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AJES - FACULDADE DO NORTE DE MATO GROSSO

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

CARIN ÁVILA DOS ANJOS


FRANCIELI APARECIDA PEREIRA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO I:


Observação

Guarantã do Norte - MT
2019
AJES - FACULDADE DO NORTE DE MATO GROSSO

CARIN ÁVILA DOS ANJOS


FRANCIELI APARECIDA PEREIRA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO I:


Observação

Relatório de Estágio Supervisionado Básico I,


apresentado ao Curso de Bacharelado em Psicologia,
da AJES – Faculdade do Norte de Mato Grosso, como
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel
em Psicologia, sob a orientação da Professora
Especialista Kelly Fernanda Rezer.

Guarantã do Norte - MT
2019
AJES - FACULDADE DO NORTE DE MATO GROSSO
BACHARELADO EM PSICOLOGIA

FOLHA DE FACE

Estagiárias:

___________________________________________________________
CARIN ÁVILA DOS ANJOS – Matrícula: 00000465
E-mail: avilacarinanjos@hotmail.com

___________________________________________________________
FRANCIELI APARECIDA PEREIRA – Matrícula: 00000393
E-mail: fr_ape@hotmail.com

Local de Estágio:

Escola pública de um município localizado ao norte do estado de Mato Grosso

Supervisora e Orientadora de Estágio:

___________________________________________________________
Profa. Esp. Kelly Fernanda Rezer. CRP: 18/04795

Coordenadora de Curso de Bacharel em Psicologia:

___________________________________________________________
Profa. Esp. Dalila Mateus Gonçalves CRP: MT 18/04759
RESUMO

O presente relatório descreve as atividades de Estagio Supervisionado Básico I dos alunos do


curso de Psicologia da Faculdade AJES – Faculdade do Norte de Mato Grosso, da cidade de
Guarantã do Norte – MT. Realizado em uma Escola Estadual localizada no interior do Estado
de Mato Grosso. O objetivo foi que os estagiários pudessem observar a atuação de psicólogos
na rede de ensino, as abordagens, intervenções e aplicação de teorias e planos estratégicos para
trabalhar as dificuldades apresentadas pelo atendidos durante o processo. De forma que a
observação e supervisão puderam abrir caminhos para que os estagiários tomassem nota de
como se trabalhar em um campo tão abrangente, onde não se encontra somente uma dificuldade
específica apresentada somente por alunos, mas também pela instituição, seus professores e
também pelos ais dos alunos, tudo isso refletido na criança e/ou adolescente que se apresenta
nesse processo de aprendizado.

Palavras-chave: Psicologia Escolar; Dificuldade de Aprendizagem; Psicologia.


LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


ADAPE Avaliação de Dificuldade de Aprendizagem em Escrita
AJES Academia Juinense de Ensino Superior
CRAMI Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância
EJA Educação de Jovens e Adultos
TDAH Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 6
1 PERÍODO DE ESTÁGIO ..................................................................................................... 7
1.1 PLANO DE ESTÁGIO ........................................................................................................ 7
2 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ........................................................................ 8
2.1 PERFIL DAS PESSOAS ATENDIDAS .............................................................................. 8
3 DIAGNÓSTICO DA REALIDADE .................................................................................... 9
4 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 10
4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 10
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 11
5.1 PSICÓLOGO ESCOLAR .................................................................................................. 11
5.2 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ........................................................................ 12
5.3 A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA .............................. 14
5.4 A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA INFANTIL E A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO DE
OBSERVAÇÃO ....................................................................................................................... 15
6 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES .................................................................................... 17
6.1 ATIVIDADES DE SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO...................................................... 17
6.2 IDA A CAMPO .................................................................................................................. 19
7 RECURSOS MATERIAIS ................................................................................................. 22
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 23
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 24
ANEXOS ................................................................................................................................. 25
INTRODUÇÃO

O Estágio Básico I foi realizado pelas acadêmicas da AJES – Faculdade do Norte de


Mato Grosso, em uma escola estadual em um município localizado ao norte do estado de Mato
Grosso. O mesmo, contou com uma carga horária total de 40 horas, sendo 20 horas destinadas
à supervisão e 20 horas destinadas às idas à campo. A ida à campo foi distribuída inicialmente
em duas etapas, sendo a primeira, destinada à entrevista com os pais das crianças que foram
assistidas e a segunda destinada à implantação de métodos de aprendizagem, fixação e
memorização.

