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CONSELHO EDITORIAL
Ciências Agrárias
Carla Patrícia Noronha Dornelles - Centro Ecológico
Christoph Gehring - UEMA
Cléia dos Santos Moraes - SETREM
Edilson Máximo da Silva Junior - ICMBio NGI Carajás
Ezequiel Redin - UFVJM
Fabiana Helma Lüdtke - IFSUL
Francimara Souza da Costa - UFAM
Gustavo Benítez - Facultad de Veterinaria - Universidad de la República (Uruguay)
Michel do Vale Maciel - UFAM
Milton César Costa Campos - UFPB
Osmar Alves Lameira - Embrapa Amazônia Oriental
Pedro de Souza Quevedo - UNIFESSPA
Teresa Cristina Albuquerque de Castro Dias - IBAMA
Vanderley Borges dos Santos – UFAC
Ciências Biológicas
Vinicius Guerra Batista - UFAC
Cintia Mara Costa de Oliveira - FUAM
Thiago Bernnardi Vieira - UFPA
Irlon Maciel Ferreira - UNIFAP
Givago da Silva Souza - UFPA
José Max Barbosa de Oliveira Junior - UFOPA
Antonio Carlos Rosário Vallinoto - UFPA
Renata Coelho Rodrigues Noronha - UFPA
Frank Raynner Vasconcelos Ribeiro – UFOPA
Ciências da Saúde
Adriana Malheiro Alle Marie - UFAM
Kelly de Jesus - FEFF
Rosemary Ferreira de Andrade - UNIFAP
Wagner Jorge Ribeiro Domingues - UFAM
Djane Clarys Baia da Silva - Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado
Gabriel Araujo da Silva - UEAP
Rosany Piccolotto Carvalho - UFAM
Ana Cristina Viana Campos - Unifesspa
Andrea Mollica do Amarante Paffaro - UNIFAL
Melissa Agostini Lampert - UFSM
Fernanda Barbisan - UFSM
Cláudia Tarragô Candotti - UFRGS
Alcides Silva de Miranda - UFRGS
Francisco Thiago Rocha Vasconcelos - UFRGS
Bibiana Verlindo de Araujo – UFRGS
Ciências Exatas
Waldemir Lima dos Santos - UFAC
Simone Maria Chalub Bandeira Bezerra - UFAC
Yurimiler Leyet Ruiz - UFAM
Genilson Pereira Santana – UFAM
Cecilia Veronica Nunez - INPA
Sebastião da Cruz Silva - UNIFESSPA
Fernanda Carla Lima Ferreira - UNIFESSPA
José Sávio Bicho de Oliveira - UNIFESSPA
Rita de Cássia Saraiva Nunomura - UFAM
José Elisandro de Andrade - UNIFESSPA
Marcos Marques da Silva Paula - UFAM
Anderson Henrique Lima e Lima UFPA
Argemiro Midonês Bastos - IFAP
Tecnologia Aplicada
Rodrigo Otavio Perea Serrano - UFAC
Laércio Gouvêa Gomes - IFPA
Marcele Fonseca Passos - UFPA
André Luiz Amarante Mesquita - UFPA
Júlio Cesar Valandro Soares - UFG
Eduardo Jacob Lopes – UFSM
O conteúdo dos capítulos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de
responsabilidade exclusiva dos autores.
