Você está na página 1de 13

0

Fátima José Pedro Nampuita

Papel da Mulher na Cultura Matriarcal

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Universidade Rovuma
Extensão de Pemba
2023
i1

Fátima José Pedro Nampuita

Papel da Mulher na Cultura Matriarcal

Trabalho recomendado na faculdade pelo


Docente da cadeira de Antropologia
cultural de moçambique, curso de
licenciatura em Gestão de Recursos
Humanos, pós-laboral, IIº Ano, 20
Semestre, carácter avaliativo, locionado
por:
Dr. Frederico Leonardo

Universidade Rovuma

Extensão de Pemba
2

ii
2023

Índice
1. Introdução......................................................................................................................3

2. Papel da Mulher na Cultura Matriarcal.........................................................................4

2.1 Definição: Cultura Matriarcal..................................................................................4

2.2 Liderança e Tomada de Decisões em Culturas Matriarcais.....................................5

2.3 Papel da Mulher matriarcal na Família e o Direito de Família................................7

2.4. Participação Social e Econômica das Mulheres em Culturas Matriarcais..............7

2.4.1. Actividades Econômicas das Mulheres............................................................8

2.4.2. Empreendedorismo Feminino..........................................................................8

2.4.3. Equidade nos Direitos Econômicos.................................................................8

2.4.4. Contribuições para a Esfera Pública................................................................9

2.4.5. Educação e Desenvolvimento Profissional......................................................9

2.4.6. Desafios e Resiliência......................................................................................9

2.5 Aspectos Religiosos e Espirituais............................................................................9

3. Conclusão....................................................................................................................11

4. Referencias Bibliográficas...........................................................................................12
3

1. Introdução
Com este presente trabalho visa em abordar o seguinte tema, “Papel da Mulher na
Cultura Matriarcal”, Explorando as nuances de sua influência e participação em
diversos aspectos da sociedade. Examina-se a liderança, a herança, as atividades
econômicas, os aspectos religiosos, o equilíbrio de gênero, a ênfase na comunidade, a
educação e a transmissão de conhecimento. A pesquisa busca compreender como a
presença e a influência das mulheres contribuem para a dinâmica única das culturas
matriarcais.

O objetivo deste trabalho é reconhecer fatores sociais, políticos, econômicos e


culturais presentes nas sociedades africanas na antiguidade que contribuíram para sua
forma de organização matriarcal e que conferiam um elevado status social e político às
mulheres e ao papel por elas exercido nestas sociedades. Nossa abordagem pretende
trazer um olhar diferente sobre o matriarcado em relação àquele que foi abordado por
pesquisadores e antropólogos pré-coloniais, que o associavam apenas a situações onde
as mulheres se encontravam ocupando posições de autoridade política e o viam como
uma forma primitiva e promíscua de organização social.

Na elaboração do trabalho baseou- se essencialmente nas pesquisas bibliográficas


dos aspectos mais relevantes sobre o tema em pesquisa, análise de documentos escritos,
pesquisa eletrónica (internet), com efeito, para que se efectivasse procedeu-se a
definição dos objectivos gerais e específicos. Seguidamente para o alcance dos
objectivos nele preconizados identificamos, seleccionamos e recolhemos todas
informações que julgamos ser úteis para aquilo que se pretende alcançar com o mesmo,
após o processo de identificação, recolha, selecção e análise procedeu-se a definição e
construção da estrutura do trabalho que culminou com a selecção de conceitos- chave e
redacção da versão final do trabalho.

A pesquisa realizada neste presente trabalho, segundo Gil (2002) caracteriza-se


por ser Descritiva pois obedece o fundamento teórico de estabelecimento das relações e
a identificação da existência de associações entre as variáveis em estudo.
4

2. Papel da Mulher na Cultura Matriarcal


2.1 Definição: Cultura Matriarcal
Sociedade matriarcal é uma forma de sociedade na qual o papel de liderança e
poder é exercido pela mulher e especialmente pelas mães de uma comunidade.
A etimologia de matriarca deriva do grego mater ou mãe e archein (arca)
ou reinar, governar. Apesar de fontes arqueológicas confirmarem amplamente a
existência de divindades femininas, a realidade de uma sociedade matriarcal é por vezes
contestada.

