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Edição #2 de Quarentena
Especial de Halloween

E-Méson jornalmeson@gmail.com
Leva e Traz - Spotted IFRJ @IFRJ_Spotted
César Méson Lattes A.C.G.
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O Sumário Autoria: Equipe do Méson

Editorial............................................................................................. 4
Entrevista com o Diretor Geral.......................................................... 5
Entrevista com os Servidores............................................................ 8
Entrevista com o Reitor .................................................................... 13
Esclarecimento do Boletim .............................................................. 15
Grêmio.............................................................................................. 16
Cart................................................................................................... 20
Diário do Calouro.............................................................................. 21
Cultura do IFRJ.................................................................................. 22
QMário ............................................................................................ 24
Resenha das Bruxas de Eastwick ..................................................... 26
Resenha de O Gato Preto ...................................................................28
História do Halloween..................................................................... 31
O Crime que Chocou o País............................................................... 34
Cores Claras ..................................................................................... 36
C'est Fini.............................................................................................. 40
A Equipe do Méson
Conselho Editorial Redação
Anne Galvão Miguel Minucci
João Pedro de Paula Duarte Anne Galvão
Miguel Minucci João Pedro Duarte
Sam André Beatriz Afonso
Tiago Aldrovando
Revisão Madeleine Moreira
Sam André Yasmin Pinho
Tiago Aldrovando Juliana França
Juliana França Daniel Carlos
Guilherme Machado Moon
Anne Galvão Sam André
Miguel Minucci Jaime
Capa Ravi Leão
Ana Carol Gomes
Diagramação
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João Pedro de Paula Duarte
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Editorial
Autoria: Miguel Minucci

A saudade está com os dias contados, e já vai tarde! Aos poucos


voltamos à vida normal, lentamente as restrições acabam e logo mais
poderemos nos ver novamente. Com o Méson não poderia ser
diferente: planejamos voltar com as edições mensais. Esses planos são
intimamente dependentes do quão intenso for o próximo período, é
claro. Mais que nunca o estresse anda à espreita, e a equipe precisa
cuidar de si e dos estudos, que nessa modalidade podem ser - e,
convenhamos, são - extenuantes.
Ao longo da pandemia, com o Instituto parado, foi difícil achar
pautas relevantes para o corpo estudantil. Tudo acontecia virtualmente,
em um meio no qual a informação se propaga muito rápido. Com isso,
nos concentramos em divulgar acontecimentos pontuais que careciam
de mais visibilidade. Acreditamos que foi um trabalho bem feito e nos
sentimos felizes por poder voltar com as edições. A retomada iminente
das atividades presenciais, juntamente com mais acontecimentos entre
outros órgãos estudantis, cria uma lacuna que o Méson deve preencher
e, por certo, o fará.
Para o nosso retorno, abraçamos a nostalgia e o horror. A edição
desse mês nos conta sobre o melhor do nosso IF para aqueles que não
puderam vivê-lo integralmente. Da mesma forma, veremos esse
período conturbado pelos olhos de um recém chegado, que por
enquanto conhece apenas o IFRJ das APNPs. Aproveitando o clima
sombrio de Outubro, nossos redatores separaram recomendações de
filmes para aproveitar no fim do décimo mês do ano, juntamente com
algumas resenhas. A capa foi só para quebrar o gelo - o Grêmio também
participa da edição no seu espaço reservado e, antes que comecem as
fofocas, está tudo bem entre nós! Não deixe de conferir nossa nota
conjunta nas próximas páginas.
E o resto é o Méson que conhecemos ou estamos para conhecer,
voltando de vez (tomara!). Lembrem-se de que esse é um espaço dos
alunos e todos têm poder de fala, é tudo nosso. Estamos finalmente
voltando pra casa. Juntos.
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Entrevista com o
Diretor Geral Autoria: Miguel Minucci
O plano para o retorno presencial

O conselho editorial do Jornal Méson visitou o IFRJ no dia 23 de


outrubro para conversar com o diretor geral Jefferson Amorim. Foram
feitas perguntas sobre como será consolidado o retorno às atividades
presenciais e como o Instituto lidou com a pandemia durante o período de
atividades remotas.

Segundo Jefferson, ainda não existem conclusões definitivas, mas o


IFRJ pretende seguir um plano de retorno que se inicia no dia 8 de
novembro, com a retomada das atividades práticas para alunos dos
períodos finais do EM Técnico, PMQ, MSI e Graduação. Mais, tarde, em
março de 2022, os demais períodos retornam para as aulas presenciais.
Para as aulas, a instituição funcionará com horário reduzido:

Turno da Manhã - 09:30 às 11:30


Turno da Tarde - 13:30 às 16:30
Turno da Noite - 18:30 às 21:30

O diretor ressaltou a importância da caderneta de vacinação que


será solicitada a qualquer momento. No dia da visita, todos que entravam
no prédio do IF precisavam preencher um formulário informando dados
pessoais e o motivo da ida à instituição.

Perguntas feitas para o diretor

Como foi lidar com todo esse contexto de pandemia, visto que estamos
enfrentando um vírus que até então era desconhecido e altamente
transmissível? Houve muita pressão e cobrança sobre a direção do
instituto?

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Entrevista com o
Diretor Geral Autoria: Miguel Minucci
Jefferson afirmou que a situação da pandemia foi assustador. Houve
cobrança de responsáveis, alunos, autoridades e da Reitoria também.
Apesar disso, ele optava por retornar com segurança, garantindo a
vacinação dos servidores em primeiro lugar, visto que eles vieram todos os
dias à instituição mesmo durante a pandemia. Houve também uma grande
interação da direção com a reitoria, o diretor afirma que sempre houve
um bom contato entre eles. Além disso, houve uma parceria com a pró-
reitoria da parte financeira para as melhorias na nossa instituição e
também nas outras - muitos campi estão se inspirando e sendo ajudados
pela nossa instituição. Houve produção de álcool em gel, compra de
ventiladores, tapetes sanitizantes, termômetro, dispensers de álcool e até
criação de máscaras (que foram descartadas após avaliação sanitária, visto
que não protegiam com eficácia desejada).

O senhor acha o retorno adequado dado o cenário atual ou trata-se de


uma decisão precipitada?

Na visão do diretor, “tudo só retornaria em março”. Esse


posicionamento é justificado pelo fato de o fim do ano estar próximo e,
em março, contaríamos com o retorno de todos os setores e com a
vacinação completa. Por outro lado, argumenta, o retorno gradual
permitirá que as medidas sanitárias sejam reavaliadas e alteradas
conforme a necessidade, preparando o Instituto para a retomada em
massa.

Sobre as práticas perdidas, haverá reposição? Haverá separação entre a


reposição das atividades de laboratório e o retorno das demais aulas?

Nada foi confirmado de fato. Porém, ele afirma que é algo que pode
ser pensado pela equipe discente. Poderia ser por forma de minicursos ou
oficinas, ambos com certificados. Mas isso ainda vai ser analisado.

