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Sociologia Contemporanea – estudo dirigido

Material da disciplina
Rotas de Aprendizagem 1 a 6
Videoaulas 1 a 6, com prof. Fernando Leite

Neste breve resumo, destacamos a importancia para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao contexto
trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteudo programatico da sua disciplina nesta fase e lhe
proporcionarao maior fixaçao de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema avaliativo adotado pelo
Grupo Uninter. Esse e apenas um material complementar, que juntamente com a Rota de Aprendizagem completa (livro-base,
videoaulas e material vinculado) das aulas compoem o referencial teorico que ira embasar o seu aprendizado. Utilize-os da
melhor maneira possível.

Bons estudos!

Bacharelado em Ciencia Política | Tutoria


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Sumário

Tema: Pais fundadores (Marx, Weber e Durkhein) ......................................................................................................... 4


Tema: Estrutural-funcionalismo ...................................................................................................................................... 6
Tema: Sociologia Crítica .................................................................................................................................................... 6
Tema: Interacionismo Simbolico ...................................................................................................................................... 8
Tema: Sociologia das Figuraçoes ...................................................................................................................................... 9
Tema: Modernidade e pos-modernidade ...................................................................................................................... 10
Tema: Sociedade de Risco ............................................................................................................................................... 12
Tema: Modernidade tardia ............................................................................................................................................. 13
Tema: Sociedade Programada ........................................................................................................................................ 14
Tema: Modernidade Líquida .......................................................................................................................................... 14

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Tema: Pais fundadores (Marx, Weber e Durkhein)

No processo de constituiçao da Sociologia, Emile Durkheim afirmou que nesta pratica científica
“devemos encarregar-nos de nao admitir nenhuma explicaçao que nao se baseie em provas
autenticas.” Para tal, considerou que a Sociologia so poderia ser realizada como ciencia se
possuísse um metodo e conceitos proprios (Emile Durkheim, Da divisão do trabalho. Sao Paulo:
Martins Fontes, 1999. P. VLIV-XLIX). Se quisermos descrever quais sao os dois conceitos-chave
que conformaram a base da Sociologia elaborada por Durkheim precisamos nos reportar aos
conceitos de “fato social” e “divisao social do trabalho”. O conceito de fato social se refere “a
todo fenomeno produzido pelas relaçoes entre as pessoas e que faz com que elas pensem, se
comportem e tenham certos sentimentos e emoçoes”. A divisao social do trabalho, por sua vez,
e um conceito que se refere ao “exercício de alguma funçao” social, sendo que ao longo do tempo
as sociedades tendem a se desenvolver, as funçoes se especializam e diversificam de acordo com
as aptidoes dos indivíduos. Fonte: texto da rota da aula 1 (p. 5).

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“Emile Durkheim nasceu na França. Diretamente influenciado pela filosofia positivista de


Auguste Comte, Durkheim dedicou sua trajetoria intelectual a elaborar uma ciencia que
possibilitasse o entendimento dos comportamentos coletivos. Sua grande preocupaçao era
explicar os elementos capazes de manter coesa a sociedade moderna”. Referencia: Infoescola.
Disponível em <http://www.infoescola.com/biografias/emile-durkheim/> Acesso em
23.mai.2018. Para saber por que a sociologia desenvolvida por Durkheim foi chamada de
“funcionalista” devemos ter em mente, pelo menos, que a Sociologia de Durkheim foi chamada
de Funcionalista pois nela a sociedade e representada como um sistema, no qual cada parte
cumpre uma funçao. Referencia: texto rota da aula 1 (tema 2).

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“O processo de racionalizaçao ao qual Weber refere-se esta relacionado com as mudanças


estruturais, culturais e sociais que as sociedades modernas passaram no decorrer do tempo.
Essas mudanças geraram grandes impactos, como a gradual construçao do capitalismo e a
monstruosa explosao do crescimento dos meios urbanos, que se tornaram as bases da
reordenaçao das organizaçoes tradicionais que predominavam ate entao”. (RODRIGUES, Lucas.
Mundo Educaçao. Disponível em:
<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/racionalizacao-max-weber.htm> Acesso
em 23.mai.2018.) Para descrever em poucas palavras o que significam os conceitos de “açao
racional instrumental” e de “burocracia” elaborados por Weber e necessario ter em mente que
Uma das preocupaçoes centrais de Weber “e a racionalizaçao da sociedade moderna. Na
modernidade, disseminou-se um tipo de açao racional, chamada de ‘instrumental’. A açao
instrumental calcula os meios mais eficazes para atingir determinados fins. A burocratizaçao e
uma das principais manifestaçoes desse processo, tratando-se de fixar procedimentos e
comportamentos para realizar certas funçoes: estabelecer regras para agir de forma eficiente.
Outros tipos de açao sao as baseadas na tradiçao e no afeto, que perdem espaço na
modernidade.” Fonte: texto da rota da aula 1 (p. 8).

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“Karl Marx foi um pensador que escreveu sobre inumeros assuntos e a sua obra foi incorporada
ao pensamento sociologico. Fala-se em uma “sociologia marxista” para se referir ao pensamento
sociologico baseado em ideias de Marx. No cerne do pensamento de Marx esta o materialismo
historico”. Referencia: texto rota da aula 1. Para explicar resumidamente o significado de
materialismo historico, doutrina desenvolvida por Marx e preciso mencionar que na doutrina
de Marx, materialismo historico possui dois significados basicos. Em primeiro lugar, isso quer
dizer que a consciencia depende das condiçoes materiais de existencia e, alem disso, que a
sucessao dos “modos de produçao” caracteriza a historia dessa sociedade. Referencia: texto rota
da aula 1 (tema 3).

