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DIREITO DO

TRABALHO
Remuneração e Salário

Livro Eletrônico
DIREITO DO TRABALHO
Remuneração e Salário

Sumário
Maria Rafaela

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Remuneração e Salário. . ................................................................................................................. 4
1. Conceitos e Distinções entre Remuneração e Salário.. ........................................................ 4
2. Denominações de Salários........................................................................................................ 6
3. Composição de Salários............................................................................................................. 8
4. Nova Regulamentação das Gorjetas..................................................................................... 14
5. Parcelas Não Salariais............................................................................................................... 17
6. Características dos Salários....................................................................................................19
7. Classificação dos Salários....................................................................................................... 26
8. Salário Utilidade........................................................................................................................ 27
9. Modalidades Especiais de Salários....................................................................................... 33
10. Adicionais.................................................................................................................................. 34
11. Gratificações. . ............................................................................................................................ 35
12. Comissões. . ................................................................................................................................ 36
13. Parcelas dos Atletas Profissionais...................................................................................... 38
14. Redução de Jornada e Salário na Pandemia.. .....................................................................40
Resumo.............................................................................................................................................44
Questões de Concurso..................................................................................................................46
Gabarito............................................................................................................................................ 77
Referências...................................................................................................................................... 78
Anexo................................................................................................................................................ 79

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Remuneração e Salário
Maria Rafaela

Apresentação
Olá, meu(minha) querido(a) aluno(a)! Como você está? Vamos para mais uma aula provei-
tosa, aproximando-se de sua sonhada aprovação!
Eu e a equipe do Gran estamos aqui para turbinar seus estudos para você ser aprovado(a)!
Meu nome é Maria Rafaela de Castro. Atualmente, sou Juíza do Trabalho Substituta no TRT
7ª Região.
Eu e toda a equipe do Gran estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios e prática em questões de provas anteriores. Nesse ponto, este material vai te ajudar a
chegar à posse. Espero teu feedback sobre a forma de explicação, didática e dúvidas lá no
fórum do aluno.
Este material está repleto de INFORMAÇÕES IMPORTANTÍSSIMAS para as suas provas.
Eu também elaborei questões inéditas para você verificar como a banca poderia surpreender.
No fim do nosso material, existe toda a jurisprudência atualizada sobre o tema, exatamen-
te para que você esteja apto para as provas tanto de concursos mais simples quanto de mais
complexos. A ideia é lançar o panorama de cada matéria.
Estamos passando por um momento muito sensível diante da pandemia da COVID-19 e,
apesar da distância física, saiba que estou por aqui, do outro lado, estudando muito e prepa-
rando o melhor material para você conseguir alcançar seu sonho da aprovação, como eu con-
quistei. Vamos juntos que vai dar certo!
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Estou esperando as
dúvidas no Fórum do aluno! Preparado(a)? Sempre acredite em si mesmo(a) e lute pelo que
você sonha! Pega o café (descafeinado rs) e vamos nessa!

Maria Rafaela de Castro


@mrafaela_castro

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Remuneração e Salário
Maria Rafaela

REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
1. Conceitos e Distinções entre Remuneração e Salário
Na definição de empregado, nos termos do artigo 3º da CLT, a onerosidade é um dos requi-
sitos essenciais para a caracterização da relação de emprego e considerar um indivíduo como
empregado. É preciso receber uma paga pelo serviço executado. É a contraprestação.
A contraprestação pecuniária pode ser considerada como salário e remuneração, sendo
imprescindível conhecer os conceitos, as peculiaridades e diferenças entre uma e outra.
O salário é conhecido como o conjunto de parcelas contraprestativas paga pelo empre-
gador em razão da prestação de serviços no contrato firmado entre as partes. Por sua vez, a
remuneração seria considerada o gênero que incluiria o salário contratual e as gorjetas, bem
como demais parcelas remuneratórias e indenizatórias.
A ideia da CLT foi considerar o salário como origem dessa onerosidade paga diretamen-
te pelo empregador. O que extrapolasse esse conceito base seria considerado remuneração.
Uma importante constatação é que o salário seria aquela contraprestação paga diretamente
pelo empregador.
Isso difere da remuneração, que pode ser a contraprestação paga diretamente pelo cliente/
consumidor do serviço. Nesse exemplo, temos as gorjetas.

O PULO DO GATO
A noção de remuneração abrange três acepções, pelo menos, na doutrina. Na 1ª acepção,
como uma expressão sinônima de salários; na 2ª acepção, como gênero das contrapresta-
ções; na 3ª acepção, como o salário contratual adicionado das gorjetas.

Com isso, destaca-se o artigo 457 da CLT:

Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas
pelo empregador.
§ 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, ve-
dado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remunera-
ção do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência
de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado,
como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destina-
do à distribuição aos empregados.

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§ 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, servi-
ços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho supe-
rior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.

Em continuidade, há o teor da Súmula n. 354 do TST, que revela essa distinção entre salário
e gorjeta, bem como de remuneração:

GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES


As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontanea-
mente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de
cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso sema-
nal remunerado.

O PULO DO GATO
O empregador não pode utilizar a gorjeta recebida de terceiros em estabelecimentos comer-
ciais para compor o salário mínimo a ser pago aos trabalhadores pela contraprestação de
um serviço.

Com esse raciocínio, surge a necessidade de entender o conceito de salário mínimo, e,


portanto, trazer à baila os artigos 76 e 78 da CLT:

Art. 76. Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a
todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço,
e capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de
alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.
Art. 78. Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou peça, será
garantida ao trabalhador uma remuneração diária nunca inferior à do salário mínimo por dia normal
da região, zona ou subzona.
Parágrafo único. Quando o salário mínimo mensal do empregado a comissão ou que tenha direito a
percentagem for integrado por parte fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre garantido o salário míni-
mo, vedado qualquer desconto em mês subsequente a título de compensação.

Tanto o salário como a gorjeta, que formam a remuneração, precisam constar nas anota-
ções da CTPS, como determina o artigo 29 da CLT. Isso porque tais parcelas gerarão efeitos
previdenciários para fins de pagamentos das contribuições, com impactos nos valores dos
benefícios previdenciários e dos recolhimentos do FGTS.
Essas verbas também entram na base de cálculo de todas as verbas rescisórias, bem como
do cálculo do 13º salário. Por isso que existem demandas na Justiça do Trabalho para fins de
reconhecimento da natureza salarial das verbas na remuneração e os pedidos de reflexos em

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outras verbas, como, por exemplo, nos recolhimentos do FGTS, 13º salário e recolhimentos
previdenciários. Isso faz grande diferença no cálculo total das verbas.

2. Denominações de Salários
Godinho (2020, p. 866) sustenta que o salário constitui “a parcela central devida ao traba-
lhador no contexto da relação de emprego”. Mas a expressão salário é utilizada como nome
para determinadas parcelas salariais. Godinho (2020, p. 866) sustenta que são “as denomina-
ções impróprias da figura do salário”.
Então, é comum na nossa vivência, ter contato com as seguintes expressões: salário de
contribuição, salário de benefício, salário família. Nesse ponto, há também denominações pró-
prias da figura do salário que fazem uso de uma concepção técnica. Ora, sendo assim, é preci-
so fixar tudo por meio de um mapa mental:

Salário mínimo, salário


complessivo, salário base,
salário profissional, salário
normativo, piso salarial etc.

Denominações impróprias de Diferença conceitual da ideia


salário: utilização do nome de salário e remuneração.
salário para determinados
benefícios que, às vezes, nem
tem cunho trabalhista. DENOMINAÇÕES Remuneração inclui as gorjetas
que passaram, em 2017, a ter
DE SALÁRIO um novo tratamento legal.
Toda relação de emprego é
onerosa - daí temos o salário. Denominações próprias
de salário: denominações
efetivamente referenciadas
à ideia de salário.

Salário de contribuição,
salário de benefício, salário
maternidade, salário família,
salário educação.

Com base nisso, vamos analisar, neste tópico, os conceitos dessas “denominações impró-
prias da figura do salário”.
• Salário-maternidade: benefício previdenciário que permite o pagamento do salário (re-
muneração integral) para o parto e o subsequente período de afastamento materno. Isso
também vale para o caso de doação de criança ou de guarda judicial para sua adoção.
A licença-maternidade é de 120 dias. É o teor do artigo 392-A da CLT, que igualou

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as oportunidades tanto para as mães biológicas como para as adotantes. No mesmo


prisma interpretativo, também estende para o caso de morte da genitora, em que é as-
segurado ao cônjuge ou companheiro o gozo de licença por todo o período da licença-
-maternidade ou pelo restante que teria direito à mãe, exceto no caso de falecimento ou
abandono do filho. É uma contribuição previdenciária apesar do nome “salário”. Significa
a renda mensal calculada à base de remuneração integral da obreira gestante a ela paga
diante do afastamento para a maternidade de 120 dias;
• Salário-educação: é a cobrança dessa parcela para o cumprimento das obrigações em-
presariais concernentes à prestação de facilidades da educação e do ensino a seus
empregados. É uma contribuição social, apesar do nome “salário”;
• Salário-família: também é um benefício previdenciário em que se constitui em parcela
ao trabalhador de baixa renda em função do número de dependentes menores de 14
anos. Tais parcelas são pagas ao empregado. O empregador faz esse pagamento me-
diante a compensação de valores no montante dos recolhimentos previdenciários;
• Salário de contribuição e salário de benefício: aqui estamos usando denominações re-
ferentes ao direito previdenciário. Nos dois casos, o salário de contribuição é o parâ-
metro remuneratório da pessoa filiada ao INSS, no Regime Geral de Previdência Social
(RGPS), para incidir a alíquota correspondente ao seu recolhimento previdenciário. No
caso do salário de benefício, ele é o parâmetro da prestação previdenciária paga pelo
INSS ao segurado. São instrumentos de natureza previdenciária.

Ocorre que a denominação salário também podem usar em sentido técnico próprio para
fins de aplicar conceitos ao correto uso da ideia de salário, como salário mínimo, salário-base,
salário contratual, salário complessivo etc. Vamos analisar, a seguir, os principais conceitos.
Nesse caso, a expressão salário foi usada dentro de um viés trabalhista. Com base nisso,
destacam-se:
• Salário progressivo: é tudo que se acrescenta ao salário-base, como as gorjetas, os adi-
cionais, a habitualidade das horas extras etc., que vai aumentando o salário-base;
• Salário mínimo: é aquele previsto como o mínimo para se receber quando se está na
jornada de 44 horas semanais ou 8 horas diárias. Nesse ponto, o trabalhador, segundo a
CF/1988, nos termos do artigo 7º, IV, estipula que esse é o mínimo constitucional para o
recebimento dos trabalhadores;
• Salário profissional: é o valor mínimo de determinado trabalhador pertencente a uma ca-
tegoria profissional, legalmente especificado. Exemplo: cirurgião-dentista, médicos etc.;
• Salário normativo: é o piso mínimo determinado nas negociações coletivas – Acordo
Coletivo do Trabalho ou Convenção Coletiva do Trabalho. É o parâmetro salário mais
baixo autorizado por uma negociação coletiva, no contexto de determinada categoria ou
o que for determinado na sentença normativa também. É preciso analisar esse tipo de
salário nos termos do artigo 611 da CLT;

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• Salário complessivo: trata-se de uma criação jurisprudencial. Nesse caso, significa, nos
termos da Súmula n. 91 do TST, aquele salário que não faz a identificação pontual e
correta do que vem sendo adimplido. É preciso identificar especificamente cada parcela
legal ou contratual devida ao trabalhador. Não se pode, por exemplo, pagar R$ 2.000,00
referentes às verbas rescisórias. É preciso que o empregador especifique cada parce-
la com o respectivo valor. Não se pode simplesmente dar uma ideia geral do que vem
sendo pago. É preciso, sim, especificar cada parcela e rubrica que efetivamente foram
pagas. Nesse ponto, destaca-se o teor da Súmula n. 91 do TST:

SALÁRIO COMPLESSIVO. Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importân-


cia ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais
do trabalhador.

3. Composição de Salários
Aqui temos a ideia de efeito expansionista circular. O salário deve ter diferentes parcelas na
sua composição. As parcelas podem ser de natureza indenizatória ou remuneratória/salarial.
Parcelas indenizatórias são aquelas que não incidem na base do salário para fins de ver-
bas rescisórias, como, por exemplo, a Participação de Lucros e Resultados (PLR) ou as férias
vencidas pagas em dobro, bem como as multas dos artigos 467 e 477 da CLT, indenização por
danos morais, materiais etc.
Parcelas remuneratórias ou salariais são aquelas em que há incidência de contribuição
previdenciária ou que incide na base de cálculo e no cômputo de demais verbas trabalhis-
tas. Por exemplo, temos as horas extras, os adicionais: noturno, insalubridade e periculosi-
dade. Além disso, temos a incidência sobre o 13º salário, comissões, percentagens, abonos
e prêmios.

O PULO DO GATO
Com a Reforma Trabalhista, foram excluídas do rol salarial as seguintes parcelas: ajudas de
custo, auxílio-alimentação, diárias pagas para viagem, prêmios, abonos.

As parcelas remuneratórias INTEGRAM O SALÁRIO do trabalhador.


As parcelas indenizatórias NÃO INTEGRAM O SALÁRIO do trabalhador. Nesse ponto, ape-
nas indeniza uma situação em prol do trabalhador no contrato de trabalho.
Destaca-se a CLT, especificamente, o artigo 457, § 1º:

Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo
empregador.

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O aviso-prévio demonstra certa peculiaridade: quando trabalhado, ele é de natureza sa-


larial, mas não quando não, chama-se indenizado e, com isso, não entra na base de cálculo.
Lembre-se de que a projeção do aviso-prévio para fins de dar baixa na CTPS do trabalhador
deve levar em consideração o “prazo” do aviso-prévio proporcional.
Acerca desse EFEITO EXPANSIONISTA CIRCULAR, destaca-se a posição de Godinho
(2020, p. 873):

Trata-se daquilo que denominamos efeito expansionista circular dos salários, que é sua aptidão
de produzir repercussões sobre outras parcelas de cunho trabalhista e, até mesmo, de outra natu-
reza, como, ilustrativamente, previdenciária. Por essa razão, o estudo das parcelas componentes
do salário deve fazer-se paralelamente à identificação das verbas não salariais pagas ao mesmo
empregado.

O PULO DO GATO
O aviso-prévio pode ser natureza remuneratória/salarial ou indenizatória.

Vamos tratar aqui das parcelas salariais, mas, antes, vamos fixar o mapa mental:
Dano moral, multas dos
artigos 467 e 477 da CLT.
Aviso prévio indenizado.
Parcelas Férias em dobro vencidas
mais um terço.
indenizatórias
Recolhimentos do FGTS e da
multa dos 40% do FGTS.

13º salário, adicionais


noturno, periculosidade,
insalubridade.
EFEITO DSR - descanso semanal
Parcelas salariais ou remunerado.
EXPANSIONISTA
remuneratórias Gorjetas.
CIRCULAR Aviso prévio trabalhado.

Reforma trabalhista: excluiu a natureza


salarial das verbas sobre ajudas de
custo, auxílio alimentação, diárias para
viagens, prêmios, abonos.
• Parcelas salariais tipificadas: são as previstas em regra geral. São os salários básicos,
percentagens, 13º salário, comissões;
• Parcelas salarias não tipificadas: são as previstas em negociações coletivas que trans-
formam determinadas verbas como já salariais;
• Parcelas salariais dissimuladas: são quando se busca fraudar a natureza de verba sa-
larial com uma denominação que desvirtua a real natureza das verbas. Por exemplo:
diárias, quando, na verdade, é salário por fora.

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Godinho (2020, p. 875) conceitua o alcance da parcela salarial dissimulada:

Há figuras que não têm originariamente natureza salarial, mas que, em virtude de uma conformação
ou utilização fraudulenta no contexto da relação empregatícia, passam a ser tratadas como salário;
são parcelas salariais dissimuladas. Registre-se que, caso utilizadas regularmente, tais parcelas
não teriam, sem dúvidas, natureza salarial. Entretanto, sua utilização irregular, com objetivos contra-
prestativos disfarçados, frustrando a finalidade para a qual foram imaginadas, conduz ao reconhe-
cimento de seu efetivo papel no caso concreto, qual seja de suplementação, ainda que dissimulada,
de contraprestação paga ao empregado pelo empregador. É o que ocorre que com as ajudas de
custo, quer com as diárias de viagem, quando irregularmente concedidas.

Aqui destacamos o artigo 458 da CLT, a seguir transcrito, por ser muito cobrado nas provas
objetivas:

Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais,
a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do
contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
§ 1º Os valores atribuídos às prestações “in natura” deverão ser justos e razoáveis, não podendo
exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário mínimo.
§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
§ 3º A habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade deverão atender aos fins a que
se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte
por cento) do salário contratual.
§ 4º Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário utilidade a ela correspondente será obtido
mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de coabitantes, vedada, em qualquer
hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família.
§ 5º O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não,
inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses,
órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes
modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem
o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9º do art. 28 da Lei no 8.212, de
24 de julho de 1991.

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Antes da Reforma Trabalhista, a CLT fazia uma distinção a depender do percentual das
diárias para viagem. Era fixado um parâmetro de 50% do salário contratual. Havia uma espécie
de presunção.
Com a Reforma Trabalhista, essa distinção não tem mais razão de ser. Não existe mais a
distinção dos 50%. Agora tudo é natureza indenizatória. Como já comentei anteriormente, no
caso concreto, essa parcela pode ser usada de maneira fraudulenta para “esconder” a verda-
deira natureza da verba que, por sua vez, pode ser um salário por fora.
Entendeu? Daí ocorre a ideia de verba de natureza indenizatória ou, simplesmente, pode
existir uma fraude, em que se usa essa verba para esconder uma verba remuneratória que po-
deria onerar a folha de pagamento do empregador.
Aliás, é uma noção da Reforma Trabalhista exatamente abranger o maior número de par-
celas como de natureza indenizatória, sem integração na base de cálculo, razão pela qual de-
sonera muito a folha de pagamento do empregador. A natureza indenizatória não gera valores
para fins de cálculos de outras verbas, base de cálculo para recolhimento do FGTS, férias, 13º
salário, DSR etc.
Por isso que é importante ter esse conhecimento da diferença de verbas rescisórias como
indenizatórias, bem como do que integra ou não os salários do trabalhador.
Destaque-se a Súmula n. 318 do TST, importante para as suas provas objetivas:

Súmula n. 318 do TST


DIÁRIAS. BASE DE CÁLCULO PARA SUA INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO.
Tratando-se de empregado mensalista, a integração das diárias no salário deve ser feita
tomando-se por base o salário mensal por ele percebido e não o valor do dia de salário,
somente sendo devida a referida integração quando o valor das diárias, no mês, for supe-
rior à metade do salário mensal.