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Entrevista com o
Diretor Geral Autoria: Miguel Minucci
Quando fomos recebidos hoje no instituto foi necessário preencher
um formulário com nossas informações para fins de controle. Esse
protocolo permanecerá o mesmo depois do retorno das aulas? Ou será
cobrado somente a comprovação da carteira de vacinação?

A carteira de vacinação será uma exigência na retomada. Os alunos


que contraírem o vírus poderão posteriormente repor as práticas
mediante o diagnóstico e atestado médico apresentado na secretaria.

Comentários adicionais

Jefferson exaltou a equipe liderada pelo professor Eduardo Coelho


que, ao longo da pandemia, continuou frequentando o Instituto para
produzir álcool. Os dispensers que se encontram sobre as mesas do térreo
e em outros locais de grande fluxo contêm o álcool produzido no próprio
IF. Os servidores encarregados da limpeza e da vigilância também foram
muito elogiados por estarem todos os dias na instituição.

Perícias estão sendo feitas periodicamente no IFRJ. Médicos de


outros campi vêm para avaliar os profissionais e o espaço físico do
campus. Profissionais da Anvisa, Fiocruz e Vigilância Sanitária também
participam das avaliações.

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Entrevista com os
Servidores Autoria: Anne Galvão
•CSTI - Eberton, técnico em
•Coordenadora da secretaria de Informática
graduação Analice Alexandre Jornal: "Como foi trabalhar
Jornal:"Como foi trabalhar remotamente?"
remotamente?" Eberton: "Trabalhar no
Analice Alexandre: "No suporte de informática envolve
início, o trabalho era dois segmentos: alguns
completamente remoto". A problemas podem ser resolvidos
função da secretaria é recolher as remotamente (como bugs no
solicitações de colação de grau e sistema, solicitação de alteração
as documentações, no período de senha, etc) mas também
remoto, isso foi feito por email. trabalhamos manualmente, no
Após as duas doses da vacina, conserto e avaliação dos
Analice afirma que se sentiu mais aparelhos tecnológicos da
segura e veio a agendar dias para instituição". Para garantir que
os alunos pegarem os diplomas todos os aparelhos estivessem
e/ou históricos na instituição. funcionando para as pessoas que
Ela revezava com sua equipe e ainda trabalhavam
estava trabalhando presencialmente e também para
presencialmente duas vezes na o nosso retorno presencial, eles
semana. Após a terceira dose, ela dividiram a equipe de informática
afirmou que "se sente mais e se revezaram para ir ao campus
confiante em trabalhar mais dias e fazer esses trabalhos manuais
na semana, mas ainda existe nos equipamentos físicos da
uma equipe trabalhando escola.
remotamente" e afirmou ainda
que em parte o trabalho remoto .
funcionou bem, porém, para ela,
"foi muito difícil fazer as coisas da
escola em casa, no seu ambiente
de lazer, foi muito desgastante."

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Entrevista com os
Servidores Autoria: Anne Galvão

Jornal: "Quais suas Só tiveram contato com o


expectativas para o retorno laboratório de química geral e
presencial?" orgânica nos primeiros períodos e
Eberton: afirma que esse entendem que foi muito difícil
retorno "vai precisar acontecer não ter contato com o laboratório
eventualmente, isso é fato". Seja durante esse período, o que
voltando gradualmente ou todos dificultou muito o ensino técnico.
juntos, ele afirma que esse
processo "vai ser extremamente Professora de Química
desafiador para a escola" e "para Qualitativa Maria Rosângela
todos os segmentos" (discente, Jornal: "Qual a expectativa
docente e servidores). Porém, para o retorno presencial dos
para ele, o fator crucial para esse últimos períodos?"
retorno será o esforço em Maria Rosângela: "Muito feliz
retornar com qualidade. Se com o retorno, acredito que
esforçar é um dever intrínseco somos capazes de voltar com
para que uma escola possa segurança, aos pouquinhos
funcionar e uma escola só vamos conseguir". Ela acredita
funciona com alunos. Para ele que vai ser muito bom retornar
"uma escola sem aluno não é principalmente pelas aulas de
nada, é como um cinema sem laboratório, que é a base do
passar filme". nosso ensino técnico e no
• período das APNP's não foi
Monitores de Quali, turma possível ofertá-lo, então quanto
de PMQ - Isabelle Gomes, Carlos antes retornar, melhor para
Eduardo e Felipe Rodrigues, que ajudar esses alunos.
estão no quinto e quarto período
do curso (últimos períodos)
Alunos: Relataram que o
ensino por meio das APNP's foi
bastante complicado e que se
preocupam muito com a
exposição ao vírus nesse 9
retorno.
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Entrevista com os
Servidores Autoria: Anne Galvão

Jornal: "Como foi trabalhar Ele acredita que "estamos


no ensino remoto por meio das dando os primeiros passos para o
APNP's?" retorno seguro" e que "sejam
Maria Rosângela: Disse que passos seguros e contínuos".
"foi muito diferente e estranho Ressaltou a importância da
ter menos contato com os prática laboratorial - "os nossos
alunos" e que a carga de trabalho cursos são de natureza
foi muito pesada: "Às vezes ligava presencial" - e inclusive menciona
meu computador às 8h da manhã que sente saudades dos "clichês
e só levantava às 22h da noite de laboratório" (primeira aula no
para produzir um vídeo de 15 a laboratório de qualitativa, quebra
20 min" . Ela acredita que "só de vidrarias, nervosismo e até
temos a ganhar com esse retorno choro). Acredita que tem-se feito
presencial" e brinca que, por ser um trabalho cuidadoso para esse
professora de qualitativa, ela está retorno.
sempre pensando e "produzindo Projeto da empresa Polinex
soluções" para que tudo, em parceria com o IFRJ com os
inclusive esse retorno, funcione ex alunos: Lucas Batista (ex
bem. aluno de PQ) e Gabriel Lyzas
Professor de Química (graduado em biologia).
Qualitativa Otávio Versiane Afirmaram que estão há 3
Fizemos as mesmas meses se revezando e vindo ao
perguntas para o professor IFRJ para dar continuidade ao
Otávio Versiane e ele afirma que projeto e que o instituto sempre
está com muita expectativa para esteve disposto a ajudá-los nas
esse retorno. Acredita que o suas pesquisas. Os Protocolos de
ensino remoto foi "a ferramenta entrada e saída foram feitos
possível para continuar a ensinar" todos os dias, tiveram assistência
mas houve um déficit muito da instituição com a
grande para os alunos, não só na disponibilização de álcool,
perda das práticas como na ventiladores e etc. .
própria metodologia e didática.
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Entrevista com os
Servidores Autoria: Anne Galvão

