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LEGITIMIDADE DO MANDADO DE INJUNÇÃO

A própria lei do Mandado de Injunção Lei nº 13.330/16 em seu artigo 3º e no


12º, dispõe sobre quem são os legitimados ativos que podem impetrar com esse
remédio constitucional, seja na modalidade individual ou coletiva e o legitimado
passivo, o impetrado, a pessoa contra quem se impetra este remédio constitucional.

LEGITIMIDADE ATIVA NO MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL


“Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as
pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou
das prerrogativas referidos no art. 2º e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a
autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora”.

Na modalidade individual, como descrito na Lei 13.330, são legitimados para


impetrar com o mandado de injunção toda pessoa natural ou jurídica que afirmarem
serem titulares do direito constitucional que está sendo violado pela omissão
inconstitucional.

O legitimado não precisa comprovar que possui tal direito para impetrar com a
ação, ele precisa somente afirmar ser possuidor de tal direito. Aqui é adotada a Teoria
da Asserção, onde para se verificar as condições da ação, basta afirmar que elas
estão presentes, como no caso da legitimidade e depois no final do processo caso se
verifique a ausência de tal legitimidade, não será feita mais a analise de condição da
ação, vai ser feita uma analise do mérito e caso se constate que não se tinha tal
legitimidade a ação será julgada improcedente com a resolução do mérito.

É necessário a constituição de um advogado para impetrar com o mandado de


injunção individual.

LEGITIMIDADE ATIVA DO MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO


O mandado de injunção coletivo, aquele impetrado em prol de uma coletividade
de pessoas ou de um determinado grupo, classe ou categoria tem como legitimado
ativo determinados órgão e classes, que estão disposto em lei:

Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido:

I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante


para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou
individuais indisponíveis;

II - por partido político com representação no Congresso Nacional, para


assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou
relacionados com a finalidade partidária;
III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício
de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus
membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial;

IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente


relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e
coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição
Federal .

LEGITIMIDADE PASSIVA DO MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL E


COLETIVO

A legitimidade passiva fica ao cargo do Poder, Órgão ou autoridade que tem a


atribuição para editar a norma regulamentadora. Como no exemplo de uma Norma
Constitucional que deve ser editada pelo chefe do executivo e ele não o faz, ele se
torna o legitimado passivo e será contra ele que será impetrado o mandado de
injunção.

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