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LEI

COMPLEMENTAR

Nº 65/03
DEFENSORIA PÚBLICA

DE MINAS GERAIS

@vouserdpese
Rascunho.

@vouserdpese
Lei Complementar Estadual II – afirmar o Estado Democrático de
Direito;
nº 65/03
III – garantir a efetividade dos direitos
humanos;
Organiza a Defensoria Pública do
IV – garantir a efetividade dos
Estado,
princípios constitucionais da ampla
O Povo do Estado de Minas Gerais, por defesa, do contraditório, do acesso à
seus representantes, decretou e eu, em ordem jurídica justa e do devido
seu nome, sanciono a seguinte Lei: processo legal.
(Artigo acrescentado pelo art. 2º da Lei
Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
TÍTULO I
TÍTULO II
Disposições Preliminares
Da Finalidade, da Competência e da
Art. 1º – A organização da Defensoria Autonomia
Pública do Estado de Minas Gerais, sua
estrutura e competência e o regime (Título com redação dada pelo art. 5º da
jurídico dos Defensores Públicos Lei Complementar nº 141, de
passam a reger-se pelas disposições 13/12/2016.)
desta lei complementar.
Art. 2º – A Defensoria Pública do Estado
Art. 4º – À Defensoria Pública do Estado
de Minas Gerais é instituição
de Minas Gerais incumbe, como
permanente, essencial à função
expressão e instrumento do regime
jurisdicional do Estado, dotada de
democrático, fundamentalmente, a
autonomia funcional administrativa,
orientação jurídica, a promoção dos
financeira e orçamentária, sem
direitos humanos e a defesa em todos
subordinação nem vinculação a órgão
os graus, judicial e extrajudicialmente,
da administração pública.
dos direitos individuais e coletivos, de
(Artigo com redação dada pelo art. 1º da forma integral e gratuita, aos
Lei Complementar nº 141, de necessitados.
13/12/2016.)
(Caput com redação dada pelo art. 3º
Art. 3º – São princípios institucionais da da Lei Complementar nº 141, de
Defensoria Pública a unidade, a 13/12/2016.)
indivisibilidade e a independência
§ 1º – Consideram-se necessitados os
funcional.
que comprovarem insuficiência de
Art. 3º-A – São objetivos da Defensoria recursos, na forma da lei.
Pública:
§ 2º – À Defensoria Pública compete
I – promover a dignidade da pessoa apurar o estado de carência de seus
humana e a redução das desigualdades assistidos.
sociais;

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(Paragráfo com redação dada pelo art. (Inciso com redação dada pelo art. 4º da
3º da Lei Complementar nº 141, de Lei Complementar nº 141, de
13/12/2016.) 13/12/2016.)
IX – exercer a defesa dos interesses
individuais e coletivos da criança e do
Art. 5º – São funções institucionais da
adolescente, do idoso, da pessoa com
Defensoria Pública:
deficiência, da mulher vítima de
(Caput com redação dada pelo art. 4º da violência doméstica e familiar e de
Lei Complementar nº 141, de outros grupos sociais vulneráveis que
13/12/2016.) mereçam proteção especial do Estado;

I – prestar orientação jurídica e exercer (Inciso com redação dada pelo art. 4º da
a defesa dos necessitados, em todos os Lei Complementar nº 141, de
graus, judicial e extrajudicialmente, e 13/12/2016.)
promover, prioritariamente, a solução
X – atuar nos estabelecimentos
extrajudicial dos litígios por meio de
policiais, penitenciários e de internação
mediação, conciliação, arbitragem e
de adolescentes, visando a assegurar à
demais mecanismos de composição e
pessoa, sob quaisquer circunstâncias, o
administração de conflitos;
exercício pleno de seus direitos e
(Inciso com redação dada pelo art. 4º da garantias fundamentais;
Lei Complementar nº 141, de
(Inciso com redação dada pelo art. 4º da
13/12/2016.)
Lei Complementar nº 141, de
II – patrocinar ação penal privada e a 13/12/2016.)
subsidiária da pública;
XI – exercer, assegurado o recebimento
III – patrocinar ação civil e ação civil “ex dos autos com vista, a ampla defesa e o
delicto”; contraditório em favor de pessoas
naturais e jurídicas, em processos
IV – patrocinar defesa em ação penal;
administrativos e judiciais, perante
V – patrocinar defesa em ação civil e todos os órgãos e em todas as
reconvir; instâncias, ordinárias ou
extraordinárias, utilizando todas as
VI – patrocinar ação civil pública, nos
medidas capazes de propiciar a
termos da lei;
adequada e efetiva defesa de seus
VII – patrocinar ação popular, mandado interesses;
de injunção e mandado de segurança,
(Inciso com redação dada pelo art. 4º da
individual ou coletivo;
Lei Complementar nº 141, de
(Inciso com redação dada pelo art. 4º da 13/12/2016.)
Lei Complementar nº 141, de
XII – patrocinar os direitos e interesses
13/12/2016.)
do consumidor lesado, individual ou
VIII – exercer a curadoria especial nos coletivamente, nos termos da lei;
casos previstos em lei;
(Vide Lei Complementar nº 66, de
22/1/2003.)

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(Vide Lei Complementar nº 119, de aparelhamento da instituição e a
13/1/2011.) capacitação profissional de seus
membros e servidores;
XIII – tomar dos interessados
compromisso de ajustamento de (Inciso acrescentado pelo art. 4º da Lei
conduta às exigências legais, nele Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
estabelecida sanção para a hipótese de
XIX – convocar audiências públicas para
seu descumprimento, o qual terá
discutir matérias relacionadas a suas
eficácia de título executivo
funções institucionais;
extrajudicial, nos termos da lei;
(Inciso acrescentado pelo art. 4º da Lei
XIV – atuar nos juizados especiais;
Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
XV – atuar na preservação e reparação
XX – impetrar habeas corpus, mandado
dos direitos de pessoas vítimas de
de injunção, habeas data e mandado de
tortura, abuso sexual, discriminação ou
segurança individual ou coletivo e
qualquer outra forma de opressão ou
ajuizar ação em defesa das funções
violência, propiciando o
institucionais e das prerrogativas de
acompanhamento e o atendimento
seus órgãos de execução;
interdisciplinar das vítimas;
(Inciso acrescentado pelo art. 4º da Lei
(Inciso com redação dada pelo art. 4º da
Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
Lei Complementar nº 141, de
13/12/2016.) XXI – promover a difusão dos direitos
humanos, da cidadania e do
XVI – acompanhar inquérito policial,
ordenamento jurídico, bem como a
sendo-lhe assegurado receber da
conscientização sobre eles;
autoridade policial a comunicação
imediata da prisão em flagrante, (Inciso acrescentado pelo art. 4º da Lei
quando o preso não constituir Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
advogado;
XXII – prestar atendimento
(Inciso acrescentado pelo art. 4º da Lei interdisciplinar, quando necessário
Complementar nº 141, de 13/12/2016.) para o exercício de suas atribuições;
XVII – participar dos conselhos federais, (Inciso acrescentado pelo art. 4º da Lei
estaduais e municipais afetos às Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
funções institucionais da Defensoria
XXIII – representar aos sistemas
Pública, quando neles tiver assento;
internacionais de proteção de direitos
(Inciso acrescentado pelo art. 4º da Lei humanos, postulando perante seus
Complementar nº 141, de 13/12/2016.) órgãos;
XVIII – executar e receber os honorários (Inciso acrescentado pelo art. 4º da Lei
sucumbenciais decorrentes de sua Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
atuação, inclusive quando devidos por
XXIV – desempenhar outras atribuições
ente público, destinando-os a fundos
que lhe sejam expressamente
geridos pela Defensoria Pública e
conferidas por lei.
voltados, exclusivamente, para o

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(Inciso acrescentado pelo art. 4º da Lei § 7º – A condição de Defensor Público é
Complementar nº 141, de 13/12/2016.) comprovada mediante apresentação
de carteira funcional expedida pela
§ 1º – As funções institucionais da
Defensoria Pública, conforme modelo
Defensoria Pública serão exercidas
previsto na lei orgânica nacional, a qual
contra pessoa jurídica de direito
vale como identidade e tem fé pública
público, inclusive.
em todo o território nacional.
§ 2º – Defensores Públicos distintos
(Parágrafo acrescentado pelo art. 4º da
poderão assistir necessitados com
Lei Complementar nº 141, de
interesses antagônicos.
13/12/2016.)
§ 3º – A assistência jurídica integral e
§ 8º – O exercício do cargo de Defensor
gratuita fornecida pelo Estado será
Público é indelegável e privativo de
exercida pela Defensoria Pública.
membro da carreira.
(Parágrafo com redação dada
(Parágrafo acrescentado pelo art. 4º da
pelo art. 4º da Lei Complementar nº
Lei Complementar nº 141, de
141, de 13/12/2016.)
13/12/2016.)
§ 4º – A capacidade postulatória do
§ 9º – O instrumento de transação,
Defensor Público decorre
mediação ou conciliação referendado
exclusivamente de sua nomeação e
pelo Defensor Público valerá como
posse no cargo público.
título executivo extrajudicial, inclusive
(Parágrafo acrescentado pelo art. 4º da quando celebrado com pessoa jurídica
Lei Complementar nº 141, de de direito público.
13/12/2016.)
(Parágrafo acrescentado pelo art. 4º da
§ 5º – Aos membros da Defensoria Lei Complementar nº 141, de
Pública é garantido sentar-se no 13/12/2016.)
mesmo plano do Ministério Público.
§ 10 – Os estabelecimentos policiais,
(Paragráfo acrescentado pelo art. 4º da penitenciários e de internação de
Lei Complementar nº 141, de adolescentes observarão as seguintes
13/12/2016.) prerrogativas institucionais de
Defensoria Pública:
§ 6º – Se o Defensor Público entender
inexistir hipótese de atuação I – reserva de instalações adequadas
institucional, dará imediata ciência ao para atendimento aos presos e
Defensor Público-Geral, ou a quem este internos, com fornecimento de apoio
indicar, o qual decidirá a controvérsia, administrativo;
designando, se for o caso, outro
II – recebimento das informações
Defensor Público para atuar.
solicitadas;
(Parágrafo acrescentado pelo art. 4º da
III – acesso à documentação dos presos
Lei Complementar nº 141, de
e internos;
13/12/2016.)
IV – direito de entrevista reservada com
os presos e internos, mesmo aqueles

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incomunicáveis, independentemente (Artigo acrescentado pelo art. 6º da Lei
de prévio agendamento. Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
(Parágrafo acrescentado pelo art. 4º da Art. 5º-B – A Defensoria Pública
Lei Complementar nº 141, de elaborará sua proposta orçamentária
13/12/2016.) atendendo aos limites definidos na Lei
de Diretrizes Orçamentárias,
Art. 5º-A – À Defensoria Pública do
encaminhando-a ao Governador do
Estado de Minas Gerais é assegurada
Estado, para consolidação e
autonomia funcional e administrativa,
encaminhamento ao Poder Legislativo.
bem como a iniciativa de sua proposta
orçamentária, dentro dos limites § 1º – Se a Defensoria Pública não
estabelecidos na Lei de Diretrizes encaminhar sua proposta orçamentária
Orçamentárias, cabendo-lhe dentro do prazo estabelecido na Lei de
especialmente: Diretrizes Orçamentárias, o Poder
Executivo considerará, para fins de
I – abrir concurso público e prover os
consolidação da proposta
cargos de suas carreiras, os dos serviços
orçamentária anual, os valores
auxiliares e os cargos em comissão;
aprovados na lei orçamentária vigente,
II – organizar e compor seus órgãos de ajustados de acordo com os limites a
administração superior, de atuação e que se refere o caput.
de apoio administrativo e serviços
§ 2º – Se a proposta orçamentária de
auxiliares;
que trata este artigo for encaminhada
III – praticar atos próprios de gestão e em desacordo com os limites a que se
elaborar seu regulamento interno, refere o caput, o Poder Executivo
dispondo sobre as atribuições e o procederá aos ajustes necessários para
funcionamento dos respectivos órgãos fins de consolidação da proposta
administrativos e de atuação; orçamentária anual.
IV – elaborar suas folhas de pagamento § 3º – Durante a execução orçamentária
e expedir os respectivos do exercício, não poderá haver
demonstrativos; realização de despesas que extrapolem
os limites estabelecidos na Lei
V – criar e extinguir cargos, bem como
Orçamentária Anual, exceto se
fixar os subsídios dos membros da
previamente autorizadas mediante a
carreira e a remuneração de seus
abertura de créditos suplementares ou
servidores.
especiais.
Parágrafo único – Os atos praticados
§ 4º – Os recursos correspondentes a
pela Defensoria Pública no exercício de
suas dotações orçamentárias próprias e
sua autonomia, inclusive no tocante a
globais, compreendidos os créditos
convênios, contratações e aquisições
suplementares e especiais, ser-lhe-ão
de bens e serviços, não estão
entregues, até o dia vinte de cada mês,
condicionados à apreciação prévia de
em duodécimos, na forma do art. 168
nenhum órgão ou entidade.
da Constituição da República.

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§ 5º – As decisões da Defensoria V – a atuação de Defensores Públicos
Pública, fundadas em sua autonomia distintos, quando verificada a
funcional e administrativa, obedecidas existência de interesses antagônicos
as formalidades legais, têm eficácia entre assistidos;
plena e executoriedade imediata,
VI – o acesso à Ouvidoria Geral.
ressalvada a competência constitucional
do Poder Judiciário e do Tribunal de (Artigo acrescentado pelo art. 6º da Lei
Contas. Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
§ 6º – A fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e
TÍTULO III
patrimonial da Defensoria Pública,
quanto à legalidade, à legitimidade, à Da Organização da Defensoria Pública
aplicação de dotações e recursos
próprios e à renúncia de receitas, será
exercida pelo Poder Legislativo, CAPÍTULO I
mediante controle externo e pelo
Da Estrutura
sistema de controle interno
estabelecido em lei.
(Artigo acrescentado pelo art. 6º da Lei Art. 6º – A Defensoria Pública do Estado
Complementar nº 141, de 13/12/2016.) de Minas Gerais tem a seguinte
estrutura orgânica:
Art. 5º-C – São direitos dos assistidos
pela Defensoria Pública, além daqueles I – órgãos da administração superior:
previstos em atos normativos internos:
a) Defensoria Pública-Geral;
I – o acesso à informação sobre:
b) Subdefensoria Pública-Geral;
a) a localização e o horário de
c) Conselho Superior da Defensoria
funcionamento dos órgãos da
Pública;
Defensoria Pública;
d) Corregedoria-Geral da Defensoria
b) a tramitação dos processos e os
Pública;
procedimentos para a realização de
exames, perícias e outras providências II – órgãos de atuação:
necessárias à defesa de seus interesses;
a) Defensorias Públicas do Estado nas
II – o atendimento eficiente e de Comarcas:
qualidade;
b) Núcleos da Defensoria Pública do
III – a revisão de sua pretensão no caso Estado;
de recusa de atuação pelo Defensor
Público, nos termos desta lei c) Coordenadorias Regionais de
complementar e do Regulamento Defensoria Pública do Estado, em
Interno; número de quinze;

IV – o patrocínio de seus direitos e III – órgãos de execução, os Defensores


interesses pelo defensor natural; Públicos;

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IV – Órgãos de apoio administrativo e 2. Diretoria de Desenvolvimento
serviços auxiliares: do Servidor e Saúde
Ocupacional;
a) Gabinete;
3. Diretoria de Direitos, Vantagens
b) Centro de Desenvolvimento
e Aposentadoria;
Institucional;
m) Superintendência de Tecnologia da
c) Coordenadoria de Projetos e
Informação:
Convênios;
1. Diretoria de Desenvolvimento
d) Coordenadoria de Estágio e Serviço
de Sistemas e Projetos;
Voluntário;
2. Diretoria de Suporte e
e) Coordenadorias Regionais;
Administração de Rede;
f) Assessoria Jurídica;
3. Diretoria de Informação e
g) Assessoria de Comunicação e Dados;
Cerimonial;
(Inciso com redação dada pelo art. 7º da
h) Assessoria de Administração Lei Complementar nº 141, de
Estratégica e Inovação; 13/12/2016.)

i) Auditoria Interna; V – Órgãos auxiliares:

j) Superintendência de Planejamento, a) Ouvidoria-Geral da Defensoria


Gestão e Finanças: Pública;

1. Diretoria de Planejamento, b) Escola Superior da Defensoria


Orçamento e Modernização Pública;
Administrativa;
c) Centro de Assistência Pericial e
2. Diretoria de Finanças, Multidisciplinar.
Pagamento e Contabilidade;
(Inciso acrescentado pelo art. 7º da Lei
k) Superintendência de Recursos Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
Logísticos e Infraestrutura:
Parágrafo único – A organização da
1. Diretoria de Transportes, Defensoria Pública terá como diretriz a
Serviços Gerais e Infraestrutura; descentralização e sua atuação incluirá
atendimento interdisciplinar, bem
2. Diretoria de Compras e
como a tutela dos direitos individuais,
Contratos;
difusos, coletivos e individuais
3. Diretoria de Patrimônio e homogêneos.
Almoxarifado;
(Parágrafo com redação dada pelo art.
l) Superintendência de Gestão de 7º da Lei Complementar nº 141, de
Pessoas e Saúde Ocupacional: 13/12/2016.)

1. Diretoria de Pagamentos;
CAPÍTULO II

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Dos Órgãos da Administração Superior § 6º – O Defensor Público Geral, o
Subdefensor Público Geral, o
Corregedor-Geral e os ocupantes de
Seção I cargos de confiança da Administração
Superior da Defensoria Pública, para
Da Defensoria Pública Geral
concorrerem à formação da lista tríplice,
devem renunciar aos respectivos
cargos até trinta dias antes da data
Art. 7º – A Defensoria Pública Geral tem
fixada para a eleição.
como chefe o Defensor Público Geral,
que é nomeado pelo Governador do § 7º – Os cargos de que trata o § 6º serão
Estado. ocupados, interinamente, pelos
membros eleitos do Conselho Superior,
§ 1º – O Defensor Público Geral será
observado o número de votos obtidos
escolhido entre os Defensores Públicos
na eleição do Conselho Superior.
de Classe Especial que contem, pelo
menos, cinco anos de carreira e § 8º – O Defensor Público Geral
tenham, no mínimo, trinta e cinco anos encaminhará ao Governador do Estado
de idade, indicados em lista tríplice a lista tríplice, com a indicação do
pelos integrantes da carreira. número de votos obtidos, em ordem
decrescente, até o dia útil seguinte
§ 2º – É de dois anos o mandato do
àquele em que a receber.
Defensor Público Geral, permitida uma
recondução por igual período, § 9º – Os três candidatos mais votados
precedida de nova aprovação da classe. figurarão em lista na qual, em caso de
empate, incluir-se-á o mais antigo da
§ 3º – A eleição para formação da lista
classe, observados os demais critérios
tríplice far-se-á mediante voto
de desempate previstos no art. 62 desta
plurinominal, direto e secreto de todos
lei complementar.
os membros da Defensoria Pública em
exercício. § 10 – São inelegíveis para o cargo de
Defensor Público Geral os membros da
§ 4º – A eleição será regulamentada
Defensoria Pública que:
pelo Conselho Superior da Defensoria
Pública e ocorrerá trinta dias antes do I – tenham-se afastado do exercício das
término do mandato vigente, vedado o funções em razão de licença especial ou
voto por procuração. para tratar de assuntos particulares,
nos seis meses anteriores à data da
(Parágrafo com redação dada pelo art.
eleição;
2º da Lei Complementar nº 87, de
12/1/2006.) II – forem condenados por crimes
dolosos, com decisão transitada em
§ 5º – A comissão eleitoral será
julgado, ressalvada a hipótese de
indicada pelo Conselho Superior,
reabilitação;
cabendo-lhe encaminhar a lista tríplice
ao Defensor Público Geral, logo que III – não apresentarem, à data da
encerrada a apuração. eleição, certidão de regularidade dos

