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Maria Catazane
Mergina Da Eunícia Alfeu Mabunda

Didática das ciências sociais

Estratificação e mobilidade social no Egipto

Licenciatura em História

Universidade Save
Delegação de Gaza
2023
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Maria Catazane

Mergina Da Eunícia Alfeu Mabunda

Estratificação e mobilidade social no Egipto

Trabalho Investigativo de carácter individual a ser


entregue na faculdade de Letras e ciências sociais,
Unisave. Licenciatura em História na cadeira de
estratificação e mobilidade social sob orientação do
Msc Victor Simões.

Universidade Save

Delegação de Gaza

2023
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Índice

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................1

1.1.1. Objectivo Geral..........................................................................................................2

1.1.2. Ojectivos Específicos.................................................................................................2

1.2. Metodologia.......................................................................................................................2

2. REFERENCIAL TEÓRICA.....................................................................................................3

2.1. Estratificação Social..........................................................................................................3

2.1.1. Características da Estratificação Social......................................................................3

2.2. Mobilidade Social..............................................................................................................3

2.2.1. Tipos de mobilidade social.........................................................................................4

2.2.1.1. Mobilidade social horizontal...............................................................................4

2.2.1.2. Mobilidade social vertical...................................................................................4

2.3. Estratificação e Mobilidade Social em Roma....................................................................5

3. CONCLUSÃO..........................................................................................................................9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................10
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa essencialmente falar sobre a estratificação e mobilidade social na Roma
antiga.

Em toda sociedade alguns homens são identificados como inferiores: patrícios considerados os
donos das terras romanas, os plebeus formavam a maioria da sociedade romana, os escravos não
tinham nenhum direito social em Roma e os proletários que simplesmente era a camada social
que consistia em geral prole (filhos).

Em toda a parte, alguns governam e outros obedecem, embora estes últimos possuam vários
graus de influência ou controle sobre os governantes. Tais contrates - entre os mais altos e os
mais baixos, ricos e pobres, poderosos e destituídos de poder - constituem a substância da
estratificação social. As diferenças entre aristocratas e plebeus, prósperos e pobres, governantes e
governados, tem sido encaradas como o resultado de diferenças inerentes aos homens, como
produto de forças institucionais sobre as quais os homens têm escasso controle, como padrões
sociais que contribuem para o funcionamento da sociedade, como manancial de conflitos e
tensões.

A estratificação pode ser considerada um processo, uma estrutura, um problema; pode ser vista
como aspecto da diferenciação de papéis e status na sociedade, como divisão da sociedade em
grupos ou quase grupos sociais, como a arena social em que se apresenta o problema da
igualdade e da desigualdade - ou como tudo isso ao mesmo tempo.
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1.1. Objetivos

1.1.1. Objetivo Geral


 Compreender a Estratificação e Mobilidade Social em Roma.

1.1.2. Objetivos Específicos


 Descrever Conceitos Ligados ao Tema;
 Identificar as Características da Estratificação e Mobilidade Social
 Explicar como era a Estratificação e Mobilidade Social da Roma Antiga.

1.2. Metodologia
Para a realização de qualquer trabalho de índole científico, pressupõem a utilização de métodos
que possam de alguma forma orientar o pesquisador durante a coleta de dados.

Segundo (Lundin, 2016), “a Metodologia é uma exposição que o pesquisador faz sobre os passos
a serem seguidos no desenvolvimento do trabalho, com a identificação dos métodos e técnicas a
serem usados para tal” (p. 39).

Para a realização do seguinte trabalho usou-se o método bibliográfico. De acordo com (Feitas,
2013), a Pesquisa Bibliográfica é aquela elaborada a partir de material já publicado, constituído
principalmente de: Livros, Revistas, Monografias, Dissertações, Teses ou Internet com o objetivo
de colocar o pesquisador em contacto direto com todo material já escrito sobre o assunto da
pesquisa.

Neste contexto a recolha de informação teórica foi feita com base em obras credíveis: Livros
baixados na internet, com o objetivo de entender os aspetos ligados ao tema em análise.
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2. REFERENCIAL TEÓRICA
2.1. Estratificação Social
Estratificação social é um conceito sociológico utilizado para classificar, analisar e interpretar as
diferenças entre indivíduos ou grupos a partir da análise das condições socioeconômicas que tais
agrupamentos tem em comum.

A definição mais simples de estratificação social é entendê-la como o conjunto das inúmeras
desigualdades que podem atingir as pessoas que vivem em sociedade.

2.1.1. Características da Estratificação Social


A estratificação teve algumas de suas características definidas, principalmente, no decorrer dos
séculos XIX e XX, por uma série de sociólogos, dentre eles, Karl Marx e Max Weber.