Durante o período de estágio foram realizadas as orientações aos estagiários, pela


supervisora, sobre a postura dos mesmos, em relação a escuta e observação, procedimentos que
este estágio se destina a aprimorar nos acadêmicos. Este, teve como objetivo a identificação e
a formulação de condutas para estabelecer o vínculo terapêutico com as crianças, bem como a
observação da aplicação de métodos de aprendizagem que possibilitem a esses indivíduos
melhor assimilação do conteúdo escolar e a convivência destes com os demais colegas.

Tal processo possibilitou aos estagiários a captação de informações acerca de


atendimentos, a partir da observação e escuta durante as entrevistas. Podendo eles, nesse
momento, absorver informações da prática profissional do conteúdo teórico obtido até o
presente momento.

Durante o processo de entrevistas foi possível realizar a captação de informações a nível


de desenvolvimento e aprendizagem das crianças, bem como a relação familiar, social e afetiva
das mesmas. A partir das informações obtidas, foi possível elaborar os planos de atuação para
intervenção e adaptação desses indivíduos ao contexto em que estavam inseridos.

Em suma, o presente relatório contém a descrição das atividades realizadas, o qual está
dividido em tópicos, sendo eles: período de estágio, caracterização da instituição, diagnóstico
da realidade, objetivos (gerais e específicos) e fundamentação teórica. Na sequência,
encontram-se a descrição das atividades realizadas no estágio, os recursos materiais utilizados
e, por fim, as considerações finais, seguido pelas referências bibliográficas.

6
1 PERÍODO DE ESTÁGIO

O presente estágio foi realizado com carga horária de 40 horas, subdividido em 10 aulas
de 4 horas cada, sendo uma aula a cada quinze dias. Os encontros foram realizados em atividade
de campo, em uma escola pública em um município ao norte de Mato Grosso. O estágio a campo
teve início no dia 22 (vinte e dois) de agosto de 2019.

1.1 PLANO DE ESTÁGIO

1ª ETAPA: reunião geral de estágio na AJES com os acadêmicos do curso de


Bacharelado em Psicologia, juntamente com a coordenadora do curso Dalila Mateus Gonçalves,
e a supervisora de estágio Kelly Fernanda Rezer, para apresentação do manual de estágio,
esclarecimento de atribuições e de dúvidas, aquisição dos documentos e anexos do estágio,
além da identificação das datas e locais de estágio e divisão dos grupos de atuação.

2ª ETAPA: ida a campo, para realização de entrevistas com os pais das crianças a serem
assistidas, escuta e observação pelos estagiários.

3ª ETAPA: ida a campo, para realização de atendimento as crianças, as quais foram


atendidas individualmente pela psicóloga na sala lúdica, os estagiários participaram com escuta
e observação.

4ª ETAPA: ida a campo, para realização de palestra primeiramente para os professores,


com o tema sobre o setembro amarelo, o suicídio e a depressão e, logo após o intervalo, a
palestra para os alunos.

5a ETAPA: ida a campo, para realização de atendimento as crianças, desenvolvimento


de atividades lúdicas, educacionais e pedagógicas.

6º ETAPA: ida a campo, realização de atendimentos individuais das crianças com


atividades pedagógicas, educacionais e lúdicas, e, encerramento do estágio junto a instituição.

7º ETAPA: supervisão, correção e conclusão do relatório de estágio.

7
2 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

As atividades a campo do estágio foram realizadas em uma escola pública, localizada


em um município ao norte do estão de Mato Grosso. A escola oferece a etapa da educação
básica do 1º ao 9º ano, no período matutino e a modalidade de Educação de Jovens e Adultos –
EJA, do 1º e 2º segmento e Ensino Médio, atendendo nos períodos vespertino e noturno.

A escola foi construída em 2005 e encontra-se em bom estado de conservação, contendo


10 salas de aulas, 01 biblioteca, 01 sala de informática, 01 secretaria, sala da diretoria,
almoxarifado, 01 cozinha, sala de coordenação, sala de articulação, sala de recursos
multifuncional, sala dos professores, refeitório, sanitário masculino, sanitário feminino,
sanitário para portadores de necessidades especiais, área de serviço, sanitário para professores,
sanitário para funcionários, saguão com lavatório e bebedouro, como também uma quadra
poliesportiva coberta e com arquibancadas. Os discentes do ciclo de formação humana vêm
essencialmente da comunidade local, diferentemente dos alunos matriculados na EJA que vem
de todos os bairros da cidade, alguns utilizando transporte escolar, por ser a única escola no
município que oferece essa modalidade de ensino, tem um total 640 alunos matriculados no
momento e 53 funcionários.