O PULO DO GATO
Com a Reforma Trabalhista, as ajudas de custo e diárias de viagem são de natureza indeniza-
tória, independentemente da porcentagem sobre o salário contratual do trabalhador. Se houver
fraude no pagamento dessa verba, transmuda-se essa verba em natureza salarial, integrando
o salário do obreiro para todos os fins. O mesmo raciocínio vale para as chamadas verbas de
representação.

Acerca das parcelas não salariais, ou seja, de natureza indenizatória, é preciso tecer algu-
mas considerações:
• Parcelas de natureza indenizatória: aqui temos as diárias para viagens e as ajudas de
custo, vale-transporte, por exemplo. Como já mencionei antes, aqui incluímos
a indenização das férias não gozadas, aviso-prévio indenizado, as multas dos artigos

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467, 477 e 478 da CLT, nos casos de rescisão do contrato de trabalho; recolhimentos do
FGTS com a multa dos 40%; indenizações convencionais e normativas; indenizações por
dano moral; indenização substitutiva do seguro-desemprego;
• Outras parcelas de natureza instrumental e de direito intelectual. Nesse ponto, destaca-
-se que a Participação de Lucros e Resultados (PLR), as parcelas de direito intelectual,
principalmente, aquelas previstas no direito de propriedade industrial, nos termos da Lei
n. 9.609/1998, direitos intelectuais relativos ao software. Temos aqui o vale-cultura e,
ainda, os instrumentos de trabalho, como vestuário, uniformes, veículos, EPI etc.

Há uma peculiaridade quanto à verba “stock options”. O que significa? É a opção de compra
de ações que ocorrem, principalmente, nas sociedades anônimas. Aqui no Brasil, observamos
sua discussão quando o empregador é uma empresa internacional e se permite ao trabalhador
o direito de compras de determinadas ações da empresa.
O trabalhador faz a opção e se torna proprietário de certo lote de ações do seu empregador
mediante facilidades propiciadas pela empresa. Quando está na propriedade dessas ações, o
trabalhador pode continuar com as referidas ou vender para terceiros.
Surgem dúvidas na doutrina se elas são parcelas indenizatórias ou salariais, mas ainda não
há pacificação do TST sobre o tema.
Destaquem-se as parcelas previdenciárias privadas, que são as complementações dos be-
nefícios previdenciários pagos pelo empregador no decorrer do contrato de trabalho.
Aqui se tornam relevantes três súmulas do TST:

Súmula n. 288 do TST


COMPLEMENTAÇÃO DOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA
I – A complementação dos proventos de aposentadoria, instituída, regulamentada e paga
diretamente pelo empregador, sem vínculo com as entidades de previdência privada
fechada, é regida pelas normas em vigor na data de admissão do empregado, ressalva-
das as alterações que forem mais benéficas (art. 468 da CLT).
II – Na hipótese de coexistência de dois regulamentos de planos de previdência comple-
mentar, instituídos pelo empregador ou por entidade de previdência privada, a opção do
beneficiário por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do outro.
III – Após a entrada em vigor das Leis Complementares n. 108 e n. 109, de 29/05/2001,
reger-se-á a complementação dos proventos de aposentadoria pelas normas vigentes na
data da implementação dos requisitos para obtenção do benefício, ressalvados o direito
adquirido do participante que anteriormente implementara os requisitos para o benefício e
o direito acumulado do empregado que até então não preenchera tais requisitos.
IV – O entendimento da primeira parte do item III aplica-se aos processos em curso no
Tribunal Superior do Trabalho em que, em 12/04/2016, ainda não haja sido proferida deci-
são de mérito por suas Turmas e Seções.

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Remuneração e Salário
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Súmula n. 326 do TST


COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO TOTAL A pretensão à comple-
mentação de aposentadoria jamais recebida prescreve em 2 (dois) anos contados da
cessação do contrato de trabalho.
Súmula n. 327 do TST
COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. DIFERENÇAS. PRESCRIÇÃO PARCIAL. A pre-
tensão às diferenças de complementação de aposentadoria sujeita-se à prescrição par-
cial e quinquenal, salvo se o pretenso direito decorrer de verbas não recebidas no curso
da relação de emprego e já alcançadas pela prescrição, à época da propositura da ação.

Temos também que tratar das parcelas pagas por terceiros. É caso clássico das gorjetas,
que vamos abordar no próximo capítulo. Essas gorjetas, como veremos são parcelas habituais
e contraprestativas em função do serviço prestado. Possuem natureza jurídica salarial.
O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a
que se referem. Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento
das percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva
liquidação. A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e
percentagens devidas.
Destaque-se aqui a Súmula n. 354 do TST:

GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES. As gorjetas, cobradas pelo empre-


gador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remu-
neração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio,
adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

É importante trazer à baila as conhecidas “gueltas”, que também são pagas por terceiros.
Com base nisso, destaco a citação de Godinho (2020, p. 888):

As gueltas também são parcelas pagas por terceiros aos empregados de empresas usualmente no
ramo de revendas (comércio). São estímulos materiais entregues, comumente, por produtores a em-
pregados vendedores do ramo comercial, em face de vendas realizadas de seus produtos. Trata-se
de verba não tipificada em lei, resultante da criatividade empresarial.

As gueltas não se enquadram como salariais por não atenderem o requisito de serem pa-
gas pelo empregador, mas sim por terceiros. São tidas como parte da remuneração do traba-
lhador, mas não integram o salário. Nos termos da Súmula n. 354 do TST, elas não integram
para fins de pagamento do aviso-prévio indenizado, adicional noturno, horas extras e DSR.
As gueltas são levadas em consideração para os fins de cálculos de férias mais um terço,
recolhimentos do FGTS, aviso-prévio trabalhado e salário da contribuição previdenciária.
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É importante ter esse conhecimento sobre conceito e repercussões sobre gueltas e refle-
xos, integrando ou não o salário.
Observe-se, ainda, que os honorários advocatícios são da sucumbência do advogado em-
pregado. Nesse caso, o que ele recebe como honorários além dos salários leva em considera-
ção para fins de integração ao salário, aproximando-se das gorjetas.
Veja o mapa mental abaixo:

Na área comercial.
O trabalhador recebe valores
a mais no caso de revendas de
produtos.
Recebe as gueltas de terceiros.
Não integra o salário, mas sim
à remuneração para efeito de
Gueltas algumas verbas.
São estímulos materiais
entregues por produtores a
empregados vendedores do ramo
comercial em face das vendas
realizadas de seus produtos.
Verba não tipificada em lei diante
REMUNERAÇÃO R$ da criatividade empresarial.
É quando o empregado tem direito
de opção para aquisição de ações.
A jurisprudência do TST não
pacificou o entendimento.
O empregador outorga, dentro Stock Options Gorjetas: nova lei do rateio de gorjetas -
da Assembleia Geral, opção
de compra de ações a seus recebimento de valores diretamente do
administradores ou empregados.
empregador ou de terceiros.

4. Nova Regulamentação das Gorjetas


A Lei n. 13.419/2017 trouxe nova regulamentação sobre as gorjetas. É conhecida como Lei
do Rateio de Gorjetas.

O PULO DO GATO
Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado,
como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e
destinado à distribuição aos empregados.

A gorjeta mencionada não constitui receita própria dos empregadores, destina-se aos tra-
balhadores e será distribuída segundo critérios de custeio e de rateio definidos em convenção
ou acordo coletivo de trabalho.
Inexistindo previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, os critérios de rateio e
distribuição da gorjeta e os percentuais de retenção serão definidos em assembleia geral dos
trabalhadores.
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Dispõe a CLT:

Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado,
como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destina-
do à distribuição aos empregados.

Esse artigo mencionado é muito importante para as suas provas. Fique com os olhos
bem abertos!
Muito cuidado com as empresas que cobram gorjeta:
• para as empresas inscritas em regime de tributação federal diferenciado, deve-se lançar na
respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 20% da arrecadação correspon-
dente;
• para as empresas não inscritas em regime de tributação federal diferenciado, deve-se
lançar na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 33% da arrecadação
correspondente, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Para a prova, fique atento(a) a essa diferença de percentual, que pode ser de 20% ou de 33%.
Nos casos apresentados, tudo deve ser mediante previsão em convenção ou acordo cole-
tivo de trabalho, para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da
sua integração à remuneração dos empregados, devendo o valor remanescente ser revertido
integralmente em favor do trabalhador.
É obrigação do empregador anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no con-
tracheque de seus empregados o salário contratual fixo e o percentual percebido a título
de gorjeta.
Além disso, o empregador deve anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social de seus
empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referente aos últimos doze meses.
E quando o consumidor diretamente quer pagar a gorjeta ou paga ao trabalhador?
Nesse caso, a gorjeta terá seus critérios definidos em convenção ou acordo coletivo de
trabalho, facultada a retenção nos parâmetros nos percentuais de 20% ou 33% que já vimos.
E se for encerrado o recebimento das gorjetas? Cessada pela empresa a cobrança da gorje-
ta, desde que cobrada por mais de doze meses, essa se incorporará ao salário do empregado,
tendo como base a média dos últimos doze meses, salvo o estabelecido em convenção ou
acordo coletivo de trabalho.

O PULO DO GATO
Para a inserção no contrato de trabalho para fins de corporação no salário do empregado/re-
muneração, a cobrança de gorjeta deve ser superior ao período de 12 meses.

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001. (CESPE/EMPRESA BRASILEIRA DOS CORREIOS/ADVOGADO/2011) Com relação a sa-


lário e remuneração, julgue os itens que se seguem. A gorjeta integra a remuneração do empre-
gado, mas não, o seu salário.

Dispõe a CLT:

Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado,
como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destina-
do à distribuição aos empregados.
Certo.

Para empresas com mais de 60 empregados, será constituída comissão de empregados,


mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para acompanhamento e
fiscalização da regularidade da cobrança e distribuição da gorjeta.
Nessa comissão de empresas de mais de 60 empregados, os representantes serão eleitos em
assembleia geral convocada para esse fim pelo sindicato dos trabalhadores daquela categoria.
Esses representantes eleitos gozarão de garantia de emprego vinculada ao desempenho
das funções para que foram eleitos, e, para as demais empresas, será constituída comissão
intersindical para o referido fim.
Comprovado o descumprimento pelo empregador, ele pagará ao trabalhador prejudicado,
a título de multa, o valor correspondente a 1/30 da média da gorjeta por dia de atraso, limitada
ao piso da categoria, assegurados em qualquer hipótese o contraditório e a ampla defesa, ob-
servadas as seguintes regras:
• a limitação prevista neste parágrafo será triplicada caso o empregador seja reincidente;
• considera-se reincidente o empregador que, durante o período de doze meses, descum-
pre por mais de sessenta dias.

O PULO DO GATO
A Lei do Rateio das Gorjetas trouxe uma nova espécie de garantia provisória no empregado
para o eleito da comissão que fiscalizará o correto rateio das gorjetas.

É importante destacar que o valor remanescente desse rateio será revertido integralmente
ao trabalhador, não podendo ingressar no patrimônio do empregador.

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Vamos fixar com o mapa mental:

As empresas deverão anotar


na Carteira de Trabalho e
Previdência Social de seus Considera-se gorjeta não só a
empregados o salário fixo e a importância espontaneamente dada
média dos valores das gorjetas pelo cliente ao empregado, como
referente aos últimos 12 meses. também o valor cobrado pela empresa,
como serviço ou adicional, a qualquer
título, e destinado à distribuição aos
GORJETAS NO
empregados.
A gorjeta, quando entregue pelo ORDENAMENTO
consumidor diretamente ao BRASILEIRO
empregado, terá seus critérios A gorjeta não constitui receita
definidos em convenção ou própria dos empregadores,
acordo coletivo de trabalho, destina-se aos trabalhadores
facultada a retenção. e será distribuída segundo
critérios de custeio e de rateio
definidos em convenção ou
Anotar na Carteira de acordo coletivo de trabalho.
Trabalho e Previdência
Social e no contracheque de
seus empregados o salário
contratual fixo e o percentual
percebido a título de gorjeta.

5. Parcelas Não Salariais


Por fim, as parcelas não salariais devidas e pagas pelo empregador. São as parcelas pagas
como indenização de despesas, como, por exemplo, o vale-transporte.
Nesse ponto, as verbas são de natureza indenizatória, destacando-se as parcelas pagas
como instrumento in natura, nos termos do artigo 458 da CLT, bem como as parcelas a título
de PLR, direitos intelectuais, indenização do artigo 9º da Lei n. 7.238/1984, indenizações con-
vencionais e normativas.
O salário in natura é aquele que substitui o valor pago em dinheiro, sendo fornecidos outros
bens. Nesse caso, deve-se destacar que não são possíveis pagamentos mediante bebidas
e cigarros.
Relevante o conhecimento sobre a súmula do TST:

Súmula n. 367 do TST


UTILIDADES “IN NATURA”. HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO
INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO
I – A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empre-
gado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial,
ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em ativida-
des particulares.
II – O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.

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Acerca das parcelas in natura, vamos relembrar algumas informações importantes do teor
do artigo da CLT no mapa mental a seguir:

Seguros de vida e de acidentes


pessoais; previdência privada; valor
correspondente ao vale-cultura.

Assistência médica, hospitalar e


odontológica, prestada diretamente
ou mediante seguro-saúde.
A alimentação, habitação, vestuário
Transporte destinado ao deslocamento ou outras prestações “in natura” que a
para o trabalho e retorno, em percurso empresa por força do contrato ou do
servido ou não por transporte público. costume, fornecer habitualmente ao
SALÁRIO IN empregado.

Educação, em estabelecimento NATURA OU


de ensino próprio ou de terceiros, UTILIDADES
Em caso algum será permitido
compreendendo os valores relativos a
o pagamento com bebidas
matrícula, mensalidade, anuidade, livros
alcoólicas ou drogas nocivas.
e material didático.

Vestuários, equipamentos e outros


acessórios fornecidos aos empregados
e utilizados no local de trabalho, para a
prestação do serviço.

Deverão ser justos e razoáveis, não


podendo exceder, em cada caso,
os dos percentuais das parcelas
componentes do salário-mínimo.

Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário utilidade a ela correspondente será


obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de coabitantes, vedada, em
qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família.
O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não,
inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próte-
ses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em
diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado, para
qualquer efeito, nem o salário de contribuição.
O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser esti-
pulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne às comissões, percenta-
gens e gratificações.
Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar,
até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. CUIDADO! QUINTO DIA ÚTIL DO MÊS
SUBSEQUENTE!

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O PULO DO GATO
A habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade deverão atender aos fins a que
se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% e 20% do salário contratual. Cui-
dado que as bancas de provas fazem confusão com esses percentuais. Fique esperto(a)! HA-
BITAÇÃO – 25% e ALIMENTAÇÃO – 20%.

6. Características dos Salários


As características dos salários são: natureza alimentar, ideia forfetária, indisponibilidade,
irredutibilidade, periodicidade, persistência, continuidade e natureza composta. O salário deve
ter sua natureza proporcional, correspondente e suficiente.
Quanto ao aspecto alimentar, o salário serve como sustento e fonte de sobrevivência do
trabalhador e do seu núcleo familiar. Isso tem base no artigo 7º, IV, da CF/1988, em consonân-
cia também com o artigo 100. É, sem dúvida, uma verba de natureza alimentícia. Por isso, os
salários possuem uma margem de impenhorabilidade, nos termos do CPC e da jurisprudência
sobre o tema.
Muito importante esse caráter forfetário tratado pelo Godinho (2020, p. 893), que é concei-
tuado da seguinte forma:

O caráter forfetário da parcela traduz a circunstância de o salário qualificar-se como obrigação ab-
soluta do empregador, independentemente da sorte do seu empreendimento. O neologismo criado
pela doutrina acentua, pois, a característica salarial derivada da alteridade, que distingue o empre-
gador no contexto da relação de emprego (isto é, o fato de assumir, necessariamente, os riscos do
empreendimento e do próprio trabalho prestado – art. 2, caput, CLT). A característica da irrenuncia-
bilidade traduz a circunstância de a verba salarial não poder ser objeto de renúncia ou de transação
lesiva no desenrolar da relação empregatícia.

Por isso que não cabe aqui o empregador alegar dificuldades financeiras para não pagar os
salários do trabalhador. Nem este pode renunciar à verba alimentar.
O referido salário é irredutível, na medida que, em regra, não pode haver redução bilateral
do valor. No Brasil, em 2020, diante da pandemia da COVID-19, tivemos a MP n. 936, que permi-
tiu sim a redução da jornada e do salário em uma situação excepcional e pontual.
O empregador tem poder diretivo e, assim, também assume os riscos do empreendimento.
Com isso, deve arcar com os valores do salário.
Para que ocorra essa redução, exige-se, portanto, previsão NORMATIVA ou legislativa. No
primeiro caso, é o acordo japonês como é conhecido. Implica dizer que trata de situação ex-
cepcional e temporária.