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Em seu trabalho, o sociologo Max Weber (1864-1920) ressaltava o papel dos valores culturais
e das intençoes individuais na formaçao dos fenomenos coletivos. Assumia-se que os indivíduos
agem de acordo com certas motivaçoes. Motivam-se porque dao algum sentido a sua açao. Os
indivíduos projetam expectativas uns sobre os outros e cumprem com boa parte das
expectativas coletivas. E por isso que a açao e “social”, donde “açao social”. Referencia: texto rota
da aula 1. Para saber por que a Sociologia desenvolvida por Weber e chamada de Sociologia
Compreensiva e preciso ter em mente que essa corrente do pensamento sociologico parte da
ideia de que e impossível saber como os indivíduos pensam, por isso propoe-se a interpretar as
motivaçoes e compreender seus valores. Referencia: texto rota da aula 1 (tema 4).

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Em sua elaboraçao da Sociologia Compreensiva, uma das preocupaçoes centrais de Max Weber
era o processo de racionalizaçao da sociedade moderna. Na modernidade, disseminou-se um
tipo de açao racional, chamada de “instrumental”. Referencia: texto rota da aula 1. Sendo
chamados a destacar qual e o fenomeno da modernidade, apontado por Max Weber como
principal manifestaçao da racionalizaçao instrumental, e necessario saber que para Weber, a
burocratizaçao foi a principal manifestaçao da racionalizaçao instrumental moderna, tratando-
se do processo de fixar procedimentos e comportamentos para realizar certas funçoes, de
maneira eficiente. Referencia: texto rota da aula 1 (tema 4).

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Tema: Estrutural-funcionalismo

Talcott Parsons acreditava que “a psicanalise teria proporcionado o aprofundamento de nossa


compreensao da motivaçao humana. (...) Mas Parsons foi crítico da realizaçao de Freud,
destacando o fato de que ele teria assumido um ponto de vista individualista, deixando de lado
o simbolismo nos processos comunicativos” (DOMINGUES, Jose Murilo. A sociologia de Talcott
Parsons. Sao Paulo: Annablume, 2012, p. 44). Se quisermos descrever rapidamente quais as
tres funçoes mentais que Parsons elaborou com base na psicanalise, para pensar o indivíduo no
processo comunicativo precisamos saber que as tres funçoes mentais desenvolvidas por
Parsons a partir da psicanalise sao a funçao cognitiva, a funçao catetica e a funçao avaliativa. A
cognitiva refere-se a como conhecemos o mundo ou as coisas. A catetica refere-se a valorizaçao
de objetos externos a nos. A avaliativa refere-se a capacidade de escolher, tendo-se em vista o
que conhecemos e valorizamos. Fonte: texto da rota da aula 2 (p. 5).

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Talcott Parsons foi o principal expoente, nos Estados Unidos, da tendencia de usar, nas ciencias
humanas, a noçao de “sistema” para explicar a sociedade: um arranjo de partes, em que cada
uma exerce uma funçao específica, cuja integraçao forma o todo, o sistema. Referencia: texto
rota da aula 2. Para saber sobre como Talcott empregou o conceito de sistema em sua teoria
sociologica e preciso levar em consideraçao que Talcott Parsons usou o conceito de sistema
buscando integrar indivíduo e sociedade, por meio de uma unica teoria. Para tal, esse autor
procurou conciliar fatores psicologicos, com grandes estruturas sociais. Referencia: texto rota
da aula 2 (tema 3).

Tema: Sociologia Crítica

Na Sociologia de Bourdieu, o conceito de campo tem centralidade. Um campo consiste em um


conjunto de normas e praticas específicas que orientam os indivíduos (BURAWOY, Michael. O
marxismo encontra Bourdieu. Campinas: Unicamp, 2010, p.34). Os campos pensados por
Bourdieu, por sua vez, interagem uns com os outros em relaçoes de autonomia ou de
heteronomia. Para explicar a diferença entre autonomia e heteronomia na definiçao de campo
por Bourdieu e importante ter em mente que na Sociologia de Bourdieu, os campos sao
pensados a partir das relaçoes que estabelecem entre si. A relaçao de autonomia se equivale a
uma relaçao de independencia, da capacidade de um campo impor suas regras e praticas
internas aos seus membros. A relaçao de heteronomia, por outro lado, corresponde a uma
relaçao de dependencia, quando um campo interfere nos mecanismos de funcionamento e
decisao de outro. Por exemplo, quando o campo cinematografico e influenciado pelo campo
economico (preço dos ingressos, diminuiçao do publico, fechamento de salas de cinema, etc.).
Fonte: texto da rota da aula 3 (p. 5-6).

