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2023 09 06 11 39 59 43132230 Remuneracao e Salario E1694011198
2023 09 06 11 39 59 43132230 Remuneracao e Salario E1694011198
TRABALHO
Remuneração e Salário
Livro Eletrônico
DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
Sumário
Maria Rafaela
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Remuneração e Salário. . ................................................................................................................. 4
1. Conceitos e Distinções entre Remuneração e Salário.. ........................................................ 4
2. Denominações de Salários........................................................................................................ 6
3. Composição de Salários............................................................................................................. 8
4. Nova Regulamentação das Gorjetas..................................................................................... 14
5. Parcelas Não Salariais............................................................................................................... 17
6. Características dos Salários....................................................................................................19
7. Classificação dos Salários....................................................................................................... 26
8. Salário Utilidade........................................................................................................................ 27
9. Modalidades Especiais de Salários....................................................................................... 33
10. Adicionais.................................................................................................................................. 34
11. Gratificações. . ............................................................................................................................ 35
12. Comissões. . ................................................................................................................................ 36
13. Parcelas dos Atletas Profissionais...................................................................................... 38
14. Redução de Jornada e Salário na Pandemia.. .....................................................................40
Resumo.............................................................................................................................................44
Questões de Concurso..................................................................................................................46
Gabarito............................................................................................................................................ 77
Referências...................................................................................................................................... 78
Anexo................................................................................................................................................ 79
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
Maria Rafaela
Apresentação
Olá, meu(minha) querido(a) aluno(a)! Como você está? Vamos para mais uma aula provei-
tosa, aproximando-se de sua sonhada aprovação!
Eu e a equipe do Gran estamos aqui para turbinar seus estudos para você ser aprovado(a)!
Meu nome é Maria Rafaela de Castro. Atualmente, sou Juíza do Trabalho Substituta no TRT
7ª Região.
Eu e toda a equipe do Gran estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios e prática em questões de provas anteriores. Nesse ponto, este material vai te ajudar a
chegar à posse. Espero teu feedback sobre a forma de explicação, didática e dúvidas lá no
fórum do aluno.
Este material está repleto de INFORMAÇÕES IMPORTANTÍSSIMAS para as suas provas.
Eu também elaborei questões inéditas para você verificar como a banca poderia surpreender.
No fim do nosso material, existe toda a jurisprudência atualizada sobre o tema, exatamen-
te para que você esteja apto para as provas tanto de concursos mais simples quanto de mais
complexos. A ideia é lançar o panorama de cada matéria.
Estamos passando por um momento muito sensível diante da pandemia da COVID-19 e,
apesar da distância física, saiba que estou por aqui, do outro lado, estudando muito e prepa-
rando o melhor material para você conseguir alcançar seu sonho da aprovação, como eu con-
quistei. Vamos juntos que vai dar certo!
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Estou esperando as
dúvidas no Fórum do aluno! Preparado(a)? Sempre acredite em si mesmo(a) e lute pelo que
você sonha! Pega o café (descafeinado rs) e vamos nessa!
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
Maria Rafaela
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
1. Conceitos e Distinções entre Remuneração e Salário
Na definição de empregado, nos termos do artigo 3º da CLT, a onerosidade é um dos requi-
sitos essenciais para a caracterização da relação de emprego e considerar um indivíduo como
empregado. É preciso receber uma paga pelo serviço executado. É a contraprestação.
A contraprestação pecuniária pode ser considerada como salário e remuneração, sendo
imprescindível conhecer os conceitos, as peculiaridades e diferenças entre uma e outra.
O salário é conhecido como o conjunto de parcelas contraprestativas paga pelo empre-
gador em razão da prestação de serviços no contrato firmado entre as partes. Por sua vez, a
remuneração seria considerada o gênero que incluiria o salário contratual e as gorjetas, bem
como demais parcelas remuneratórias e indenizatórias.
A ideia da CLT foi considerar o salário como origem dessa onerosidade paga diretamen-
te pelo empregador. O que extrapolasse esse conceito base seria considerado remuneração.
Uma importante constatação é que o salário seria aquela contraprestação paga diretamente
pelo empregador.
Isso difere da remuneração, que pode ser a contraprestação paga diretamente pelo cliente/
consumidor do serviço. Nesse exemplo, temos as gorjetas.
O PULO DO GATO
A noção de remuneração abrange três acepções, pelo menos, na doutrina. Na 1ª acepção,
como uma expressão sinônima de salários; na 2ª acepção, como gênero das contrapresta-
ções; na 3ª acepção, como o salário contratual adicionado das gorjetas.
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas
pelo empregador.
§ 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, ve-
dado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remunera-
ção do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência
de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado,
como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destina-
do à distribuição aos empregados.
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Remuneração e Salário
Maria Rafaela
§ 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, servi-
ços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho supe-
rior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
Em continuidade, há o teor da Súmula n. 354 do TST, que revela essa distinção entre salário
e gorjeta, bem como de remuneração:
O PULO DO GATO
O empregador não pode utilizar a gorjeta recebida de terceiros em estabelecimentos comer-
ciais para compor o salário mínimo a ser pago aos trabalhadores pela contraprestação de
um serviço.
Art. 76. Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a
todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço,
e capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de
alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.
Art. 78. Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou peça, será
garantida ao trabalhador uma remuneração diária nunca inferior à do salário mínimo por dia normal
da região, zona ou subzona.
Parágrafo único. Quando o salário mínimo mensal do empregado a comissão ou que tenha direito a
percentagem for integrado por parte fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre garantido o salário míni-
mo, vedado qualquer desconto em mês subsequente a título de compensação.
Tanto o salário como a gorjeta, que formam a remuneração, precisam constar nas anota-
ções da CTPS, como determina o artigo 29 da CLT. Isso porque tais parcelas gerarão efeitos
previdenciários para fins de pagamentos das contribuições, com impactos nos valores dos
benefícios previdenciários e dos recolhimentos do FGTS.
Essas verbas também entram na base de cálculo de todas as verbas rescisórias, bem como
do cálculo do 13º salário. Por isso que existem demandas na Justiça do Trabalho para fins de
reconhecimento da natureza salarial das verbas na remuneração e os pedidos de reflexos em
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Remuneração e Salário
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outras verbas, como, por exemplo, nos recolhimentos do FGTS, 13º salário e recolhimentos
previdenciários. Isso faz grande diferença no cálculo total das verbas.
2. Denominações de Salários
Godinho (2020, p. 866) sustenta que o salário constitui “a parcela central devida ao traba-
lhador no contexto da relação de emprego”. Mas a expressão salário é utilizada como nome
para determinadas parcelas salariais. Godinho (2020, p. 866) sustenta que são “as denomina-
ções impróprias da figura do salário”.
Então, é comum na nossa vivência, ter contato com as seguintes expressões: salário de
contribuição, salário de benefício, salário família. Nesse ponto, há também denominações pró-
prias da figura do salário que fazem uso de uma concepção técnica. Ora, sendo assim, é preci-
so fixar tudo por meio de um mapa mental:
Salário de contribuição,
salário de benefício, salário
maternidade, salário família,
salário educação.
Com base nisso, vamos analisar, neste tópico, os conceitos dessas “denominações impró-
prias da figura do salário”.
• Salário-maternidade: benefício previdenciário que permite o pagamento do salário (re-
muneração integral) para o parto e o subsequente período de afastamento materno. Isso
também vale para o caso de doação de criança ou de guarda judicial para sua adoção.
A licença-maternidade é de 120 dias. É o teor do artigo 392-A da CLT, que igualou
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
Maria Rafaela
Ocorre que a denominação salário também podem usar em sentido técnico próprio para
fins de aplicar conceitos ao correto uso da ideia de salário, como salário mínimo, salário-base,
salário contratual, salário complessivo etc. Vamos analisar, a seguir, os principais conceitos.
