difamação ou da injúria.
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto
no caso de injúria.

66 | 83
§ 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a
pena em DOBRO. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes
sociais da rede mundial de computadores, aplica-se em TRIPLO A PENA. (In-
cluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Súmula 714 STF: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério


público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra
de servidor público em razão do exercício de suas funções.

PERSEGUIÇÃO OU STALKING VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA


(ART. 147-A) CONTRA A MULHER (ART. 147-B)
Art. 147-A. Perseguir alguém, reitera- Art. 147-B. Causar dano emocional à
damente e por qualquer meio, mulher que a prejudique e perturbe seu
ameaçando-lhe a integridade física ou pleno desenvolvimento ou que vise a de-
psicológica, restringindo-lhe a capaci- gradar ou a controlar suas ações,
dade de locomoção ou, de qualquer comportamentos, crenças e decisões, me-
forma, invadindo ou perturbando sua diante ameaça, constrangimento,
esfera de liberdade ou privacidade. humilhação, manipulação, isolamento,
chantagem, ridicularização, limitação do
direito de ir e vir ou qualquer outro meio
que cause prejuízo à sua saúde psicológica
e autodeterminação.
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2
2 (dois) anos, e multa. (dois) anos, e multa, se a conduta não
constitui crime mais grave.
§ 1º A pena é aumentada de metade se Sem causa de aumento de pena.
o crime é cometido:

I – Contra criança, adolescente ou


idoso; Vale destacar que o crime de PERSEGUI-
ÇÃO pode ter a pena maior do que o crime
II – Contra mulher por razões da con- de violência psicológica, tendo em vista
dição de sexo feminino, nos termos do que o crime de STALKING possui majo-
§ 2º-A do art. 121 deste Código; rante (causa de aumento de pena).

III – Mediante concurso de 2 (duas) ou


mais pessoas ou com o emprego de
arma.

§ 2º As penas deste artigo são aplicá-


veis sem prejuízo das correspondentes à
violência.
Ação Penal Pública condicionada à re- Ação Penal Pública Incondicionada
presentação (Art. 147-A, §2º, CP)
Exige perseguição reiterada NÃO exige perseguição reiterada
É crime habitual NÃO é crime habitual
Crime Formal Crime material

SÚMULA 567 DO STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico


ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só,
não torna impossível a configuração do crime de furto.

67 | 83
Art. 155, § 1º - A pena aumenta-se de UM TERÇO, se o crime é praticado durante
o REPOUSO NOTURNO.

FURTO PRIVILEGIADO:

§ 2º - Se o criminoso é PRIMÁRIO, e é de PEQUENO VALOR A COISA FURTADA,


o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, DIMINUÍ-LA de UM A
DOIS TERÇOS, ou aplicar somente a pena de multa.

CRIME DE ROUBO ROUBO PRÓPRIO ROUBO IMPRÓPRIO


(POR APROXIMAÇÃO)
CONDUTA CRIMI- Art. 157 - Subtrair coisa mó- Art. 157, § 1º - Na mesma
NOSA vel alheia, para si ou para pena incorre quem, logo
outrem, mediante grave depois de subtraída a coisa,
ameaça ou violência a pes- emprega violência contra
soa, ou depois de havê-la, por pessoa ou grave ameaça, a
qualquer meio, reduzido à fim de assegurar a impuni-
impossibilidade de resistên- dade do crime ou a detenção
cia. da coisa para si ou para ter-
@prof.jorgefloren- ceiro.
cio
MEIOS DE EXECU- I. GRAVE AMEAÇA (violên- I. GRAVE AMEAÇA (violência
ÇÃO cia moral), II. VIOLÊNCIA A moral) e II. VIOLÊNCIA A
PESSOA (violência própria) e PESSOA (violência própria).
III. Depois de havê-la, por No roubo impróprio NÃO ad-
qualquer meio, reduzido à mite a VIOLÊNCIA
impossibilidade de resis- IMPRÓPRIA, por ausência
tência (violência imprópria) de previsão legal.
MOMENTO EXATO ANTES ou DURANTE a sub- APÓS a subtração
DO EMPREGO DO tração
MEIO DE EXECU-
ÇÃO
FINALIDADE DO PERMITIR a subtração do ASSEGURAR a impunidade
MEIO bem do crime ou a detenção da
DE EXECUÇÃO coisa (o bem já foi subtraído)
IDENTIDADE DA Pena - reclusão, de quatro a Pena - reclusão, de quatro a
PENA dez anos, e multa. dez anos, e multa.
TENTATIVA É cabível! Assunto divergente: 1º Cor-
rente: Não é cabível
(Damásio de Jesus, Cleber
Masson e precedentes do STJ,
vide HC 39220); 2º Cor-
rente: É cabível (Mirabete e
Rogério Sanches).