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O conceito de habitus e central na sociologia de Pierre Bourdieu. Por meio desse conceito se
estabelece uma importante mediaçao entre os indivíduos e a sociedade. Alem disso, o habitus
tem origem social. Ele e a fraçao dos nossos esquemas mentais construída em funçao da nossa
situaçao social e das nossas relaçoes sociais e simbolicas. O “habitus e a sociedade dentro de

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nos.” Fonte: texto rota da aula 3. Para descrever como relaçoes de poder aparecem
desenvolvidas no conceito de habitus e necessario saber que as relaçoes de poder se expressam
no habitus como praticas existentes, como maneiras de falar, de se portar, de pensar, e de agir
que sao mais valorizadas do que outras; como relaçoes de dominaçao simbolica, quando os
indivíduos sao condicionados a reconhecer valores sem, no entanto, herdar as condiçoes para
poder obte-los. Fonte: texto rota da aula 3, (p. 5)

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“Campo, na teoria proposta por Pierre Bourdieu, representa um espaço simbolico, no qual as
lutas dos agentes determinam, validam, legitimam representaçoes. E o poder simbolico. Nele se
estabelece uma classificaçao dos signos, do que e adequado, do que pertence ou nao a um codigo
de valores.” Fonte: Wikipedia, Disponível em
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_(sociologia)> Acesso em 23.mai.2018. Chamados a
apresentar (de modo resumido) os principais elementos que conformam o conceito de campo
na Sociologia de Pierre Bourdieu, devemos saber que para Bourdieu, o campo e uma estrutura,
ou seja, uma composiçao de posiçoes ocupadas por indivíduos ou grupos. Essas posiçoes, por
sua vez, sao definidas por uma especie de “capital”, isto e, existe algum valor, algum tipo de
recurso, cuja posse define a posiçao dos agentes. Essas posiçoes estao tambem relacionadas
constantemente umas com as outras, isto e, dependem umas das outras. Fonte: texto rota da
aula 3 (p. 5). A sociedade, por fim, e composta por varios campos, com uma vida propria e certo
grau de “autonomia”. Fonte: texto rota da aula 3 (p. 4).

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Pierre Bourdieu possivelmente empreendeu o maior projeto de integraçao das antinomias da
Sociologia: indivíduo e sociedade, açao e estruturas, estatica e dinamica, liberdade e
determinismo, entre outros. Isso foi possível por influencias ecleticas e, inicialmente, ao extrair,
dos autores classicos, ideias complementares, porem dissociadas em cada autor. Referencia:
texto rota da aula 3. Discorrendo sobre algumas das referencias de Sociologos classicos que
influenciaram o projeto sociologico de Bourdieu devemos saber que em seu projeto, Bourdieu
recebeu influencias: de Max Weber, a ideia das ordens sociais; da Escola Sociologica Francesa,
as noçoes estruturalistas; de Karl Marx, o conceito de classe e a ideia de dominaçao e de Edmund
Husserl, a dimensao da pratica, a conduta de si, do corpo e das emoçoes, a sua teoria social.
Referencia: texto rota da aula 3 (tema 1).

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Segundo Pierre Bourdieu, habitus e “um sistema de disposiçoes duraveis e transponíveis que,
integrando todas as experiencias passadas, funciona a cada momento como uma matriz de
percepçoes, de apreciaçoes e de açoes – e torna possível a realizaçao de tarefas infinitamente
diferenciadas, graças as transferencias analogicas de esquemas [...] (Bourdieu, Pierre.
[organizado por Renato Ortiz] Sociologia. Sao Paulo: Atica, 1983, p. 65). Para explicar o que
significa a expressao “o habitus e a sociedade dentro de nos” devemos levar em consideraçao
que para Bourdieu, o habitus tem origem social. Isso significa que o habitus e a fraçao dos nossos
esquemas mentais em funçao da nossa situaçao social. O habitus se forma por meio da
exposiçao contínua a influencias externas a que somos submetidos. Referencia: texto rota da
aula 3 (tema 2).

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Tema: Interacionismo Simbólico

O Interacionismo Simbolico se distingue da Sociologia Funcionalista e Estruturalista ao rejeitar


as categorias de “funçao”, “estrutura” ou “sistema”. No modelo interacionista, importam o
contato e construçao simbolica entre indivíduos, que nunca se dao de maneira exatamente igual.
Apesar disso, as interaçoes podem ser estudadas por meio padroes que se estabelecem. Fonte:
texto rota da aula 4. Para descrever em poucas palavras as formas de padrao possíveis de se
identificar nas relaçoes entre indivíduos por meio do Interacionismo Simbolico precisamos ter
no horizonte que No Interacionismo Simbolico, as interaçoes entre os indivíduos estabelecem
um padrao que pode se dar como “fio condutor” ou como “repetiçao”. Eventualmente e possível
ao sociologo, inclusive, identificar tipos de interaçao, embora nao com a fixidez das categorias
pensadas pela sociologia tradicional. Fonte: texto da rota da aula 4 (tema 1).

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O enfoque do Interacionismo Simbolico “sao os processos de interaçao – açao social


caracterizada por uma orientaçao imediatamente recíproca – ao passo que o exame desses
processos se baseia num conceito específico de interaçao que privilegia o carater simbolico da
açao social” (JOAS, Hans. Interacionismo Simbolico. In: Teoria Social Hoje. Sao Paulo: Unesp,
1996, p.130). Para explicar de que maneira, no Interacionismo Simbolico, os indivíduos sao
concebidos no processo de sua açao e interaçao social devemos ter em mente que No
Interacionimo Simbolico, os indivíduos sao concebidos como atores, pois assumem ou
representam papeis no decorrer da interaçao. Referencia texto rota da aula 4 (tema 1).