Nesse caso, a expressão salário foi usada dentro de um viés trabalhista. Com base nisso,
destacam-se:
• Salário progressivo: é tudo que se acrescenta ao salário-base, como as gorjetas, os adi-
cionais, a habitualidade das horas extras etc., que vai aumentando o salário-base;
• Salário mínimo: é aquele previsto como o mínimo para se receber quando se está na
jornada de 44 horas semanais ou 8 horas diárias. Nesse ponto, o trabalhador, segundo a
CF/1988, nos termos do artigo 7º, IV, estipula que esse é o mínimo constitucional para o
recebimento dos trabalhadores;
• Salário profissional: é o valor mínimo de determinado trabalhador pertencente a uma ca-
tegoria profissional, legalmente especificado. Exemplo: cirurgião-dentista, médicos etc.;
• Salário normativo: é o piso mínimo determinado nas negociações coletivas – Acordo
Coletivo do Trabalho ou Convenção Coletiva do Trabalho. É o parâmetro salário mais
baixo autorizado por uma negociação coletiva, no contexto de determinada categoria ou
o que for determinado na sentença normativa também. É preciso analisar esse tipo de
salário nos termos do artigo 611 da CLT;
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Remuneração e Salário
Maria Rafaela
• Salário complessivo: trata-se de uma criação jurisprudencial. Nesse caso, significa, nos
termos da Súmula n. 91 do TST, aquele salário que não faz a identificação pontual e
correta do que vem sendo adimplido. É preciso identificar especificamente cada parcela
legal ou contratual devida ao trabalhador. Não se pode, por exemplo, pagar R$ 2.000,00
referentes às verbas rescisórias. É preciso que o empregador especifique cada parce-
la com o respectivo valor. Não se pode simplesmente dar uma ideia geral do que vem
sendo pago. É preciso, sim, especificar cada parcela e rubrica que efetivamente foram
pagas. Nesse ponto, destaca-se o teor da Súmula n. 91 do TST:
3. Composição de Salários
Aqui temos a ideia de efeito expansionista circular. O salário deve ter diferentes parcelas na
sua composição. As parcelas podem ser de natureza indenizatória ou remuneratória/salarial.
Parcelas indenizatórias são aquelas que não incidem na base do salário para fins de ver-
bas rescisórias, como, por exemplo, a Participação de Lucros e Resultados (PLR) ou as férias
vencidas pagas em dobro, bem como as multas dos artigos 467 e 477 da CLT, indenização por
danos morais, materiais etc.
Parcelas remuneratórias ou salariais são aquelas em que há incidência de contribuição
previdenciária ou que incide na base de cálculo e no cômputo de demais verbas trabalhis-
tas. Por exemplo, temos as horas extras, os adicionais: noturno, insalubridade e periculosi-
dade. Além disso, temos a incidência sobre o 13º salário, comissões, percentagens, abonos
e prêmios.
O PULO DO GATO
Com a Reforma Trabalhista, foram excluídas do rol salarial as seguintes parcelas: ajudas de
custo, auxílio-alimentação, diárias pagas para viagem, prêmios, abonos.
Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo
empregador.
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Remuneração e Salário
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Trata-se daquilo que denominamos efeito expansionista circular dos salários, que é sua aptidão
de produzir repercussões sobre outras parcelas de cunho trabalhista e, até mesmo, de outra natu-
reza, como, ilustrativamente, previdenciária. Por essa razão, o estudo das parcelas componentes
do salário deve fazer-se paralelamente à identificação das verbas não salariais pagas ao mesmo
empregado.
O PULO DO GATO
O aviso-prévio pode ser natureza remuneratória/salarial ou indenizatória.
Vamos tratar aqui das parcelas salariais, mas, antes, vamos fixar o mapa mental:
Dano moral, multas dos
artigos 467 e 477 da CLT.
Aviso prévio indenizado.
Parcelas Férias em dobro vencidas
mais um terço.
indenizatórias
Recolhimentos do FGTS e da
multa dos 40% do FGTS.
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Remuneração e Salário
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Há figuras que não têm originariamente natureza salarial, mas que, em virtude de uma conformação
ou utilização fraudulenta no contexto da relação empregatícia, passam a ser tratadas como salário;
são parcelas salariais dissimuladas. Registre-se que, caso utilizadas regularmente, tais parcelas
não teriam, sem dúvidas, natureza salarial. Entretanto, sua utilização irregular, com objetivos contra-
prestativos disfarçados, frustrando a finalidade para a qual foram imaginadas, conduz ao reconhe-
cimento de seu efetivo papel no caso concreto, qual seja de suplementação, ainda que dissimulada,
de contraprestação paga ao empregado pelo empregador. É o que ocorre que com as ajudas de
custo, quer com as diárias de viagem, quando irregularmente concedidas.
Aqui destacamos o artigo 458 da CLT, a seguir transcrito, por ser muito cobrado nas provas
objetivas:
Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais,
a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do
contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
§ 1º Os valores atribuídos às prestações “in natura” deverão ser justos e razoáveis, não podendo
exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário mínimo.
§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
§ 3º A habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade deverão atender aos fins a que
se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte
por cento) do salário contratual.
§ 4º Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário utilidade a ela correspondente será obtido
mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de coabitantes, vedada, em qualquer
hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família.
§ 5º O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não,
inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses,
órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes
modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem
o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9º do art. 28 da Lei no 8.212, de
24 de julho de 1991.
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
Maria Rafaela
Antes da Reforma Trabalhista, a CLT fazia uma distinção a depender do percentual das
diárias para viagem. Era fixado um parâmetro de 50% do salário contratual. Havia uma espécie
de presunção.
Com a Reforma Trabalhista, essa distinção não tem mais razão de ser. Não existe mais a
distinção dos 50%. Agora tudo é natureza indenizatória. Como já comentei anteriormente, no
caso concreto, essa parcela pode ser usada de maneira fraudulenta para “esconder” a verda-
deira natureza da verba que, por sua vez, pode ser um salário por fora.
Entendeu? Daí ocorre a ideia de verba de natureza indenizatória ou, simplesmente, pode
existir uma fraude, em que se usa essa verba para esconder uma verba remuneratória que po-
deria onerar a folha de pagamento do empregador.
Aliás, é uma noção da Reforma Trabalhista exatamente abranger o maior número de par-
celas como de natureza indenizatória, sem integração na base de cálculo, razão pela qual de-
sonera muito a folha de pagamento do empregador. A natureza indenizatória não gera valores
para fins de cálculos de outras verbas, base de cálculo para recolhimento do FGTS, férias, 13º
salário, DSR etc.
Por isso que é importante ter esse conhecimento da diferença de verbas rescisórias como
indenizatórias, bem como do que integra ou não os salários do trabalhador.
Destaque-se a Súmula n. 318 do TST, importante para as suas provas objetivas:
O PULO DO GATO
Com a Reforma Trabalhista, as ajudas de custo e diárias de viagem são de natureza indeniza-
tória, independentemente da porcentagem sobre o salário contratual do trabalhador. Se houver
fraude no pagamento dessa verba, transmuda-se essa verba em natureza salarial, integrando
o salário do obreiro para todos os fins. O mesmo raciocínio vale para as chamadas verbas de
representação.
Acerca das parcelas não salariais, ou seja, de natureza indenizatória, é preciso tecer algu-
mas considerações:
• Parcelas de natureza indenizatória: aqui temos as diárias para viagens e as ajudas de
custo, vale-transporte, por exemplo. Como já mencionei antes, aqui incluímos
a indenização das férias não gozadas, aviso-prévio indenizado, as multas dos artigos
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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467, 477 e 478 da CLT, nos casos de rescisão do contrato de trabalho; recolhimentos do
FGTS com a multa dos 40%; indenizações convencionais e normativas; indenizações por
dano moral; indenização substitutiva do seguro-desemprego;
• Outras parcelas de natureza instrumental e de direito intelectual. Nesse ponto, destaca-
-se que a Participação de Lucros e Resultados (PLR), as parcelas de direito intelectual,
principalmente, aquelas previstas no direito de propriedade industrial, nos termos da Lei
n. 9.609/1998, direitos intelectuais relativos ao software. Temos aqui o vale-cultura e,
ainda, os instrumentos de trabalho, como vestuário, uniformes, veículos, EPI etc.
Há uma peculiaridade quanto à verba “stock options”. O que significa? É a opção de compra
de ações que ocorrem, principalmente, nas sociedades anônimas. Aqui no Brasil, observamos
sua discussão quando o empregador é uma empresa internacional e se permite ao trabalhador
o direito de compras de determinadas ações da empresa.
O trabalhador faz a opção e se torna proprietário de certo lote de ações do seu empregador
mediante facilidades propiciadas pela empresa. Quando está na propriedade dessas ações, o
trabalhador pode continuar com as referidas ou vender para terceiros.
Surgem dúvidas na doutrina se elas são parcelas indenizatórias ou salariais, mas ainda não
há pacificação do TST sobre o tema.
Destaquem-se as parcelas previdenciárias privadas, que são as complementações dos be-
nefícios previdenciários pagos pelo empregador no decorrer do contrato de trabalho.
Aqui se tornam relevantes três súmulas do TST:
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Remuneração e Salário
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Temos também que tratar das parcelas pagas por terceiros. É caso clássico das gorjetas,
que vamos abordar no próximo capítulo. Essas gorjetas, como veremos são parcelas habituais
e contraprestativas em função do serviço prestado. Possuem natureza jurídica salarial.
O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a
que se referem. Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento
das percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva
liquidação. A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e
percentagens devidas.