Capítulo 1...........................................................................................................................................08
As funções da câmara de vereadores e a avaliação das políticas públicas municipais
Tasso Jardel Vilande
Guilherme Luizão Marques
doi: 10.51324/80277964.1
Capítulo 2...........................................................................................................................................17
Captação de recursos para o Terceiro Setor: instrumentos para o aporte de transparência e
credibilidade para as Instituições
Alexandre Lisbôa da Silva
Alissane Lia Tasca da Silveira
Marcelo Roberto da Silva
doi: 10.51324/80277964.2
Capítulo 3...........................................................................................................................................33
As escolas do legislativo na Região Oeste da Grande São Paulo: situação atual e perspectivas
Josias Patriolino de Lima
Verônica Calixto da Silva
doi: 10.51324/80277964.3
Capítulo 4...........................................................................................................................................47
A reforma do ensino médio e o entendimento dos estudantes das escolas públicas de uma
cidade do interior da Bahia
Rute Almeida Barbosa Reis
Antonio Francisco Reis Júnior
Claúdia Santos Pereira
doi: 10.51324/80277964.4
Capítulo 5...........................................................................................................................................58
Programas de segurança alimentar e nutricional e proteção territorial indígena no Brasil:
relatórios de gestão da FUNAI (2013-2018)
Cristina Andrezza Fernandes Cabral Ferreira
Juliana Gobi Schmitz
Rafael Ademir Oliveira De Andrade
Miriã Ortiz Passos de Andrade
Welington Junior Jorge
doi: 10.51324/80277964.5
Capítulo 6...........................................................................................................................................80
Políticas energéticas para Rondônia e os povos indígenas: uma análise da produção acerca
das Uhe Jirau e Santo Antônio
Rafael Ademir Oliveira de Andrade
Artur de Souza Moret
Miriã Ortiz Passos de Andrade
Rodrigo César Silva Moreira
Welington Junior Jorge
doi: 10.51324/80277964.6
Capítulo
01
INTRODUÇÃO
1
NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional. 13. ed. Salvador: JusPodivm, 2018. p. 634
2
NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional. 13. ed. Salvador: JusPodivm, 2018. p. 634
3
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RE 600063. Relator: Min. MARCO AURÉLIO. DJ: 25/02/2015.
4
Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>. Acesso em: 28 de Setembro de 2019.
5
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RE729744. Relator: Min. GILMAR MENDES. DJ: 10/08/2016.
6
NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional. 13. ed. Salvador: JusPodivm, 2018. p. 636
7
BRASIL. Presidência da República. Avaliação de Políticas Públicas: Guia prático de análise ex post. Vol.
2. Brasília: Presidência da República, 2018. p. 14.
8
BRASIL. Presidência da República. Avaliação de Políticas Públicas: Guia prático de análise ex post. Vol.
2. Brasília: Presidência da República, 2018. p. 13.
9
BRASIL. Presidência da República. Avaliação de Políticas Públicas: Guia prático de análise ex post. Vol.
2. Brasília: Presidência da República, 2018. p. 13.
10
IBAM, Instituto Brasileiro de Administração Municipal. O vereador e a Câmara Municipal. 4. ed. Rio de
Janeiro: IBAM, 2014. p. 9.
Uma das formas pelas quais a Câmara pode praticar a democracia é defender o
bem comum, além de votar leis e resoluções, manifesta-se pelo exercício de seus
poderes de fiscalização e controle do Executivo, decorrentes do seu papel político.
Quando se meciona a fiscalização feita pelo Poder Executivo, não se refere somente
à fiscalização exclusiva do Prefeito, mas também por meio da avaliação das políticas
públicas. Nesse sentido, o Institituto Brasileiro de Administração Municipal afirma que 14:
11
IBAM, Instituto Brasileiro de Administração Municipal. O vereador e a Câmara Municipal. 4. ed. Rio de
Janeiro: IBAM, 2014. p. 9.
12
FILHO, João Trindade Cavalcante. Limites da Iniciativa Parlamentar sobre Políticas Públicas.
Brasília: Senado Federal, 2013. p. 25.
13
IBAM, Instituto Brasileiro de Administração Municipal. O vereador e a Câmara Municipal. 4. ed. Rio de
Janeiro: IBAM, 2014. p. 9.
14
IBAM, Instituto Brasileiro de Administração Municipal. O vereador e a Câmara Municipal. 4. ed. Rio de
Janeiro: IBAM, 2014. p. 9.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Câmara de Vereadores possui um importante papel nas políticas públicas por meio das
funções legislativas, fiscalizadoras, administrativas, judiciárias e de assessoramento.