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002. (FCC/TRT-9ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2013) Paulo foi contra-


tado como empregado da empresa Fábrica de Doces Celestes para exercer as funções de
ajudante geral, recebendo um salário mínimo mensal. Após um ano de trabalho, Paulo foi cha-
mado pelo gerente que o informou que, em razão das dificuldades econômicas da empresa,
seu salário seria reduzido para meio salário mínimo mensal. A atitude da empresa
a) não está correta, pois o salário é irredutível, salvo previsão em convenção ou acordo coletivo.
b) não está correta, pois o salário é impenhorável, salvo previsão em convenção ou acor-
do coletivo.
c) não está correta, pois a redução de salário depende de lei.
d) está correta, pois a redução de salário é permitida, se comprovado que o empregador está
em situação econômica difícil.
e) está correta, pois a redução de salário é permitida após o empregado completar um ano
de serviço.

Nos termos da CF/1988, deve ser possível reduzir o salário, quando se trata de previsão tem-
porária e excepcional, por meio de acordo ou convenção coletiva do trabalho, nos termos do
artigo 7º da CF/1988.
Letra a.

O salário deve ser periódico. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do
trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne às
comissões, percentagens e gratificações.

O PULO DO GATO
Podem ser pagas em mais de um mês as comissões, percentagens e gratificações. O paga-
mento do salário deve ser, no máximo, em um mês.

Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar,
até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. A prestação, em espécie, do salário será
paga em moeda corrente do país. O pagamento do salário realizado com inobservância deste
artigo considera-se como não feito.
O pagamento do salário deverá ser efetuado contrarrecibo, assinado pelo empregado;
em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível,
a seu rogo.

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Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim
em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito
próximo ao local de trabalho.
A verba salarial também tem um caráter de continuidade ou persistência, na medida em
que os trabalhadores possuem uma presunção de contrato por prazo indeterminado.
Além disso, a verba salarial pode ser composta, ter um caráter progressivo. A composição
é de um salário básico como também podem recair sobre adicionais, comissões etc. Por isso,
que a composição ainda pode ter os reflexos de horas extras, adicionais noturno, insalubridade
e de periculosidade.

O PULO DO GATO
Entre os adicionais mais comuns de provas, temos: (1) adicional noturno urbano – 20% (2)
adicional noturno rural – 25% (3) adicional de insalubridade – 10%, 20% e 40% e adicional de
periculosidade – 30%.

Temos aqui o caráter pós remuneratório, na medida em que o fato de o empregador não
pagar o salário no período legal determinado não faz sumir o direito de recebimento do salário.
Ou seja, após a prestação do serviço, tem o empregador o direito de fazer os devidos paga-
mentos dos salários.
Há o caráter sinalagmático também, que significa o seguinte: o direito ao recebimento do
salário após a devida contraprestação, com a execução das atividades do contrato de empre-
go. O próprio contrato tem a natureza de relação comutativa e sinalagmática que incorpora nas
características do salário.
A doutrina ressalva que o salário deve ter caráter proporcional e razoável, na medida em
que, em tese, o valor do salário deve ser razoável com a atividade desempenhada. Isso é inte-
ressante pela máxima interpretativa do artigo 7º, IX, da CF/1988.
Com base nisso, o constituinte, nos termos do artigo 7º da CF/1988, faz proteção ao piso
salarial proporcional à extensão e à complexidade do salário, bem como o respeito ao míni-
mo salarial.

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Veja o mapa mental sobre as características e disposições na CLT sobre os salários:

Possui garantias pela sua


natureza alimentar
Periodicidade: O pagamento do salário,
qualquer que seja a modalidade do
trabalho, não deve ser estipulado
por período superior a um mês,
salvo no que concerne a comissões,
SALÁRIOS E percentagens e gratificações.
CARACTERÍSTICAS
Continuidade - presume-se que
a relação de emprego é de trato Prazo de pagamento do salário:
sucessivo, continuado Quando o pagamento houver
sido estipulado por mês, deverá
ser efetuado, o mais tardar,
até o quinto dia útil do mês
subsequente ao vencido

Natureza alimentar - artigos 7º,


IV, e 100, da CF/88 Natureza forfetária: garantia
absoluta do trabalhador
de recebimento, pois é do
empregador os riscos do
empreendimento

Por fim, destacam-se os limites ao empregador no caso de descontos dos salários, por ser
matéria relevante para as provas objetivas.
Com isso, é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando
este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. Em caso de dano
causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acor-
dada ou na ocorrência de dolo do empregado.
É vedado também à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos
empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações “in natura” exercer qual-
quer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou
dos serviços.
Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não man-
tidos pela empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequa-
das, visando que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis,
sem intuito de lucro e sempre em benefício dos empregados.
É vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor
do seu salário.

O PULO DO GATO
Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que essa possibilida-
de tenha sido acordada, ou na ocorrência de dolo do empregado.

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003. (FCC/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2012) Valdo é empregado


da escola de línguas estrangeiras “Good Luck” exercendo a função de auxiliar administrativo
no departamento da tesouraria. A empregadora, além de pagar o salário mensal de Valdo, ofe-
rece, ainda, para o seu empregado curso de inglês completo, compreendendo nesta utilidade a
matrícula, as mensalidades, os livros e materiais didáticos, bem como o transporte destinado
ao deslocamento para o trabalho e retorno. Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho, no
caso específico de Valdo,
a) as utilidades oferecidas pela empresa possuem natureza salarial, integrando a sua remune-
ração para todos os efeitos.
b) as utilidades oferecidas pela empresa não possuem natureza salarial, não integrando a sua
remuneração.
c) somente o transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno não possui na-
tureza salarial, não integrando a sua remuneração.
d) o curso de inglês, compreendendo a matrícula, as mensalidades e os livros e materiais
didáticos, constituirão salário utilidade se forem oferecidos pelo prazo mínimo de 2 anos
consecutivos.
e) o curso de inglês, excluindo-se os livros e materiais didáticos, constituirá salário utilidade se
for oferecido pelo prazo mínimo de 2 anos consecutivos.

A resposta, praticamente, está no texto da CLT, artigo 458:

§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra b.

004. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2012) O pagamento de


pessoal é regulamentado pela CLT e por outros acordos. Em relação ao prazo do pagamento,

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excetuando-se outro prazo mais favorável, negociado em acordo, convenção ou dissídio cole-
tivo, a lei determina que o salário deverá estar à disposição do trabalhador até o
a) 15º dia útil do mês subsequente ao vencido.
b) 10º dia útil do mês subsequente ao vencido.
c) 5º dia útil do mês subsequente ao vencido.
d) 2º dia útil do mês subsequente ao vencido.
e) 1º dia útil do mês subsequente ao vencido.

Dispõe a CLT:

Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser es-
tipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e
gratificações.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o
quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
Letra c.

005. (FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/2012) Segundo a legislação trabalhista, serão consi-


deradas como salário, as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:
a) vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no
local de trabalho, para prestação do serviço.
b) educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valo-
res relativos à matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático.
c) alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que o empregador, por for-
ça do contrato ou do costume, fornece habitualmente ao empregado.
d) transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou
não por transporte público.
e) assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante se-
guro-saúde.

A resposta está no texto da CLT, artigo 458:

§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;

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III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra c.

006. (FCC/TRT-1ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) Uma das regras de proteção ao salário é o


controle dos descontos. De acordo com o entendimento sumulado pelo TST:
a) Ao empregador é vedado efetuar descontos no salário do empregado, salvo se este autorizar.
b) Ao empregador é vedado efetuar descontos no salário do empregado.
c) Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto no salário será lícito, desde que essa
possibilidade decorra de dolo do empregado.
d) É válido desconto salarial efetuado pelo empregador, com autorização prévia e por escrito
do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico hospitalar,
de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo associati-
va de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, salvo se ficar demonstrada
a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.
e) Na hipótese de a empresa manter armazéns para compra de produtos pelos empregados,
pode ser descontado do salário dos empregados, além do valor de compras feitas pelo mes-
mo, taxa de manutenção dos armazéns, já que se trata de um benefício colocado à disposição
dos trabalhadores.

A resposta está no texto da CLT, artigo 462:

Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
§ 1º Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade
tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.
§ 2º É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou
serviços estimados a proporcionar-lhes prestações “in natura” exercer qualquer coação ou induzi-
mento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços.
§ 3º Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos
pela Empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visan-
do a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de
lucro e sempre em benefício dos empregados.
§ 4º Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liber-
dade dos empregados de dispor do seu salário.
Letra d.

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7. Classificação dos Salários


Temos, nessa classificação, a ideia de SALÁRIO-BASE ou salário básico, que pode se equi-
parar ao salário mínimo ou não. É a partir desse salário-base que serve como base de cálculo
para os demais adicionais, horas extras etc. Com isso, quando se acrescem esses adicionais,
por exemplo, estamos tratando do salário progressivo.
Também há a possibilidade de pagamento em salário e PAGAMENTO DE SALÁRIO EM UTI-
LIDADE. Essa utilidade pode ser BENS OU SERVIÇOS. É o caso clássico do artigo 458 da CLT,
muito cobrado nas provas objetivas. Pelo teor desse artigo, além do pagamento em dinheiro,
compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, alimentação, habitação, vestuário ou
outras prestações “in natura” que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer
habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alco-
ólicas ou drogas nocivas.
Os tipos de salário, mediante os modos de aferição salarial, podem ser por unidade de
tempo. Nesse caso, não pode ultrapassar ao pagamento mensal. Esse é o máximo. Mas o
empregador pode ajustar o pagamento mensal, quinzenal, semanal. Nesse caso, aqui o critério
é o tempo, que não pode ser maior de 1 mês. Os valores devem ser pagos até o quinto dia útil
do mês subsequente.
Destaque-se a OJ n. 358 do TST, que trata da questão com a seguinte ótica:

Orientação Jurisprudencial 358/TST-SDI-I – 14/04/2008 – Jornada de trabalho. Salário


mínimo e piso salarial proporcional à jornada reduzida. Possibilidade. CF/1988, art. 7º,
IV e XIII (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.2.2016). I –
Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitu-
cional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso
salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. II – Na Administração
Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado público
inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. Precedentes
do Supremo Tribunal Federal.

Os salários também podem ser pagos por unidade de obra, considerando a produção al-
cançada, com o número de peças produzidas, por exemplo. É o que ocorre nas percentagens
ou comissões, conforme a Súmula n. 340 do TST.
É possível o salário-tarefa, relacionado com a meta de produção atingida. Nesse sentido,
considero importante o conceito trazido por Godinho (2020, p. 904):

Acopla-se um certo parâmetro temporal (hora, dia, semana ou mês) um certo montante mínimo de
produção a ser alcançado pelo trabalhador. Por esse sistema, caso o trabalhador atinja a meta de
produção em menor número de dias da semana, por exemplo, dois efeitos podem ocorrer, a juízo do

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interesse do empregador: libera-se o empregado do trabalho nos dias restantes, garantido o salário
padrão fixado; ou, alternativamente, determina-se a realização de uma produção adicional, no tempo
disponível restante (pagando-se, é claro, um plus salarial por esse acréscimo de produção).

Nesse panorama, essa classificação é salário-base, com a possibilidade de progressivida-


de das verbas que serão acrescentadas, como os adicionais, as horas extras etc. Ao lado disso,
o pagamento do salário pode ser por período, unidade de obra ou por tarefa.

8. Salário Utilidade
Trata-se do salário in natura durante o contrato de trabalho em que o trabalhador receberá
bens ou serviços diferentes do pagamento em espécie. NÃO SÃO PARTES INTEGRANTES DO
SALÁRIO contratual do obreiro. É preciso ter HABITUALIDADE na prestação do fornecimento
do bem ou serviço.
Temos a HABITUALIDADE DO FORNECIMENTO! É um caráter prestacional, habitual ao lon-
go do contrato de trabalho. Veja que é o único requisito exigido. Por exemplo, a gratuidade não
é um requisito necessário.
Outro requisito importante é que essa utilidade tem CARÁTER CONTRAPRESTATIVO da
atividade desempenhada.

O PULO DO GATO
No caso de salário utilidade, existe habitualidade do fornecimento. A habitualidade espontâ-
nea e eventual da utilidade não conduz ao caráter salarial. Isso também não gera a obrigação
contratual ao empregador.

Essa habitualidade que mencionamos pode ser diária, semanal ou quinzenal, bem como
semestral ou anual.
Não existe natureza salarial quando a utilidade se transforma para a instrumentalização
das atividades. Destaca-se o artigo 458, § 2º, da CLT. São as excludentes do salário utilidade.
É muito importante você memorizar todo esse dispositivo.
São excludentes dessa característica de utilidade:
• o bem ou serviço fornecido como meio de tornar viável a própria prestação de serviços,
como, por exemplo, os uniformes;
• o bem ou serviço como meio de aperfeiçoar a prestação dos serviços, como o curso de
informática para o trabalhador melhorar seus conhecimentos no Excel, por exemplo, ou
fornecimento de carro para o trabalhador de venda externa;
• o bem ou serviço ofertado pelo empregador em cumprimento do seu dever legal;
• fornecimento de vale-transporte;
• fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI);

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• serviços de saúde, assistência médica, odontológica, hospitalar;


• vale-cultura;
• cursos em estabelecimentos privados de ensino próprio ou de terceiros;
• seguros de vida e acidentes pessoais.

Cabe aqui uma peculiaridade com a ALIMENTAÇÃO. Destaca-se a Súmula n. 241 do TST:

Súmula n. 241/TST – 05/12/1985 – Salário utilidade. Alimentação. CLT, art. 458. O vale
para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando
a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais.

De maneira geral, a alimentação é salário utilidade, desde que não seja entregue para fins
de viabilizar a prestação de serviços, como pode acontecer nas plataformas marítimas, em
que o deslocamento se encontra absurdamente fora da logística, ou se trate, por exemplo, de
empresa em local de difícil acesso, em local ermo etc.
Se a ALIMENTAÇÃO FOR OFERTADA NOS TERMOS DO PAT – Programa de Alimentação
do Trabalhador –, deixará de ter caráter salarial. Também pode perder o caráter salarial se for
previsto mediante negociação coletiva – ACT ou CCT. É o caso, por exemplo, de entregar cesta
básica sem caráter salarial para o empregador.
É importante analisar quando se trata de ACT ou CCT. Ora, existe entendimento sumulado
(OJ n. 413 da SDI-I do TST) no sentido de que se o empregado recebia a utilidade com caráter
salarial e a negociação coletiva modifica essa natureza, não muda a natureza para o trabalha-
dor. Ou seja, a natureza da norma continua salarial. A norma coletiva só vale para os contratos
novos. A norma coletiva terá plena validade no tocante aos contratos novos.
O artigo 458 da CLT proíbe expressamente as utilidades como BEBIDAS ALCOÓLICAS e
DROGAS NOCIVAS. O rol de utilidades pertinentes não se trata apenas de bens, mas também
serviços. Isso pelo caráter prejudicial desses bens na saúde pública.

007. (FCC/TRT-11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) A empresa Gama Participações fornece a


seu gerente João alguns benefícios, além do pagamento em dinheiro relativo ao salário. Das
utilidades fornecidas pela empresa ao empregado sob a forma de benefícios, constituem sa-
lário in natura
a) matrícula e mensalidade de curso universitário.
b) vestuário utilizado no local de trabalho para a prestação de serviços.
c)transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno.
d) seguro de vida e acidentes pessoais.
e) aluguel de apartamento decorrente do contrato ou do costume.
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A resposta está no texto da CLT, artigo 458:

§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.

A situação da letra “e” é a única que não se encaixa no dispositivo legal.


Letra e.

008. (FCC/TRT-7ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) De acordo com a Consolidação das Leis do


Trabalho, tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário utilidade a ela correspondente
será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de
a) ocupantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por
mais de uma família.
b) famílias, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais
de três famílias.
c) ocupantes, vedada, somente para os casos de unidade habitacional de um dormitório, a uti-
lização da mesma unidade residencial por mais de uma família.
d) famílias, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais
de duas famílias.
e) ocupantes, vedada, somente para os casos de unidade habitacional de até dois dormitórios,
a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família.

A resposta está na CLT, especificamente, no artigo 458:

§ 3º A habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade deverão atender aos fins a que
se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte
por cento) do salário contratual.

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§ 4º Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário utilidade a ela correspondente será obtido
mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de coabitantes, vedada, em qualquer
hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família.

Letra a.

009. (FCC/TRT-15ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Amanda, Ana e Arlete trabalham em em-


presas diferentes. Além do salário, Amanda recebe assistência médica, prestada mediante
seguro-saúde; Ana possui seguro de vida e de acidentes pessoais e Arlete possui previdência
privada. Considerando que todas as utilidades são concedidas pelas empresas empregadoras
sem ônus para as empregadas, não serão consideradas como salário
a) a utilidade fornecida somente para Amanda.
b) a utilidade fornecida somente para Ana.
c) as utilidades fornecidas somente para Amanda e Ana.
d) as utilidades fornecidas somente para Ana e Arlete.
e) nenhuma das utilidades fornecidas.

A resposta está no texto da CLT, artigo 458:

§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra e.

010. (CESPE/TRT-5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) A respeito de salário e remuneração,


julgue o item seguinte. Para configurar o pagamento em salário in natura como parte integran-
te do salário, as utilidades devem ser fornecidas com habitualidade e gratuidade.

Não há necessidade de gratuidade. Nesse ponto, destaca a CLT:

Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais,
a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do

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contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
Errado.

011. (CESPE/SEBRAE/ANALISTA/2008) A respeito do direito do trabalho, julgue os itens a


seguir. O fornecimento de cigarros de forma regular por parte do empregador aos empregados
constitui salário utilidade.

Não há necessidade de gratuidade. Nesse ponto, destaca a CLT:

Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais,
a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do
contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
Errado.

012. (CESPE/SEBRAE/ANALISTA/2008) A respeito do direito do trabalho, julgue os itens a


seguir. Constitui salário utilidade a utilização de veículo fornecido pela empresa, em atividades
particulares do empregado.

A questão está nos termos da Súmula n. 367 do TST, que só não exclui quando é atividade ex-
clusivamente para fins particulares:

UTILIDADES “IN NATURA”. HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO


INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO I – A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo
empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não
têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado
também em atividades particulares. II – O cigarro não se considera salário utilidade em
face de sua nocividade à saúde.