Eles afirmam que o Funcionárias da limpeza:


momento foi muito assustador, Lúcia Regina, Leonilde Alves e
mas não podiam parar as Cássia Simere.
pesquisas e o campus sempre Disseram que estão com
esteve disponível para eles. muita expectativa para o
Diretoria de Ensino (DE) - retorno e reencontrar os
Cristiane Pereira e Rudyard alunos. Afirmaram que todos
Gonçalves os dias estavam presentes na
Jornal: "- Como foi o instituição para efetuar a
trabalho remoto? limpeza do Instituto e, quando
Cristiane Pereira: Sentiu-se perguntadas sobre a
muito sobrecarregada com a preocupação de perderem o
carga de trabalho remota. Ela emprego devido à pandemia,
afirma que mesmo estando em afirmaram que "a empresa e o
casa o trabalho continuou e, em diretor Jefferson as
suas palavras, "foi até mais asseguraram que garantiriam
intenso que o presencial em seus empregos" e isso as
alguns momentos". "Com o tranquilizou
trabalho feito em casa, ficou Funcionário de Vigilância
difícil diferenciar o lazer do Oswaldo Luiz
ambiente de trabalho e ainda Relatou que todo o
conciliar as obrigações do lar", período de pandemia "foi
ponto que Rudyard também muito preocupante". "Com o
concordou. Acredita que há lockdown, tinha poucos
muito trabalho a ser feito para o transportes na rua e isso
retorno e também comenta que dificultou muito o meu
está preocupada com a deslocamento para o Instituto".
exposição ao vírus
Rudyard Gonçalves: "É um
mix de sentimentos, uma vez
que estou muito feliz em voltar e
ainda muito preocupado com a
saúde de todos". 11
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Entrevista com os
Servidores Autoria: Anne Galvão

• Mas ele afirma que houve disponibilização de todos os materiais


de segurança pelo campus: máscaras, luvas, óculos de proteção, álcool
produzido pela instituição (que ele afirma ter ficado "muito feliz com a
produção do álcool pelo próprio instituto"), etc.
Ele afirma que em nenhum momento pensou em parar, pois sua
esposa perdeu o emprego durante a pandemia e eles precisavam cuidar
de seus dois filhos. Mesmo se expondo ao vírus, cumpriu todas as
recomendações de saúde. Em abril deste ano, Oswaldo afirmou ter
contraído o vírus e contaminado sua família. Cumpriu todas as medidas
de isolamento e não foi à instituição durante o período em que estava
doente. Ele, emocionado, afirmou que lidar com a doença foi muito
difícil e quase perdeu sua esposa, mas que "Deus deu forças para cuidar
dela". Após se curar, tomou a primeira dose da vacina em junho. Em
agosto voltou a sentir alguns sintomas da covid-19. No dia 06 de agosto,
profissionais de saúde da Fiocruz foram ao Instituto para realizar os
exames de PCR nos funcionários. O de Oswaldo apontou que contraíra a
doença novamente, mas ele afirmou que os sintomas foram bem mais
leves. Curado, tomou a segunda dose no dia 14 de setembro.
Perguntamos qual mensagem ele poderia dar aos estudantes que
irão retornar agora e ele disse "Se cuidem! Pensem nas suas famílias,
mesmo que vocês não tenham perdido ninguém, muitos outros
perderam. Não relaxem nas medidas de prevenção, pois mesmo com a
vacina o vírus ainda existe e pode contaminar. Se cuidem para que
possamos voltar ao normal logo".

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Entrevista com o
Reitor Autoria: João Pedro Duarte

Na última quita feira dia 20 de outubro o conselho editorial do


jornal Méson fez uma entrevista com o reitor Rafael Almada para obter
e trazer esclarecimento para os estudantes do IFRJ sobre o retorno
presencial e as medidas tomadas pela Reitoria.
Nessa entrevista foi defendido pelo reitor a necessidade do
retorno gradual, onde os períodos concluintes do instituto já teriam seu
retorno em novembro, foi escolhido dessa maneira para que ocorresse
um teste sobre as novas medidas adotadas no ensino e nos campi além
de acreditarem que o retorno completo de todos os períodos poderia
gerar um surto que ocasionaria novamente as atividades remotas,
sendo assim foi adotado a política do retorno gradual. Foi também
esclarecido pelo reitor que equipes de saúde analisaram o espaço do
IFRJ e foi permitido o retorno por eles.
Quanto as políticas tomadas para após o retorno foi dito já ter sido
conversado sobre a possibilidade de um maior policiamento na entrada
do campus rio de janeiro devido ao baixo movimento na rua, foi
providenciado álcool, ventiladores e máscaras para os estudantes e
existe a possibilidade de serem disponibilizados testes para covid na
instituição uma vez que está sendo acordado com a Fiocruz.
Foi comentado também, que no caso dos números de contágio e
taxa de contaminação continuarem da maneira que estão, o retorno
completo de todos os períodos da mesma forma como antes da
pandemia está previsto para março de 2022..

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Entrevista com o
Reitor Autoria: João Pedro Duarte

Foi defendido pelo reitor o seu apoio a minicursos certificados


para auxiliar e influenciar o estudante a reposição das práticas de
períodos feitos em APNP, também foi falado sobre a possibilidade de
novos monitores para as matérias feitas durante o ensino remoto
seguindo uma linha de pensamento, como dito pelo reitor, de:
‘’estudantes ajudando estudantes’’, essa politica foi fortemente
defendida pelo Reitor Rafael por ter sido uma forma de ajudar mais
estudantes, tanto no quesito de mais vagas para monitores e maior
auxilio a estudo para aqueles que precisam
Por fim foi dito também que o ensino em APNPS não será mantido
uma vez que a pandemia se encerrar., afirmando também que as APNPS
foram apenas um mecanismo para lidar com a pandemia podendo no
futuro ser uma ferramenta de complemento como para reuniões e
afins.

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Esclarecimento sobre o
Boletim Autoria: GEB e Méson

*Depois de tantas polêmicas e comentários acerca do boletim


lançado no dia 09 de outubro, o Grêmio Elisabetta Bonante e o Jornal
Méson decidiram vir por meio desta lançar seu posicionamento oficial
sobre o assunto.

Visão do Grêmio: É importante salientar que tal boletim não foi


realizado pelo Grêmio como um todo, e sim por certos membros em
específico. A ideia principal que foi apresentada à maioria, é de que seria
uma espécie de veículo informativo do Grêmio, como uma extensão do
Instagram, onde postamos sobre nossas últimas ações. Na prática, porém,
houve textos de cunho jornalístico, desviando das explicações
apresentadas ao público. Vale ressaltar que além de ser uma quebra
estatutária, o jornal, maquiado de boletim, tinha como objetivo por
alguns membros isolar o presente jornal Méson. Devido à saída dos
membros envolvidos na criação do boletim, às críticas negativas que
recebemos e também ao fato de não vermos utilidade nesse tipo de
noticiário - uma vez que já existe um jornal estudantil no Instituto -
decidimos vir publicamente comunicar o encerramento do boletim do
grêmio.