Destaque-se aqui a Súmula n. 354 do TST:
É importante trazer à baila as conhecidas “gueltas”, que também são pagas por terceiros.
Com base nisso, destaco a citação de Godinho (2020, p. 888):
As gueltas também são parcelas pagas por terceiros aos empregados de empresas usualmente no
ramo de revendas (comércio). São estímulos materiais entregues, comumente, por produtores a em-
pregados vendedores do ramo comercial, em face de vendas realizadas de seus produtos. Trata-se
de verba não tipificada em lei, resultante da criatividade empresarial.
As gueltas não se enquadram como salariais por não atenderem o requisito de serem pa-
gas pelo empregador, mas sim por terceiros. São tidas como parte da remuneração do traba-
lhador, mas não integram o salário. Nos termos da Súmula n. 354 do TST, elas não integram
para fins de pagamento do aviso-prévio indenizado, adicional noturno, horas extras e DSR.
As gueltas são levadas em consideração para os fins de cálculos de férias mais um terço,
recolhimentos do FGTS, aviso-prévio trabalhado e salário da contribuição previdenciária.
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Remuneração e Salário
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É importante ter esse conhecimento sobre conceito e repercussões sobre gueltas e refle-
xos, integrando ou não o salário.
Observe-se, ainda, que os honorários advocatícios são da sucumbência do advogado em-
pregado. Nesse caso, o que ele recebe como honorários além dos salários leva em considera-
ção para fins de integração ao salário, aproximando-se das gorjetas.
Veja o mapa mental abaixo:
Na área comercial.
O trabalhador recebe valores
a mais no caso de revendas de
produtos.
Recebe as gueltas de terceiros.
Não integra o salário, mas sim
à remuneração para efeito de
Gueltas algumas verbas.
São estímulos materiais
entregues por produtores a
empregados vendedores do ramo
comercial em face das vendas
realizadas de seus produtos.
Verba não tipificada em lei diante
REMUNERAÇÃO R$ da criatividade empresarial.
É quando o empregado tem direito
de opção para aquisição de ações.
A jurisprudência do TST não
pacificou o entendimento.
O empregador outorga, dentro Stock Options Gorjetas: nova lei do rateio de gorjetas -
da Assembleia Geral, opção
de compra de ações a seus recebimento de valores diretamente do
administradores ou empregados.
empregador ou de terceiros.
O PULO DO GATO
Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado,
como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e
destinado à distribuição aos empregados.
A gorjeta mencionada não constitui receita própria dos empregadores, destina-se aos tra-
balhadores e será distribuída segundo critérios de custeio e de rateio definidos em convenção
ou acordo coletivo de trabalho.
Inexistindo previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, os critérios de rateio e
distribuição da gorjeta e os percentuais de retenção serão definidos em assembleia geral dos
trabalhadores.
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Dispõe a CLT:
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado,
como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destina-
do à distribuição aos empregados.
Esse artigo mencionado é muito importante para as suas provas. Fique com os olhos
bem abertos!
Muito cuidado com as empresas que cobram gorjeta:
• para as empresas inscritas em regime de tributação federal diferenciado, deve-se lançar na
respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 20% da arrecadação correspon-
dente;
• para as empresas não inscritas em regime de tributação federal diferenciado, deve-se
lançar na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 33% da arrecadação
correspondente, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho.
Para a prova, fique atento(a) a essa diferença de percentual, que pode ser de 20% ou de 33%.
Nos casos apresentados, tudo deve ser mediante previsão em convenção ou acordo cole-
tivo de trabalho, para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da
sua integração à remuneração dos empregados, devendo o valor remanescente ser revertido
integralmente em favor do trabalhador.
É obrigação do empregador anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no con-
tracheque de seus empregados o salário contratual fixo e o percentual percebido a título
de gorjeta.
Além disso, o empregador deve anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social de seus
empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referente aos últimos doze meses.
E quando o consumidor diretamente quer pagar a gorjeta ou paga ao trabalhador?
Nesse caso, a gorjeta terá seus critérios definidos em convenção ou acordo coletivo de
trabalho, facultada a retenção nos parâmetros nos percentuais de 20% ou 33% que já vimos.
E se for encerrado o recebimento das gorjetas? Cessada pela empresa a cobrança da gorje-
ta, desde que cobrada por mais de doze meses, essa se incorporará ao salário do empregado,
tendo como base a média dos últimos doze meses, salvo o estabelecido em convenção ou
acordo coletivo de trabalho.
O PULO DO GATO
Para a inserção no contrato de trabalho para fins de corporação no salário do empregado/re-
muneração, a cobrança de gorjeta deve ser superior ao período de 12 meses.
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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Dispõe a CLT:
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado,
como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destina-
do à distribuição aos empregados.
Certo.
O PULO DO GATO
A Lei do Rateio das Gorjetas trouxe uma nova espécie de garantia provisória no empregado
para o eleito da comissão que fiscalizará o correto rateio das gorjetas.
É importante destacar que o valor remanescente desse rateio será revertido integralmente
ao trabalhador, não podendo ingressar no patrimônio do empregador.
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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Acerca das parcelas in natura, vamos relembrar algumas informações importantes do teor
do artigo da CLT no mapa mental a seguir:
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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O PULO DO GATO
A habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade deverão atender aos fins a que
se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% e 20% do salário contratual. Cui-
dado que as bancas de provas fazem confusão com esses percentuais. Fique esperto(a)! HA-
BITAÇÃO – 25% e ALIMENTAÇÃO – 20%.
O caráter forfetário da parcela traduz a circunstância de o salário qualificar-se como obrigação ab-
soluta do empregador, independentemente da sorte do seu empreendimento. O neologismo criado
pela doutrina acentua, pois, a característica salarial derivada da alteridade, que distingue o empre-
gador no contexto da relação de emprego (isto é, o fato de assumir, necessariamente, os riscos do
empreendimento e do próprio trabalho prestado – art. 2, caput, CLT). A característica da irrenuncia-
bilidade traduz a circunstância de a verba salarial não poder ser objeto de renúncia ou de transação
lesiva no desenrolar da relação empregatícia.
Por isso que não cabe aqui o empregador alegar dificuldades financeiras para não pagar os
salários do trabalhador. Nem este pode renunciar à verba alimentar.
O referido salário é irredutível, na medida que, em regra, não pode haver redução bilateral
do valor. No Brasil, em 2020, diante da pandemia da COVID-19, tivemos a MP n. 936, que permi-
tiu sim a redução da jornada e do salário em uma situação excepcional e pontual.
O empregador tem poder diretivo e, assim, também assume os riscos do empreendimento.
Com isso, deve arcar com os valores do salário.
Para que ocorra essa redução, exige-se, portanto, previsão NORMATIVA ou legislativa. No
primeiro caso, é o acordo japonês como é conhecido. Implica dizer que trata de situação ex-
cepcional e temporária.
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
Maria Rafaela
Nos termos da CF/1988, deve ser possível reduzir o salário, quando se trata de previsão tem-
porária e excepcional, por meio de acordo ou convenção coletiva do trabalho, nos termos do
artigo 7º da CF/1988.
Letra a.
O salário deve ser periódico. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do
trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne às
comissões, percentagens e gratificações.
O PULO DO GATO
Podem ser pagas em mais de um mês as comissões, percentagens e gratificações. O paga-
mento do salário deve ser, no máximo, em um mês.
Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar,
até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. A prestação, em espécie, do salário será
paga em moeda corrente do país. O pagamento do salário realizado com inobservância deste
artigo considera-se como não feito.
O pagamento do salário deverá ser efetuado contrarrecibo, assinado pelo empregado;
em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível,
a seu rogo.
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Remuneração e Salário
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Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim
em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito
próximo ao local de trabalho.
A verba salarial também tem um caráter de continuidade ou persistência, na medida em
que os trabalhadores possuem uma presunção de contrato por prazo indeterminado.
Além disso, a verba salarial pode ser composta, ter um caráter progressivo. A composição
é de um salário básico como também podem recair sobre adicionais, comissões etc. Por isso,
que a composição ainda pode ter os reflexos de horas extras, adicionais noturno, insalubridade
e de periculosidade.
O PULO DO GATO
Entre os adicionais mais comuns de provas, temos: (1) adicional noturno urbano – 20% (2)
adicional noturno rural – 25% (3) adicional de insalubridade – 10%, 20% e 40% e adicional de
periculosidade – 30%.
Temos aqui o caráter pós remuneratório, na medida em que o fato de o empregador não
pagar o salário no período legal determinado não faz sumir o direito de recebimento do salário.
Ou seja, após a prestação do serviço, tem o empregador o direito de fazer os devidos paga-
mentos dos salários.