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serviços afetos a seu cargo, expedida III – velar pelo cumprimento das
pela Corregedoria-Geral; finalidades da instituição;
IV – tenham sofrido penalidade IV – integrar como membro nato e
disciplinar nos doze meses anteriores à presidir o Conselho Superior da
inscrição da candidatura; Defensoria Pública;
V – mantenham conduta pública ou V – propor o regulamento interno da
particular incompatível com a Defensoria Pública e submetê-lo à
dignidade do cargo; aprovação do Conselho Superior;
VI – estiverem afastados do exercício do VI – autorizar afastamento justificado
cargo para desempenho de função em de membro da Defensoria Pública,
associação de classe; ouvido, quando for o caso, o Conselho
Superior;
VII – estiverem inscritos ou integrarem
as listas a que se referem os arts. 94, VII – estabelecer a lotação e a
“caput”, e 104, parágrafo único, inciso distribuição dos membros e dos
II, da Constituição da República, e o art. servidores da Defensoria Pública;
78, § 3º, da Constituição do Estado.
VIII – dirimir conflitos de atribuições
§ 11 – Qualquer membro da Defensoria entre membros da Defensoria Pública,
Pública poderá representar à Comissão cabendo da decisão recurso para o
Eleitoral sobre as causas de Conselho Superior;
inelegibilidade previstas neste artigo,
IX – proferir decisão em sindicâncias e
cabendo da decisão recurso ao
em processos administrativos
Conselho Superior, no prazo de cinco
disciplinares promovidos pela
dias.
Corregedoria-Geral;
Art. 8º – O Defensor Público Geral
X – representar ao Corregedor-Geral
tomará posse perante o Governador do
sobre a instauração de processo
Estado no prazo de cinco dias úteis
administrativo-disciplinar contra
contados da nomeação e entrará em
membros e servidores da Defensoria
exercício em sessão solene do Conselho
Pública;
Superior até o segundo dia útil
seguinte. XI – propor a abertura de concurso para
provimento dos cargos efetivos da
Art. 9º – Compete ao Defensor Público
Defensoria Pública, presidindo a
Geral, além de outras atribuições que
Comissão de Concurso, bem como
lhe sejam conferidas por lei ou forem
designar, mediante indicação do
inerentes a seu cargo:
Conselho Superior, os membros da
I – dirigir a Defensoria Pública do Comissão de Concurso e seus
Estado, superintender e coordenar suas substitutos;
atividades e orientar sua atuação;
XII – praticar atos de gestão
II – representar a Defensoria Pública administrativa, financeira e de pessoal;
judicial e extrajudicialmente;
XIII – deferir o compromisso de posse
dos membros da Defensoria Pública e

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dos servidores do quadro XIX – encaminhar ao Conselho Superior
administrativo; expediente para elaboração das listas
de promoção e remoção no quadro da
XIV – determinar correições
Defensoria Pública;
extraordinárias;
XX – dar posse a membro e a servidor
XV – convocar reunião do Conselho
nomeado para cargo efetivo e em
Superior da Defensoria Pública;
comissão da Defensoria Pública, nos
XVI – designar membro da Defensoria termos da lei;
Pública para:
XXI – conceder férias e licença aos
a) exercer, por ato excepcional e membros e aos servidores da
fundamentado, as funções processuais Defensoria Pública;
afetas a outro membro da instituição,
XXII – deferir benefício ou vantagem
submetendo sua decisão, previamente,
concedida em lei aos membros da
ao Conselho Superior da Defensoria
Defensoria Pública;
Pública;
XXIII – determinar o apostilamento de
b) (Vetado);
títulos de servidores da Defensoria
c) colaborar com a Comissão de Pública;
Concurso;
XXIV – aplicar a pena de remoção
d) exercer as atribuições de compulsória, aprovada pelo voto de
Coordenador; dois terços do Conselho Superior da
Defensoria Pública;
e) assegurar a continuidade dos serviços
em caso de vacância, afastamento XXV – prover cargo nos casos de
temporário, ausência, impedimento ou promoção, remoção, permuta e outras
suspeição de titular de cargo, ou com o formas de provimento derivado
consentimento deste; previstas em lei;

f) dar plantão em final de semana, XXVI – decidir sobre a escala de férias e


feriado ou em razão de medidas a atuação em plantões forenses;
urgentes;
XXVII – editar ato que importe
XVII – requisitar de qualquer movimentação, progressão e demais
autoridade pública e de seus agentes formas de provimento derivado;
ou de entidade particular certidão,
XXVIII – propor a verificação de
exame, perícia, vistoria, diligência,
incapacidade física ou mental de
processo, laudo e parecer técnico,
membro da Defensoria Pública;
documento, informações,
esclarecimentos e demais providências XXIX – (Vetado);
indispensáveis à atuação da Defensoria
XXX – dispor sobre a movimentação de
Pública;
Defensor Público Substituto no
XVIII – delegar atribuição interesse do serviço;
administrativa a quem lhe seja
XXXI – propor a celebração de convênio
subordinado, na forma da lei;
com órgão municipal, estadual ou

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federal, de interesse da instituição, de antiguidade dos membros da
excluídas as atribuições institucionais e instituição, tomando-se por base o
ressalvadas as hipóteses legais; último dia do mês anterior, bem como
a relação de vagas no quadro e os
XXXII – designar estagiário, na forma do
correspondentes critérios de
Regulamento Interno;
provimento;
XXXIII – solicitar ao Conselho Superior
XLI – aprovar formulários de petição,
manifestação sobre matéria relativa à
ofício, designação e outros
autonomia da Defensoria Pública, bem
instrumentos jurídicos propostos pela
como sobre outras de interesse
Corregedoria-Geral;
institucional;
XLII – (Vetado).
XXXIV – decidir sobre as sugestões
encaminhadas pelo Conselho Superior Parágrafo único – As funções indicadas
acerca da criação, transformação e nos incisos XII, XIII, XXVI, XXIX a XXXI,
extinção de cargos e serviços auxiliares XXXVII e XL poderão ser delegadas.
e sobre providências relacionadas ao
Art. 10 – O Defensor Público Geral
desempenho das funções institucionais;
apresentará ao Conselho Superior, no
XXXV – sugerir ao Governador do mês de abril de cada ano, o Plano Geral
Estado modificações na Lei Orgânica da de Atuação da Defensoria Pública,
Defensoria Pública; destinado a viabilizar a consecução de
metas prioritárias nas diversas áreas de
XXXVI – decidir sobre a criação,
suas atribuições.
modificação ou extinção dos Núcleos
da Defensoria Pública; Parágrafo único – O Plano Geral de
Atuação será elaborado com a
XXXVII – interromper, por conveniência
participação dos Coordenadores e
do serviço, férias ou licença de membro
aprovado pelo Conselho Superior.
da Defensoria Pública e de seus
servidores, salvo por motivo de saúde; Art. 11 – O Defensor Público Geral será
substituído, em suas faltas, ausências,
XXXVIII – autorizar membro da
suspeições e impedimentos, pelo
Defensoria Pública a ausentar-se da
Subdefensor Público Geral.
instituição, justificadamente, pelo
prazo máximo de cinco dias úteis; Parágrafo único – Em caso de suspeição
do Defensor Público Geral, o Conselho
XXXIX – levantar as dotações
Superior escolherá, entre seus
orçamentárias destinadas ao custeio
membros, excluídos os membros natos,
das atividades da Defensoria Pública,
um substituto, em sessão secreta e por
encaminhando ao Secretário de Estado
maioria qualificada.
da Justiça e de Direitos Humanos
proposta para elaboração da lei Art. 12 – Ocorrendo a vacância do cargo
orçamentária; de Defensor Público Geral, assumirá
interinamente o Subdefensor Público
XL – fazer publicar, no órgão oficial dos
Geral, e será realizada nova eleição, em
Poderes do Estado, nos meses de
trinta dias, para o preenchimento do
fevereiro e agosto de cada ano, a lista
cargo, na forma do respectivo edital.

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§ 1º – O cargo de Defensor Público- § 2º – Admitida a representação, a
Geral será exercido pelo Subdefensor deliberação sobre destituição do
Público-Geral, se a vacância se der nos Defensor Público Geral far-se-á na
últimos seis meses do mandato. forma do disposto nos arts. 15 a 18.
(Parágrafo com redação dada e Art. 15 – Autorizado o pedido de
renumerado pelo art. 1º da Lei destituição do Defensor Público Geral,
Complementar nº 101, de 23/11/2007.) o Conselho Superior, em sessão
presidida pelo membro do Conselho
§ 2º – Na hipótese de vacância
Superior mais antigo na Classe Especial,
simultânea dos cargos de Defensor
constituirá, em votação secreta,
Público-Geral e de Subdefensor Público-
comissão processante, integrada por
Geral, o cargo de Defensor Público-
três Defensores Públicos e presidida
Geral será exercido pelo Defensor
pelo Corregedor-Geral da Defensoria
Público de Classe Especial mais antigo
Pública.
na carreira e será promovida eleição no
prazo de trinta dias. § 1º – O Defensor Público Geral será
cientificado de sua destituição no prazo
(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da
de cinco dias contados da aprovação da
Lei Complementar nº 101, de
proposta, podendo, em quinze dias,
23/11/2007.)
oferecer defesa escrita, pessoalmente
Art. 13 – O Defensor Público Geral ou por procurador, e requerer produção
poderá ser destituído do cargo, por de provas.
deliberação do Conselho Superior, nos
§ 2º – Não sendo oferecida defesa, o
casos de abuso de poder, conduta
Corregedor-Geral da Defensoria Pública
incompatível com o cargo ou grave
nomeará procurador para fazê-lo em
omissão no cumprimento de seus
igual prazo.
deveres, assegurada ampla defesa, ou
de condenação por infração apenada § 3º – Findo o prazo previsto no § 2º, o
com reclusão, em decisão judicial Corregedor-Geral da Defensoria Pública
transitada em julgado. designará a data para instrução e
julgamento nos dez dias subsequentes.
Art. 14 – O Conselho Superior decidirá,
por maioria absoluta, sobre a § 4º – Na sessão de instrução e
admissibilidade da representação para julgamento, presidida pelo membro do
a destituição do Defensor Público Conselho Superior mais antigo na Classe
Geral, nos casos previstos no art. 13 Especial, após a leitura do relatório da
desta lei complementar, desde que comissão processante, o Defensor
formulada por um terço de seus Público Geral, pessoalmente ou por
integrantes ou, no mínimo, por um procurador, terá trinta minutos para
quinto dos membros da Defensoria produzir defesa oral, deliberando, em
Pública em atividade. seguida, o Conselho Superior, pelo voto
fundamentado de dois terços de seus
§ 1º – A sessão de admissibilidade da
membros.
representação será presidida pelo
membro do Conselho Superior mais § 5º – A presença à sessão de
antigo na Classe Especial. julgamento será limitada aos membros

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do Conselho Superior, ao Defensor forma prevista no art. 14, até a decisão
Público Geral e a seu procurador. final.
§ 6º – A sessão poderá ser suspensa por § 1º – O período de afastamento
uma vez, pelo prazo máximo de dez contará como de exercício do mandato.
dias, para a realização de diligência
§ 2º – Nas hipóteses previstas neste
requerida pelo Defensor Público Geral
artigo, assumirá a chefia da Defensoria
ou por qualquer membro do Conselho
Pública o Subdefensor Público-Geral.
Superior, desde que reputada, por
maioria de votos, imprescindível ao (Parágrafo com redação dada pelo art.
esclarecimento dos fatos. 2º da Lei Complementar nº 101, de
23/11/2007.)
Art. 16 – Rejeitada a proposta de
destituição ou não atingida a votação
prevista no § 4º do art. 15, o Presidente
Seção II
da sessão determinará o arquivamento
dos autos do procedimento. Da Subdefensoria Pública Geral
Art. 17 – Aprovada a destituição, o
Presidente da sessão fará publicar, no
Art. 20 – O Subdefensor Público Geral
órgão oficial dos Poderes do Estado, em
será nomeado pelo Governador do
quarenta e oito horas, o inteiro teor da
Estado, para mandato de dois anos,
decisão proferida.
permitida uma recondução, e escolhido
Parágrafo único – O Presidente da entre os integrantes que estejam na
sessão, em cinco dias, encaminhará os carreira há, no mínimo, cinco anos,
autos ao Governador do Estado, para constantes em lista tríplice elaborada
que proceda à exoneração do Defensor pelo Defensor Público Geral, observado
Público Geral no prazo de quinze dias o disposto no art. 7º, §10, desta lei
contados de seu recebimento. complementar, vedada a repetição de
nomes.
Art. 18 – Destituído o Defensor Público
Geral ou decorrido o prazo previsto no (Artigo com redação dada pelo art. 3º da
art. 17 sem deliberação do Governador Lei Complementar nº 87, de 12/1/2006.)
do Estado, ocorrerá a vacância e
Art. 21 – Ao Subdefensor Público Geral,
proceder-se-á de acordo com o
na forma do Regulamento Interno,
determinado pelo art. 11.
compete:
Art. 19 – O Defensor Público Geral
I – integrar, como membro nato, na
ficará afastado de suas funções:
função de Vice-Presidente, o Conselho
I – após o trânsito em julgado de Superior da Defensoria Pública;
decisão judicial em caso de prática de
II – exercer a coordenação e a
infração penal cuja sanção cominada
supervisão das atividades
seja de reclusão;
administrativas e de apoio técnico da
II – no procedimento de destituição, Defensoria Pública;
desde a aprovação do pedido de
autorização pelo Conselho Superior, na

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III – assessorar o Defensor Público Geral estejam há, no mínimo, cinco anos na
no exercício de suas atribuições; carreira, eleitos pelo voto obrigatório
de todos os membros da instituição em
IV – exercer, mediante delegação de
exercício, e pelos três Defensores
competência, as atribuições que lhe
Públicos mais antigos da Classe
forem conferidas pelo Defensor Público
Especial.
Geral;
§ 1º – O Conselho Superior é presidido
V – fazer publicar os atos pertinentes ao
pelo Defensor Público Geral,
expediente da Defensoria Pública;
respeitadas as exceções previstas nesta
VI – controlar, coordenar e zelar a lei complementar.
execução dos convênios celebrados pela
§ 2º – A eleição dos membros do
Defensoria Pública com órgãos públicos
Conselho Superior, para mandato de
ou entidades.
dois anos, será realizada em escrutínio
secreto, votação obrigatória e
plurinominal, na primeira quinzena do
Seção III
mês de novembro, devendo ser
Do Conselho Superior da Defensoria convocada com, pelo menos, trinta dias
Pública de antecedência.
§ 3º – O Defensor Público que pretender
integrar como membro eleito o
Art. 22 – O Conselho Superior é órgão
Conselho Superior da Defensoria
da Administração Superior,
Pública deve manifestar-se, por escrito,
incumbindo-lhe zelar pela observância
ao Defensor Público Geral, no prazo de
dos princípios institucionais da
cinco dias contados do primeiro dia útil
Defensoria Pública.
subsequente à convocação da eleição.
Art. 23 – O Conselho Superior é
§ 4º – Os Defensores Públicos eleitos
composto pelo Defensor Público Geral,
para integrar o Conselho Superior serão
pelo Subdefensor Público Geral e pelo
automaticamente substituídos, no caso
Corregedor-Geral, como membros
de vacância, pelos suplentes, assim
natos, por mais seis representantes que
considerados os Defensores Públicos
mais votados, em ordem decrescente.
CONSELHO SUPERIOR – 12 MEMBROS
§ 5º – No caso de empate na votação
Composto por:
para a eleição dos membros do
• DPG; Conselho Superior, será considerado
• SUB DPG eleito o mais antigo na carreira.
• CORREGEDOR GERAL
§ 6º – Se os inscritos na eleição não
• 6 REPRESENTANTES QUE
ESTEJAM HÁ, NO MÍNIMO, 5 atingirem o número de vagas, serão
ANOS NA CARREIRA – ELEITOS investidos no mandato tantos
POR VOTO Defensores Públicos mais antigos,
• 3 DEFENSORES MAIS ANTIGOS integrantes da classe mais elevada,
DA CLASSE ESPECIAL. quantos forem necessários para a
composição do Conselho Superior.

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Art. 24 – O disposto no art. 7º, § 9º, Art. 26 – A posse e o exercício dos
desta lei complementar aplica-se à membros do Conselho Superior
eleição para o Conselho Superior da efetivar-se-ão na segunda quinzena do
Defensoria Pública. mês da eleição, em sessão solene.
§ 1º – O membro eleito do Conselho Art. 27 – O Conselho Superior reunir-se-
Superior é inelegível para o mandato á mensalmente, em sessão ordinária,
subsequente, salvo se, na condição de por convocação extraordinária de seu
suplente, tiver exercido a função por Presidente ou por proposta de um terço
prazo inferior a seis meses. de seus membros.
§ 2º – Os membros natos do Conselho Parágrafo único – O Conselho Superior
Superior que, por qualquer motivo, se instalará com o mínimo de seis
deixarem de integrá-lo nessa condição membros, e as deliberações serão
são inelegíveis para o exercício de tomadas por maioria simples,
mandato subsequente. respeitadas as exceções previstas nesta
lei complementar.
§ 3º – O exercício de cargo de confiança
é incompatível com o de membro do Art. 28 – Ao Conselho Superior da
Conselho Superior. Defensoria Pública compete:
§ 4º – Qualquer membro da Defensoria I – exercer o poder normativo no
Pública poderá representar à Comissão âmbito da Defensoria Pública;
Eleitoral sobre as causas de
II – opinar, por solicitação do Defensor
inelegibilidade previstas neste artigo,
Público Geral, sobre matéria pertinente
cabendo da decisão recurso para o
à independência funcional e à
Conselho Superior, no prazo de cinco
autonomia administrativa da
dias.
Defensoria Pública do Estado;
Art. 25 – A ausência injustificada de
III – indicar ao Defensor Público Geral,
membro do Conselho Superior a três
em lista tríplice, os candidatos à
reuniões solenes, ordinárias ou
promoção por merecimento;
extraordinárias consecutivas, ou a
cinco alternadas, implicará a perda IV – aprovar a lista de antiguidade dos
automática do mandato. membros da Defensoria Pública e
decidir sobre reclamações a ela
§ 1º – O Conselho Superior apreciará,
concernentes, no prazo de quinze dias;
em cada sessão, as justificativas de
ausência apresentadas, deliberando, V – recomendar ao Defensor Público
por maioria, sobre o acolhimento Geral a instauração de processo
destas, na forma do Regulamento administrativo-disciplinar contra
Interno. Defensores Públicos e servidores
auxiliares da Defensoria Pública;
§ 2º – Decretada a perda do mandato
pelo Presidente do Conselho, será VI – conhecer e julgar recurso contra
convocado o suplente imediato para decisão em processo administrativo-
preenchimento da vaga. disciplinar;

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VII – decidir sobre pedido de revisão de XVII – representar ao Corregedor-Geral
processo administrativo-disciplinar; sobre a instauração de processo
administrativo-disciplinar contra
VIII – decidir sobre a remoção
membro da Defensoria Pública;
voluntária dos integrantes da carreira
de Defensor Público; XVIII – opinar sobre o aproveitamento
de membro da Defensoria Pública em
IX – determinar, por voto de dois terços
disponibilidade;
de seus integrantes, a remoção ou
disponibilidade compulsória de XIX – solicitar ao Corregedor-Geral da
membro da Defensoria Pública; Defensoria Pública informações sobre a
conduta e a atuação funcional de
X – decidir sobre a destituição do
membro da instituição, determinando a
Corregedor-Geral, por voto de dois
realização de visitas de inspeção para
terços de seus membros, assegurada
verificação de irregularidade no
ampla defesa;
serviço, especialmente no caso de
XI – deliberar sobre a organização do inscritos para a promoção ou remoção
concurso para ingresso na carreira e voluntária;
designar os representantes da
XX – conhecer dos relatórios reservados
Defensoria Pública que integrarão a
elaborados pela Corregedoria-Geral em
Comissão de Concurso;
inspeções e correições, recomendando
XII – recomendar correições as providências cabíveis;
extraordinárias;
XXI – decidir, em sessão pública e pelo
XIII – aprovar o Plano Geral de Atuação; voto de dois terços de seus integrantes,
sobre a avaliação e a permanência na
XIV – sugerir ao Defensor Público Geral
carreira dos membros da Defensoria
a edição de recomendação, sem caráter
Pública em estágio probatório;
vinculativo, aos órgãos de execução,
para o desempenho de suas funções; XXII – determinar a suspensão do
exercício funcional de membro da
XV – deliberar, atendida a necessidade
Defensoria Pública em caso de
do serviço, sobre a licença de membro
verificação de incapacidade física ou
da Defensoria Pública para frequentar
mental;
curso ou seminário de
aperfeiçoamento ou estudos, no País XXIII – aprovar o regulamento de estágio
ou no exterior, evidenciado o interesse probatório elaborado pela
da instituição; Corregedoria-Geral;

