Psicologia e psicoterapia
1
fenomenológica-existencial e humanismo
- AULA 1
O texto aborda algumas confusões a
respeito da clínica
-Seria clínica superior a todas as outras
áreas da psicologia?
- O trabalho na clínica se baseia apenas com
métodos e técnicas?
• A clínica se define pelo seu fazer
moral (ethos) no sentido de moral-
morada; acolher, ouvir com atenção,
ser um lugar de descanso
• É uma ferramenta de atravessamento
para que o outro se escute
• A clínica se compromete com a
escuta do excluído e a sustentação das
tensões e dos conflitos ( excluído é
tudo o que não é positivo, é o
sintoma, o mal estar, o que é dejeto) (
O excluído é também o virtual: as
inúmeras possibilidades )
O que não é clínica:
• Não se faz clínica somente privada
• Não é básica e somente curativo
• A clinica não deve ser reducionista
Territorio da ignorância:
O território da ignorância é composto
por três eixos centrais, e se conceitualiza
na divergência de ideias, que pode gerar
conflito de subjetividade
• Primeiro eixo: liberal centrado na
desenvoltura da autonomia e controle
• Segundo eixo: romântico, centrado
na expressividade e na autenticidade
• Terceiro eixo: disciplinar,
autodesenvolvimento e poder
-Esses eixos se ausentam do fazer clinico,
por traírem a cisão entre o fenomenal e o
metafenomenal
• Fenomenal: identidade e
representações já estabelecidas
• Metafenomenal: vários modos no
sentido e formas de ser
O que é psicoterapia na teoria e na
pratica?
Teoria : A psicoterapia em teoria foi um
modo ativo originado pelos discípulos de
freud, na tentativa de reduzir e trazer
praticidade as analises
Pratica: psicoterapia aplicada
Qual a clientela ?
O que diferencia a psicoterapia básica da
aplicada?
Basica: conhecimento prévio ( teoria )
Aplicada: atuação pratica
Difereciaçoes:
Psi social x clinica; na clinica falta o socail
, falta considerar a realidade do sujeito
como um todo. Cínica individualista que
impossibilita a alteridade.
Psi educacional: excessivamente
classificatória
Psi organizacional x do trabalho- a
organizacional busca valorizar a empresa e
seus bons e altos resultados, enquanto a do
trabalho aimda olha e trabalha pela a saúde
mental do trabalhador.
Surto do interditado ;
 Psicologia e psicoterapia
2
fenomenológica-existencial e humanismo
• Necessidade de clareza sobre tudo e
todos
• Fuga do conflito
• Movimento que gera
impossibilidade de escuta ao
excluído, devido a tentativa de
controle.
Tudo o que foi mencionado anteriormente
esclarece as muitas consequencias do
projeto epistimologico da modernidade que
formou o sujeito epistêmico, estabelecido
pelo fracasso de fugir do caos e controlar
tudo a toda tempo.super valorizando a
informação e evitando a experiencia.
Aula 2:
A clinica hoje não é tao diferente desde que
a psicologia surgiu, continua sendo um
tanto individualista e um tanto mais
neoliberalista, mesmo que não devesse.
Psicologia na época da ditadura:
1964-1985 ,uma psicologia neutra, atrelada
a ditadura por um lado, mas por outro ainda
havia resistência, e por isso na década de 80
acontece a reforma psiquiátrica
Declínio na demanda psicoterápica, por
motivos de; declínio no prestigio da
psicoterapia, surgimento de novas teorias,
aumento da oferta de autoajuda
-Noçao de diversidade clinica:
-Clinica liberal- totalmente psicológica e
focada em controlar
-Clinica clássica – Reivindica a noção de
extraterritorialiedade ( os vários lugares em
que o sujeito possa ser no mundo ) gerando
neutralização do social
• Campos:
Trandimensinal- Vai além da
subjetividade e é tanto individual como
coletivo
Transindividual- desenvolvimento social,
além de somente tratar a psique
Individual restaurar-se para produzir
constantemente, e ter uma subjetividade
reduzida a interioridade
• Subjetividade pret-a porter ( pronta
pra ser usadada, algo já imposto)
capturar novas subjetividades de
acordo com o que é ideal para se
encaixar nos modelos atuais
• Autoajuda e coach
- Novas noções de clinica
➢ Uma definição inovadora: Clinica
ética, estética e politica
1-Etica- O fazer do psicólogo como morada
ao paciente, acolher e escutar com atenção
e fazer da clinica morada
2-Estética- O sentir e perceber do paciente,
a forma como ele se entrega a escuta e
abraça as muitas possibilidades
3-Politica- Movimento que questiona os
possíveis obtaculos na relação ética-estética
, seria o que questiona e critica.
