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Edson Adriano Massingule

Edna Da Julieta Uqueio

Eleutéria Serafim Chaúque

A Estratificação, Hierarquização e Sociabilidade

IV Grupo

Licenciatura em História

Universidade Save

Massinga

2024
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Edson Adriano Massingule

Edna Da Julieta Uqueio

Eleutéria Serafim Chaúque

A Estratificação, Hierarquização e Sociabilidade

Licenciatura em História

Trabalho de investigação da
Estratificação e Mobilidade Social
, a ser entregue ao Departamento
de ciências sociais, para efeitos de
avaliação.

PhD:Tomé Miranda Maloa

Universidade Save

Massinga

2024
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Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 4

2.0.Objectivo geral: ......................................................................................................................... 4

2.1. Objectivos específicos: ............................................................................................................ 4

2.2. Metodologia ............................................................................................................................. 5

Contexto histórico da estratificação social ..................................................................................... 6

A História da Estratificação Social na Humanidade ....................................................................... 6

Conceitos básicos de Estratificação ................................................................................................ 6

Tipos de Estratificação Social ......................................................................................................... 7

Pirâmide do sistema de castas da Índia ........................................................................................... 8

Conceito de Hierarquização ............................................................................................................ 9

Conceito de Sociabilidade............................................................................................................. 10

A importância da sociabilidade ..................................................................................................... 10

Conclusão...................................................................................................................................... 11

Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 12

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I. Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Estratificação e Mobilidade Social lecionada
na universidade Save, onde vamos debruçar sobre: a Estratificação, Hierarquização e
Sociabilidade, como aspectos cruciais na organização das sociedades.

Estratificação Social é um conceito sociológico utilizado para classificar os indivíduos ou grupos

a partir da análise das condições socioeconómicos. Ela serve também como base para entender a
configuração da sociedade da Sociedade em hierarquias e na formação das desigualdades sociais.
Hierarquização é uma ordenação contínua de autoridades que estabelece os níveis de poder e
importância, de forma que a posição inferior é sempre subordinada às posições superiores. E por
fim vamos falar da sociabilidade que é um aspecto da personalidade referente à maneira como as
pessoas tendem a se relacionar com as outras.

2.0.Objectivo geral:
 Analisar a estratificação Social, hierarquização e a sociabilidade;

2.1. Objectivos específicos:

 Conceituar a estratificação Social, hierarquização e a sociabilidade;

 Identificar a génese da estratificação Social, hierarquização e a sociabilidade;

 Caracterizar a estratificação Social, hierarquização e a sociabilidade.

O trabalho apresenta a seguinte estrutura: Introdução, que faz apresentação do tema; Corpo
do trabalho, onde há abordagem do essencial do tema; Conclusão, que traz consigo uma
apreciação ou reacção do grupo sobre o tema e finalmente e Referência bibliográfica.
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2.2. Metodologia
A metodologia usada para a realização deste trabalho foi a de consulta de referências
bibliográficas e consulta eletrônica (internet), que consistiu na leitura, críticas e análise das
informações de várias obras que debruçam sobre o tema em causa. Os autores das referidas obras
estão devidamente citados dentro do trabalho e nas referências bibliográficas.
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3.0. Contexto histórico da estratificação social

3.1. A História da Estratificação Social na Humanidade

A estratificação social existe desde os primórdios da humanidade. Nas sociedades antigas, como
a egípcia e a grega, a hierarquia era baseada na posição ocupada pelos indivíduos no sistema
político e religioso. Na Idade Média, a estratificação era determinada pela posição na hierarquia
feudal. Com o surgimento do capitalismo, a classe social passou a ser determinada pela posição
ocupada na estrutura econômica da sociedade.

3.2. Conceitos básicos de Estratificação

Na perspectiva de Barker, Chris (2008), Estratificação social é um conceito que envolve a
"classificação das pessoas em grupos com base em condições socioeconômicas comuns; um
conjunto relacional das desigualdades com as dimensões econômicas, social, política e
antropológica". Quando as diferenças levam a um status de poder ou privilégio de alguns grupos
em detrimento de outros, isso também é chamado de estratificação social.

