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Maria Catazane
Mergina Da Eunícia Alfeu Mabunda
Licenciatura em História
Universidade Save
Delegação de Gaza
2023
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Maria Catazane
Universidade Save
Delegação de Gaza
2023
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Índice
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................1
1.2. Metodologia.......................................................................................................................2
2. REFERENCIAL TEÓRICA.....................................................................................................3
3. CONCLUSÃO..........................................................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................10
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa essencialmente falar sobre a estratificação e mobilidade social na Roma
antiga.
Em toda sociedade alguns homens são identificados como inferiores: patrícios considerados os
donos das terras romanas, os plebeus formavam a maioria da sociedade romana, os escravos não
tinham nenhum direito social em Roma e os proletários que simplesmente era a camada social
que consistia em geral prole (filhos).
Em toda a parte, alguns governam e outros obedecem, embora estes últimos possuam vários
graus de influência ou controle sobre os governantes. Tais contrates - entre os mais altos e os
mais baixos, ricos e pobres, poderosos e destituídos de poder - constituem a substância da
estratificação social. As diferenças entre aristocratas e plebeus, prósperos e pobres, governantes e
governados, tem sido encaradas como o resultado de diferenças inerentes aos homens, como
produto de forças institucionais sobre as quais os homens têm escasso controle, como padrões
sociais que contribuem para o funcionamento da sociedade, como manancial de conflitos e
tensões.
A estratificação pode ser considerada um processo, uma estrutura, um problema; pode ser vista
como aspecto da diferenciação de papéis e status na sociedade, como divisão da sociedade em
grupos ou quase grupos sociais, como a arena social em que se apresenta o problema da
igualdade e da desigualdade - ou como tudo isso ao mesmo tempo.
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1.1. Objetivos
1.2. Metodologia
Para a realização de qualquer trabalho de índole científico, pressupõem a utilização de métodos
que possam de alguma forma orientar o pesquisador durante a coleta de dados.
Segundo (Lundin, 2016), “a Metodologia é uma exposição que o pesquisador faz sobre os passos
a serem seguidos no desenvolvimento do trabalho, com a identificação dos métodos e técnicas a
serem usados para tal” (p. 39).
Para a realização do seguinte trabalho usou-se o método bibliográfico. De acordo com (Feitas,
2013), a Pesquisa Bibliográfica é aquela elaborada a partir de material já publicado, constituído
principalmente de: Livros, Revistas, Monografias, Dissertações, Teses ou Internet com o objetivo
de colocar o pesquisador em contacto direto com todo material já escrito sobre o assunto da
pesquisa.
Neste contexto a recolha de informação teórica foi feita com base em obras credíveis: Livros
baixados na internet, com o objetivo de entender os aspetos ligados ao tema em análise.
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2. REFERENCIAL TEÓRICA
2.1. Estratificação Social
Estratificação social é um conceito sociológico utilizado para classificar, analisar e interpretar as
diferenças entre indivíduos ou grupos a partir da análise das condições socioeconômicas que tais
agrupamentos tem em comum.
A definição mais simples de estratificação social é entendê-la como o conjunto das inúmeras
desigualdades que podem atingir as pessoas que vivem em sociedade.
Por outro lado, para (Boudon & Bourricaud, 1993) a mobilidade social pode ser entendida como
um movimento dentro da estrutura social, podendo apresentar-se de duas maneiras: como
movimentos interclasse e entre classes.
Um exemplo disso ocorre em uma comunidade eclesial, em que os membros mais dedicados
tornam-se auxiliares voluntários do líder religioso e, por isso, recebem uma honraria por meio de
um título que os diferencia dos demais, como os diáconos nas comunidades cristãs.
Por exemplo, o indivíduo da classe C que ingressa no Ensino Superior forma-se, torna-se um
profissional liberal e migra para a classe B. O principal caminho para galgar mobilidade social
vertical é a educação formal.
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A sociedade romana se baseava numa organização social desigual, assim como muitas sociedades
de civilizações antigas. Está sociedade era Estática, pois possuía pouca mobilidade social. Porém
no longo prazo, algumas camadas conquistaram direitos sociais, como foi o caso dos Plebeus que
através da sua organização e luta adquiriram diretos políticos. Entre as classes sociais havia muita
tensão, originando muitas revoltas e conflitos.
Patrícios: descendentes das primeiras famílias que povoaram Roma, os patrícios eram
proprietários de terras e ocupavam importantes cargos públicos. Considerados cidadãos romanos,
possuíam muita riqueza e escravos. No topo da pirâmide social romana, compunham a minoria da
população.