Visão do Méson: É impossível negar que fomos surpreendidos pela


criação do boletim e, assim como a maioria do público, não podemos
deixar de recebê-lo com maus olhos. Não repudiamos ou descartamos a
ideia do surgimento de novos jornais estudantis, mas além de ser uma
quebra de estatuto, não cabe ao grêmio veicular informações de cunho
jornalístico.

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Grêmio Elisabetta
Bonante
“Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você
veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.”

Martin Luther King

Nesta coluna do Grêmio, compartilharemos nossas atividades e


alguns pensamentos. Agradecemos pelo espaço de sempre oferecido pelo
jornal Méson ao Grêmio.

Recomeço. Palavra dita frequentemente nas eleições do Grêmio


Elisabetta Bonante. Vivemos num constante e cansativo movimento de
altos e baixos, erros e acertos e ascensões e quedas. É difícil para o corpo
discente acreditar em promessas de um trabalho sério depois de tantos
escândalos e polêmicas.

Reconstrução. Nós não imaginávamos que a palavra que designava o


objetivo da gestão, caberia tanto a nós mesmos. Entretanto, o que
levamos é justamente isso: subir um degrau de cada vez; dar um passo de
cada vez, com fé e esperança. Não vamos desistir da missão de reconstruir
o Grêmio Elisabetta Bonante. Daqui para frente, reconstruiremos a nossa
história.

Com todo amor, carinho e dedicação,


Madeleine Moreira

Presidente do GEB

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Grêmio Elisabetta
Bonante
Atividades de Outubro:

1) Concurso de Desenho do Mascote do GEB

Com o objetivo de valorizar e divulgar o trabalho dos


desenhistas do IFRJ, o GEB realizou o I Concurso de Desenho do
Mascote do GEB. Recebemos 10 artes e mais de 250 votos no
formulário de votação. Parabenizamos a vencedora Hellen Prevot,
que ganhará como prêmio um maravilhoso kit com caderno de
desenho, kit de marca textos, kit de lápis de cor, lápis grafite e
borracha, o livro “Morro dos Ventos Uivantes” e uma caneca
personalizada com sua arte. E agora, qual nome daremos ao nosso
mascote?

2) Conversa com a DG e DE

No dia 20 de outubro, o
GEB através da presidente
Madeleine Moreira,
juntamente com o CART
(através da presidente Juliana
França e do GT de secretaria
João Schwantes), esteve
presente no Campus para
conversar com a Direção
Geral e a Direção de Ensino.

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Grêmio Elisabetta
Bonante
2.1) Comitê de Biossegurança

Nós confirmamos a participação de três (3) cadeiras discentes no


Comitê de Biossegurança do campus, sendo estas reservadas a um
representante do Grêmio, um do CART e um do Jornal Méson. Também foi
nos informado sobre as medidas de segurança que serão tomadas visando
receber os alunos de 7º e 8º período que voltarão de forma presencial em
novembro. Os laboratórios funcionarão com as janelas abertas e
ventiladores ligados, com a participação dos discentes mediante
comprovação de vacinação.

2.2) Laboratórios e trabalho voluntário

Também fomos informados de que a pintura do laboratório de


Farmácia estaria marcada, então, demos a ideia de levar o trabalho de
monitoria de laboratório de forma que se estendesse a ajuda da
arrumação dos laboratórios, sendo este assunto ainda em prosseguimento
e tendo sido apresentada também à Direção de Ensino.

2.3) E-mail institucional do Grêmio

Informamos também que agora o GEB atende por e-mail


institucional, sendo este no domínio gremio.cmar@ifrj.edu.br .

2.4) Colação de grau

Infelizmente, afirmaram que a colação de grau presencial não seria


possível por ora, mas encorajaram a realização da cerimônia online. Foi
dito também que a possibilidade de liberação da cerimônia presencial só
será provável vinda da PROEN com o retorno total.

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Grêmio Elisabetta
Bonante
2.5) Plágio e trabalhos em branco

Foi enfatizado o plágio e as entregas de trabalhos em branco.


Portanto, é importante frisar que não basta a entrega do trabalho. Para ele
ser contabilizado, precisa ser entregue feito. Em alguns casos, essa
situação tem sido considerada como abandono de período.

3) Sala do Grêmio

No dia 22 de outubro, o GEB através da presidente Madeleine


Moreira, da vice-presidente Anna Karen, do diretor de comunicação
Guilherme Machado e da diretora de sociocultural Fabi Diniz, esteve
presente juntamente com o GT de fiscalização Daniel Carlos na realização
do inventário. Neste dia, também realizamos a transferência das chaves da
ex-tesoureira para os membros ativos. Aproveitamos para limpar a Sala do
Grêmio e contamos com a ajuda do ex-presidente do GEB Carlos
Henrique, do CART através do vice-presidente Matheus Lessa e do GT de
secretaria João Schwantes. Ainda ganhamos um novo freezer da Direção
Geral, que consta no nosso inventário atualizado.

4) Conversa com a DG

No dia 26 de outubro, a presidente Madeleine Moreira esteve com o


Diretor Geral para conversar sobre a liminar liberada pelo Ministério
Público a respeito da volta às aulas presenciais em 15 dias. O DG informou
que as federais em conjunto estariam entrando com recurso para que a
liminar caísse. Neste dia, a presidente também recebeu a equipe de
manutenção na sala do Grêmio para reparar o ar condicionado.

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7 Cart

O Conselho de Alunos Representantes (CART) é um órgão


respaldado pelo regimento geral do EM técnico (artigo 174 e 175). Ele é
mediador de tudo o que acontece no Instituto. Movimenta-se para
melhorar o relacionamento dos alunos com a instituição e resolver
problemas que podem surgir nas turmas, sejam com professores ou
mesmo entre os discentes.
O CART é a voz dos alunos. Ele leva as informações para os regentes
do IFRJ, como uma ponte que comunica a necessidade dos estudantes, e é
isso que vem buscando fazer nos últimos semestres.
A pandemia foi uma surpresa para todos nós, a situação dos
estudantes encontrava-se também em colapso, como todos os outros
setores da sociedade. Assim, o CART agiu assiduamente como um porta
voz dos alunos que compõem o nosso Instituto, visando as melhores
condições para a aplicação das Atividades Pedagógicas Não Presenciais
(APNP’s). Vale ressaltar que não havia um grêmio ativo, então por muito
tempo esse órgão agiu sozinho e com o único objetivo de assegurar que o
aluno fosse ouvido e compreendido.
Desse modo, o Conselho preza pela melhoria do instituto e a
convivência harmoniosa entre a comunidade do IFRJ, estando inclusos a
direção, docentes e discentes. Ele é um mediador, fazendo o possível para
resolver os problemas dos alunos e ser seu porta voz.

Redatoras: Yasmin Pinho - QM 171, antiga secretária do CART.