XVI – autorizar, em razão de ato XXIV – dar posse ao Defensor Público


excepcional e fundamentado, pelo voto Geral, nos termos do art. 8º desta lei
de dois terços de seus integrantes, o complementar;
Defensor Público Geral a exercer,
XXV – aprovar o Regulamento Interno
pessoalmente ou por designação, as
da Defensoria Pública;
funções processuais afetas a outro
membro da instituição;

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XXVI – exercer outras atribuições II – for parte em processo cível, criminal
previstas em lei ou no Regulamento ou administrativo em que funcionou o
Interno. interessado no julgamento da matéria;
§ 1º – Salvo disposição em contrário, as III – houver motivo de foro íntimo.
deliberações do Conselho Superior
Art. 31 – O impedimento ou a
serão tomadas por maioria de votos
suspeição, salvo por motivo de foro
abertos e nominais, presente a maioria
íntimo, poderá ser arguido pelo
de seus membros, cabendo ao seu
interessado ou por qualquer integrante
Presidente o voto de qualidade.
do Conselho Superior, até o início do
§ 2º – As decisões do Conselho Superior julgamento.
da Defensoria Pública serão
§ 1º – Arguido o impedimento ou a
fundamentadas e publicadas no prazo
suspeição, o Conselho Superior, após a
de cinco dias, exceto nas hipóteses
oitiva do integrante imputado impedido
legais de sigilo, sob forma de
ou suspeito, decidirá a questão de
deliberação.
plano.
§ 3º – Na indicação à promoção por
§ 2º – O integrante do Conselho
antiguidade, observar-se-á o disposto
Superior poderá alegar o impedimento e
no art. 61 desta lei complementar.
a suspeição por motivo de foro íntimo,
§ 4º – Na indicação à promoção por no prazo previsto no “caput” deste
merecimento, o processo de votação artigo.
será oral, atendidos os critérios
§ 3º – Serão convocados os suplentes
estabelecidos no art. 63 desta lei
necessários se, em razão de
complementar.
impedimento ou suspeição de
Art. 29 – O integrante do Conselho integrante do Conselho Superior,
Superior é considerado impedido nos houver prejuízo, por falta de quórum
seguintes casos: legal, à apreciação de matéria em pauta,
suspendendo-se, se for o caso, o
I – quando a deliberação envolver
julgamento.
interesse de cônjuge, parente
consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o quarto grau, inclusive;
Seção IV
II – quando for interessado no
Da Corregedoria-Geral da Defensoria
resultado do julgamento;
Pública
III – quando não comparecer à sessão
de leitura de relatório ou de discussão
de matéria em pauta. Art. 32 – A Corregedoria-Geral da
Defensoria Pública é órgão de
Art. 30 – Considera-se fundada a
fiscalização e orientação da atividade
suspeição de parcialidade do integrante
funcional e da conduta dos membros e
do Conselho Superior quando:
dos servidores da Defensoria Pública.
I – houver notória inimizade com o
interessado no julgamento da matéria;

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Art. 33 – A Corregedoria-Geral é VIII – propor, fundamentadamente, a
exercida pelo Corregedor-Geral, exoneração do Defensor Público em
indicado entre os integrantes da classe estágio probatório, com base em
mais elevada da carreira, em lista avaliação especial, procedida por
sêxtupla elaborada pelo Conselho comissão constituída especificamente
Superior, e nomeado pelo Governador para esse fim;
do Estado, para mandato de dois anos.
IX – representar sobre verificação de
Art. 34 – Ao Corregedor-Geral da incapacidade física, mental ou moral de
Defensoria Pública compete: membros da Defensoria Pública;
I – realizar inspeções e correições X – integrar como membro nato o
funcionais nos Núcleos e nos serviços da Conselho Superior da Defensoria
Defensoria Pública e remeter relatório Pública;
reservado ao Conselho Superior;
XI – baixar instruções, sem caráter
II – sugerir ao Defensor Público Geral, vinculativo e no limite de suas
fundamentadamente, o afastamento atribuições, visando à regularidade e ao
do Defensor Público que esteja sendo aperfeiçoamento das atividades da
submetido a correição, sindicância ou Defensoria Pública, bem como à
processo administrativo-disciplinar; independência funcional de seus
membros;
III – receber e processar representação
contra Defensor Público e encaminhá- XII – manter atualizados os
la, com parecer, ao Conselho Superior; assentamentos funcionais e os
registros estatísticos de atuação dos
IV – propor a instauração de processo
membros da Defensoria Pública,
administrativo-disciplinar contra
especialmente para efeito de aferição
Defensor Público e servidor
de merecimento, neles devendo
administrativo auxiliar e encaminhar a
constar:
proposição ao Defensor Público Geral;
a) os pareceres da Corregedoria-Geral,
V – propor ao Conselho Superior,
inclusive o previsto no art. 52 desta lei
fundamentadamente, a suspensão do
complementar, e a decisão do Conselho
estágio probatório do Defensor
Superior sobre o estágio probatório;
Público;
b) as observações feitas em inspeções e
VI – acompanhar a atuação do Defensor
correições;
Público durante o estágio probatório,
mediante avaliação permanente de seu c) as penalidades disciplinares
desempenho; aplicadas;
VII – propor ao Conselho Superior, XIII – oferecer ao Conselho Superior da
fundamentadamente, a confirmação do Defensoria Pública, quando da
Defensor Público no cargo, até sessenta composição de listas tríplices para
dias antes do término do estágio promoção, os assentamentos sobre a
probatório; vida funcional dos Defensores Públicos
que satisfaçam o requisito de interstício,

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assim como outras informações ciência do interessado, permitindo-se a
consideradas necessárias; retificação, na forma prevista no art.
124 desta lei complementar.
XIV – exercer outras atribuições que lhe
forem cometidas pelo Defensor Público Art. 35 – O Corregedor-Geral poderá ser
Geral ou pelo Conselho Superior da destituído do cargo por deliberação do
Defensoria Pública; Conselho Superior, nos casos de abuso
de poder, conduta incompatível, grave
XV – encaminhar ao Defensor Público
omissão nos deveres do cargo,
Geral o processo administrativo-
assegurada ampla defesa, ou
disciplinar afeto à decisão deste;
condenação por infração apenada com
XVI – apresentar, quando requisitado reclusão, em decisão judicial transitada
pelo Defensor Público Geral, relatório em julgado.
estatístico sobre as atividades dos
Parágrafo único – O Conselho Superior
órgãos de atuação;
decidirá, por maioria de votos, pela
XVII – prestar ao Defensor Público admissibilidade da representação para
informações de caráter pessoal e a destituição do Corregedor-Geral, nos
funcional, assegurando-lhe o direito de casos previstos no “caput” deste artigo,
acesso, retificação e complementação desde que formulada pelo Defensor
dos dados; Público Geral, por um terço de seus
integrantes ou por um décimo dos
XVIII – requisitar informações, exames,
membros da Defensoria Pública em
perícias, documentos, diligências,
atividade.
certidões, pareceres técnicos e
informações indispensáveis ao bom Art. 36 – Autorizada a proposta de
desempenho de suas funções; destituição do Corregedor-Geral, o
Conselho Superior, em sessão presidida
XIX – elaborar o regulamento do
pelo Defensor Público Geral,
estágio probatório;
constituirá, em votação secreta,
XX – propor ao Defensor Público Geral e comissão processante, integrada por
ao Conselho Superior a expedição de três Defensores Públicos de Classe
instruções e outras normas Especial, cabendo a Presidência ao mais
administrativas, sempre que necessário antigo nesta classe.
ou conveniente ao serviço;
§ 1º – O Corregedor-Geral da
XXI – convocar Defensores Públicos Defensoria Pública será cientificado, no
para deliberação sobre matéria prazo de dez dias, da aprovação da
administrativa ou de interesse da proposta de destituição, podendo, em
instituição; quinze dias, apresentar defesa por
escrito, pessoalmente ou por
XXII – desempenhar outras atribuições
procurador, e requerer produção de
previstas em lei ou no Regulamento
provas.
Interno da Defensoria Pública.
§ 2º – Não sendo apresentada defesa, o
Parágrafo único – As anotações que
Presidente da comissão processante
importem demérito serão lançadas no
assentamento funcional, após prévia

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nomeará procurador para fazê-la no Parágrafo único – O Presidente da
prazo de quinze dias. sessão, em cinco dias, encaminhará os
autos ao Governador do Estado, para
§ 3º – Findo o prazo concedido à defesa,
que proceda à exoneração do
o Presidente da comissão processante
Corregedor-Geral da Defensoria
designará, nos dez dias subsequentes, a
Pública, no prazo de quinze dias
data para instrução e julgamento.
contados de seu recebimento.
§ 4º – Na sessão de instrução e
Art. 39 – Destituído o Corregedor-Geral
julgamento, presidida pelo Defensor
da Defensoria Pública, proceder-se-á na
Público Geral, após a leitura do relatório
forma determinada no art. 36 desta lei
da comissão processante, o Corregedor-
complementar.
Geral, pessoalmente ou por
procurador, terá trinta minutos para Art. 40 – O Corregedor-Geral ficará
produzir defesa oral, deliberando, em afastado de suas funções:
seguida, o Conselho Superior, pelo voto
I – após o trânsito em julgado da
fundamentado de dois terços de seus
decisão judicial condenatória em caso
membros.
de prática de infração penal, cuja
§ 5º – A presença na sessão de instrução sanção cominada seja de reclusão;
e julgamento será limitada aos
II – no procedimento de destituição,
membros do Conselho Superior, ao
desde a aprovação do pedido de
Corregedor-Geral e ao seu procurador.
autorização pelo Conselho Superior, na
§ 6º – A sessão poderá ser suspensa por forma prevista no art. 35, parágrafo
uma vez, pelo prazo máximo de dez único, desta lei complementar, até a
dias, para a realização de diligência decisão final.
requerida pelo Corregedor-Geral ou
Parágrafo único – O período de
por seu procurador, bem como por
afastamento contará como de exercício
qualquer membro do Conselho
do mandato.
Superior, desde que reputada, por
maioria de votos, imprescindível ao
esclarecimento dos fatos.
CAPÍTULO II-A
Art. 37 – Rejeitada a proposta de
Dos Órgãos de Apoio Administrativo e
destituição ou não atingida a votação
Serviços Auxiliares
prevista no § 4º do art. 36 desta lei
complementar, o Presidente da sessão
determinará o arquivamento dos autos
Art. 40-A – Lei específica definirá as
do procedimento.
atribuições dos órgãos de apoio
Art. 38 – Aprovada a destituição, o administrativo e serviços auxiliares e
Defensor Público Geral fará publicar, no estabelecerá seu quadro de cargos, sob
órgão oficial dos Poderes do Estado, em regime estatuário.
quarenta e oito horas, o inteiro teor da
decisão proferida, da qual não caberá
recurso. Seção I

@vouserdpese
Do Centro de Desenvolvimento previstas em lei e atribuídas por ato do
Institucional Defensor Público-Geral.

40-B – O Centro de Desenvolvimento Seção II


Institucional é órgão de apoio da
Das Coordenadorias Regionais
Defensoria Pública-Geral, composto
pelos serviços auxiliares necessários e
por Defensores Públicos das diversas
Art. 40-C – As Coordenadorias
áreas de atuação designados pelo
Regionais são órgãos de apoio às
Defensor Público-Geral, sendo um deles
atividades das Defensorias Públicas em
coordenador do centro.
âmbito regional e agrupam Defensorias
Parágrafo único – São competências do Públicas nas Comarcas por regiões ou
Centro de Desenvolvimento por órgãos de atuação.
Institucional:
§ 1º – As Coordenadorias Regionais são
I – estimular a integração e o compostas por um Defensor Público,
intercâmbio entre Defensores Públicos que exercerá a função de Coordenador
que atuem na mesma área de atividade Regional da Defensoria Pública, e pelos
e que tenham atribuições comuns; serviços auxiliares que se fizerem
necessários.
II – remeter informações técnico-
jurídicas aos órgãos ligados às § 2º – A sede de cada Coordenadoria
atividades do centro; Regional será fixada por ato do Defensor
Público-Geral.
III – estabelecer intercâmbio
permanente com órgãos públicos ou § 3º – A constituição das
entidades públicas ou privadas; Coordenadorias Regionais e as
atribuições dos coordenadores
IV – sistematizar as ações dos
regionais serão disciplinadas no
Defensores Públicos, bem como
Regulamento Interno.
integrar e uniformizar sua atuação;
(Capítulo acrescentado pelo art. 8º da
V – auxiliar na elaboração e execução
Lei Complementar nº 141, de
de projetos e convênios de interesse
13/12/2016.)
institucional da Defensoria Pública;
VI – promover e coordenar a atuação
de Defensoria Pública perante os CAPÍTULO II-B
sistemas internacionais de proteção dos
Dos Órgãos Auxiliares
direitos humanos;
VII – prestar auxílio técnico-operacional
ao cumprimento das finalidades Seção I
institucionais;
Da Ouvidoria-Geral da Defensoria
VIII – exercer outras funções Pública
compatíveis com suas competências

@vouserdpese
Art. 40-D – A Ouvidoria-Geral é órgão contado da indicação pelo Conselho
auxiliar da Defensoria Pública e tem Superior.
como finalidade a promoção da
§ 5º – Caso o Conselho Superior não
qualidade dos serviços prestados pela
efetive a indicação do Ouvidor-Geral
instituição.
nos quinze dias que se seguirem ao
Parágrafo único – A Ouvidoria-Geral recebimento da lista tríplice, será
contará com servidores da Defensoria considerado escolhido
Pública e terá sua estrutura definida automaticamente para o exercício do
pelo Conselho Superior, a partir de mandato o mais votado da lista.
proposta do Ouvidor-Geral, observada a
§ 6º – Caso o Defensor Público-Geral
disponibilidade orçamentária e de
não efetive a nomeação do Ouvidor-
pessoal para sua implementação.
Geral nos quinze dias que se seguirem
Art. 40-E – O Ouvidor-Geral será ao recebimento da indicação feita pelo
escolhido pelo Conselho Superior Conselho Superior, será investido no
dentre cidadãos de reputação ilibada, cargo, para exercício do mandato, o
excetuados os membros da Defensoria candidato indicado pelo Conselho
Pública e os integrantes do quadro Superior.
administrativo, ativos ou inativos,
§ 7º – O Cargo de Ouvidor-Geral, a ser
indicados em lista tríplice formada pela
criado em lei específica, será exercido
sociedade civil, para
em regime de dedicação exclusiva e
§ 1º – O Conselho Superior editará jornada de quarenta horas semanais,
normas regulamentando os critérios e vedada qualquer outra atividade
a forma de elaboração da lista tríplice. remunerada, salvo uma de magistério.
§ 2º – As indicações de candidatos a Art. 40-F – À Ouvidoria-Geral compete:
Ouvidor-Geral recairão sobre pessoas
I – receber e encaminhar ao
ou representantes de entidades
Corregedor-Geral representação contra
notoriamente compromissadas com os
membros e servidores da Defensoria
princípios e atribuições da Defensoria
Pública, assegurada ao representado a
Pública.
defesa preliminar;
§ 3º – É vedada a nomeação, para o
II – propor aos órgãos de administração
cargo de Ouvidor-Geral, de cônjuge,
superior da Defensoria Pública medidas
companheiro ou parente em linha reta,
e ações que visem ao aperfeiçoamento
colateral ou por afinidade, até o
dos serviços prestados;
terceiro grau, inclusive, dos membros e
servidores, ativos ou inativos, da III – elaborar e divulgar relatório
Defensoria Pública. semestral de suas atividades, que
conterá também as medidas propostas
§ 4º – O Ouvidor-Geral será indicado
aos órgãos competentes e a descrição
pelo Conselho Superior no prazo de
dos resultados obtidos;
quinze dias, contados do recebimento
da lista tríplice, e nomeado pelo IV – participar, com direito a voz, do
Defensor Público-Geral em igual prazo, Conselho Superior da Defensoria
Pública;

@vouserdpese
V – promover atividades de dentre os dois últimos integrantes da
intercâmbio com a sociedade civil; lista tríplice, para complementar o
mandato.
VI – estabelecer meios de comunicação
direta entre a Defensoria Pública e a
sociedade, para receber sugestões e
reclamações, adotando as providências
pertinentes e informando o resultado Seção II
aos interessados;
Da Escola Superior da Defensoria
VII – contribuir para a disseminação das Pública
formas de participação popular no
acompanhamento e na fiscalização da
prestação dos serviços realizados pela Art. 40-I – A Escola Superior é órgão
Defensoria Pública; auxiliar da Defensoria Pública e tem
como competências:
VIII – manter contato com os vários
órgãos da Defensoria Pública, I – iniciar novos membros e servidores
estimulando-os a atuar em sintonia com da Defensoria Pública no desempenho
os direitos dos assistidos; de suas funções institucionais;
IX – coordenar a realização de II – aperfeiçoar e atualizar a
pesquisas periódicas e produzir capacitação técnico-profissional dos
estatísticas referentes ao índice de membros e servidores da Defensoria
satisfação dos assistidos, divulgando os Pública;
resultados.
III – promover estudos, conferências,
§ 1º – A representação a que se refere o seminários, debates e discussões de
inciso l do caput poderá ser temas conexos à prestação da
apresentada por qualquer pessoa, assistência jurídica pela Defensoria
inclusive pelos próprios membros e Pública;
servidores da Defensoria Pública, por
IV – desenvolver programas de
órgão público ou por entidade pública
pesquisa na área jurídica;
ou privada.
V – organizar publicações com os
§ 2º – A Ouvidoria-Geral preservará,
resultados de suas ações;
sempre que solicitado, o sigilo de
identidade do autor da representação, VI – zelar pelo reconhecimento e pela
reclamação ou sugestão. valorização da Defensoria Pública como
instituição essencial ao exercício da
Art. 40-G – Aplica-se ao Ouvidor-Geral,
função jurisdicional do Estado;
em casos de abuso de poder, conduta
incompatível e grave omissão nos VII – manter intercâmbios com órgãos
deveres do cargo, o disposto nos arts. ou entidades que atuem em áreas afins;
35 a 38 desta lei.
VIII – outras estabelecidas no
Art. 40-H – Na hipótese de destituição Regulamento Interno, desde que
do Ouvidor-Geral, o Conselho Superior compatíveis com as competências
escolherá, no prazo de quinze dias, um previstas em lei.