Merecem destaque as características a seguir:

 A estratificação é geral e variável;


 Está presente em todas as sociedades complexas;
 Há divisão de recursos materiais e culturais de maneira desigual;
 Ultrapassa as gerações;
 Deve ser encarada como uma particularidade das sociedades;
 Não deve ser encarada como reflexo das diferenças individuais existentes na sociedade.

2.2. Mobilidade Social


A definição de mobilidade é complexa e está vinculada à opção por utilizar um esquema de
categorias que considere o aspeto relacional entre classes ou uma escala hierárquica de estratos.
Nesse sentido, é importante frisar que a definição por uma classificação ocupacional implica em
decisões baseadas em considerações teóricas que podem estar, em alguma medida, apoiadas em
análises empíricas. É a opção teórica que determinará, em última instância, a metodologia a ser
aplicada.

Segundo (Scalon, 1999) mobilidade social é condição indispensável à estrutura social no


capitalismo, pois é justamente a partir da possibilidade de os indivíduos ou grupos de indivíduos
se ascenderem nas categorias socioprofissionais que está a legitimidade dos princípios afirmados
na revolução burguesa: liberdade, igualdade e fraternidade.
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Por outro lado, para (Boudon & Bourricaud, 1993) a mobilidade social pode ser entendida como
um movimento dentro da estrutura social, podendo apresentar-se de duas maneiras: como
movimentos interclasse e entre classes.

A mobilidade social é determinada a partir da posição que os indivíduos ocupam na estrutura


social e o seu deslocamento de status. Por essas razões, a mobilidade social pode ser ascensional,
quando se refere a uma mudança positiva ou hierárquica na estrutura de ocupação, ou
descensional, quando representa perda de status e prestígio. Pode ser ainda intergeracional,
quando se tratar de mobilidade das famílias de uma geração para outra; ou intergeracional,
quando de indivíduos.

2.2.1. Tipos de mobilidade social


Existem dois tipos de mobilidade social: horizontal e vertical.

2.2.1.1. Mobilidade social horizontal


Implica mudança de ocupação sem que haja mudança de classe social, é como mudar de emprego
e continuar na mesma faixa de renda. Também abrange a mudança de posição dentro de um
grupo que confere autoridade e prestígio no campo simbólico, mas não muda a condição
econômica.

Um exemplo disso ocorre em uma comunidade eclesial, em que os membros mais dedicados
tornam-se auxiliares voluntários do líder religioso e, por isso, recebem uma honraria por meio de
um título que os diferencia dos demais, como os diáconos nas comunidades cristãs.

2.2.1.2. Mobilidade social vertical


Por sua vez, implica mudança de posição socioeconômica, portanto, envolve não só a dimensão
simbólica e social, mas também o poder aquisitivo. Numa sociedade industrial moderna,
estratificada conforme as profissões e com classes sociais definidas conforme a renda, a
mobilidade vertical ocorre quando, por meio da ascensão profissional, o indivíduo consegue
mover-se de uma faixa de renda para outra.

Por exemplo, o indivíduo da classe C que ingressa no Ensino Superior forma-se, torna-se um
profissional liberal e migra para a classe B. O principal caminho para galgar mobilidade social
vertical é a educação formal.
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A mobilidade social vertical pode ser classificada em ascendente e descendente. A mobilidade


ascendente ocorre quando uma pessoa desloca-se para uma posição superior na pirâmide
socioeconômica. Já a mobilidade descendente ocorre quando alguém perde posições e desloca-se
para uma posição social inferior."

2.3. Estratificação e mobilidade social em Roma


A estrutura social que se ergueu nessa civilização teve como base principal os Patrícios e os
Plebeus. Para além destes existiam também os Clientes, os escravos os proletários. Os Patrícios
formavam a elite social e política romana. A sociedade romana estava dividida em camadas
sociais muito bem definidas. Era uma sociedade com grande desigualdade social econômica e
política.

Composição da sociedade romana e características

A sociedade romana se baseava numa organização social desigual, assim como muitas sociedades
de civilizações antigas. Está sociedade era Estática, pois possuía pouca mobilidade social. Porém
no longo prazo, algumas camadas conquistaram direitos sociais, como foi o caso dos Plebeus que
através da sua organização e luta adquiriram diretos políticos. Entre as classes sociais havia muita
tensão, originando muitas revoltas e conflitos.

A sociedade romana era dividida em cinco grupos sociais distintos:

Patrícios: descendentes das primeiras famílias que povoaram Roma, os patrícios eram
proprietários de terras e ocupavam importantes cargos públicos. Considerados cidadãos romanos,
possuíam muita riqueza e escravos. No topo da pirâmide social romana, compunham a minoria da
população.