Há o caráter sinalagmático também, que significa o seguinte: o direito ao recebimento do
salário após a devida contraprestação, com a execução das atividades do contrato de empre-
go. O próprio contrato tem a natureza de relação comutativa e sinalagmática que incorpora nas
características do salário.
A doutrina ressalva que o salário deve ter caráter proporcional e razoável, na medida em
que, em tese, o valor do salário deve ser razoável com a atividade desempenhada. Isso é inte-
ressante pela máxima interpretativa do artigo 7º, IX, da CF/1988.
Com base nisso, o constituinte, nos termos do artigo 7º da CF/1988, faz proteção ao piso
salarial proporcional à extensão e à complexidade do salário, bem como o respeito ao míni-
mo salarial.
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Remuneração e Salário
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Por fim, destacam-se os limites ao empregador no caso de descontos dos salários, por ser
matéria relevante para as provas objetivas.
Com isso, é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando
este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. Em caso de dano
causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acor-
dada ou na ocorrência de dolo do empregado.
É vedado também à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos
empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações “in natura” exercer qual-
quer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou
dos serviços.
Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não man-
tidos pela empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequa-
das, visando que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis,
sem intuito de lucro e sempre em benefício dos empregados.
É vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor
do seu salário.
O PULO DO GATO
Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que essa possibilida-
de tenha sido acordada, ou na ocorrência de dolo do empregado.
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra b.
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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excetuando-se outro prazo mais favorável, negociado em acordo, convenção ou dissídio cole-
tivo, a lei determina que o salário deverá estar à disposição do trabalhador até o
a) 15º dia útil do mês subsequente ao vencido.
b) 10º dia útil do mês subsequente ao vencido.
c) 5º dia útil do mês subsequente ao vencido.
d) 2º dia útil do mês subsequente ao vencido.
e) 1º dia útil do mês subsequente ao vencido.
Dispõe a CLT:
Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser es-
tipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e
gratificações.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o
quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
Letra c.
§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
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Remuneração e Salário
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III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra c.
Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
§ 1º Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade
tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.
§ 2º É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou
serviços estimados a proporcionar-lhes prestações “in natura” exercer qualquer coação ou induzi-
mento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços.
§ 3º Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos
pela Empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visan-
do a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de
lucro e sempre em benefício dos empregados.
§ 4º Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liber-
dade dos empregados de dispor do seu salário.
Letra d.
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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Os salários também podem ser pagos por unidade de obra, considerando a produção al-
cançada, com o número de peças produzidas, por exemplo. É o que ocorre nas percentagens
ou comissões, conforme a Súmula n. 340 do TST.
É possível o salário-tarefa, relacionado com a meta de produção atingida. Nesse sentido,
considero importante o conceito trazido por Godinho (2020, p. 904):
Acopla-se um certo parâmetro temporal (hora, dia, semana ou mês) um certo montante mínimo de
produção a ser alcançado pelo trabalhador. Por esse sistema, caso o trabalhador atinja a meta de
produção em menor número de dias da semana, por exemplo, dois efeitos podem ocorrer, a juízo do
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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interesse do empregador: libera-se o empregado do trabalho nos dias restantes, garantido o salário
padrão fixado; ou, alternativamente, determina-se a realização de uma produção adicional, no tempo
disponível restante (pagando-se, é claro, um plus salarial por esse acréscimo de produção).
8. Salário Utilidade
Trata-se do salário in natura durante o contrato de trabalho em que o trabalhador receberá
bens ou serviços diferentes do pagamento em espécie. NÃO SÃO PARTES INTEGRANTES DO
SALÁRIO contratual do obreiro. É preciso ter HABITUALIDADE na prestação do fornecimento
do bem ou serviço.
Temos a HABITUALIDADE DO FORNECIMENTO! É um caráter prestacional, habitual ao lon-
go do contrato de trabalho. Veja que é o único requisito exigido. Por exemplo, a gratuidade não
é um requisito necessário.
Outro requisito importante é que essa utilidade tem CARÁTER CONTRAPRESTATIVO da
atividade desempenhada.
O PULO DO GATO
No caso de salário utilidade, existe habitualidade do fornecimento. A habitualidade espontâ-
nea e eventual da utilidade não conduz ao caráter salarial. Isso também não gera a obrigação
contratual ao empregador.
Essa habitualidade que mencionamos pode ser diária, semanal ou quinzenal, bem como
semestral ou anual.
Não existe natureza salarial quando a utilidade se transforma para a instrumentalização
das atividades. Destaca-se o artigo 458, § 2º, da CLT. São as excludentes do salário utilidade.
É muito importante você memorizar todo esse dispositivo.
São excludentes dessa característica de utilidade:
• o bem ou serviço fornecido como meio de tornar viável a própria prestação de serviços,
como, por exemplo, os uniformes;
• o bem ou serviço como meio de aperfeiçoar a prestação dos serviços, como o curso de
informática para o trabalhador melhorar seus conhecimentos no Excel, por exemplo, ou
fornecimento de carro para o trabalhador de venda externa;
• o bem ou serviço ofertado pelo empregador em cumprimento do seu dever legal;
• fornecimento de vale-transporte;
• fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI);
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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Cabe aqui uma peculiaridade com a ALIMENTAÇÃO. Destaca-se a Súmula n. 241 do TST:
Súmula n. 241/TST – 05/12/1985 – Salário utilidade. Alimentação. CLT, art. 458. O vale
para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando
a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais.
De maneira geral, a alimentação é salário utilidade, desde que não seja entregue para fins
de viabilizar a prestação de serviços, como pode acontecer nas plataformas marítimas, em
que o deslocamento se encontra absurdamente fora da logística, ou se trate, por exemplo, de
empresa em local de difícil acesso, em local ermo etc.
Se a ALIMENTAÇÃO FOR OFERTADA NOS TERMOS DO PAT – Programa de Alimentação
do Trabalhador –, deixará de ter caráter salarial. Também pode perder o caráter salarial se for
previsto mediante negociação coletiva – ACT ou CCT. É o caso, por exemplo, de entregar cesta
básica sem caráter salarial para o empregador.
É importante analisar quando se trata de ACT ou CCT. Ora, existe entendimento sumulado
(OJ n. 413 da SDI-I do TST) no sentido de que se o empregado recebia a utilidade com caráter
salarial e a negociação coletiva modifica essa natureza, não muda a natureza para o trabalha-
dor. Ou seja, a natureza da norma continua salarial. A norma coletiva só vale para os contratos
novos. A norma coletiva terá plena validade no tocante aos contratos novos.
O artigo 458 da CLT proíbe expressamente as utilidades como BEBIDAS ALCOÓLICAS e
DROGAS NOCIVAS. O rol de utilidades pertinentes não se trata apenas de bens, mas também
serviços. Isso pelo caráter prejudicial desses bens na saúde pública.
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
§ 3º A habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade deverão atender aos fins a que
se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte
por cento) do salário contratual.
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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§ 4º Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário utilidade a ela correspondente será obtido
mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de coabitantes, vedada, em qualquer
hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família.
Letra a.
§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra e.
Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais,
a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
Errado.
Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais,
a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do
contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
Errado.
A questão está nos termos da Súmula n. 367 do TST, que só não exclui quando é atividade ex-
clusivamente para fins particulares:
Certo.
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DIREITO DO TRABALHO
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e) o veículo fornecido pelo empregador e utilizado pelo empregado também em finais de se-
mana e em férias.
§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra e.
Pelo contrário, não se tornam integrantes. A resposta está no texto da CLT, artigo 458:
§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Errado.
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Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser es-
tipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e
gratificações.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o
quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
Aqui se registra a periodicidade mensal como regra. É nesse ponto que temos o princípio
da irredutibilidade salarial, nos ternos do artigo 7º, VI, da CF/1988, e a exigência de ser o míni-
mo constitucional.
Destaque-se que, para aqueles que são comissionistas PUROS, ou seja, são pagos median-
te exclusivamente comissão, deve ser garantido o mínimo constitucional. A complementação
deve ser do empregador e não pode compensar o que for recebido nos meses anteriores.
Os abonos são descritos como as antecipações pecuniárias efetuadas pelo empregador
ao empregado, como se fossem adiantamentos salariais. Não se confunde com o abono usa-
do lá nos capítulos da CLT quanto às férias, nem como o abono PIS/PASEP.
O PULO DO GATO
O abono tem natureza não salarial.
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10. Adicionais
Significam PARCELAS CONTRAPRESTATIVAS SUPLEMENTARES devidas ao empregado
em razão dos seus exercícios/atividades de trabalho em circunstâncias especiais, como, por
exemplo, mais gravosas.
