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Kowarick- Viver em Risco.

Pág 56: desqualificação social, que indica os rejeitados do processo produtivo e suas
consequências sócio culturais, ou desinfecção, caracterizada pelo enfraquecimento dos
laços relacionais e por uma identidade (auto) estigmatizantes que acaba por induzir ao
retraimento, a resignação ou a rebeldia (Paugam, 1991, 1999; Gaujelac e Léonetti, 1994).
 PAUGMAN, Serge. La Disqualification sociale: essai sur la nouvelle pauveetré.
Paris: PUF, 1991.
 GAUJELAC, Vincent de; LÉONETTI, Isabel Taboada. La Lutte des places:
insertion et désinsertion. Paris: Desclée de Brouwer, 1994.

Pesquisar Kowarick 2000 - Escritos Urbanos / 108: déficit de democracia política. Usar
introdução Item 1 - Cap. 3.

Pág 77: nesse sentido, qual é a nossa questão social? Existem várias, mas talvez aquela
que mais sobressai no âmbito das relações entre estado e sociedade exige na dificuldade
em responder os direitos de cidadania: depois de uma década de lutas e reivindicações,
no contexto em que gradualmente consolidasse o sistema político democrático, deixa de
ocorrer uma enraizamento organizatório e nem de cativo que consolidou um conjunto de
direitos básicos. Eles podem estar na carta de 1988, mas não se traduzem no
fortalecimento de um campo institucional de negociação de interesses e na arbitragem de
conflitos, nem políticas sociais de alcance massivo: não ocorreram processos que
levassem a consolidação de uma condição de empoderamento de grupos e categorias e
sociedade civil.

Pág 81: mas é um componente vital na determinação do padrão de vida urbana, a moradia.
Ele deve ser ressaltado devido a precariedade de boa parte das aplicações porque inexiste
em políticas habitacionais mas se vocês voltados para população de baixa renda. Refiro-
me particularmente a sua velas-entendidos como ocupação de ter olheiras, pública ou
privada, cujos unidades habitacionais, barraco de madeira causa de alvenaria, estão
presentes em boa parte das cidades médias e grandes do Brasil, muito situados em zonas
insalubres ou em áreas de risco.
- pesquisar quando as favelas de Santos aumentaram.

Pág 84: não resta dúvida de que as favelas são extremamente heterogênea tanto do ponto
de vista da qualidade banes passional como das condições sociais econômicas as camadas
que nela residem. Por outro lado, também conhecido em que relação a décadas anteriores
houve melhorias nos padrões de habitabilidade relativos à moradia serviços como coleta
de lixo e conexão à rede de água. Não obstante as melhorias, para a grande maioria,
habitar em favela se apresenta viver em um meio ambiente o sujeito altos índices de
degradação e contaminação. Contaminação e degradação tendo em conta o destino dos
dejetos, a baixa proporção de unidades habitacionais ligados à rede desgosto, o grande
número de aglomerados amar a gente corre dos sujeitos a inundações de erosão ou áreas
de acentuada declividade.

Pág 85: Mas não é somente pelas condições físico ambientais ou pela situação irregular
quanto à propriedade do imóvel que habitar em favelas constitui, para muitos, um
processo de descenso social. Além disso, prevalece forte percepção de que a favela é local
de vagabundagem desordem, tido e havido como antro de vício e criminalidade.

- conceito de desfile ação, proposto com fome a obra seminal de robert castell: significa
perda de raízes e situa-se no universo semântico dos que foram desligados, desatados,
desamarrado, transformados em sobrantes e desabilitados para o circuitos básicos da
sociedade.

Pág 86: contudo, parece pertinente falarem desse desenraizamento da condição do


assalariado formal, cuja expressão recente é o aumento da fatia dos empregados e a mão-
de-obra sem carteira assinada, aconteceu uma massa de tarefeiros de toda ordem. Em
outros termos: não foram tantas práticas de luta do mundo febrilmente sindical que se
perderam, mas experiência de regularidade quanto a rendimentos provenientes de
trabalho contínuo, assalariado ou autônomo, e para boa parcela segurança conferida pela
previsibilidade em relação à aposentadoria por tempo de serviço. Nesse sentido, penso
ser possível afirmar que está ocorrendo um vasto processo de desenraizamento do mundo
do trabalho, na medida em que, para muitos, ele tornou-se informal, instável e aleatório.
Luta - Pág 87: O desenraizamento no âmbito da sociabilidade primária já é mais difícil
de ser configurada. De fato, estudos apontam para mudanças na sociabilidade familiar e
comunitária, mas também realçam sua importância para, num contexto de fraca presença
da ação estatal, enfrentar os desafios decorrentes da fragilidade dos direitos sociais. E
também, para em tempos mais recentes, enfrentar a vulnerabilidade quanto aos direitos
civis básicos, cujas expressões mais flagrantes transparecem através das várias formas de
violência perpetuado pela polícia.

Habitantes da vila santa casa: É importante ressaltar que, entre 1930 e1980, foi maciço o
deslocamento dos habitantes das zonas rurais e dos pequenos aglomerados, rumo às
grandes metrópoles, dentre as quais destacava-se a Grande São Paulo, o que implicava o
desenraizamento social e econômico, típico da dinâmica migratória que conduz aos
centros urbanos. Nunca é demais recordar que mobilidade territorial significou muitas
vezes e até em tempos atuais escapar da miserabilidade ou mesmo da violência perpetuada
pelos potentados agrários. Por outro lado, via de regra, ocorria no ponto de chegada, a
Metrópole, inserção nas engrenagens produtivas que podia não ser o emprego regular e
frequentemente era mal remunerado, porém continuo, o que abria a possibilidade de uma
integração na cidade através da conversão, resultando em moradia própria, lentamente
conectado aos serviços urbanos básicas.

Pág 89: convém iniciaram por algumas situações da vida cotidiana, no trânsito ou nos
locais de lazer, em que alguns se apropriam do espaço público e o colonizam através de
justificativas que substituem regras de caráter universal pelo árbitro pessoal, em
movimento de auto defesa que, ao preservar o interesse sempre batistas, descarta o
reconhecimento do outro e, portanto, solapá os direitos coletivos.