Para Macionis, J., and Gerber, L (2010), É um sistema pelo qual a sociedade classifica categorias
de pessoas em uma hierarquia.

Contudo, a sociedade estratificada é uma sociedade dividida em diferentes camadas sociais, ou

estratos, que são hierarquicamente organizados. Essa estratificação social é baseada na
complexidade e especialização do trabalho, ou seja, nas diferentes funções e habilidades que as
pessoas desempenham na sociedade. Os laços sociais nessa sociedade são mais frágeis e
instáveis, o que significa que as relações entre as pessoas podem ser menos duradouras e mais
sujeitas a mudanças. Já na sociedade estamental, que existia durante a Idade Média e o
feudalismo, as pessoas eram divididas em grupos chamados "estamentos". (Lakatos, Eva Maria,
2019)

A estratificação social é baseada em quatro princípios básicos:

É uma característica da sociedade, e não simplesmente um reflexo das diferenças individuais;

A estratificação social continua de geração para geração;

É universal, mas variável;

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Envolve não só a desigualdade, mas também crenças (Macionis, Gerber, John, Linda . 2010).

3.3. Tipos de Estratificação Social

Segundo Lakatos, Eva Maria (2019), há diversas formas de estratificação social na história,
como as castas, os estamentos e as classes sociais. Sendo que era estratificação por
classes: quando a divisão da sociedade acontece através da diferença de renda dos indivíduos; e
estratificação por castas: quando a divisão ocorre a partir do nascimento de um indivíduo. Na
Índia, por exemplo, os hindus são divididos em 4 grupos. Cada pessoa "herda" seu grupo de sua
família. Diferentemente das classes sociais, que há a possibilidade de alternância entre as classes,
no sistema de castas cada indivíduo permanecerá incluído no seu grupo de nascimento por toda
vida, bem como seus descendentes.

Na cultura ocidental moderna, a estratificação é amplamente organizada em classes sociais:

classe alta, classe média e classe baixa. Cada uma destas classes podem ser ainda subdivididas
em classes menores (por exemplo, ocupação). (Saunders, Peter, 1990)

Segundo Ringer (2001), essas categorias não são particulares de sociedades baseadas em estado
como distinguido de sociedades feudais compostas da relação nobreza-camponeses. A
estratificação pode também ser definida por laços de parentesco ou castas. Para Max Weber, a
classe social pertencente amplamente à riqueza material é diferente do status de classe, que é
baseado em variáveis tais como a honra, prestígio e filiação religiosa.

Talcott Parsons argumentou que as forças de diferenciação social e do seguinte padrão de

individualização institucionalizada diminuiria fortemente o papel da classe (como um importante
fator de estratificação), assim como toda a evolução (evolucionismo) social. É discutível se o
primeiro grupo caçadores-coletores pudesse ser definido como "estratificada", ou se tais
diferenciais começou com a revolução agrícola e os grandes intercâmbios entre os grupos. Uma
das questões em curso para determinar a estratificação social surge a partir do ponto que as
desigualdades de status entre os indivíduos são comuns, por isso se torna uma questão
quantitativa para determinar o quanto a desigualdade se qualifica como estratificação.
(Quintaneiro e Oliveira ,2002)
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3.4. Pirâmide do sistema de castas da Índia

Pirâmide do sistema de castas da Índia: Brâmanes (sacerdotes e letrados). Xátrias (guerreiros).

Vaixás (comerciantes). Shudras (camponeses, artesãos e operários). Os Dalits
(impuros/intocáveis; não fazem parte da pirâmide.)

Esta forma de estratificação atingiu seu mais alto grau de desenvolvimento na Índia. Apesar de a
constituição de 1949 ter, em teoria, abolido as distinções de casta, estas ainda persistem.
Kingsley Davis apresenta as seguintes características das castas: participação hereditária na
casta; participação atribuída por toda a vida; casamento endogâmico; contato limitado com
outras castas; identificação do indivíduo com a casta; a profissão caracteriza a casta; cada casta
possui grau de prestígio próprio.