Questao da emergência social: Surge
pelos fatores que fazem com que a clinica
seja totalmente focada no individuo e seu
único e particular desenvolvimento,
negando sua realidade. Tal emergência
implora por mudança, por trazer o social
com sua devida importancia a clinica.
Praticas emergentes:
Disciplinar- otimizar as forças do corpo,
tendo o corpo, sim, como uma maquina.
Tendo submissao ao sistema, sem sequer
 Psicologia e psicoterapia
3
fenomenológica-existencial e humanismo
questionar,é muito classificatória e zero
social, valorizando sempre o controle
absoluto.
Critica- ouve sem impor o que precisa ou
não ser feito, amplia os atendimentos
psicoterápicos, e cehga a desconfigurar a
clinica no seu fazer individual, por
contribuir com a emergência social, por isso
não chega a clinica liberal
Formas de governar a vida-
Pode-se dizer que o governo Collor, no
Brasil contribuiu com o crescimento da
psicologia, devido o engajamento as novas
tecnologias e o investimento, que acabou
contribuindo também para que a psicologia
fosse imersa as praticas neoliberalistas.
Biopolitica – conjunto de estratégias para
otimizar as forças e produzir
constantemente, com o um gerenciamento
empresarial ( confinar para educar, encaixar
o individuo em um modelo imposto)
fornecendo um controle continuo e
acelerado
Psicopolitica – Turbinar o eu , e transborda-
lo de informações , ativar o Racionalodad intrumental- abstrata no
autocinhecimento olhando somente pra
dentro de si. Conhecer a ti mesmo, sem dar
chances as relações, é o mesmo que
produzir a si mesmo, ser empreendedor de
si a todo tempo.
Emoções no contexto atual: Modelo
pragmático, emoções produzidas,
autogerenciamento, evitar erros.
Modelo sociopsicológico- gerenciamento
de pessoas e novas linguagens
Aula 3:
Sec XIX- Nascimento da psicologia
Wundt- Psicologia cientifica, as cognitivas
comportamentais
Freud=psicologia analítica
Bretano- fenomenologia- existenciais,
influenciou o desenvolvimento da
fenomenologia de Husserl, de Haiddegger e
na psicologia da Gestalt. Bretano se opôs a
muitos filósofos, defendendo a sua ideia de
sua Fenomenologia intencional em que o
mundo se constitui unitariamente como
fenomeno intensional, abordando também o
empírico pela a experiencia. Privilegia a
vivência das perspectivas até o seu limite
(aporia)
Influencias filosóficas e sociológicas
Filosofia de vida- refere-se aos pre-
socráticos
Corpo vivido, contra ascentismo
➢ F, Nietszche
➢ H. Bergson
➢ W. Hutley
➢ G. Simmel
Sociologia compreesiva- Max Weber
mundo, exigida para melhorar a produção
Fenomenologia- Husserl
Husserl partiu de uma crítica da metafísica,
e de uma crítica do positivismo, para
constituir uma abordagem epistemológica,
e uma ontologia, fundamentadas não em
pressupostos teóricos, mas na própria
vivência de consciência pré-reflexiva do
sujeito em sua correlação intrínseca com o
mundo.
Termos importantes:
Psicologismo, retorno as coisas mesmas, e
intencionalidade
 Psicologia e psicoterapia
4
fenomenológica-existencial e humanismo
Outros nomes da fenomenologia:
• M Sheler
• M Ponty
• Haidegger
• Sartre
Expressionismo- Privilegiamento da
vivência existencial, valorizando o ser
como é, sem obejetividade , saindo da
ordem do real.