Santos T (ver caldeira): O passo seguinte é auto defesa da segregação sócio espacial em
recintos fechados e protegidos. O lema é evitar o diferente, pois a mistura social é
vivenciado com confusão, desarmonia ou desordem: são os enclaves fortificados,
organizados na “segurança total do novo conceito de moradia a relação que estabelece
em com o resto da cidade sua vida pública é de evitar ação“ (Caldeira, 1997: 142 e 164).
Trata-se de uma sociabilidade Enclausurada e defensiva, alicerçada no retraimento da
vida privada-a casa-, que rejeita as esferas públicas-a rua-, tida como espaço de
adversidade, imponderável e imprevisível.
Pág 92: sobre a violência policial.

Vereadores - Pág 97: Tornar as polaridade opacas através de particularismo e favores


significa um vasto processo e destituição de direitos, o que implica eficiente exercício de
dominação, pela persuasão ou violência. Para se desobrigar diante da pobreza e tornar
infelizes são vantajosas, não basta enxerga-la como inerente a fundamentação da nossa
sociedade: eu também preciso controlar através de discursos e ações que levem a sua
pacificação.

Vereador no Santos T - Pág 98: O problema da pobreza passa também a ser menos
atribuído como de responsabilidade do estado, mesmo porque ação pública de proteção
sempre foi de pequena envergadura. Além disso, nos tempos chamados de neoliberais,
ganhar corpo a percepção de que ele é inoperante, ineficaz, corruptos, está falido, e que
suas funções devem ser reduzidos e substituídas por agentes privados, mais capacitados
para enfeitar as várias manifestações da marginalização social e econômica. Em
consequência, tem ocorrido amplo e diverso processo de des responsabilização do estado
em relação aos direitos de cidadania, e em seu lugar surge em ações de cunho humanitário
que tendem a equacionar as questões da pobreza em termos de atendimento focalizado e
local. Dessa forma, passam a ocorrer atuações no mais das vezes marcadas pela boa
vontade do espírito assistencial, no sentido de resolver problemas emergenciais,
descapacitando os grupos de enfrentar seus escanteios sociais e econômicos, pois essas
vulnerabilidades deixam de aparecer como processos coletivos de negação de direitos.

Pág 99: Sem dúvida, as potencialidades de novas arenas podem vir a estruturar campo de
proteção de lutas por direitos sócio econômicos e serviços. Promissores são os estatutos
legais de defesa das crianças e dos adolescentes, das mulheres, dos consumidores ou a
recente legislação que procura enfrentar os graves problemas urbanos na sociedade. Mas
todos esses esportes, não obstante abre um canal de defesa e reivindicação, continua
bastante embrionários, que permite continuar enfatizando a ocorrência de amplo e variado
processo de destituição dos direitos.
Ele parece que pelo -2 notícias de atuação diversas mais articulados entre si. A primeira
classe com atuação que pode ser chamado de controle acomodação social pela
naturalização dos acontecimentos. Ao contrário de ficar belizar os pobres, os mecanismos
residência está mente no seu posto, qual seja, em desresponsabilizar luz da situação em
que foram lançados, pois ela depende do acaso, de sorte azar que despenca aleatoriamente
sobre uns e não sobre outros. São os discursos da imponderabilidade que segue as leis
incontroláveis da natureza ou a inevitabilidade daquilo que é assim porque assim sempre
foi. Atualização desses equacionamento proclamar as leis inescapável do mercado, da
globalização, do avanço tecnológico Ou da hierarquização social e, dessa forma, acabou
por levar individualização da questão do pauperismo: estados empregada, morar em
favela ser assassinado pela polícia ou pro bandido equacionado com uma cena que cai
sobre os deserdados da sorte. A consequência é que a atuação de quem está na polaridade
de comando da relação social não só desobriga os que estão em posição de subalternizar
had, mas a própria dinâmica que produz a marginalização ganhar a nebulosidade do
descompromisso, pois ele está mentira e a vida como inelutavelmente natural.

Pág 100: A outra matriz de controle acomodação social pode ser chamada de
neutralização. Baseia-se tanto em argilosos artifícios de persuasão como em escancarado
os métodos de constrangimento equação que conformam vigorosos mecanismos para
reforçar as dinâmicas de subalternizações.

Pág 101: no mesmo sentido teórico encontra-se as análises de Wanderley Guilherme dos
Santos em polêmica categorização, segundo a qual o nosso tropicalismo exuberante
apenas natureza, espécie de Hobbisionismo social, pois as pessoas encontram-se isolados,
enredadas em sociabilidade fragilizadas, temem a convivência, desconfiam e
desacreditam das instituições jurídicas e policiais e, em consequência, Negam os conflitos
e as variedades modalidades de vítimas ação aqui frequentemente se encontram
submetidos: trata-se da cultura cívica da dissimulação. É nessa mesma linha de
argumentações que Francisco de Oliveira, ensaio empolgante por sua radicalidade, refere-
se a destituição, roubo ou anulação de fala, isto é a desqualificação dos conflitos e das
seis indicações das classes dominadas.

As informações contidas nesse ensaio não ignoram que os grupos, as categorias e com
associar esse movimento Nacip são de se mobilizar em lutarem pela conquista de direitos.
Ela simplesmente enfatizam que, no cenário atual de nossa cidades, estão em curso mas
se os processos de vulnerabilidade sócio econômica e civil.
Procurar Oliveira: privatização do público, destruição da fauna e anulação da política
pública: totalitarismo neoliberal.

Cap. 5 - Favelas: olhares internos e externos

Ideia de introdução pra o começo do item 2: definição de favela.

Pág 223-224: de fato, a concentração oficial realizada pelo Instituto Brasileiro de


Geografia e estatística, a partir de 1950, considerava favela numerado que apresenta
parcial ou totalmente, entre outras, as seguintes peculiaridades: agrupamento com mais
de 50 U constituídos por barracos rústicos em terreno de propriedade a leia, carente de
infraestrutura básica e compostas de ruas não planejadas, destituídas de placas e
numeração. O IBGE continuar se basear nessa caracterização, apesar de saber que as
moradias na sua velas paulistanas, na sua imensa maioria, são de alvenaria, Conectadas à
rede de água e em parte também é de esgoto,ruas tem iluminação pública, emplacamento
numeração. É também frequente a coleta de lixo.