SÚMULA 567 DO STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por
existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impos-
sível a configuração do crime de furto.

SÚMULA 511 DO STJ: “É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2.º do art.


155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a PRIMARIEDADE
DO AGENTE, o PEQUENO VALOR DA COISA e a QUALIFICADORA FOR DE ORDEM OB-
JETIVA”.

68 | 83
SÚMULA 442 STJ: É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a
majorante do roubo.

SÚMULA 582-STJ: Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante
emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à persegui-
ção imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e
pacífica ou desvigiada.

SÚMULA 443 STJ: O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo cir-
cunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a
mera indicação do número de majorantes.

SÚMULA 610 STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não
realize o agente a subtração de bens da vítima.

SÚMULA 603 DO STF: A competência para o processo e julgamento do latrocínio é do juiz


singular e não do Tribunal do Júri.

FURTO QUALIFICADO ROUBO MAJORADO


§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um
anos, e multa, se o crime é cometido: terço) até metade:

I - com destruição ou rompimento de obs- I – (revogado);


táculo à subtração da coisa;
II - se há o concurso de duas ou mais pes-
II - com abuso de confiança, ou mediante soas;
fraude, escalada ou destreza;
III - se a vítima está em serviço de trans-
III - com emprego de chave falsa; porte de valores e o agente conhece tal
circunstância.
IV - mediante concurso de duas ou mais
pessoas. IV - se a subtração for de veículo automo-
tor que venha a ser transportado para
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) outro Estado ou para o exterior;
a 10 (dez) anos e multa, se houver em-
prego de explosivo ou de artefato análogo V - se o agente mantém a vítima em seu
que cause perigo comum. poder, restringindo sua liberdade.

§ 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 (qua- VI – se a subtração for de substâncias ex-


tro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto plosivas ou de acessórios que, conjunta ou
mediante fraude é cometido por meio de isoladamente, possibilitem sua fabricação,
dispositivo eletrônico ou informático, co- montagem ou emprego.
nectado ou não à rede de computadores,
com ou sem a violação de mecanismo de VII - se a violência ou grave ameaça é
segurança ou a utilização de programa exercida com emprego de arma branca;
malicioso, ou por qualquer outro meio
fraudulento análogo. § 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois
terços):
§ 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste
artigo, considerada a relevância do resul- I – se a violência ou ameaça é exercida
tado gravoso: com emprego de arma de fogo;

69 | 83
I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 II – se há destruição ou rompimento de
(dois terços), se o crime é praticado me- obstáculo mediante o emprego de explo-
diante a utilização de servidor mantido sivo ou de artefato análogo que cause
fora do território nacional; perigo comum.

II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao do- § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é


bro, se o crime é praticado contra idoso ou exercida com emprego de arma de fogo de
vulnerável. uso restrito ou proibido, aplica-se em do-
bro a pena prevista no caput deste artigo.
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito
anos, se a subtração for de veículo auto-
motor que venha a ser transportado para
outro Estado ou para o exterior.

§ 6º A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5


(cinco) anos se a subtração for de semo-
vente domesticável de produção, ainda
que abatido ou dividido em partes no local
da subtração.

§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a


10 (dez) anos e multa, se a subtração for
de substâncias explosivas ou de acessó-
rios que, conjunta ou isoladamente,
possibilitem sua fabricação, montagem ou
emprego.

SÚMULA 96 STJ: O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da van-


tagem indevida.

SÚMULA 246 STF: Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de emissão
de cheque sem fundos.

