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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA

ANTÓNIO JONE PAULINO CHICHICHI

ARIELA JOAQUINA TINGA

VALTER COMANDANTE

FUNCIONALISMO E ESTRUTURALISMO

Quelimane

2024
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ANTÓNIO JONE PAULINO CHICHICHI

ARIELA JOAQUINA TINGA

VALTER COMANDANTE

FUNCIONALISMO E ESTRUTURALISMO

O trabalho em Grupo a ser entregue no departamento


de Educação para ser avaliado na cadeira de
Epistemologia de ciências sociais .

Docente: Dr. Janotas Nativo

Quelimane

2024
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Sumário
1.Introdução ................................................................................................................................3

1.1.Objectivos......................................................................................................................... 4

1.1.1.Objectivo Geral.......................................................................................................... 4

1.1.2.Objectivos específicos ............................................................................................... 4

1.2.Metodologia da Pesquisa .................................................................................................. 4

2.Fundamentação teórica ............................................................................................................5

2.1. Funcionalismo ................................................................................................................. 5

2.1.1. Pressupostos ................................................................................................................. 5

2.1.2.Pesquisa social............................................................................................................... 6

2.2. Estruturalismo ............................................................................................................. 6

2.2.1.Pressupostos .................................................................................................................. 6

2.2.2. Pesquisa social ......................................................................................................... 7

2.2.3. O procedimento para uma análise estruturalista .......................................................... 8

2.2.4. Importância e crítica ................................................................................................ 8

3. Conclusão ........................................................................................................................... 9

4.Referências bibliográficas ......................................................................................................10


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1.Introdução

O presente trabalho de pesquisa cujo tema intitulado: Funcionalismo e Estruturalismo ,


seus pressupostos , pesquisa social , importância e a critica .

O estruturalismo surgiu como a primeira escola de pensamento e algumas das ideias


associadas com a escola estruturalista foram defendidas pelo fundador do primeiro
laboratório de psicologia, Wilhelm Wundt. É possível entender o estruturalismo como um
método de análise e estudo da realidade social.

A análise estruturalista se dá a partir de modelos capazes de explicar como as relações


humanas e estruturas sociais se constroem e como elas contribuem para explicar hábitos e
costumes sociais. Esses modelos criados para colaborar com a explicação social são
chamados de estrutura.

De acordo com o modelo de explicação proposto pelo estruturalismo a atividade


humana e seus desdobramentos, as percepções e os pensamentos não são naturais, mas
construídos ao longo do desenvolvimento das sociedades.

Usado atualmente pelas Ciências Humanas, Psicologia, Física e Matemática, o


método estruturalista foi utilizado pela primeira vez em 1910 pelo linguista suíço Ferdinand
Saussure. Entre as décadas de 1940 e 1960 a estrutura foi retomada por Claude-Lévi Strauss e
aplicada fora do campo da linguística.
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1.1.Objectivos
1.1.1.Objectivo Geral
 Analisar no que concerne o Funcionalismo e Estruturalismo , seus pressupostos ,
pesquisa social , importância e a critica .

1.1.2.Objectivos específicos
 Explicar as possibilidades de uma pesquisa social objectiva, nas perspectivas do
Funcionalismoe do Estruturalismo;
 Identificar os aspectos relevantes como as critica no estruturalismo;
 Descrever a importancia do estruturalismo .

1.2.Metodologia da Pesquisa
Segundo Barreto e Honorato (1998, p.45) “metodologia deve ser entendida como o
conjunto detalhado e sequencial de métodos e técnicas a serem executadas ao longo da
pesquisa de tal modo que se consiga atingir os objectivos inicialmente propostos e ao mesmo
tempo atender aos critérios de menor custo, maior rapidez, maior eficácia e mais
confiabilidade de informações”.

O procedimento usado na realização do presente trabalho, foi de pesquisa


bibliográfica e a internet.

Segundo Lakatos & Marconi, (2006). a pesquisa bibliográfica é ´´ desenvolvida a


partir do material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos´´.
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2.Fundamentação teórica

2.1. Funcionalismo

Segundo Richardson (1999:29/30), no século XX as Ciências Sociais fracassaram


porque se dedicaram a seguir um fantasma que resultou da transferência acrítica da
metodologia das ciências físico-naturais ao fenómeno humano. Até ao início dos anos 60,
quase a totalidade dos pesquisadores seguiam orientações funcionalistas e positivistas da
Escola Americana, onde a Universidade de Chicago era o coração e a alma do funcionalismo,
oque levou à deturpação total da meta fundamental das Ciências Sociais: o desenvolvimento
do homem e da sociedade.