Certo.

013. (FCC/TRT-19ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009): Considera-se salário in natura (salário


utilidade)
a) seguros de vida e de acidentes pessoais, bem como a previdência privada.
b) a assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada mediante seguro-saúde.
c) a assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente pelo empregador.
d) a educação, em estabelecimento de ensino de terceiros, compreendendo os valores relati-
vos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático.

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e) o veículo fornecido pelo empregador e utilizado pelo empregado também em finais de se-
mana e em férias.

A resposta está no texto da CLT, artigo 458:

§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra e.

014. (CESPE/EMPRESA BRASILEIRA DOS CORREIOS/ADVOGADO/2011) Com relação a sa-


lário e remuneração, julgue os itens que se seguem.
Se o empregador fornecer ao empregado educação em ensino superior, pagando matrícula,
mensalidades e material didático, os valores relativos a tais pagamentos serão considerados
integrantes do salário do empregado beneficiado.

Pelo contrário, não se tornam integrantes. A resposta está no texto da CLT, artigo 458:

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IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
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VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
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9. Modalidades Especiais de Salários


Aqui estamos diante de parcelas salariais como salário básico, abono, adicionais, gratifi-
cações e comissões. É preciso analisar com calma essas parcelas. Por isso, nesse capítulo,
tratarei como você apenas do salário básico e do abono.
O salário-base tem o mesmo significado que salário básico, no que tange à parcela mais
relevante da relação de emprego. É o teor do artigo 459 da CLT:

Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser es-
tipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e
gratificações.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o
quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.

Aqui se registra a periodicidade mensal como regra. É nesse ponto que temos o princípio
da irredutibilidade salarial, nos ternos do artigo 7º, VI, da CF/1988, e a exigência de ser o míni-
mo constitucional.
Destaque-se que, para aqueles que são comissionistas PUROS, ou seja, são pagos median-
te exclusivamente comissão, deve ser garantido o mínimo constitucional. A complementação
deve ser do empregador e não pode compensar o que for recebido nos meses anteriores.
Os abonos são descritos como as antecipações pecuniárias efetuadas pelo empregador
ao empregado, como se fossem adiantamentos salariais. Não se confunde com o abono usa-
do lá nos capítulos da CLT quanto às férias, nem como o abono PIS/PASEP.

O PULO DO GATO
O abono tem natureza não salarial.

As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação,


vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a re-
muneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base
de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
Com a Reforma Trabalhista de 2017 ficou evidente que o ABONO TEM NATUREZA NÃO
SALARIAL. Cuidado com o artigo 457 da CLT, que tratou especificamente do que entende como
natureza salarial.
Logo, integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comis-
sões pagas pelo empregador.

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10. Adicionais
Significam PARCELAS CONTRAPRESTATIVAS SUPLEMENTARES devidas ao empregado
em razão dos seus exercícios/atividades de trabalho em circunstâncias especiais, como, por
exemplo, mais gravosas.
Os adicionais podem ter natureza constitucional, legal ou convencional, referente ao acor-
do coletivo e negociação coletiva. Aqui temos os adicionais de insalubridade e periculosidade.
Temos aqui os percentuais diferentes para cada adicional.
A insalubridade pode variar, conforme o salário mínimo, nos percentuais de 10%, 20% ou
40%, dependendo do grau leve, médio e grave, respectivamente. O adicional de periculosidade
é no percentual de 30% sobre o salário contratual. Veja que as bases de cálculo são diversas,
assim como os percentuais.
Sobre esses adicionais, destaca-se a posição de Godinho (2020, p. 924):

Tais parcelas salariais sempre terão caráter suplementar com respeito à parcela salarial principal
recebida pelo empregado, jamais assumindo (ao contrário das comissões, por exemplo) posição
central na remuneração obreira. De maneira geral, correspondem a uma expressão pecuniária (o que
ocorre com todos os adicionais legais), embora ao seja incompatível com a figura a criação estrita-
mente convencional de uma parcela dessa natureza paga em utilidades (adicional de fronteira, por
exemplo, pago em meio de uma utilidade funcional).

Os adicionais, dessa forma, SÃO PARCELAS SALARIAIS deferidas suplementarmente em


razão da atividade mais perigosa, mais insalubre, mais danosa ao trabalhador. Esse também é
o entendimento do TST.
É importante destacar que esses adicionais não são permanentes do contrato, podendo
ser suprimidos. É o caso, por exemplo, quando o trabalhador estava num ambiente insalubre
e foi remanejado para um setor não salubre. Ou antes estava num setor em grau máximo de
insalubridade e foi para um setor de nível médio ou leve. Nesses casos, não estamos tratando
de ofensa à irredutibilidade salarial.
Isso porque os adicionais não entram nessa regra da irredutibilidade. Sendo assim, pode
existir, na verdade, a supressão, haja vista que isso representa uma melhoria, no fim das con-
tas, das condições de vida e de trabalho do obreiro.
Por isso, não há quaisquer problemas nesse caso de supressão dos adicionais quando há
extinção das condições insalubres, perigosas, noturnas etc. Veja que nos casos de adicionais
TAMBÉM É IMPORTANTE A VERIFICAÇÃO DA HABITUALIDADE.

O PULO DO GATO
Sobre o adicional de insalubridade, é importante você levar consigo a Súmula Vinculante n.
04 do STF:

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Remuneração e Salário
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Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser
substituído por decisão judicial.

Os adicionais também podem ser previstos em normas coletivas, tais como quebra de
caixa, adicional de risco, adicional por tempo de serviço etc. Um outro adicional interessante
ocorre quando estamos tratando de acúmulo e função em que o trabalhador faz jus a um plus
salarial em relação ao seu salário-base diante de um valor a mais em relação às outras funções
desempenhadas.
Então, os adicionais podem ser constitucionais, legais e normativos – CCT e ACT.

11. Gratificações
As gratificações são diferentes dos adicionais, pois estes últimos visam suplementar situ-
ação perigosa, insalubre, noturna. As gratificações possuem funções diversas, pois surgiram
como liberalidades do empregador para fins de eventos socialmente considerados e seria um
plus para os obreiros.
Aludidas gratificações geram repercussões contratuais, sendo parcela paga com habituali-
dade, seja por mês, bimestre, semestral etc., já embutindo em seus efeitos o cômputo de todas
as verbas das parcelas inferiores ao mês.
Godinho (2020, p. 927) conceitua essas gratificações como sendo:

[...] parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao empregado em decorrência de um evento


ou circunstância tida como relevante pelo empregador (gratificações convencionais) ou por norma
jurídica (gratificações normativas).

015. (VUNESP/PAULIPREV-SP/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/2018) Não integram o salário


do empregado para qualquer efeito
a) os prêmios e as comissões variáveis.
b) as comissões variáveis e as ajudas de custo.
c) as comissões variáveis e os valores relativos à assistência médica prestada pelo empregador.
d) as gratificações legais e os valores relativos à assistência médica ou odontológica presta-
das por empresa contratada pelo empregador.
e) os valores relativos à assistência médica ou odontológica prestadas por serviço próprio
do empregador.

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As demais verbas são de natureza salarial. Na alternativa “e”, estamos diante de salário utilida-
de. A resposta está no texto da CLT, artigo 458:

§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra e.

12. Comissões
As comissões são parcelas contraprestativas pagas pelo empregador em razão da produ-
ção do obreiro no contrato de trabalho, com um valor variável de acordo com as vendas, por
exemplo, realizadas pelo empregado. Aqui ocorrem com a realidade dos viajantes, vendedores
e pracistas.
A COMISSÃO É UMA MODALIDADE DE SALÁRIO VARIÁVEL.
POSSUI NATUREZA SALARIAL.
Aqui podemos ter dois tipos de trabalhadores classificados como recebem a comissão: os
comissionistas puros e os comissionistas mistos. No primeiro caso, só recebem comissões.
No segundo caso, recebem salário fixo mais comissões.

O PULO DO GATO
As comissões podem remunerar os comissionistas puros e mistos. Em todos os casos pos-
suem natureza salarial, sendo calculado em cima de todas as verbas rescisórias. É uma moda-
lidade de salário variável, sujeitando-se à regra do artigo 78 da CLT.

O empregado vendedor terá direito à comissão avençada sobre as vendas que realizar. No
caso de lhe ter sido reservada expressamente, com exclusividade, uma zona de trabalho, terá
esse direito sobre as vendas ali realizadas diretamente pela empresa ou por um preposto desta.

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Remuneração e Salário
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A zona de trabalho do empregado vendedor poderá ser ampliada ou restringida de acordo


com a necessidade da empresa, respeitados os dispositivos desta lei quanto à irredutibilidade
da remuneração.
Sempre que, por conveniência da empresa empregadora, for o empregado viajante trans-
ferido da zona de trabalho, com redução de vantagens, ser-lhe-á assegurado, como mínimo
de remuneração, um salário correspondente à média dos doze últimos meses, anteriores à
transferência.
A transação será considerada aceita se o empregador não a recusar por escrito, dentro de
10 dias, contados da data da proposta.
Tratando-se de transação a ser concluída com comerciante ou empresa estabelecida nou-
tro Estado ou no estrangeiro, o prazo para aceitação ou recusa da proposta de venda será de
90 dias, podendo, ainda, ser prorrogado, por tempo determinado, mediante comunicação escri-
ta feita ao empregado.
O pagamento de comissões e percentagem deverá ser feito mensalmente, expedindo a
empresa, no fim de cada mês, a conta respectiva com as cópias das faturas correspondentes
aos negócios concluídos.
Ressalva-se às partes interessadas fixar outra época para o pagamento de comissões e
percentagens, o que, no entanto, não poderá exceder a um trimestre, contado da aceitação do
negócio, sendo sempre obrigatória a expedição, pela empresa, da conta.
Nas transações em que a empresa se obrigar por prestações sucessivas, o pagamento das
comissões e percentagens será exigível de acordo com a ordem de recebimento delas.
A cessação das relações de trabalho, ou a inexecução voluntária do negócio pelo emprega-
dor, não prejudicará a percepção das comissões e percentagens devidas.
Verificada a insolvência do comprador, cabe ao empregador o direito de estornar a comis-
são que houver pagado.
Quando for prestado serviço de inspeção e fiscalização pelo empregado vendedor, fica-
rá a empresa vendedora obrigada ao pagamento adicional de 1/10 da remuneração atribuí-
da ao mesmo.
O empregado vendedor viajante não poderá permanecer em viagem por tempo superior
a seis meses consecutivos. Em seguida, a cada viagem haverá um intervalo para descanso,
calculado na base de três dias por mês da viagem realizada, não podendo, porém, ultrapassar
o limite de quinze dias.
Caracterizada a relação de emprego, aplicam-se os preceitos desta lei a quantos exerce-
rem funções iguais, semelhantes ou equivalentes aos empregados viajantes, embora sob ou-
tras designações.
Algumas regras são importantes reforçar nessa modalidade de comissão. São assuntos
muito cobrados nas provas.
• Cláusula star del credere – torna o trabalhador solidariamente responsável pela solvência
da dívida contraída. Pagaria o empregador uma sobrecomissão ao vendedor, asseguran-
do de que ressarciria uma porcentagem sobre o montante da verba não cumprida. Há
discussão de que essa cláusula não poderia estar incluída no contrato de trabalho;

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• Pagamento da comissão – esse pagamento deve ser mensal, mas é possível acordo
para pagamento até três meses após a aceitação do negócio. Respeita-se a ideia da
garantia do salário mínimo nacional;
• Exclusividade da zona do trabalho – no caso de lhe ter sido reservada expressamente,
com exclusividade, uma zona de trabalho, terá esse direito sobre as vendas ali realizadas
diretamente pela empresa ou por um preposto desta. A zona de trabalho do empregado
vendedor poderá ser ampliada ou restringida de acordo com a necessidade da empresa,
respeitados os dispositivos desta lei quanto à irredutibilidade da remuneração.

Por fim, veja o mapa mental acerca das comissões:

São aqueles que recebem seu salário


exclusivamente a base de comissões.
Sendo assim, se no mês receber menos
que o salário mínimo, o empregador
tem o direito de complementar o valor
do salário mínimo. Por exemplo, Berna
recebe num mês só 50% do SM acerca
das comissões. O empregador deve
pagar com outros 50% do SM.

Comissionistas puros.

É o caso de viajantes, pracistas Comissionistas mistos.


COMISSÕES
e vendedores.

Possuem natureza salarial.

São aqueles que recebem FIXO


E COMISSÕES.

13. Parcelas dos Atletas Profissionais


No caso dos atletas profissionais, ainda temos a situação do direito de arena. Estamos
tratando aqui da Lei Pelé, a Lei n. 9.615/1998, que preceitua, por exemplo, que pertence às
entidades de prática desportiva o direito de arena, consistente na prerrogativa exclusiva de
negociar, autorizar ou proibir a captação, a fixação, a emissão, a transmissão, a retransmis-
são ou a reprodução de imagens, por qualquer meio ou processo, de espetáculo desportivo
de que participem.
Salvo convenção coletiva de trabalho em contrário, 5% da receita proveniente da exploração
de direitos desportivos audiovisuais serão repassados aos sindicatos de atletas profissionais,
e estes distribuirão, em partes iguais, aos atletas profissionais participantes do espetáculo,
como parcela de natureza civil.

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O PULO DO GATO
Sempre que ocorrer transferência nacional, definitiva ou temporária, de atleta profissional, até
5% do valor pago pela nova entidade de prática desportiva serão obrigatoriamente distribuídos
entre as entidades de práticas desportivas que contribuíram para a formação do atleta, na
proporção de:
• 1% para cada ano de formação do atleta, dos 14 aos 17 anos de idade, inclusive; e
• 0,5% para cada ano de formação, dos 18 aos 19 anos de idade, inclusive.

Caberá à entidade de prática desportiva cessionária do atleta reter do valor a ser pago à en-
tidade de prática desportiva cedente 5% do valor acordado para a transferência, distribuindo-os
às entidades de prática desportiva que contribuíram para a formação do atleta.
Caso o atleta se desvincule da entidade de prática desportiva de forma unilateral, mediante
pagamento da cláusula indenizatória desportiva, caberá à entidade de prática desportiva que
recebeu a cláusula indenizatória desportiva distribuir 5% (cinco por cento) de tal montante às
entidades de prática desportiva responsáveis pela formação do atleta.
O percentual devido às entidades de prática desportiva formadoras do atleta será calcula-
do sempre de acordo com certidão a ser fornecida pela entidade nacional de administração do
desporto, e os valores distribuídos proporcionalmente em até 30 dias da efetiva transferência.
O artigo 28 trata dos seguintes aspectos remuneratórios:

Art. 28. A atividade do atleta profissional é caracterizada por remuneração pactuada em contrato
especial de trabalho desportivo, firmado com entidade de prática desportiva, no qual deverá constar,
obrigatoriamente:
I – cláusula indenizatória desportiva, devida exclusivamente à entidade de prática desportiva à qual
está vinculado o atleta, nas seguintes hipóteses:
a) transferência do atleta para outra entidade, nacional ou estrangeira, durante a vigência do contra-
to especial de trabalho desportivo; ou
b) por ocasião do retorno do atleta às atividades profissionais em outra entidade de prática despor-
tiva, no prazo de até 30 (trinta) meses; e
II – cláusula compensatória desportiva, devida pela entidade de prática desportiva ao atleta, nas
hipóteses dos incisos III a V do § 5º.
§ 1º O valor da cláusula indenizatória desportiva a que se refere o inciso I do caput deste artigo será
livremente pactuado pelas partes e expressamente quantificado no instrumento contratual:
I – até o limite máximo de 2.000 (duas mil) vezes o valor médio do salário contratual, para as trans-
ferências nacionais; e
II – sem qualquer limitação, para as transferências internacionais.
§ 2º São solidariamente responsáveis pelo pagamento da cláusula indenizatória desportiva de que
trata o inciso I do caput deste artigo o atleta e a nova entidade de prática desportiva empregadora.

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§ 3º O valor da cláusula compensatória desportiva a que se refere o inciso II do caput deste artigo
será livremente pactuado entre as partes e formalizado no contrato especial de trabalho desportivo,
observando-se, como limite máximo, 400 (quatrocentas) vezes o valor do salário mensal no momen-
to da rescisão e, como limite mínimo, o valor total de salários mensais a que teria direito o atleta até
o término do referido contrato.
§ 4º Aplicam-se ao atleta profissional as normas gerais da legislação trabalhista e da Seguridade
Social, ressalvadas as peculiaridades constantes desta Lei, especialmente as seguintes:
I – se conveniente à entidade de prática desportiva, a concentração não poderá ser superior a 3
(três) dias consecutivos por semana, desde que esteja programada qualquer partida, prova ou equi-
valente, amistosa ou oficial, devendo o atleta ficar à disposição do empregador por ocasião da rea-
lização de competição fora da localidade onde tenha sua sede;
II – o prazo de concentração poderá ser ampliado, independentemente de qualquer pagamento adi-
cional, quando o atleta estiver à disposição da entidade de administração do desporto;
III – acréscimos remuneratórios em razão de períodos de concentração, viagens, pré-temporada e
participação do atleta em partida, prova ou equivalente, conforme previsão contratual;
IV – repouso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro) horas ininterruptas, preferentemente em
dia subsequente à participação do atleta na partida, prova ou equivalente, quando realizada no final
de semana;
V – férias anuais remuneradas de 30 (trinta) dias, acrescidas do abono de férias, coincidentes com
o recesso das atividades desportivas;
VI – jornada de trabalho desportiva normal de 44 (quarenta e quatro) horas semanais.

Veja o mapa mental abaixo para fixar melhor a matéria:

Sempre que ocorrer transferência


nacional, definitiva ou temporária, de
atleta profissional, até 5% do valor
pago pela nova entidade de prática
desportiva serão obrigatoriamente
Caberá à entidade de prática distribuídos entre as entidades de
desportiva cessionária do atleta práticas desportivas.
reter do valor a ser pago à
entidade de prática desportiva
cedente 5% do valor acordado ATLETAS Um por cento para cada ano de
para a transferência, distribuindo- PROFISSIONAIS - R$ formação do atleta, dos 14 aos
os às entidades de prática 17 anos de idade, inclusive.
desportiva que contribuíram para a
formação do atleta.