Por outro lado, não obstante sua ocupação ilegal, a situação jurídica da propriedade tem
sido regularizada e os imóveis, objeto de comercialização: as novelas constituem mercado
imobiliário que apresenta diversos níveis de valorização, em grande parte em
consequência de políticas de uma urbanização promovidas pelo poder público a partir de
1980. Atualmente, não é mais um recém-chegado a cidade que nelas habita, sendo
frequente a presença de jovens que já nasceram nesses aglomerados o que vieram de
outros locais da metrópole.

Necessário se faz ressaltar que não obstante a pobreza relativa de sua organização de seus
moradores, a sua velas não devem ser vistas como áreas específicas, marcadas por uma
singularidade que a segrega do resto da cidade. Por isso, sua velas e seus habitantes devem
serviços no plural, pois não só são diferentes entre si, como, no mesmo minado é
frequente encontrar-se em padrões sócio econômicos e urbanísticos bastante diversos:
elas constituem microcosmos que espelham os vários graus de desigualdade presentes
nos extratos baixos de sedimentação da sociedade e, assim, não podem ser vistas como
mundo da parte excluídas da cidade em que estão inseridas.
Pesquisar: qual a porcentagem da população que habita em favelas na Cidade de Santos?
- falar da Vila Santa casa: localização (depois da linha do trem-e posteriormente evolução
do bairro).
- Ideia: começar falando da sua velas em Santos.

Pág. 229: já fui missionário que, a diferença de época anteriores, a favela não abriga mais
recém chegada cidade. Ela deixou de ser um estado provisório, espécie de trampolim para
melhores condições de vida. Isto porque, de um lado, a migração pra São Paulo pra não
se diminuta, ao mesmo tempo em que o número de favelados cresceu a um ritmo 3,8
vezes superior ao incremento demográfico paulistano. Por outro lado, como será
detalhado a seguir, apesar de muitas apresentar em condições urbano-habitacionais
bastante satisfatórios, houve melhoria significativa na qualidade Habitacional e no
serviços infraestrutura básica. Como já assinalada no capítulo dois, os fluxos
populacionais que tem se dirigido a sua velas nos últimos anos são, em larga medida,
provenientes de uma mobilidade originária da própria metrópole, dos quais 39% do seus
moradores pagavam aluguel e 9% vieram de casa própria (prefeitura do município de São
Paulo, 1996).

Pág 230: sair da casa própria para favela, e mesmo da condição de inquilino para ocupante
de terra leia, representa uma perda objetiva e subjetiva de status sócio-econômico.

Vale insistir que malgrado as enormes diferenças inter e intra favelas, houve melhora
significativa tanto no que diz respeito a qualidade habitacional como em serviços urbanos
básicos.

Pág 231: sabe-se que durante os anos 1990 seus padrões de instrução, rendimento e
qualidade Habitacional e Urbano melhoraram de modo mais intenso em relação os
avanços verificados para o município. Isso constitui um indicador seguro de que as
políticas públicas dirigiram-se de modo especial para os grupos que vieram em favelas.
Mas essa escalada positiva não significa que deixaram de ter uma condição peculiar mente
espoliativa e pauperizada.

Pág 233: localizadas em ruas estreitas e tortuosas, em vários casos verdadeiros labirintos
com casas amontoadas em pequenos terrenos, e-mail um emaranhado de fios puxados
clandestinamente, a visão das favelas, por de trás da aparente desordem, revela intensa
dinâmica. A enorme quantidade de moradias em processo de construção, reforma do
ampliações, nas quais também estão abundantemente presentes as antena de televisão e,
não raro, os automóveis estacionados em garagens protegidos, como, aliás, estão também
portas e janelas. Bares, pequenos armazéns, igrejas, serviços de reparação e serviços
pessoais de várias ordens de matizes, conserto de máquinas e utensílios, cabeleireira,
costureiras, transporte de mercadorias, e, Nos fins de semana, ambulantes eventos
religiosos, bares e liquidações: na favela enorme burburinho, pessoas habitando de uma
casa pra outra, crianças pela suas, muitas pipas pelos ares, algumas peladas no que sobrou
de terreno para o futebol, muita falação jogo de dominó pelas esquinas, nos inúmeros
bares viceja cachaça, cerveja, salgadinhos e bilhar.

Ideias para falar da comunidade Vila Santa casa: onde está localizada a favela quantas
pessoas residem situação da favela falar do bairro, contar a história da favela partir da fala
dos moradores, citar os outros conjuntos.
Pág 237: O aglomerado está situada às margens da marginal pinheiros, do lado oposto do
ceasa, nas proximidades da ponte do Jaguaré, em uma área de 150.000 m². Nele reside
em pouco mais de 2000 pessoas distribuídas em 3560 domicílios. Acidentes estão
conectadas à rede de água, coleta de lixo em certas áreas é precária, assim como a conexão
com a rede de esgotos, sendo visível grande quantidade de ligações com destinos de
energia elétrica. No período da gestão Celso Pitta, foram construídos dois conjuntos
Singapura, um com 10 prédios que abre com 200 famílias, e outro com apenas três
edifícios, que congregam 60 U habitacionais.

Em conveniente, inicialmente, comprar o contraste entre os altos da favela, então não dá


pra saúde, e as ondas mais baixas. Trata-se de um espaço de organização mais antigo e
consolidado, que assemelhasse a residências de baixa classe média.

Pág 265: convém enfatizar que, na atualidade, os favelados compram, constrói, amplia
um reformam suas casas, não pagam impostos ou taxas, mas aquisição de lote legais que
eu não sei mais dispendioso e, frequentemente, pouco diferenciado de um imóvel nas
periferias do ponto de vista jurídico da propriedade. Vale contar que estudo recente
realizada em favelas de Guarulhos mostrou que a escolha do local de moradia
relacionava-se a fatores como acessibilidade ao trabalho presença de laços e sociabilidade
primário, parentes e conterrâneos que tornam a vizinhança uma rede de relações de
proteção básica para enfrentar os desafios da metrópole se defender das crises aqui estão
sujeitas as camadas pobres da população.