Os adicionais podem ter natureza constitucional, legal ou convencional, referente ao acor-
do coletivo e negociação coletiva. Aqui temos os adicionais de insalubridade e periculosidade.
Temos aqui os percentuais diferentes para cada adicional.
A insalubridade pode variar, conforme o salário mínimo, nos percentuais de 10%, 20% ou
40%, dependendo do grau leve, médio e grave, respectivamente. O adicional de periculosidade
é no percentual de 30% sobre o salário contratual. Veja que as bases de cálculo são diversas,
assim como os percentuais.
Sobre esses adicionais, destaca-se a posição de Godinho (2020, p. 924):
Tais parcelas salariais sempre terão caráter suplementar com respeito à parcela salarial principal
recebida pelo empregado, jamais assumindo (ao contrário das comissões, por exemplo) posição
central na remuneração obreira. De maneira geral, correspondem a uma expressão pecuniária (o que
ocorre com todos os adicionais legais), embora ao seja incompatível com a figura a criação estrita-
mente convencional de uma parcela dessa natureza paga em utilidades (adicional de fronteira, por
exemplo, pago em meio de uma utilidade funcional).
O PULO DO GATO
Sobre o adicional de insalubridade, é importante você levar consigo a Súmula Vinculante n.
04 do STF:
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Remuneração e Salário
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Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser
substituído por decisão judicial.
Os adicionais também podem ser previstos em normas coletivas, tais como quebra de
caixa, adicional de risco, adicional por tempo de serviço etc. Um outro adicional interessante
ocorre quando estamos tratando de acúmulo e função em que o trabalhador faz jus a um plus
salarial em relação ao seu salário-base diante de um valor a mais em relação às outras funções
desempenhadas.
Então, os adicionais podem ser constitucionais, legais e normativos – CCT e ACT.
11. Gratificações
As gratificações são diferentes dos adicionais, pois estes últimos visam suplementar situ-
ação perigosa, insalubre, noturna. As gratificações possuem funções diversas, pois surgiram
como liberalidades do empregador para fins de eventos socialmente considerados e seria um
plus para os obreiros.
Aludidas gratificações geram repercussões contratuais, sendo parcela paga com habituali-
dade, seja por mês, bimestre, semestral etc., já embutindo em seus efeitos o cômputo de todas
as verbas das parcelas inferiores ao mês.
Godinho (2020, p. 927) conceitua essas gratificações como sendo:
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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As demais verbas são de natureza salarial. Na alternativa “e”, estamos diante de salário utilida-
de. A resposta está no texto da CLT, artigo 458:
§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra e.
12. Comissões
As comissões são parcelas contraprestativas pagas pelo empregador em razão da produ-
ção do obreiro no contrato de trabalho, com um valor variável de acordo com as vendas, por
exemplo, realizadas pelo empregado. Aqui ocorrem com a realidade dos viajantes, vendedores
e pracistas.
A COMISSÃO É UMA MODALIDADE DE SALÁRIO VARIÁVEL.
POSSUI NATUREZA SALARIAL.
Aqui podemos ter dois tipos de trabalhadores classificados como recebem a comissão: os
comissionistas puros e os comissionistas mistos. No primeiro caso, só recebem comissões.
No segundo caso, recebem salário fixo mais comissões.
O PULO DO GATO
As comissões podem remunerar os comissionistas puros e mistos. Em todos os casos pos-
suem natureza salarial, sendo calculado em cima de todas as verbas rescisórias. É uma moda-
lidade de salário variável, sujeitando-se à regra do artigo 78 da CLT.
O empregado vendedor terá direito à comissão avençada sobre as vendas que realizar. No
caso de lhe ter sido reservada expressamente, com exclusividade, uma zona de trabalho, terá
esse direito sobre as vendas ali realizadas diretamente pela empresa ou por um preposto desta.
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Remuneração e Salário
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Remuneração e Salário
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• Pagamento da comissão – esse pagamento deve ser mensal, mas é possível acordo
para pagamento até três meses após a aceitação do negócio. Respeita-se a ideia da
garantia do salário mínimo nacional;
• Exclusividade da zona do trabalho – no caso de lhe ter sido reservada expressamente,
com exclusividade, uma zona de trabalho, terá esse direito sobre as vendas ali realizadas
diretamente pela empresa ou por um preposto desta. A zona de trabalho do empregado
vendedor poderá ser ampliada ou restringida de acordo com a necessidade da empresa,
respeitados os dispositivos desta lei quanto à irredutibilidade da remuneração.
Comissionistas puros.
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Remuneração e Salário
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O PULO DO GATO
Sempre que ocorrer transferência nacional, definitiva ou temporária, de atleta profissional, até
5% do valor pago pela nova entidade de prática desportiva serão obrigatoriamente distribuídos
entre as entidades de práticas desportivas que contribuíram para a formação do atleta, na
proporção de:
• 1% para cada ano de formação do atleta, dos 14 aos 17 anos de idade, inclusive; e
• 0,5% para cada ano de formação, dos 18 aos 19 anos de idade, inclusive.
Caberá à entidade de prática desportiva cessionária do atleta reter do valor a ser pago à en-
tidade de prática desportiva cedente 5% do valor acordado para a transferência, distribuindo-os
às entidades de prática desportiva que contribuíram para a formação do atleta.
Caso o atleta se desvincule da entidade de prática desportiva de forma unilateral, mediante
pagamento da cláusula indenizatória desportiva, caberá à entidade de prática desportiva que
recebeu a cláusula indenizatória desportiva distribuir 5% (cinco por cento) de tal montante às
entidades de prática desportiva responsáveis pela formação do atleta.
O percentual devido às entidades de prática desportiva formadoras do atleta será calcula-
do sempre de acordo com certidão a ser fornecida pela entidade nacional de administração do
desporto, e os valores distribuídos proporcionalmente em até 30 dias da efetiva transferência.
O artigo 28 trata dos seguintes aspectos remuneratórios:
Art. 28. A atividade do atleta profissional é caracterizada por remuneração pactuada em contrato
especial de trabalho desportivo, firmado com entidade de prática desportiva, no qual deverá constar,
obrigatoriamente:
I – cláusula indenizatória desportiva, devida exclusivamente à entidade de prática desportiva à qual
está vinculado o atleta, nas seguintes hipóteses:
a) transferência do atleta para outra entidade, nacional ou estrangeira, durante a vigência do contra-
to especial de trabalho desportivo; ou
b) por ocasião do retorno do atleta às atividades profissionais em outra entidade de prática despor-
tiva, no prazo de até 30 (trinta) meses; e
II – cláusula compensatória desportiva, devida pela entidade de prática desportiva ao atleta, nas
hipóteses dos incisos III a V do § 5º.
§ 1º O valor da cláusula indenizatória desportiva a que se refere o inciso I do caput deste artigo será
livremente pactuado pelas partes e expressamente quantificado no instrumento contratual:
I – até o limite máximo de 2.000 (duas mil) vezes o valor médio do salário contratual, para as trans-
ferências nacionais; e
II – sem qualquer limitação, para as transferências internacionais.
§ 2º São solidariamente responsáveis pelo pagamento da cláusula indenizatória desportiva de que
trata o inciso I do caput deste artigo o atleta e a nova entidade de prática desportiva empregadora.
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Remuneração e Salário
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§ 3º O valor da cláusula compensatória desportiva a que se refere o inciso II do caput deste artigo
será livremente pactuado entre as partes e formalizado no contrato especial de trabalho desportivo,
observando-se, como limite máximo, 400 (quatrocentas) vezes o valor do salário mensal no momen-
to da rescisão e, como limite mínimo, o valor total de salários mensais a que teria direito o atleta até
o término do referido contrato.
§ 4º Aplicam-se ao atleta profissional as normas gerais da legislação trabalhista e da Seguridade
Social, ressalvadas as peculiaridades constantes desta Lei, especialmente as seguintes:
I – se conveniente à entidade de prática desportiva, a concentração não poderá ser superior a 3
(três) dias consecutivos por semana, desde que esteja programada qualquer partida, prova ou equi-
valente, amistosa ou oficial, devendo o atleta ficar à disposição do empregador por ocasião da rea-
lização de competição fora da localidade onde tenha sua sede;
II – o prazo de concentração poderá ser ampliado, independentemente de qualquer pagamento adi-
cional, quando o atleta estiver à disposição da entidade de administração do desporto;
III – acréscimos remuneratórios em razão de períodos de concentração, viagens, pré-temporada e
participação do atleta em partida, prova ou equivalente, conforme previsão contratual;
IV – repouso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro) horas ininterruptas, preferentemente em
dia subsequente à participação do atleta na partida, prova ou equivalente, quando realizada no final
de semana;
V – férias anuais remuneradas de 30 (trinta) dias, acrescidas do abono de férias, coincidentes com
o recesso das atividades desportivas;
VI – jornada de trabalho desportiva normal de 44 (quarenta e quatro) horas semanais.