2.1 PERFIL DAS PESSOAS ATENDIDAS

A escola oferece atendimento para alunos do 1º, 2º e 3º ciclos da Educação Básica, bem
como aos alunos do Ensino Fundamental e Médio da modalidade EJA – Educação de Jovens e
Adultos.

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3 DIAGNÓSTICO DA REALIDADE

As atividades do estágio foram realizadas com base na proposta apresentada pela


professora orientadora do estágio, que consistia em realizar entrevistas com pais e alunos da
presente escola, a fim de identificar dificuldades de aprendizagem dos alunos e, posteriormente,
implantar métodos de aprendizagem, fixação e memorização.

Inicialmente a professora e orientadora do estágio em contato com a coordenação da


escola pode ter acesso a informações dos alunos através de ficha previamente preenchida pela
diretora da escola juntamente com a queixa relacionada a este aluno. A partir destes dados,
pode-se marcar entrevistas com os alunos e pais das crianças para confirmação das queixas, a
partir da confirmação da dificuldade apresentada, montou-se estratégia de intervenção com os
pontos a serem trabalhados para melhorar as dificuldades apresentadas pelos atendidos.

9
4 OBJETIVO GERAL

O objetivo do presente estágio visa possibilitar que os acadêmicos presenciem e


observem a atuação profissional de forma integrada, associando a prática com conhecimentos
já adquiridos no curso, desenvolvendo, desta maneira, habilidades e competências necessárias
para a profissão.

4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Observação da atuação do Psicólogo Escolar;


• Observar a postura profissional e a conduta do Psicólogo frente a demanda;
• Observação e identificação de aspectos cognitivo, comportamental e afetivo nos
diferentes contextos;
• Captação de dados sociais, culturais e de desenvolvimento para pesquisas;
• Capacitação dos estagiários para a vida profissional;

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5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Psicologia tem em si uma grande diversidade de campos de atuação, seu leque de


possibilidades é amplo, englobando vários ramos profissionais, desde uma atuação solo, como
também atuações em ambientes organizacionais e sociais em centro de apoios e escolas, por
exemplo.

No presente relatório buscamos destacar a atuação do psicólogo no ambiente escolar,


como se dá essa atuação, a sua interação nesse ambiente, quais métodos utilizados para
identificação e resolução de dificuldades de aprendizagem, apoio à equipe pedagógica, aos
estudantes e também aos pais.

O campo da Psicologia Escolar é relativamente novo, infelizmente pouco valorizado e


explorado. O psicólogo escolar ainda sofre com preconceito e desvalorização no ambiente
escolar, pois a cultura de aprendizagem utilizada até o momento, abrange somente a imposição
de aprendizado e, não, a adaptação dos métodos às mais diversas dificuldades que possam surgir
em variadas etapas de desenvolvimentos de cada criança em particular.

5.1 PSICÓLOGO ESCOLAR

No Brasil, a atuação do psicólogo escolar teve início no século XX, algumas de suas
atribuições eram avaliar e diagnosticar alunos em relação à aprendizagem. A partir de 1970,
com o sancionar da lei nº 5.692/71, estabeleceu-se que fosse gratuito e obrigatório o ensino
escolar a toda a população, com isso, o número de estudantes nas instituições de ensino
aumentou consideravelmente. Nota-se também, que os métodos utilizados até então para o
atendimento psicológico desses estudantes/alunos, não estavam trazendo resultados
satisfatórios, pois os atendimentos eram individualizados e realizado somente com os
estudantes (FIGUEIREDO, 2017).

Com a observação de tais dificuldades, notou-se a necessidade de alterações nesse


contexto de atuação do profissional psicólogo, tendo em vista a importância de todo o contexto
educacional estar em sintonia, agregou-se a essa atuação a prática da inserção também de
atenção a instituição e aos profissionais educacionais ali inseridos (ARAÚJO; ALMEIDA,
2006).