Esta modalidade de aglomerado passou a receber uma identificação estereotipada que a


homogeneizava a partir de sua aparência caótica e passou a ser descriminado enquanto
espaços sócio urbanos similares, em claves que destoavam do resto da cidade.

Em um nível de representação social, o residente em favelas pertence não apenas ao


mundo dos pobres, mas ao mundo dos problemas sociais.

Pág 274-275: conseguir o direito à propriedade do imóvel é um processo longo e


temerário. Houve momentos em que não eram permitidas construções permanentes,
somente barraco de madeira. Isso se alterou nos anos 80 com a política de de promover
as favelas serviços básicos, ao mesmo tempo em que as associações de moradores
procuraram organizar os moradores na luta contra as remoções. Contudo, os alicerces
dessa conquista estão fincados nas práticas dos moradores…
Eu preciso apenas de Cássia de saber o momento de sedimentar um pequeno pedaço. É
preciso paciência para dar, sem tropeços, onde minuto passo adiante. Certamente, esse
avanço não provém da percepção de um porvir coletivo, mais advém da lucidez
construída na vivência dos limites e das possibilidades de imediato.
“As pessoas moram na favela não porque querem, mas por que é o espaço que sobrou pra
ela“.

Cap. 6 - Considerações finais: vulnerabilidade sócio econômica civil em bairros populares

Produção do espaço urbano

Pág 281: para dar da conjuntura atual: conjuntura de recessão econômica que tem funestas
consequências para as classes trabalhadoras: queda do regimento médio, preconização do
trabalho, aumento na proporção de desempregados no tempo médio de procura de
emprego são fenômenos que se desdobram para de cena seguinte, quando a remuneração
média do chefe de família que habita as periferias de São Paulo pai em mais de 20%.
Sobre a privatização da vida : o pessimismo advindo do desemprego, do trabalho
ocasional, os obstáculos para atingir o sonho da moradia própria e, sobretudo, do medo
que passou a regular os comportamentos daqueles que vivem em uma cidade marcada por
violência criminal, gerando uma sociabilidade fundamentada na desconfiança e no
retraimento para o círculos das relações privadas organizados em torno da vida doméstica.

Pág 282: Sobre as relações sociais dentro da favela: aproximação com os demais
moradores é inevitável. É absolutamente necessário se relacionar com os outros para
produzir um clima de cooperação e simpatia. Conhecer, trocar ideias, procurar algo em
comum é básico para desenvolver um relacionamento cordial e, certamente, o
denominador comum de muitas conversas reside nas próprias mazelas e no seus
habitantes mais barulhentos e arruaceiros. O distanciamento também estratégia necessária
de convivência, balizar mexericos, evitar certas conversas a partir de uma dinâmica que
serve não só para preservar a identidade pessoal, mas também para aguentar a presença
indesejada dos outros.

Pág 283: A presença de pessoas da mesma região rural ou cidade revelar a troca de
informações que caracteriza o percurso migratório, pelo qual os mais antigos procuram
auxiliar aqueles que chegam depois a São Paulo. Ou seja, as pessoas conversam, trocam
informações, ajuda mútua também está presente, seja quando se toma conta das crianças
de outra família, seja quando se trocam favores e se presta assistência nos momentos de
crise. Tanto é assim que o valor do aluguel pode ser diminuído: desenvolve-se laços de
solidariedade e amizade, inclusive para enfrentar as condições penosas e desgastante de
moradia. E, como em todo lugar, a gente que fala muito bonzinho e desenvolve relações,
porque ajuda os outros naquilo que pode: No caso de necessidade, não raras vezes “as
portas estão abertas“.

As vezes o cotidiano pode ser marcada pela presença e desejada do outro: a privacidade
constitui algo permanente mente invadido. Trata-se de um local em que ninguém é de
ninguém, pois “ninguém tem seu espaço“.
Pág 284 - sobre a luta: daí a necessidade de fazer valer os “direitos de cidadania“ que se
inicia com a regularização da propriedade do solo. Depois eu preciso conquistar a água,
pavimentação, e para tanto é necessário “juntar a turma“. Formar uma associação, pois
“nada cai do céu“: e desenvolver uma solidariedade em plano de interesses comuns.

Em suma: o melhoramento dos bairros, do qual decorre boa parte da qualidade


operacional dos moradores da periferia, reside em patinação coletiva de seus próprios
habitantes. Isso significa dizer que os infindável jardins, vilas no recantos necessários
produzir uma identidade social, uma associação que o seu presente e que mobiliza seus
habitantes em torno da reivindicação coletiva que se organizam em torno dos problemas
do loteamento. A união da comunidade é bem mais frágil e ocasional quando se encontra
as lutas sociais que ocorreram nas décadas de 1000 970.980, em torno de alguns bens
humanos básicos. Não obstante tal fato, as associações de bairro continuar existir
conectadas a órgãos que fornece suporte técnico profissional assistencial, redes sociais e
políticas são de vital importância para o loteamento evolui, principalmente quando se
trata de bairros “ilegais“.

Pág 287: quase todos consideram que “apesar de todos os pesares, sua situação
habitacional melhorou“.
Repita quantas vezes for necessário: é grande disparidade entre as favelas, onde também
é frequente os dois níveis sociais, pois uma parte é “como uma cidade, mais comunidade“,
e outra “um monte de lixo, ratos, mas violência, a miséria pura“. As casas foram sendo
ampliadas, como não posso cômodo, ajuda muito é frequente, já que “um cimento, tijolos,
muito suor e assim foi indo“.

Pág 289: existe também o problema da legalização dos imóveis, pois, apesar da crescente
mercantiliza ação nas transações de compra, venda ou aluguel, trata-se de terras
invadidas, sanções de compra muitas difícil regularização legal. Se a vantagem de morar
em favelas em termos de uma relativa a melhoria dos indicadores domiciliares urbanos,
além de ser frequente o não pagamento de taxas impostos e poder escapar aluguel, o grave
problema que nelas habitar resignar discriminação que desagua sobre seus habitantes.