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§ 1º – A Escola Superior da Defensoria
Pública será criada por ato do Defensor
Art. 41 – É obrigatória a instalação de
Público-Geral.
Defensoria Pública em todas as
§ 2º – O Coordenador da Escola comarcas do Estado.
Superior será designado pelo Defensor
Art. 42 – Nas Defensorias Públicas com
Público-Geral dentre os Defensores
mais de um cargo de Defensor Público,
Públicos estáveis, com prejuízo de suas
haverá um Defensor Público como
atribuições funcionais.
Coordenador e seus substitutos,
§ 3º – O Conselho Superior editará designados pelo Defensor Público
normas que regulamentarão a estrutura Geral, competindo-lhes, sem prejuízo
e o funcionamento da Escola Superior. de suas funções institucionais e outras
fixadas pelo Conselho Superior,
especialmente:
Seção III
I – coordenar as atividades
Do Centro de Assistência Pericial e desenvolvidas pelos Defensores
Multidisciplinar Públicos que atuem em sua área de
competência;
II – sugerir ao Defensor Público Geral
Art. 40-J – O Centro de Assistência
providências para o aperfeiçoamento
Pericial e Multidisciplinar é órgão
das atividades institucionais em sua
auxiliar da Defensoria Pública e tem por
área de competência;
finalidade prestar-lhe apoio
institucional em matéria ocupacional e III – remeter, semestralmente, ao
para o exercício de suas funções, por Corregedor-Geral relatório das
meio de exames, perícias, laudos e atividades desenvolvidas em sua área de
outras providências necessárias ao competência;
desenvolvimento da saúde ocupacional
IV – promover reuniões mensais
de seu pessoal e à defesa dos interesses
internas para a fixação de orientações,
dos assistidos, conforme dispuser o
sem caráter vinculativo, e para
Regulamento Interno da Defensoria
deliberação sobre matéria
Pública.
administrativa, com comparecimento
(Capítulo acrescentado pelo art. 9º da obrigatório, salvo motivo justificado;
Lei Complementar nº 141, de
V – dar posse e exercício aos auxiliares
13/12/2016.)
administrativos nomeados pelo
Defensor Público Geral;

CAPÍTULO III VI – organizar os serviços auxiliares,


distribuindo tarefas e fiscalizando os
Dos Órgãos de Atuação
trabalhos executados;
VII – presidir, mediante designação do
Seção I Defensor Público Geral, processo
administrativo-disciplinar relativo a
Das Defensorias Públicas do Estado

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infrações funcionais dos seus desconcentração dos serviços da
servidores; instituição;
VIII – fiscalizar a distribuição equitativa XVII – estabelecer relacionamento com
dos autos ou outro expediente em que os órgãos do Ministério Público e do
deva funcionar Defensor Público; Poder Judiciário, com a finalidade de
solucionar casos que lhe estejam afetos;
IX – representar a Defensoria Pública
nas solenidades oficiais, em sua área de XVIII – sugerir e encaminhar a
atuação; celebração de convênio ou ajuste com
entidade pública ou privada, visando à
X – encaminhar aos órgãos da
melhoria e à expansão dos serviços da
Administração Superior da Defensoria
Defensoria Pública e, se implantado,
Pública sugestões para o
exercer a coordenação e o controle da
aprimoramento dos serviços e solicitar
sua execução na respectiva área de
os recursos necessários ao
competência;
desenvolvimento de suas atividades;
XIX – solicitar à Corregedoria-Geral da
XI – solicitar ao Defensor Público Geral
Defensoria Pública a realização de
a designação de estagiários, mediante
correições extraordinárias, sempre que
requerimento de qualquer de seus
necessário, dando-se delas ciência ao
integrantes;
Defensor Público Geral;
XII – encaminhar à Defensoria Pública
XX – elaborar boletim e mapas
Geral sugestões para a elaboração do
estatísticos de processos, ações e
Plano Geral de Atuação da Defensoria
atendimentos prestados, para efeito de
Pública;
relatórios periódicos;
XIII – redistribuir, em caso de
XXI – estimular a integração e o
afastamento, os pedidos e os
intercâmbio entre órgãos de execução
processos, modificando-lhes a
que atuem na mesma área de atividade
orientação, se necessário;
e tenham atribuições comuns;
XIV – prestar ao Defensor Público Geral
XXII – remeter informações técnico-
e ao Corregedor-Geral todas as
jurídicas aos órgãos ligados à sua
informações pertinentes às atividades
atividade;
da Defensoria Pública em sua área de
atuação; XXIII – estabelecer intercâmbio
permanente com entidades ou órgãos
XV – receber reclamações contra a
públicos ou privados que atuem em
atuação de Defensores Públicos e
áreas afins;
encaminhá-las à consideração do
Corregedor-Geral; XXIV – organizar a biblioteca e o
arquivo geral da Defensoria Pública,
XVI – propor, fundamentadamente, e
recolhendo e classificando as cópias de
promover, se aprovada, a implantação
trabalhos elaborados pelos integrantes,
de Núcleos da Defensoria Pública,
bem como o material legislativo,
mesmo em bairros ou regiões, visando à
doutrinário e jurisprudencial de
interesse;

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XXV – exercer outras atribuições que lhe atribuições, serão determinadas pelo
forem delegadas pelo Defensor Público Conselho Superior da Defensoria
Geral. Pública, mediante proposta do
Defensor Público-Geral.
§ 1º – O Coordenador exercerá suas
atribuições pelo período de um ano, (Paragráfo com redação dada pelo art.
permitida uma recondução. 10 da Lei Complementar nº 141, de
13/12/2016.)
§ 2º – As funções de Defensor Público
Coordenador serão consideradas para § 4º – Os Núcleos cuja natureza
apuração de mérito na ocasião da institucional justifique sua continuidade
promoção. serão incorporados à área de atuação
permanente de alguma Defensoria
§ 3º – As funções de que trata este
Especializada, permitindo a
artigo poderão ser delegadas a outro
continuidade do serviço.
Defensor Público, mediante
comunicação ao Defensor Público Geral. (Paragráfo com redação dada pelo art.
10 da Lei Complementar nº 141, de
Art. 43 – As Defensorias Públicas
13/12/2016.)
poderão ser agrupadas em regiões, sob
a coordenação de um Defensor Público,
nos termos do Regulamento Interno.
Seção III
Das Defensorias Públicas
Seção II Especializadas
Dos Núcleos da Defensoria Pública
Art. 44-A – As Defensorias Públicas
Especializadas são órgãos de atuação
Art. 44 – Os Núcleos da Defensoria
permanente e de âmbito local ou
Pública são compostos de Defensores
regional, coordenados por um
Públicos e dos serviços auxiliares
Defensor Público designado pelo
necessários ao desempenho das
Defensor Público-Geral dentre os seus
funções.
integrantes, e têm como competência a
§ 1º – Em cada Núcleo, servirá pelo proteção, a preservação e a reparação
menos um membro da Defensoria dos direitos fundamentais, nestes
Pública. compreendidos os direitos individuais,
coletivos, sociais, econômicos, culturais
§ 2º – Os Núcleos serão criados para
e ambientais.
atender necessidades conjunturais e
poderão ser judiciais ou extrajudiciais. Parágrafo único – Sem prejuízo de
outras áreas de atuação previstas no
(Paragráfo com redação dada pelo art.
Regulamento Interno da Defensoria
10 da Lei Complementar nº 141, de
Pública, as Defensorias Públicas
13/12/2016.)
Especializadas atuarão nos
§ 3º – A criação, a modificação e a estabelecimentos policiais,
extinção de Núcleos, bem como suas penitenciários e de internação de

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adolescentes, na proteção, preservação serviços auxiliares necessários a seu
e reparação dos direitos de grupos funcionamento.
sociais vulneráveis e das pessoas vítimas
§ 2º – Cabe ao Conselho Superior da
de qualquer forma de opressão ou
Defensoria Pública, a partir de proposta
violência e nos conflitos fundiários
do Defensor Público-Geral, determinar
urbanos e agrários.
ou modificar as competências das
Defensorias Públicas na Segunda
Instância e nos Tribunais Superiores.
Art. 44-B – A criação, a modificação e a
extinção de Defensorias Públicas (Sessão acrescentada pelo art. 11 da Lei
Especializadas, bem como sua estrutura Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
e suas atribuições, serão fixadas pelo
Conselho Superior da Defensoria
Pública, mediante proposta do CAPÍTULO IV
Defensor Público-Geral, observadas a
Dos Órgãos de Execução
permanência e a prioridade de sua
atuação.
Art. 44-C – A implantação das Seção Única
Defensorias Públicas Especializadas será
Dos Defensores Públicos
acompanhada da estrutura e dos
serviços auxiliares necessários a seu
funcionamento.
Art. 45 – Aos Defensores Públicos do
(Sessão acrescentada pelo art. 11 da Lei Estado incumbe o desempenho das
Complementar nº 141, de 13/12/2016.) funções de orientação, postulação e
defesa dos direitos e interesses dos
necessitados, cabendo-lhes
Seção IV especialmente:
Das Defensorias Públicas na Segunda I – tentar a composição amigável das
Instância e nos Tribunais Superiores. partes antes de promover a ação,
quando julgar conveniente;
II – postular a concessão de gratuidade
Art. 44-D – As Defensorias Públicas na
de justiça para os necessitados, na
Segunda Instância e nos Tribunais
forma da lei;
Superiores atuarão em segundo grau
de jurisdição, nos tribunais superiores e III – praticar os atos inerentes à
no Supremo Tribunal Federal. postulação e à defesa dos direitos dos
necessitados, providenciando para que
§ 1º – As Defensorias Públicas na
os feitos tenham normal tramitação e,
Segunda Instância e nos Tribunais
quando cabível, interpor recurso para
Superiores terão coordenação própria,
qualquer grau de jurisdição;
designada pelo Defensor Público-Geral
dentre os seus integrantes, para IV – defender, nos processos criminais,
exercício das funções previstas no art. o réu que não tenha defensor
42, contando com a estrutura e os constituído, o revel inclusive;

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V – patrocinar ação penal privada e a XI – patrocinar os direitos e interesses
subsidiária da pública; do consumidor lesado;
VI – patrocinar ação civil e ação civil “ex XII – atuar nos Juizados Especiais;
delicto”;
XIII – exercer a função de Curador de
VII – patrocinar defesa em ação penal; Ausentes e Especial, salvo quando a lei
a atribuir expressamente a outrem;
VIII – patrocinar defesa em ação civil e
reconvir; XIV – representar ao Ministério Público
em caso de sevícias ou maus-tratos à
IX – exercer a defesa da criança e do
pessoa do defendendo;
adolescente, em especial nas hipóteses
previstas no art. 227 da Constituição da XV – atuar nos estabelecimentos
República; policiais e penitenciários, visando a
assegurar à pessoa, em qualquer
X – assegurar aos seus assistidos, em
circunstância, o exercício dos direitos e
processo judicial ou administrativo, e
das garantias individuais;
aos acusados em geral o contraditório e
a ampla defesa, com recursos e meios a XVI – requerer a transferência de preso
ela inerentes; para local adequado, quando
necessário;

É inconstitucional norma estadual que confere à XVII – diligenciar as medidas


Defensoria Pública o poder de requisição para necessárias ao assentamento de
instaurar inquérito policial. registro civil de nascimento de criança
ou adolescente;
Isso porque o poder de requisitar a
instauração de inquérito policial está XVIII – supervisionar e fiscalizar, sob a
intrinsecamente ligado à persecução penal, o coordenação dos órgãos superiores, o
que exige uma disciplina uniforme em todo o desempenho do estagiário designado
território nacional. Nesse contexto, o art. 5º do para seu auxiliar nos serviços forenses,
CPP — norma editada no exercício da
avaliando-o, ao final do estágio, na
competência privativa da União para legislar
forma do regulamento;
sobre direito processual (art. 22, I, CF/88) — já
delimitou essa atribuição, conferindo-a XIX – exercer, mediante designação do
somente à autoridade judiciária ou ao Defensor Público Geral, a
Ministério Público. Coordenadoria de Núcleo da
Logo, viola o art. 22, I, da CF/88, a norma Defensoria Pública e outros cargos de
estadual que, indo de encontro à disciplina confiança da instituição;
processual editada pela União, amplia o
poder de requisição para XX – integrar comissão de processo
instauração de inquérito policial para conferir administrativo-disciplinar;
tal atribuição à Defensoria Pública. STF.
XXI – requisitar a instauração de
Plenário. ADI 4346/MG, Rel. Min. Roberto
inquérito policial e diligências
Barroso, redator do acórdão Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 13/03/2023
necessárias à apuração de crime de
(Info 1086). ação penal pública;

@vouserdpese
(Expressão “a instauração de inquérito CAPÍTULO I
policial” declarada inconstitucional
Do Pessoal e dos Cargos
pelo Supremo Tribunal Federal nos
autos da ADI 4346. Acórdão publicado
no Diário da Justiça Eletrônico em
Art. 46 – O quadro de cargos da carreira
10/4/2023. Trânsito em julgado em
de Defensor Público, organizada em
18/4/2023.)
classes na forma do Anexo desta Lei
Complementar, é integrado por mil e
duzentos cargos efetivos.
XXII – patrocinar ação civil pública, nos
termos da lei; (Caput com redação dada pelo art. 2º da
Lei Complementar nº 101, de
XXIII – patrocinar ação popular,
23/11/2007.)
mandado de injunção e mandado de
segurança; Parágrafo único – O provimento dos
cargos previstos no “caput” deste artigo
XXIV – exercer outras atribuições
fica condicionado à observância das
definidas em lei ou ato normativo,
condições estabelecidas pela Lei
desde que afetas à sua área de atuação.
Complementar Federal nº 101, de 4 de
Parágrafo único – O Defensor Público maio de 2000, e pela lei orçamentária
Geral poderá designar outro Defensor anual.
Público para atuar em feito
(Vide art. 41 da Lei nº 15.301, de
determinado de atribuição do titular,
10/8/2004.)
com a concordância deste.
Art. 47 – As promoções na carreira da
Art. 45-A – Os Defensores Públicos e
Defensoria Pública serão precedidas da
servidores designados pelo Defensor
adequação da lista de antiguidade aos
Público-Geral para plantão nos fins de
critérios de desempate estabelecidos
semana, feriados ou em qualquer outro
nesta lei complementar.
dia ou horário em que não houver
expediente, bem como para o exercício
de outras atividades administrativas ou
CAPÍTULO II
finalísticas extraordinárias, terão direito
a compensação ou indenização pelos Do Ingresso na Carreira
dias que servirem, conforme dispuser o
respectivo regimento interno.
Art. 48. O ingresso na carreira de
(Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei
Defensor Público dar-se-á na Classe
Complementar nº 161, de 4/8/2021.)
Inicial do cargo de Defensor Público,
com funções de Defensor Público
Substituto, mediante aprovação em
TÍTULO IV
concurso público de provas e títulos,
Do Pessoal e da Carreira de Defensor observada a ordem de classificação.
Público
(Artigo com redação dada pelo art. 1º da
Lei Complementar nº 134, de 7/5/2014.)

@vouserdpese
disposta no art. 9º, XX, desta lei
complementar.
Seção I
§ 4º – Caso a posse não ocorra no prazo
Da Nomeação, da Posse e do Exercício
previsto por ausência do nomeado, a
nomeação caducará automaticamente,
e será decretada a perda do cargo em
Art. 49 – O candidato aprovado no
ato do Defensor Público Geral.
concurso de ingresso na carreira será
nomeado para o cargo de Defensor § 5º – O candidato aprovado poderá
Público de Classe Inicial, respeitada a renunciar à nomeação
ordem de classificação e o número de antecipadamente ou até o termo final
vagas existentes, e exercerá as funções do prazo de posse, caso em que,
de Defensor Público Substituto até optando, será deslocado para o último
completar o estágio probatório. lugar da lista de classificados.

Parágrafo único – O Defensor Público de § 6º – O Defensor Público em estágio


Classe Inicial a que se refere o caput tem probatório exercerá suas funções em
as mesmas prerrogativas, vedações, qualquer órgão de atuação no Estado.
impedimentos e vantagens de caráter
indenizatório dos demais membros da
carreira. Seção II
(Artigo com redação dada pelo art. 2º da Do Estágio Probatório
Lei Complementar nº 134, de 7/5/2014.)
Art. 50 – O candidato nomeado tomará
Art. 51 – O Defensor Público Substituto,
posse, com imediato exercício, no
a contar da data em que entrar em
prazo de trinta dias contado da data da
exercício, submeter-se-á a estágio
nomeação, prorrogável, por igual
probatório pelo prazo de três anos,
período, mediante requerimento
durante o qual será avaliada, em caráter
dirigido ao Defensor Público Geral.
permanente, pela Corregedoria-Geral
§ 1º – O candidato será empossado da Defensoria Pública, a conveniência
perante o Conselho Superior, em da permanência e da confirmação na
sessão extraordinária. carreira.
§ 2º – O candidato nomeado § 1º – Na avaliação de que trata o
apresentará declarações de bens “caput” deste artigo, serão observadas:
relativas aos dois últimos exercícios
I – a idoneidade moral no âmbito
fiscais e, no ato da posse, prestará o
pessoal, profissional e familiar;
compromisso de desempenhar, com
retidão, as funções do cargo e de II – a conduta compatível com a
cumprir a Constituição e as leis. dignidade do cargo;
§ 3º – O candidato nomeado que não III – a dedicação e a exação no
comparecer à posse prevista no “caput” cumprimento dos deveres e das
deste artigo será empossado na forma funções do cargo;

@vouserdpese
IV – a eficiência, a pontualidade e a § 1º – A comissão de que trata o “caput”
assiduidade no desempenho de suas será composta pelo Corregedor-Geral,
funções; que a presidirá, e por, pelo menos, dois
Defensores Públicos em exercício há
V – a presteza e a segurança nas
mais de cinco anos.
manifestações processuais;
§ 2º – Durante o período de estágio
VI – as referências em razão da atuação
probatório, será aprofundada a
funcional;
investigação relativa aos aspectos
VII – a publicação de livros, teses, moral, pessoal, profissional e familiar
estudos e artigos jurídicos, premiação do membro da Defensoria Pública,
obtida inclusive; valendo as conclusões como subsídio
para a decisão do Conselho Superior da
VIII – a atuação em órgão de atuação da
Defensoria Pública.
Defensoria Pública que apresente
dificuldade no exercício das § 3º – O membro da Defensoria Pública
atribuições; encaminhará à comissão relatórios
trimestrais de atividades, instruídos
IX – a contribuição para a melhoria dos
com peças jurídicas, abrangendo as
serviços da instituição;
diversas áreas de atuação, na forma que
X – a integração comunitária no que dispuser o Regulamento Interno.
estiver afeto às atribuições do cargo;
§ 4º – O Corregedor-Geral e a comissão
XI – a frequência a cursos de designada poderão requisitar ao
aperfeiçoamento. membro da Defensoria Pública em
estágio probatório cópias de trabalhos
§ 2º – Durante o triênio a que se refere
referidos nos relatórios trimestrais e
este artigo, a atuação do membro da
não encaminhados.
Defensoria Pública será, ainda,
acompanhada e avaliada pela Art. 53 – O Corregedor-Geral da
Corregedoria-Geral, por meio de Defensoria Pública poderá, a qualquer
inspeções, correições, análise de tempo, de ofício ou mediante
trabalhos remetidos e outros meios a provocação dos membros da comissão,
seu alcance. impugnar, fundamentadamente, a
permanência do Defensor Público na
§ 3º – A permanência na carreira e a
carreira.
confirmação como membro da
Defensoria Pública serão deliberadas § 1º – O interessado será intimado
pelo Conselho Superior, na forma desta pessoalmente para, em dez dias,
lei complementar. oferecer alegações e produzir provas,
observado o disposto nos arts. 28, inciso
Art. 52 – O Corregedor-Geral da
XXI, 54, parágrafo único, 55 e 57, §§ 1º,
Defensoria Pública, para os fins do
2º e 3º, desta lei complementar.
disposto no art. 28, inciso XXI, designará
uma comissão para acompanhamento § 2º – Não sendo encontrado ou
e avaliação individual de estágio havendo fundada suspeita de
probatório do membro da Defensoria ocultação, a intimação far-se-á por
Pública.