SÚMULA 521 STF: O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelio-
nato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de FUNDOS, é o do local
onde se deu a RECUSA do pagamento pelo sacado.

SÚMULA 554 STF: O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebi-
mento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.

SÚMULA 17 STJ: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é
por este absorvido.

SÚMULA 24 STJ: Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade
autárquica da previdência social, a qualificadora do § 3º, do art. 171 do Código Penal. OBS:
Estelionato praticado em detrimento do INSS: configura, em tese, o crime do art. 171, § 3º
do CP (competência da Justiça Federal).

SÚMULA 48 STJ: Compete ao juízo do local da obtenção da VANTAGEM ilícita processar e


julgar crime de estelionato cometido mediante FALSIFICAÇÃO de cheque.

70 | 83
SÚMULA 73 STJ: A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese,
o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual.

SÚMULA 244 STJ: Compete ao foro do local da RECUSA processar e julgar o crime de este-
lionato mediante cheque sem provisão de FUNDOS.

FRAUDE ELETRÔNICA:

ANTERIORMENTE ATUALMENTE
Art. 171 (...) Art. 171 (...)

Sem correspondên- Fraude eletrônica


cia. § 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
multa, se a fraude é cometida com a utilização de informações
fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de
redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico
fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.
(Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)

§ 2º-B. A pena prevista no § 2º-A deste artigo, considerada a


relevância do resultado gravoso, aumenta-se de 1/3 (um terço)
a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a utiliza-
ção de servidor mantido fora do território nacional. (Incluído
pela Lei nº 14.155, de 2021)

ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS: O Código Penal não atribuiu nome nenhum às hipóteses


de isenção de pena lançadas em seu art. 181. Mas a doutrina convencionou chamá-
las, como mencionado, de imunidades penais absolutas (ou materiais), causas de
impunibilidade absoluta, escusas absolutórias, condições negativas de punibilidade
ou causas pessoais de exclusão da pena.

Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos
neste título, em prejuízo:
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja
civil ou natural.
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime pre-
visto neste título é cometido em prejuízo:
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego
de grave ameaça ou violência à pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos.

1. CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRA-


ÇÃO EM GERAL

Após analisar provas anteriores e realizar pesquisas minuciosas, deste capítulo, reco-
mendo que priorize o estudo dos seguintes crimes:

PECULATO, CONCUSSÃO, EXCESSO DE EXAÇÃO, CORRUPÇÃO PASSIVA, PREVA-


RICAÇÃO, CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA E ADVOCACIA ADMINISTRATIVA;

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DICAS IMPORTANTES:

O Código Penal apresenta diversas hipóteses de peculato:


- PECULATO PRÓPRIO: a) peculato apropriação (art. 312, caput, 1ª parte, do Código Penal).
b) peculato desvio (art. 312, caput, 2ª parte, do Código Penal).
- PECULATO IMPRÓPRIO: c) peculato furto (art. 312, §1º, do Código Penal),
- DEMAIS FORMAS DE PECULATO: d) peculato culposo (art. 312, §2º, do Código Penal), e)
peculato estelionato (art. 313, do Código Penal). f) peculato eletrônico (art. 313, A e B do
Código Penal).

PECULATO PRÓPRIO PECULADO IMPRÓPRIO


Art. 312, § 1º - Aplica-se a mesma pena,
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público se o funcionário público, embora não
de dinheiro, valor ou qualquer outro bem tendo a posse do dinheiro, valor ou bem,
móvel, público ou particular, de que tem a o subtrai, ou concorre para que seja sub-
posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em traído, em proveito próprio ou alheio,
proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, valendo-se de facilidade que lhe propor-
de dois a doze anos, e multa. ciona a qualidade de funcionário.
(também conhecido como peculato
furto)

PECULATO PRÓPRIO
Art. 312 - APROPRIAR-SE o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer
outro bem móvel, público ou particular, de que TEM A POSSE em razão do cargo, ou
DESVIÁ-LO, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
PECULATO IMPRÓPRIO
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora NÃO TENDO A
POSSE do dinheiro, valor ou bem, o SUBTRAI, ou concorre para que seja subtraído, em
proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário.