Pág 290 - Sobre o sentido de morar: estáescapar do aluguel pra ter uma casinha de
tijolos… E também ter mais segurança, pois hoje se está empregado e amanhã não se
sabe… O que sustenta o sacrifício de conseguir uma casa e morar longe de tudo é se
liberar da alfa dia do aluguel e, na medida do possível, produzir um bem que não é apenas
um abrigo contra as inter Perez da vida, como doenças ou desemprego, nem tão somente
com uma garantia para os dias de velhice. É tudo isso e também o empenho para realizar
o sonho de ser o dono do seu espaço particular, construído com esforço do conjunto da
família, que despende suas energias para atingir uma meta de grande valor material e
simbólica. Em suma, é realizar sim quanto “cidadão privado“, o que significa construir
um projeto centrado na reclusão da esfera doméstica, apoiado na sociabilidade primária
e edificado em contraposição ao mundo de rua, o espaço público, tido como o local em
que predomina o árbitro e a violência em decorrência da fragilidade dos direitos civis e
sociais de cidadania.

Pág 301: ele esperar que a “experiência de desespero“, profundamente presente nos bailes
populares, venha a se constituir na matéria prima de resistência lutas coletivas que façam
os grupos cantados escaparem da vulnerabilidade sócio econômica esse viu que
caracteriza o cotidiano de sua existência.

Kowarick - Espoliação Urbana

Cap 1 - O mito da sociedade amorfa e a questão da democracia

Pág 21 - usar para falar da associação de moradores: é comum servir que a sociedade civil
no Brasil é amorfa. Com isso se tem em mente que as associações voluntárias-partidos
políticos, sindicatos e demais grupos de defesa de interesses coletivos-raramente
conseguiram aglutinar as camadas populares no sentido de levar adiante suas
reivindicações.

De fato, quando se compara a sociedade brasileira com alguns países avançados, verifica-
se que a participação em associações voluntárias é extremamente baixa. Poucos são os
que participam de associações de bairro, grupos profissionais ou sindicatos e partidos
políticos.
Daí a ideia de que a sociedade civil é amorfa, frágil, enfim “gelatinosa”. A ideia de tal
facilidade de criar novas dimensões quando você aponta para o fato de que as camadas
populares não apresentam formas de auto defesa no que diz respeito a preservação ou
conquista de bens e serviços urbanos de caráter básico. Nesse particular, o fenômeno no
atual mais flagrante talvez seja a expulsão das camadas pobres para a periferia da cidades,
quando investimentos públicos e privados valorizam determinadas áreas.

É preciso afirmar, inicialmente, que os conflitos sociais tem aflorado de maneira intensa
em vários momentos da história brasileira.

Não obstante tais fatos, é frequente caracterizar a fragilidade da sociedade civil em termos
de uma espécie de “vocação metafísica”, como se povo brasileiro fosse, por sua própria
natureza, impregnado por sua espécie de conformismo Pacífico e passivo. Semelhante
visão tem sido ingredientes ideológico bastante utilizado para justificar um intenso
controle do estado historicamente tem exercido sobre as iniciativas sociais e políticas das
camadas populares. Isto é, dada a fragilidade “natural” da sociedade civil, cabe ao estado
suprir suas “deficiência”, tutelando a dentro dos parâmetros considerados desejáveis e
felizes pelo poder instituído.

Nossa tradição política é autoritária e elitista: por trás dessa visão reside a ideia de que as
massas são incapazes para funções de governo. Seria como se o ato de governar fosse,
por definição, o privilégio de uma elite, restrito iluminada, que sabe o que é certo e o
errado para o conjunto da sociedade. Nesse tipo de ideologia, as camadas populares não
só seriam desse classificadas para interferir no processo decisório, como também todas
as vezes que eu fizesse haveria uma degradação da política.

Pág 24: quando um grupo se afasta do seus caminhos “naturais“, isto é, quando crítica,
denunciou pressiona, o faz porque foi contaminado por algum germe estranho ao seu
corpo. Da pra expectativa desse discurso ideológico, as reivindicações, o debate social as
pressões são facilmente percebidas como conspirações que põe escolhe social. Nesse tipo
de colocação, as relações entre estado e sociedade civil são invertidas: não são mais os
grupos sociais que devem controlar o estado, através de canais coletivos de representação
e participação, mas ao contrário, cabe ao estado garantir o que, na ótica dos valores
dominantes, constitui a “boa sociedade“. Daí decorrem afirmações de que o direito emana
do estado. Daí a necessidade de guiar a sociedade civil até o dia em que, com passar dos
tempos, ela perca sua imaturidade desenvolveu os anticorpos que a auto defender da
contaminação aqui está sujeita.
Nessa visão elitista e autoritária, a política é considerada como algo estanque, especial e
restrito aos poucos que sabem o que é desejável para todos. Nessa visão, a maioria não
deve interferir nos processos decisórios porque, pelo menos por enquanto, ele pediu,
inapta, contaminável e, como consequência, precisa ser guiada por um minguado grupo
de esclarecidos.
Semelhante interpretação da sociedade, como não poderia deixar de ser, tem
consequências diretas da maneira pela qual a economia política se concretizam e como,
em última análise, se alicerçam os projetos de desenvolvimento do país.

Pág 26 - falar da queda do padrão de vida atual: é de se supor que o empobrecimento e


deter e aí ação dos padrões de consumo vitais persistiram, enquanto as organizações
instrumentais a defesa dos interesses coletivos-fundamentalmente, partidos políticos e
sindicatos-continuar isso do tele contra o estado. Enquanto ideologia dominante, segundo
a qual “debate social aumentos custos da produção“-tiver força para se realizar no dia dia,
a sociedade civil estará comprometida naquilo que ela tem de essencial: o direito de de
bateria desse organizar em torno de interesses coletivos.
O revigoramento e autonomia da sociedade civil e luta fundamental que perpassa toda a
questão da democracia. Nessa ótica, a política não pode continuar sendo privilégio de
alguns poucos iluminados, contudo, não se trata, obviamente, apenas de democracia
política entendida “estrito senso“ como escolha dos governantes e ampliação da
representação partidária, pois sua contrapartida necessária a democratização dos
benefícios econômicos e sociais.
Assim, parece necessário por em xeque a questão da sociedade civil e de suas relações
com estados, fundamentalmente no que diz respeito ao papel a ser desempenhado pelas
classes ou penas no quarto necessariamente complexo, contraditório conflitante desse
relacionamento. Essas não pode ser mais equacionados como mera mercadoria que se
vende no mercado de trabalho apresenta geralmente irrisórios. É preciso retomar né
situação a tradicional questão da cidadania, entendida na sua acepção clássica, isto é, o
conjunto de direitos e deveres de participar não sou na criação das obras sociais como o
controle dessas obras. Ou seja: ampliação em garantia dos direitos e deveres implícitos
no exercício da cidadania supõe, de imediato, a possibilidade não só de usufruir dos
benefícios materiais e culturais do Desenvolvimento, Como também, sobretudo, a de
interferir nos destinos desse desenvolvimento.