Plebeus: formavam a maioria da sociedade romana. A Plebe era composta basicamente por
pequenos comerciantes, artesãos e outros trabalhadores livres. Possuíam poucos direitos políticos
e de participação na vida religiosa. Esta camada não tinha ascendência Patrícia.
Clientes: embora livres, os clientes viviam "presos" aos patrícios, pois possuíam uma forte
relação de dependência. Esta classe era formada basicamente por estrangeiros e refugiados
pobres. Tinham apoio económico e jurídico dos patrícios, porém lhes deviam ajuda em trabalhos
e questões militares.
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Escravos: camada sem nenhum direito social em Roma. Os escravos eram, em sua grande
maioria, presos de guerra. Eram vendidos como mercadorias para patrícios e plebeus e não
recebiam pagamentos pelo trabalho, mas apenas comida e roupas. Executavam tarefas pesadas e
também serviam como serviçais domésticos. Na época do Império Romano, o número de
escravos aumentou de forma extraordinária.
Libertos: ex-escravos que obtinham a liberdade por concessão de seus proprietários, por
abandono ou até mesmo pela compra própria da liberdade. Geralmente trabalhavam para seu ex-
dono.
Excluindo os escravos, que não podem formar um grupo ou classe social, sabemos que os demais
grupos se afirmavam pela condição estamental, isto é, pela origem de nascimento. Dessa maneira,
um patrício jamais se tornaria um plebeu e um plebeu jamais se tornaria um patrício. Diferente do
mundo burguês, onde quem está no topo pode descer, assim como quem está em baixo pode
subir. Tudo isso é simples de entender, mas a existência de algumas particularidades na
composição social da Roma Antiga pode confundir um pouco o nosso entendimento sobre o
assunto.
A outra situação particular residia na relação muito próxima entre plebeus (homens livres) e
escravos (homens não-livres). A existência de uma maciça escravidão na República e no Império
romano aproximou esses dois contingentes populacionais (os maiores). Em alguns momentos da
história romana, é possível mesmo afirmar que havia dificuldade em se distinguir o plebeu do
escravo, dada a semelhante situação socioecónomica de ambos. Além do que, havia uma prática
muito comum dos donos de escravos em praticar a alforria de muitos, o que dependeria da
situação social ou econômica em que se encontrasse.
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A partir disso, raciocinemos mais uma vez: se um escravo é alforriado, qual é o seu destino?
Temos mais uma resposta bem direta: se tornar um plebeu, contribuindo com o crescimento da
multidão das ruas de Roma.
O que podemos concluir dessa segunda situação? Que um homem não-livre se tornou um homem
livre, passando a fazer parte de um grupo social romano, porém, sendo entendido como um
homem liberto e jamais um homem livre de nascimento.
CONCLUSÃO
Findo o presente trabalho, pode-se perceber que a sociedade romana se baseava numa
organização social desigual, assim como muitas sociedades de civilizações antigas. Esta
sociedade era estática, pois possuía pouca mobilidade social. A sociedade romana era composta
principalmente entre as classes subalternas e as classes altas , que viviam as constantes pressões
de uma sociedade desigual , êxodo rural, revoltas populares, crianças abandonadas , variados
tipos de crimes de um lado , enquanto do outro lado havia uma pequena parcela que controlava o
exército e as instituições vivendo em altos luxos e regalias . O maior império do mundo antigo
era muito desenvolvido nas suas atividades económicas no entanto era muito próspero nas suas
desigualdades.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Alföldy, G. (1989). A História Social de Roma. Lisboa: Presença,1989.
2. Boudon, R., & Bourricaud, F. (1993). Dicionário de sociologia. São Paulo: Ática.
3. Bowder, D. (1990). Quem foi quem na Roma antiga. São Paulo: Circulo do Livro.
4. Eyler, F.M. (2014). História Antiga – Grécia e Roma: a formação do Ocidente.
Petrópolis: Editora Vozes.
5. Freitas, C. C. (2013). Metodologia do Trabalho Cientifico. Novo Hamburgo: Feevale.
6. Lundin, I. B. (2016). Metodologia de Pesquisa em Ciências sociais. Maputo: Escolar
Editora.
7. Scalon, M. C. (1999). Mobilidade social no Brasil: padrões e tendências. Rio de Janeiro:
REVAN/IUPERJ.