As políticas públicas, embora sejam efetivadas preponderantemente pelo Poder
Executivo Municipal, possui participação considerável da Câmara de Vereadores.
A promoção de ações e programas devem ser objeto de avaliações que apresentarão
informações para tomada de decisões mais acertadas. Nesse sentido, as avaliações das
políticas públicas são tão importantes. Além disso, observa-se a importância da atuação da
Câmara de Vereadores, a qual possui função fiscalizadora.
A limitação da presente pesquisa fundamenta-se na impossibilidade de definir as melhores
ferramentas para avaliação de políticas públicas, tendo em vista a realidade distinta em cada
município.
A pesquisa pode ser aprofundada por meio do aprofundamento da pesquisa direcionada a
algum município, em específico.
REFERENCIAS
15
TRINDADE, João. Processo Legislativo Constitucional. 3. ed. Salvador: JusPodivm, 2017. p. 53.
02
RESUMO: O presente artigo científico tem como tema a captação de recursos nas entidades sem
fins de lucro, considerando a importância de que estas organizações atendam aos requisitos
inerentes ao cumprimento dos preceitos legais, bem como à credibilidade e transparência. A
metodologia empregada foi a revisão bibliográfica, de cunho qualitativo. Constatou-se a importância
de que as organizações do terceiro setor estejam atentas aos aspectos legais e normativos
inerentes ao seu funcionamento, sendo que os instrumentos passíveis de conferir a credibilidade e
o estrito cumprimento destes requisitos se relacionam ao trabalho contábil, com as auditorias, a
adequada prestação de contas, a atenção aos princípios de accountability e governança
corporativa.
Palavras-chave: Captação. Receitas. Contabilidade.
ABSTRACT: This article has as its theme the raising of funds in non-profit entities, considering the
importance that these organizations meet the necessary requirements to comply with the precepts,
as well as science and transparency. The methodology used was a bibliographic review, of a
qualitative nature. It is important to note that third sector associations meet the legal and regulatory
requirements inherent to their operation, and the instruments capable of conferring credibility and
strict compliance with the requirements are related to adequate accounting work, with audits,
accountability, attention to the principles of responsibility and corporate governance.
Keywords: Capture. Revenue. Accounting.
INTRODUÇÃO
A captação de recursos nas entidades sem fins de lucro representa uma atividade
essencial à sobrevida destas instituições, considerando que a diversidade de receitas a
elas destinadas, com raras exceções, tem como origem direta ou indireta a aprovação por
parte das instituições públicas ou governamentais.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2011) o terceiro setor
coexiste com o setor público e também com o setor privado, cumprindo um papel importante
no campo da reestruturação produtiva no mundo do trabalho, diante da globalização
econômica e da perda de direitos que caracteriza o cenário neoliberal. Assim, surge uma
disseminação de práticas ligadas à utilização da filantropia na abordagem da questão
O TERCEIRO SETOR
Terceiro Setor é uma denominação dada às instituições que atuam sem fins
lucrativos e tem como objetivo a realização de atividades de utilidade pública. Deve-se
compreender que o Primeiro Setor é formado pelo setor público. O Segundo Setor é
constituído pelas organizações privadas, sendo que o Terceiro Setor é formado pelas
entidades filantrópicas, que exercem atividades de caráter social dirigidas à sociedade.