Podemos observar essa necessidade a partir da afirmação de Araújo e Almeida (2006),

11
A psicologia escolar passa a ser entendida numa perspectiva relacional e institucional,
uma vez que considera para além do atendimento individualizado a alunos com
dificuldades de aprendizagem a compreensão do funcionamento da instituição,
considerando de que forma a complexa rede de interações no âmbito da instituição
contribui ou não para a situação de queixa escolar (ARAÚJO; ALMEIDA, 2006, p.
52-82)

A atuação do psicólogo escolar se estende de diversas maneiras, porém, muito pouco se


entende sobre esta atuação, o preconceito presente nestas instituições e nos profissionais que
ali desempenham suas funções ainda é grande e limitador em relação a atuação psicológica no
âmbito escolar. A visão que se tem da atuação de um psicólogo escolar é de que ele seria, a
solução única e exclusivamente para “situações problemas”, como alunos com dificuldades de
adaptação, de convívio, de relacionamento, etc. Possivelmente acreditam que o profissional
psicólogo irá resolver de maneira “mágica” o problema do aluno e devolvê-lo a sala de aula
inteiramente recuperado sem que a instituição, os professores e a família precisem fazer algo
(ARAUJO; ALMEIDA, 2006).

Outrossim, o atuar do psicólogo nas escolas agrega também, o apoio psicológico ao


profissional educador, observação de interações professor-aluno, inserção de trabalhos de
socialização, recuperação de situações de risco (envolvimento com drogas, violência, crimes),
e também, seguindo “a inclusão e o cumprimento dos direitos humanos na escola, questionando
de que forma a atuação psicológica poderia contribuir com a investigação de situações de
sofrimento e segregação de pessoas portadoras de necessidades especiais” (ANACHE, 2010).

Ademais, o psicólogo escolar atua em processos de prevenção de situações de risco,


implantação de projetos de socialização, interação social, avaliação de necessidades e
desenvolvimento de ambientes educacionais que possam atender a todas as diversidades.
Porém, para que possa exercer suas atividades de forma concreta e segura, precisa se atentar a
requisitos como: conhecer todo o ambiente físico da instituição, seu funcionamento e suas
instalações; conhecer os aspectos educacionais aplicados pelos professores, coordenadores e
direção da instituição; bem como, realizar intervenções para a melhoria das condições escolares
e de trabalho aos profissionais (ARAUJO; ALMEIDA, 2006).

5.2 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Para Strick e Smith (2001), as dificuldade de aprendizagem referem-se não a um único


distúrbio, mas a uma ampla gama de problemas, tratando-se de um obstáculo, uma barreira ou
12
um sintoma que pode ser de origem cultural, cognitiva ou até mesmo emocional. É essencial
que o diagnóstico seja feito o quanto antes, uma vez que há consequências em longo prazo,
sendo assim o olhar atento dos multiprofissionais na área da educação e a intervenção necessária
podem inverter futuros danos irreversíveis.

Diante disso, a atuação do psicólogo escolar na identificação de dificuldades de


aprendizagem, traz consigo uma ampla expectativa em relação ao desenrolar da questão em si.
Por falta de conhecimento e informação acerca de assuntos como esse, acredita-se que a
“solução” desse problema virá do psicólogo, grande equívoco. Cruz (2008) ressalta que existe
uma necessidade de redimensionar o papel que o psicólogo escolar desenvolve dentro da escola,
pois o psicólogo deve buscar contribuições para análise e intervenção multidisciplinar dos
fenômenos que envolvem sala de aula e o processo de construção do conhecimento.

Entretanto, a questão da aprendizagem engloba um amplo campo de considerações, pois


todas as dificuldades que possam surgir durante o período escolar podem transcorrer devido a
problemas relacionados ao cognitivo, intelectual e até mesmo relacionado ao ambiente familiar.
Um ambiente familiar tumultuado, turbulento, cheio de agressões físicas e verbais,
possivelmente trará consigo dificuldades para a criança que presencia tais situações, segundo
Vygostsky (1984).

A educação recebida, na escola, e na sociedade de um modo geral cumpre um papel


primordial na constituição dos sujeitos, a atitude dos pais e suas práticas de criação e
educação são aspectos que interferem no desenvolvimento individual e
consequentemente o comportamento da criança na escola. (VYGOTSKY, 1984,
p.87).