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No Interacionismo Simbolico, “as relaçoes sociais sao vistas nao como algo estabelecido de uma
vez por todas, mas como algo aberto e subordinado ao reconhecimento contínuo por parte dos
membros da comunidade.” (JOAS, Hans. Interacionismo Simbolico. In: Teoria Social Hoje. Sao
Paulo: Unesp, 1996, p.130). Se precisarmos resumir em poucas palavras as categorias
fundamentais consideradas na concepçao de interaçao simbolica e preciso saber que Na
interaçao, o sentido, a comunicaçao e o self (“Eu”) sao as categorias fundamentais. Toda
interaçao possui sentido e este e construído pelos atores no proprio processo de comunicação:
sentidos atribuídos ao outro, aos objetos, aos temas, as reaçoes e, principalmente, a si mesmo
(self). Referencia: texto rota da aula 4. (tema 2)

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Em seus estudos, “Erving Goffman se interessou em estudar grupos estigmatizados na


sociedade. Em 1963 escreveu um trabalho classico sobre o tema, Estigma: notas sobre a
manipulaçao da identidade deteriorada. Nele, Goffman estudou como o estigma e projetado
sobre os estigmatizados e como eles lidam com o estigma” Referencia: texto rota da aula 4. Uma
das mais importantes contribuiçoes da sociologia de Goffman sao os tipos de estigma, que esse
autor examina em sua pesquisa sobre a interaçao como açao social. Para resumir em poucas
palavras essa contribuiçao devemos ter em mente que Goffmam definiu tres tipos de estigma:
os fisiologicos, relativos a deformidades físicas; os psicologicos, ligados a características da

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personalidade e os de naçao, ligados as linhagens etnicas ou religiosas. Referencia: texto rota da
aula 4 (tema 3).

Tema: Sociologia das Figurações

A teoria sociologica formulada por Elias pode ser considerada uma abordagem de carater
crítico, cujos conceitos fundamentais foram construídos a partir da identificaçao das
deficiencias e limitaçoes de perspectivas teoricas consideradas classicas pelas ciencias sociais”.
Para tal, o cerne de sua teoria esta no conceito de “figuraçao”, ou rede de interdependencias
formada entre seres humanos.” Fonte: Renato Cancian, Educaçao UOL. Disponível em
<http://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/norbert-elias---a-teoria-sociologica-
teias-de-interdependencia.htm> Acesso em 23.mai.2018. Se formos perguntados sobre como
explicar de modo resumido a lei fundamental sobre a qual se baseia o conceito de figuraçao
precisamos saber, pelo menos, que A lei fundamental do conceito de figuraçao e a sociogenetica,
princípio que une indivíduo e sociedade. Essa lei afirma que os fenomenos psicologicos estao
ligados a fenomenos coletivos, nao podendo ser completamente isolados. Uma analise
sociogenetica e a que afirma que todos fenomenos humanos sao, ao mesmo tempo, individuais
e coletivos. Fonte: texto da rota da aula 5 (tema 2).

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“A obra de Norbert Elias e vasta e sua contribuiçao para a Sociologia ainda nao foi
completamente incorporada. Foi um dos autores que melhor enfrentou antinomias tradicionais
da (evolucionismo social)”. Fonte: texto rota da aula 5. Para descrever em pelo menos dois
aspectos as críticas de Norbert Elias as teorias funcionalista e evolucionista de sua epoca
podemos afirmar que a crítica de Elias se concentra nos seguintes pontos: ideia do equilíbrio
inevitavel das sociedades; ideia da historia como processos estaticos; ideia da existencia de uma
lei universal da organizaçao social; o pressuposto essencialista para o tratamento das coisas.
Fonte: texto da aula 5 (tema 1).

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“O positivismo tende a “naturalizar” certos padroes, certas regularidades sociais, como se


fossem essencias, dados da natureza, retirando-as da historia. Como propriedades inscritas na
essencia da sociedade. (...) Os substantivos tendem a ser tomados como essencias, em vez de
processos. Isso tambem se aplica a separaçao entre indivíduo e sociedade, como se fossem
coisas diferentes, entidades separadas. Nao ha uma entidade chamada “indivíduo” e outra
“sociedade”, nos constituímos a sociedade”. Fonte: texto rota da aula 5. Se formos chamados a
descrever em poucas palavras as formas com que Norbert Elias procurava evitar o metodo
positivista em suas pesquisas, devemos saber que, para evitar o metodo positivista, Elias
procede de quatro maneiras: analisa as relaçoes como objeto de estudo, nunca os substantivos
em si mesmos; alem disso, enfatiza a dependencia de entre substantivos. Metodologicamente,
ainda, procura unificar as operaçoes de construçao teorica e de investigaçao empírica e abordar
os objetos da investigaçao de maneira interdisciplinar. Fonte: texto da aula 5 (tema 1).

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“Estudando no British Museum, durante seu exílio na Inglaterra, Norbert Elias encontrou um
velho livro de etiqueta, no qual as noçoes de cortesia, civilidade e civilizaçao eram codificadas
em condutas julgadas adequadas pelos contemporaneos. A mudança dessas condutas de ediçao
para ediçao o levaram a perceber as transformaçoes das atitudes sociais referentes ao corpo e
aos comportamentos”. Fonte: AYA, Rod. Norbert Elias and “the civilizing process”. Theory and
Society, 1978. Uma das principais contribuiçoes da sociologia de Norbert Elias consiste no
conceito de processo civilizatorio. Para Elias, o processo civilizador e um fenomeno ao mesmo
tempo psicologico (controle das pulsoes e agressividade) e social (relaçoes sociais mais
pacíficas e os habitos mais refinados). Alem disso, ao analisar a evoluçao dos costumes entre o
fim da Idade Media e a Monarquia Absolutista na Europa, em particular a corte francesa sob o
reinado de Luís XIV durante o seculo XVII, Elias concluiu que o processo civilizatorio se trata de
um processo, e nao um estado. Fonte: texto da aula 5 (tema 3).

