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ética

AULA 2
Débora Persio
Multivix-Vila Velha
*Proposta de atividade com CRP.
Recapitulação da aula

roteiro anterior Texto 1 (Moral/Ética).

aula Parte 2: Texto 2. Atividade


Leitura.
Discussão.
Estudo de casos.
Ética
e moral
Ética e moral
ÉTICA MORAL
Como fazer? O que fazer?
Processo Regras
reflexivo sobre Normas sociais
como agir internalizadas
Como viver
uma boa vida
O que é uma
boa prática
Ética e Psicologia: Por
uma demarcação
filosófica.
Problema apresentado:
Crise de identidade na psicologia.
Perigosa atomização.
Incomunicabilidade de posições que se fecham em
seus guetos teóricos.

Perigosa por que?


desafio para solucionar o
problema
As instituições ligadas à Psicologia, enquanto
categoria profissional, devem combater a
tentação legalista, porque é inócua (não causa
dano moral ou material), porque é incapaz de
ocultar a efervescência conflitiva de nossa
atuação.

O que o legalismo?
Por que ele é limitado?
O que se propõe como alternativa?
OBJETIVO DO TEXTO
Intervenção filosófica.

Não se trata de uma reflexão acabada.

Exprime a urgência de uma intervenção

Visa não a tecnicidade de um problema


determinado, mas a explicitação de alguns
pressupostos da discussão.

Importante observar ao longo do texto onde esses


objetivos são contemplados!
Atividade de Leitura Guiada do texto em dupla
ou trio, buscar identificar os seguintes itens:

O que é crise se identidade da psicologia


Quais os três fatores apresentados?
Como a ética aparece no texto?
O que se propõe como alternativa ao
problema?
O que é crise de identidade da psicologia?

Crônico desemprego, precariedade dos cursos de


formação, caos teórico e dúvida da qualidade da
prática

Não se trata aqui da saudável pluralidade da


diferença, que é sinal de riqueza conceitual, mas
de uma perigosa atomização, sintoma da
incomunicabilidade de posições que se fecham em
seus guetos teóricos.
Quais são os três níveis dessa crise
apresentados no texto?

a)Nível técnico
b)No nível teórico
c)Nível prático
Nível técnico:

As técnicas psicológicas surgiram, em muitos


casos, através da demanda de uma sociedade em
processo de acelerada racionalização de seu
processo produtivo e que necessitava de
instrumentos científicos que justificassem a
eclusão ou hierarquização de grupos no interior
deste processo.
Nível técnico:

O que agrupava tais técnicas sob a rubrica


"Psicologia" era, antes, a exigência ideológica
de legitimação científica do que a sua
própria consistência teórica.
Nível técnico:

A contra partida da ausência de lastro teórico é


a dissolução do próprio projeto tecnológico da
Psicologia no tateio cego de um empirismo
grosseiro, no fetiche da vivência, no carisma
da intuição. As técnicas são geradas pelo
arbítrio individual, sem que se necessite recorrer
a qualquer referencial comum, criticamente
respaldado
No nível teórico:

O corpo teórico da Psicologia se constituiu sob


dois fogos:
A pressão social que exigia legitimidade
teórica a posteriori para os procedimentos.

Pressão acadêmica a transpor a priori para o


campo da nova disciplina o seu dogma
metodológico.
No nível teórico:

Diante essas pressões ocorre a Priorização do


método sobre o objeto. O positivismo dificultou
enormemente a autoconsciência da Psicologia como
ciência teórica, isto é, saber dotado de princípios
de densidade e autonomia próprias.
No nível teórico:

As teorias psicológicas polarizam-se. Cada uma


atribuindo a si o atributo da cientificidade.
O estudante perplexo e desencantado aceita a
inanidade (futilidade) da investigação teórica,
depois de formado, se abisma no laisser-faire da
prática.
No nível teórico:

O que se tem não é a polêmica, a necessária


divergência que é o solo fecundo onde o saber
viceja, mas, ao contrário, é a incomunicabilidade
intelectual que leva, cedo ou tarde, à
passividade, ao acomodamento.
Nível prático:

Agir social (Práxis), na sua dupla dimensão ética


e política.
A Psicologia não é mais apenas o universo mental
de contornos indefinidos onde circulam diversas
teorias e técnicas, mas se concretiza numa
profissão, isto é, torna-se uma presença
específica na totalidade da vida social
Nível prático:

É na obscuridade — porque é um jogo de


ocultamento — desses interesses, expectativas
e demandas em conflito, que o perfil, que a
imagem do Psicólogo enquanto profissional vai-se
definindo.
Nível prático:
A estrutura de nosso código:

1.A preservação da dignidade do cliente

2.A preservação da dignidade do profissional.