Um dos conceitos que se aproxima do ideário das entidades do terceiro setor e que
é de necessária distinção é o empreendedorismo social. O mesmo não pode ser
enquadrado nesse contexto por ter fins lucrativos, ainda que com características singulares
e objetivos semelhantes às propostas das associações e fundações privadas. Segundo
Bueno (2017), o empreendedorismo social se caracteriza pela oferta de serviços e de
A formação do patrimônio nas instituições sem fins de lucro pode ser de maneira
direta, com a garantia pessoal do fundador do patrimônio necessário e suficiente para a
criação da entidade; ou fiduciária, quando o fundador, considerado instituidor, entrega a
terceiros a organização da instituição por ele projetada como fundação. Este acréscimo ao
modo como se regulamenta a criação das fundações demonstrou a clara intenção do
legislador pátrio em evitar a afirmação de pessoa patrimonial para administração de
interesses de exclusivo caráter privado, como ocorre em alguns países onde existem
fundações para gerenciamento de fortunas de herdeiros (SILVA; SILVA. 2016). A
manutenção das atividades de uma fundação, bem como de outras instituições que
compõem o terceiro setor, geralmente conta com fontes diversas de receita, mas
principalmente trata-se de recursos originados de doações, subvenções e projetos junto à
iniciativa privada, em sistema de parceria.
As doações são definidas pela ITG 2002 como sendo as transferências definitivas e
gratuitas de direito de propriedade ou de recursos financeiros, com o objetivo de
investimento, imobilização ou custeio das entidades, não ocorrendo a contrapartida por
parte das mesmas. Quanto às contribuições, estas são transferências correntes ou de
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DINIZ, M. H. Curso de Direito Civil Brasileiro. v.1, 18 ed., São Paulo: Saraiva, 2002.
FARIAS, C. C. Direito Civil – Teoria Geral. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2005.
FINEP. Instituições sem fins lucrativos terão linha especial da Finep para o
desenvolvimento da Inovação. Finep Inovação e Pesquisa. 2021. Disponível em:
http://www.finep.gov.br/noticias/todas-noticias/6351-instituicoes-sem-fins-lucrativos-terao-
linha-especial-da-finep-para-o-desenvolvimento-da-inovacao. Acesso em 12 mar. 2022.
PRO BONO. Manual do Terceiro Setor. Instituto Pro Bono. s/d. Disponível em:
http://www.abong.org.br/final/download/manualdoterceirosetor.pdf. Acesso em 05 mar.
2022.
03
ABSTRACT: This work intends to bring to the discussion the need to implement and maintain
Legislative Schools in Municipal Councils as instruments of Public Management within the
Legislative Power, taking political, management and citizenship education to political agents, public
servants and the community in general. We analyzed the situation in the Chambers of 16 cities in
the West of Greater São Paulo (West and Southwest regions), including cities with and without
Legislative School, their activities, results and perspectives. To support our research, we searched
the literature for texts such as the Master's dissertation by William de Melo (2015) and a report by
Rildo Cosson Mota (2008), in addition to several articles relevant to the topic. The main objective is
to evaluate how this topic can arouse the interest of public managers in conducting corporate
pedagogy activities in the region or outside it, also showing these elements applied in public
administration in the Schools of the Legislative in operation and in Municipal Councils where they
have not yet been implanted.
KEYWORDS: School of the Legislative. Public Management. Greater Sao Paulo.
INTRODUÇÃO
16
Mestre em Educação e graduando em Tecnologia em Gestão Pública pela Universidade Cidade de São
Paulo (UNICID).
17
Graduanda em Tecnologia em Processos Gerenciais pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).
Como visto, tomamos para este estudo as Câmaras Municipais de 16 cidades, sendo
que nas cidades de Embu das Artes, Taboão da Serra, Cotia, Osasco, Barueri, Santana de
Parnaíba e Itapevi já estão funcionando suas Escolas do Legislativo. Por outro lado, nas
Câmaras Municipais das cidades de Itapecerica da Serra, Embu Guaçu, São Lourenço da
Serra, Juquitiba, Vargem Grande Paulista, Carapicuíba, Jandira, Pirapora do Bom Jesus e
Caieiras ainda não estão instaladas tais escolas. Destacamos também neste estudo que
nas cidades sem Escolas do Legislativo como está a perspectiva de instalação. As cidades
escolhidas se alinham às preocupações da investigação quanto à localização de residência
e trabalho dos pesquisadores, bem como da proximidade com a sede da Universidade
Cidade de São Paulo (UNICID), para quem seria apresentado o trabalho.