PECULATO CULPOSO
§ 2º - Se o funcionário concorre CULPOSAMENTE para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, SE PRECEDE À SEN-
TENÇA IRRECORRÍVEL, EXTINGUE a punibilidade; se lhe é POSTERIOR, reduz de
METADE a pena imposta.

EXEMPLO: Servidor da prefeitura que cuida de documentos importantes e por um des-


cuido deixa eles desprotegidos, permitindo o furto por terceiro.

REPARAÇÃO DO DANO – PECULATO CULPOSO:

ANTERIOR a sentença irrecorrível: extingue a punibilidade;

POSTERIOR a sentença irrecorrível: reduz de metade a pena;

OBS: Em regra, os crimes contra a Administração Pública são crimes dolosos. Peculato
Culposo É A ÚNICA EXCEÇÃO.

REPARAÇÃO DO DANO – PECULATO CULPOSO


ANTES DEPOIS
DA SENTENÇA IRRECORRÍVEL (TRÂNSITO EM JULGADO)
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE REDUÇÃO DA PENA PELA METADE
OBS: Este benefício é APENAS para o peculato culposo. Logo, NÃO SE APLICA para o
peculato doloso.

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• ATENÇÃO (VAMOS REVISAR):

PECULATO CULPOSO
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente (VIOLAÇÃO DE UM DEVER DE CUI-
DADO OBJETIVO) para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º -

No caso do parágrafo anterior (CABÍVEL APENAS NO PECULATO CULPOSO), a re-


paração do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é
posterior, reduz de metade a pena imposta.

CONCUSSÃO
Art. 316 - EXIGIR, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora
da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, VANTAGEM INDEVIDA:

Pena - reclusão, de dois a 12 (DOZE) ANOS, e multa

• CONCUSSÃO: EXIGIR
• CORRUPÇÃO PASSIVA: SOLICITAR (PEDIDO)

CORRUPÇÃO PASSIVA (ART. 317 CORRUPÇÃO ATIVA (ART. 333 DO CP)


DO CP)
CORRUPTO CORRUPTOR
Solicita Dar (não consta)
Recebe Oferece
Aceita Promessa Promete

CORRUPÇÃO ATIVA CORRUPÇÃO PASSIVA


Art. 317 - Solicitar ou receber, para
Art. 333 - Oferecer ou prometer vanta- si ou para outrem, direta ou indireta-
gem indevida a funcionário público, para mente, ainda que fora da função ou antes
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar de assumi-la, mas em razão dela, vanta-
gem indevida, ou aceitar promessa de tal
ato de ofício:
vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12
(doze) anos, e multa.
(doze) anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de UM
Parágrafo único - A pena é aumen-
TERÇO, se, em consequência da vantagem
tada de UM TERÇO, se, em razão da
ou promessa, o funcionário retarda ou
vantagem ou promessa, o funcionário re-
deixa de praticar qualquer ato de ofício ou
tarda ou omite ato de ofício, ou o pratica
o pratica infringindo dever funcional.
infringindo dever funcional.

DESCAMINHO
Art. 334. ILUDIR, no todo ou em parte, o PAGAMENTO DE DIREITO OU IM-
POSTO DEVIDO pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1o INCORRE NA MESMA PENA QUEM:
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza
em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, merca-
doria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou

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fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacio-
nal ou de importação fraudulenta por parte de outrem;
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de ati-
vidade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada
de documentação legal ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos.
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer
forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exer-
cido em residências.
§ 3o A pena aplica-se em DOBRO se o crime de descaminho é praticado em trans-
porte aéreo, marítimo ou fluvial.

CONTRABANDO
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria PROIBIDA:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos.
§ 1o INCORRE NA MESMA PENA QUEM:
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando;
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro,
análise ou autorização de órgão público competente;
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação;
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria
proibida pela lei brasileira;
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de ativi-
dade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira.
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer
forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exer-
cido em residências.
§ 3o A pena aplica-se em DOBRO se o crime de contrabando é praticado em trans-
porte aéreo, marítimo ou fluvial.