@vouserdpese
meio de publicação no órgão oficial dos estágio probatório será examinada por
Poderes do Estado. integrante do Conselho Superior da
Defensoria Pública, designado mediante
§ 3º – Acolhida a impugnação pelo
a distribuição dos relatórios.
Conselho Superior, o Defensor Público
será exonerado por ato do Defensor § 1º – O Corregedor-Geral, até noventa
Público Geral, cabendo da decisão dias antes do término do estágio
recurso ao Conselho Superior, no prazo probatório, apresentará ao Conselho
de cinco dias. Superior relatório da atuação do
Defensor Público Substituto, emitindo
§ 4º – Rejeitada a impugnação, o
parecer sobre sua confirmação.
membro da Defensoria Pública
permanecerá em estágio probatório, § 2º – O Conselheiro designado proporá
na forma desta lei complementar. a confirmação ou não do Defensor
Público na carreira até sessenta dias
§ 5º – Não sendo impugnado o estágio
antes do término do estágio
probatório, o Corregedor-Geral
probatório, em exposição
designado para presidir a comissão
fundamentada e instruída com os
poderá sugerir ao Defensor Público
documentos necessários.
Geral, até cento e vinte dias antes do
término do estágio probatório, a Art. 56 – Caso o Conselheiro designado,
confirmação do membro da Defensoria com base em avaliação especial
Pública na carreira, servindo a realizada pela comissão de que trata o
manifestação como subsídio ao art. 52 desta lei complementar,
Conselheiro designado, nos termos do proponha ao Conselho Superior a
art. 55, § 2º, desta lei complementar. exoneração do Defensor Público em
estágio probatório, terá este dez dias
Art. 54 – Fica suspenso, até o definitivo
para oferecer alegações e provas.
julgamento, o período de estágio
probatório do membro da Defensoria § 1º – O interessado será intimado
Pública no caso de impugnação à sua pessoalmente, e, não sendo encontrado
permanência na carreira. ou havendo fundada suspeita de
ocultação, será a intimação efetivada
Parágrafo único – O Defensor Público
por meio de publicação no órgão oficial
Substituto somente poderá afastar-se
dos Poderes do Estado.
do exercício do cargo por motivo de
férias ou licença para tratamento de § 2º – O Conselho Superior, na primeira
saúde, caso em que o estágio não se reunião subsequente, decidirá sobre a
suspende. proposta de exoneração pelo voto de
dois terços de seus membros.
§ 3º – Quando o Conselho Superior
Seção III
decidir pela não-confirmação do
Da Confirmação na Carreira Defensor Público no cargo, ou não
havendo defesa, o Defensor Público
Geral procederá a sua exoneração.
Art. 55 – A conveniência da confirmação
na carreira do Defensor Público em

@vouserdpese
Art. 57 – Ficam suspensos, Art. 58 – A carreira de Defensor Público
automaticamente, até o definitivo é constituída das seguintes classes:
julgamento, o exercício funcional e o
I – Defensor Público de Classe Inicial;
período de estágio probatório do
Defensor Público Substituto, quando (Inciso com redação dada pelo art. 4º da
houver impugnação pelo Conselheiro Lei Complementar nº 134, de 7/5/2014.)
designado.
II – Defensor Público de Classe
§ 1º – Propondo o Conselheiro a Intermediária;
confirmação na carreira do membro da
(Inciso com redação dada pelo art. 4º da
Defensoria Pública, suspende-se,
Lei Complementar nº 134, de 7/5/2014.)
automaticamente, o período de estágio
probatório, até o definitivo julgamento III – Defensor Público de Classe Final;
pelo Conselho Superior da Defensoria
(Inciso com redação dada pelo art. 4º da
Pública.
Lei Complementar nº 134, de 7/5/2014.)
§ 2º – O tempo de suspensão do
IV – Defensor Público de Classe
exercício funcional será contado para
Especial.
todos os efeitos legais, em caso de
confirmação. (Inciso com redação dada pelo art. 4º da
Lei Complementar nº 134, de 7/5/2014.)
§ 3º – Se a decisão for pela confirmação
na carreira, compete ao Defensor § 1º – O quantitativo de cargos de
Público-Geral expedir o respectivo ato Defensor Público e sua distribuição nas
declaratório, no qual constará a nova classes da carreira são os estabelecidos
condição do servidor como Defensor no Anexo desta lei complementar, já
Público estável e sua respectiva classe, considerados os cargos providos pelos
além da titularidade no órgão de membros da Defensoria Pública que
atuação em que estiver exercendo as integram a carreira na data da
suas atribuições, salvo se nesse órgão de publicação desta Lei Complementar.
atuação existir titular, ainda que
licenciado ou afastado. § 2º – (Revogado pelo art. 7º da Lei
Complementar nº 134, de 7/5/2014.)
(Artigo com redação dada pelo art. 3º da
Dispositivo Revogado:
Lei Complementar nº 134, de 7/5/2014.)
“§ 2º – A Classe I da carreira de
§ 4º – Caso o Defensor Público
Defensor Público é dividida em
confirmado não puder ser titularizado Níveis I e II.”
em seu órgão de atuação, será
designado para exercer as suas (Artigo com redação dada pelo art.
atribuições em outro órgão. 2º da Lei Complementar nº 101, de
23/11/2007.)

(Vide art. 6º da Lei Complementar


CAPÍTULO III nº 101, de 23/11/2007.)

Da Carreira e dos Cargos (Vide art. 6º da Lei Complementar


nº 134, de 7/5/2014.)

@vouserdpese
CAPÍTULO IV requisito, ou se quem o preencher não
se inscrever para a promoção.
Da Vacância e das Formas de
Provimento Derivado
Subseção I
Seção I Da Antiguidade
Disposições Preliminares
Art. 61 – A antiguidade, para efeito de
promoção, será determinada pelo
Art. 59 – O Defensor Público Geral fará
tempo de efetivo exercício na classe,
publicar, no órgão oficial dos Poderes do
independentemente de inscrição,
Estado, edital para provimento de vaga
importando interrupção de contagem
existente.
de tempo o afastamento ou a licença
Parágrafo único – O Regulamento do cargo, salvo por motivo de:
Interno disciplinará os requisitos do
I – férias;
edital de promoção ou remoção e os
critérios de votação, observado o II – licença:
disposto nesta lei complementar.
a) para tratamento de saúde;
b) por motivo de doença em pessoa da
Seção II família;
Da Promoção c) à gestante;
d) paternidade;
Art. 60 – A promoção na carreira de e) em caráter especial;
Defensor Público será efetivada por ato
f) para casamento;
do Defensor Público Geral, atendidos,
alternadamente, os critérios de g) por luto;
antiguidade e merecimento,
III – período de trânsito;
observando este a lista tríplice,
decorrido o interstício de três anos de IV –prestação de serviço militar e
efetivo exercício na classe. outros obrigatórios por lei;
§ 1º – Na promoção por merecimento V – exercício de mandato eletivo ou da
de que trata o “caput” deste artigo, o entidade de classe;
Defensor Público Geral levará em
VI – exercício, no âmbito da Defensoria
consideração a eficiência e a
Pública, de cargos em comissão ou
produtividade no exercício das
função de assessoria;
atribuições inerentes ao cargo.
VII – outros casos previstos em lei.
§ 2º – Dispensar-se-á o prazo de
interstício previsto no “caput” deste Art. 62 – Ocorrendo empate na
artigo se não houver quem preencha tal classificação por antiguidade, terão
preferência, sucessivamente:

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I – o que for mais antigo na carreira da nos incisos do art. 61 desta lei
Defensoria Pública; complementar;
II – o que tiver mais tempo de serviço VI – não tenha dado causa,
público estadual; injustificadamente, a adiamento de
audiência, no período de doze meses
III – o que tiver mais tempo de serviço
anteriores ao pedido, e assim o declarar
público;
expressamente no requerimento de
IV – o que tiver obtido melhor inscrição;
classificação no concurso para ingresso
VII – não esteja em estágio probatório.
na carreira;
Art. 64 – A promoção por merecimento
V – o que tiver mais idade.
dependerá de lista tríplice para cada
vaga, elaborada pelo Conselho
Superior da Defensoria Pública, em
Subseção II
sessão aberta e com voto oral.
Do Merecimento
§ 1º – Serão incluídos na lista tríplice os
nomes votados pela maioria absoluta,
realizando-se tantos escrutínios
Art. 63 – Poderá concorrer à promoção
quantos necessários.
por merecimento o membro da
Defensoria Pública que: § 2º – A lista de promoção por
merecimento poderá conter menos de
I – requeira sua inscrição no prazo de
três nomes, se não houver
quinze dias a contar da publicação, no
remanescente da classe com o requisito
órgão oficial dos Poderes do Estado, do
do interstício.
aviso de existência de vaga, constando
no requerimento estar com o serviço § 3º – A lista tríplice será acompanhada
em dia; do histórico funcional dos candidatos,
com a indicação dos votos obtidos, o
II – não esteja em disponibilidade
escrutínio e a menção de entradas em
cautelar ou decorrente de punição;
listas anteriores.
III – não tenha sofrido penalidade
§ 4º – É obrigatória a promoção por
disciplinar nos doze meses anteriores à
merecimento do membro da
formação da lista nem esteja submetido
Defensoria Pública que figurar na lista
a processo disciplinar ou administrativo;
pela terceira vez consecutiva ou pela
IV – não esteja respondendo a ação quinta vez alternada.
penal por infração cuja sanção
§ 5º – Em caso de haver mais de um
cominada seja de reclusão nem esteja
candidato à promoção compulsória, o
cumprindo pena;
desempate far-se-á pelo critério
V – não se tenha afastado do exercício estabelecido no art. 62 desta lei
das funções nos últimos dois anos, ou a complementar.
ele retornado nos últimos seis meses,
ressalvadas as hipóteses relacionadas

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Art. 65 – O Conselho Superior fixará os VIII – contribuição à melhoria dos
critérios para aferição do merecimento, serviços da instituição e do Núcleo.
considerando especialmente:
Art. 67 – O Defensor Público Geral
I – o aprimoramento intelectual e promoverá, no prazo de quinze dias
cultural em cursos de aperfeiçoamento contados do recebimento do
de natureza jurídica, promovidos pela expediente, os indicados à promoção
Defensoria Pública ou por por antiguidade ou por merecimento.
estabelecimento de ensino superior
Parágrafo único – A promoção realizada
oficialmente reconhecido,
após o prazo fixado neste artigo
compreendendo, necessariamente, as
retroagirá ao dia seguinte de seu
seguintes atividades:
vencimento.
a) apresentação de trabalho escrito
sobre assunto de relevância jurídica;
CAPÍTULO V
b) defesa oral do trabalho que tenha
sido aceito por banca examinadora; Da Inamovibilidade e da Remoção
II – a contribuição à organização e à
melhoria dos serviços da Defensoria
Art. 68 – Os membros da Defensoria
Pública.
Pública são inamovíveis, salvo se
Art. 66 – Serão observados, além dos apenados com remoção compulsória,
requisitos legais para a promoção, os na forma desta lei complementar.
seguintes critérios:
Art. 69 – A remoção será voluntária ou
I – operosidade, assiduidade e por permuta, sempre entre membros
dedicação ao exercício do cargo; da mesma classe.
II – presteza e segurança nas Art. 70 – A remoção compulsória
manifestações processuais; somente será aplicada com prévio
parecer do Conselho Superior,
III – condutas pública e particular
assegurada ampla defesa em processo
ilibadas;
administrativo-disciplinar.
IV – conceito atribuído aos
Art. 71 – A remoção voluntária far-se-á
assentamentos funcionais, na forma do
mediante requerimento apresentado
Regulamento Interno;
ao Defensor Público Geral nos quinze
V – referências em razão da atuação dias seguintes à publicação, no órgão
funcional; oficial dos Poderes do Estado, do edital
do aviso da existência da vaga.
VI – publicação de livros, teses, estudos
e artigos jurídicos e premiação obtida; § 1º – Findo o prazo fixado no “caput”
deste artigo e havendo mais de um
VII – atuação em Núcleo que apresente
candidato à remoção, será removido o
dificuldade ao exercício das
mais antigo na classe, e, ocorrendo
atribuições;
empate, sucessivamente, o mais antigo
na carreira, no serviço público do

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Estado, no serviço público em geral, o Art. 73 – O Defensor Público goza das
mais idoso e o mais bem classificado no seguintes garantias:
concurso para ingresso na Defensoria
I – independência funcional no
Pública.
desempenho de suas atribuições;
§ 2º – A remoção precederá o
II – inamovibilidade;
preenchimento da vaga por promoção.
III – irredutibilidade de subsídio, fixado
§ 3º – Dar-se-á a remoção voluntária,
nos termos da Constituição da
independentemente de vaga, para
República;
acompanhar cônjuge ou companheiro
ocupante de cargo público efetivo, nos IV – estabilidade, nos termos desta lei
termos do Regulamento Interno. complementar.
Art. 72 – A remoção por permuta será § 1º – O membro da Defensoria Pública
concedida mediante requerimento do confirmado no cargo nos termos do art.
interessado, atendida a conveniência do 57, § 3º, desta lei complementar
serviço. somente poderá ser demitido em
virtude de sentença judicial transitada
§ 1º – A remoção por permuta somente
em julgado ou em procedimento
será deferida após um ano de exercício
administrativo-disciplinar, assegurada
como Defensor Público de Primeira
a ampla defesa, em qualquer hipótese.
Classe.
§ 2º – Em caso de extinção do órgão de
§ 2º – Presume-se inconveniente ao
execução, mudança da sede do Núcleo
serviço a remoção por permuta quando
de atuação ou da comarca, será
um dos Defensores Públicos estiver às
facultada ao Defensor Público a
vésperas de aposentadoria ou de
remoção para outro Núcleo ou
exoneração do cargo a pedido.
comarca, ou obtenção de
§ 3º – Na ocorrência do previsto no § 2º disponibilidade com subsídio
deste artigo, o Conselho Superior proporcional ao tempo de serviço, até o
revogará a remoção por permuta, sem seu adequado aproveitamento em
prejuízo de penalidade disciplinar. outro cargo, e a contagem do tempo de
serviço como se em exercício estivesse.
§ 4º – O ato de remoção é de
competência do Defensor Público
Geral.
CAPÍTULO II
Das Prerrogativas
TÍTULO V
Das Garantias e das Prerrogativas
Art. 74 – São prerrogativas dos
membros da Defensoria Pública no
exercício de suas atribuições:
CAPÍTULO I
I – receber intimação pessoal em
Das Garantias
qualquer processo ou grau de
jurisdição, mediante entrega dos autos

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com vista, contando-se lhe em dobro informações, esclarecimentos e
todos os prazos; providências;
II – não ser preso senão por ordem X – receber, no prazo de quarenta e oito
judicial escrita, salvo em flagrante, caso horas, cópia dos autos de prisão em
em que a autoridade fará flagrante ratificados, em que o
imediatamente comunicação oral ao conduzido não tenha sido assistido por
Defensor Público; advogado;
III – ser recolhido a prisão especial ou a XI – representar a parte em feito
sala especial de Estado-Maior, com administrativo ou judicial,
instalações e comodidades condignas e independentemente de mandato,
com privacidade, e, após sentença ressalvados os casos para os quais a lei
condenatória transitada em julgado, exija poderes especiais, em qualquer
ser recolhido em dependência grau de jurisdição;
separada no estabelecimento em que
XII – validar, para o efeito de instrução
tiver de ser cumprida a pena;
processual, cópias de documentos
IV – comunicar-se, pessoal e originais devidamente conferidos;
reservadamente, com seus assistidos,
XIII – expedir notificação para o fiel
mesmo sem designação, quando estes
desempenho de suas atribuições;
se acharem presos;
XIV – deixar de patrocinar ação quando
V – ter vista pessoal dos processos
ela for manifestamente incabível ou
judiciais, em cartório ou na repartição
inconveniente aos interesses da parte
competente, fora dos cartórios e das
sob seu patrocínio, comunicando o fato
secretarias, ressalvadas as vedações
ao Defensor Público Geral, com as
legais, ou retirá-los pelos prazos legais;
razões de seu procedimento;
VI – examinar autos de processos, em
XV – receber o mesmo tratamento
andamento ou findos;
reservado aos magistrados, aos
VII – examinar, em qualquer repartição membros do Ministério Público e aos
policial, mesmo sem designação, autos demais titulares de cargos das funções
de flagrante e de inquérito, findos ou essenciais à Justiça;
em andamento, ainda que conclusos à
XVI – ser ouvido como testemunha em
autoridade, podendo copiar peças e
qualquer processo ou procedimento,
tomar apontamentos;
em dia, hora e local previamente
VIII – manifestar-se em autos ajustados com a autoridade
administrativos ou judiciais por meio competente;
de cota, com assinatura devidamente
XVII – usar insígnias e vestes talares
identificada;
privativas da Defensoria Pública, de
IX – requisitar de autoridade pública ou acordo com os modelos oficiais
de seus agentes, civis e militares, aprovados no Regulamento Interno;
exames, certidões, perícias, vistorias,
XVIII – ter carteira de identidade
diligências, processos, documentos,
funcional, expedida pela própria

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instituição, conforme modelo aprovado constituída de vencimentos,
pelo Defensor Público Geral, de uso adicionais e gratificações, previstos
obrigatório no exercício de suas em leis específicas, e as seguintes
atividades. vantagens:
I – ajuda de custo para despesas de
transporte e mudança;
TÍTULO VI
II – salário-família;
Do Subsídio e dos Outros Direitos. III – diárias;
(Título com redação dada pelo art. 12 IV – representação;
da Lei Complementar nº 141, de
13/12/2016.) V – gratificação pela prestação de
serviço especial;
VI – gratificação pelo efetivo
CAPÍTULO I exercício em comarca de difícil
acesso, assim definido pela lei de
Do Subsídio organização judiciária;
(Título do capítulo com redação dada VII – gratificação especial de Natal;
pelo art. 13 da Lei Complementar nº
VIII – um terço da remuneração, em
141, de 13/12/2016.)
razão de férias.”
(Vide Lei nº 17.162, de
Seção Única 26/11/2007.)

Dos Cargos de Provimento Efetivo da (Vide Lei nº 18.801, de 31/3/2010.)


Carreira

Art. 75-A – A remuneração por subsídio


Art. 75 – O subsídio do membro da não exclui a percepção das seguintes
Defensoria Pública é fixado nos termos vantagens:
dos arts. 39, § 4º, e 135 da Constituição I – gratificação natalina,
da República, mediante lei de iniciativa correspondente a 1/12 (um doze avos)
do Defensor Público-Geral. da remuneração a que fizer jus no mês
(Caput com redação dada pelo art. 10 da de dezembro por mês de efetivo
Lei Complementar nº 141, de exercício no respectivo ano,
13/12/2016.) considerando-se como mês integral a
fração igual ou superior a quinze dias;
Parágrafo único – (Revogado pelo art. 16
da Lei Complementar nº 141, de II – gratificação de férias anuais, não
13/12/2016.) inferior a 1/3 (um terço) do valor do
subsídio;
Dispositivo revogado:
III – diárias, mediante comprovação, na
“Parágrafo único – Até a publicação forma de deliberação do Conselho
da lei de que trata o “caput” deste
Superior da Defensoria Pública;
artigo, fica mantida a remuneração
vigente do Defensor Público,

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IV – gratificação pela prestação de V – outros direitos previstos em lei.
serviço especial, na forma da lei;
Parágrafo único – Sem prejuízo do
V – gratificação pelo exercício de cargo disposto em legislação específica, as
em comissão ou função de confiança, condições para a concessão dos direitos
na forma da lei; previstos neste artigo serão definidas no
Regulamento Interno.
VI – auxílio-alimentação, a ser
implementado por resolução do (Artigo com redação dada pelo art. 10 da
Defensor Público-Geral, observada a Lei Complementar nº 141, de
deliberação do Conselho Superior de 13/12/2016.)
Defensoria Pública;
Art. 77 – São considerados como de
VII – outras vantagens previstas em lei efetivo exercício, para todos os efeitos
de iniciativa do Defensor Público-Geral. legais, os dias em que o membro da
Defensoria Pública estiver afastado de
§ 1º – As vantagens previstas neste
suas funções em razão de:
artigo têm caráter indenizatório e não
se incorporam à remuneração do I – licença prevista nesta lei
membro da Defensoria Pública. complementar;
§ 2º – A implementação das vantagens a II – férias;
que se refere o caput observará a
III – período de trânsito;
disponibilidade orçamentária.
IV – disponibilidade remunerada, em
(Artigo com redação acrescentada pelo
caso de afastamento decorrente de
art. 14 da Lei Complementar nº 141, de
processo administrativo-disciplinar,
13/12/2016.)
exceto para promoção;
V – designação do Defensor Público
CAPÍTULO II Geral para a realização de atividade de
relevância para a instituição;
Dos Direitos
VI – exercício de mandato eletivo de
associação representativa da classe.
Seção I
Parágrafo único – É assegurado o
Disposições Preliminares afastamento do Defensor Público, sem
prejuízo de subsídio, direitos e
vantagens, para exercer a Presidência
Art. 76 – São assegurados aos membros da Associação dos Defensores Públicos
da Defensoria Pública, além do subsídio, de Minas Gerais.
os seguintes direitos:
(Parágrafo acrescentado pelo art. 4º da
I – férias e férias-prêmio; Lei Complementar nº 101, de
23/11/2007.)
II – licenças e afastamentos;
III – aposentadoria;
Seção II
IV – direito de petição;