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Norbert Elias se notabilizou por sua crítica ao essencialismo. O essencialismo e favorecido por
varios elementos. Um deles e a filosofia positivista, que fundamenta as abordagens que vimos
acima. O positivismo tende a “naturalizar” certos padroes, certas regularidades sociais, como se
fossem essencias, dados da natureza, retirando-as da historia. Como propriedades inscritas na
essencia da sociedade. Como se ve, trata-se de um pensamento de carater bastante abstrato,
quase místico. Referencia: texto rota da aula 5. Para definir em poucas palavras o que e
essencialismo (e a crítica feita por Elias a essa noçao) e preciso saber, logo de saída, que o
essencialismo para Elias e uma forma de pensamento que consiste em tratar objetos da
sociologia, coisas e entidades como essencias. A crítica feita por Elias e a de que o essencialismo
tende a naturalizar os fenomenos sociais. Ou seja, ao tratar seus objetos como “coisas”, o
essencialismo nao percebe que eles sao produtos de relaçoes sociais. O essencialismo reduz
processos a estados estaticos ou fixos que existe apenas na perspectiva do analista, mas nao
existem na realidade.

Tema: Modernidade e pós-modernidade

“A modernidade e um período de tempo que se caracteriza pela realidade social, cultural e


economica vigente no mundo. Ao tratarmos da era moderna, pre-moderna ou ainda a pos-
moderna, fazemos referencia a ordem política, a organizaçao de naçoes, a forma economica que
essas adotaram e inumeras outras características”. Fonte: Brasil Escola UOL. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-modernidade.htm> Acesso em 23.mai.2018.
Para resumir as características que definem o desenvolvimento da modernidade ha que se
considerar que o termo modernidade refere-se a processos de transformaçao da estrutura de
classes, dos valores, dos regimes políticos e do sistema economico. Em particular, se refere ao
processo de industrializaçao, urbanizaçao, burocratizaçao do Estado e separaçao entre Estado
e religiao. Fonte: texto da rota da aula 6 (conversa inicial).

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Pos-modernidade e o estado ou condiçao de ser pos-moderno - depois ou em reaçao aquilo que


e moderno, como na arte pos-moderna. O projeto da modernidade era a promoçao do progresso

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mediante a incorporaçao de princípios de racionalidade e hierarquia na vida publica e da vida
artística. Pos-modernidade, entao, representa a culminaçao desse processo em que a mudança
constante se tornou o status quo e a noçao de progresso obsoleta.” Fonte: Wikipedia, Disponível
em <https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3s-modernidade> Acesso em 23.mai.2018. Para
discutir as formas de “revoluçoes” que teriam originado o desenvolvimento da sociedade pos-
moderna e preciso ter em mente que diferente da sociedade moderna, a sociedade pos-moderna
e marcada fundamentalmente por divisoes de estilos de vida, etnia ou genero. A mudança de
perspectiva em relaçao ao padrao moderno teria se dado principalmente em virtude da
revoluçao dos meios de comunicaçao, que teria feito surgir novas formas de sociabilidade; e das
revoluçoes tecnologicas, que teriam transformado noçoes de tempo e espaço. Fonte: texto da
rota da aula 6 (conversa inicial).

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“O termo pos-modernidade nao tem um sentido preciso. Autores usam o mesmo termo para se
referir a características distintas. Entretanto, todos supoem que decorreram de mudanças que
subverteram alicerces que sustentavam a sociedade moderna” Fonte: texto rota da aula 6. Se
quisermos relacionar ao menos duas das características que estao na base do fim da
modernidade e surgimento da pos-modernidade precisamos saber que para a analise sobre o
surgimento da pos-modernidade, diferentes autores relacionam o individualismo, que ganhou
força no fim do seculo XX, ao lado da cultura consumista que molda um novo estilo de vida nas
sociedades; e a globalizaçao ou enfraquecimento do Estado-Naçao e da divisao das classes
economicas tradicional. Fonte: texto da rota da aula 6 (tema 5).

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“As transformaçoes que atingiram as sociedades, sobretudo as mais ricas, a partir de fins da
decada de 1980, fizeram com que muitos sociologos problematizassem os alicerces da
Sociologia Classica. Se os alicerces da sociedade mudaram, a Sociologia deve ajustar suas
explicaçoes a essa mudança.” Apesar de pensamentos e soluçoes distintas, os sociologos
contemporaneos viram muitas coisas em comum. Fonte: texto rota da aula 6. Para descrever em
poucas palavras os fenomenos que chamaram a atençao dos mais variados sociologos para
pensar a crise da modernidade no fim do seculo XX e preciso levar em conta que, apesar das
mais diversas formas de pensar o problema da modernidade, os diferentes sociologos nao
deixaram de prestar atençao em fenomenos como: novas formas de individualidade; a crise das
instituiçoes tradicionais; a escalada da incerteza em varias dimensoes da sociedade; e a questao
dos problemas ambientais. Fonte: texto rota da aula 6 (finalizando).