Culturas matriarcais são caracterizadas por uma ênfase na liderança, tomada de


decisões e poder exercido pelas mulheres. No entanto, essa definição vai além da
simples inversão de papéis de gênero, pois envolve uma reconfiguração mais profunda
das estruturas sociais, políticas e econômicas.

De acordo com Amadiume (1997, pg.327):

O conceito matriarcado não é o de um sistema que abrange uma totalidade,


como o de governo central em uma sociedade, mas um sistema estrutural em
justaposição com outro sistema em uma estrutura social. A legitimidade do
poder exercida pelas mulheres transcende a esfera doméstica e chega a esfera
pública, onde a mulher exerce um poder de governo e jurídico dentro de suas
comunidades, o que representa necessariamente um poder de dominação
central totalitário na sociedade. O matriarcado também não representa a
ausência do poder central exercida pelo homem, nem uma simples afirmação
dos direitos das mães pelos laços uterinos, mas vai além, na esfera do poder
político e jurídico exercido pelas mulheres fora do âmbito doméstico.

Diante disso podemos afirmar que nessa sociedade, as mulheres desempenham


outras funções para além de cuidar da casa e dos filhos. Diferente de outros povos
como, Fulas e Mandigas que apresentam uma estrutura sócio-política “vertical”, em que
existe um chefe máximo (régulo), nobres e subordinados, entidades religiosas, artesões
os dioulas ou comerciantes ambulantes e, por último, os súditos. Qualquer problema,
considerado grave na comunidade, é resolvido pelo régulo. Régulo administra uma
região constituída pela pequena aldeia, cada aldeia tem o seu djarga, em caso de
ausência de régulo ou quando o problema é considerado razoável é resolvido por um
comitê ou djarga da comunidade. Além de Fulas e Mandingas, Papeis, manjacos
também têm um chefe como aponta (Cabral, 1978):
5

Ao analisar esta definição de matriarcado, percebe-se que nas sociedades dos


Fulas, Manjacos, Mandingas e Papeis as mulheres assumem funções menos importante,
tendo como principal função a maternidade e o trabalho doméstico. Por exemplo, na
sociedade dos Fulas e Papeis, em que existe sistema regular, as mulheres não podem
assumir esse poder, apenas os homens podem ser régulo. Na comunidade dos fulas,
além de régulo, existe Imame, um poder muito respeitado. Para ser Imame a pessoa
deve ter conhecimento muito aprofundado do alcorão e respeitar todos os preceitos do
islão, mas é uma função destinada apenas para os homens, a mulher mesmo reunindo
todos os requisitos não pode assumir o cargo.

Considerando tudo isso, com base na definição de patriarcado que Oliveira


(2018) apresentou podemos afirmar que as mulheres guineenses desde a luta da
libertação não ficaram por trás, como aponta Godinho& Figueiredo, 2016,
p.910) “as mulheres demonstraram uma reconhecida capacidade em se implicar
em ações em prol da restauração e da preservação da liberdade confiscada
durante a experiência colonial”. Nessa época, as mulheres guineenses,
carregavam duas pautas, uma pela luta de gênero de espaço na sociedade
guineense e outra contra o regime colonial de dominação e opressão.

As mulheres, depois da cerimônia de iniciação, são livres de escolher os seus


maridos, também têm direito de separar quando sentem atraídas. Como já mencionado
acima, africanos apresentam uma sociedade diferente dos demais grupos sociais, não
existe um chefe máximo, a comunidade é dirigida por conselho de anciões e anciãs.
Para fazer parte do conselho de ancião e anciã é preciso passar por diferentes etapas de
formação da vida do homem e mulher. Essas etapas de formação das mulheres são
principais pontos que iremos explorar neste trabalho.