Plebeus: formavam a maioria da sociedade romana. A Plebe era composta basicamente por
pequenos comerciantes, artesãos e outros trabalhadores livres. Possuíam poucos direitos políticos
e de participação na vida religiosa. Esta camada não tinha ascendência Patrícia.

Clientes: embora livres, os clientes viviam "presos" aos patrícios, pois possuíam uma forte
relação de dependência. Esta classe era formada basicamente por estrangeiros e refugiados
pobres. Tinham apoio económico e jurídico dos patrícios, porém lhes deviam ajuda em trabalhos
e questões militares.
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Escravos: camada sem nenhum direito social em Roma. Os escravos eram, em sua grande
maioria, presos de guerra. Eram vendidos como mercadorias para patrícios e plebeus e não
recebiam pagamentos pelo trabalho, mas apenas comida e roupas. Executavam tarefas pesadas e
também serviam como serviçais domésticos. Na época do Império Romano, o número de
escravos aumentou de forma extraordinária.

Libertos: ex-escravos que obtinham a liberdade por concessão de seus proprietários, por
abandono ou até mesmo pela compra própria da liberdade. Geralmente trabalhavam para seu ex-
dono.

Os proletários: os proletários recebiam essa denominação porque a sua única expressividade


social consistia em gerar prole (filhos) daí a origem do termo proletário. Eles compunham a parte
da sociedade que ficava sob o jogo do estado e que, quase sempre, servia para engrossar as
fileiras mais frágeis do exército romano.

Excluindo os escravos, que não podem formar um grupo ou classe social, sabemos que os demais
grupos se afirmavam pela condição estamental, isto é, pela origem de nascimento. Dessa maneira,
um patrício jamais se tornaria um plebeu e um plebeu jamais se tornaria um patrício. Diferente do
mundo burguês, onde quem está no topo pode descer, assim como quem está em baixo pode
subir. Tudo isso é simples de entender, mas a existência de algumas particularidades na
composição social da Roma Antiga pode confundir um pouco o nosso entendimento sobre o
assunto.

A outra situação particular residia na relação muito próxima entre plebeus (homens livres) e
escravos (homens não-livres). A existência de uma maciça escravidão na República e no Império
romano aproximou esses dois contingentes populacionais (os maiores). Em alguns momentos da
história romana, é possível mesmo afirmar que havia dificuldade em se distinguir o plebeu do
escravo, dada a semelhante situação socioecónomica de ambos. Além do que, havia uma prática
muito comum dos donos de escravos em praticar a alforria de muitos, o que dependeria da
situação social ou econômica em que se encontrasse.
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A partir disso, raciocinemos mais uma vez: se um escravo é alforriado, qual é o seu destino?
Temos mais uma resposta bem direta: se tornar um plebeu, contribuindo com o crescimento da
multidão das ruas de Roma.

O que podemos concluir dessa segunda situação? Que um homem não-livre se tornou um homem
livre, passando a fazer parte de um grupo social romano, porém, sendo entendido como um
homem liberto e jamais um homem livre de nascimento.

CONCLUSÃO

Findo o presente trabalho, pode-se perceber que a sociedade romana se baseava numa
organização social desigual, assim como muitas sociedades de civilizações antigas. Esta
sociedade era estática, pois possuía pouca mobilidade social. A sociedade romana era composta
principalmente entre as classes subalternas e as classes altas , que viviam as constantes pressões
de uma sociedade desigual , êxodo rural, revoltas populares, crianças abandonadas , variados
tipos de crimes de um lado , enquanto do outro lado havia uma pequena parcela que controlava o
exército e as instituições vivendo em altos luxos e regalias . O maior império do mundo antigo
era muito desenvolvido nas suas atividades económicas no entanto era muito próspero nas suas
desigualdades.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Alföldy, G. (1989). A História Social de Roma. Lisboa: Presença,1989.
2. Boudon, R., & Bourricaud, F. (1993). Dicionário de sociologia. São Paulo: Ática.
3. Bowder, D. (1990). Quem foi quem na Roma antiga. São Paulo: Circulo do Livro.
4. Eyler, F.M. (2014). História Antiga – Grécia e Roma: a formação do Ocidente.
Petrópolis: Editora Vozes.
5. Freitas, C. C. (2013). Metodologia do Trabalho Cientifico. Novo Hamburgo: Feevale.
6. Lundin, I. B. (2016). Metodologia de Pesquisa em Ciências sociais. Maputo: Escolar
Editora.
7. Scalon, M. C. (1999). Mobilidade social no Brasil: padrões e tendências. Rio de Janeiro:
REVAN/IUPERJ.

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