Para Sorokin (1927 p. 12), entre outras características, os estamentos são parcialmente
hereditários; são mais abertos que as castas; são solidários na medida em que seus componentes
estão ligados por: laços de direitos e deveres; privilégios e isenções de impostos; profissões
semelhantes, não tão monopolizadas como no sistema de castas.
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4.0. Conceito de Hierarquização

A hierarquização é uma ação ou prática comum realizada em vários campos, áreas ou planos,
entre outros, que consiste na organização e classificação das hierarquias ou dos diferentes níveis
de atuação.

Basicamente a hierarquia é a organização através de categorias de certa importância que

consequentemente atribui diferente relevância e valor às pessoas ou objetos hierarquizados.

São estabelecidos vários critérios para realizar uma hierarquização. Estes têm a ver com a classe,
tipologia ou qualquer outra questão determinante que permita desenvolver sua classificação.

A hierarquização envolve sempre uma organização que vai de baixo para cima, ou seja, as
posições que se encontram mais abaixo da escala são as menos importantes e valorizadas, sendo
assim são aquelas de menor importância em relação às escalas mais altas que obviamente
dispõem de maior relevância.

Vale destacar que as posições que se encontram no topo da hierarquização apresentam certo
poder e autoridade em relação àquelas que se encontram nas posições inferiores. Por isso, aquele
que se encontra em uma posição de hierarquia superior pode, na medida do possível, ordenar a
realização de alguma atividade ou cumprimento de alguma tarefa a qualquer pessoa que se
encontre numa posição inferior a sua. (Lakatos, Eva Maria, 2019)

As empresas de grande porte são aquelas que melhor explicam essa questão de hierarquização
que compõe a estrutura dessas posições mais ou menos valorizadas.

Normalmente a razão de ser disso tudo é que: quanto maior a empresa maior será a quantidade
de empregados e cargos e assim sua hierarquização. Esta é uma prática que coloca ordem e dá
classificação, ela é ideal para que o trabalho se desenvolva dentro dos conformes e que cumpra
com os objetivos propostos.

Assim, o proprietário ou presidente da empresa é aquele que ocupa o lugar mais alto na
hierarquia, em seguida, estão os diretores de áreas ou de departamentos e mais abaixo os
gerentes, desde que a empresa esteja setorizada dessa maneira, e finalmente os empregados
ordinários, aqueles que ocupam os cargos menores e que não têm nenhuma autoridade sobre os
anteriormente mencionados.
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5.0. Conceito de Sociabilidade

Segundo Dahrendorf (1976), a sociabilidade é um aspecto da personalidade referente à maneira
como as pessoas tendem a se relacionar com as outras. Do ponto de vista da psicologia, pode ser
definido como o grau em que uma pessoa procura estabelecer relações próximas e estreitas com
os outros. Portanto, quanto maior a sociabilidade, maior a necessidade de estabelecer vínculos
com outras pessoas. Ressalta-se que a sociabilidade não implica necessariamente ter muitos
amigos, mas se refere à capacidade de estabelecer relacionamentos próximos e significativos. Da
mesma forma, a sociabilidade pode influenciar a maneira como as pessoas respondem a situações
sociais estressantes ou conflituosas. Assim, pessoas com alta sociabilidade podem ser mais
capazes de lidar com situações sociais difíceis e resolver conflitos de forma eficaz.

5.1. A importância da sociabilidade

Na sociabilidadeas relações interpessoais são essenciais para a vida das pessoas. Vários estudos
têm mostrado que problemas neste nível estão relacionados com menor satisfação e maior risco
de desenvolver transtornos psicopatológicos. De fato, buscar ajuda psicológica para conflitos
interpessoais é um dos motivos mais frequentes pelos quais as pessoas procuram tratamento.