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Das Férias Art. 79 – São deveres do membro da
Defensoria Pública:
I – residir na localidade onde exerce
Art. 78 – O Defensor Público gozará de
suas funções, salvo as exceções
férias individuais de vinte e cinco dias
previstas nesta lei complementar;
úteis por ano.
II – comparecer diariamente, durante o
§ 1º – As férias não gozadas por
horário regular do expediente, à sede
membro ou servidor da Defensoria
do órgão em que atue, exercendo os
Pública do Estado por conveniência do
atos do seu ofício;
serviço poderão sê-lo,
cumulativamente, em período III – ter irrepreensível conduta,
posterior, não excedendo cada etapa pugnando pelo prestígio da justiça e
de gozo a dois períodos de vinte e cinco velando pela dignidade de suas
dias úteis cada um, ou convertidas em funções;
indenização, a requerimento do
IV – desempenhar com zelo e presteza,
interessado e observada a
dentro dos prazos, os serviços a seu
disponibilidade orçamentária, a critério
cargo e os que, na forma da lei, lhe
do Defensor Público-Geral, que
sejam atribuídos pelo Defensor Público
regulamentará a conversão.
Geral;
(Paragráfo com redação dada pelo art.
V – desempenhar com eficiência e
15 da Lei Complementar nº 141, de
produtividade as atribuições inerentes
13/12/2016.)
ao cargo;
§ 2º – As férias poderão ser gozadas em
VI – representar ao Defensor Público
dois períodos, um dos quais com
Geral sobre as irregularidades de que
duração mínima de dez dias úteis, de
tiver ciência em razão de seu cargo;
acordo com o interesse do serviço.
VII – prestar as informações solicitadas
§ 3º – Não poderá entrar em gozo de
pelos órgãos da administração superior
férias o Defensor Público com autos em
da Defensoria Pública;
seu poder por tempo excedente ao
prazo legal, ou em falta com tarefa que VIII – atender ao expediente forense e
lhe tenha sido previamente atribuída. participar dos atos judiciais, quando for
obrigatória a sua presença;
IX – respeitar as partes e tratá-las com
TÍTULO VII
urbanidade;
Dos Deveres, das Proibições e dos
X – declarar-se suspeito ou impedido,
Impedimentos
nos termos da lei;
XI – manter sigilo funcional quanto à
CAPÍTULO I matéria dos procedimentos em que
atuar, especialmente nos que tramitam
Dos Deveres
em segredo de justiça;

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XII – velar pela boa aplicação dos bens atuação da Defensoria Pública e de
confiados à sua guarda; outros atos praticados no exercício do
cargo;
XIII – sugerir ao Defensor Público Geral
providências para a melhoria dos XXII – obedecer aos atos normativos
serviços no âmbito de sua atuação; regularmente expedidos.
XIV – interpor os recursos cabíveis para
qualquer instância ou tribunal e
CAPÍTULO II
promover revisão criminal, sempre que
encontrar fundamentos na lei, Das Proibições
jurisprudência ou prova dos autos;
XV – apresentar relatório mensal das
Art. 80 – Além das proibições gerais
atividades desenvolvidas, da
decorrentes do exercício de cargo
tramitação dos processos e das tarefas
público, ao membro da Defensoria
que lhe forem atribuídas, com sugestões
Pública é vedado especialmente:
para o aprimoramento dos serviços;
I – exercer a advocacia fora de suas
XVI – exercer, mediante designação do
atribuições institucionais;
Defensor Público Geral, a
coordenadoria de órgão de atuação da II – aceitar cargo, exercer função
Defensoria Pública e outros cargos de pública ou mandato não legalmente
confiança da instituição; autorizado;
XVII – integrar comissão de processo III – requerer, advogar ou praticar, em
administrativo-disciplinar; juízo ou fora dele, atos que colidam
com as funções inerentes ao seu cargo
XVIII – permanecer no fórum ou nos
ou com os preceitos éticos de sua
locais destinados aos órgãos de
profissão;
atuação, em horário necessário ou
conveniente ao desempenho de sua IV – empregar, em qualquer expediente
função, salvo nos casos de realização de oficial, expressões ou termos
diligência indispensável ao exercício de injuriosos;
atribuições;
V – adotar postura incompatível com a
XIX – representar à autoridade dignidade do cargo;
competente quando, no exercício de
VI – valer-se da qualidade de Defensor
suas atribuições, tiver conhecimento da
Público para obter vantagens
prática de infração penal;
indevidas;
XX – indicar seu nome e sua condição
VII – receber, a qualquer título e sob
de Defensor Público, bem como sua
qualquer pretexto, em razão de suas
matrícula na instituição, em todos os
atribuições, custas processuais,
documentos assinados por ele no
percentagens ou honorários, salvo os
exercício de suas atribuições;
de sucumbência;
XXI – manter arquivo com cópias de
manifestações processuais no órgão de

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VIII – exercer o comércio ou participar Art. 82 – Os membros da Defensoria
de sociedade comercial, exceto como Pública não podem participar de
cotista ou acionista; comissão, banca de concurso ou de
qualquer decisão quando o julgamento
IX – revelar segredo que conheça em
ou a votação disser respeito às pessoas
razão do cargo;
mencionadas no inciso III do art. 81
X – exercer atividade político-partidária desta lei complementar.
enquanto atuar na Justiça Eleitoral.

TÍTULO VIII
CAPÍTULO III
Da Responsabilidade Funcional
Dos Impedimentos

CAPÍTULO I
Art. 81 – É defeso ao Defensor Público
Do Regime Disciplinar
exercer as suas funções em processo ou
procedimento:
I – em que seja parte ou, de qualquer Art. 83 – Pelo exercício irregular de suas
forma, interessado; funções, o Defensor Público responde
civil, penal e administrativamente.
II – em que haja atuado como advogado
da parte, perito, juiz, membro do Parágrafo único – Qualquer pessoa
Ministério Público, autoridade policial, pode representar ao Corregedor-Geral
escrivão de polícia, auxiliar de justiça sobre os abusos, os erros ou as
ou testemunha; omissões de membro da Defensoria
Pública.
III – em que for interessado cônjuge ou
companheiro, parente consanguíneo ou Art. 84 – A apuração da
afim, em linha reta, ou na colateral, até responsabilidade de membro da
o terceiro grau; Defensoria Pública dar-se-á por meio de
procedimento determinado pelo
IV – no qual haja postulado como
Defensor Público Geral, na forma desta
advogado de qualquer das pessoas
lei complementar.
mencionadas no inciso III deste artigo;
Art. 85 – A atividade funcional dos
V – em que qualquer das pessoas
membros da Defensoria Pública estará
mencionadas no inciso III deste artigo
sujeita a inspeção permanente, por
atue ou haja atuado como magistrado,
meio de correição ordinária ou
membro do Ministério Público,
extraordinária.
autoridade policial, escrivão de polícia
ou auxiliar de justiça; § 1º – A correição ordinária será
realizada anualmente pelo Corregedor-
VI – em que houver dado para a parte
Geral, para verificar a eficiência e a
contrária parecer verbal ou escrito
assiduidade no serviço.
sobre o objeto da demanda.

@vouserdpese
§ 2º – A correição extraordinária será
realizada pelo Corregedor-Geral,
Seção II
visando ao fim específico de interesse
do serviço. Das Penalidades
Art. 86 – Cabe ao Corregedor-Geral da
Defensoria Pública, concluídas as
Art. 88 – Os membros da Defensoria
correições de que trata o art. 85,
Pública estão sujeitos às seguintes
apresentar ao Defensor Público Geral o
penalidades, que constarão em seus
relatório dos fatos apurados, com a
assentos profissionais:
indicação das providências a serem
adotadas. I – advertência;
II – suspensão por até noventa dias;
CAPÍTULO II III – remoção compulsória;
Das Infrações, das Penalidades e da IV – demissão;
Prescrição
V – cassação de aposentadoria.
§ 1º – Aplica-se a pena de advertência às
Seção I infrações disciplinares previstas nesta
lei complementar não punidas com
Das Infrações
sanção específica.
§ 2º – O membro da Defensoria Pública
Art. 87 – Constituem infrações que praticar infração punível com
disciplinares dos membros da remoção compulsória ou demissão não
Defensoria Pública, além de outras poderá aposentar-se até o trânsito em
definidas em lei: julgado do procedimento
administrativo-disciplinar, salvo por
I – violação dos deveres funcionais e
implemento de idade.
das vedações previstas nos arts. 80, 81
e 82 desta lei complementar; Art. 89 – Considera-se reincidência,
para os efeitos desta lei complementar,
II – prática de crime contra a
a prática de nova infração na metade do
administração pública;
prazo previsto no art. 97, incisos I e II,
III – ato de improbidade administrativa; contado da edição do ato que tenha
imposto a pena disciplinar.
IV – abandono de cargo.
Art. 90 – Na aplicação de pena
Parágrafo único – Considera-se
disciplinar, considerar-se-ão os
abandono de cargo a ausência do
antecedentes do membro da
Defensor Público ao serviço, sem causa
Defensoria Pública, a natureza e a
justificada, por mais de trinta dias
gravidade da infração, as circunstâncias
consecutivos ou noventa dias
em que foi praticada e os danos que
intercalados, no período de doze
dela resultaram ao serviço e à dignidade
meses.
da instituição.

@vouserdpese
Art. 91 – São competentes para impor reincidência em falta punida com
as penalidades de que trata esta seção: advertência ou quando a infração dos
deveres e das proibições funcionais,
I – O Governador do Estado, nos casos
por sua gravidade, justificar a sua
de demissão e de cassação de
imposição.
aposentadoria;
§ 1º – Enquanto durar, a suspensão
II – O Defensor Público Geral, nos
importa na perda do subsídio inerente
demais casos.
ao exercício do cargo.
§ 1º – Nenhuma penalidade será
§ 2º – Quando houver conveniência
aplicada sem que se garanta o
para o serviço, a penalidade de
contraditório e a ampla defesa ao
suspensão poderá ser convertida em
membro da Defensoria Pública, com os
multa, na base de 50% (cinquenta por
meios e recursos a ela inerentes, sendo
cento) do subsídio, correspondente ao
obrigatória a instauração de processo
número de dias, ficando o membro da
administrativo-disciplinar.
Defensoria Pública obrigado a
§ 2º – As penas disciplinares serão permanecer em serviço.
aplicadas cumulativamente em caso de
concurso de infrações, salvo quando,
em razão de reincidência, esta implicar Subseção III
sanção mais grave.
Da Remoção Compulsória

Subseção I
Art. 94 – A remoção compulsória será
Da Advertência aplicada quando a infração praticada,
por sua gravidade e repercussão, tornar
incompatível a permanência do
Art. 92 – A pena de advertência será membro da Defensoria Pública no
aplicada reservadamente e por escrito, órgão de atuação em que está lotado.
nos casos de violação dos deveres e das
proibições funcionais e nos casos de
desempenho e produtividade Subseção IV
insuficientes, apurados nos termos do
Da Demissão
regulamento, quando o fato não
justificar a imposição de pena mais
grave.
Art. 95 – A pena de demissão será
aplicada ao membro da Defensoria
Pública quando houver reincidência em
Subseção II
falta punida com suspensão ou
Da Suspensão remoção compulsória e nas seguintes
hipóteses, entre outras previstas em lei:
I – lesão aos cofres públicos,
Art. 93 – A suspensão, por até noventa
dilapidação do patrimônio estatal ou
dias, será aplicada quando houver

@vouserdpese
de bens e valores confiados a sua II – em quatro anos, as puníveis com
guarda; demissão e cassação da aposentadoria
ou da disponibilidade.
II – improbidade administrativa, nos
termos da lei; § 1º – A infração disciplinar punida em
lei como crime terá o prazo de
III – condenação por crime praticado
prescrição deste.
com abuso de poder ou violação de
dever para com a administração § 2º – A prescrição começa a correr:
pública, quando a pena aplicada for
I – do dia em que a falta foi cometida;
igual ou superior a dois anos;
II – do dia em que tenha cessado a
IV – incontinência pública escandalosa
continuação, no caso de falta
que comprometa gravemente, por sua
continuada.
habitualidade, a dignidade ou o decoro
inerentes ao cargo e à instituição; § 3º – A verificação de incapacidade
mental, no curso de processo
V – abandono do cargo;
administrativo-disciplinar, suspende a
VI – revelação de assunto de caráter prescrição.
sigiloso que conheça em razão do
§ 4º – A prescrição não terá curso
cargo;
durante o período de estágio
VII – aceitação ilegal de cargo ou função probatório.
pública.
§ 5º – A instauração de processo
administrativo ou a citação do infrator
para a ação judicial interrompe a
Subseção V
prescrição.
Da Cassação da Aposentadoria

CAPÍTULO III
Art. 96 – A pena de cassação da
Do Processo Administrativo
aposentadoria será aplicada nos casos
de falta punível com demissão,
praticada no exercício do cargo.
Seção I
Disposições Preliminares
Seção III
Da Prescrição
Art. 98 – Para efeito de apuração das
infrações disciplinares praticadas pelos
membros da Defensoria Pública, o
Art. 97 – A prescrição das faltas
processo administrativo-disciplinar será
ocorrerá:
dividido em sindicância e
I – em dois anos, as puníveis com procedimento administrativo-
advertência e suspensão; disciplinar.

@vouserdpese
Art. 99 – O processo administrativo- Da Sindicância
disciplinar será conduzido por uma
comissão composta de três membros,
designados pelo Defensor Público Art. 104 – A sindicância, de caráter
Geral. sigiloso, tem por finalidade a
averiguação da conduta do membro da
§ 1º – A comissão será constituída por
Defensoria Pública, podendo instruir,
Subcorregedores-Gerais da Defensoria
quando for o caso, o processo
Pública, cabendo a presidência ao mais
administrativo-disciplinar.
antigo na Classe Especial, em caso de
processo administrativo-disciplinar Art. 105 – A Corregedoria-Geral, de
instaurado contra Defensor Público de ofício, por provocação dos órgãos da
Classe Especial. administração superior da Defensoria
Pública, do Defensor Público Geral, bem
§ 2º – Serão assegurados à comissão, a
como por representação escrita ou
qual atuará com isenção e
reduzida a termo de qualquer
imparcialidade, todos os meios
interessado, poderá instaurar
necessários ao desempenho de suas
sindicância, de caráter sigiloso e
atribuições e, especialmente, o
simplesmente investigatório, quando
exercício das prerrogativas previstas no
não houver elementos suficientes para
art. 74, incisos V, VI, VII e IX, desta lei
se concluir pela existência de falta ou
complementar.
de sua autoria, atendidos os seguintes
Art. 100 – Será determinada a requisitos:
suspensão do feito se, no curso do
I – qualificação do representante;
processo administrativo-disciplinar,
houver indícios de incapacidade mental II – exposição dos fatos e indicação das
do membro da Defensoria Pública, provas;
observado o previsto no art. 97, § 3º,
III – notificação pessoal do membro da
desta lei complementar.
Defensoria Pública sobre os fatos a ele
Art. 101 – Das decisões condenatórias imputados;
proferidas em processo administrativo-
IV – conclusão da sindicância no prazo
disciplinar, caberá recurso ao Conselho
máximo de trinta dias, admitida uma
Superior no prazo de quinze dias
prorrogação por igual período.
contados da intimação pessoal do
membro da Defensoria Pública ou de Art. 106 – Na sindicância, será
seu procurador. obrigatoriamente ouvido o sindicado,
sob pena de nulidade, o qual será
Art. 102 – A Corregedoria-Geral
notificado pessoalmente dos fatos a ele
regulamentará o processo
imputados.
administrativo-disciplinar, atendido o
disposto nesta lei complementar. Parágrafo único – A notificação do
membro da Defensoria Pública será
Art. 103 – (Vetado).
feita mediante edital publicado no
órgão oficial dos Poderes do Estado,
com o prazo de cinco dias, se ele estiver
Seção II

@vouserdpese
em lugar incerto, ignorado, inacessível decretação da perda do cargo de
ou se furtar à realização do ato. membro da Defensoria Pública.
Art. 107 – O Corregedor-Geral poderá Art. 110 – O processo administrativo-
determinar o arquivamento da disciplinar será instaurado por ato:
representação se desatendidos os
I – do Corregedor-Geral;
requisitos dos arts. 104, 105 e 106 desta
lei complementar ou se ela for II – do Defensor Público Geral, quando
manifestamente improcedente, dando- recomendado pelo Conselho Superior.
se ciência ao membro da Defensoria
Art. 111 – Caso a infração seja punível
Pública e ao Defensor Público Geral.
com pena de demissão, caberá ao
Parágrafo único – O Defensor Público Conselho Superior da Defensoria
Geral, recebida a representação, se Pública decidir sobre a matéria.
considerar insubsistentes os motivos
Art. 112 – O processo administrativo-
do arquivamento previsto no “caput”
disciplinar poderá ser confidencial, a
deste artigo, poderá determinar a
critério da autoridade instauradora, e as
instauração da sindicância.
sanções disciplinares farão referência
Art. 108 – Encerrada a sindicância, a exclusivamente ao número do
comissão sindicante encaminhará os processo, sem menção ao fato que lhe
autos ao Corregedor-Geral, com deu origem.
relatório fundamentado, propondo as
Art. 113 – O membro da Defensoria
medidas cabíveis, bem como, se for o
Pública será notificado pessoalmente
caso, o afastamento do sindicado até a
dos fatos a ele imputados, para defesa
decisão final do processo
em quinze dias contados do efetivo
administrativo-disciplinar, sem prejuízo
recebimento da notificação.
de seu subsídio.
Parágrafo único – A notificação do
membro da Defensoria Pública será
Seção III feita mediante edital publicado no
órgão oficial dos Poderes do Estado,
Do Processo Administrativo-Disciplinar
com prazo de cinco dias, se ele estiver
em lugar incerto, ignorado, inacessível
ou se furtar à realização do ato.
Art. 109 – O processo administrativo-
disciplinar será instaurado para a Art. 114 – A defesa poderá ser oferecida
aplicação das penalidades previstas pessoalmente ou por intermédio de
nesta lei complementar, podendo ser procurador constituído.
instruído pelos autos da sindicância ou
Art. 115 – Em caso de revelia, a defesa
por outros elementos que efetivamente
será apresentada por Defensor Público
comprovem a autoria e a materialidade
da Classe Especial, mediante
dos fatos.
designação do presidente da comissão.
Parágrafo único – O processo
Art. 116 – Em qualquer fase do processo
administrativo-disciplinar poderá ser
administrativo-disciplinar, o membro
instaurado para instruir a ação de
da Defensoria Pública considerado revel

@vouserdpese
poderá constituir procurador ou o encaminhará ao Defensor Público
assumir pessoalmente a defesa. Geral, com parecer conclusivo,
propondo a pena aplicável, se for o
Art. 117 – A comissão, após colhidas as
caso.
declarações do membro da Defensoria
Pública, salvo na hipótese prevista no § 4º – O Defensor Público Geral, em ato
art. 114 desta lei complementar, motivado, proferirá sua decisão no
determinará a oitiva de testemunhas prazo de dez dias contados do
arroladas, a juntada de documentos recebimento do processo.
indicados e a realização de outras
Art. 119 – O membro da Defensoria
provas, nos quinze dias subsequentes à
Pública ou seu defensor, no caso de
apresentação da defesa.
revelia, será intimado pessoalmente da
§ 1º – A comissão poderá indeferir as decisão proferida.
provas reputadas impertinentes ou
Art. 120 – A Corregedoria-Geral
meramente protelatórias.
fornecerá certidões relativas ao
§ 2º – Concluída a instrução, o membro processo administrativo-disciplinar
da Defensoria Pública ou seu exclusivamente ao membro da
procurador, nos cinco dias Defensoria Pública, ao Defensor
subsequentes, poderá oferecer Público Geral, aos órgãos da
alegações finais por escrito. administração superior da Defensoria
Pública ou, se for o caso, àquele que
§ 3º – O processo administrativo-
tenha representado sobre o fato.
disciplinar será concluído no prazo de
até sessenta dias contados da Art. 121 – Aplicam-se subsidiariamente
conclusão da instrução, admitida uma ao processo administrativo-disciplinar
prorrogação por igual período, as normas que forem baixadas pelo
mediante motivação expressa. Conselho Superior da Defensoria
Pública e as da legislação atinente aos
Art. 118 – A comissão, concluído o
servidores públicos civis do Estado.
processo administrativo-disciplinar,
apresentará relatório e encaminhará os
autos ao Corregedor-Geral.
Seção IV
§ 1º – O relatório será conclusivo
Do Recurso
quanto à inocência ou à
responsabilidade do membro da
Defensoria Pública.
Art. 122 – Da decisão condenatória
§ 2º – Reconhecida a responsabilidade proferida pelo Defensor Público Geral,
do membro da Defensoria Pública, a poderá o membro da Defensoria Pública
comissão indicará o dispositivo legal ou ou seu procurador, no prazo de dez dias
regulamentar transgredido, bem como contados da intimação, interpor
as circunstâncias agravantes ou recurso com efeito suspensivo ao
atenuantes. Conselho Superior da Defensoria
Pública.
§ 3º – Recebido o relatório, o
Corregedor-Geral, no prazo de dez dias,