Meio por cento para cada ano


de formação, dos 18 aos 19
anos de idade, inclusive.

14. Redução de Jornada e Salário na Pandemia


No ano de 2020, diante da pandemia que assolou o Brasil e o mundo, o Presidente da Re-
pública editou medidas provisórias, destacando-se as de número 927 e 936. A MP 927 tratou

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sobre o teletrabalho, bem como a antecipação de férias individuais, coletivas, feriados, banco
de horas etc. Esta MP não foi convertida em lei, perdendo os seus efeitos.
A MP 936/2020 foi convertida em lei. Trata-se da seguinte legislação que já pode ser cobra-
da nas suas provas de concurso: Lei nº 14.020/2020, publicada em 07 de julho de 2020 e insti-
tui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, bem como traz medidas
complementares para o enfrentamento do estado de calamidade pública.
Recentemente, passamos a ter mais duas medidas provisórias, no ano de 2021, dos quais
destacamos: 1045 e 1046.
No caso da MP 1045, tem-se a importante tratativa relacionada que institui o Novo Progra-
ma Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas complemen-
tares para o enfrentamento das consequências da emergência de saúde pública de importân-
cia internacional decorrente do coronavírus (covid-19) no âmbito das relações de trabalho.
Por essa MP 1045/2021, entre outros, com os objetivos de: I - preservar o emprego e a ren-
da; II - garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais; e III - reduzir o impacto
social decorrente das consequências da emergência de saúde pública de importância interna-
cional decorrente do coronavírus (covid-19).
Além disso, destaca-se na MP 1045/2021 que são medidas do Novo Programa Emergen-
cial de Manutenção do Emprego e da Renda: I - o pagamento do Benefício Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda; II - a redução proporcional de jornada de trabalho e de
salários; e I II - a suspensão temporária do contrato de trabalho.
Tais regras explicitadas e regulamentadas não são previstas no âmbito da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, aos órgãos da administração pública direta e indireta;
e às empresas públicas e sociedades de economia mista, inclusive às suas subsidiárias; e,
ainda, não se aplicam aos organismos internacionais.

O PULO DO GATO
O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será custeado com recursos
da União. O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será de prestação
mensal e devido a partir da data do início da redução da jornada de trabalho e do salário ou da
suspensão temporária do contrato de trabalho.

Para fins de concurso, é importante destacar que o empregador poderá acordar a redução
proporcional de jornada de trabalho e de salário de seus empregados, de forma setorial, depar-
tamental, parcial ou na totalidade dos postos de trabalho, por até cento e vinte dias, observa-
dos os seguintes requisitos: I - preservação do valor do salário-hora de trabalho; II - pactuação
por convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo de trabalho ou acordo individual escrito
entre empregador e empregado; e III - na hipótese de pactuação por acordo individual escrito, o
encaminhamento da proposta de acordo ao empregado deverá ser feito com antecedência de,

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no mínimo, dois dias corridos, e a redução da jornada de trabalho e do salário somente poderá
ser feita com os seguintes percentuais: a) vinte e cinco por cento; b) cinquenta por cento; ou
c) setenta por cento.
O empregador informará ao Ministério da Economia a redução da jornada de trabalho e do
salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho, no prazo de dez dias, contado da
data da celebração do acordo.
A primeira parcela será paga no prazo de trinta dias, contado da data da celebração do
acordo. O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será pago exclusiva-
mente enquanto durar a redução da jornada de trabalho e do salário ou a suspensão temporá-
ria do contrato de trabalho.

O PULO DO GATO
O empregador ficará responsável pelo pagamento da remuneração no valor anterior à redução
da jornada de trabalho e do salário ou à suspensão temporária do contrato de trabalho do em-
pregado, inclusive dos respectivos encargos sociais e trabalhistas, até que a informação seja
prestada ao Ministério da Economia.

O valor do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda terá como base


de cálculo o valor da parcela do seguro-desemprego a que o empregado teria direito obser-
vando que, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário, será calculado com a
aplicação do percentual da redução sobre a base de cálculo.
O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será pago ao empregado
independentemente do cumprimento de qualquer período aquisitivo; tempo de vínculo empre-
gatício; e número de salários recebidos.
O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda não será devido ao em-
pregado que esteja ocupando cargo ou emprego público ou cargo em comissão de livre nome-
ação e exoneração ou seja titular de mandato eletivo.
Também não é devido a quem estiver em gozo de benefício de prestação continuada do
Regime Geral de Previdência Social ou dos regimes próprios de previdência social, ressalvado
o disposto no parágrafo único do art. 124 da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991; b) do seguro-
-desemprego, em quaisquer de suas modalidades; ou c) do benefício de qualificação profissio-
nal de que trata o art. 29-A da Lei n. 7.998, de 1990.
O empregado com mais de um vínculo formal de emprego poderá receber cumulativamen-
te um Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda para cada vínculo com
redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou com suspensão temporária do
contrato de trabalho.
A jornada de trabalho e o salário pago anteriormente será restabelecidos no prazo de dois
dias corridos, contado da: I - data estabelecida como termo de encerramento do período de

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redução pactuado; ou II - data de comunicação do empregador que informe, ao empregado, a


sua decisão de antecipar o fim do período de redução pactuado.
Lembre-se que estamos tratando de uma medida provisória e que deve ser convertida em
lei posteriormente. No entanto, é importante ter essa noção para as provas objetivas.
Se você gostou do material ou tem críticas, dá um feedback, bem como poste suas dúvidas
lá no fórum do aluno. Estou esperando por você! Estudaaaaa!!!!

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RESUMO
A contraprestação pecuniária pode ser considerada como salário e remuneração, sendo
imprescindível conhecer os conceitos, as peculiaridades e as diferenças entre uma e outra. O
salário é conhecido é o conjunto de parcelas contraprestativas paga pelo empregador em ra-
zão da prestação de serviços no contrato firmado entre as partes. Por sua vez, a remuneração
seria considerada o gênero que incluiria o salário contratual e as gorjetas, bem como demais
parcelas remuneratórias e indenizatórias.
A Lei do Rateio das Gorjetas trouxe uma nova espécie de garantia provisória no empregado
para o eleito da comissão que fiscalizará o correto rateio das gorjetas.
Para empresas com mais de 60 empregados, será constituída comissão de empregados,
mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para acompanhamento e fis-
calização da regularidade da cobrança e distribuição da gorjeta. Nessa comissão de empresas
de mais de 60 empregados, os representantes serão eleitos em assembleia geral convocada
para esse fim pelo sindicato dos trabalhadores daquela categoria.
Para as empresas inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na res-
pectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 20% da arrecadação correspondente;
para as empresas não inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na res-
pectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 33% da arrecadação correspondente,
mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho.
Tanto o salário como a gorjeta, que forma a remuneração, precisam constar nas anotações
da CTPS, como determina o artigo 29 da CLT. Isso porque tais parcelas gerarão efeitos previ-
denciários para fins de pagamentos das contribuições e com impactos nos valores dos bene-
fícios previdenciários e dos recolhimentos do FGTS. Essas verbas também entram na base de
cálculo de todas as verbas rescisórias, bem como do cálculo do 13º salário.
SALÁRIO COMPLESSIVO. Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou
percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.
Parcelas indenizatórias são aquelas que não incidem na base do salário para fins de ver-
bas rescisórias, como, por exemplo, a Participação de Lucros e Resultados (PLR) ou férias
vencidas pagas em dobro, bem como as multas dos artigos 467 e 477 da CLT, indenização por
danos morais, materiais etc.
Parcelas remuneratórias ou salariais são aquelas em que há incidência de contribuição
previdenciária ou que incide na base de cálculo e no cômputo de demais verbas trabalhistas.
Por exemplo, temos as horas extras, os adicionais seguintes: noturno, insalubridade e periculo-
sidade. Além disso, temos a incidência sobre o 13º salário, comissões, percentagens, abonos
e prêmios.
Com a Reforma Trabalhista, as ajudas de custo e diárias de viagem são de natureza inde-
nizatória, independentemente da porcentagem sobre o salário contratual do trabalhador. Se
houver fraude no pagamento dessa verba, transmuda-se essa verba em natureza salarial, inte-
grando o salário do obreiro para todos os fins.

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O aviso-prévio pode ser natureza remuneratória/salarial ou indenizatória.


No caso dos atletas profissionais, ainda temos a situação do direito de arena. Estamos
tratando aqui da Lei Pelé, Lei n. 9.615/1998, que preceitua, por exemplo, que pertence às enti-
dades de prática desportiva o direito de arena, consistente na prerrogativa exclusiva de nego-
ciar, autorizar ou proibir a captação, a fixação, a emissão, a transmissão, a retransmissão ou
a reprodução de imagens, por qualquer meio ou processo, de espetáculo desportivo de que
participem.
O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipu-
lado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne às comissões, percentagens
e gratificações. Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o
mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. CUIDADO! QUINTO DIA ÚTIL
DO MÊS SUBSEQUENTE!
A habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade deverão atender aos fins a
que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% e 20% do salário contratual.
Cuidado que as bancas de provas fazem confusão com esses percentuais. Fique esperto(a)!
HABITAÇÃO – 25% e ALIMENTAÇÃO – 20%.
Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo
quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que essa pos-
sibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. É vedado à empresa
que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços estimados a
proporcionar-lhes prestações “in natura” exercer qualquer coação ou induzimento no sentido
de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços.

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Remuneração e Salário
Maria Rafaela

QUESTÕES DE CONCURSO
016. (FGV/EXAME DA OAB/PRIMEIRA FASE/2014) Os garçons e empregados do restaurante
Come Bem Ltda. recebem as gorjetas dadas pelos clientes, de forma espontânea, uma vez que
não há a cobrança obrigatória na nota de serviço. Diante da hipótese apresentada, assinale a
afirmativa correta.
a) As gorjetas integram a remuneração, mas não servem de base de cálculo para o pagamento
do aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
b) As gorjetas não integram a remuneração, uma vez que são espontâneas, pois não há o con-
trole das quantias concedidas.
c) As gorjetas são integradas, para todos os efeitos, na remuneração do empregado, repercu-
tindo, assim, no pagamento de todos os direitos trabalhistas.
d) As gorjetas integram a remuneração apenas para efeitos de aviso-prévio trabalhado, adicio-
nal noturno, horas extras e repouso semanal remunerado, pois as demais parcelas não estão
relacionadas com o dia a dia de trabalho efetivo; não havendo trabalho, não há gorjeta.

Dispõe a Súmula n. 354 do TST:

GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES. As gorjetas, cobradas pelo emprega-


dor na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remu-
neração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio,
adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

Letra a.

017. (QUADRIX/SERPRO/ANALISTA/2014) Admitamos o seguinte: um empregado contra-


tado pelo regime da CLT, que atua no segmento alimentício, ocupando o cargo de garçom,
resolve ajuizar uma ação trabalhista por compreender que os valores recebidos como gorjeta
dada diretamente a ele de maneira espontânea pelos clientes não deveriam ser classificados
como gorjeta, e sim como salário ou remuneração devida pelo empregador. Assinale a afirma-
tiva correta.
a) As gorjetas, sem exceção, devem fazer parte do salário e serem incorporadas a ele, inclusive
com alteração salarial na CTPS.
b) As gorjetas cobradas diretamente nas contas dos clientes passam a fazer parte do salário,
inclusive como direito do empregado para os próximos vencimentos, acarretando alteração
salarial na CTPS.
c) Considera-se a gorjeta como remuneração, não só a importância dada espontaneamente
pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente,
como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados.

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d) À luz da CLT considera-se salário como gorjeta somente a importância dada espontanea-
mente pelo cliente direto ao empregado.
e) Considera-se gorjeta como sendo salário, à luz da CLT, somente a importância paga pelo
cliente direto ao empregador, como adicional nas contas.

Dispõe a Súmula n. 354 do TST:

GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES. As gorjetas, cobradas pelo emprega-


dor na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remu-
neração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio,
adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

Além disso, destaca-se o seguinte teor da CLT:

Artigo 457, § 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao
empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer
título, e destinado à distribuição aos empregados.
Letra c.

018. (FAFIPA/CREA-PR/AGENTE ADMINISTRATIVO/2019) Não integra a remuneração do


trabalhador:
a) O salário.
b) A gorjeta.
c) O adicional de insalubridade.
d) O valor pago a título de assistência médica e odontológica.
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

Destaca-se o teor da CLT:

Artigo 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as se-
guintes utilidades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra d.

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019. (CESPE/AGU/ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO/2006) Com referência ao direito do traba-


lho, o item que se segue apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser
julgada. Certa pessoa jurídica do ramo hoteleiro celebrou acordo escrito com os empregados
do restaurante do hotel que administra, estipulando que todos os danos causados aos utensí-
lios e demais objetos da cozinha seriam ressarcidos, rateando-se o valor total do prejuízo en-
tre todos os empregados do restaurante, descontando a parcela correspondente dos salários
desses empregados. Nessa situação, com base na ordenação normativa vigente, o acordo é
nulo de pleno direito.

O disposto corresponde ao teor do artigo 462:


Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. Em caso de dano causa-
do pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou
na ocorrência de dolo do empregado. No dispositivo acima, a possibilidade de dano DEPENDE DE
ACORDO OU DOLO DO EMPREGADO.
Certo.

020. (CESPE/TRT-11ª/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2016) Considere:


I – Habitação não excedendo a 35% do salário contratual.
II – Educação, em estabelecimento de ensino próprio.
III – Educação, em estabelecimento de ensino de terceiros.
IV – Previdência privada.

De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, NÃO serão consideradas como salário as
utilidades concedidas pelo empregador indicadas APENAS em
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III e IV.
d) I e III.
e) II e IV.

Destaca-se o teor da CLT:

Artigo 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as se-
guintes utilidades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;

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III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra b.

021. (IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA-ES/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2020) De


acordo com a nova redação da Consolidação das Leis do Trabalho, promovida pela Lei n.
13.467/2017, entre as parcelas pagas pelo empregador que integram o salário do empre-
gado, temos:
a) as diárias para viagem.
b) as gratificações legais.
c) os abonos.
d) a ajuda de custo.
e) os prêmios.

Dispõe o artigo 457, § 2º:

As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado
seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do
empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qual-
quer encargo trabalhista e previdenciário. Com a Reforma Trabalhista, as ajudas de custo e diárias
de viagem agora são parcelas indenizatórias, independentemente dos percentuais.
Letra b.

022. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2002) Julgue o item subsequente, a propósito de


remuneração e salário. Na forma da legislação vigente, são consideradas como partes inte-
grantes do salário as despesas realizadas pelo empregador a título de assistência médica,
hospitalar e odontológica prestada diretamente ou mediante seguro-saúde.

Destaca-se o teor da CLT:

Artigo 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as se-
guintes utilidades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;

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III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Errado.

023. (FCC/TRT-11/2016) De acordo com o entendimento Sumulado do TST, a habitação, a


energia elétrica e o veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis
para a realização do trabalho,
a) não têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo empregado
também em atividades particulares.
b) têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado tam-
bém em atividades particulares.
c) não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado
também em atividades particulares.
d) têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo empregado tam-
bém em atividades particulares.
e) têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo empregado tam-
bém em atividades particulares e, exceto se, no caso da habitação, ela for utilizada para hos-
pedar familiares residentes em outro estado.

A resposta da questão está na Súmula n. 367 do TST:

UTILIDADES “IN NATURA”. HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO


INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO
I – A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado,
quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que,
no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares.
II – O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.

Letra c.

024. (CESPE/DATAPREV/2006) No item abaixo é apresentada uma situação hipotética segui-


da de uma assertiva a ser julgada.
Felipe, garçom de um restaurante, recebe salário fixo de R$ 300,00 mensais, acrescido de gor-
jetas. Nesse caso, o valor das gorjetas não serve de base para o cálculo das parcelas corres-
pondentes ao repouso semanal remunerado de Felipe.

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Dispõe a Súmula n. 354 do TST:

GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES. As gorjetas, cobradas pelo emprega-


dor na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remu-
neração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio,
adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

Certo.

025. (INSTITUTO UNIFILL/PREFEITURA DE SENGES-PR/PROCURADOR/2019) Confor-


me disposto na Consolidação das Leis do Trabalho – Da Remuneração, assinale a alternativa
incorreta.
a) Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens,
serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempe-
nho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
b) Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao emprega-
do, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título,
e destinado à distribuição aos empregados.
c) Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pa-
gas pelo empregador.
d) Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, com
exceção as gorjetas que receber.

Dispõe a CLT:

Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas
pelo empregador.
Letra d.

026. (UFMA/UFMA/ADMINISTRADOR/2019) As importâncias, ainda que habituais, pagas a


título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para
viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao
contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e
previdenciário.

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Dispõe a CLT, no artigo 457, § 2º:

As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado
seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração
do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de
qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
Certo.

027. (VUNES/PREFEITURA DE SÃO ROQUE/PROCURADOR/2020) Quanto às gorjetas e co-


missões, é correto afirmar que
a) ambas integram a remuneração do empregado e podem compor o salário mínimo legalmen-
te previsto.
b) apenas as comissões podem compor o salário mínimo legalmente previsto.
c) ambas possuem natureza indenizatória e não se sujeitam aos descontos previdenciários.
d) apenas as comissões e gorjetas compulsórias integram a remuneração.
e) possuem a mesma natureza jurídica dos prêmios previstos na Consolidação das Leis
do Trabalho.

Os prêmios passaram a ter natureza indenizatória com a Reforma Trabalhista. Persistem na


natureza remuneratória/salarial as verbas de nomes comissões e gorjetas. Dispõe a CLT:

Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas
pelo empregador.
Letra a.

028. (FAUEL/PREFEITURA DE JANDAIA DO SUL/ASSISTENTE JURÍDICO/2019) O valor re-


lativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o
reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses,
despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes
modalidades de planos e coberturas, integram o salário do empregado para qualquer efeito.