Para concluir na consolidação da imagem social


do psicólogo, que deve assegurar a integralidade
do mercado de trabalho
A mídia já começa a captá-las essa crise e
caricaturá-las no humorístico: a mistificação do
corpo, o esoterismo, as psicoterapias selvagens.

É neste momento de estilhaçamento da imagem,


que o código quer preserva
ÉTICA
Não é uma regulamentação extrínseca, que se acrescenta à
ação profissional do Psicólogo, determinando direitos e
deveres, mas é uma dimensão intrínseca à Psicologia e nela
se inscreve teoricamente. Não há técnica ou teoria
psicológicas que sejam axiologicamente neutras, porque a
eticidade, é constitutiva da própria racionalidade da
Psicologia enquanto ciência.
O que se propõe como alternativa ao problema?

Percebe-se a busca por maior legislação e


punição. Será que essa ação comtempla a
diversidade Psi? Como fazer? O que fazer? Como
contemplar as diversas práticas e a
especificidade do mundo Psi?
O que se propõe como alternativa ao problema?

Porque não pensar a Psicologia, como de resto as


Ciências Sociais, inserida no marco da
emancipação humana, sem que tal opção — que
pode ser discutida racionalmente — ameace a sua
cientificidade?
estudo de casos
ESTUDO DE CASO 1
Foi encaminhada ao Conselho Regional de Psicologia, denúncia contra

B., psicólogo que atuava numa equipe multiprofissional de uma

instituição. Várias pessoas atendidas se queixaram da baixa qualidade


de seu trabalho e da não resolutividade dos casos. Outra reclamação

era este não fornecer devolutiva ou orientação aos pacientes e/ou


responsáveis.
Os profissionais da equipe observaram que B. não fazia - ou fazia

parcialmente -, anotações nos prontuários das pessoas atendidas. Seus


encaminhamentos eram considerados contrários aos do grupo como remeter

informações à outra instituição desconsiderando o entendimento da equipe


como um todo. Notaram ainda a falta de encaminhamento dos atendidos

para outros profissionais, quando necessário. Diante do caso você


verifica alguma infração cometida pelo profissional em questão? Quais
considerações éticas?
ESTUDO DE CASO 2

Uma adolescente, atendida em orientação vocacional, queixou-se de

que o psicólogo influenciava pacientes a participar de cultos,

relacionando acontecimentos à vontade de Deus, utilizava-se de mapa


astral em suas orientações e trocava informações de diferentes pessoas

de uma mesma família, entre elas. Em sua defesa, o Psicólogo negou ter
abordado a questão religiosa e devassado o sigilo, destacando ser a
inviolabilidade relativa por ser a atendida menor de idade.
ESTUDO DE CASO 2

Afirmou utilizar-se somente de instrumentos científicos e eventualmente da

técnica de mapa astral para melhor compreender os pacientes e abreviar os

processos psicoterápicos. Durante fiscalização realizada pela Comissão de


Orientação e Fiscalização, foi constatado o uso de mapas astrológicos em

sessões de orientação vocacional, como ferramenta complementar de


análise. Verificou-se ainda a indução a convicções morais e religiosas e ter
se sustentado na religiosidade no decorrer do atendimento psicológico.
Diante do caso relatado quais são as considerações éticas pertinentes?
REFERENCIAS:

Drawin, C. R. (1985). Ética e Psicologia: Por uma demarcação filosófica.

Psicologia: Ciência e Profissão, 5, 14–17. https://doi.org/10.1590/S1414-


98931985000200005

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