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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sobre o teletrabalho, bem como a antecipação de férias individuais, coletivas, feriados, banco
de horas etc. Esta MP não foi convertida em lei, perdendo os seus efeitos.
A MP 936/2020 foi convertida em lei. Trata-se da seguinte legislação que já pode ser cobra-
da nas suas provas de concurso: Lei nº 14.020/2020, publicada em 07 de julho de 2020 e insti-
tui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, bem como traz medidas
complementares para o enfrentamento do estado de calamidade pública.
Recentemente, passamos a ter mais duas medidas provisórias, no ano de 2021, dos quais
destacamos: 1045 e 1046.
No caso da MP 1045, tem-se a importante tratativa relacionada que institui o Novo Progra-
ma Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas complemen-
tares para o enfrentamento das consequências da emergência de saúde pública de importân-
cia internacional decorrente do coronavírus (covid-19) no âmbito das relações de trabalho.
Por essa MP 1045/2021, entre outros, com os objetivos de: I - preservar o emprego e a ren-
da; II - garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais; e III - reduzir o impacto
social decorrente das consequências da emergência de saúde pública de importância interna-
cional decorrente do coronavírus (covid-19).
Além disso, destaca-se na MP 1045/2021 que são medidas do Novo Programa Emergen-
cial de Manutenção do Emprego e da Renda: I - o pagamento do Benefício Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda; II - a redução proporcional de jornada de trabalho e de
salários; e I II - a suspensão temporária do contrato de trabalho.
Tais regras explicitadas e regulamentadas não são previstas no âmbito da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, aos órgãos da administração pública direta e indireta;
e às empresas públicas e sociedades de economia mista, inclusive às suas subsidiárias; e,
ainda, não se aplicam aos organismos internacionais.
O PULO DO GATO
O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será custeado com recursos
da União. O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será de prestação
mensal e devido a partir da data do início da redução da jornada de trabalho e do salário ou da
suspensão temporária do contrato de trabalho.
Para fins de concurso, é importante destacar que o empregador poderá acordar a redução
proporcional de jornada de trabalho e de salário de seus empregados, de forma setorial, depar-
tamental, parcial ou na totalidade dos postos de trabalho, por até cento e vinte dias, observa-
dos os seguintes requisitos: I - preservação do valor do salário-hora de trabalho; II - pactuação
por convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo de trabalho ou acordo individual escrito
entre empregador e empregado; e III - na hipótese de pactuação por acordo individual escrito, o
encaminhamento da proposta de acordo ao empregado deverá ser feito com antecedência de,
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DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário
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no mínimo, dois dias corridos, e a redução da jornada de trabalho e do salário somente poderá
ser feita com os seguintes percentuais: a) vinte e cinco por cento; b) cinquenta por cento; ou
c) setenta por cento.
O empregador informará ao Ministério da Economia a redução da jornada de trabalho e do
salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho, no prazo de dez dias, contado da
data da celebração do acordo.
A primeira parcela será paga no prazo de trinta dias, contado da data da celebração do
acordo. O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será pago exclusiva-
mente enquanto durar a redução da jornada de trabalho e do salário ou a suspensão temporá-
ria do contrato de trabalho.
O PULO DO GATO
O empregador ficará responsável pelo pagamento da remuneração no valor anterior à redução
da jornada de trabalho e do salário ou à suspensão temporária do contrato de trabalho do em-
pregado, inclusive dos respectivos encargos sociais e trabalhistas, até que a informação seja
prestada ao Ministério da Economia.
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Remuneração e Salário
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RESUMO
A contraprestação pecuniária pode ser considerada como salário e remuneração, sendo
imprescindível conhecer os conceitos, as peculiaridades e as diferenças entre uma e outra. O
salário é conhecido é o conjunto de parcelas contraprestativas paga pelo empregador em ra-
zão da prestação de serviços no contrato firmado entre as partes. Por sua vez, a remuneração
seria considerada o gênero que incluiria o salário contratual e as gorjetas, bem como demais
parcelas remuneratórias e indenizatórias.
A Lei do Rateio das Gorjetas trouxe uma nova espécie de garantia provisória no empregado
para o eleito da comissão que fiscalizará o correto rateio das gorjetas.
Para empresas com mais de 60 empregados, será constituída comissão de empregados,
mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para acompanhamento e fis-
calização da regularidade da cobrança e distribuição da gorjeta. Nessa comissão de empresas
de mais de 60 empregados, os representantes serão eleitos em assembleia geral convocada
para esse fim pelo sindicato dos trabalhadores daquela categoria.
Para as empresas inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na res-
pectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 20% da arrecadação correspondente;
para as empresas não inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na res-
pectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 33% da arrecadação correspondente,
mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho.
Tanto o salário como a gorjeta, que forma a remuneração, precisam constar nas anotações
da CTPS, como determina o artigo 29 da CLT. Isso porque tais parcelas gerarão efeitos previ-
denciários para fins de pagamentos das contribuições e com impactos nos valores dos bene-
fícios previdenciários e dos recolhimentos do FGTS. Essas verbas também entram na base de
cálculo de todas as verbas rescisórias, bem como do cálculo do 13º salário.
SALÁRIO COMPLESSIVO. Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou
percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.
Parcelas indenizatórias são aquelas que não incidem na base do salário para fins de ver-
bas rescisórias, como, por exemplo, a Participação de Lucros e Resultados (PLR) ou férias
vencidas pagas em dobro, bem como as multas dos artigos 467 e 477 da CLT, indenização por
danos morais, materiais etc.
Parcelas remuneratórias ou salariais são aquelas em que há incidência de contribuição
previdenciária ou que incide na base de cálculo e no cômputo de demais verbas trabalhistas.
Por exemplo, temos as horas extras, os adicionais seguintes: noturno, insalubridade e periculo-
sidade. Além disso, temos a incidência sobre o 13º salário, comissões, percentagens, abonos
e prêmios.
Com a Reforma Trabalhista, as ajudas de custo e diárias de viagem são de natureza inde-
nizatória, independentemente da porcentagem sobre o salário contratual do trabalhador. Se
houver fraude no pagamento dessa verba, transmuda-se essa verba em natureza salarial, inte-
grando o salário do obreiro para todos os fins.
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Remuneração e Salário
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QUESTÕES DE CONCURSO
016. (FGV/EXAME DA OAB/PRIMEIRA FASE/2014) Os garçons e empregados do restaurante
Come Bem Ltda. recebem as gorjetas dadas pelos clientes, de forma espontânea, uma vez que
não há a cobrança obrigatória na nota de serviço. Diante da hipótese apresentada, assinale a
afirmativa correta.
a) As gorjetas integram a remuneração, mas não servem de base de cálculo para o pagamento
do aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
b) As gorjetas não integram a remuneração, uma vez que são espontâneas, pois não há o con-
trole das quantias concedidas.
c) As gorjetas são integradas, para todos os efeitos, na remuneração do empregado, repercu-
tindo, assim, no pagamento de todos os direitos trabalhistas.
d) As gorjetas integram a remuneração apenas para efeitos de aviso-prévio trabalhado, adicio-
nal noturno, horas extras e repouso semanal remunerado, pois as demais parcelas não estão
relacionadas com o dia a dia de trabalho efetivo; não havendo trabalho, não há gorjeta.
Letra a.
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Remuneração e Salário
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d) À luz da CLT considera-se salário como gorjeta somente a importância dada espontanea-
mente pelo cliente direto ao empregado.
e) Considera-se gorjeta como sendo salário, à luz da CLT, somente a importância paga pelo
cliente direto ao empregador, como adicional nas contas.
Artigo 457, § 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao
empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer
título, e destinado à distribuição aos empregados.
Letra c.
Artigo 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as se-
guintes utilidades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra d.
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De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, NÃO serão consideradas como salário as
utilidades concedidas pelo empregador indicadas APENAS em
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
Artigo 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as se-
guintes utilidades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
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III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra b.
As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado
seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do
empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qual-
quer encargo trabalhista e previdenciário. Com a Reforma Trabalhista, as ajudas de custo e diárias
de viagem agora são parcelas indenizatórias, independentemente dos percentuais.
Letra b.
Artigo 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as se-
guintes utilidades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
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III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Errado.
Letra c.
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Remuneração e Salário
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Certo.
Dispõe a CLT:
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas
pelo empregador.
Letra d.
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As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado
seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração
do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de
qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
Certo.
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas
pelo empregador.
Letra a.