Na origem das Escolas do Legislativo buscamos o texto de Melo & Coelho (2019),
cujo estudo, denominado Gênese das escolas do Legislativo no Brasil: apontamentos
históricos sobre a criação da EL-ALMG e publicado na Revista ENAP em 2019, nos mostra
esta gênese com a criação da Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa de Minas
Gerais (EL-ALMG), em 1993. De forma suplementar, o estudo passa pela criação das cerca
de 200 outras escolas, além da Associação Brasileira de Escolas do Legislativo (ABEL), em
2003, e das associações estaduais. Neste sentido, os referidos autores buscam retratar a
origem destas organizações, criadas no âmbito do Poder Legislativo, nos três níveis de
governo.
Desta forma, Melo & Coelho (2019) nos mostram qual o propósito com a criação
destas organizações, como o treinamento, a capacitação e a formação de servidores e de
cidadãos, como vemos a seguir:
Nas cidades que analisamos, que podem ser localizadas na Figura 2, abaixo, foram
apresentados os questionários para as respostas das Câmaras Municipais. Procuramos
saber se a Câmara conta com uma Escola do Legislativo, e, em caso positivo, quem dirige
este órgão: um vereador, um servidor com dedicação exclusiva ou não exclusiva, ou mesmo
se o diretor ainda não foi empossado. Também foi questionada a formação acadêmica do
dirigente. Além disso, perguntamos se a Escola conta com professores graduados e qual
sua quantidade e cursos de formação.
Quanto às demais cidades, as justificativas para não terem ainda implantado suas
Escolas do Legislativo geralmente se prendem a questões de orçamento, pessoal
disponível, disponibilidade de espaço e de estrutura para seu funcionamento. Mesmo
assim, uma das maiores cidades da região, Carapicuíba, com 405.375 habitantes (segundo
a estimativa do IBGE, em 2021), também ainda não conta com uma Escola. Além desta, há
outras Câmaras Municipais na mesma situação, como Itapecerica da Serra, Jandira, Embu
Guaçu, São Lourenço da Serra, Juquitiba, Vargem Grande Paulista, Pirapora do Bom Jesus
e Caieiras.
Contudo, algumas destas cidades já têm pretensão de implantarem suas Escolas,
mesmo com os entraves que se apresentam. É o caso de Itapecerica da Serra, Jandira,
Pirapora do Bom Jesus e Caieiras. Entretanto, nenhuma destas tem uma lei específica
aprovada para que a Escola passe a funcionar. Observamos que em Itapecerica da Serra
e em Caieiras, seguem em andamento projetos de lei para a implantação das Escolas, o
que logo pode entrar na Ordem do Dia para ser apreciado pelos vereadores. No caso das
Câmaras de Carapicuíba, Embu Guaçu, São Lourenço da Serra, Juquitiba e Vargem
Grande Paulista, não há legislação, tampouco intenção da implantação em curto prazo. As
justificativas são praticamente as mesmas já elencadas.
No texto de apresentação elaborado pela ABEL, em 2008, considera-se a definição
de projetos comuns. Acreditamos ser o momento para que as Câmaras sem Escola se
reúnam para o estabelecimento de protocolos de ações conjuntas entre si ou por meio de
convênios com Escolas já existentes:
No caso das cidades da sub-região Sudoeste que não contam com a Escola
(Itapecerica da Serra, Embu Guaçu, Juquitiba, São Lourenço da Serra e Vargem Grande
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MELO, William Maximiliano Carvalho de., COELHO, Fernando de Souza. Gênese das
escolas do Legislativo no Brasil: apontamentos históricos sobre a criação da EL-ALMG.
Brasilia: Revista ENAP. Rev. Serv. Público Brasília 70 (Especial) 192-217 dez 2019.
Disponível em: https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/4042 Acesso em: 01
Mar. 2022.