Juliana França - FM 161, atual Presidente do CART

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Diário do Calouro
Autoria: Beatriz Afonso

O ano de 2020 começava, e com ele a meta de passar em uma


escola federal. A motivação e a dedicação para conseguir a vaga
estavam no máximo. No entanto, no início do ano, algo completamente
atípico aconteceu. Uma pandemia estourou, abalando corações e
levando embora toda minha motivação e esperança, tudo havia se
tornado mais complexo e o sonho parecia muito distante.
Apesar de todas as turbulências de 2020, CONSEGUI, entrei,
passei e estou voando alto. Uma nova fase estudando no Instituto se
iniciava. Um sentimento colossal de ansiedade antes de começar os
estudos, que se agitou ainda mais após a semana de acolhimento,
haviam tantas novidades... Mesmo sabendo que a maioria das
atividades e coletivos da escola estavam inativos devido à pandemia,
era indubitável a animação com tantas coisas novas, até mesmo a forma
de assistir às aulas era novidade
As aulas online exigiriam o dobro da dedicação e concentração, a
minha disciplina seria algo essencial. A maioria dos professores
foram muito compreensivos e era visível que eles também estavam se
adaptando ao ensino online. E foi graças a essa união de esforços que
eu consegui completar o meu período com minha sanidade quase
intacta.
Realmente, essa nova fase foi muito diferente do que eu esperava
e tem sido um aprendizado meio doloroso, mas tudo vai passar. É muito
legal ver que já existe uma organização para que toda escola volte ao
normal e que em breve será implementada. Espero que tudo volte ao
normal o mais rápido possível (respeitando as medidas de segurança) e
que possamos aproveitar toda a estrutura que o IFRJ tem a nos
oferecer.

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Cultura do IFRJ
Autoria: Tiago Aldrovando

Mais que um acolhimento !

Para introdução, lhes darei uma breve explicação do que é o


acolhimento. Muito simples, é o primeiro dia que entramos no IFRJ
como alunos e, mesmo sem sentar em carteiras com cadernos em
mãos, é também o nosso primeiro dia de aprendizado. Um dia em que
as direções e coordenações da escola se apresentam e explicam a
história da instituição e também como são divididas as turmas, o cálculo
da média, etc.
Após a reunião, chega a hora das representações estudantis se
apresentarem. É um momento de interação entre novos ingressantes
(calouros) e alunos antigos (veteranos) que começa no auditório, e
segue para um tour pelo campus e para a gincana. A gincana é muito
especial, ocorre na quadra e nela acontecem competições de dança e
corridas - com ovo, com gente nas suas costas, de assoprar barquinho
ou de comer um pedaço de melancia sem as mãos.
O acolhimento é, como se espera, de fato acolhedor. Pode ser que
lá seja a primeira vez que você diz em voz alta que não tem certeza da
sua sexualidade (como no meu caso). Lá você pode descobrir, após
comer um pedaço inteiro de melancia sem as mãos, que melancia não é
tão ruim assim. Lá é onde você vai ter o primeiro contato com veteranos
e calouros das mais diferentes rodas que irão te perguntar coisas sobre
você, fazendo você se conhecer e as pessoas te conhecerem. Você vai
aprender sobre vivências diferentes da sua, outras realidades. É o
primeiríssimo contato com toda a experiência que o IFRJ proporciona.

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Cultura do IFRJ
Autoria: Tiago Aldrovando

Mas para falar a verdade, o acolhimento é muito mais que isso e


começa bem antes, quando saímos do metrô, trem ou “busão”. A cada
passo que damos em direção ao IF, o frio na barriga aumenta até que,
quando você chega lá, vê dezenas de rostos diferentes, alguns tímidos e
outros extrovertidos, alguns demoraram duas horas para chegar no
campus e outros pegaram uma bicicleta há uns 10 minutos atrás. Todavia,
é importantíssimo olhar atentamente para esses rostos, pois é entre eles
que estarão pessoas com quem você viverá momentos inesquecíveis.
Nesse lugar, por mais que não se perceba à primeira vista, você
encontrará pessoas que te dão a impressão de “te conheço de algum
lugar...”. .

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10
QMário
Autoria: Mário

EXTRA, EXTRA! LOGO LOGO O LEITE AZEDA


É com essa breve referência ao nosso som da Gloria Groove que
eu quero começar a nova era do QMário após um ano que eu sumi
porque… nossa! Acredito que eu não tinha visto tanta coisa para
comentar ao mesmo tempo desde que o IFRJ tinha personalidades
como Nathan Paes, Paulo Borges, Henrique Lima, Peterson e tantos
outros sob o mesmo guarda-chuva da comunidade política da nossa
instituição.
Uma pena que, naquela época, existiam alguns comentários benignos
para serem feitos, e agora temos que lidar com a triste realidade do que
acontece quando pessoas desinformadas e radicais assumem as rédeas
de um movimento estudantil. Não me levem a mal, claro, este discente
que fala com você já participou de atos e manifestações, pois o IFRJ
sempre foi um colégio combatente desde os dias em que o Conrado e o
Paulo postaram no Fórum do CART as atas escritas à mão da ocupação
que nosso colégio passou e professoras como a Roberta Prates sofriam
as consequências de se colocarem na linha de frente em defesa dos
alunos. Mas existe uma diferença entre aquela geração e a de agora que
vocês podem perceber, simplesmente, pela quantidade de referências
neste texto. Os discentes que se consideram da linha de frente nos
momentos atuais sabem o que significa “cadeado” para um aluno do
IFRJ? Eles sabem o peso que o jornal Méson tem, visto que nunca,
repito, NUNCA recebeu verbas da instituição enquanto folhetins como o
do CEFET possuem bolsas acadêmicas para seus participantes? Sabem
que se você falar “estatuto”, mesmo baixinho, 3 entidades do IFRJ
podem aparecer do nada? Não, meus caros, eles não sabem... e isso
não é culpa apenas deles.

24
10 QMário
Autoria: Mário

Nós, os discentes que sobreviveram às pressões do IFRJ, deveríamos


ter apresentado a nossa instituição para estes que chegaram após alguns
de nós termos nos formado ou conseguido estágios. Nos encaminhamos
para o próximo capítulo de nossas vidas e esquecemos que não temos o
privilégio de escolas particulares. Nossa história não está fixa em um
mural do colégio, nossa história é fluida e precisa ser contada como um
conto de fadas era contado de pai pra filho na Idade Média.
Eu não culpo aqueles que assumiram a linha de frente por serem
radicais, eles não tiveram pessoas que os ensinassem sobre o jogo político
interno do IFRJ, eles se auto-educaram e as consequências disso são tão
culpa deles como nossa.
Tudo que acontece no movimento estudantil nos representa, sendo você
calouro ou veterano, membro do CART ou do Grêmio, ou apenas um
discente que busca um diploma. Tudo que acontece no movimento
estudantil respinga na forma como outros verão você.
Por isso eu termino este QMário com uma pergunta, meus caros.
Quando vamos parar de distribuir ingressos para os outros nos verem
fazendo… bem, acredito que todos que ouviram a música já sabem.