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Nascida na Modernidade, “a Sociologia faz parte do processo de aplicaçao da razao para


conhecer o mundo. Progressivamente, os filosofos e pensadores foram se convencendo de que
o conhecimento científico poderia ser tambem aplicado para estudar os fenomenos humanos,
alem da natureza. Nesse sentido, temos o desenvolvimento da Economia, no seculo XVIII, e da
Psicologia e Sociologia, no seculo XIX.” Referencia: texto rota da aula 1. Descrevendo em poucas
palavras a doutrina filosofica que esteve na origem do surgimento da Sociologia ha que se
considerar que a doutrina filosofica que esteve na origem do surgimento da Sociologia foi o

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positivismo. Este se caracterizava por afirmar a superioridade da ciencia sobre outras formas
de conhecimento.

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As transformaçoes que atingiram as sociedades, sobretudo as mais ricas, a partir de fins da


decada de 1980, fizeram com que muitos sociologos problematizassem os alicerces da
Sociologia Classica. Em comum, esses intelectuais lidaram com as novas formas de
individualidade, a crise das instituiçoes tradicionais, a escalada da incerteza em varias
dimensoes da sociedade e a questao dos problemas ambientais. Referencia: texto rota da aula
6. Sendo chamados a discorrer sobre os sociologos que, ao discutir o problema da modernidade,
propuseram que a sociedade contemporanea “radicaliza seus aspectos”, precisamos ter claro
que os sociologos que discutiram a modernidade e que insistiram que a sociedade
contemporanea radicaliza aspectos presentes na modernidade foram Ulrich Beck, cuja ideia
central e a ideia de “sociedade de risco” e Anthony Giddens, cuja ideia central e a ideia de
sociedade pos-tradicional. Para ambos, destaca-se o papel da “reflexividade”, ou seja, a
autoproblematizaçao da sociedade contemporanea. Referencia: texto rota da aula 6 (temas 1 e
2).

Tema: Sociedade de Risco

A modernidade e caracterizada pela crença na ciencia, alem da razao e do progresso, como guias
da humanidade. Estes princípios deixaram de ser referencias intelectuais, sociais e artísticas, a
partir do momento que a realidade mostrou um resultado decepcionante. O ideal da
modernidade havia fracassado e assim se iniciava uma nova era. Fonte: “Pos-modernidade -
Conceito, o que e, Significado” Disponível em <http://conceitos.com/pos-modernidade/>
Acesso em 23.mai.2018. Para explicar o tipo de sociedade que, na opiniao do sociologo Ulrich
Beck, resulta da crise da modernidade, precisamos saber que para esse autor a crise da
sociedade moderna industrial da lugar a emergencia da sociedade de risco e sua principal
característica e que afeta a todos igualmente, independentemente da classe social. Exemplos
dos problemas da sociedade de risco sao problemas ecologicos, como o aquecimento global.
Fonte: texto da rota da aula 6 (tema 1).

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“Na modernidade tardia, a produçao social de riqueza e acompanhada sistematicamente pela


produçao social de riscos. (...) O processo de modernizaçao torna-se ‘reflexivo’, convertendo-se
a si mesmo em tema e problema” (BECK, Ulrich. Sociedade de risco. Rumo a uma outra
modernidade. Sao Paulo: Editora 34, 2013, p. 23-24). Se formos questionados sobre as causas,
para Ulrich Beck, para a emergencia da “Sociedade de Risco”, devemos saber que em suas
analises da sociedade de risco, Beck destaca como causas a tecnologia e a industrializaçao. Para
ele, a sociedade moderna tornou-se cada vez mais dependente de tecnologia e da alta carga de
produçao industrial, mas com isso passou a sofrer riscos, em especial as ameaças ambientais.
Referencia: texto rota da aula 6 (tema 1).

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Na transiçao da sociedade de classes para a de risco, começa a diferenciar-se a qualidade da
solidariedade. (...) Ja nao se trata de alcançar efetivamente algo ‘bom’, mas tao somente de evitar
o pior. (...) A solidariedade da carencia e substituída pela solidariedade do medo”. (BECK, Ulrich.
Sociedade de risco. Rumo a uma outra modernidade. Sao Paulo: Editora 34, 2013, p. 59-60). Para
descrever resumidamente quais sao as duas transiçoes mais importantes atribuídas por Ulrich
Beck para compreensao da Sociedade de Risco em relaçao a sociedade de classes, e preciso ter
em mente que, segundo esse autor, enquanto que na sociedade moderna a grande ameaça era a
desigualdade, na sociedade contemporanea e o risco. Da mesma forma, antes o ideal de
igualdade era proeminente, agora passa a ser o ideal da segurança. Referencia: texto rota da
aula 6 (tema 1).

---

Na Sociedade de Risco, “dissemina-se a consciencia de que as fontes de riqueza estao


‘contaminadas’ por ‘ameaças colaterais’. (...) No processo de modernizaçao, cada vez mais forças
destrutivas acabam sendo desencadeadas.” (BECK, Ulrich. Sociedade de risco. Rumo a uma outra
modernidade. Sao Paulo: Editora 34, 2013, p. 25). Para discorrer sobre os diferentes níveis em
que a crise da sociedade moderna se da, gerando o aumento do risco, deve-se considerar que
para Beck, o risco e uma situaçao e uma sensaçao de insegurança causada pela crise da
modernidade nos níveis social (individualizaçao, enfraquecimento da religiao, da família e de
valores de carater mais fixo); político (enfraquecimento da política institucional) e economico
(liberalizaçao da economia). Referencia: texto da aula 6 (tema 1).