A dislexia é uma das dificuldades que tem ganhado grande destaque, porém, é
necessário estarmos atentos a outros sérios problemas, como a disgrafia, discalculia, dislalia,
disortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), uma vez
diagnosticado o aluno precisa de acompanhamento e atendimento especializado, que o ampare
em suas dificuldades. Sisto (2005) ressalta por meio do tema “Dificuldade de Aprendizagem
em escrita: um instrumento de avaliação (ADAPE)” que,

As dificuldades para aprender aparecem nas crianças sob distintas formas, e é muito
difícil encontrar uma pessoa que não teve dificuldade em aprender alguma coisa
algum dia em sua vida. Algumas crianças chamam a atenção devido ao fato de estarem
atrasadas ou defasadas em determinadas tarefas específicas como a escrita, se
comparadas com seus colegas de classe ou idade, ou uma dificuldade geral, quando a
aprendizagem é mais lenta do que a média das crianças em uma série de tarefas
(SISTO, 2005, p.190)

13
Segundo o autor supracitado, as dificuldades podem ser decorrentes de vários fatores,
sob distintas formas, sendo comum encontrar uma pessoa que já teve dificuldade em aprender
alguma coisa na vida. Dificuldades de assimilação, concentração, memorização, de
comportamento, de socialização, são problemas cabíveis de identificação por parte da equipe
pedagógica, ressaltando que a instituição de ensino deve ter em seu quadro, entre esses
profissionais o psicólogo escolar visando facilitar essa identificação.

Portanto, o engajamento dessa equipe pedagógica deve, de tal forma, facilitar a interação
estudante-professor-escola. É preciso entender que a instituição precisa se adaptar as
necessidades dos estudantes e possibilitar a seus profissionais condições de adaptação também,
bem como de qualificação profissional.

5.3 A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA

O bom desenvolvimento da afetividade dentro do ambiente familiar, facilita a


aprendizagem e a interação da criança no ambiente escolar. Segundo o psicólogo Ivan Roberto
(2012, p.11), “os filhos precisam de pais presentes, que proporcionam a vivência da afetividade.
É através das experiências vividas com seus pais que as crianças vão estruturar as relações com
que elas viverão em sociedade”, consequentemente podemos entender que o bom
relacionamento familiar possibilita um bom desempenho social.

Ademais família e a escola formam uma equipe, é fundamental que ambas sigam os
mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que
desejam atingir, mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para
alcançar o desejado. Como menciona Carvalho (2006),

A família não é o único canal pelo qual se pode tratar a questão da socialização, mas
é, sem dúvida, um âmbito privilegiado, uma vez que este tende a ser o primeiro grupo
responsável pela tarefa socializadora. A família constitui uma das mediações entre o
homem e a sociedade. Sob este prisma, a família não só interioriza aspectos
ideológicos dominantes na sociedade, como projeta, ainda, em outros grupos os
modelos de relação criados e recriados dentro do próprio grupo. (CARVALHO, 2006,
p.90).

O autor ainda menciona, que a família é primordial na tarefa de socialização, sendo


mediadora do homem e a sociedade, é na família que se transmite os valores morais, princípios
éticos e padrões de comportamento, desde boas maneiras até hábitos de higiene pessoal. Mas
muitas vezes a família acaba transferindo essas responsabilidades para escola.
14
É de suma importância que a escola e a família desempenhem seus papeis de forma clara
e significativa, a participação dos pais na educação dos filhos é essencial e indispensável,
acompanhá-los em sua vida escolar fará uma grande diferença, embora ainda muitos pais não
tenham consciência disso. A necessidade de a família estar incluída nos projetos escolares traz
enormes benefícios, tanto no auxílio ao filho, como aos professores e a escola em si, que ao
contar com esse apoio, fica mais fácil o trabalho em equipe, podendo assim desenvolver
trabalhos de extensão que, além de abranger a sala de aula, atingirá todo bem-estar do aluno e
comunidade.

Além disso, quando os pais participam ativamente da vida de seus filhos e se engajam,
inclusive, no cotidiano escolar da criança, a tendência é que os alunos se dediquem e se
esforcem mais, por se sentirem amados e apoiados. O pai que procura saber sobre a relação dos
filhos com os professores, comportamento em sala de aula, notas e dificuldades nas matérias
normalmente está disposto a ajudar o professor a vencer os desafios em sala de aula, adotando
medidas complementares em casa. Isso, inevitavelmente, promove uma melhora no
desempenho do aluno.