2.2 Liderança e Tomada de Decisões em Culturas Matriarcais


Desde a mais remota antiguidade ocupou a mulher na sociedade matriarcal uma
posição subalterna ou, no mínimo, subsidiária ou complementar ao homem. Assim, em
algumas civilizações a mulher foi considerada coisa, podendo ser, por isso, passível de
ser comerciada. Na antiga Assíria as esposas eram tratadas como bens dos maridos. O
direito de divórcio era exclusivamente do homem, permitia-se a poligamia e a todas as
mulheres casadas era proibido aparecer em público sem um véu na face. Esse foi o
6

início da segregação oriental da mulher (História da Civilização Ocidental, EDWAR D


M C NAL L BURNS , 21.a ed., Ed. Globo, Porto Alegre, 1977, p. 89)

A liderança e a tomada de decisões nas culturas matriarcais desempenham papéis


cruciais na dinâmica social, política e econômica. Esta seção busca realizar uma análise
aprofundada do papel das mulheres nesses aspectos, destacando exemplos históricos e
contemporâneos que ilustram a diversidade dessas experiências.

 Liderança Materna: Em culturas matriarcais, a liderança é frequentemente


associada às figuras maternas. Matriarcas são líderes respeitadas, oferecendo
orientação não apenas em assuntos familiares, mas também em questões
comunitárias e políticas. Suas decisões são valorizadas pela sabedoria associada
à experiência materna.
 Participação Política: Mulheres em culturas matriarcais muitas vezes
desempenham papéis ativos na esfera política. Podem ocupar cargos políticos,
liderar conselhos comunitários e influenciar políticas locais e nacionais. A
participação política feminina nessas sociedades é vista como um elemento
essencial para uma governança equitativa.
 Exemplos Históricos: Exemplos históricos de liderança feminina em culturas
matriarcais incluem figuras lendárias e reais, como rainhas, líderes espirituais e
conselheiras respeitadas. A análise desses exemplos proporciona insights sobre
como as mulheres historicamente desempenharam papéis influentes na tomada
de decisões.
 Estruturas Comunitárias: Além da liderança formal, as mulheres em culturas
matriarcais muitas vezes desempenham papéis-chave em estruturas comunitárias
informais. São frequentemente procuradas para a resolução de conflitos,
aconselhamento e mediação, contribuindo para a coesão social.
 Desafios e Empoderamento: Apesar do papel significativo das mulheres na
liderança, desafios podem surgir, como resistência cultural ou estigmatização
externa.

No entanto, a liderança feminina também é uma fonte de empoderamento para as


mulheres, proporcionando modelos positivos para as gerações futuras.

 Exemplos Contemporâneos: Analisando exemplos contemporâneos, podemos


observar líderes femininas em culturas matriarcais, influenciando setores
7

políticos, empresariais e sociais. Essas mulheres contemporâneas desafiam


estereótipos de gênero e contribuem para a evolução contínua das dinâmicas de
liderança.

2.3 Papel da Mulher matriarcal na Família e o Direito de Família.


O Direito, existindo em função da sociedade, deve sempre acompanhar o
desenvolvimento do fato social. Assim, de nada adiantam normas que não acompanham
a realidade, pois serão fatalmente condenadas à ineficácia social, apesar da eficácia
jurídica poder, a qualquer tempo, ser arguida.

O Direito da Família sempre evoluiu acompanhando o progresso da sociedade no


sentido da melhoria da condição da mulher. Mas, essa evolução foi e está sendo em
ritmo mais lento que o desenvolvimento cultural. Apesar disso, se compararmos o atual
Código Civil, que é de 1916, com a lei anterior, isto é, as Ordenações do Reino, que
vigoraram até aquela data, veremos que realmente houve um a radical mudança.
Estabeleciam as Ordenações, por exemplo, que não constituía ato ilícito castigar criado
ou discípulo ou sua mulher ou seu escravo.

A mulher é, na verdade, a base da família, a base da sociedade. Por tudo isso é


que se torna imperiosa a adaptação da lei à realidade social, com a instituição, de uma
vez por todas, do regime democrático também dentro da família, onde ambos, pai e
mãe, tenham os mesmos direitos e as mesmas obrigações, observadas, evidentemente,
as diferenças existentes entre os papéis que a cada u m cabe dentro da sociedade
doméstica.

2.4. Participação Social e Econômica das Mulheres em Culturas Matriarcais


A participação social e econômica das mulheres em culturas matriarcais é um
elemento fundamental que distingue essas sociedades de seus equivalentes patriarcais.
Esta seção destaca como as mulheres não só desempenham papéis de liderança, mas
também desempenham funções significativas nas esferas sociais e econômicas,
desafiando as restrições históricas impostas às mulheres em contextos patriarcais.