Tema: Modernidade tardia

“Muitos fenomenos frequentemente rotulados como pos-moderno na verdade dizem respeito a


experiencia de viver num mundo em que a presença e ausencia se combinam de maneira
historicamente novas. (...) Trata-se de um processo simultaneo de transformaçao da
subjetividade e da organizaçao social global” (GIDDENS, Anthony. As consequências da
modernidade. Sao Paulo: Unesp. 1991, p. 176). Para descrever resumidamente o termo usado
por Anthony Giddens para descrever a sociedade que surge com a crise da modernidade e
necessario saber que Anthony Giddens recusa a noçao de pos-modernidade, preferindo falar
em modernidade tardia. Para esse autor, a modernidade tardia estaria baseada na confiança das
pessoas nos especialistas, ja que seria impossível realizar o controle sobre as mais diversas
esferas e areas de conhecimento social em contexto de aprofundamento da globalizaçao e
divisao social do trabalho. Fonte: texto da rota da aula 6 (tema 2).

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Conforme Anthony Giddens, com o advento da modernidade, a reflexividade passa a se inserir


na base de reproduçao do sistema, onde pensamento e açao estao invariavelmente refratados
entre si. Nestes termos, entende-se que as praticas sociais sao constantemente examinadas e
redefinidas a luz de novas informaçoes sobre estas proprias praticas, alterando, assim,
constitutivamente, seu carater.” Fonte: Wikipedia. Disponível em
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Modernidade_reflexiva> Acesso em 23.mai.2018. Se
quisermos listar pelo menos duas das causas da ampliaçao da reflexividade na modernidade,

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de acordo com Anthony Giddens, precisamos ter em mente que, para esse autor, a generalizaçao
do sentimento de incerteza e do risco implicam reflexividade: os eventos sao constantemente
problematizados e sujeitos a revisao e a reinvençao. A sociedade contemporanea toma
consciencia de si e modifica-se constantemente, donde ser reflexiva. Alem disso, a reflexividade
depende do enfraquecimento das instituiçoes tradicionais e do pela ascensao do conhecimento
tecnico-especializado. Fonte: texto da rota da aula 6 (tema 2).

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Para o sociologo Antonhy Giddens, a “duvida, incerteza e risco implicam reflexividade: os


eventos sao constantemente problematizados e sujeitos a revisao e a reinvençao. A sociedade
contemporanea toma consciencia de si e modifica-se constantemente, donde ser reflexiva.”
Referencia: texto rota da aula 6. Ao falar resumidamente sobre as causas do aumento da
incerteza e da reflexividade na modernidade tardia, tal como elaborado por Giddens, devemos
saber que para esse autor, na modernidade tardia a incerteza e a reflexividade estao ligadas ao
processo de enfraquecimento das instituiçoes tradicionais e pela ascensao do conhecimento
tecnico-especializado. Referencia: texto rota da aula 6 (tema 2).

Tema: Sociedade Programada

“A modernidade nao repousa sobre um princípio unico e menos ainda sobre a simples
distribuiçao dos obstaculos ao reinado da razao; ela e feita do dialogo entre Razao e Sujeito. Sem
a Razao, o Sujeito se fecha na obsessao da sua identidade; sem o Sujeito, a Razao se torna o
instrumento do poder. Neste seculo conhecemos simultaneamente a ditadura da Razao e as
perversoes totalitarias do Sujeito; e possível que as duas figuras da modernidade, que se
combateram ou ignoraram, finalmente dialoguem e aprendam a viver juntas?” (TOURAINE,
Alain. Crítica da Modernidade. Petropolis: Vozes, 1994 p. 18). Se quisermos descrever em poucas
palavras a perspectiva de Alain Touraine acerca do que muda na Sociologia com o advento da
pos-modernidade precisamos ter em mente que esse autor defende que a tarefa da Sociologia
no contexto pos-moderno nao e mais explicar a funçao dos sujeitos na ordem social, mas sim se
dedicar a entender o sujeito em si mesmo, nas relaçoes de liberdade e poder. Fonte: texto da
rota da aula 6 (tema 3).

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“Um conceito controverso entre os autores (e nao apenas entre aqueles que aqui selecionamos)
e o de pos-modernidade. De maneira geral, define-se a pos-modernidade como sendo o
momento historico no qual se constituiu uma crítica a modernidade (...), estabelecendo-se um
debate caracterizado como pos-modernismo, que e orientado em torno do repensar e da
superaçao de alguns preceitos modernos.” (ALVES, Luciano. A controvérsia do pós-moderno.
Coletaneas do Nosso Tempo, n. 7, 2008. p. 212). Para apresentar (resumidamente) algumas das
categorias modernas que sao criticadas e repensadas pela teoria pos-moderna de Alain
Touraine devemos saber que, segundo esse autor, a pos-modernidade representa a crítica
profunda de varias das categorias modernas que davam sentido a vida social, tais como
sociedade; Estado-naçao; economia; Política e cultura. Referencia: texto rota da aula 6 (tema 3).