➢ Nietszche, Bergson, dilthey
• Intensidade, espontaneidade,
improviso
• Provocativo e incovativo
• Teatro expressionista: Perls (
extremamente provocativo)
• Espotaniedade
Psicologia da Gestalt: diferete de gestalt
terapia
• Século XX= primeira escola de
psicologia fenomenológica
• Estudo das percepção- figura e fundo
• Durou apenas 10 anos
Psicologia humanista
Maslow e Rogers- Autorrealização
Busca pela a potencialidade a e
positividade, o que a difere da
fenomenologia existencial , por acreditar
plenamente na bondade do homem, nessa
perspectiva tudo cabe.
Influencias filosóficas e sociológicas
psicanalíticas para o desenvovimento da
psicoterapia fenomenológica-existencial:
K. Goldstein- Autoregulaçao organistica (
não há dualismo)
W. Reich= Reich trouxe o corpo para a
psicoterapia.
S. Ferenczi e O. Rank marcaram um
momento forte, dentro da Psicanálise.
Momento de descrença com relação à
aplicação de técnicas. Momento de
valorização da relação imediata entre o
terapeuta e o cliente, como fator de
potencialização deste. Foram explícitos em
sua crítica a uma postura eminentemente
técnica.
Culturalistas :
E. fromm, K. horney, H. Sullivan-
desviavam dos fundamentos biologistas de
60 Freud, para desbravar a nova perspectiva
da reflexão cultural, no âmbito da
psicologia e da psicoterapia.
Fromm- enfatizou o papel da relação entre
o terapeuta e o cliente como um dos fatores
fundamentais da produtividade do processo
terapêutico.
Existencialismo: Nomes importantes
S. kickeggard , Sartre, niatzsche, M Buber
Filosofia da relação: dialética e dialógica
Dialogo socrático- busca sentido
Fenomenologia- Produz sentido
Abordagens humanistas: Ordem
contextual
- Daseinanálise- Se aproxima da
fenomenologia-esxistencial, ao usar seu
metodo como base( atitude
fenomenológica)
- ACP( centrada na pessoa ) – Rogers:
funcionamento otimo da personalidade
- Gestalt terapia: Perls e Laura: Técnicas
- Logotrapia - Dialogo socrático (maiêutica)
- Psicodrama = Dialogo socrático
 Psicologia e psicoterapia
5
fenomenológica-existencial e humanismo

- Terapia das emoções - Aspectos da psicologia do existencialismo, chega nos

neoliberais EUA com bastante entusiasmo, tornando-se
extremamente técnica, devido as demandas
- Psicologia positiva – Autoajuda
e teorias da época.
- Psicossintese - humano + transpessoal +
Vale considerar a dictomia entre a
positiva
psicologia vindo da psicanalise e a
- Corporal • vegetaterapia – carater comportamental
analítico-
➢ Wiliam james foi fundamental nesse
(Reich) período com sua psicologia
pragmática( funcionalismo ) se
• Bioenergética, biossintese, biodinâmica
opondo a psicologia cientifica de
wundt.
Encontro das aguas – encontro da ➢ Outros nomes da psicologia
psicologia existencialista e a psicologia existencialista dos EUA: somente
fenomenológica-existencial, e de autores existencialistas e não
dos EUA e EUROPA. Tal encontro foi visto fenomenológicos, porque a
como fundamental para alguns, mas nem fenomenologia partido da sua base
tanto pra outros. totalmente filosófica se afasta das
técnicas
PONTOS CONFLITANTES ➢ - Abrahan Maslow, Rollo May e
EUROPA: Psico Fenomenologia- Andras Angyal foram pioneiros na
existencial psicoterapia fenomenológico
existencial nos EUA, influenciados
Filosofia de vida por K. Goldstein e psicoterapeutas
Hermenêutica europeus.
➢ - Maslow focou em necessidades
Expressionismo humanas e autoatualização da
x personalidade, contestando a
psicanálise e o comportamentalismo.