Economistas vêm se preocupando com o valor monetário do trabalho doméstico e


as estimativas são animadoras acreditando que esse trabalho é de fundamental
8

importância para a economia nacional. E m determinadas camadas da população a dona


de casa recebe, indiretamente, através do salário do marido contribuição muito inferior
ao que receberia se essa atividade fosse remunerada

2.4.1. Actividades Econômicas das Mulheres


Em culturas matriarcais, as mulheres frequentemente participam ativamente das
atividades econômicas. Elas podem ser envolvidas na agricultura, produção de bens,
comércio e outras formas de geração de renda. Esta participação econômica é valorizada
como uma contribuição vital para o sustento da comunidade.

Portanto, Nas sociedades de organização matrilinear, o poder da mulher estava


baseado em seu papel econômico, e a herança biológica da mãe era mais forte e mais
importante que a do pai. A mãe possuía um sacro poder e sua autoridade era ilimitada.
Todos os direitos políticos eram transmitidos pela mãe e a herança era proveniente do
tio materno e não do pai. Nestas sociedades, segundo Diop, era a mulher que recebia o
dote no casamento, podendo repudiar seu marido a qualquer momento. O homem era
quem levava seu clã para viver junto da mulher, pois era esta quem contribuía
substancialmente para a economia.

2.4.2. Empreendedorismo Feminino


A promoção do empreendedorismo feminino é uma característica marcante em
culturas matriarcais. As mulheres muitas vezes são encorajadas a iniciar e administrar
seus próprios negócios, Essa prática não apenas impulsiona a economia local, mas
também desempenha um papel crucial no fortalecimento da autonomia econômica das
mulheres.

2.4.3. Equidade nos Direitos Econômicos


Diferentemente das restrições impostas em culturas patriarcais, as mulheres em
culturas matriarcais frequentemente desfrutam de equidade nos direitos econômicos.
Isso inclui a capacidade de possuir propriedade, gerenciar recursos financeiros e
participar de transações comerciais sem as barreiras históricas impostas por normas
patriarcais.
9

2.4.4. Contribuições para a Esfera Pública


A esfera pública em culturas matriarcais se beneficia substancialmente da
participação ativa das mulheres. Além das atividades econômicas, as mulheres
desempenham papéis fundamentais em instituições comunitárias, conselhos locais e
outras organizações públicas, onde suas perspectivas são consideradas valiosas para a
tomada de decisões.

2.4.5. Educação e Desenvolvimento Profissional


Nas culturas matriarcais, é comum que as mulheres tenham acesso à educação e
oportunidades de desenvolvimento profissional. Isso contribui não apenas para a
realização pessoal, mas também para a expansão do potencial econômico das
comunidades, à medida que as mulheres trazem suas habilidades e conhecimentos para
o cenário profissional.

2.4.6. Desafios e Resiliência


Apesar dos avanços, desafios ainda podem existir, incluindo resistência cultural ou
estigmatização externa. No entanto, as mulheres em culturas matriarcais muitas vezes
demonstram resiliência e superação, enfrentando obstáculos para alcançar seus
objectivos econômicos e sociais.

2.5 Aspectos Religiosos e Espirituais


Análise do papel das mulheres em cerimônias religiosas e rituais espirituais,
considerando seu papel como líderes espirituais e Esta análise aprofundada busca
compreender o significado dessas práticas, detentoras de conhecimento sagrado.

 Liderança Espiritual Feminina: Em culturas matriarcais, as mulheres


frequentemente ocupam posições proeminentes como líderes espirituais. Elas
conduzem rituais, orientam práticas religiosas e desempenham papéis
fundamentais na transmissão de valores espirituais de uma geração para outra.
 Detentoras de Conhecimento Sagrado: As mulheres são reconhecidas como
detentoras de conhecimento sagrado em muitas culturas matriarcais. Elas são
responsáveis pela preservação e transmissão de tradições espirituais, rituais e
histórias que formam a base da identidade espiritual da comunidade.
10