COMENTÁRIOS: É a importação ou exportação de mercadoria absoluta ou relativamente


proibida.
JURISPRUDÊNCIA: A importação de arma de pressão por ação de gás comprimido,
ainda que de calibre inferior a 6 mm, configura o crime de contrabando, sendo inaplicável
o princípio da insignificância. Info 939.
JURISPRUDÊNCIA: Importação de arma de ar comprimido configura contrabando. A
importação de arma de ar comprimido configura CONTRABANDO (e não descaminho) a
conduta de importar, à margem da disciplina legal, arma de pressão por ação de gás
comprimido ou por ação de mola, ainda que se trate de artefato de calibre inferior a 6
mm.

JURISPRUDÊNCIA: Descaminho é crime formal: O descaminho é crime tributário FOR-


MAL. Logo, para que seja proposta ação penal por descaminho não é necessária a prévia
constituição definitiva do crédito tributário. Não se aplica a Súmula Vinculante 24 do STF.
O crime se consuma com a simples conduta de iludir o Estado quanto ao pagamento dos
tributos devidos quando da importação ou exportação de mercadorias. STJ. 6ª Turma.
REsp 1.343.463-BA, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/3/2014
(Info 548). STF. 2ª Turma. HC 122325.

DESOBEDIÊNCIA RESISTÊNCIA

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Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de Art. 329 - Opor-se à execução de ato le-
funcionário público: gal, mediante violência ou ameaça a
Pena - detenção, de quinze dias a seis me- funcionário competente para executá-lo
ses, e multa. ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois
anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência,
não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis
sem prejuízo das correspondentes à vio-
Desobediência: Não envolve violência ou lência.
ameaça para sua configuração. É uma re-
sistência passiva (o autor meramente não A resistência é ativa (o indivíduo deve fa-
faz o que lhe é legalmente ordenado). zer algo para se opor à execução do ato).

Resistência passiva pode caracterizar de-


sobediência.

CRIMES EM LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS


NOMEN JURIS TIPO PENAL
Art. 337-E. Admitir, possibilitar ou dar causa à contratação direta
fora das hipóteses previstas em lei:
CONTRATAÇÃO DI-
RETA ILEGAL Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Art. 337-F. Frustrar ou fraudar, com o intuito de obter para si ou
para outrem vantagem decorrente da adjudicação do objeto da li-
FRUSTRAÇÃO DO citação, o caráter competitivo do processo licitatório:
CARÁTER COMPETI-
TIVO DE Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e multa.
LICITAÇÃO
Art. 337-G. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado
perante a Administração Pública, dando causa à instauração de li-
citação ou à celebração de contrato cuja invalidação vier a ser
PATROCÍNIO DE decretada pelo Poder Judiciário:
CONTRATAÇÃO IN-
DEVIDA Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.
Art. 337-H. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer mo-
dificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual,
em favor do contratado, durante a execução dos contratos cele-
brados com a Administração Pública, sem autorização em lei, no
edital da licitação ou nos respectivos instrumentos contratuais, ou,
MODIFICAÇÃO OU
ainda, pagar fatura com preterição da ordem cronológica de sua
PAGAMENTO IRRE-
exigibilidade:
GULAR EM
CONTRATO ADMI-
NISTRATIVO Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e multa.

Art. 337-I. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qual-


PERTURBAÇÃO DE quer ato de processo licitatório:
PROCESSO LICITA-
TÓRIO Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.
Art. 337-J. Devassar o sigilo de proposta apresentada em pro-
VIOLAÇÃO DE SI- cesso licitatório ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-
GILO EM lo:
LICITAÇÃO
Pena - detenção, de 2 (dois) anos a 3 (três) anos, e multa.

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Art. 337-K. Afastar ou tentar afastar licitante por meio de vi-
olência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de
qualquer tipo:
AFASTAMENTO DE
LICITANTE Pena - reclusão, de 3 (três) anos a 5 (cinco) anos, e multa, além
da pena correspondente à violência.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou de-


siste de licitar em razão de vantagem oferecida.
Art. 337-L. Fraudar, em prejuízo da Administração Pública,
licitação ou contrato dela decorrente, mediante:

I - entrega de mercadoria ou prestação de serviços com qualidade


ou em quantidade diversas das previstas no edital ou nos instru-
mentos contratuais;

II - fornecimento, como verdadeira ou perfeita, de mercadoria fal-


FRAUDE EM LICITA-
sificada, deteriorada, inservível para consumo ou com prazo de
ÇÃO OU CONTRATO
validade vencido;

III - entrega de uma mercadoria por outra;

IV - alteração da substância, qualidade ou quantidade da merca-


doria ou do serviço fornecido;

V - qualquer meio fraudulento que torne injustamente mais one-


rosa para a Administração Pública a proposta ou a execução do
contrato:

Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e multa.