04
ABSTRACT: The National Curricular Common Base is approved in 2017, promoting curricular
changes throughout high school. The present study aims to identify the perception of high school
students regarding this project that promotes curricular changes at this stage of teaching. This is a
study with a quantitative-qualitative perspective, being a field research, carried out in public schools
in a municipality in the interior of Bahia, as a data collection instrument we used a semi-structured
questionnaire prepared during the research, for data analysis , we observed the students' answers
to the questionnaire and the respective answers to the proposed questions. This is a study with a
qualitative approach with the characteristic of document analysis, of the National Common Curricular
Base of High School and also of the guidelines for the implementation of the new high school in
Bahia, in view of the analysis of the documents, it is evident that the two legislation has been fulfilling
the role of maintaining the current neoliberal policy. Faced with this situation, the school then
becomes a trainer of workers who do not know the world of work, but trainers of labor for it. Being a
cheap and qualified workforce.
KEYWORDS: Teaching, Curriculum, Adolescents, Professional Training
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Gráfico 1: ESCOLA A
ESCOLA A
Questões INFORMAÇOES REFERENTE A
REFORMA DO ENSINO MÉDIO
30
25
20
15 SIM
10 NÃO
5
13 25 12 26 15 23 17 21
0
1 2 3 4
8 5
8 LINGUAGENS E SUAS
TECNOLOGIAS
MATEMÁTICA E SUAS
TECNOLOGIAS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
20 CIENCIAS HUMANAS
17
FORMAÇÃO TÉCNICA E
PROFISSIONAL
ESCOLA B
7 7 7
7 6 6
6 5 5 5
5
4 SIM
3 NÃO
2
1
0
1 2 3 4
ESCOLA -C
CONHECIMENTOS DA REFORMA DO ENSINO
MÉDIO
15 13 12
11
10 7 8
SIM
4 3
5 2 NÃO
0
1 2 3 4
ITINERÁRIOS FORMATIVOS -C
FORMAÇÃO TÉCNICA 12
CIÊNCIAS HUMANAS 3
CIÊNCIAS DA NATUREZA 7
LINGUAGEM 1
0 2 4 6 8 10 12 14
REFERÊNCIAS
ANDRADE Nayara Lança A reforma do ensino médio (lei 13.415/17): o que pensam
alunos e professores? Jaboticabal, 2019, Dissertação de mestrado Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho. UNESP Pag.140
05
RESUMO: Este estudo tem como propósito analisar os programas e projetos voltados para
a proteção territorial e Segurança Alimentar e Nutricional dos povos indígenas, que são atribuídos
e executados pela Fundação Nacional do Índio. Visto que o território é imprescindível para a
execução dos hábitos culturais e consequentemente para a manutenção dos hábitos alimentares
destas populações e que estes sofrem constantes ataques e vulnerabilidades, torna-se necessário
averiguar quais medidas têm sido aplicadas pelo órgão, uma vez que é o único capaz de intervir na
proteção destes. Como base para esta análise, foram utilizados então os relatórios de gestão da
Fundação Nacional do Índio referentes aos anos de 2013 a 2018, dando ênfase aos projetos e
programas voltados para o foco deste estudo, além das demais pesquisas de base sobre o direito
fundamental à alimentação e suas correlações com o território. Após o agrupamento dos dados e
exposição dos mesmos, realizou-se uma vistoria para identificar qual o desenvolvimento,
estratégias adotadas e dificuldades enfrentadas pela Fundação Nacional do Índio para a execução
destas questões fundamentais. Dentre os resultados obtidos, nota-se a contração orçamentária
enfrentada pelo órgão e a falta de autonomia do mesmo, que consequentemente culmina na
limitação das ações da FUNAI, bem como na restrição do alcance destas nas terras indígenas.
Conclui-se que as adversidades enfrentadas pela instituição refletem no aumento da vulnerabilidade
alimentar, nutricional e territorial, aos quais povos indígenas são impelidos.