EUA- Psicologia cientifica pratica
- Suas ideias humanistas foram
Autores americanos partem das
fundamentais para a filosofia do Controle
perspectivas praticas, não validando a teoria
Integrado da Qualidade no gerenciamento
Autores europeus: usam como centro uma empresarial.
grande construção teórica e epistemológica
- Maslow, May, Angyal e Rogers
As perspectivas a respeito Estruturalismo formaram um núcleo na psicologia
– Wundt fenomenológico-existencial, que deu
origem ao movimento da Psicologia
Funcionalismo – pragmatismo- James
Humanista nos EUA.
Empirismo
 Psicologia e psicoterapia
6
fenomenológica-existencial e humanismo
➢ - May foi fundamental na introdução
das concepções europeias de
psicoterapia existencial nos EUA.
➢ - Rogers foi outro pioneiro na
psicologia humanista, conhecido por
sua abordagem centrada no cliente.(
Acp). Ele foi influenciado por
psicoterapeutas europeus como L.
Binswanger e Medard Boss.
• - Participou ativamente do
movimento da psicologia humanista,
impulsionado por Abraham Maslow.
• Desenvolveu uma abordagem
própria na psicologia e psicoterapia,
que se difundiu mundialmente e
influenciou outras áreas como
pedagogia e trabalho em grupo.
• Foi influenciado por pensadores
como Ralph Emerson, filósofos
existencialistas como Soren
Kierkegaard e Martin Buber, e
psicólogos como Otto Rank e Kurt
Goldstein.
➢ Fritz Perls, Alemanha:,
formou-se em
Medicina, psiquiatria, praticando
inicialmente a
Psicanálise.
Desiludido com a Psicanálise, dedicou-se
a desenvolver a Gestalt Terapia como uma
nova abordagem de psicoterapia, a partir da
influência de certos dissidentes
Psicanálise,
como W. Reich e Otto Rank, da Psicologia
Organísmica de Goldstein e das concepções
fenomenológicas da Psicologia da Gestalt,
do
Existencialismo e do movimento
expressionista, em especial no Teatro.
• Ainda como psicanalista, viveu na
África
do Sul. Voltou à Europa brevemente, e
emigrou
em seguida, definitivamente, para os
Estados
Unidos. Lá encontrou, no fervilhante meio
da
cultura norte americana do início dos anos
cinqüenta, o ambiente mais do que propício
para a apresentação de uma abordagem
fenomenológico existencial de psicoterapia.
Com a experiência que trazia da Europa,
atuou
intensamente na constituição e divulgação
de
sua abordagem, integrando-se, desta forma,
como um dos principais elementos na
emergência da psicologia e psicoterapia
fenomenológica
➢ Encontro das Águas II:
- Vertente europeia e norte-americana da
da psicologia.
- Integração da psicologia científica
pragmática com a fenomenológico
existencial...
EMPIRISMO FENOMENOLOGICO-
Bretano
 Psicologia e psicoterapia
7
fenomenológica-existencial e humanismo
- Influência de Freud, Marx e Nietzsche,
considerados "bestas-feras" na sociedade
americana.
- Conflito entre empirismo e vivência
fenomenal na Fenomenologia e chefe, empreender a si ( trabalhar mais, ser
Existencialismo
- Problemas na integração do pragmatismo
com Fenomenologia e Existencialismo.
- Perda da originalidade criativa na
abordagem.
- Importância da crítica de Nietzsche na
psicoterapia fenomenológico existencial.
- Conflito entre o paradigma
fenomenológico existencial e a perspectiva
pragmática
Pragmatismo: ;
Consciência como um órgão: noçao de
sobrevivência e não de vivencia
Experimento: corpo vivido, o encontro sem
previa
Técnica: algo pronto pra ser aplicado, sem
mais delongas- busca conduzir situações
ditas adequadas, para evitar um trabalho
Teleologia- instrumentos e ferramentas para
atingir um fim
Ultima aula: Humanismo como técnicas de
governo : Governar os outros de maneira
indireta ou não, por meio de técnicas e
teorias governamentais , devido as
normatizações da psicologia liberal ( sec
XIX, XX) ou neoliberal ( xx, xxi)- após a
década de 70- onde já não havia mais
espaço para as relações, e não havia lugar
para o outro, na ideia de uma psique
praticamente pronta.