Art. 337-M. Admitir à licitação empresa ou profissional declarado
inidôneo:

Pena - reclusão, de 1 (um) ano a 3 (três) anos, e multa.

CONTRATAÇÃO INI-
§ 1º Celebrar contrato com empresa ou profissional declarado ini-
DÔNEA
dôneo:

Pena - reclusão, de 3 (três) anos a 6 (seis) anos, e multa.

§ 2º Incide na mesma pena do caput deste artigo aquele que, de-


clarado inidôneo, venha a participar de licitação e, na mesma pena
do § 1º deste artigo, aquele que, declarado inidôneo, venha a
contratar com a Administração Pública.
Art. 337-N. Obstar, impedir ou dificultar injustamente a ins-
crição de qualquer interessado nos registros cadastrais ou
IMPEDIMENTO promover indevidamente a alteração, a suspensão ou o cancela-
INDEVIDO mento de registro do inscrito:

Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.


Art. 337-O. Omitir, modificar ou entregar à Administração Pú-
blica levantamento cadastral ou condição de contorno em relevante
dissonância com a realidade, em frustração ao caráter competitivo
da licitação ou em detrimento da seleção da proposta mais vanta-
josa para a Administração Pública, em contratação para a
elaboração de projeto básico, projeto executivo ou anteprojeto, em
diálogo competitivo ou em procedimento de manifestação de inte-
resse:

76 | 83
OMISSÃO GRAVE Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.
DE DADO OU DE IN-
FORMAÇÃO POR § 1º Consideram-se condição de contorno as informações e
PROJETISTA os levantamentos suficientes e necessários para a definição
da solução de projeto e dos respectivos preços pelo lici-
tante, incluídos sondagens, topografia, estudos de demanda,
condições ambientais e demais elementos ambientais impactantes,
considerados requisitos mínimos ou obrigatórios em normas técni-
cas que orientam a elaboração de projetos.

§ 2º Se o crime é praticado com o fim de obter benefício, direto ou


indireto, próprio ou de outrem, aplica-se em dobro a pena prevista
no caput deste artigo.

Aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou le-


gislatura (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete aumento de despesa
total com pessoal, nos CENTO E OITENTA DIAS ANTERIORES ao final do mandato ou
da legislatura: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000))
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 10.028, de
2000)

• LEGISLAÇÃO MUNICIPAL:

LEGISLAÇÃO COMUM PARA


TODOS OS CARGOS DE ENSINO SUPERIOR
Estatuto dos Servidores Públicos:

Estude os direitos, deveres e obrigações dos servidores públicos municipais.

Compreenda as regras sobre admissão, remuneração, benefícios, regime dis-


ciplinar e processos administrativos.

Lei Orgânica Municipal:

Revisar os princípios fundamentais da organização e funcionamento do muni-


cípio de Novo Gama.

Entender as competências do município, assim como a estrutura dos poderes


Executivo e Legislativo locais.

Estatuto e Plano de Classificação de Cargos da Guarda Civil Municipal (Lei


Municipal n. 1740/2019):

Estudar as especificações do Estatuto da Guarda Civil Municipal, incluindo es-


trutura organizacional, cargos e funções.

Compreender as normas relativas ao plano de carreira, progressões e avalia-


ções de desempenho.

CONHECIMENTOS GERAIS

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• PORTUGUÊS:

Para otimizar seu estudo na semana que antecede o concurso público para a Guarda
Municipal de Novo Gama em Goiás, com base no conteúdo programático de Portu-
guês e considerando o perfil da banca ITAME, é importante focar em tópicos que
frequentemente aparecem em suas provas. Aqui está um esquema de estudos prio-
rizados:

Compreensão e Interpretação de Textos:

• Pratique a leitura de textos literários e não literários, focando em


entender o tema, a estrutura e o propósito do texto.