PALAVRAS-CHAVE: FUNAI; Projetos; Indígenas; Território; Segurança Alimentar e
Nutricional
Com suas gêneses em 2001, é realizado em 2003 o ““Primeiro Fórum Nacional para
a Elaboração da Política Nacional de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Sustentável
Podemos destacar deste documento ponto fundamental para nossa análise: durante
muito tempo o SPI e a FUNAI buscaram “civilizar” indígenas a partir da introdução de
alimentos exógenos a sua cultura: ou a monocultura de produtos estranhos ou de alimentos
industrializados (ultraprocessados), sendo estes utilizados como ardil da aproximação,
segundo Salgado (2007) até o ano de redação deste artigo a estratégia ainda é muito
utilizada e só vem sendo substituída pelas ações de etnodesenvolvimento da FUNAI - se
soma a tal cenário a diminuição constante de recursos destinados a FUNAI.
A Fundação Nacional do Índio tem espaços em seu site oficial para a publicação de
Legislações e programas para a segurança alimentar indígena, considerando que
encontramos tais elementos nas palavras-chave “Etnodesenvolvimento” e “Seguridade
Social” quando navegamos no site do mesmo. Tais programas se desenvolvem na intenção
de se aproximar de um novo indigenismo que desvie a dependência e amplie a autonomia
das populações, fato este que encontra dificuldades em todos os setores envolvidos
(STIBICH, 2019).
Metodologia
Resultados e Discussões
À vista disso, verificou-se desfechos que abrangeram em média tão somente 1% das
TIs identificadas, como no caso das demarcações de Terras Indígenas e homologações no
período de 2013-2015, enquanto que no ano de 2016 ocorreu um aumento insípido de
terras delimitadas, partindo de 1% para 2,35%, contudo nos demais relatórios não houve
descrições de novas demarcações. As únicas referências significativas encontradas nos
relatórios pertencem às metas de fiscalização de TIs, uma vez que foram realizadas 782
vistorias em diversos territórios entre 2013-2015, porém não há indicações de quantas
áreas foram beneficiadas. Ao mesmo tempo que em 2016-2018 efetuou-se 1.698 ações
de monitoramento em 650 TIs, representando um aumento de 217% na quantidade de
vistorias e fiscalizações desempenhadas pela FUNAI, e uma cobertura de 89,77% das
Terras Indígenas registradas.
Em meio aos projetos analisados, seis deles são projetos regionais que visam
contemplar de forma singularizada determinadas comunidades em maior vulnerabilidade.
Além disso, é perceptível a importância destes projetos, como também o empenho da
Fundação Nacional do Índio em adequar as ações com a finalidade de restabelecer a
qualidade de vida das comunidades beneficiadas, no entanto diante de todos os relatórios
não houveram menções de respostas e metas alcançadas por estes projetos ou de
Além dos projetos regionais, foram identificados também projetos com abrangência
nacional, que objetivam otimizar as atividades prestadas pela FUNAI, com enfoque para o
aumento da abrangência dos projetos e qualificação dos alimentos fornecidos por meio das
cestas básicas, respeitando o padrão alimentar indígena. Em contrapartida, nota-se a
dependência do órgão as demais legislações para a execução dos projetos, o que
desalenta sua execução, e que por consequência necessitam de modificações que afetam
as propostas iniciais.
Conclusão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUNHA, Manuela Carneiro da. Política indigenista no século XIX. História dos índios
no Brasil. Brasília: Globo, 1992.
DOS SANTOS, Alex Mota; KOZEL, Salete. Cartografias como denúncia: as ameaças às
Terras Indígenas no Estado de Rondônia. Revista GEOgrafias, v. 26, n. 2, p. 1-53, 2018.
ISA, Instituto Socioambiental. Terras Indígenas no Brasil - Quadro geral dos povos.
Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/Quadro_Geral_dos_Povos. Acesso em: 22
ago. 2020.