3 principios fundamentais da psicologia
neoliberal:
• Autonomia: Individuo inteiramente
autônomo • Liberdade: poder não ter um
explorado)
• Independência: independente do social,
do contexto e da cultura
O antagonismo entre o ser humano e a
sociedade: o ser estar sempre há frente, se
autodesenvolvendo =, sem tempo e chance
de pensar coletivamente
-Crescimento psicológico, saúde
psicológica: em si mesmo, sobre si mesmo
e somente isso, sem reflexao social, um
olhar pra dentro.
Crescimento existencial e saúde
existencial – Na relação com o outro Falhas
psicológicas: vergonha em não se
autorrealizar, olhar apenas pra si.
MAIS SOBRE O HIMANISMO –
• Movimento iniciado nos anos 1930,
principalmente nos EUA, ganhando
destaque nos anos 1960. –
• Contrapõe-se ao behaviorismo e à
psicanálise, questionando seu
determinismo ambiental e psíquico.
• Considerado a "terceira força" na
psicologia.
• Valoriza a consciência como acesso
ao homem e sua experiência do
mundo. - Enfatiza a liberdade e
autonomia humanas, negando
determinações ambientais, sociais ou
psicológicas.
• Conceito central: autorrealização ou
auto atualização, implicando
crescimento psicológico, satisfação e
busca por uma existência plena. -
 Psicologia e psicoterapia
8
fenomenológica-existencial e humanismo
Diferentes autores, como Maslow e
Rogers, interpretam a autorrealização
de maneira singular, mas concordam
que é basilar à existência humana.
Manifestações governamentais incluem
aplicação no contexto empresarial,
comunitário, educacional (destaque para a
pedagogia rogeriana) e psicológico (como o
logoteste).
Impacto e Aplicação Atual do Humanismo
na Psicologia: - A psicologia humanista não
apenas marcou historicamente a formação
do saber psicológico, mas também continua
a influenciar práticas contemporâneas,
especialmente em campos como o
empresarial e o escolar.
Sua ênfase na liberdade e na capacidade de
autodeterminação humana reflete
parâmetros liberais. - Essa abordagem
promove um governo por meio da
liberdade, visando criar indivíduos ativos,
criativos e empreendedores. - Apesar de
tradicionalmente criticada por negligenciar
as formas de inscrição das Psicoterapia
fenomenológica-existencial e humanista
subjetividades, práticas como a Logoterapia
e o Logoteste exemplificam uma forma
taxonômica de inscrever valores centrais.
Abordagens humanistas, como as de
Rogers e Maslow, moldam a emocionais represadas.
interpessoalidade, a hierarquia das
necessidades humanas e a promoção do
crescimento pessoal, alinhando-se aos
modos de gestão liberais.
- No contexto empresarial, a cultura
corporativa neoliberal promove uma visão
do ser humano como um self autônomo em
busca de significado, articulando dimensões
de governamentalidade, institucionais e
éticas para maximizar a capacidade
individual.
A pedagogia rogeriana, ao defender a
liberdade e a autorrealização, também pode
ser capturada por uma lógica de gestão
liberal, utilizando técnicas psicológicas
para conduzir a conduta dos indivíduos
livres.
A produção discursiva do humanismo
contribui para uma subjetivação que valor
Narrativa a positividade toxica -
Corporações capitalistas e suas práticas
organizacionais. - Controle gerencial e
ressignificação dos funcionários como
"colaboradores". –
Técnicas ideológicas que naturalizam
práticas corporativas agressivas.
Normatividade da Sociedade de
Desempenho: - Pautada pela positividade
totalitária.
Exigência de usar fraquezas pessoais em
favor da performance laboral. - Adulteração
do ritmo metabólico da vida em nome da
produtividade.
POSITIVIDADE TOXICA - Redução da
complexidade da existência humana.
- Recalque das paixões e erupções
- Eliminação do senso trágico da realidade.
Superficial, por não compreender a
complexidade da existência Tempo
otimizado como principal capital Mundo
Corporativo e Fascismo: - Valorização do
indivíduo apenas dentro da estrutura
organizacional. ( fora daqui ele não serve)
- Comparação com o Estado Total fascista.