A resposta está errada. Trata-se de parcela não remuneratória. Segundo a CLT, artigo 458, § 5º:

O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive
o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses,

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despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes moda-
lidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o
salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9º do art. 28 da Lei n. 8.212, de 24
de julho de 1991.
Errado.

029. (VUNESP/PREFEITURA DE ARUJÁ-SP/PROCURADOR/2019) Os níveis do adicional de


insalubridade a serem pagos com base no salário mínimo regional são, respectivamente, para
os níveis mínimo, médio e máximo:
a) 10%; 20%; 30%.
b) 10%; 20%; 40%.
c) 10%; 30%; 40%.
d) 20%; 30%; 40%.
e) 20%; 40%; 50%.

Os percentuais de adicional de insalubridade têm como base de cálculo o salário mínimo, des-
tacando-se os percentuais de 10%, 20% ou 40%, a depender se é situação leve, média ou grave.
No caso do adicional de periculosidade, o percentual é de 30% sobre o salário-base/contratual
do trabalhador. O trabalhador deve fazer a opção entre o adicional de periculosidade e de in-
salubridade.
Letra b.

030. (QUADRIX/CREA-GO/ADVOGADO/2019) Com base na Consolidação das Leis do Tra-


balho (CLT), julgue o item a respeito da remuneração. Comissões e gratificações podem ser
estipuladas por períodos superiores a um mês; o salário, não.

Dispõe a CLT:

Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser esti-
pulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne às comissões, percentagens e
gratificações.
Certo.

031. (QUADRIX/CREA-GO/ADVOGADO/2019) Com base na Consolidação das Leis do Traba-


lho (CLT), julgue o item a respeito da remuneração. O prêmio consiste em liberalidade concedi-
da ao empregado pelo empregador, sempre em dinheiro, como medida de reconhecimento de
desempenho superior ao esperado.

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Destaca-se o artigo 457, § 4º, da CLT:

Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços


ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao
ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
Errado.

032. (QUADRIX/CREA-GO/ADVOGADO/2019) Com base na Consolidação das Leis do Traba-


lho (CLT), julgue o item a respeito da remuneração. É considerada como gorjeta não somente
a importância espontaneamente paga pelo cliente, mas também os valores cobrados pelo em-
pregador como adicional destinado à distribuição aos empregados.

Dispõe a CLT:

Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado,
como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destina-
do à distribuição aos empregados.
Certo.

033. (VUNESP/PREFEITURA DE CERQUILO-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) A empresa


Serviços Tudo Bem Ltda. disponibiliza aos empregados a utilização de plano de saúde odon-
tológico, sem desconto em folha de pagamento, para os empregados que optam pelo plano
básico. A empresa também disponibiliza gratuitamente a participação em cursos de formação
profissional, inclusive de inglês, a todos os seus empregados. Um determinado empregado,
cujo contrato de trabalho foi rompido sem justa causa, que trabalhava no setor de expedi-
ção da empresa, ingressou com reclamação trabalhista requerendo, dentre outros pedidos,
a integração dos referidos benefícios ao seu salário. Nessa hipótese, é correto afirmar que
o empregado
a) tem razão, porque os benefícios concedidos gratuitamente pelo empregador têm natureza
jurídica salarial e devem compor o salário para todos os fins.
b) não tem razão em relação ao plano de saúde odontológico, contudo tem razão em rela-
ção aos benefícios educacionais, posto que se gratuitos, devem compor os salários para to-
dos os fins.
c) tem razão em relação ao plano de saúde odontológico, contudo não tem razão em relação
aos benefícios educacionais, ainda que disponibilizados gratuitamente pelo empregador.

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d) não tem razão em relação a qualquer dos benefícios concedidos gratuitamente pelo empre-
gador, pois não possuem natureza salarial.
e) não tem razão em relação ao plano de saúde odontológico e aos cursos de formação profis-
sional, contudo tem razão em relação ao curso de inglês, isso porque não há qualquer relação
entre o curso e suas atividades profissionais.

A resposta é a letra “d”, pois não integra a base de cálculo de salários nem faz parte da integra-
ção. Trata-se de parcela não remuneratória. Segundo a CLT, dispõe o artigo 458, § 5º:

O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive
o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses,
despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes moda-
lidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o
salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9º do art. 28 da Lei n. 8.212, de 24
de julho de 1991.
Letra d.

034. (UPENET IAUPE/UPE/ADVOGADO/2019) Além do pagamento em dinheiro, compreen-


de-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras
prestações “in natura” que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitual-
mente ao empregado. Em caso algum, será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou
drogas nocivas.

Dispõe a CLT:

Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais,
a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do
contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
Certo.

035. (UPENET IAUPE/UPE/ADVOGADO/2019) Os valores atribuídos às prestações “in natu-


ra” deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das
parcelas componentes do salário mínimo.

Dispõe a CLT:
Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais,
a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do
contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.

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§ 1º Os valores atribuídos às prestações “in natura” deverão ser justos e razoáveis, não podendo
exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário mínimo.
Certo.

036. (INAZ DO PARÁ/FUNGOTA DE ARARAQUARA-SP/ADVOGADO/2018) Em hipótese de


um empregado desenvolver inventos, no seu exercício profissional, e a empresa começar a
comercializar tais inovações e auferir lucro com isso, deve o empregado receber.... Assinale a
alternativa que completa o enunciado corretamente.
a) participação nos lucros da venda da inovação, pois só foi possível graças ao seu invento.
b) apenas o seu salário, caso seu contrato de trabalho não preveja participação nos lucros.
c) 50% dos lucros, pois o invento deve ser patenteado conjuntamente por ele e pela empresa.
d) além de seu salário, acréscimo de horas extras como forma de compensação.

A resposta correta é a letra “b”, nos termos seguintes:

Art. 88, Lei n. 9.279/1996.


A invenção e o modelo de utilidade pertencem exclusivamente ao empregador quando decorrerem
de contrato de trabalho cuja execução ocorra no Brasil e que tenha por objeto a pesquisa ou a ativi-
dade inventiva, ou resulte esta da natureza dos serviços para os quais foi o empregado contratado.
§ 1º Salvo expressa disposição contratual em contrário, a retribuição pelo trabalho a que se refere
este artigo limita-se ao salário ajustado.
Letra b.

037. (INAZ DO PARÁ/CREFITO-16ª REGIÃO/ADVOGADO/2018) Carla é secretária na Empre-


sa Sucesso Ltda. e recebe do seu patrão, além do salário, benefício moradia e plano de saúde.
Diante desta situação, de acordo com a CLT, pode-se afirmar que:
a) Com a reforma trabalhista, tais benefícios foram suspensos por parte do empregador.
b) Ambos os benefícios serão incorporados.
c) Apenas o benefício da moradia será integrado ao salário.
d) Não há possibilidade de nenhum benefício ser incorporado ao salário de Carla.
e) Apenas o benefício do plano de saúde será integrado ao salário.

A assertiva está em conformidade com o disposto na CLT, do qual destacamos, observando-se


que só pode ser incluído quando se trata de habitação, alimentação e vestuário, nos limites
legais. Nesse ponto, destaque-se:

Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais,
a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do
contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.

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§ 3º A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que
se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte
por cento) do salário-contratual.
§ 5º O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não,
inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses,
órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes
modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem
o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9º do art. 28 da Lei n. 8.212, de
24 de julho de 1991.
Letra c.

038. (FEPESE/PGE-SC/PROCURADOR DO ESTADO/2018) Com o advento da chamada “re-


forma trabalhista”, passaram a integrar o salário apenas a importância fixa estipulada, as gra-
tificações de função e as comissões pagas pelo empregador.

A questão está errada por constar a palavra "apenas" o que não está contemplado no artigo
467, §1º, da CLT.
Errado.

039. (UPENET IAUPE/UPE/ADVOGADO/2019) Excepcionalmente serão considerados como


salário os vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados
no local de trabalho, para a prestação dos respectivos serviços.

Em regra, não podem ser parcelas remuneratórias, conforme o teor do artigo 458, 2º, da CLT,
mas podem excepcionalmente serem assim considerados por força de negociação coletiva
Certo.

040. (UPENET IAUPE/UPE/ADVOGADO/2019) O transporte destinado ao deslocamento para


o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público, não será considerado
como salário.

Dispõe a CLT:
Artigo 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as se-
guintes utilidades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;

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III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-
-saúde etc.
Certo.

041. (IADES/APEX BRASIL/ANALISTA/2018) Considerando o disposto na Consolidação das


leis do Trabalho (CLT) e as alterações advindas da Lei n. 13.467/2017, é correto afirmar que:
a) consideram-se gorjetas as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens,
serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempe-
nho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
b) está previsto legalmente a integrar o salário, além da importância fixa estipulada, apenas as
comissões pagas pelo empregador.
c) as importâncias pagas a título de ajuda de custo, prêmios e abonos, ainda que habituais,
integrarão a remuneração, sendo incorporados ao contrato de trabalho e constituindo base de
incidência de encargo trabalhista e previdenciário.
d) considera-se prêmio não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao emprega-
do, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título,
e destinado à distribuição aos empregados.
e) compreendem-se na remuneração, para todos os efeitos legais, além do salário devido e
pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.

Dispõe a CLT:
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas
pelo empregador.
§ 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, servi-
ços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho supe-
rior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
Letra e.

042. (FCC/TRT-15ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Sobre salário e remuneração,


a) consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens,
serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempe-
nho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
b) as importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo e diárias para viagem,
limitadas a cinquenta por cento da remuneração mensal, não integram a remuneração do em-
pregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de
encargo trabalhista e previdenciário.
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c) prêmios são as liberalidades concedidas em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro,


pelo empregador, em razão de seu poder potestativo, ao empregado ou a grupo de emprega-
dos, independentemente do exercício de suas atividades.
d) as importâncias pagas a título de auxílio-alimentação, vedado o seu pagamento em dinheiro,
não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de encargo
trabalhista e previdenciário, salvo se habituais.
e) o pagamento do salário e comissões, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve
ser estipulado por período superior a 1 mês.

b) Errada. Com a Reforma Trabalhista, não existe mais a exigência de percentuais mínimos.
c) Errada. Depende sim do exercício extraordinário de suas atividades.
d) Errada. Apesar de habituais, não se incorporam.
e) Errada. As comissões podem ser superiores a 30 dias o seu efetivo pagamento.
Dispõe a CLT:

Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas
pelo empregador.
§ 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, servi-
ços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho supe-
rior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
Letra a.

043. (FEPESE/PGE-SC/PROCURADOR DO ESTADO/2018) Com as alterações legais promo-


vidas pela “reforma trabalhista”, consagrou-se que, sendo idêntica a função exercida, a todo
trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, numa mesma localidade, correspon-
derá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.

Houve alteração na Reforma Trabalhista que detalhou ainda mais a equiparação salarial, tor-
nando-se mais difícil sua demonstração, na medida em que deve ocorrer em relação ao mes-
mo estabelecimento e não somente na figura do empregador. Dispõe a CLT:

Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador,
no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia,
nacionalidade ou idade.
Errado.

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044. (CS-UFG/SANEAGO-GO/ADVOGADO/2018) Além do salário fixo mensal pago pelo em-


pregador, compreende na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais,
a) a gorjeta dada espontaneamente pelos clientes a um empregado de um restaurante.
b) a assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante se-
guro-saúde.
c) o valor correspondente ao transporte destinado ao deslocamento para o trabalho.
d) a participação nos lucros da empresa.

Aqui temos a incidência do artigo 457 da CLT:

Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário


devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que
receber.

As outras alternativas são de natureza indenizatória e, portanto, excluídas da integração no


salário. Segundo a CLT:

Artigo 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as se-
guintes utilidades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra a.

045. (FEPESE/PGE-SC/PROCURADOR DO ESTADO/2018) O pagamento dos salários ao em-


pregado deve ser efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do serviço
ou imediatamente após o encerramento deste, exceto quando efetuado por meio de depósi-
to bancário.

Dispõe a CLT:
Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser es-
tipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e
gratificações.

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§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o
quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. (…)
Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do ho-
rário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito
em conta bancária, observado o disposto no artigo anterior.
Certo.

046. (CESGRANRIO/IBGE/ANALISTA/2013) Salário utilidade, salário in natura ou salário indi-


reto são termos sinônimos que significam salário pago sob forma de determinados benefícios.
NÃO se enquadra(m) na definição de salário in natura o(s) seguinte(s) benefício(s):
a) Utilização de automóvel por um técnico, como ferramenta de trabalho, para que ele possa
exercer suas funções com maior agilidade e eficiência.
b) Fornecimento de vestuário ao empregado a ser utilizado no local de trabalho, para a presta-
ção dos respectivos serviços.
c) Custeio de educação em estabelecimento de ensino da própria empresa ou de terceiros,
compreendendo os valores relativos à matrícula, mensalidade, anuidade e material didático.
d) Transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e ao retorno, em percurso servido ou
não por transporte público, além de assistência médica, hospitalar e odontológica.
e) Oferecimento de assistência médica, hospitalar e odontológica, seguros de vida e acidentes
pessoais, além de previdência privada.

As alternativas estão em conformidade com a CLT:


Artigo 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as se-
guintes utilidades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra a.

047. (NC-UFPR/PREFEITURA DE CURITIBA/PROCURADOR/2015) De acordo com o entendi-


mento sumulado pelo Tribunal Superior do Trabalho, como se dá o salário in natura?
a) O cigarro é considerado salário utilidade quando disponibilizado aos empregados que pos-
suem relação empregatícia com empresas que produzem cigarro.

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b) O cigarro pode ser considerado como salário utilidade apenas se for disponibilizado além do
valor do salário mínimo em pecúnia.
c) A habitação, a energia elétrica e o veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quan-
do indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso
de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares.
d) O veículo fornecido pelo empregador ao empregado, quando indispensável para a realização
do trabalho, têm natureza salarial, especialmente no caso de veículo utilizado pelo empregado
também em atividades particulares.
e) A habitação e o veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, em qualquer situação,
são considerados como salário utilidade.

A questão está delimitada na Súmula n. 367 do TST:

UTILIDADES “IN NATURA”. HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO


INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO I – A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo
empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não
têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado
também em atividades particulares. II – O cigarro não se considera salário utilidade em
face de sua nocividade à saúde.

Letra c.

048. (IBFC/EMBASA/CONTADOR/2017) Estabelece o artigo 458 da CLT que: “Além do pa-


gamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação,
habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do contrato ou
do costume, fornecer habitualmente ao empregado.” A habitação e a alimentação fornecidas
como salário utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, res-
pectivamente, a:
a) 12% e 18% do salário contratual.
b) 15% e 10% do salário contratual.
c) 25% e 20% do salário contratual.
d) 20% e 15% do salário contratual.

Dispõe a CLT, no artigo 458, § 3º:


A habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade deverão atender aos fins a que se
destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por
cento) do salário contratual.
Letra c.

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049. (IESES/GASBRASILIANO/ADVOGADO JÚNIOR/2017) Considera-se salário básico a im-


portância fixa mensal correspondente à retribuição do trabalho prestado pelo empregado na
jornada de trabalho, acrescido de vantagens, incentivos ou benefícios, a qualquer título.

Na verdade, o conceito trazido pela questão se refere à remuneração. Nesse ponto, excluem-se
as vantagens, incentivos e benefícios a qualquer título. Isso seria o salário progressivo. O salá-
rio progressivo se inicia pelo salário-base.
Errado.

050. (VUNESP/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP/ADVOGADO/2016) A habitação, a energia


elétrica e o veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a
realização do trabalho, têm natureza salarial.

A assertiva está errada, pois, de acordo com a Súmula n. 367 do TST:

UTILIDADES “IN NATURA”. HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO


INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO I – A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo
empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não
têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado
também em atividades particulares. II – O cigarro não se considera salário utilidade em
face de sua nocividade à saúde.

Errado.

051. (TRT-23ª/TRT-23ª/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2012) Se o empregador custear


a educação do empregado, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, o valor des-
sa utilidade não será considerado como salário, o que não se aplica, contudo, ao custeio ou
fornecimento do material didático necessário para acompanhamento das aulas, que se tratará
de utilidade a ser integrada ao salário do empregado para os regulares fins de direito.

Dispõe a CLT:
Artigo 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as se-
guintes utilidades concedidas pelo empregador:
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores re-
lativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático. Por não serem verbas salariais
não se integram no salário do trabalhador. É apenas uma utilidade.
Errado.

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052. (TRT-23ª/TRT-23ª/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2012) Em caso de dano causado


pelo empregado, o desconto do salário pelo empregador será lícito, desde que esta possibili-
dade tenha sido acordada ou na ocorrência de culpa ou dolo do empregado.

A alternativa está errada, pois a CLT faz menção expressa ao dolo, sendo silente quanto ao
elemento da culpa. Dispõe a CLT:

Art. 462. Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo
quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
§ 1º Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade
tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.
Errado.

053. (VUNESP/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP/ADVOGADO/2016) A alimentação fornecida


como salário utilidade deverá atender aos fins a que se destina e não poderá exceder 25% (vin-
te e cinco por cento) do salário contratual.

Dispõe a CLT, artigo 458, § 3º:

A habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade deverão atender aos fins a que se
destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por
cento) do salário contratual. Logo, o percentual está errado que é de 20% e, não 25%.
Errado.

054. (VUNESP/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP/ADVOGADO/2016) O vale para refeição, for-


necido por força de convenção coletiva de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remune-
ração do empregado, para todos os efeitos legais.

O vale-refeição tem caráter salarial e integra a remuneração do empregado, para todos os efei-
tos legais. Nesse sentido, a OJ n. 413:

AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. ALTERAÇÃO DA NATUREZA jurídica. NORMA COLETIVA OU


ADESÃO AO PAT. (DEJT divulgado em 14, 15 e 16.02.2012) A pactuação em norma cole-
tiva conferindo caráter indenizatório à verba “auxílio-alimentação” ou a adesão posterior
do empregador ao Programa de Alimentação do Trabalhador — PAT — não altera a natu-
reza salarial da parcela, instituída anteriormente, para aqueles empregados que, habitual-
mente, já percebiam o benefício, a teor das Súmulas n. 51, I, e n. 241 do TST.