 Rituais de Iniciação e Transição: Mulheres frequentemente lideram rituais de


iniciação e transição em culturas matriarcais. Esses rituais podem marcar
eventos significativos na vida de uma pessoa, como nascimentos, passagens para
a idade adulta e funerais. O papel das mulheres nesses rituais é essencial para
garantir a continuidade das práticas espirituais.
 Conexão com a Natureza: Nas culturas matriarcais, a espiritualidade muitas
vezes está intrinsecamente ligada à natureza. As mulheres frequentemente
desempenham um papel crucial como mediadoras entre a comunidade e o
mundo natural, promovendo uma compreensão espiritual profunda da
interconexão entre os seres humanos e o meio ambiente.
 Equilíbrio e Harmonia: O papel das mulheres em cerimônias religiosas muitas
vezes enfatiza a busca pelo equilíbrio e harmonia. Sua liderança espiritual é
guiada por princípios de respeito pela vida, coexistência pacífica e a busca por
uma conexão mais profunda com o divino.
 Resistência e Preservação Cultural: O envolvimento das mulheres em práticas
espirituais também pode ter um aspecto de resistência e preservação cultural. Em
muitos casos, as mulheres são guardiãs das tradições espirituais que resistiram a
influências externas, contribuindo para a preservação da identidade cultural.
 Participação Comunitária: Além de liderar cerimônias religiosas, as mulheres
em culturas matriarcais desempenham papéis ativos na participação comunitária.
Elas facilitam a coesão social por meio de práticas espirituais que promovem a
solidariedade e o entendimento mútuo.
 Desafios e Empoderamento Espiritual: Apesar dos desafios, como a
resistência a tradições patriarcais ou estigmatização externa, a liderança
espiritual feminina é uma fonte de empoderamento. As mulheres encontram
significado e propósito ao guiar suas comunidades espiritualmente, contribuindo
para o fortalecimento emocional e social.
11

3. Conclusão
Chegado a esta fase conclui-se que, explorar o papel da mulher na cultura
matriarcal revela não apenas uma inversão de papéis tradicionais, mas uma redefinição
profunda das dinâmicas sociais, políticas e econômicas. Ao longo desta análise, foi
possível mergulhar na riqueza dessas experiências, destacando não apenas a liderança
feminina, mas também a participação ativa nas esferas econômica, social e espiritual.
Esta conclusão busca sintetizar as nuances identificadas e reconhecer a complexidade
única do papel da mulher na cultura matriarcal.

Concluímos reconhecendo que a verdadeira compreensão do papel da mulher na


cultura matriarcal requer um afastamento das lentes patriarcais. Valorizar e respeitar
essas experiências é essencial para a construção de sociedades mais inclusivas, onde as
contribuições das mulheres são reconhecidas não apenas como necessárias, mas como
essenciais para a prosperidade coletiva.

Ao abraçar a complexidade e a riqueza do papel da mulher na cultura matriarcal,


podemos não apenas enriquecer nosso entendimento das diversas formas de organização
social, mas também nos inspirar a buscar formas mais equitativas e colaborativas de
construir comunidades resilientes e inclusivas. Este estudo serve como um convite para
apreciar e aprender com as narrativas femininas em contextos matriarcais, reconhecendo
a profundidade de sua influência e o potencial transformador de suas contribuições.
12

4. Referencias Bibliográficas
 Amadiume, Ifi. (1997). Re-inventing Africa: Matriarchy, Religion and Culture.
Interlink Publishing Group.
 Diop. Cheik Anta. (1986). Precolonial Black Africa: a comparative study of the
political and social systems of Europe and Black Africa, from Antiquity to the
Formation of modern States. Westport: Lawrence Hill & Company,
 GIL, Antônio Carlos. (2002). Como elaborar projeto de pesquisa. 5ª ed. – São
Paulo: Atlas.
 Oliveira, Roberto Cardoso de. (1996). O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir,
escrever. In: Revista de Antropologia. São Paulo: Universidade de São Paulo
(USP), 1996, V. 39, n° 1.
 ScholL, Camille Johann. Matriarcado e África: a produção de um discurso por
intelectuais africanos- Cheik Anta Diop e Ifi Amadiume. Monografia para
obtenção de grau de Bacharel em História. Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre, 2016.

Você também pode gostar