@vouserdpese
Art. 123 – A distribuição e o julgamento penalidade imposta, restabelecendo-se
do recurso pelo Conselho Superior será os direitos por ela atingidos.
realizado de acordo com as normas
regimentais, intimando-se o recorrente
da decisão. Seção VI
Da Reabilitação
Seção V
Da Revisão Art. 126 – Decorridos dois anos do
trânsito em julgado da decisão que lhe
Art. 124 – A revisão do processo
houver imposto penalidade disciplinar
administrativo-disciplinar será
de advertência ou suspensão, poderá o
admitida a qualquer tempo, sempre
membro da Defensoria Pública
que forem alegados vícios insanáveis
requerer ao Conselho Superior o
no procedimento ou quando se
cancelamento das suas notas nos
aduzirem fatos novos ou circunstâncias
assentos funcionais, salvo se
suscetíveis de provar a inocência ou de
reincidente.
justificar a imposição de pena mais
branda.
§ 1º – A revisão poderá ser requerida TÍTULO IX
pelo próprio interessado ou, se
Disposições Finais e Transitórias
falecido, pelo cônjuge ou companheiro,
ascendente, descendente ou irmão ou,
se interdito, pelo curador.
Art. 127 – A primeira eleição para a
§ 2º – O pedido de revisão será dirigido escolha do Defensor Público Geral, na
à autoridade que houver aplicado a forma prevista no art. 7º, realizar-se-á
sanção, a qual, se o admitir, no prazo de noventa dias contados da
determinará o seu processamento em data de publicação desta lei
apenso aos autos originais e complementar.
providenciará a designação de
§ 1º – A eleição a que se refere o “caput”
comissão revisora, composta por três
deste artigo será organizada por uma
membros da Defensoria Pública de
comissão eleitoral instituída por
Classe Especial não participantes do
resolução do Procurador-Chefe em
processo administrativo-disciplinar.
exercício e integrada por dois
Art. 125 – Concluída a instrução no representantes de cada classe da
prazo de quinze dias, a comissão carreira.
revisora relatará o processo em dez
§ 2º – Até a posse do Defensor Público
dias e o encaminhará à autoridade
Geral, o Procurador-Chefe em exercício
competente, que sobre ele decidirá no
responderá pelas funções do cargo.
prazo de trinta dias.
Art. 128 – O Dia do Defensor Público do
Parágrafo único – Julgada procedente a
Estado de Minas Gerais será
revisão, tornar-se-á sem efeito a

@vouserdpese
comemorado, anualmente, no dia 19 decorrido o prazo de sua duração nas
de maio. seguintes hipóteses:
(Artigo com redação dada pelo art. 10 da I – a pedido;
Lei Complementar nº 141, de
II – por prática de ato que justifique seu
13/12/2016.)
desligamento.
Art. 129 – A Defensoria Pública publicará
§ 3º – O tempo de estágio será
periodicamente a “Revista da
considerado serviço público relevante e
Defensoria Pública de Minas Gerais”,
como de prática forense.
com a finalidade de divulgar trabalhos
jurídicos de interesse da instituição.
Art. 130 – Ao membro ou servidor da Art. 133 – Fica criada a Medalha do
Defensoria Pública é vedado manter Mérito da Defensoria Pública, cuja
sob sua chefia imediata, em cargo ou concessão será regulamentada em ato
função de confiança, cônjuge, do Defensor Público Geral.
companheiro ou parente, na linha reta
Art. 134 – Os prazos previstos nesta lei
ou colateral, até o terceiro grau,
complementar serão computados
inclusive.
excluindo-se o dia do começo e
Parágrafo único – Considera-se chefia incluindo-se o do vencimento.
imediata, para os fins do “caput” deste
Parágrafo único – Considera-se
artigo, a subordinação administrativa
prorrogado o prazo até o primeiro dia
direta ao membro da Defensoria
útil subsequente se o vencimento cair
Pública.
em sábado, domingo, feriado ou dia em
Art. 131 – A Defensoria Pública poderá que não haja expediente na Defensoria
firmar convênios com associações de Pública.
classe ou entidades congêneres e
Art. 135 – A Defensoria Pública Geral e
assemelhadas, objetivando a
os órgãos da administração superior
manutenção de serviços assistenciais e
adaptarão seus atos normativos aos
culturais a seus membros e servidores.
preceitos desta lei complementar no
Art. 132 – A Defensoria Pública, nos prazo de noventa dias contados da
termos da lei, poderá manter estágio eleição de que trata o art. 127 desta lei
profissional para acadêmico de Direito complementar.
que esteja matriculado nos quatro
Art. 136 – O Governador do Estado
últimos semestres de cursos mantidos
encaminhará à Assembleia Legislativa
por estabelecimento de ensino
projeto de lei criando a estrutura
oficialmente reconhecido.
complementar da Defensoria Pública,
§ 1º – Os estagiários serão designados com os cargos e funções necessários à
pelo Defensor Público Geral, pelo aplicação do disposto nesta lei
período de um ano, podendo este complementar.
prazo ser prorrogado por igual período;
§ 1º – Até que se implemente a
§ 2º – Os estagiários poderão ser estrutura administrativa a que se refere
dispensados do estágio antes de o “caput” deste artigo, fica mantida a

@vouserdpese
estrutura vigente na data de publicação 1º – A opção de que trata este artigo
desta lei complementar. será manifestada em requerimento
dirigido ao Secretário de Estado de
§ 2º – A Divisão de Apoio Administrativo
Recursos Humanos e Administração e
prevista no inciso II-C do Decreto nº
protocolizado na Diretoria de Pessoal da
21.748, de 30 de novembro de 1981,
Secretaria de Estado da Justiça e de
passa a denominar-se Divisão de Apoio
Direitos Humanos.
Administrativo e Financeiro.
§ 2º – O remanejamento de que trata o
Art. 137 – Aos membros da Defensoria
“caput” deste artigo efetivar-se-á por
Pública em exercício quando da
ato do Governador do Estado.
publicação desta lei complementar, não
se aplica a proibição prevista no art. 80, (Vide art. 35 da Lei nº 15.301, de
inciso I, até a fixação dos subsídios 10/8/2004.)
previstos no art. 75.
Art. 140 – Integram o Anexo de que trata
(Artigo declarado inconstitucional em o art. 46 os servidores estaduais
26/4/2006 – ADI 3043 – Acórdão investidos na função de Defensor
publicado no Diário da Justiça em Público na data de publicação desta lei
27/10/2006.) complementar.
Art. 138 – Fica criado o Anexo II G do (Caput declarado inconstitucional em
Decreto nº 36.033, de 14 de setembro 24/10/2007. Declaração de
de 1994, que contém o Quadro Especial inconstitucionalidade com eficácia a
de Pessoal da Defensoria Pública do partir de seis meses, a contar da
Estado de Minas Gerais. decisão tomada. ADI 3819. Acórdão
publicado no Diário da Justiça em
Parágrafo único – A composição do
28/3/2008.)
Quadro Especial de Pessoal da
Defensoria Pública de que trata o Parágrafo único – A comprovação da
“caput” deste artigo dar-se-á por meio investidura a que se refere o “caput”
de remanejamento de cargos de deste artigo se fará mediante a
provimento efetivo e de funções apresentação de documento oficial que
públicas a ser estabelecido pela comprove o exercício da função.
Secretaria de Estado de Recursos
(Parágrafo declarado inconstitucional
Humanos e Administração.
em 24/10/2007. Declaração de
Art. 139 – Fica assegurado ao ocupante inconstitucionalidade com eficácia a
de cargo efetivo ou detentor de função partir de seis meses, a contar da
pública lotado e com exercício na decisão tomada. ADI 3819. Acórdão
Defensoria Pública, unidade publicado no Diário da Justiça em
administrativa da Secretaria de Estado 28/3/2008.)
da Justiça e de Direitos Humanos, o
Art. 141 – Aplica-se o disposto no art.
direito de manifestar, no prazo de trinta
140 aos cinquenta servidores estaduais
dias contados da data de publicação
em exercício da função de Assistente
desta lei complementar, opção pelo
Jurídico de Penitenciária, identificados
remanejamento de que trata o
parágrafo único do art. 138.

@vouserdpese
nos termos do parágrafo único daquele Art. 145 – Ficam transferidos para a
artigo. Defensoria Pública os contratos,
convênios e outras modalidades de
(Vide art. 55 da Lei nº 15.788, de
ajuste celebrados pela Secretaria de
27/10/2005.)
Estado da Justiça e de Direitos Humanos
(Vide art. 135 da Lei nº 15.961, de cujos objetivos se relacionam com a
30/12/2005.) competência do órgão autônomo
instituído por esta lei complementar.
(Artigo declarado inconstitucional em
24/10/2007. Declaração de Art. 145-A – Considera-se também
inconstitucionalidade com eficácia a publicação oficial aquela realizada pela
partir de seis meses, a contar da Defensoria Pública em sítio
decisão tomada. ADI 3819. Acórdão institucional próprio na internet, na
publicado no Diário da Justiça em forma regulamentada por resolução do
28/3/2008.) Defensor Público-Geral.

Art. 142 – Aplicam-se ao Defensor (Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei


Público, subsidiariamente, a Lei Complementar nº 164, de 4/8/2021.)
Complementar Federal nº 80, de 12 de
Art. 146 – (Revogado pelo art. 16 da Lei
janeiro de 1994, e as normas atinentes
Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
aos servidores públicos civis do Estado.
Dispositivo revogado:
Art. 143 – Ficam criados os seguintes
cargos de provimento em comissão e de “Art. 146 – Os honorários de
recrutamento limitado: sucumbência devidos aos Defensores
Públicos, quando no exercício de suas
I – um cargo de Subdefensor Público
atribuições institucionais, serão
Geral, com a remuneração
partilhados igualitariamente entre os
correspondente a 80% (oitenta por
membros da Defensoria Pública em
cento) da remuneração do Defensor
atividade.
Público Geral;
Parágrafo único – A regulamentação da
II – um cargo de Corregedor-Geral, com
distribuição dos honorários de
a remuneração correspondente a 80%
sucumbência será aprovada pelo
(oitenta por cento) da remuneração do
Conselho Superior mediante proposição
Defensor Público Geral.
de comissão paritária para este fim
(Vide art. 5º da Lei Complementar nº 92, designada, assegurada a representação
de 23/6/2006.) de membros da Defensoria Pública e de
todas as classes.”
Art. 144 – Fica transformado em
Defensor Público Geral o cargo de Art. 147 – Fica criada uma comissão
provimento em comissão de composta pelos Secretários-Adjuntos do
Procurador-Chefe da Defensoria Planejamento e Coordenação Geral, de
Pública, código DDP1, símbolo DP-6A, Recursos Humanos e Administração, da
mantidos os mesmos código e símbolo. Fazenda e da Justiça e de Direitos
Humanos e pelo Procurador-Chefe e o
(Vide art. 5º da Lei Complementar nº 92,
representante de classe, com a
de 23/6/2006.)

@vouserdpese
incumbência de providenciar os atos
necessários à efetiva instalação da
Defensoria Pública.
Art. 148 – No exercício de 2002, as
despesas decorrentes da aplicação
desta lei complementar correrão à
conta das dotações próprias
consignadas no orçamento do Estado.
Art. 149 – Esta lei complementar entra
em vigor na data de sua publicação.
Art. 150 – Revogam-se as disposições
em contrário.

Palácio da Liberdade, em Belo


Horizonte, aos 16 de janeiro de 2003.

AÉCIO NEVES
Danilo de Castro
Antônio Augusto Junho Anastasia
Lúcio Urbano da Silva Martins

@vouserdpese
ONDAS RENOVATÓRIAS DE ACESSO À na década de 70, trouxe conclusões
JUSTIÇA resultaram na divulgação das três
primeiras ondas renovatórias de acesso
O acesso à Justiça como direito humano
à Justiça [2]. No mencionado projeto, os
fundamental está previsto
autores analisaram os obstáculos que
expressamente não só na Carta Política
dificultam ou obstam o efetivo acesso à
brasileira (CF/88, artigo 5º, XXXV), mas
Justiça — segundo os autores,
em diversos diplomas normativos
obstáculos econômicos, sociais e
internacionais. A Resolução nº 2.656, de
organizacionais — para, assim, alicerçar
7/7/2011, da Organização dos Estados
que existem marcos na efetivação do
Americanos (OEA) assevera que:
acesso à Justiça — ondas renovatórias.
"1. Afirmar que o acesso à justiça, como O exame das barreiras ao acesso à
direito humano fundamental, é, ao
justiça revela um padrão: os obstáculos
mesmo tempo, o meio que possibilita
que se restabeleça o exercício dos existentes nos sistemas jurídicos são
direitos que tenham sido ignorados ou mais pronunciados nas pequenas causas
violados.
e para autores individuais,

3. Afirmar a importância fundamental especialmente os pobres; ao mesmo

do serviço de assistência jurídica tempo, as vantagens pertencem de

gratuita para a promoção e a proteção modo especial aos litigantes

do direito ao acesso à justiça de todas organizacionais, adeptos do uso do

as pessoas, em especial daquelas que se sistema judicial para obterem seus

encontram em situação especial de próprios interesses.

vulnerabilidade.
Na esteira da obra dos citados autores,

5. Incentivar os Estados membros que a primeira onda diz respeito à

ainda não disponham da instituição da assistência judiciária aos pobres,

defensoria pública que considerem a visando à superação dos obstáculos

possibilidade de criá-la em seus financeiros àqueles que necessitam de

ordenamentos jurídicos" [1]. acesso à Justiça. Trata-se, realmente, do


ponto de partida na busca da efetivação
O Projeto de Florença de Acesso à deste direito fundamental, tendo em
Justiça, capitaneado pelos professores vista que, como já supramencionado, os
Mauro Cappelletti e Bryan Garth ainda obstáculos existentes afetam mais os

@vouserdpese
litigantes individuais e pobres, sujeitos civil e sobre o papel dos tribunais,
vulneráveis por natureza (podendo ou passando de uma visão individualista
não serem considerados minorias): para uma visão macro, coletiva, de
resolução de demandas no atacado,
"Medidas muito importantes foram
quando elas sejam caras a um grupo
adotadas nos últimos anos para
determinado ou mesmo indeterminado
melhorar os sistemas de assistência
de pessoas, evitando-se com isso a
judiciária. Como consequência, as
proliferação de ações judiciais e o
barreiras ao acesso à Justiça
congestionamento do Judiciário [4].
começaram a ceder. Os pobres estão
obtendo assistência judiciária em Já a segunda onda de acesso à Justiça,
números cada vez maiores, não apenas que se refere à proteção dos direitos
por causas de família ou defesa criminal, metaindividuais — difusos ou coletivos
mas também para reivindicar seus — também possui aporte na atuação da
direitos novos, não tradicionais, seja Defensoria brasileira — embasada tanto
como autores ou como réus. É de na lei quanto na jurisprudência dos
esperar que as atuais experiências tribunais superiores. Exemplo disso é a
sirvam para eliminar essas legitimidade da Defensoria Pública para
barreiras" [3]. o ajuizamento de ação civil pública
(artigo 5º, inciso II, da Lei da ACP, Tema
A própria criação da Defensoria Pública
607 de Repercussão Geral no STF); a
pelo Estado brasileiro (CF/88, artigo
possibilidade de impetração de Habeas
134) já efetiva a primeira onda de
Corpus coletivo (HC 143.641/SP, STF) e
acesso à Justiça.
de mandado de injunção coletivo (artigo
12, IV, da Lei do Mandado de Injunção);
Quanto à segunda onda do acesso à
entre outros.
justiça preconizada por Cappelletti e
Garth, esta tem maior correlação com o
A terceira onda de acesso à Justiça
obstáculo organizacional, razão pela
propõe um novo paradigma ao acesso à
qual se traduz pela busca da proteção de
justiça: técnicas processuais efetivas e
direitos metaindividuais (difusos e
meios alternativos de solução de
coletivos). Esta onda reforçou a reflexão
conflitos. Busca não só facilitar o
tradicional sobre o papel do processo
exercício da jurisdição estatal, mas a

@vouserdpese
prática da educação em direitos e o que é função institucional da instituição
fomento à autocomposição, o que é promover, inclusive de forma
desejável. Nessa onda, poderíamos prioritária, a solução extrajudicial dos
enquadrar a conciliação, a mediação e a litígios, visando à composição entre as
arbitragem. Na visão original dos pessoas em conflito de interesses, por
autores [5]: meio de mediação, conciliação,
arbitragem e demais técnicas de
"Essa 'terceira onda' de reforma inclui a
composição e administração de
advocacia judicial ou extrajudicial, seja
conflitos. Exemplo prático desta
por meio de advogados particulares ou
premissa é a execução de projetos que
públicos, mas vai além. (p.67);
visam incentivar o público alvo da
Defensoria a conciliar seus conflitos. A
[…] o uso de pessoas leigas ou
DPE-PI, por exemplo, executou em 2016
paraprofissionais, tanto como juízes
o projeto "Defensores pela
quanto como defensores, modificações
Conciliação" [6].
no direito substantivo destinadas a
evitar litígios ou facilitar sua solução e a
Em 2019 Bryant Garth idealizou o Global
utilização de mecanismos privados ou
Access to Justice Project, projeto ainda
informais de solução de litígios. […]
em desenvolvimento, tratando de mais
inovações radicais e compreensivas, que
quatro novas ondas renovatórias à luz
vão muito além da esfera de
dos paradigmas do novo século:
representação judicial. (p.71);
"[…]
[…] Ademais, esse enfoque reconhece a
4. A 'quarta onda' (dimensão): ética nas
necessidade de correlacionar e adaptar
profissões jurídicas e acesso dos
o processo civil ao tipo de litígio (p.71)."
advogados à justiça

No que tange à terceira onda


5. A 'quinta onda' (dimensão): o
renovatória de acesso à Justiça — a
contemporâneo processo de
busca de meios alternativos de solução
internacionalização da proteção dos
de conflitos —, esta também é cumprida
direitos humanos
pela Defensoria Pública, inclusive com
supedâneo legal. O inciso II do artigo 4º
da Lei Complementar nº 80/94 dispõe

@vouserdpese
6. A 'sexta onda' (dimensão): iniciativas A quarta onda não possui relação direta
promissoras e novas tecnologias para com a Defensoria Pública, razão pela
aprimorar o acesso à justiça qual não se promove comentários ou
subsunção nas atuações defensoriais.
7. A 'sétima onda' (dimensão):
desigualdade de gênero e raça nos A quinta onda, por sua vez, se refere ao
sistemas de justiça" [7]. processo de internacionalização da
proteção dos direitos humanos.
O projeto se autodefine como:
Inegável a importância da Defensoria
neste ponto. A um, pois a garantia de
"Acesso à Justiça
um defensor custeado pelo poder
Uma Nova Pesquisa Global público como direito do cidadão está
prevista no artigo 8.2, alínea "e", do
Por intermédio da colaboração dos
Pacto de São José da Costa Rica [9], que
maiores especialistas do planeta,
assevera ser direito irrenunciável do
representando diversas culturas,
acusado ser assistido por um defensor
disciplinas e nações, o Global Access to
proporcionado pelo Estado, se o
Justice Project está reunindo as mais
acusado não se defender por si só nem
recentes informações sobre os principais
nomear defensor no prazo legal. A dois,
sistemas de justiça do mundo,
pois a instituição pode peticionar
analisando as barreiras econômicas,
perante entes internacionais, tais como
sociais, culturais e psicológicas que
a Comissão Interamericana de Direitos
impedem ou inibem muitos, e não
Humanos, à luz do artigo 44 do Pacto de
apenas os mais pobres, de acessarem e
São José da Costa Rica:
fazerem uso do sistema de justiça. E
devido à sua abordagem epistemológica "Qualquer pessoa ou grupo de pessoas,
multidimensional única e ao amplo ou entidade não governamental
alcance geográfico, o projeto possui a legalmente reconhecida em um ou mais
ambição de se tornar a pesquisa mais Estados-Membros da Organização,
abrangente já realizada sobre o acesso pode apresentar à Comissão petições
à justiça" [8]. que contenham denúncias ou queixas de
violação desta Convenção por um
Estado-Parte" [10].