A resposta está errada. Trata-se de parcela não remuneratória. Segundo a CLT, artigo 458, § 5º:
O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive
o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses,
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despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes moda-
lidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o
salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9º do art. 28 da Lei n. 8.212, de 24
de julho de 1991.
Errado.
Os percentuais de adicional de insalubridade têm como base de cálculo o salário mínimo, des-
tacando-se os percentuais de 10%, 20% ou 40%, a depender se é situação leve, média ou grave.
No caso do adicional de periculosidade, o percentual é de 30% sobre o salário-base/contratual
do trabalhador. O trabalhador deve fazer a opção entre o adicional de periculosidade e de in-
salubridade.
Letra b.
Dispõe a CLT:
Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser esti-
pulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne às comissões, percentagens e
gratificações.
Certo.
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Dispõe a CLT:
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado,
como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destina-
do à distribuição aos empregados.
Certo.
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d) não tem razão em relação a qualquer dos benefícios concedidos gratuitamente pelo empre-
gador, pois não possuem natureza salarial.
e) não tem razão em relação ao plano de saúde odontológico e aos cursos de formação profis-
sional, contudo tem razão em relação ao curso de inglês, isso porque não há qualquer relação
entre o curso e suas atividades profissionais.
A resposta é a letra “d”, pois não integra a base de cálculo de salários nem faz parte da integra-
ção. Trata-se de parcela não remuneratória. Segundo a CLT, dispõe o artigo 458, § 5º:
O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive
o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses,
despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes moda-
lidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o
salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9º do art. 28 da Lei n. 8.212, de 24
de julho de 1991.
Letra d.
Dispõe a CLT:
Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais,
a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do
contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
Certo.
Dispõe a CLT:
Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais,
a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do
contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
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§ 1º Os valores atribuídos às prestações “in natura” deverão ser justos e razoáveis, não podendo
exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário mínimo.
Certo.
Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais,
a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do
contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
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§ 3º A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que
se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte
por cento) do salário-contratual.
§ 5º O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não,
inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses,
órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes
modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem
o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9º do art. 28 da Lei n. 8.212, de
24 de julho de 1991.
Letra c.
A questão está errada por constar a palavra "apenas" o que não está contemplado no artigo
467, §1º, da CLT.
Errado.
Em regra, não podem ser parcelas remuneratórias, conforme o teor do artigo 458, 2º, da CLT,
mas podem excepcionalmente serem assim considerados por força de negociação coletiva
Certo.
Dispõe a CLT:
Artigo 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as se-
guintes utilidades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
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III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-
-saúde etc.
Certo.
Dispõe a CLT:
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas
pelo empregador.
§ 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, servi-
ços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho supe-
rior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
Letra e.
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b) Errada. Com a Reforma Trabalhista, não existe mais a exigência de percentuais mínimos.
c) Errada. Depende sim do exercício extraordinário de suas atividades.
d) Errada. Apesar de habituais, não se incorporam.
e) Errada. As comissões podem ser superiores a 30 dias o seu efetivo pagamento.
Dispõe a CLT:
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas
pelo empregador.
§ 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, servi-
ços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho supe-
rior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
Letra a.
Houve alteração na Reforma Trabalhista que detalhou ainda mais a equiparação salarial, tor-
nando-se mais difícil sua demonstração, na medida em que deve ocorrer em relação ao mes-
mo estabelecimento e não somente na figura do empregador. Dispõe a CLT:
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador,
no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia,
nacionalidade ou idade.
Errado.
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Artigo 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as se-
guintes utilidades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra a.
Dispõe a CLT:
Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser es-
tipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e
gratificações.
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§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o
quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. (…)
Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do ho-
rário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito
em conta bancária, observado o disposto no artigo anterior.
Certo.
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b) O cigarro pode ser considerado como salário utilidade apenas se for disponibilizado além do
valor do salário mínimo em pecúnia.
c) A habitação, a energia elétrica e o veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quan-
do indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso
de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares.
d) O veículo fornecido pelo empregador ao empregado, quando indispensável para a realização
do trabalho, têm natureza salarial, especialmente no caso de veículo utilizado pelo empregado
também em atividades particulares.
e) A habitação e o veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, em qualquer situação,
são considerados como salário utilidade.
Letra c.
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Na verdade, o conceito trazido pela questão se refere à remuneração. Nesse ponto, excluem-se
as vantagens, incentivos e benefícios a qualquer título. Isso seria o salário progressivo. O salá-
rio progressivo se inicia pelo salário-base.
Errado.
Errado.
Dispõe a CLT:
Artigo 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as se-
guintes utilidades concedidas pelo empregador:
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores re-
lativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático. Por não serem verbas salariais
não se integram no salário do trabalhador. É apenas uma utilidade.
Errado.
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A alternativa está errada, pois a CLT faz menção expressa ao dolo, sendo silente quanto ao
elemento da culpa. Dispõe a CLT:
Art. 462. Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo
quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
§ 1º Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade
tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.
Errado.
A habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade deverão atender aos fins a que se
destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por
cento) do salário contratual. Logo, o percentual está errado que é de 20% e, não 25%.
Errado.
O vale-refeição tem caráter salarial e integra a remuneração do empregado, para todos os efei-
tos legais. Nesse sentido, a OJ n. 413:
Errado.
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A questão não está em consonância com o artigo 458 da CLT, na medida que não existem con-
dicionamentos. Nesse sentido, destaca a CLT:
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Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimen-
tação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do contrato
ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento
com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
Certo.
Parcelas indenizatórias são aquelas que não incidem na base do salário para fins de verbas
rescisórias, como, por exemplo, a Participação de Lucros e Resultados (PLR) ou férias ven-
cidas pagas em dobro, bem como as multas dos artigos 467 e 477 da CLT, indenização por
danos morais, materiais etc.
Parcelas remuneratórias ou salariais são aquelas em que há incidência de contribuição previ-
denciária ou que incidem na base de cálculo e no cômputo de demais verbas trabalhistas. Por
exemplo, temos as horas extras, os adicionais seguintes: noturno, insalubridade e periculosi-
dade. Além disso, temos a incidência sobre o 13º salário, comissões, percentagens, abonos
e prêmios.
No caso, não se trata de salário in natura, nos exatos termos do artigo 458 da CLT.
Errado.
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Quando habitação, energia e veículo são usados em prol da própria atividade, não há natureza
salarial. Nesse caso, já se excluem as alternativas “a”, “b” e “e”.
Quanto à alternativa “c”, há entendimento que o uso concomitante do veículo para fins particu-
lares e profissionais não desconfigura a natureza não salarial. Nesse sentido, temos a Súmula
n. 367 do TST:
Letra c.
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A alternativa está errada, pois a CLT faz menção expressa ao dolo, sendo silente quanto ao
elemento da culpa. Dispõe a CLT:
Art. 462. Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo
quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
§ 1º Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade
tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.
Errado.
Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimen-
tação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do contrato
ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento
com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
Certo.
Súmula 367 do TST: UTILIDADES “IN NATURA”. HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍ-
CULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO I – A habitação, a energia elétrica e
veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realiza-
ção do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado
pelo empregado também em atividades particulares. II – O cigarro não se considera salário
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utilidade em face de sua nocividade à saúde. Além dessa súmula, deve ser analisado em
conformidade com o disposto na CLT que permite sim a natureza salarial.
Certo.
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§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e ali-
mentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas
do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração
da hora normal de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência).
A alternativa B está errada, conforme o artigo da CLT:
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448
desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empre-
gados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
A alternativa C está errada, tendo em vista que o auxílio-alimentação é um benefício que pode,
ou não, ser concedido ao empregado. Não se trata aqui de benesse obrigatória e que deva
ser paga pelo empregador. Porém, muitas categorias recebem o pagamento deste auxílio, ge-
rando, a partir daí uma dúvida, se ele se integra à sua remuneração, acarretando reflexos em
férias, 13º salários e fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS), por exemplo. A alternativa
D está errada, pois conforme a CLT:
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador,
no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia,
nacionalidade ou idade
§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade
e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo
empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a
dois anos.
A alternativa E está errada, nos termos da CLT:
Art. 468 Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por
mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao
empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
§ 1º Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo
empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de
confiança.
§ 2º A alteração de que trata o § 1º deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empre-
gado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorpo-
rada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.
Letra a.
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Conforme dispõe o art. 193 da CLT são consideradas atividades ou operações perigosas, aque-
las que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de
exposição permanente do trabalhador a: Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; Roubos ou
outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patri-
monial; As atividades de trabalhador em motocicleta. O valor do adicional de periculosidade será o
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Destaca-se aqui o teor da CLT: Conforme previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
o contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em
que serão devidas pela metade as seguintes verbas trabalhistas: o aviso-prévio (se for indeni-
zado) e a indenização sobre o saldo do FGTS. A extinção do contrato por entendimento mútuo
permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador do FGTS limitada a até 80% do acu-
mulado dos depósitos. Contudo, não autoriza que o empregado acesse o seguro-desemprego.