• Exercícios de identificação do significado contextual de palavras e


expressões.

Níveis de Linguagem e Figuras de Linguagem:

• Revise os diferentes níveis de linguagem (formal, informal, colo-


quial) e identifique exemplos.

• Estude as principais figuras de linguagem (metáfora, metonímia,


hipérbole, etc.) e pratique identificá-las em textos.

Coesão e Coerência Textuais:

• Entenda os princípios que tornam um texto coeso e coerente.

• Faça exercícios de reorganização de parágrafos e frases para me-


lhorar a coesão e a coerência.

Tipos de Discurso e Funções da Linguagem:

• Diferencie os tipos de discurso (direto, indireto e indireto livre).

• Revise as funções da linguagem (referencial, emotiva, conativa,


etc.).

Estrutura e Formação de Palavras:

• Estude morfologia, focando na formação das palavras (derivação,


composição).

Sintaxe:

• Termos integrantes e acessórios da oração: pratique a identifica-


ção de sujeitos, objetos, complementos, adjuntos adverbiais, etc.

• Classificação das orações: diferencie orações coordenadas e su-


bordinadas.

• Faça uma revisão introdutória de análise sintática.

Pontuação:

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• Estude as regras básicas de pontuação, como o uso de vírgulas,
pontos, ponto e vírgula, dois-pontos, aspas e parênteses.

• Pratique com exercícios que envolvam reescrever frases ou pará-


grafos ajustando a pontuação.

Regência Verbal e Nominal:

• Revise a regência de verbos e nomes comuns em questões de con-


curso. Foque em verbos que frequentemente causam dúvidas.

• Faça exercícios específicos para identificar e corrigir erros de re-


gência.

Concordância Verbal e Nominal:

• Estude as regras de concordância em frases com sujeitos simples,


compostos, ocultos e orações sem sujeito.

• Pratique com exercícios que envolvam identificar e corrigir erros


de concordância.

Colocação Pronominal:

• Revise as regras de próclise, mesóclise e ênclise, e quando cada


uma é utilizada.

• Faça exercícios de reescrever frases, aplicando a colocação prono-


minal adequada.

Uso de Crase:

• Estude as situações em que a crase é obrigatória, facultativa e pro-


ibida.

• Pratique com exercícios que peçam para inserir ou remover a


crase, conforme necessário.

• MATEMÁTICA:

Números e Operações:

Pratique problemas envolvendo álgebra e aritmética, incluindo frações e dízi-


mas periódicas.

Realize exercícios que envolvam situações-problema e problemas abertos


para desenvolver raciocínio aplicado.

Geometria Plana:

Estude conceitos de semelhança entre figuras planas, especialmente triângu-


los semelhantes.

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Relembre as relações métricas no triângulo retângulo, incluindo o teorema de
Pitágoras e o teorema de Tales.

Pratique cálculos envolvendo circunferências e polígonos regulares, focando


nas áreas das principais figuras planas.

Geometria Espacial:

Concentre-se em medidas de volume, capacidade e massa.

Realize exercícios práticos para fortalecer seu entendimento nestas áreas.

Conjuntos:

Revise as noções básicas, incluindo igualdade de conjuntos, subconjuntos e


operações com conjuntos numéricos.

Pratique problemas envolvendo diferentes conjuntos numéricos.

Álgebra:

Foque em polinômios, incluindo operações, decomposição e raízes de polinô-


mios.

Estude expressões numéricas, MMC e MDC, razão e proporção.

Pratique regra de três (simples e composta), porcentagem, e equações de 1º


e 2º grau.

Funções:

Revisar o conceito matemático de função.

Estudar funções de 1º e 2º grau, focando em suas propriedades e gráficos.

Matemática Financeira:

Praticar cálculos envolvendo taxa de porcentagem, lucro e prejuízo, acrésci-


mos e descontos.

Resolver problemas de juros simples e compostos.

Progressões:

Revisar conceitos e fórmulas de progressão aritmética (PA) e progressão ge-


ométrica (PG).