25
11
Resenha das Bruxas de
Eastwick Autoria: Daniel Carlos

“As Bruxas de Eastwick” é um filme clássico do gênero comédia


fantástica norte-americano dirigido por George Miller tendo sua principal
exibição em 1987. A obra se trata de um dos filmes mais indicados para
analisar como uma boa trilha sonora, uma direção como a de George
Miller que nos submerge em um universo fantástico de forma sutil e
simples, junto de atrizes como Michelle Pfeiffer, Cher e Susan Sarandon –
além do sublime Jack Nicholson – podem fazer o roteiro ser a última coisa
que você presta atenção ao olhar para a sua telinha.
O filme, no início, parece se tratar de um drama se você não
reconhece o título e o relaciona com o livro de mesmo nome. Três
mulheres, recém divorciadas (exceto por Alexandra, personagem de Cher)
e com vários filhos (exceto Jane, a personagem de Susan Sarandon) se
encontram em uma cidade do interior tentando lidar com o peso de
serem mães solteiras. As três são o suporte uma da outra, com Alexandra
sendo a hospedeira de suas amigas em noites de quinta-feira para que
tenham momentos de conforto, união e empatia. É em uma destas noites
de quinta-feira que as três desejam que um homem surja na vida delas... e
isso é concedido, apesar do homem se revelar como outra coisa no fim.
Este filme pode ser analisado por várias óticas, visto que seu roteiro
é raso e dá muita margem para interpretação. Já me disseram que é um
filme incrivelmente machista, por colocar um homem como a solução de
todos os problemas das mulheres principais e depois as punir por o
desejar em suas vidas. Outra análise que dividiram comigo é que o filme
satiriza a visão estadunidense de bruxas, ao dar poder para as principais
por meio de um homem que representa o diabo. Este poder as afeta de
forma que suas personalidades recatadas se destroem e elas começam a
agir muito mais como mulheres dos anos atuais do que mulheres dos anos
80. Eu gosto de analisar esse filme com uma outra ótica, pois no final das
contas, ele é... uma comédia.

26
11
Resenha das Bruxas de
Eastwick Autoria: Daniel Carlos

A trilha sonora do filme é clichê, tão clichê quanto de outro clássico


de comédia fantástica, “Os Fantasmas Se Divertem”, e isso me fez resgatar
minhas conclusões finais deste clássico e aplicar neste filme: no final das
contas, as comédias fantásticas são meios de utilizarmos o lúdico para
explicar nossas emoções. Em “Os Fantasmas Se Divertem”, o foco é o luto.
Em “As Bruxas de Eastwick”, a emoção que mais se transmite pela tela é…
cansaço. O filme conta por meio da relação das bruxas com o
diabo/homem e suas crianças como era – e ainda é – ser uma mulher e
uma mãe solteira na sociedade estadunidense e no mundo.
A direção de George Miller explicita isto ao focar nas expressões das
personagens principais e das mulheres da sociedade além delas. Não
existe compaixão vinda das outras mulheres, suas expressões são vazias,
até que as mesmas se libertam das amarras da sociedade e então as
mulheres se voltam contra elas. A única palavra dirigida a uma das
protagonistas por uma mulher após se encontrarem com o personagem
de Nicholson, Daryl, é “vadia”. As mulheres da sociedade de Eastwick não
se importam com o cansaço das principais em serem observadas como
párias por serem divorciadas, por terem vários filhos para criarem
sozinhas, muito menos com a carência da falta de uma companhia. Assim
que elas se retiram daquela situação e vão viver com Daryl numa mansão
que – ironicamente – serviu de palco para a morte de bruxas na história
do filme, isso é tudo que elas são.
As bruxas de Eastwick. Vis. Devassas. Maléficas.

27
12
Resenha de O Gato
Preto Autoria: Moon

Olá IFanos, é uma grande honra estar nessa edição especial de


halloween, confesso que estou meio nervosa já que é a primeira vez que
participo aqui então sejam carinhosos comigo por favor. Hoje na resenha
literária vamos falar sobre um dos meus contos favoritos de Edgar Allan
Poe, mas, quem é esse homem? Deixa eu te falar um pouco sobre ele.
Edgar não foi só um grande autor, mas também foi um poeta, editor
e crítico literário, muito conhecido por suas obras que envolvem o terror,
o suspense e o mais macabro das histórias clássicas, sendo também
considerado o inventor do gênero literário ficção policial.
Ok, mas vamos parar de falar de Poe e começar a falar sobre uma
das suas melhores obras (de acordo com o site: eu), O Gato Preto é um
conto entre muitos outros de Edgar, esse conto de 24 páginas tem o
gênero de terror, com uma leve pitada de suspense, sendo uma das
principais ferramentas do autor em suas obras.
Até onde vai a amargura do homem? O que seus vícios podem levá-
lo a fazer? Em "O gato preto” lemos as confissões de um homem que à
beira da morte conta com amargura nenhum caso em específico, mas a
decorrência de seus crimes abomináveis, que ele descreve como “meros
acontecimentos domésticos‘’.
Um amor pelos animais que o acompanha desde criança é a
justificativa do relator para explicar a quantidade de animais dóceis que
cuidava com sua esposa, entre eles está um gato preto. Plutão era o gato
que o dono mais amava e mais tinha carinho e respeito, um afeto mútuo.
Os anos passam e o narrador confessa envergonhado como se
tornou um homem bruto, indiferente aos sentimentos alheios e, se
entregando totalmente ao alcoolismo, um homem sádico e perverso,
passando a agredir sua esposa e seus animais, levando alguns à morte.

28
12
Resenha de O Gato
Preto Autoria: Moon

Não tendo a menor paciência e afeto de antes, o gato, sentindo a


pessoa que seu dono se tornou, começa a temê-lo e a evitá-lo. O dono
vendo como o gato fugia de sua presença e que não tinha a mesma
afeição de antes, se enfureceu, e movido pelo o álcool e a perversidade,
tortura e mata o animal a que mais tinha amor e respeito.
A forma violenta como matou seu animal favorito o encheu de
tormento.
Certo dia, ao voltar do bar, esbarrou em um gato idêntico a Plutão.
Movido pelo remorso, decide adotar o gato na esperança de acabar com a
culpa que o seguia. Porém, com o passar do tempo, o narrador vai
percebendo uma série de acontecimentos no mínimo aterrorizantes com
o novo gato, que vai consumindo sua lucidez, levando-o a fazer coisas que
o farão sentir a culpa e o arrependimento que o acompanharão por anos.
Nada melhor para outubro do que uma resenha de terror, né? O
Gato Preto de primeira parece ser um conto que não vai te cativar muito,
mas com o passar da história e acontecimentos que te deixam abismado e
com repulsa, quando você menos perceber já devorou todo o livro.
Além do personagem ser uma incógnita, não sabemos dizer se ele
realmente se arrependeu das ações dele ou se é puro medo do
sobrenatural, e também temos essa dúvida: Plutão realmente era um ser
sobrenatural em busca de vingança ou o personagem movido por culpa foi
perdendo sua lucidez, misturada com seu alcoolismo?
A forma com que Allan escreve transcende gerações pelo simples
fato de ser uma leitura que, apesar de ser um conto de terror, não é
complicada e chata levando pelo fato de ser um clássico. .
Quando você lê os trabalhos de Poe, conseguimos entender o
porquê dele ser o melhor, são histórias extraordinárias que sempre vão te
fazer querer ler mais e vão te cativar a cada conto, sua atmosfera sombria
presente em cada texto te envolve e intriga cada vez mais.