STIBICH, Ivan Abreu. Esforços para a implantação de uma “nova política indigenista”
pelas gestões petistas (2003-2016): etnografia de um processo a partir da Fundação
Nacional do Índio (Funai). Brasília, UNB (tese de doutoramento em Antropologia Social),
2019.
06
INTRODUÇÃO
O debate que permeia este artigo surge no bojo da disciplina Políticas Energéticas
para a Amazônia do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Meio
Ambiente da Universidade Federal de Rondônia. Nosso objetivo é debater como a questão
da energia enquanto instrumento de regulagem e desenvolvimento social das sociedades
permeia e se contradiz com o discurso da sustentabilidade de biomas essenciais como a
Amazônia e por último, como populações sabidamente reconhecidas enquanto
preservadoras de territórios florestais, os indígenas, são impactados pelas políticas de
expansão da produção energética na região.
Para realização deste trabalho foi desenvolvida uma busca de artigos no Google
Acadêmico a partir de palavras-chave, seguido de leitura de resumos e posteriormente
análise das discussões apresentadas nos textos selecionados. Após aplicação de critérios
de inclusão e exclusão foram analisados três artigos que versam diretamente sobre o tema
deste artigo. Devido tal corpus diminuto foram debatidos outros textos aproximados por livre
associação temática pelos autores, fato este debatido em nossa conclusão.
Concluímos que as políticas de produção energéticas para a Amazônia e para
Rondônia passam primeiramente por interesses de governabilidade dos Governos locais e
nacionais e de lucrabilidade de empresas privadas, abrem espaços para impactos
secundários como a exploração de agentes privados de menor organização estrutural e
REFERENCIAL TEÓRICO
Feijó (2015) trás como abertura de seu debate sobre hidrelétricas e povos indígenas
um exemplo da indígena Tuíra Kaiapó que coloca um “terçado” no rosto do diretor da
Eletronorte em 1989 nos embates sobre a construção da UHE Belo Monte. As análises do
atual governo Bolsonaro e de autores como Antonio Leite (2011) foram sintetizadas pelo
movimento de Tuíra: ali ficou claro que os indígenas são um impedimento ao
desenvolvimentismo energético que têm como motor a construção de barragens na
Amazônia.
A questão dos empreendimentos em terras indígenas passa pela consulta prévia -
prevista na Convenção 169 da OIT, não apenas para grandes obras mas para qualquer
questão que impacte diretamente sobre suas terras e formas de viver. A consulta as
populações indígenas e tribais é parte da relação dos Estados com as comunidades na
garantia de seus direitos fundamentais, de autodeterminação, garantido a posse plena das
comunidades sobre suas terras e recursos naturais existentes (FEIJÓ, 2015).
O que temos neste contexto da Amazônia é justamente a diminuição sistemática dos
direitos fundamentais destas populações quando falamos do controle do Estado desta terra
para exploração de seus recursos, sendo de forma exclusiva do Estado, de forma mista
(privado-estatal) ou de concessão estatal para iniciativa privada. Ainda temos que somar
dados apontados pelo CIMI (2008 a 2018) que apontam a existência de agentes privados
METODOLOGIA
Neste texto iremos realizar uma análise bibliométrica acerca do tema no google
acadêmico com as palavras-chave Jirau, Santo Antônio, Indígenas. Foram considerados
todos os trabalhos que dissertem sobre o tema deste artigo, fazendo leitura inicial do título
e como segundo critério de recorte dos resumos dos trabalhos. Nesta leitura de resumos
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
DOWBOR, Ladislau. A era do capital improdutivo. São Paulo: Autonomia Literária, 2017.
SOUZA, Karine Teixeira de. Os povos indígenas e o “Complexo hidrelétrico Madeira: Uma
análise etnográfica das contradições do processo de implementação das hidrelétricas de
Santo Antônio e Jirau. Conflitos sociais no Complexo Madeira. Manaus: UEA, p. 99-124,
2009.