Cap 2 - A lógica da desordem

Pág 41: A construção da casa própria, através da ajuda muito, constitui a única
possibilidade de alojamento para os trabalhadores menos panificados, os baixos
rendimentos não permitem pagar aluguel e, muito menos, candidatar-se aos empréstimos
do BNDES. Por outro lado, essa “solução“ do problema habitacional contribui para
deprimir o salários pagos pelas empresas aos trabalhadores.

Pág 42 - ideia para falar dos gastos básicos (pesquisar informalidade-


empregados/desempregados/salários): para os nossos básicos de uma família-nutrição,
moradia, transporte, vestuário, etc.-Aquele que em 1985 em algum salário mínimo
deveria trabalhar 4666 horas e 34 minutos mensais, isto é cerca de 16h00 durante 30 dias
por mês.

A lógica da acumulação que preside ao desenvolvimento brasileiro recente apoiasse


exatamente na de lapidação da força de trabalho. Na presença de uma vasta organização
sindical e política da classe operária, tornou-se facilmente as taxas de exploração. O
desgaste de uma força de trabalho submetido a jornada de trabalho prolongadas e as
espinha as condições urbanas de existência. Tornam-se possíveis na medida em que a
maior parte da mão-de-obra pode ser prontamente substituída.

Pág 50 - Caso da Vila Santa Casa: os problemas vividos pela população se transformam
em problemas públicos na medida em que são compartilhados pelas camadas dirigentes.

Pág 52 - Os problemas sociais refletem espaço não democrático: associam-se nitidamente


com a população trabalhadora, e se os danos, apesar de enormes, parecem suscitar um
alarme com o Joel é bem menos tridente. Aparece como um problema secundário por que
não diretamente vivenciado pelos grupos dirigentes e por que as camadas diretamente
afetadas não possuem formas de iniciativa para transformar o “seu“ problema num
“problema coletivo“.
Pág 53: para o capital, na cidade classe trabalhadora interessa como fonte de lucro. Para
os trabalhadores da cidade ao mundo onde devem procurar desenvolver suas
potencialidades coletivas.

Cap 3 - auto construção de moradias espoliação urbana

Pág 55: convém mencionar que o sistema capitalista pressupõe a destruição dos meios
autônomos de vida, basicamente, na expropriação da terra e dos instrumentos produtivos.

Pág 56: as atividades econômicas que resultam na mercadoria habitação estão cada vez
mais fundidas em torno da dinâmica do grande capital.

Pág 57 - Ressaltar essas questões quando for falar dos problemas habitacionais: os
investimentos públicos também sobre este ângulo parece como fatura terminante no preço
final das moradias, constituindo-se no elemento poderoso que irá condicionar onde e de
que forma as diversas classes sociais poderão se localizar no âmbito de uma configuração
espacial que assume, em todas as metrópoles brasileiras, características nitidamente
elevadores.
Mas não é só do ângulo do preço do aterro banho, das características do setor imobiliário
construtor ou do papel do estado que a questão deve ser equacionado. O padrão de estar
acional enquanto elemento básico da reprodução da força de trabalho decorre do conjunto
da composição social do capital e da forma como se reparte o trabalho acidente do
necessário.

Pág 59 - sobre problema habitacional brasileiro: assim, o chamado “problema“


habitacional deve ser equacionada tendo em vista dois processos interligados. O primeiro
refere-se às condições de exploração do trabalho propriamente dita, ou mais precisamente
as condições de pau atualização absoluta ou relativa aqui estão sujeitos os diversos
segmentos da classe trabalhadora. O segundo processo, que decorre do anterior e que só
pode ser plenamente entendido quando analisada em razão dos movimentos
contraditórios da acumulação do capital, pode ser nomeado de espoliação urbana: é o
somatório de extorsões que se opera através da inexistência ou precaridade de serviços de
consumo coletivo que se apresentam como socialmente necessários em relação aos níveis
de subsistência e que agudizam ainda mais a dilapidação que se realiza no âmbito das
relações de trabalho.
Em ambos os processos papel do estado é fundamental. Em primeiro lugar, por criar o
suporte de infraestrutura necessária expansão industrial, financiando a curto ou longo
prazo as empresas e por agir diretamente com a tem peixe dor econômico. Ademais,
posseiros a gente que tem por encargo gerar os bens de consumo coletivo ligado as
necessidades da reprodução da força de trabalho em segundo lugar por manter a “ordem
social” necessária a realização de um determinado “modelo” já cumulação.

O controle e contenção dos movimentos ser indicativos passam a ser condição para A
efetivação de semelhante modelo excludente de repartição dos benefícios.