29
12
Resenha de O Gato
Preto Autoria: Moon

O Gato Preto é um dos muitos contos do Allan que vão querer se


tornar seus favoritos, é impossível não se apaixonar por ele, e aqui fica
minha carta aberta para vocês lerem esse e outras histórias maravilhosas
de Poe (cof cof, O Poço e o Pêndulo, cof cof). Então é isso galerinha, nossa
resenha fica por aqui e vejo vocês por aí, TCHAUUUU.

30
13 Halloween: A festa
História do Halloween
Autoria: Sam André

do Diabo?
Você já ouviu falar do Halloween? A não ser que você more em
algum tipo de caverna ou seja um erudita, provavelmente já ouviu falar
desta data comemorativa. Mas você conhece a sua origem? Ou qual a sua
relação com o Dia de Todos os Santos?
Como muitos sabem, o Halloween é uma festa pagã. Esta data
comemorativa tem mais de 2500 anos e surgiu entre o povo celta. O
primeiro registro do termo Halloween é de cerca de 1745. É uma
contração do termo escocês All Hallows' Eve, que significa “véspera do Dia
de Todos-os-Santos”, data comemorativa do calendário cristão.
Originalmente, o Halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival
do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30
de outubro e 2 de novembro que marcava o fim do verão (Samhain
significa literalmente "fim do verão"). A celebração do Halloween tem
duas origens que no transcurso da História foram se misturando:

Origem Pagã

A origem pagã do "dia das bruxas" tem a ver com a celebração celta
chamada Samhain, que tinha como objetivo cultuar os mortos e a deusa
YuuByeol (símbolo antigo da perfeição celta). Os celtas eram originários da
região da Irlanda. Com o tempo, eles foram se espalhando pela Europa.
Esse povo era politeísta e acreditava em diversos deuses relacionados com
os animais e as forças da natureza. Eles acreditavam que no último dia do
verão (31 de outubro), os espíritos saíam dos cemitérios para tomar posse
dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam
nas casas objetos assustadores, como por exemplo, caveiras, ossos
decorados, abóboras enfeitadas, entre outros

31
13
História do Halloween
Autoria: Sam André
Origem Católica

Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para


festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde, o Papa Bonifácio
IV transformou um templo romano dedicado a todos os deuses
(Panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a
todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os
Santos era inicialmente celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa
Gregório III mudou a data para 1 de novembro, que era o dia da
dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em
Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a
festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente.
Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração
vespertina, ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de
outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All
Hallow's Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas
formas All Hallowed Eve e All Hallow Een até chegar à palavra atual
Halloween.

Tradições, Fantasias e Símbolos

O pedido de doces realizado pelas crianças está relacionado com


a antiga tradição celta. Como forma de apaziguar esses espíritos maus
eram realizadas oferendas de comida a eles. As mulheres celtas
faziam um bolo chamado de “bolo da alma”.
Já a tradição da vela dentro da abóbora vem do folclore da Irlanda e
está relacionada com a figura de “Jack da lanterna”. No entanto, na
história original a abóbora era um nabo.
Os principais símbolos associados à comemoração são as
abóboras com velas, as fantasias de bruxas, caveiras, múmias,
fantasmas, zumbis, morcegos e gatos. Além disso, as cores mais
utilizadas são o preto, o roxo e o laranja.

32
13
História do Halloween
Autoria: Sam André
Atualmente

Se analisarmos o modo como o Halloween é celebrado hoje,


veremos que pouco tem a ver com as suas origens: só restou uma alusão
aos mortos, mas com um carácter completamente distinto do que tinha
ao princípio. Vemos, portanto, que a atual festa do Halloween é produto
da mescla de muitas tradições, trazidas pelos colonos no século XVIII para
os Estados Unidos e ali integradas de modo peculiar na sua cultura. Muitas
delas já foram esquecidas na Europa, onde hoje, por colonização cultural
dos Estados Unidos, aparece o Halloween enquanto desaparecem as
tradições locais.

33
14
O Crime que Chocou o
País Autoria: Ravi Leão

Foram encontrados mortos, em um bairro nobre de São Paulo, o


casal Manfred e Marísia von Richthofen. A filha do casal ligou para a
polícia alegando que tinha encontrado sua casa aberta e que estava
com medo de entrar. .
Meu caro leitor, essa história completa 19 anos nesse Halloween
e temos visto um interesse no caso devido aos filmes O Menino que
Matou Meus Pais e A Menina que Matou os Pais. Não tem como ter
spoiler dos livros pelo simples fato de ser um caso que está fresco na
memória nacional, e o mais interessante é que cada pessoa se
interessa por motivos diferentes. Alguns pela filha do casal, Suzane
von Richthofen, que pelo o que consta nos arquivos, foi a cabeça
pensante do crime, quem o arquitetou e articulou para que seu
namorado pudesse apenas executá-lo. Outros se interessam pela
visão dela da história, onde foi manipulada pelo namorado a ser
conivente com crime por amor. .
Mas como diz Ilana Casoy, a autora de O Quinto Mandamento,
livro que mostra a investigação do caso Richthofen, “A
inatingibilidade de pai e mãe é universal. Não existe lugar no mundo
que eles não sejam sagrados.” .
O casal era preocupado com a família e seu futuro. E algo me faz
pensar, Marísia era psiquiatra, como ela não pôde perceber que
havia algo acontecendo com sua filha? Como ela não percebeu seus
trejeitos e sua forma de ser? É algo a se pensar, que infelizmente
não temos resposta. .
A adaptação cinematográfica que retrata essa história é dividida
em duas partes. Um filme conta a versão dos irmãos Cravinhos: em
A Menina que Matou os Pais, foi Suzane que manipulou e articulou
tudo, e Daniel, que amava Suzane, se viu preso aos pedidos da
namorada e a um destino em que só poderiam estar juntos se os
pais dela não estivessem mais ali. Em O Menino que Matou Meus
Pais, Suzane se viu manipulada pelo namorado e pelo cunhado, que
queriam o dinheiro e riqueza de seus pais, e não tinha o que fazer
perante a situação. 34
14
O Crime que Chocou o
País Autoria: Ravi Leão