A teoria dos cinco grandes traços de personalidade considera a sociabilidade como uma
característica das pessoas mais extrovertidas. Nessa perspectiva, é entendida como a tendência de
uma pessoa em buscar e desfrutar da companhia de outras pessoas.

Embora a sociabilidade possa ser um traço inato da personalidade, ela também pode ser
desenvolvida e fortalecida por meio da interação social e da prática de habilidades sociais. A
falta de habilidades sociais e a timidez podem dificultar o estabelecimento de relacionamentos
interpessoais satisfatórios, mas existem técnicas e terapias que podem ajudar a superar esses
obstáculos. (Fetahu , 1989)

É importante ter em mente que existem diferentes tipos de problemas interpessoais e que a
sociabilidade pode influenciar a forma como uma pessoa lida com esses problemas. Portanto,
compreender a importância das relações interpessoais e da sociabilidade pode ser fundamental
para promover a saúde e o bem-estar psicológico das pessoas. Nesse sentido, a prática de
habilidades sociais e a busca por ajuda psicológica podem ser ferramentas úteis para melhorar a
sociabilidade e o gerenciamento de problemas interpessoais.
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6.0. Conclusão

Finda compilação do presente trabalho, concluímos que a estratificação social existe desde os
primórdios da humanidade, e a sociedade estratificada é uma sociedade dividida em diferentes
camadas sociais, ou estratos, que são hierarquicamente organizados. Essa estratificação social é
baseada na complexidade e especialização do trabalho, ou seja, nas diferentes funções e
habilidades que as pessoas desempenham na sociedade. Destacamos que há diversas formas de
estratificação social na história, como as castas, os estamentos e as classes sociais.

E a hierarquia é definida como organização através de categorias de certa importância que

consequentemente atribui diferente relevância e valor às pessoas ou objetos hierarquizados. A
hierarquização envolve sempre uma organização que vai de baixo para cima, ou seja, as posições
que se encontram mais abaixo da escala são as menos importantes e valorizadas, sendo assim são
aquelas de menor importância em relação às escalas mais altas que obviamente dispõem de
maior relevância.

No que tange a sociabilidade do ponto de vista da psicologia, pode ser definido como o grau em
que uma pessoa procura estabelecer relações próximas e estreitas com os outros. Portanto,
quanto maior a sociabilidade, maior a necessidade de estabelecer vínculos com outras pessoas.
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VII. Referências Bibliográficas

Barker, Chris. Cultural Studies: Theory and Practice. London: Sage. ISBN 0-7619-4156-8 p 436

Macionis, J., and Gerber, L. (2010). Sociology, 7th edition

Macionis, Gerber, John, Linda (2010). Sociology 7th Canadian Ed. Toronto, Ontario: Pearson
Canada Inc.. pp. 224, 225.

Lakatos, Eva Maria (18 de janeiro de 2019). Sociologia Geral. [S.l.]: ATLAS EDITORA

Saunders, Peter (1990). Social Class and Stratification. [S.l.]: Routledge. ISBN 9780415041256

Fritz K. Ringer (2001). Declínio dos Mandarins Alemães - A Comunidade Acadêmica Alemã
1890 - 1933. [S.l.]: Edusp. p. 170. ISBN 978-85-314-0511-2

Tania Quintaneiro; Marcia Gardenia Monteiro Oliveira (2002). Labirintos simétricos:

introdução à teoria sociológica de Talcott Parsons. [S.l.]: Editora UFMG. p. 178. ISBN 978-85-
7041-300-0

Besnik Fetahu (1989). The social system according to Talcott Parson. [S.l.]: GRIN Verlag.
ISBN 978-3-640-77891 1

Sorokin, Pitirim. Social mobility. Harper & Brothers, 1927, pág. 12. (17-10-2016).

Ralf Dahrendorf (1976). Class and Class Conflict in Industrial Society. [S.l.]: Routledge &
Kegan Paul. p. 324. ISBN 978-0-7100-7461-4