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Ana Laura Montini Giaretta – 00315967 – Turma A

CASOS DIREITO DE FAMÍLIA PARTILHA DE BENS

Caso 1
Maria e Gilmar casaram-se pelo regime de comunhão universal de bens, motivo
pelo qual a eventual partilha será regida pelo artigo 1667 do Código Civil, de
modo que, de maneira geral, todos os bens adquiridos pelo casal antes ou na
constância do casamento serão partilhados igualmente. Isso pois apenas são
excluídos da comunhão os bens dispostos no artigo 1668. Diante disso, em razão
de não haver no caso em tela as hipóteses previstas no referido artigo,
comunicam-se todos os bens mencionados na questão. Assim, em um eventual
divórcio, cada um terá direito a metade do automóvel (R$27.500,00), metade da
casa (R$225.000,00) e metade do apartamento (R$100.000,00), de forma que
cada um receberá metade do aluguel desta.

Caso 2
Tendo em vista se tratar de união estável, independentemente de registro, o
regime de bens é o de comunhão parcial.
Em razão das disposições do artigo 1.659 do Código Civil, na comunhão parcial
não se comunicam os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe
sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-
rogados em seu lugar.
Diante disso, os valores advindos dos dois apartamentos que André possuía antes
de se casar (R$ 260.000,00) e o valor de R$ 100.000,00 recebido por ele a título
de herança não se comunicam e não serão partilhados na separação, mesmo que
sub-rogados em novo imóvel.
O veículo de R$ 30.000,00 adquirido na constância da união estável é bem móvel
adquirido na constância da relação e será partilhado igualmente entre os dois,
assim como a parte da casa na praia paga em parcelas na constância da relação
(R$ 36.000,00).
Conforme visto em aula, quando há desvalorização do bem, a divisão é feita
proporcionalmente. André pagou 26/30 da casa, adicionado de 2/30 da parcela
comum. Luciane, então, fica com 2/30. Luciane fica com R$16.666,67 e André
com R$ 233.333,33.

Caso 3
O imóvel que Aline recebeu, independentemente da existência de cláusula de
incomunicabilidade, não se comunica em razão de ter recebido por doação,
Ana Laura Montini Giaretta – 00315967 – Turma A

mesmo a doação tendo ocorrido na constância do casamento, por conta do


regime de comunhão parcial de bens, nos termos do artigo 1.658, do CC/02.
As benfeitorias, por sua vez, serão partilhadas em caso de separação, pois
realizadas por ambos na constância da relação conjugal, por força do artigo
1.660, inciso IV, do CC/02.
O imóvel que está em nome de Aline será partilhado em caso de ter sido adquirido
na constância da relação conjugal, conforme artigo 1.660, inciso I. Neste caso,
independentemente de estar apenas em seu nome, será partilhado. Caso o
veículo tenha sido adquirido anteriormente ao início da relação estável não
ocorrerá a comunicação.

Caso 4
a) Quanto à dívida de R$ 50.000,00, todo o patrimônio responderá, pois esta
foi contraída para sustentar os imóveis da família, logo beneficiou a
ambos. A dívida de Lúcia apenas afetará os bens de ambos caso também
tenha beneficiado Marcelo.
b) Os dois apartamentos, tanto o adquirido por Lúcia quanto o adquirido por
Marcelo em razão de vencer na loteria comunicam-se, por força do artigo
1.660, inciso I e II, do Código Civil, respectivamente. Os veículos são bens
que se comunicam caso tenham sido adquiridos onerosamente após o
início da relação conjugal em razão das disposições do mencionado artigo
1.660, inciso I, do CC/02.

Caso 5
De início, supõe-se que o regime seja o de comunhão parcial de bens, uma vez
que o problema não o especifica.
O carro Kicks é bem comum, então cada um tem direito a R$60.000,00 dele. Os
outros carros parecem ter sido adquiridos ao longo do casamento, tendo cada
um direito a R$40.000,00 sobre eles.
a) Como houve valorização (R$70.000,00), esse valor entra no esforço
comum, juntamente da compra (R$50.000,00) e das benfeitorias
(R$30.000,00), totalizando R$150.000,00.
Mariane fica com os R$100.000,00 particulares e os R$75.000,00 de
esforço comum, totalizando R$175.000,00.
Fernando tem direito aos R$50.000,00 particulares e os R$75.000,00 de
esforço comum, totalizando R$125.000,00.
b) Em caso de desvalorização, calcula-se proporcionalmente a perda.
Mariane contribuiu com R$100.000,00 inicialmente e Fernando com
R$50.000,00. Houve R$80.000,00 advindo de benfeitorias, que são
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esforço comum. Total da casa de R$230.000,00. Em frações, a Mariane


cabe 140/230 do valor da casa, enquanto a Fernando cabe 90/230.
Pela desvalorização, calcula-se proporcionalmente em cima dos
R$180.000,00. Assim, Mariane fica com R$ 109.565,22 e Fernando com
R$ 70.434,78.

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