A versão dela quase foi levada como a visão certa dos fatos, mas
as investigações levaram a outro caminho. .
Suzane estava tranquila, calma e fria diante de tudo aquilo, a
última coisa que se espera de alguém que teve os pais assassinados
de forma brutal e rude, é a serenidade que ela teve. Fora a forma
fria de falar e citar os pais durante toda a investigação. Foi um
período de 10 dias no qual Suzane viajou, fez festa, comemorou. A
equipe de investigação estranhou todas as reações e chegaram à
conclusão de que ela com certeza estava envolvida.
Pelo lados dos Cravinhos, Daniel tentou ao máximo se manter
na linha para não criar alarde, mas seu irmão Cristian comprou uma
moto, em dólares, com o dinheiro do assalto. Cá entre nós, 10 dias
foi até demais para prender os acusados. No 10° dia houve a
confissão dos três, o que não surpreendeu a polícia na época.
O país inteiro entrou em choque com o caso, uma filha educada,
de classe alta, estudiosa e exemplar, ser a mandante do assassinato
dos próprios pais. É uma história de terror não poder confiar na
própria família. .
Hoje em dia Suzane cumpre seus anos de pena sob regime semi
aberto na penitenciária feminina de Tremembé e faz faculdade
presencial na Universidade Anhanguera em Taubaté.
Daniel Cravinhos mudou seu nome para Daniel Bento e cumpre
sua pena em regime aberto. .
Cristian Cravinhos conseguiu o direito ao regime aberto em
2017, mas voltou ao regime fechado em 2018. Também teve
acréscimo de pena por tentativa de suborno após se envolver em
uma briga de bar durante seu período de liberdade.
Para quem se interessar nas versões dos acusados, sugiro que
vejam os filmes citados e, para quem quer mergulhar mais a fundo
na investigação e em como a equipe chegou na confissão e período
de processo, leiam O Quinto Mandamento de Ilana Casoy.

35
15
Cores Claras

Monstro, eu não tenho medo

Do que você tem medo?


De reprovar na vida?
De ser uma vergonha para a família?
Do sobrenatural ou até...
De você mesmo?

Todos nós possuímos nossos medos


O sol, de ser tapado pelas nuvens
As abelhas, de não acharem flores
Aquele que vos fala, de não achar um amor.

Medo é natural
É inerente ao ser
Mas não seria tão banal
Se soubéssemos que é só crescer?

Tudo isso vem do novo, do desconhecido


Por que nos afeta? Por que me afeta?
Porque mexe em nossas almas
Remexe nossas inseguranças e no inconsciente
Mostra a nossa pior reprovação.

Muitas pessoas deixam o medo aflorado


“Medo disso, medo daquilo”
“Agonia disso, agonia daquilo”
Saiba que sim, pode sim ter medo
Mas não, não pode deixá-lo te dominar.

36
15
Cores Claras

Saibas sempre:
O medo te forma e compõe, não o oposto
O medo te ajuda a pensar e refletir, não te domina
O medo te mostra seus monstros, para que você trabalhe tais.

Monstros? O que fazer? Como lidar?


Meu "monstro" são na verdade "monstros"
Orgulho, solidão, insegurança...
Mas aprendi com eles que eu que mando
Eu que ordeno no meu pensante e não mais eles.

Monstro, eu não tenho medo de estar errado


Caso eu esteja, me levanto e continuo
Monstro, eu não tenho medo de ser sozinho
Por quê? Sempre tenho a mim e ao mundo
Monstro, eu não tenho medo de falhar
Caso eu falhe, junto meus pedaços e volto para a guerra.

Encare seu problema frente a frente


Liberte seu “eu” de suas próprias amarras
Que você mesmo prendeu
Encare, analise, solte e aceite
Todos nós somos imperfeitos, se aceite
Porque se aceitando dominamos nossos monstros, nossos medos.

Após isso tudo, terás a coragem de erguer a cabeça e falar:


“Monstro, eu não tenho medo”.

Jaime

37
15
Cores Claras

Sem tempo
O tempo passa mais rápido.
Acordei, reguei minha nova muda
Escovei os dentes e senti fome
São três da tarde, tenho matéria atrasada para estudar.

O despertador toca, são oito da manhã.


E da planta nascera uma linda flor, que hoje se encontra broxada
Pois meu pai, sorridente em seu desespero,
Desabafa pensando em sua falta de tempo nos dias que se
passam…

E se passam...

Acho que o tempo passa mais rápido.


Meu cabelo está gigante
e minha barba crescendo
Parece que minha planta precisa de mais água.

Tenho 18 anos, e ainda assim


Meus pais vivem relembrando
Uma época em que eu tinha apenas 8.

38
15
Cores Claras

O tempo passa mais rápido.


Acordei, escovei os dentes,
senti fome e… o que mudou?
Ah é, minha planta morreu.

Será que o tempo passa mais rápido?


Ou somos nós, que passamos tão lento!
Olhando para o passado, enquanto o presente,
que era o único em alcance, agora já se foi.

Tiago Aldrovando

39
16 C’est Fini
Autoria: Anne Galvão

O Horripilante Pesadelo
Um dia sentei no sofá da sala e fui assistir ao jornal com a minha
mãe, fazia isso todos os dias. E por algum motivo acho que comecei a
sonhar. Sonhei, ou melhor, "pesadelei" sobre um vírus que atingiu todo o
mundo. Muitas pessoas se foram. Ouvia em minha cabeça as vozes de
choro, de dor, de angústia e de medo. Mas me perguntei o porquê disso,
afinal, era só uma história, um conto de terror de halloween que passava
na televisão, não?

Prossegui no meu pesadelo. Via pessoas em casa e outras


desesperadas porque precisavam sair e ganhar o pão daquele dia e não
sabiam como iriam fazer isso. Via o negacionismo nos olhares, nas falas,
nas notícias, nas mensagens de texto, nas redes sociais, nas mentes e nos
pensamentos. Perguntei-me se em algum momento do meu sonho eu
havia retornado à era medieval, onde defender a ciência era motivo de
fogueira e escárnio. Mas não, meu pesadelo retratou um presente tão
passado que de tão passado não ficou nem um pouco amarrotado.

Continuei caminhando. Caminhei com calma, esse pesadelo parecia


algum conto de Stephen King que virou filme dirigido pelo Quentin
Tarantino. Vi na esquina um governo completamente desestruturado e
apavorado, brigando como crianças ao invés de ajudar o seu próprio povo.
Fecharam seus olhos para o sangue quente de quem ainda lutava pela
vida nos CTI's e tamparam seus ouvidos para o choro amargo das mães
que perderam seus filhos. Pouco a pouco meu sangue ferveu. A revolta e a
raiva de não poder fazer nada, de ver minha vida passar diante dos meus
olhos pouco a pouco e cada dia mais. De ser como o pássaro enjaulado
que quer voar e ver o mundo mas que sabe que dentro da gaiola é mais
seguro.
40
Chorei, gritei e por fim, acordei. Minha mãe desligou a televisão.

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