A tomada em consideração não só de 'funções manifestas' mas também de 'funções


latentes' - não intencionais nem reconhecidas pelos membros do sistema - correspondeu a
outro desenvolvimento do funcionalismo. Inicialmente, o funcionalismo opunha-se ao
estruturalismo, mas este integrou mais tarde um seu princípio fundamental passando a dar
relevo à interdependência entre os elementos da estrutura.

2.1.1. Pressupostos

Esta corrente enfatiza as relações e o ajustamento entre diversos componentes de uma


cultura/sociedade, seus fundadores (Herbert Spencer-1820/1903 e Émile Durkheim-
1858/1917) procuraram analogias entre as formas de organização cultural e social com a
organização dos seres vivos.

Para o antropólogo Bronislaw Malinowski (1884-1942), a quem se deveu a


consolidação do funcionalismo como método de investigação social, o seu raciocino básico é
que, se os homens têm necessidades contínuas devido à sua composição biológica e psíquica,
essas necessidades irão requerer formações sociais que as satisfaçam efectivamente.

Por isso toda a actividade social e cultural é funcional (desempenha funções) e é


indispensável. O seu colega Radcliffe-Brown (1881-1955), introduziu a noção de estrutura no
funcionalismo: a função de toda actividade recorrente é seu papel na vida social e sua
contribuição social para sustentar as estruturas.
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Herdeiro de R. K. Merton. Segundo este autor, é verdade que todas as sociedades


apresentam um certo grau de integração, não é menos verdade que esse grau é variável e que
o mesmo elemento (por exemplo, a religião) tanto pode ter um efeito integrador como um
efeito desintegrador.

2.1.2.Pesquisa social
Apesar das críticas por ser identificado, em suas origens, com ideologias
conservadores continua a exercer influência na pesquisa social.

As crónicas greves dos chapeiros podem ser estudadas empiricamente como um


requerimento para formações sociais que satisfaçam efectivamente sus necessidades, elas
desempenham uma função e visam a suster estruturas existentes (fenómeno social total).
Portanto, fornece conhecimentos empíricos úteis e potencialmente exploráveis.

2.2. Estruturalismo

O estruturalismo, apesar de ser tomado como uma corrente de pensamento, é um


modo ou método de análise das ciências humanas que teve sua origem na psicologia e
perpassou a linguística, a sociologia, a antropologia e a filosofia no século XX, ganhando
destaque entre intelectuais franceses. Basicamente a intenção do método estruturalista, para
qualquer uma das ciências mencionadas, é identificar estruturas gerais de um todo analisando
as suas partes.

2.2.1.Pressupostos

Para Gil ( 1999 ), este termo aplica-se para as correntes que têm suas bases nos
estudos do linguista Ferdinand Saussure (1857-1913) e do antropólogo Claude Lévi-Strauss
(1908- 2009). São as correntes de pensamento que recorrem à noção de estrutura para
explicar a realidade, o pressuposto é que cada sistema é um jogo de oposições, presenças e
ausências, constituindo uma estrutura, onde as partes são interdependentes, modificações
num elemento implica modificação de cada um dos outros e do próprio conjunto.

Richardson (1999:39) sublinha que a estrutura nunca existe na realidade concreta, mas
ela define o sistema de relações e transformações possíveis desta realidade.
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O estruturalismo trabalha basicamente com estruturas mentais (representações e suas


invariáveis históricas, para ele os fenómenos fundamentais da vida humana são determinados
por leis de actividades inconscientes.

Portanto, o centro não é o indivíduo, mas o inconsciente como sistema simbólico – o

estruturalismo é anti-empírico.

2.2.2. Pesquisa social

Para Lévi-Strauss o modelo científico estrutural opõe-se ao empirismo, para o qual a


realidade é singular e revelada pela experiência sensível e o objecto passa a ser o facto, ao
considerar que o facto isolado não possui significado, enquanto tal, se não considerado dentro
da estrutura a que pertence, de modo que os elementos da estrutura têm carácter relativo e o
sentido e valor de cada elemento resulta apenas da posição que ocupa em relação aos demais.

Strauss baseou-se na tese de que há uma estrutura sociológica que permeia as


formações sociais. Para que a antropologia lograsse êxito, ela precisaria compreender essa
estrutura, que poderia ser entendida com o aprofundamento em culturas diferentes por meio
do trabalho de campo.

Strauss percebeu os primeiros elementos fortes para a sua tese estruturalista no


contato com os índios brasileiros. Ele notou que, por mais que a cultura dos indígenas
brasileiros estivesse distante da europeia e de outras, havia uma estrutura social com
elementos minimamente parecidos.