Pág 60 - O que aconteceu com o conjunto habitacional: pelo lucro, destinando-se aos
extratos de renda que podem pagar o preço de mercado da construção habitacional.
Até mesmo os programas que se destinam para assim chamada demanda de “interesse
social“, Não só são quantitativamente pouco expressivos, como também, frequentemente,
as camadas que deveriam ser beneficiadas não tem condições de amortizar as prestações
previstas pelas fantasiosa soluções oficiais. O resultado é que as habitações ou ficam
vazias ou acabam sendo transferidos para os grupos de renda mais elevada enquanto que
as pessoas aqui se destinavam os programas subsidiados pelo poder público acabou
voltando as condições originais de moradia, que, aliás, são aquelas que imensa parcela da
classe trabalhadora precisa notar para continuar se reproduzindo na cidade. É o aluguel
de um cômodo de cortes localizada em áreas deteriorados última casa de mínimas missões
nas periferias distantes da cidade, Ambas as soluções implicando em condições de
habitabilidade extremamente precárias e, o mais das vezes, em gastos de aluguéis que
comprime ainda mais os amigo adoçamento de consumo das famílias trabalhadoras. A
solução de sobrevivência mais econômica, mas também a mais drástica, e a favela para
onde, como se verá são drenados os para camadas mais pobres da classe trabalhadora.

semelhante análise foi realizado em relação as populações envolvidas para os conjuntos


habitacionais da Guanabara. Os novos moradores podem ser caracterizados, na sua quase
totalidade, como integrantes do setor de baixa classe média… A dizer pela fachada dos
imóveis que ocupam, contrastando com aquela dos ocupados pelos primeiros residentes,
pode-se inferir automaticamente tratar-se de uma população com poder aquisitivo várias
vezes superior aos demais.

-Tentar discutir como econômico interfere na questão habitacional: aumento da


produtividade e diminuição dos salários.

Pág 68: na verdade, o estado investiu enorme somas para dar condições de realização para
empresa oligopolistica , colocando-se de maneira cabal a serviço da reprodução quero
capital.
De fato, os gastos do estado com “capital social“, que são aqueles diretamente acoplado
as necessidades de reprodução do capital. (Ligar a privatização OS em Santos.

padrões de habitabilidade mais elevados que implicam a existência de serviços de


consumo coletivo material e culturalmente adequados para reprodução dos trabalhadores
só serão atingidos quando eles conseguirem desenvolver canais de reivindicação
vigorosos e autônomos, tanto no que se refere as condições de trabalho como os que
dizem respeito as melhorias urbanas. Nesse sentido, o adequado em relação a reprodução
da força de trabalho não decorre apenas do grau de desenvolvimento das forças produtivas
mas, sobretudo, da capacidade que apresentarem as classes trabalhadoras de se apropriar
de uma parcela da riqueza gerada pela sociedade. Em outras palavras, decorre do grau de
organização das diferentes classes e camadas sociais que se confronta na arena social
numa determinada corretor histórico. Por outro lado, é preciso frisar que as necessidades
sociais não forjados historicamente e, nesse sentido, nada leva afirmar que a conquista de
certos benefícios tenho como consequência amortecer o conflito de classes: esse é, por
definição, dinâmico em solúvel dentro de um sistema marcado pela apropriação privada
do excedente econômico.
Colocando o nome do das lutas sociais, o processo de espoliação urbana, entendida
enquanto uma forma de extorquir as camadas populares do acesso aos serviços de
consumo coletivo, assume seu pleno sentido: extorsão significa impedir eu tirar de
alguém algo aqui, por alguma razão de caráter social, têm direito. Assim como a cidadania
supõe um exercício de direitos econômicos com políticos e civis, cada vez mais parece
ser possível falar no conjunto de prerrogativas que dizem respeito do benefício
propriamente urbanos.
Assim, o “problema“ habitacional, bem como outros elementos básicos para reprodução
da força de trabalho, tirar um encaminhamento na medida em que movimentos populares
urbanas conectados a luta que se opera nas esferas do trabalho por zero em xeque a forma
do domínio tradicionalmente exercido pelo estado no Brasil, onde se condensam as
contradições de uma sociedade plena de desigualdades e oposições.

Cap 4 - A favela como forma de sobrevivência

Ideia: começar 8h02 fazendo uma comparação entre as favelas de Santos e outras regiões
metropolitanas de São Paulo, como por exemplo Campinas e do abc paulista.

Pág 76 - Santos T: onde os favelados são numerosas, sempre existem grupos interessados
em oferecer determinados serviços de infraestrutura ou mesmo garantia de não removê-
los em troca de uma certa quantidade de votos.

Pág 79: Nos últimos anos, a prefeitura tem desenvolvido programas de remoção da sua
velas, que ocorre então logo os terrenos onde se situam passam a ter uma (serventia) para
a metrópole os barracos deles localizados a ser um “foco de mal estar” para os moradores
mais abastados.

sua mera presença impedem a valorização dos imóveis próximos.

Pág 80: assim os chamados “problemas habitacionais“, entre os quais a própria favela,
deve ser entendida no âmbito de processos sócio econômicos e políticos abrangentes, que
determinam a produção do espaço de uma cidade reflete sobre aterro urbana segregação
que caracteriza a excludente dinâmica das classes sociais.

O poder público tem desempenhado um papel fundamental na diferenciação dos preços


da terra, servindo, com os investimentos que realiza, ao processo de especulação
imobiliária.

Pág 81 - Importante: Numa metrópole em que a produção do espaço se faz sem a


existência de uma sociedade civil vigorosa na defesa dos interesses básicos da maioria
dos seus habitantes, as transformações urbanas só podem se realizar como rolo
compressor que esmaga todos aqueles que não tem recursos para conquistar os benefícios
injetados na cidade.

Pág 88 - lembrar de falar da troca de favores presenciados no bar da Dona Helena


“pagamento uma coca e 20.“: De toda forma, a favelização constitui uma solução de
sobrevivência por representar uma diminuição dos gastos com moradia. Pode, ainda, de
certa forma, representado uma diminuição do tempo de locomoção e nos gastos com
transporte na medida em que montar um barraco representa um expediente para remediar
a alta taxa de rotatividade dos empregos presentes na economia paulistano. Efetivamente,
a confecção de um barraco, desde que exista um terreno disponível, é extremamente mais
factível, por sua rapidez de custo, do que vender uma moradia e construir ou comprar
outra.