Tema: Modernidade Líquida

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“A obra de Zygmunt Bauman trata de uma serie de mudanças que se estabeleceu nas ultimas
decadas e que exerceu, e ainda exerce, grande influencia sobre o mundo social contemporaneo.
Entre elas, a globalizaçao foi uma das maiores forças de transformaçao da paisagem social
moderna. A aproximaçao, ou o “encurtamento das distancias”, transformou as relaçoes
humanas de varias formas.” Fonte: RODRIGUES, Lucas Mundo Educaçao UOL, adaptado,
Disponível em <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/modernidade-liquida.htm>
Acesso em 23.mai.2018. Se quisermos saber qual e o termo criado por Bauman para se referir
a forma de sociedade que surge com as mudanças do mundo contemporaneo e preciso ter em
mente que Zygmunt Bauman usa o termo modernidade líquida para definir a nova modernidade
que surgiu em fins do seculo XX. Ao empregar esse adjetivo Bauman quer designar o quao
frouxas estao as instituiçoes sociais, que nao desempenham mais seus papeis com efica cia:
Estado, família, igreja, trabalho. Fonte: texto da rota da aula 6 (tema 4). Na “modernidade
líquida”, “todas as categorias sociais de explicaçao consagradas no seculo XX sao desorganizadas
no seculo XXI. E o mundo do descontrole social. Das relaçoes superficiais, do individualismo, do
trabalho precario, do consumo desenfreado e da poluiçao ambiental” Fonte: texto da rota da
aula 6 (tema 4).

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“Quando se chega a Modernidade Líquida, toda estrutura social montada em torno da relativa
fixidez moderna dilui-se. Para Zygmunt Bauman, as relaçoes transformam-se, tornam-se
volateis na medida em que os parametros concretos de ‘classificaçao’ dissolvem-se.” Referencia:
Mundo Educaçao UOL. Disponível em <
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/modernidade-liquida.htm> Acesso em
Acesso em 23.mai.2018. Para descrever em poucas palavras as características da sociedade,
descrita por Baumam, por meio do conceito de “Modernidade Líquida”, deve-se considerar que
para esse autor, falar de “Modernidade Líquida” significa falar de uma sociedade retratada de
forma fluida, incerta, fragmentada e com a ausencia de modelos estruturadores que norteiam
as condutas humanas. Referencia: texto rota da aula 6 (tema 4).

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Na Modernidade Líquida impera o “sujeito líquido, aquele em que inumeras identidades se


manifestam em momentos diferentes. Um professor que se identifica como tal, por exemplo,
agira de uma forma diante da sua sala de aula e, em meio a uma torcida organizada de seu time,
de outra forma. Os dois sao parametros de identificaçao distintos, que muitas vezes podem ser
conflitantes, mas que constituem a construçao indenitaria de um mesmo sujeito.” Referencia:
Mundo Educaçao UOL. Disponível em
<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/modernidade-liquida.htm> Acesso em
23.mai.2018. Tendo em mente as características que mais se desenvolvem nos indivíduos da
Modernidade Líquida, de acordo com Zigmunt Bauman, podemos afirmar que para Bauman, na
Modernidade Líquida, os indivíduos sao individualistas e nao se interessam em estabelecer
vínculos sociais; alem disso sao consumistas, ou seja, possuem habitos de consumo
desenfreados e trabalham em condiçoes precarias, em comparaçao a estabilidade e
formalizaçao do emprego comum ao longo da primeira metade do seculo XX. Referencia: texto
rota da aula 6 (tema 4).

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Referencias

ALVES, Luciano. A controvérsia do pós-moderno. Coletaneas JOAS, Hans. Interacionismo Simbolico. In: Teoria Social
do Nosso Tempo, n. 7, 2008 Hoje. Sao Paulo: Unesp, 1996.
AYA, Rod. Norbert Elias and “the civilizing process”. Theory Modernidade Reflexiva IN Wikipedia. Disponível em
and Society, 1978. <https://pt.wikipedia.org/wiki/Modernidade_reflexiva>
Acesso em 23.mai.2018.
BECK, Urich. Sociedade de risco. Rumo a uma outra
modernidade. Sao Paulo: Editora 34, 2013, Mundo Educaçao UOL. Disponível em <
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/moder
BOURDIEU, Pierre. [organizado por Renato Ortiz]
nidade-liquida.htm> Acesso em 23.mai.2018.
Sociologia. Sao Paulo: Atica, 1983.
Pos-modernidade - Conceito, o que e, Significado
Brasil Escola UOL. Disponível em
Disponível em <http://conceitos.com/pos-
<http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-
modernidade/> Acesso em 23.mai.2018.
modernidade.htm> Acesso em 23.mai.2018.
Pos-Modernidade IN Wikipedia, Disponível em
BURAWOY, Michael. O marxismo encontra Bourdieu. <https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3s-
Campinas: Unicamp, 2010
modernidade> Acesso em 23.mai.2018.
DOMINGUES, Jose Murilo. A sociologia de Talcott Parsons.
Renato Cancian, Educação UOL. Disponível em
Sao Paulo: Annablume, 2012
<http://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/norb
DURKHEI,M Emile Da divisão do trabalho. Sao Paulo: ert-elias---a-teoria-sociologica-teias-de-
Martins Fontes, 1999 interdependencia.htm> Acesso em 23.mai.2018.

Fonte: RODRIGUES, Lucas Mundo Educação UOL, RODRIGUES, Lucas. Mundo Educação. Disponível em:
Disponível em <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/racio
<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/mode nalizacao-max-weber.htm> Acesso em 23.mai.2018.
rnidade-liquida.htm> Acesso em 23.mai.2018.
TOURAINE, Alain. Crítica da Modernidade. Petropolis:
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. Sao Vozes, 1994
Paulo: Unesp. 1991.

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