Por mútuo acordo, considerando que o salário é de R$2.000,00. O aviso prévio será pago pela
metade: R$1.000,00; Indenização do FGTS é de 20% que é R$1.400,00, demonstrando o impor-
te de R$280,00 e levantar 80% do FGTS que é de R$1.120,00, sendo correta a alternativa A.
Letra a.
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De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, está correto APENAS o que se afirma em:
a) I e II.
b) I e III.
c) II.
d) II e III.
e) III.
Em caso do I, está errado, pois o Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga
diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive, ao trabalhador rural, sem distinção
de sexo, por dia normal de serviço. No caso do II, está errado, tendo em vista que a CLT dispõe
ainda, em seu artigo 82, que o empregador que fornecer parte do salário-mínimo como salário
utilidade ou in natura, terá esta parte limitada a 70% (setenta por cento), ou seja, será garantido
ao empregado o pagamento em dinheiro de no mínimo 30% (trinta por cento) do salário-míni-
mo. No caso do III, está nos termos da CLT: Art. 80, Parágrafo único. Quando o salário-mínimo
mensal do empregado a comissão ou que tenha direito a percentagem for integrado por parte
fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre garantido o salário-mínimo, vedado qualquer desconto
em mês subsequente a título de compensação."
Letra e.
Conforme dispõe o art. 193 da CLT são consideradas atividades ou operações perigosas, aque-
las que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de
exposição permanente do trabalhador a: Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; Roubos ou
outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou pa-
trimonial; As atividades de trabalhador em motocicleta. O valor do adicional de periculosidade
será o salário do empregado acrescido de 30%, sem os acréscimos resultantes de gratifica-
ções, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
Letra b.
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Não procede a alternativa A, pois não é o caso de adicional de penosidade que não foi regula-
mentado por lei. Não procede a alternativa B, pois não é o caso de adicional de insalubridade,
mas sim periculosidade. No caso da alternativa C, é correta, na medida em que são 6/12 de fé-
rias com um terço, pelo momento em que houve o lapso temporal, correspondente a 6 meses
e, ainda, o adicional de periculosidade que deve ser 30% do salário-base do trabalhador, inde-
pendentemente de perícia técnica, na medida em que o trabalho em bombas de combustível,
trabalho com inflamáveis, já se considera perigoso, fazendo jus ao adicional. A alternativa D
está errada, na medida em que é o caso de 7/12 e, ainda, que o adicional de periculosidade não
precisa de perícia no caso em comento. A alternativa E não prospera porque está equivocada
nas verbas e valores, haja vista que há o adicional de periculosidade é de 30% do salário – base.
Letra c.
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II. A proibição de vinculação do salário-mínimo para qualquer fim não impede a sua utilização
como índice de correção de contratos.
III. O piso salarial é fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho ou em sentença nor-
mativa, constituindo um valor mínimo de salário que pode ser pago a trabalhador integrante de
categoria profissional.
IV. Visando a manutenção do seu poder aquisitivo, o salário-mínimo deve ter reajustes
periódicos.
V. Salário profissional, fixado por norma coletiva, corresponde ao valor mínimo de salário que
pode ser pago aos integrantes de determinada categoria profissional diferenciada, em razão
das peculiaridades do trabalho que executam e das condições de vida singulares a que estão
submetidos.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e IV.
c) III, IV e V.
d) IV.
II. Errado. Tendo em vista que existe o teor da SV 4: Salvo nos casos previstos na Constituição,
o salário- mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de ser-
vidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. Além disso, a CF/88
vedou essa fixação para qualquer fim (art. 7, IV).
III. Errado. Na medida em que piso salarial geralmente é utilizado como sinônimo de salário
normativo. O erro da questão é afirmar que é pago a integrante de categoria profissional. Sen-
do certo que o mínimo desses é o salário profissional, que é estipulado por lei da determinada
categoria.
V. Errado. Na medida em que salário Profissional é fixado em norma legal, e não coletiva, sendo
devido a categorias que possuem regulamentação em lei específica de sua categoria. Exem-
plos: Médicos. Está correto o que se afirma APENAS em
Letra d.
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d) têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo empregado tam-
bém em atividades particulares.
e) têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo empregado tam-
bém em atividades particulares e, exceto se, no caso da habitação, ela for utilizada para hos-
pedar familiares residentes em outro estado.
Letra c.
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GABARITO
16. a 36. b 56. C
17. c 37. c 57. E
18. d 38. E 58. E
19. C 39. C 59. C
20. b 40. C 60. c
21. b 41. e 61. E
22. E 42. a 62. C
23. c 43. E 63. C
24. C 44. a 64. C
25. d 45. C 65. a
26. C 46. a 66. b
27. a 47. c 67. e
28. E 48. c 68. a
29. b 49. E 69. e
30. C 50. E 70. b
31. E 51. E 71. c
32. C 52. E 72. d
33. d 53. E 73. c
34. C 54. E
35. C 55. d
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REFERÊNCIAS
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr, 2011.
______. Supremo Tribunal Federal. Disponível em: <www.stf.jus.br>. Acesso em: out./2020.
______. Tribunal Superior do Trabalho. Disponível em: <www.tst.jus.br>. Acesso em: out./2020.
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ANEXO
Súmula n. 354 do TST
Garçom que recebia apenas com gorjetas tem direito a piso salarial da ca-
tegoria
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Após a publicação do acórdão, foram opostos embargos de declaração, ainda não julgados.
(MC/CF)
Processo: RR-5-64.2011.5.05.0004
Pela jurisprudência do TST, o veículo fornecido pelo empregador não tem natureza salarial.
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho excluiu da condenação imposta à Mar-
colin do Brasil Artigos Ópticos a determinação de incorporação do valor pago pelo uso de um
veículo de luxo ao salário do ex-presidente da multinacional. A decisão fundamentou-se na
Súmula n. 367 do TST, que afasta a natureza salarial do benefício quando este é indispensável
ao trabalho.
Benefícios
O executivo, de nacionalidade italiana, tinha a seu dispor, por tempo integral, um carro su-
perior (GM Blazer, Mitsubishi Pajero, Hyundai Tucson, entre outros) com todos os opcionais
e valor mensal de locação de cerca de R$ 2.500,00. Esse foi, segundo ele, um dos benefícios
oferecidos para que ele se mudasse para o Brasil, a fim de montar uma filial da empresa. Além
do carro, ele ainda tinha direito ao pagamento da escola para os filhos, moradia, seguro-saúde
e celular.
Na reclamação trabalhista, ele sustentou que o fornecimento dos veículos deveria ser con-
siderado como salário in natura ou utilidade e incorporado à sua remuneração, com repercus-
são em todas as demais parcelas salariais e rescisórias.
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Condição necessária
O juízo da 21ª Vara do Trabalho de Campinas (SP) entendeu que os valores pleiteados não
tinham natureza salarial. Mas, para o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, o veículo
fornecido era condição necessária para viabilizar a prestação de serviços e, portanto, deveria
compor a remuneração do empregado.
TST
O relator do recurso de revista, ministro Alexandre Agra Belmonte, destacou que, em relação
ao salário in natura, o artigo 458 da CLT, com a interpretação adotada na Súmula n. 367 do TST,
diferencia o fornecimento da utilidade com a contraprestação pelo trabalho e para o trabalho.
Segundo a súmula, a habitação, a energia elétrica e o veículo fornecidos pelo empregador ao em-
pregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda
que, no caso de veículo, ele seja ele utilizado também em atividades particulares.
Na avaliação do relator, o caso do executivo se enquadra na segunda hipótese. “O veículo
fornecido pela empresa era imprescindível para o trabalho, não obstante pudesse também ser
utilizado pelo empregado para fins particulares”, assinalou.
A decisão foi unânime.
(AM/CF)
Processo: RR-11589.93.2014.5.15.0021
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cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso sema-
nal remunerado.
Orientação Jurisprudencial 358/TST-SDI-I – 14/04/2008 – Jornada de trabalho. Salário
mínimo e piso salarial proporcional à jornada reduzida. Possibilidade. CF/1988, art. 7º,
IV e XIII (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.2.2016). I –
Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitu-
cional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso
salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. II – Na Administração
Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado público
inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. Precedentes
do Supremo Tribunal Federal.»
Salário utilidade. Alimentação. CLT, art. 458. O vale para refeição, fornecido por força do
contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para
todos os efeitos legais.
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser
substituído por decisão judicial.
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