A compreensão dessas diferentes culturas entendidas como partes revelaria elementos


comuns entre elas, o que faria com que as partes (cada cultura) fornecessem pistas para a
compreensão do todo (a humanidade).

A regra principal da investigação é que os factos devem ser observados e descritos,


sem permitir que os preconceitos teóricos alterem sua natureza e importância, estudar os
factos em si mesmos e em relação ao conjunto.

Exige o estudo imanente das conexões essenciais das estruturas independentemente da


sua génese ou de suas relações com o que é exterior a elas. Esse estudo imanente do objecto
implica a descrição dos sistemas em termos estritamente relacionais, onde a experiência
comum só reconhece coisas, a análise estrutural descreverá redes de relações, que por sua vez
constituem sistemas (políticos, de parentesco e filiação, de transporte e comunicação).
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2.2.3. O procedimento para uma análise estruturalista

a) Quais os factos observados? Parte-se da investigação de um fenómeno concreto


[greves dos chapeiros], devendo ser factos exactamente observados e descritos,
estudados em si mesmos e em relação com o conjunto;
b) Atinge-se o nível abstracto pela exposição de um modelo representativo do objecto de
estudo [conexões], procura-se a pertinência de um elemento ao modelo em
construção, sendo que o valor de um elemento depende exclusivamente da posição
que ocupa em relação aos demais, sendo fundamental a decomposição do fenómeno
estudado procurando elementos cuja variação produza certas modificações no
conjunto e, os elementos não pertinentes devem ser eliminados.
c) Construir a estrutura, partindo das menores unidades do fenómeno estudado,
descobrindo ou estabelecendo regras de associação dos elementos pertinentes. Por
exemplo se A é superior a B, B é superior a C, A será superior a C;
d) Retorna-se ao concreto como uma realidade estruturada mediante a composição de
uma estrutura do fenómeno, considerando suas manifestações empíricas visíveis e
suas relações teoricamente estabelecidas.

2.2.4. Importância e crítica

Ao negar a realidade como algo singular, rejeitar o império da experiência sensível e


considerar insignificante o estudo de factos isolados, o estruturalismo teve grande
importância no desenvolvimento das Ciências Sociais do século XX, enquanto uma
alternativa significativa para todas as formas de positivismo e funcionalismo.

Apesar do sucesso, o estruturalismo recebe relevantes críticas: negligência à possível


transformação dos fenómenos, ao procurar estruturas invariáveis; ao considerar o
inconsciente colectivo igual em todas as pessoas, permite que tenhamos as mesmas categorias
mentais, colocando a consciência no 2º plano; relegar a História ao 2º plano por o estudo da
estrutura preceder o estudo da evolução e da génese; ao simplificar o fenómeno em modelos
estruturais, não procede por síntese de realidades significativas, senão pelo seu
empobrecimento.
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3. Conclusão

Perante o trabalho pode -se concluir que o pensamento desenvolvido pelos


estruturalistas se opõe ao modelo de pensamento e pesquisa desenvolvidos pelos
funcionalistas.

Enquanto para os estruturalistas as relações sociais são estabelecidas a partir das


estruturas de acção e comportamento, para os funcionalistas é função social das acções e
eventos que influencia e determina a construção das sociedades e modos de Vicência. Os
fatos atuam como condicionantes dos acontecimentos.

Émile Durkheim e Malinowski são, respectivamente, sociólogo e antropólogo que


seguiram a linha funcionalista. As estruturas económicas dependem das estruturas sociais,
que por sua vez dependem das estruturas culturais, hábitos e sistema de linguagem para
existir. Ou seja, todas estruturas formadoras da sociedade dependem da existência de outras
estruturas e assim, formam as estruturas sociais. Os estruturalistas definem que todos os
acontecimentos estão sempre relacionados.
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4.Referências bibliográficas

BARRETO, A.V.; HONORATO, C. de F, (2008). Manual de sobrevivência na selva


académica. Rio de Janeiro: Objecto Direito.
GIL, António Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social, 5ª Edição, São Paulo:
ATLAS, 1999.

LAKATOS, Eva M. & MARCONI, (2006). Metodologia de trabalho científico. 7ª ed.


São Paulo: Editora Atlas.

OLIVEIRA, Maria da Luz; Pais, M.J. & Cabrito B.G. Sociologia, 4ª edição, Lisboa:
Texto editores, 1989

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: Métodos e técnicas,


3ª Edição, São Paulo: Atlas, 1999.

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