@vouserdpese
No mesmo sentido, mencione-se a aplicativos que permitem a realização
figura do defensor interamericano — de videoconferência (40,9%)" [13].
DPI. Segundo o artigo 2.11 do
Outro exemplo prático de cumprimento
Regulamento da Corte IDH, o defensor
da sexta onda renovatória de acesso à
interamericano é "a pessoa que a Corte
Justiça é o projeto Assistência Legal e
designe para assumir a representação
Visita Virtual no Sistema Prisional, da
legal de uma suposta vítima que não
Defensoria do estado do Maranhão, que
tenha designado um defensor por si
possibilita aos reeducandos do sistema
mesma" [11].
penitenciário o contato com familiares
No que concerne à sexta onda na forma de videoconferência,
(iniciativas promissoras e novas prestigiando a segurança, a dignidade
tecnologias para aprimorar o acesso à humana e a comodidade aos serviços
Justiça). Na Defensoria Pública penitenciários [14].
brasileira, o atendimento on-line foi
Por derradeiro, a sétima onda
muito popularizado durante a época de
renovatória do acesso à Justiça, que
pandemia da Covid-19, já que em 2020
trata da desigualdade de gênero e raça
realizou mais de 13 milhões de
nos sistemas de Justiça. Note-se que o
atendimentos [12], o que fora
enfoque da referida onda é a proteção
impulsionado pelos mecanismos de
de grupos sociais vulneráveis ou
atendimento à distância:
culturalmente vulnerabilizados. O artigo
"Acompanhando a tendência global de 4º, inciso IX, da LC 80/94 diz ser função
tecnologização da assistência jurídica, institucional da Defensoria Pública "a
90,3% dos membros da Defensoria defesa dos interesses individuais e
Pública atualmente prestam coletivos da mulher vítima de violência
atendimento ao público por via remota. doméstica e familiar e de outros grupos
Aplicativos de mensagem (78%), e-mail sociais vulneráveis que mereçam
(68%) e aparelhos de telefonia celular proteção especial do Estado".
(65,5%) foram os meios de comunicação
Como exemplo prático desta forma de
apontados como os mais utilizados,
atuação, mencione-se a existência de
superando a tradicional comunicação
núcleos especializados de proteção à
por telefone (49%), assim como os

@vouserdpese
mulher vítima de violência doméstica — Diante de todo o exposto, têm-se que a
nos termos do artigo 5º, da Lei Defensoria Pública está empenhada e
11.340/2006 — no âmbito das envolvida no cumprimento das
Defensorias Públicas estaduais, entre chamadas sete ondas renovatórias do
elas a do estado do Piauí. acesso à Justiça.

Na tutela de grupos étnicos, aponte-se o


projeto Vozes dos Quilombos, também
da Defensoria Pública do Piauí, [1] OEA. Resolución 2656/OEA, de
recentemente premiado no Conadep 07.07.2011. Disponível
2022. Segundo o site em: http://www.oas.org/dil/esp/AG-
RES_2656_XLI-O-11_esp.pdf. Acesso
"O Projeto, desenvolvido pela
em: 11 jan. 2016.
Defensoria Pública do Estado do Piauí,
[2] CAPPELLETTI, Mauro; GARTH,
que foi idealizado e é coordenado pela
Bryant. Acesso à justiça. Tradução de
Defensora Pública Karla Andrade Leite,
Ellen Gracie Nothfleet. Porto Alegre:
tem por objetivo é estreitar laços entre a
Sérgio Antonio Fabris Editor, 1988.
Defensoria Pública e as Comunidades
[3] CAPPELLETTI, Mauro; GARTH,
Quilombolas, garantindo uma atuação
Bryant. Acesso à justiça. Tradução de
satisfatória e efetiva, atendendo as
Ellen Gracie Nothfleet. Porto Alegre:
demandas e necessidades sociais das
Sérgio Antonio Fabris Editor, 1988. p.17.
comunidades tradicionais, além de
[4] OLIVEIRA, Marcos Martins.
atuar como intermediador, junto aos
Elementos internacionais para um
gestores públicos, na integração de
modelo global de assistência jurídica.
políticas públicas para essas
Nova York: Lawinter editions,
Comunidades" [15].
2022. p.19-20.

Vale frisar que a defesa e promoção dos [5] CAPPELLETTI, Mauro; GARTH,

interesses de pessoas "vítimas de Bryant. Acesso à justiça. Tradução de

discriminação por motivo de etnia, cor, Ellen Gracie Nothfleet. Porto Alegre:

gênero, origem, raça, religião ou Sérgio Antonio Fabris Editor, 1988.

orientação sexual" independe de [6] DEFENSORIA PÚBLICA DO


verificação da renda [16]. PIAUÍ. Projeto Defensores pela

@vouserdpese
Conciliação inicia com significativo em https://www.corteidh.or.cr/sitios/
atendimento. 2016. Disponível reglamento/nov_2009_por.pdf. Acesso
em: http://www.defensoria.pi.def.br/ em: 22 abr. 2021.
projeto-defensores-pela-conciliacao- [12] OLIVEIRA, Marcos Martins
inicia-com-significativo-atendimento/. de. Elementos internacionais para um
Acesso em: 29 dez. 2022. modelo global de assistência jurídica.
[7] GLOBAL ACCESS TO JUSTICE Nova York: Lawinter Editions, 2022.
PROJECT. Panorama Estrutural do Livro. p.77.
2021. Disponível [13] CONDEGE. Pesquisa Nacional da
em: http://globalaccesstojustice.com/ Defensoria Pública (2021): 7. RECURSOS
book-outline/?lang=pt-br. Acesso em: TECNOLÓGICOS: 7.1. ATENDIMENTO
22 ago. 2021. POR VIA REMOTA. 2021. Disponível
[8] GLOBAL ACCESS TO JUSTICE em: https://pesquisanacionaldefensori
PROJECT. Acesso à Justiça – Uma Nova a.com.br/pesquisa-nacional-
Pesquisa Global. Disponível 2020/analise-nacional/. Acesso em: 13
em: https://globalaccesstojustice.com out. 2021.
/global-access-to-justice/?lang=pt-br. [14] DEFENSORIA PÚBLICA DO
Acesso em: 29 dez. 2022. MARANHÃO. Projeto pioneiro de
[9] OEA. Convenção Americana de assistência e visita virtual implantado
Direitos Humanos. 1969. Disponível pela DPE-MA e Depen será ampliado
em https://www.cidh. para todo Brasil. Disponível
oas.org/basicos/portugues/c.convenca em: https://defensoria.ma.def.br/dpe
o_americana.htm. Acesso em: 22 abr. ma/portal/noticias/7604/projeto-
2021. pioneiro-de-assistencia-e-visita-
[10] Ibidem. virtual-implantado-pela-dpema-e-
[11] Corte Interamericana de Direitos depen-sera-ampliado-para-todo-brasil.
Humanos. REGULAMENTO DA CORTE Acesso em: 29 dez. 2022.
INTERAMERICANA DE DIREITOS [15] Defensoria Pública do Estado do
HUMANOS. Aprovado pela Corte no seu Piauí. Projeto Vozes dos Quilombos é
LXXXV Período Ordinário de Sessões ovacionado pela plateia durante o
celebrado de 16 a 28 de novembro de Concurso de Práticas Exitosas do XV
2009. Disponível Conadep. 2022. Disponível

@vouserdpese
em: http://www.defensoria.pi.def.br/
projeto-vozes-dos-quilombos-e-
ovacionado-pela-plateia-durante-o-
concurso-de-praticas-exitosas-do-xv-
conadep/. Acesso em: 29 dez. 2022.
[16] CONDEGE. Pesquisa Nacional da
Defensoria Pública (2021): 4.
Parâmetros de elegibilidade.
2021. Disponível
em: https://pesquisanacionaldefensori
a.com.br/pesquisa-nacional-
2020/analise-nacional/. Acesso em: 14
ago. 2021.

@vouserdpese
QUESTÕES ANTERIORES para o exercício de direitos é reconhecer
sua importância para um sistema
constitucional democrático em que todas
as pessoas, principalmente aquelas que se
Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: DPE-
encontram à margem da sociedade,
SP Prova: FCC - 2023 - DPE-SP - Defensor
possam usufruir do catálogo de direitos e
Público do Estado de São Paulo
liberdades previsto na Constituição
No julgamento do recurso extraordinário Federal. Nessa decisão, foi reconhecida
1.240.999 e da ADI 4.636, o Supremo pelo STF a constitucionalidade da
Tribunal Federal decidiu que é requisição no âmbito institucional, que
inconstitucional a exigência de inscrição significa
nos quadros da Ordem dos Advogados do
Alternativas
Brasil (OAB) aos(às) defensores(as)
público(as). A decisão A uma garantia institucional que permite ao
Alternativas Defensor Público a possibilidade de
demandar de órgãos públicos e privados na
A reafirmou que a capacidade postulatória busca de informações que assegurem os
dos(as) defensores(as) públicos(as) decorre direitos da população necessitada.
de lei, porém exigiu a apresentação de
instrumento do mandato em sua atuação. B um princípio institucional que orienta
toda a organização e funcionamento da
B facultou aos(às) defensores(as) Defensoria Pública, pois reflete a
públicos(as) a manutenção de vínculo aos prevalência da solução extrajudicial de
quadros da OAB, após a posse no cargo, se conflitos e a célere efetivação dos direitos
assim desejarem. da população necessitada.

C determinou que a desvinculação dos(as) C uma prerrogativa dos Defensores


defensores(as) públicos(as) dos quadros da Públicos, que permite exigir de autoridade
OAB é automática, a partir da posse no pública ou de seus agentes informações e
cargo, permitindo o ingresso de providências necessárias ao exercício de
defensores(as) aos Tribunais via quinto suas atribuições.
constitucional.
D uma vantagem dos Defensores Públicos,
D inaugurou a proibição do exercício da pois os diferencia da advocacia privada,
advocacia fora das atribuições assegurando à advocacia pública a
institucionais. possibilidade de solução mais célere de
demandas que exijam informações prévias
E disciplinou que, subsidiariamente, os(as) disponibilizadas por quaisquer órgãos.
defensores(as) públicos(as) estão
submetidos ao código de ética da advocacia E um direito dos assistidos da Defensoria
e seu regime disciplinar. Pública, que se reflete na qualidade e na
eficiência do atendimento prestado,
permitindo maior celeridade na obtenção
Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: DPE- de dados junto a órgãos públicos e
AP Prova: FCC - 2022 - DPE-AP - Defensor privados.
Público

No julgamento da ADI nº 6.852, o relator,


Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: DPE-
ministro Edson Fachin, afirmou SP Prova: FCC - 2023 - DPE-SP - Defensor
que reconhecer a atuação da Defensoria Público do Estado de São Paulo
Pública como um direito que corrobora

@vouserdpese
Defensoria Pública de São José dos Campos
promove acordo que garante publicidade e A atuação da Defensoria Pública em face do
participação popular nas decisões do poder público municipal deve ser realizada
Conselho Municipal de Saúde. (DPESP, 10
Alternativas
de Junho de 2022)
Usualmente, as petições e documentos A prioritariamente, por meio da solução
jurídicos são dotados de formalismo e extrajudicial do litígio, visando a
textos extensos com linguagem técnica. O composição entre as pessoas em conflito de
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) interesses.
mencionado foi documentado em
linguagem acessível e com técnica de B por meio do Defensor Público-Geral, que
direito visual (visual law), com o objetivo representa a instituição judicial e
de possibilitar sua compreensão e extrajudicialmente.
monitoramento das decisões do Conselho
C pela Defensoria Pública de Segunda
Municipal pela comunidade local de São
Instância, em razão do foro de prerrogativa
José dos Campos-SP. A iniciativa é voltada
a superar, primordialmente, o obstáculo de função do chefe do Poder Executivo
Municipal.
Alternativas
D em conjunto com o Ministério Público,
A organizacional, descrito na segunda onda em virtude da natureza difusa do direito
renovatória de acesso à justiça. tutelado.

B organizacional, descrito na sexta onda E após prévia autorização do Conselho


renovatória de acesso à justiça. Superior da Defensoria Pública, ao qual
compete editar normativa regulamentando
C informacional, descrito na segunda onda
a atuação na esfera de direitos coletivos.
renovatória de acesso à justiça.

D digital, descrito na sexta onda


renovatória de acesso à justiça. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: DPE-
MT Prova: FCC - 2022 - DPE-MT - Defensor
E informacional, descrito na terceira onda Público de 1ª Classe
renovatória de acesso à justiça.
Na ADI 4.608, o Supremo Tribunal Federal
reconheceu a constitucionalidade da
norma prevista na Lei Complementar nº
Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: DPE-
80/1994, que contempla os requisitos para
MT Prova: FCC - 2022 - DPE-MT - Defensor
a escolha do Ouvidor-Geral das
Público de 1ª Classe
Defensorias Públicas estaduais, dentre os
Defensoria cobra coleta seletiva e quais se inclui
assistência da prefeitura aos catadores após
Alternativas
interdição do lixão em Várzea Grande (MT).
Órgão pede ainda que prefeito informe A a inscrição na Ordem dos Advogados do
como está a inclusão socioprodutiva dos Brasil.
catadores, quando o lixão será fechado
definitivamente e para onde serão levados B a idade mínima de 35 anos.
os resíduos domésticos do município.
C o bacharelado em Direito.
(Disponível em: portal g1.globo.com)
D a reputação ilibada.

@vouserdpese
E a indicação em lista sêxtupla pela
sociedade civil.

Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: DPE-


MT Prova: FCC - 2022 - DPE-MT - Defensor
Público de 1ª Classe
A independência funcional na Defensoria
Pública assegura que

Alternativas

A a Instituição possa celebrar seus próprios


contratos, sem a necessidade de
intervenção do Poder Executivo.

B o Defensor Público recuse a atuação


quando entender que a demanda é
inadequada aos interesses do assistido.

C o Defensor Público não tenha que


justificar sua atuação a nenhum outro
órgão.

D o Defensor Público natural possa ser


substituído por outro Defensor Público em
seus afastamentos.

E a Instituição não está sujeita à fiscalização


ou intervenção de nenhum dos Poderes
estatais.

@vouserdpese
GABARITO privada, pois essa vedação já existia há
muito tempo nos artigos 46, 91, 130 e
137 da LC 80/94 e foi reconhecida pelo
1) QUESTÃO: Alternativa correta B: Plenário do STF por votação unânime,
"facultou aos(às) defensores(as) na ADI 3.043-MG, em 2006, por
públicos(as) a manutenção de vínculo incompatibilidade com a CF/88.
aos quadros da OAB, após a posse no
cargo, se assim desejarem. ". Alternativa E está errada porque a
decisão do STF reforçou a distinção e
Alternativa A está errada porque a autonomia da função do Defensor, de
decisão do STF não "exigiu a modo que em sua função não se
apresentação de instrumento do submete "ao código de ética da
mandato em sua atuação". Em regra, o advocacia e seu regime disciplinar", mas
Defensor não precisa de procuração, ao Código de Ética aplicável à
sendo necessária apenas para situações Defensoria.
em que a lei exija poderes especiais,
conforme artigo 44, IX da LC 80/94 ("São 2) QUESTÃO: A requisição, no âmbito
prerrogativas dos membros da institucional da Defensoria Pública, foi
Defensoria Pública da União: XI – reconhecida pelo Supremo Tribunal
representar a parte, em feito Federal, no julgamento da ADI n. 6.852
administrativo ou judicial, (dentre outras), como uma prerrogativa
independentemente de mandato, dos Defensores Públicos, que podem
ressalvados os casos para os quais a lei solicitar "de quaisquer autoridades
exija poderes especiais"). Exemplo de públicas e de seus agentes, certidões,
situação que exige poderes especiais é a exames, perícias, vistorias, diligências,
oposição da Exceção de Suspeição em processos, documentos, informações,
ação penal, pois o art. 98 do CPP prevê esclarecimentos e demais providências
que “Quando qualquer das partes necessárias à sua atuação" (como é
pretender recusar o juiz, deverá fazê-lo assegurado, por exemplo, no art. 44, X
em petição assinada por ela própria ou da LC n. 80/94).
por procurador com poderes especiais,
aduzindo as suas razões acompanhadas Assim, a resposta correta é a LETRA C.
de prova documental ou do rol de
testemunhas”.
Gabarito: LETRA C.
Alternativa C está errada porque não
determinou desvinculação automática,
ao contrário, facultou a possibilidade de 3) QUESTÃO: GABARITO LETRA E.
manutenção do vínculo aos que Mauro Cappelletti e Bryant Garth, na
desejarem, conforme apontou a célebre obra “Acesso à justiça”,
alternativa correta (A). dividiram em três ondas os principais
movimentos renovatórios do acesso à
Alternativa D está errada porque a justiça.
decisão do STF não "inaugurou” a
proibição do exercício da advocacia por A primeira onda diz respeito à
Defensores Públicos fora das atribuições assistência judiciária aos pobres e está
institucionais, ou seja, advocacia

@vouserdpese
relacionada ao obstáculo econômico do A Defensoria Pública do Estado da
acesso à justiça. Paraíba é informada a respeito de uma
violação sistemática a direito de
Segunda onda: direitos difusos e consumidores por parte de um
coletivos. fornecedor com atuação em todo o
Estado paraibano. Diante de tal situação
Terceira onda: soluções adequadas de e levando em consideração o papel
resolução de conflitos. institucional da Defensoria na tutela dos
direitos transindividuais, o/a defensor/a
Kim Ekonomides: responsável

Quarta onda: ética das carreiras C - deverá buscar prioritariamente a


jurídicas e simplificação do acesso às solução extrajudicial do problema,
carreiras. Ex: estágios de pós- pelos meios adequados para a
graduação; juízes leigos; políticas de resolução do litígio, como a expedição
cotas. de recomendações e compromissos de
ajustamento de condutas.
Quinta onda: internacionalização da
proteção dos direitos humanos. 5) QUESTÃO: GABARITO LETRA D.
LC 80/94:
Sexta onda: emprego da tecnologia no
direito.
Art. 98. A Defensoria Pública dos
Estados compreende:

4) QUESTÃO: GABARITO LETRA A. IV – órgão auxiliar: Ouvidoria-Geral da


Defensoria Pública do Estado.
LC 80/94
Art. 101. A composição do Conselho
Art. 4º São funções institucionais da
Superior da Defensoria Pública do
Defensoria Pública, dentre outras:
Estado deve incluir obrigatoriamente
o Defensor Público-Geral, o
I – prestar orientação jurídica e exercer Subdefensor Público-Geral, o
a defesa dos necessitados, em todos os Corregedor-Geral e o Ouvidor-
graus; Geral, como membros natos, e, em sua
maioria, representantes estáveis da
II – promover, prioritariamente, a Carreira, eleitos pelo voto direto,
solução extrajudicial dos litígios, plurinominal, obrigatório e secreto de
visando à composição entre as pessoas seus membros, em número e forma a
em conflito de interesses, por meio de serem fixados em lei estadual.
mediação, conciliação, arbitragem e
demais técnicas de composição e Art. 105-B. O Ouvidor-Geral será
administração de conflitos; escolhido pelo Conselho
Superior, dentre cidadãos de reputação
______________ ilibada, não integrante da
Carreira, indicados em lista tríplice
DPE-PB - FCC - 2022 formada pela sociedade civil, para

@vouserdpese
mandato de 2 (dois) anos, permitida 1
(uma) recondução.

§ 1 O Conselho Superior editará normas


regulamentando a forma de elaboração
da lista tríplice.

§ 2 O Ouvidor-Geral será nomeado pelo


Defensor Público-Geral do Estado.

§ 3 O cargo de Ouvidor-Geral será


exercido em regime de dedicação
exclusiva.

@vouserdpese
Jurisprudência

É assegurado o pagamento de
honorários sucumbenciais à
defensoria pública,
independentemente do ente público
com que litiga

O STF, por ocasião do julgamento do RE


1.140.005/RJ, ao considerar a autonomia
administrativa, funcional e financeira
atribuída à Defensoria Pública, concluiu
pela ausência de vínculo de subordinação
ao poder executivo, e consequente
superação do argumento de confusão
patrimonial, definindo tese que assegura o
pagamento de honorários sucumbenciais à
instituição, independentemente do ente
público litigante, os quais devem ser
destinados, exclusivamente, ao
aparelhamento das Defensorias Públicas,
sendo vedado o rateio dos valores entre os
membros (Tema 1.002/STF).
Cabível, portanto, a condenação do ente
federado ao pagamento de verba
sucumbencial à Defensoria Pública.
STJ. 2ª Turma. REsp 2.089.489-GO, Rel.
Min. Francisco Falcão, julgado em 5/9/2023
(Info 786).

@vouserdpese

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