Pág 90 - Importante: aplicaridade das condições de vida, por si só, já estou na temerário
classificar o favelado como cidadão urbano. Mas não é somente sob esse aspecto que a
cidadania, entendida como o mínimo é imprescindível de direitos, está ausente.
Se para o morador urbano existe a possibilidade de tentar formas de organização que visa
impedir a expulsão dos locais onde habitam ou de pressionar os centros decisórios afim
de obter, para si os bairros, a melhoria dos serviços coletivos, para favelado até o exercício
desse aspecto mínimo de cidadania está comprometido.
A condição de morador urbano, se não significo acesso a determinados bens, abre, pelo
menos em princípio, o caminho para reivindicar sua obtenção. Este parece ser o sentido
dos movimentos populares organizados em torno de moradores, que através de
associações de várias ordens e matizes procuram obter certas melhorias consideradas
indispensáveis.
Contudo, exatamente porque os benefícios obtidos foram insignificantes, e porque a
sobrevivência dos trabalhadores está cada vez mais atrelada aos serviços de caráter
coletivo, as reivindicações em torno das melhorias urbanas aparece com uma fonte latente
manifesta depressões onde se condensa possibilidade de exercício de uma cidadania que,
por mais mitigada que seja, coloca em questão certos direitos mínimos da condição
urbana de existência.

Pág 91 - leilão do terreno da comunidade: ocupante de ter alheia, o favelado passa ser
definido por sua situação de ilegalidade, e sobre ele desabo Império draconiano dos
direitos fundamentais da sociedade, centrados na propriedade privada, o que a
contrapartida necessária é anulação de suas prerrogativas enquanto morador. Assim, nem
esse aspecto mínimo o favelado tem aparecido enquanto cidadão urbano, surgindo, aos
olhos da sociedade, como um usurpador que pode ser destituído sem a possibilidade de
defesa, pois contra ele para o reino da legalidade em que se assenta o direito de expulsa-
lo. Tal tem sido a situação do caso paulistano, onde só excepcionalmente favelados
conseguiram receber melhorias urbanas e jamais conquistaram, a partir da posse, a
propriedade dos terrenos, o que não significa que sua capacidade de lutar posso emergir
em um futuro próximo em torno da defesa de conquista de benefícios urbanos.

Pág 92 - homogeneidade/verticalização do conjunto habitacional: a favela também


estigmatizada pelos habitantes “bem comportados“ como antro de desordem que destoa
da paisagem dos bairros melhor providos, precisando ser removida para que a
tranquilidade volte a reinar no cotidiano das famílias que sentem contaminados pelo
perigo da proximidade dos barracos. Lá existem mendigos, prostitutas ou delinquentes,
mas como em qualquer outro bairro pobre da cidade, impera o trabalhador assalariado ou
autônomo que leva adiante a engrenagem produtiva.

Sem sombra de dúvidas, padrão de moradia reflete todo um complexo processo de


segregação e discriminação presente numa sociedade plena de contrastes acirrados.

“A cidade olha favela com uma realidade patológica, uma doença, uma praga, um que
isto, uma calamidade pública“.

Pág 94 - A favela como única alternativa: os aluguéis torna-se incompatíveis em face do


minguado orçamento de consumo de muitos trabalhadores, quer por que compra de
terreno e construção de casa provas sejam onerosos e impliquem Também em
regularidade nos ganhos da família que ingressam neste mundo e todo o processo de
aquisição, qualquer “crise“ que ocorra pode significar a perda da possibilidade de
canalizar recursos nos gastos com habitação.

Pág 95 - alternativas para sair da favela: a saída da favela não é um processo de fácil
efetivação. Basicamente ela ocorre quando existem duas eventualidades. Em primeiro
lugar, quando o apoio externo, expresso na existência de parentes que chama sua verdade
para residir em conjuntamente ou ajudarem na construção ou aluguel de uma moradia. A
segunda eventualidade pode ocorrer na época da remoção, quando a prefeitura o seguia
os favelados que tem terreno, dando Liz materiais o dinheiro para que de início a
construção da casa própria.

Cap 7 - Os cidadãos da marginal

Pág 159 - A favela vista como um problema na sociedade: A favela contudo, não deixa
de ser problema, pelo menos em dois sentidos. Primeiro, porque choco bom cidadão.
Alarma a consciência tranquila, que adivinha no amontoado de barracos um foco de
delinquência promoção homens cuidado e vadiagem. Ao contrário do que supõe a boa
consciência, no entanto, inúmeros dados mostram que a favela é um microcosmo onde se
espelha o conjunto de situações sócio-econômicas e culturais que caracterizam os
habitantes pobres da cidade. Lá, como em qualquer lugar, existe desorganização social e
condutas não funcionamos. Mas, sobretudo, na favela como em qualquer outro lugar ou
de Boni famílias de baixa renda, existe o trabalhador braçal que vem sua força de trabalho
No mercado a preços quase sempre isoles.
O problema da especulação imobiliária: Por outro lado a favela tornasse um problema na
medida em que, com a expansão da cidade, a área que eu culpa começa a se valorizar. Ou
são as vias expressas e prédios públicos e que reclamam espaço tomado pelos barracos-e
é preciso removê-los.

Porque a população pobre recorre a favela: Morar na favela significa uma redução das
despesas com aluguel e transporte que, para muitos, é um imperativo da sobrevivência.

Cap 8: A conquista do espaço

Pág 202: A concepção que encarar o povo como pediu imaturo, e, portanto, em capaz de
participar nas decisões, entronca-se diretamente na ideologia dominante. Ela fundamenta
uma prática baseada na manipulação e na tutela, quando não na repressão aberta, que
encarar as camadas populares como objeto da ação política e que só pode perpetuar a
violência que caracteriza o cotidiano dos trabalhadores.
Impera nos grupos dominantes em temor dos processos coletivos que advém da
necessidade de impedir a união e solidariedade dos trabalhadores, pois a abertura de
espaços necessariamente significará a inversão das desigualdades historicamente
concentradas em benefício de uma minguada minoria.
A conquista de espaço supõe debate confronto, organização e reivindicação coletivo, que
constituem a matéria prima da posse deverá constituir um porvir efetivamente
democrático e sem relativismos. A construção de um projeto democrático implica uma
prática política que aposta na capacidade das classes ainda subalternizadas em modelar
seu destino histórico e que abre caminhos, necessariamente conflituosos, desgastados por
processos de participação em reivindicação vigorosos e autônomos em relação aos
centros de poder. Essas transformações deixaram de ter um significado meramente
reformista na medida em que, no percurso dos embates, se forjarem partidos políticos que
consigam aglutinar forças sociais e dar sentido e dimensão de classe às lutas que forem
sendo travadas em decorrência de oposições que o sistema capitalista não é capaz de
superar.

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