Errado.

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055. (FCC/TRT-20/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2012) A empresa “Seguros e Cia.” ex-


plora o ramo de seguros, tendo como uma de suas empregadas, Gaia Paiva com vinte e dois
anos de idade. Além do salário, Gaia recebe: comissão; seguro de vida; seguro de acidentes
pessoais; assistência médica mediante seguro-saúde; 50% da mensalidade de seu curso de
inglês bem como livros e materiais didáticos. Neste caso, NÃO serão considerados como sa-
lário APENAS
a) a assistência médica mediante seguro-saúde; os 50% da mensalidade de seu curso de in-
glês e os livros e materiais didáticos.
b) o seguro de vida; o seguro de acidentes pessoais e os livros e materiais didáticos.
c) o seguro de vida; o seguro de acidentes pessoais e a assistência médica mediante se-
guro-saúde.
d) o seguro de vida; o seguro de acidentes pessoais; a assistência médica mediante seguro-
-saúde; os 50% da mensalidade de seu curso de inglês e os livros e materiais didáticos.
e) os 50% da mensalidade de seu curso de inglês e os livros e materiais didáticos.

A questão está na análise do artigo 458 da CLT:


§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili-
dades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local
de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
Letra d.

056. (CESPE/TRT-9ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2007) Além do pagamento em dinheiro, o sa-


lário compreende, para todos os efeitos legais, alimentação, habitação, vestuário ou outras
prestações in natura que a empresa, por força do contrato de trabalho ou do costume, forne-
cer habitualmente ao empregado, como contraprestação indireta e suplementar aos valores
pecuniários.

A questão não está em consonância com o artigo 458 da CLT, na medida que não existem con-
dicionamentos. Nesse sentido, destaca a CLT:

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Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimen-
tação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do contrato
ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento
com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
Certo.

057. (CESPE/TRT-9ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2007) Compreendem-se na remuneração do


empregado, além do salário, gorjetas, comissões, percentagens, gratificações, abonos, diárias
para viagens e indenização por despesas havidas pelo empregado.

Nem todas as parcelas mencionadas na questão são remuneratórias e integram no salário


do trabalhador.
Parcelas indenizatórias são aquelas que não incidem na base do salário para fins de verbas
rescisórias, como, por exemplo, a Participação de Lucros e Resultados (PLR) ou férias ven-
cidas pagas em dobro, bem como as multas dos artigos 467 e 477 da CLT, indenização por
danos morais, materiais etc.
Parcelas remuneratórias ou salariais são aquelas em que há incidência de contribuição previ-
denciária ou que incidem na base de cálculo e no cômputo de demais verbas trabalhistas. Por
exemplo, temos as horas extras, os adicionais seguintes: noturno, insalubridade e periculosi-
dade. Além disso, temos a incidência sobre o 13º salário, comissões, percentagens, abonos
e prêmios.
Errado.

058. (CESPE/PGE-ES/PROCURADOR DO ESTADO/2008) No período de férias desse empre-


gado, é necessário considerar o cômputo do terço constitucional sobre o valor de R$ 250,00
correspondente ao curso de pós-graduação, pois, segundo a legislação, trata-se de salário
in natura.

Parcelas indenizatórias são aquelas que não incidem na base do salário para fins de verbas
rescisórias, como, por exemplo, a Participação de Lucros e Resultados (PLR) ou férias ven-
cidas pagas em dobro, bem como as multas dos artigos 467 e 477 da CLT, indenização por
danos morais, materiais etc.
Parcelas remuneratórias ou salariais são aquelas em que há incidência de contribuição previ-
denciária ou que incidem na base de cálculo e no cômputo de demais verbas trabalhistas. Por
exemplo, temos as horas extras, os adicionais seguintes: noturno, insalubridade e periculosi-
dade. Além disso, temos a incidência sobre o 13º salário, comissões, percentagens, abonos
e prêmios.
No caso, não se trata de salário in natura, nos exatos termos do artigo 458 da CLT.
Errado.

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059. (COPEV-UFAL/PREFEITURA DO RIO LARGO-AL/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2010)


Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do
contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido
o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.

Dispõe o art. 458:


Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimen-
tação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do contrato
ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento
com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
§ 1º Os valores atribuídos às prestações “in natura” deverão ser justos e razoáveis, não podendo ex-
ceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário mínimo (arts. 81 e 82).
Certo.

060. (FCC/TRT-4ª/ ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Habitação, energia elétrica e veículo forne-


cidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho,
a) têm natureza salarial havendo súmula do Tribunal Superior do Trabalho neste sentido.
b) têm natureza salarial, havendo dispositivo expresso na Constituição Federal.
c) não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado
também em atividades particulares.
d) Não têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele seja utilizado pelo empregado
também em atividades particulares.
e) têm natureza salarial, havendo súmula do Supremo Tribunal Federal neste sentido.

Quando habitação, energia e veículo são usados em prol da própria atividade, não há natureza
salarial. Nesse caso, já se excluem as alternativas “a”, “b” e “e”.
Quanto à alternativa “c”, há entendimento que o uso concomitante do veículo para fins particu-
lares e profissionais não desconfigura a natureza não salarial. Nesse sentido, temos a Súmula
n. 367 do TST:

UTILIDADES “IN NATURA”. HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO


INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO I – A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo
empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não
têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado
também em atividades particulares. II – O cigarro não se considera salário utilidade em
face de sua nocividade à saúde.

Letra c.

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061. (TRT-3ª/TRT-3ª/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2009) É vedado ao empregador efe-


tuar descontos nos salários do empregado, mas em caso de dano por ele causado, desde que
comprovada sua culpa, o desconto será considerado lícito.

A alternativa está errada, pois a CLT faz menção expressa ao dolo, sendo silente quanto ao
elemento da culpa. Dispõe a CLT:

Art. 462. Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo
quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
§ 1º Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade
tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.
Errado.

062. (TRT-3ª/TRT-3ª/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2009) O rol de utilidades passíveis


de dedução nos salários dos trabalhadores urbanos e rurais não é taxativo, já que o empre-
gador pode lhes fornecer, como retribuição de seus serviços, inúmeras prestações in natura,
ainda que não previstas expressamente em lei.

O rol é realmente exemplificativo, como disposto no caput do artigo 458:

Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimen-
tação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do contrato
ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento
com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
Certo.

063. (TRT-3ª/TRT-3ª/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2009) A habitação fornecida ao do-


méstico que reside no próprio local de trabalho não integra, por força de lei, os cálculos tra-
balhistas, como, por exemplo, os de suas férias, mas nada impede que o contrato de trabalho
disponha em sentido contrário.

De fato, o enunciado está em conformidade com o entendimento do TST:

Súmula 367 do TST: UTILIDADES “IN NATURA”. HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍ-
CULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO I – A habitação, a energia elétrica e
veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realiza-
ção do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado
pelo empregado também em atividades particulares. II – O cigarro não se considera salário

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utilidade em face de sua nocividade à saúde. Além dessa súmula, deve ser analisado em
conformidade com o disposto na CLT que permite sim a natureza salarial.

Certo.

064. (COPEV-UFAL/PREFEITURA DO RIO LARGO-AL/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2010)


Considera-se gorjeta não somente a importância espontaneamente dada pelo cliente ao em-
pregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas
contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados.

A alternativa está em conformidade com a CLT, artigo 457, § 3º:


Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como
também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à
distribuição aos empregados.
Certo.

065. (FCC/SANASA CAMPINAS/ANALISTA/2019) De acordo com as disposições da Conso-


lidação das Leis do Trabalho,
a) o intervalo intrajornada suprimido do empregado deverá ser pago com acréscimo de 50% ao
valor da hora normal e, nessa situação, não incidirá no cálculo das demais verbas contratuais.
b) havendo sucessão empresarial, a empresa sucessora assume todas as obrigações relati-
vas aos empregados, inclusive as contraídas na época da sucedida, limitadas a dois anos da
sucessão.
c) o auxílio-alimentação, ainda que pago em dinheiro, compõe a remuneração do empregado,
mas não constitui base de cálculo do FGTS e contribuição para a previdência social.
d) o tempo de trabalho para a mesma empresa não é excludente para a equiparação salarial,
apenas o tempo na função, o qual não pode ser superior a dois anos entre empregado e seu
paradigma.
e) o empregado que retorna por determinação do empregador ao cargo de origem após ter
ocupado função de confiança terá a gratificação de função incorporada, desde que tenha exer-
cido a função por período superior a cinco anos.

a) Certa. Se trata de verba indenizatória, conforme o artigo 71 da CLT.


b) Errada. Não existe responsabilização, salvo se houver comprovação de fraude.
c) Errada. Sendo verba remuneratória incide.
d) Errada. Se exige o labor na mesma empresa diante da reforma trabalhista.
e) Errada. Tal foi suprimido pela Reforma Trabalhista.
A alternativa A está correta, conforme o artigo 71 da CLT:

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§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e ali-
mentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas
do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração
da hora normal de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência).
A alternativa B está errada, conforme o artigo da CLT:

Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448
desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empre-
gados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.

A alternativa C está errada, tendo em vista que o auxílio-alimentação é um benefício que pode,
ou não, ser concedido ao empregado. Não se trata aqui de benesse obrigatória e que deva
ser paga pelo empregador. Porém, muitas categorias recebem o pagamento deste auxílio, ge-
rando, a partir daí uma dúvida, se ele se integra à sua remuneração, acarretando reflexos em
férias, 13º salários e fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS), por exemplo. A alternativa
D está errada, pois conforme a CLT:

Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador,
no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia,
nacionalidade ou idade
§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade
e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo
empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a
dois anos.
A alternativa E está errada, nos termos da CLT:

Art. 468 Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por
mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao
empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
§ 1º Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo
empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de
confiança.
§ 2º A alteração de que trata o § 1º deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empre-
gado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorpo-
rada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.
Letra a.

066. (FCC/AFAP/ADVOGADO/2019) Eduardo é empregado da empresa de entregas Zas Trás


Ltda., prestando serviços como motociclista, entregando todo tipo de encomendas, até mes-
mo material inflamável. No caso hipotético narrado e de acordo com a CLT, Eduardo tem direito
ao adicional de
a) periculosidade, no percentual de 30% sobre o salário-base, por se tratar de trabalhador em
motocicleta e insalubridade, no percentual de 40% sobre o salário-mínimo, pela exposição a
inflamável.

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b) periculosidade, no percentual de 30% sobre o salário-base, por se tratar de trabalhador em


motocicleta.
c) insalubridade, no percentual de 30% sobre o salário-base, pela exposição a inflamável.
d) penosidade, no percentual de 40% sobre o salário-mínimo, pelo trabalho sujeito às intempé-
ries climáticas e a acidente de trânsito.
e) periculosidade, no percentual de 40% sobre o salário-base, por se tratar de trabalhador em
motocicleta.

a) Errada. O caso de inflamáveis não proporciona a insalubridade, mas sim a periculosidade.


b) Certa. Existe previsão do adicional de periculosidade.
c) Errada. O caso de inflamáveis não proporciona a insalubridade, mas sim a periculosidade.
d) Errada. Não há previsão de percentuais de penosidade no caso em comento.
e) Errada. O percentual da periculosidade é de 30% do salário-base.
Dispõe o art. 193 da CLT são consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que,
por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a: Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; Roubos ou outras es-
pécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial; As
atividades de trabalhador em motocicleta. O valor do adicional de periculosidade será o salário
do empregado acrescido de 30%, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa.
Letra b.

067. (FCC/SEGEP-MA/PERITO/2018) Coralina é empregada da empresa Z e trabalha em con-


dições de periculosidade. Considerando-se que ela recebe salário mensal de R$ 3.000,00, bem
como gratificação semestral pelo tempo de contratação equivalente a R$ 500,00, de acordo
com a Consolidação das Leis do Trabalho, o adicional relativo ao trabalho perigoso que Corali-
na recebe mensalmente é, em R$, de
a) 300,00.
b) 1.050,00.
c) 450,00.
d) 525,00.
e) 900,00.

Conforme dispõe o art. 193 da CLT são consideradas atividades ou operações perigosas, aque-
las que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de
exposição permanente do trabalhador a: Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; Roubos ou
outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patri-
monial; As atividades de trabalhador em motocicleta. O valor do adicional de periculosidade será o

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salário do empregado acrescido de 30%, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prê-


mios ou participações nos lucros da empresa. A base a ser usada é de R$3.000,00 (sem contar
as gratificações), culminando no importe de R$900,00.
Letra e.

068. (FCC/SANASA CAMPINAS/ANALISTA/2019) Netuno é empregado da empresa Luz Di-


vina Ltda. e percebe salário de R$ 2.000,00, não tendo ainda completado um ano na empresa.
Desgostoso com a violência da cidade grande, pretende celebrar acordo com a sua emprega-
dora para a rescisão contratual e se mudar com a família para o campo. Seu saldo na conta
vinculada do FGTS é de R$ 1.400,00. Anuindo a empregadora com a rescisão de Netuno por
mútuo acordo, deverá a mesma pagar ao empregado R$ ..I.. de aviso prévio indenizado, R$ ..II..
de indenização sobre o saldo de FGTS, podendo Netuno levantar ..III.. a título de FGTS. Confor-
me previsão na CLT, preenchem, correta e respectivamente, as lacunas I, II e III:
a) R$ 1.000,00 − R$ 280,00 − R$ 1.120,00
b) R$ 1.600,00 − R$ 560,00 − R$ 700,00
c) R$ 2.000,00 − R$ 280,00 − R$ 1.400,00
d) R$ 1.000,00 − R$ 140,00 − R$ 1.120,00
e) R$ 1.600,00 − R$ 560,00 − R$ 1.400,00

Destaca-se aqui o teor da CLT: Conforme previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
o contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em
que serão devidas pela metade as seguintes verbas trabalhistas: o aviso-prévio (se for indeni-
zado) e a indenização sobre o saldo do FGTS. A extinção do contrato por entendimento mútuo
permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador do FGTS limitada a até 80% do acu-
mulado dos depósitos. Contudo, não autoriza que o empregado acesse o seguro-desemprego.
Por mútuo acordo, considerando que o salário é de R$2.000,00. O aviso prévio será pago pela
metade: R$1.000,00; Indenização do FGTS é de 20% que é R$1.400,00, demonstrando o impor-
te de R$280,00 e levantar 80% do FGTS que é de R$1.120,00, sendo correta a alternativa A.
Letra a.

069. (FCC/TRT-20ª/2006) Considere as seguintes assertivas a respeito do salário-mínimo:


I. Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a
todo trabalhador, exceto ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço.
II. Quando o empregador fornecer, in natura, uma ou mais das parcelas do salário-mínimo, o sa-
lário-mínimo pago em dinheiro não será inferior a 40% do salário-mínimo fixado para a região.
III. Quando o salário-mínimo mensal do empregado à comissão for integrado por parte fixa e
parte variável, ser-lhe-á sempre garantido o salário-mínimo, vedado qualquer desconto em mês
subsequente a título de compensação.

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De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, está correto APENAS o que se afirma em:
a) I e II.
b) I e III.
c) II.
d) II e III.
e) III.

Em caso do I, está errado, pois o Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga
diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive, ao trabalhador rural, sem distinção
de sexo, por dia normal de serviço. No caso do II, está errado, tendo em vista que a CLT dispõe
ainda, em seu artigo 82, que o empregador que fornecer parte do salário-mínimo como salário
utilidade ou in natura, terá esta parte limitada a 70% (setenta por cento), ou seja, será garantido
ao empregado o pagamento em dinheiro de no mínimo 30% (trinta por cento) do salário-míni-
mo. No caso do III, está nos termos da CLT: Art. 80, Parágrafo único. Quando o salário-mínimo
mensal do empregado a comissão ou que tenha direito a percentagem for integrado por parte
fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre garantido o salário-mínimo, vedado qualquer desconto
em mês subsequente a título de compensação."
Letra e.

070. (FCC/TRT-14ª/ANALISTA/2015) O trabalhador Athos exerceu as funções de vigilante


em agência bancária e esteve exposto, de forma permanente, a atividade que, por sua natureza
ou método de trabalho, implicou risco acentuado em virtude de exposição permanente a rou-
bos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal
ou patrimonial. Nessa hipótese, conforme previsão contida na Consolidação das Leis do Tra-
balho, o empregado fará jus ao pagamento de adicional de
a) penosidade, calculado em 10% sobre o salário básico.
b) periculosidade, calculado em 30% sobre o salário básico.
c) periculosidade, calculado em 15% sobre a remuneração global
d) insalubridade, calculado em 40% sobre o salário global.
e) Insalubridade, calculada em 10%, 20% ou 40% sobre o salário-mínimo nacional.

Conforme dispõe o art. 193 da CLT são consideradas atividades ou operações perigosas, aque-
las que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de
exposição permanente do trabalhador a: Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; Roubos ou
outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou pa-
trimonial; As atividades de trabalhador em motocicleta. O valor do adicional de periculosidade
será o salário do empregado acrescido de 30%, sem os acréscimos resultantes de gratifica-
ções, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
Letra b.