 Psicologia e psicoterapia
9
fenomenológica-existencial e humanismo
- Mobilização permanente do funcionário
pelo sucesso organizacional.
- Depressão e culto da performance:
- Melancolia versus mundo destituído de
valor genuíno
- Absorção da depressão pelo regime
disciplinar da saúde pública Estigmatização
do depressivo- depressão como a fadiga em
ser si mesmo 4
- Considerado incapaz e sofrendo por falta
de empenho
3 Psicoterapia fenomenológica-existencial
e humanista - Diferenças entre classes
sociais na percepção da depressão-
depressão de rico não atrapalha
economia diferente da do pobre
- Impacto do trabalho na saúde mental -
Coação do desempenho é destrutiva
- Autoafirmação e autodestruição se tornam
uma coisa só
- Indústria do coaching prospera pela
coação do desempenho - Religiosidade e
depressão
- Superstição versus compreensão da
depressão - Nietzsche e a crítica aos
preconceitos supersticiosos - Ontologia da
depressão
- Resposta ao produtivismo da sociedade
de desempenho
- Inatividade permanente, lentidão, apatia,
taciturnidade
- Normatividade da sociedade de
desempenho - Depressivo como criminoso
moral
- Necessidade gerencial de enquadramento
- Fatores biológicos, sociais e econômicos
da depressão
- Impacto do trabalho na saúde física e
mental - Instrumentalização medicinal e
terapias
- Medicamentos e a indústria farmacêutica
- Medicar para reintegrar ao sistema
- Compromisso sociotécnico com a
perpetuação do sistema
- Desumanização do sujeito de desempenho
- Vida produtiva versus vida genuína
- Sujeito de desempenho perde dimensão
ontológica da existência
a
- Obrigação de ser feliz e consumo
- Sociedade de consumo como exigência de
trabalho exaustivo
- Ciclo vicioso do trabalho e consumo
- Violência da positividade
- Excesso de positividade leva a dores de
sobrecarga
- Ética libertária do desengajamento
profissional e desconexão informacional.
A Narrativa da Autorrealização na
Psicologia
- Nos Estados Unidos, a terapia tornou-se
uma narrativa da individualidade ao
incorporar a narrativa da autoajuda,
especialmente com mudanças internas na
teoria psicológica.
- Psicólogos como Heinz Hartmann, Ernst
Kris, Rudolph Loewenstein, Alfred Adler,
Erich Fromm, Karen Horney e Albert Ellis
rejeitaram o determinismo freudiano,
 Psicologia e psicoterapia
10
fenomenológica-existencial e humanismo

favorecendo uma visão mais otimista do

desenvolvimento pessoal.
- Essas novas narrativas psicológicas se
difundiram graças à "revolução das
brochuras", que tornou livros acessíveis à
classe média e baixa.
- Carl Rogers via as pessoas como
intrinsecamente boas A Narrativa
Terapêutica da Autorrealização e suas
Implicações
- A ideia de autorrealização ecoou nas
críticas políticas ao capitalismo e na busca
por novas formas de expressão e bem-estar
pessoal, definidas em termos não materiais.
- Porém, a abordagem terapêutica, ao
patologizar a vida comum e formular a
questão do bem-estar em metáforas
médicas, acabou por criar uma nova
hierarquia afetiva entre os indivíduos
autorrealizados e aqueles com uma
variedade de problemas.
- Enquanto a narrativa terapêutica colocava
a saúde e a autorrealização no centro da
identidade, também transformava uma
ampla gama de comportamentos em sinais
de um eu "neurótico", "doentio" e
"derrotista".
- O ideal de saúde e autorrealização definia
uma ampla variedade de disfunções,
criando uma espécie de padrão Carrasco no
pensamento terapêutico.
- A falta de intimidade, por exemplo, passou
a ser vista como uma falha afetiva, gerando
uma nova narrativa terapêutica da
identidade onde a falta de intimidade era
considerada um sinal de problemas
emocionais. - As narrativas terapêuticas
tornaram-se tautológicas, pois definiram
um estado