Resolver problemas práticos envolvendo PAs e PGs.

Análise Combinatória:

Estudar princípios de contagem, permutação, arranjo e combinação.

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Praticar com problemas que aplicam esses conceitos.

Probabilidade:

Revisar conceitos de espaço amostral, eventos e cálculos de probabilidade.

Resolver exercícios envolvendo probabilidade de eventos simples e compos-


tos.

Noções de Estatística:

Estudar médias (aritmética e ponderada), mediana, moda e distribuição de


frequências.

Interpretar e analisar gráficos de barras, setores e poligonais.

Sistemas Lineares:

Praticar a resolução de sistemas lineares por escalonamento e pela regra de


Cramer.

Raciocínio Lógico:

Resolver problemas que envolvem raciocínio lógico matemático.

Resolução de Problemas Aplicados:

Resolver problemas matemáticos aplicados em diversas áreas do conheci-


mento.

• CONHECIMENTOS GERAIS:

História e Geografia do Município de Novo Gama e de Goiás:

• Estude a história, a formação econômica, social e cultural de Novo


Gama e do estado de Goiás.

• Entenda a geografia física, econômica e política da região.

História e Geografia do Brasil:

• Revise os principais eventos históricos nacionais.

• Estude a geografia brasileira, incluindo aspectos físicos, econômi-


cos e culturais.

Panorama Local, Nacional e Internacional Contemporâneo:

• Mantenha-se atualizado sobre eventos recentes em Novo Gama,


em Goiás e no Brasil.

• Acompanhe notícias nacionais e internacionais, especialmente


aquelas que têm impacto direto no Brasil.

Panorama da Economia Nacional e Internacional:

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• Estude as tendências atuais da economia brasileira e mundial.

• Entenda os principais indicadores econômicos e suas influências


no cotidiano.

Atualidades do Brasil e do Mundo:

• Leia jornais, revistas e acompanhe noticiários para estar infor-


mado sobre os eventos atuais.

• Foque em notícias relacionadas às áreas de política, economia, sa-


úde, educação, meio ambiente, ciência e tecnologia.

Temas Contemporâneos em Diversas Áreas:

• Educação, Economia, Ciência e Tecnologia: Entenda as principais


discussões e avanços nestas áreas.

• Política, Cultura, Esportes, Saúde, Meio Ambiente e Social: Estude


os temas mais discutidos recentemente, com foco especial nas
questões relacionadas a Novo Gama e Goiás.

• NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA:

Windows 7 ou Superior:

Entenda o conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos no Windows Ex-


plorer.

Pratique a manipulação de arquivos e pastas, e o uso de menus e aplicativos.

Familiarize-se com a área de trabalho, área de transferência, e procedimentos


de backup (pen-drive, CD/DVD, HD externo).

Navegação na Internet e Segurança:

Estude sobre navegadores e navegação na internet.

Conheça os conceitos de URL, links, sites, e a impressão de páginas da web.

Aprenda sobre vírus, worms, pragas virtuais e práticas de segurança online.

Uso de Correio Eletrônico:

Pratique com o Microsoft Outlook e Thunderbird, focando no envio e recebi-


mento de emails, gerenciamento da caixa de entrada e lixo eletrônico.

Microsoft Office 2007 ou Superior:

Word: Estude a estrutura básica dos documentos, formatação de textos, ta-


belas, cabeçalhos, parágrafos, e uso de recursos como wordart e pincel de
formatação.

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Excel: Aprenda sobre a estrutura das planilhas, uso de fórmulas, funções bá-
sicas, criação de gráficos e tabelas, filtros, e classificação de dados.

PowerPoint: Foque na criação e formatação de apresentações, incluindo slides,


inserção de objetos, efeitos, transições e multimídia.

MENSAGEM FINAL
Caro aluno finalizamos juntos mais uma aula! Aguardo você no próximo encon-
tro! Grande abraço.

Não há banca de concurso que resista a um candidato que não tem medo das dis-
ciplinas, estuda quase todos os dias e, independentemente do número de
reprovações, não irá parar até ser aprovado.

Goiânia/GO, 20 de novembro de 2023

Prof. Jorge Florêncio

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