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071. (FCC/PGE-GO/PROCURADOR DO ESTADO/2021) Artemis foi contratado como frentis-


ta operador de bomba de combustível no Centro Automotivo Posto Nuvens em 01/03/2021,
sendo dispensado sem justa causa com o aviso prévio trabalhado de 30 dias, redução de duas
horas diárias e último dia de trabalho em 16/08/2021. Recebia o salário fixo mensal no valor
de R$ 2.000,00, sendo que na ocasião o salário-mínimo nacional era de R$ 1.100,00. Nessa
situação, considerando as verbas rescisórias e contratuais, Artemis fará jus a:
a) 07/12 avos de férias com um terço; 07/12 avos de 13º salário; saque do FGTS com a multa
rescisória de 40%; adicional de penosidade no valor mensal de R$ 600,00, caso seja reconhe-
cido em perícia técnica.
b) 06/12 avos de férias com um terço; 06/12 avos de 13º salário; saque do FGTS sem a multa
rescisória de 40%; adicional de insalubridade, no valor mensal de R$ 440,00, caso seja reco-
nhecido em perícia técnica.
c) 06/12 avos de férias com um terço; 06/12 avos de 13º salário; saque do FGTS com a multa
rescisória de 40%; adicional de periculosidade, no valor mensal de R$ 600,00, independente-
mente de perícia técnica.
d) 05/12 avos de férias com um terço; 05/12 avos de 13º salário; saque do FGTS com a multa
rescisória de 40%; adicional de periculosidade no valor mensal de R$ 330,00, caso seja reco-
nhecido em perícia técnica.
e) 07/12 avos de férias com um terço; 07/12 avos de 13º salário; saque do FGTS sem a multa
rescisória de 40%; adicional de periculosidade, no valor mensal de R$ 330,00, independente-
mente de perícia técnica.

Não procede a alternativa A, pois não é o caso de adicional de penosidade que não foi regula-
mentado por lei. Não procede a alternativa B, pois não é o caso de adicional de insalubridade,
mas sim periculosidade. No caso da alternativa C, é correta, na medida em que são 6/12 de fé-
rias com um terço, pelo momento em que houve o lapso temporal, correspondente a 6 meses
e, ainda, o adicional de periculosidade que deve ser 30% do salário-base do trabalhador, inde-
pendentemente de perícia técnica, na medida em que o trabalho em bombas de combustível,
trabalho com inflamáveis, já se considera perigoso, fazendo jus ao adicional. A alternativa D
está errada, na medida em que é o caso de 7/12 e, ainda, que o adicional de periculosidade não
precisa de perícia no caso em comento. A alternativa E não prospera porque está equivocada
nas verbas e valores, haja vista que há o adicional de periculosidade é de 30% do salário – base.
Letra c.

072. (FCC/TRT-9[/2015) Sobre o salário-mínimo, considere:


I. O salário-mínimo, fixado em lei, é nacionalmente unificado, e deve ser capaz de atender às
necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família exclusivamente com moradia, ali-
mentação, educação, saúde, vestuário, transporte e previdência social, com efetivação de dig-
nidade humana.
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II. A proibição de vinculação do salário-mínimo para qualquer fim não impede a sua utilização
como índice de correção de contratos.
III. O piso salarial é fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho ou em sentença nor-
mativa, constituindo um valor mínimo de salário que pode ser pago a trabalhador integrante de
categoria profissional.
IV. Visando a manutenção do seu poder aquisitivo, o salário-mínimo deve ter reajustes
periódicos.
V. Salário profissional, fixado por norma coletiva, corresponde ao valor mínimo de salário que
pode ser pago aos integrantes de determinada categoria profissional diferenciada, em razão
das peculiaridades do trabalho que executam e das condições de vida singulares a que estão
submetidos.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e IV.
c) III, IV e V.
d) IV.

II. Errado. Tendo em vista que existe o teor da SV 4: Salvo nos casos previstos na Constituição,
o salário- mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de ser-
vidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. Além disso, a CF/88
vedou essa fixação para qualquer fim (art. 7, IV).
III. Errado. Na medida em que piso salarial geralmente é utilizado como sinônimo de salário
normativo. O erro da questão é afirmar que é pago a integrante de categoria profissional. Sen-
do certo que o mínimo desses é o salário profissional, que é estipulado por lei da determinada
categoria.
V. Errado. Na medida em que salário Profissional é fixado em norma legal, e não coletiva, sendo
devido a categorias que possuem regulamentação em lei específica de sua categoria. Exem-
plos: Médicos. Está correto o que se afirma APENAS em
Letra d.

073. (FCC/TRT-11ª/2016) De acordo com o entendimento Sumulado do TST, a habitação, a


energia elétrica e o veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis
para a realização do trabalho,
a) não têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo empregado
também em atividades particulares.
b) têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado tam-
bém em atividades particulares.
c) não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado
também em atividades particulares.

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d) têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo empregado tam-
bém em atividades particulares.
e) têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo empregado tam-
bém em atividades particulares e, exceto se, no caso da habitação, ela for utilizada para hos-
pedar familiares residentes em outro estado.

a) Errada. Contraria a súmula 367 do TST.


b) Errada. Contraria a súmula 367 do TST.
d) Errada. Contraria a súmula 367 do TST.
e) Errada. Contraria a súmula 367 do TST.
A questão se resolve em súmula do TST:

SÚMULA Nº 367- UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO.


CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO I A habitação, a energia elétrica e veículo
fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do
trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo
empregado também em atividades particulares. II O cigarro não se considera salário uti-
lidade em face de sua nocividade à saúde.

Letra c.

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GABARITO
16. a 36. b 56. C
17. c 37. c 57. E
18. d 38. E 58. E
19. C 39. C 59. C
20. b 40. C 60. c
21. b 41. e 61. E
22. E 42. a 62. C
23. c 43. E 63. C
24. C 44. a 64. C
25. d 45. C 65. a
26. C 46. a 66. b
27. a 47. c 67. e
28. E 48. c 68. a
29. b 49. E 69. e
30. C 50. E 70. b
31. E 51. E 71. c
32. C 52. E 72. d
33. d 53. E 73. c
34. C 54. E
35. C 55. d

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REFERÊNCIAS
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr, 2011.

BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Brasília: Senado, 1943.

______. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.

______. Lei n. 9.279, de 14 de maio de 1996. Brasília: Senado, 1996.

______. Supremo Tribunal Federal. Disponível em: <www.stf.jus.br>. Acesso em: out./2020.

______. Tribunal Superior do Trabalho. Disponível em: <www.tst.jus.br>. Acesso em: out./2020.

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ANEXO
Súmula n. 354 do TST

GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES


As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontanea-
mente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de
cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso sema-
nal remunerado.

Garçom que recebia apenas com gorjetas tem direito a piso salarial da ca-
tegoria

O empregador não pode utilizar a gorjeta recebida de terceiros em estabelecimentos co-


merciais para compor o salário mínimo a ser pago aos trabalhadores pela contraprestação de
um serviço. Foi o que decidiu a Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao restabelecer
sentença que condenou a Choperia e Restaurante H2 Rio Preto Ltda. a pagar a um garçom o
salário normativo da categoria acrescido de 5% das gorjetas, que não têm natureza salarial.
Na reclamação trabalhista, o garçom disse que nunca recebeu da empresa o salário da
categoria, e que a sua remuneração era composta apenas pelas gorjetas (10%) pagas pelos
clientes. Argumentou que o pagamento do salário apenas a título de gorjetas é proibido, e que
deveria receber o piso salarial da categoria durante todo o contrato de trabalho.
A empresa, em sua defesa, sustentou que o empregado foi contratado primeiramente como
ajudante de garçom, recebendo a remuneração de acordo com o piso salarial da categoria à
base de comissão, no percentual de 5% e, após ser promovido a garçom, de 10%.
Condenado em primeira instância, o estabelecimento conseguiu, em recurso para o Tri-
bunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP), reformar a sentença. Para o TRT, a
contratação à base de gorjetas é perfeitamente lícita, desde que fique assegurado ao trabalha-
dor o recebimento do salário mínimo ou, caso haja previsão, o piso da categoria.
Ao analisar recurso do garçom ao TST, o relator, ministro Augusto César Leite de Carvalho,
lembrou que, segundo o artigo 457 da CLT, a remuneração do empregado compreende, “além
do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as
gorjetas que receber”. Segundo o ministro, o legislador, na definição da remuneração, teve a
clara intenção de não permitir que a gorjeta compusesse o salário mínimo. “Portanto, o em-
pregador não pode deixar de pagar o salário, ainda que as gorjetas superem o valor do salário
mínimo ou do salário normativo da categoria”, concluiu.
A decisão foi unânime.
(Dirceu Arcoverde/CF)
Processo: RR-668-35.2011.5.15.0133

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Hotel terá de pagar a cozinheiro diferenças de gorjetas retidas indevida-


mente

A norma coletiva que previa a retenção é inválida.


A Brasturinvest Investimentos Turísticos S.A. (Hotel Pestana Bahia, de Salvador) terá de
pagar a um segundo cozinheiro as diferenças decorrentes da retenção indevida das gorjetas,
correspondente a 40%. A decisão foi da Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que
considerou inválida a cláusula normativa que autorizava a retenção da verba pela empregadora.
Retenção
Na reclamação trabalhista, o empregado sustentou que a empresa não cumpria o contrato
de trabalho. Disse que ela retinha indevidamente 37% da taxa de serviço ou gorjeta cobrada
de clientes, além de repassar 3% para o sindicato da categoria profissional dos empregados.
Condenada pelo juízo de primeiro grau ao pagamento das diferenças, a empresa recorreu
ao Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA), que validou as cláusulas do acordo co-
letivo que prevê a retenção e a distribuição da taxa de serviço. O empregado recorreu, então,
ao TST sustentando a invalidade das cláusulas normativas e defendendo que as gorjetas e
as taxas de serviços são remunerações dadas por terceiros aos empregados, e não receita
do empregador.
Remuneração
Segundo a relatora do recurso de revista, ministra Delaíde Miranda Arantes, o artigo 457
da CLT dispõe que as gorjetas recebidas estão inseridas na remuneração do empregado para
todos os efeitos legais. Além disso, o parágrafo 3º desse artigo preceitua que a gorjeta não é
só a importância dada de forma espontânea pelo cliente diretamente ao empregado, mas tam-
bém o valor cobrado pela empresa ao cliente destinado à distribuição entre os empregados, a
qualquer título.
Acordos
A relatora ressaltou que, embora a Constituição da República reconheça as convenções e
os acordos coletivos de trabalho, para que uma cláusula que reduz ou exclui direitos mínimos
previstos em lei ou na própria Constituição seja válida, a norma coletiva deve prever contra-
partida específica. No caso, não há registro a esse respeito. Lembrou, ainda, que o TST firmou
o entendimento de que as cláusulas que preveem a retenção de parte da gorjeta ou da taxa
de serviço com a finalidade de indenizar e de ressarcir as despesas do sistema são inválidas,
ainda que inclua o repasse de valores ao sindicato.
Rateio
No entendimento da relatora, o valor recolhido deve ser rateado somente entre os emprega-
dos, ainda que na forma de “pontuação” na escala de produtividade, e deve ser considerado para
efeito de cálculo das diferenças da remuneração. “A conduta da empresa pode constituir crime de
apropriação indébita, que deve ser apurado na seara penal com a responsabilização dos agentes
envolvidos”, afirmou, assinalando que a Justiça do Trabalho não tem competência penal.

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Após a publicação do acórdão, foram opostos embargos de declaração, ainda não julgados.
(MC/CF)
Processo: RR-5-64.2011.5.05.0004

Súmula n. 91 do TST – Salário Complessivo

SALÁRIO COMPLESSIVO. Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância


ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do
trabalhador.

Súmula 367 do TST

UTILIDADES “IN NATURA”. HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO


INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO I – A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo
empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não
têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado
também em atividades particulares. II – O cigarro não se considera salário utilidade em
face de sua nocividade à saúde.

Ex-presidente de multinacional não tem valor do aluguel de carro de luxo in-


corporado ao salário

Pela jurisprudência do TST, o veículo fornecido pelo empregador não tem natureza salarial.
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho excluiu da condenação imposta à Mar-
colin do Brasil Artigos Ópticos a determinação de incorporação do valor pago pelo uso de um
veículo de luxo ao salário do ex-presidente da multinacional. A decisão fundamentou-se na
Súmula n. 367 do TST, que afasta a natureza salarial do benefício quando este é indispensável
ao trabalho.
Benefícios
O executivo, de nacionalidade italiana, tinha a seu dispor, por tempo integral, um carro su-
perior (GM Blazer, Mitsubishi Pajero, Hyundai Tucson, entre outros) com todos os opcionais
e valor mensal de locação de cerca de R$ 2.500,00. Esse foi, segundo ele, um dos benefícios
oferecidos para que ele se mudasse para o Brasil, a fim de montar uma filial da empresa. Além
do carro, ele ainda tinha direito ao pagamento da escola para os filhos, moradia, seguro-saúde
e celular.
Na reclamação trabalhista, ele sustentou que o fornecimento dos veículos deveria ser con-
siderado como salário in natura ou utilidade e incorporado à sua remuneração, com repercus-
são em todas as demais parcelas salariais e rescisórias.

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Condição necessária
O juízo da 21ª Vara do Trabalho de Campinas (SP) entendeu que os valores pleiteados não
tinham natureza salarial. Mas, para o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, o veículo
fornecido era condição necessária para viabilizar a prestação de serviços e, portanto, deveria
compor a remuneração do empregado.
TST
O relator do recurso de revista, ministro Alexandre Agra Belmonte, destacou que, em relação
ao salário in natura, o artigo 458 da CLT, com a interpretação adotada na Súmula n. 367 do TST,
diferencia o fornecimento da utilidade com a contraprestação pelo trabalho e para o trabalho.
Segundo a súmula, a habitação, a energia elétrica e o veículo fornecidos pelo empregador ao em-
pregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda
que, no caso de veículo, ele seja ele utilizado também em atividades particulares.
Na avaliação do relator, o caso do executivo se enquadra na segunda hipótese. “O veículo
fornecido pela empresa era imprescindível para o trabalho, não obstante pudesse também ser
utilizado pelo empregado para fins particulares”, assinalou.
A decisão foi unânime.
(AM/CF)
Processo: RR-11589.93.2014.5.15.0021

Súmula n. 241 do TST

SALÁRIO-UTILIDADE. ALIMENTAÇÃO (mantida)


O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, inte-
grando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais.
OJ 413
AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. ALTERAÇÃO DA NATUREZA jurídica. NORMA COLETIVA OU
ADESÃO AO PAT. (DEJT divulgado em 14, 15 e 16.02.2012) A pactuação em norma cole-
tiva conferindo caráter indenizatório à verba “auxílio-alimentação” ou a adesão posterior
do empregador ao Programa de Alimentação do Trabalhador — PAT — não altera a natu-
reza salarial da parcela, instituída anteriormente, para aqueles empregados que, habitual-
mente, já percebiam o benefício, a teor das Súmulas n. 51, I, e n. 241 do TST.

Súmula n. 318 do TST

DIÁRIAS. BASE DE CÁLCULO PARA SUA INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO.


Tratando-se de empregado mensalista, a integração das diárias no salário deve ser feita
tomando-se por base o salário mensal por ele percebido e não o valor do dia de salário,
somente sendo devida a referida integração quando o valor das diárias, no mês, for supe-
rior à metade do salário mensal.

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Súmula n. 288 do TST

COMPLEMENTAÇÃO DOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA


I – A complementação dos proventos de aposentadoria, instituída, regulamentada e paga
diretamente pelo empregador, sem vínculo com as entidades de previdência privada
fechada, é regida pelas normas em vigor na data de admissão do empregado, ressalva-
das as alterações que forem mais benéficas (art. 468 da CLT).
II – Na hipótese de coexistência de dois regulamentos de planos de previdência comple-
mentar, instituídos pelo empregador ou por entidade de previdência privada, a opção do
beneficiário por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do outro.
III – Após a entrada em vigor das Leis Complementares n.s 108 e 109, de 29/05/2001,
reger-se-á a complementação dos proventos de aposentadoria pelas normas vigentes na
data da implementação dos requisitos para obtenção do benefício, ressalvados o direito
adquirido do participante que anteriormente implementara os requisitos para o benefício e
o direito acumulado do empregado que até então não preenchera tais requisitos.
IV – O entendimento da primeira parte do item III aplica-se aos processos em curso no
Tribunal Superior do Trabalho em que, em 12/04/2016, ainda não haja sido proferida deci-
são de mérito por suas Turmas e Seções.

Súmula n. 326 do TST

COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO TOTAL.


A pretensão à complementação de aposentadoria jamais recebida prescreve em 2 (dois)
anos contados da cessação do contrato de trabalho.

Súmula n. 327 do TST

COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. DIFERENÇAS. PRESCRIÇÃO PARCIAL


A pretensão às diferenças de complementação de aposentadoria sujeita-se à prescri-
ção parcial e quinquenal, salvo se o pretenso direito decorrer de verbas não recebidas
no curso da relação de emprego e já alcançadas pela prescrição, à época da proposi-
tura da ação.

Súmula n. 354 do TST

GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES.


As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontanea-
mente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de

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cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso sema-
nal remunerado.
Orientação Jurisprudencial 358/TST-SDI-I – 14/04/2008 – Jornada de trabalho. Salário
mínimo e piso salarial proporcional à jornada reduzida. Possibilidade. CF/1988, art. 7º,
IV e XIII (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.2.2016). I –
Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitu-
cional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso
salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. II – Na Administração
Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado público
inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. Precedentes
do Supremo Tribunal Federal.»

Súmula n. 241/TST – 05/12/1985

Salário utilidade. Alimentação. CLT, art. 458. O vale para refeição, fornecido por força do
contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para
todos os efeitos legais.

Súmula Vinculante n. 4 do STF

Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser
substituído por decisão judicial.

Maria Rafaela

Juíza do trabalho substituta da 7ª Região. Doutoranda em Direito pela Universidade do Porto/Portugal.


Mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade do Porto/Portugal. Professora de cursos de pós-gradua-
ção na Universidade de Fortaleza - Unifor. Palestrante. Professora convidada da Escola Judicial do TRT 7ª
Região. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Professora de cursos preparatórios
para concursos públicos. Formadora da Escola de Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
Cargos desempenhados: foi juíza do trabalho substituta no TRT 14ª Região, promotora de justiça titular do
MPRO, analista judiciária do TJCE; professora concursada do quadro permanente na Universidade Federal
de Rondônia; professora concursada temporária na Universidade Federal do Ceará. Aprovada em outros
concursos públicos. Autora de artigos científicos publicados.

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