5.4 A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA INFANTIL E A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO DE


OBSERVAÇÃO

A violência doméstica infantil como negligência, violência física, violência psicologia


e violência sexual, e pode-se dizer que a violência que acontece no ambiente familiar vem
afetando significativamente, sendo responsável por grande parte das mortes de crianças,
adolescentes e jovens. Mesmo sendo algo que acontece desde muito tempo, a violência
doméstica só passou a ser observada pelo meio científico a partir da década de 80. Embora a
morte seja a parcela mais triste deixada pela violência doméstica, ela não é a única, muitas
outras sequelas surgem no decorrer da vida da criança que vem sendo agredida, violentada e
que muitas vezes não tem suas necessidades básicas supridas devido à violência sofrida ao
decorrer dos dias em seu próprio lar. De acordo com Guerra (1998):

Portanto, a violência doméstica contra crianças e adolescentes representa todo ato de


omissão, praticados por pais, parentes ou responsáveis, contra crianças e/ou
adolescentes que – sendo capaz de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vítima
– implica, de um lado uma transgressão do poder/ dever de proteção do adulto e, de
outro, uma coisificação da infância, isto é, uma negação do direito que crianças e
adolescentes têm de ser tratados como sujeitos e pessoas em condição peculiar de
desenvolvimento.(GUERRA, 1998, p. 32-33)

15
Segundo Guerra (1998) a violência contra a criança ou adolescente pode causar danos
físico e psicológicos, uma vez que seus direitos são violados, a partir do momento que a criança
é agredida tem seus valores ameaçados, sua segurança abalada, é provável que ela comece a
apresentar dificuldades de relacionamento, convívio com a sociedade, dificuldade de
aprendizagem, entre outros. A criança precisará de todo apoio profissional possível. É neste
momento que entra a importância também do estágio de observação, que juntamente com a
escola estão para somar a favor da necessidade do aluno e da carência do sistema educacional
e governamental.

A criança ou adolescente que passa pelo ato de violência doméstica, deve ser
direcionado ao acompanhamento com um psicólogo que desenvolverá projetos e intervenções
com a família e com a mesma, com objetivo de fazer atendimentos psicoterapêutico, em sessões
individuais ou em grupos que venha entender os fatores que desencadearam a violência, uma
vez que, Guerra (1998), afirma que a omissão pode acontecer por parte dos pais, parentes ou
responsáveis. É necessário levar em consideração como os familiares receberam o tratamento
oferecido pela instituição, analisando o impacto da intervenção na intensão da violência
doméstica.

16
6 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

Durante o estágio, foram realizadas diversas atividades como reunião geral com os
alunos, supervisão, construção do relatório, treinamento e atividades a campo.

6.1 ATIVIDADES DE SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO

O período do estágio foi dividido em diversas etapas, nas quais os alunos tiveram
diferentes atividades a cumprirem, tais como: aulas em sala, orientação, supervisão e atividades
de ida a campo. No início as três primeiras aulas foram dedicadas a orientação e supervisão,

Os períodos destinados a supervisão e orientação dos estagiários foram destinados a


discussão e análise dos casos apresentados durante os atendimentos, discussões em termos de
identificação da dificuldade, plano estratégico de intervenção, aplicação de teorias, testes e
brincadeiras que visassem identificação e delimitação de transtornos ou déficits.

• Dia 01 de agosto
No dia 01 de agosto, quinta-feira, as 18:40 horas se reuniram nas dependências da
AJES-Faculdade do Norte de Mato Grosso, para uma reunião geral, os alunos do curso de
psicologia juntamente com a coordenadora do curso professora Dalila Mateus Gonçalves, e a
professora orientadora do estágio.

A reunião ocorreu na sala 19, e logo após as boas-vindas aos alunos, a coordenadora do
curso deu início falando sobre a importância de se conhecer o manual do estagiário e as
competências de cada um dos envolvidos, seja o aluno, o orientador ou o coordenador. Foi
relatado também aspectos gerais do estágio, como a carga horária, ficha de presença, prejuízos
e falta de ética envolvendo faltas e atrasos dos alunos no estágio. Foi abordado a estrutura
mínima do relatório, podendo este ser em dupla, bem elaborado e entregue dentro dos prazos
determinados, além da avaliação do estágio.

A orientadora do estágio, professora Kelly Fernanda Rezer, relatou ainda a importância


de fazer anotações mesmo durante as supervisões, tirar dúvidas, relacionar a teoria e a prática
integrando conhecimentos e habilidades até então adquiridas. Ressaltou ainda a gravidade da
falta de responsabilidade e de ética, podendo estas acarretarem a interrupção e reprovação do

17
estagiário. Na presente reunião foi realizada a divisão dos grupos de alunos e a escolha de cada
escola a ser assistida.

• Dia 08 de agosto
Foi levado no dia 08 de agosto nas dependências da AJES-Faculdade do Norte de Mato
Grosso para a sala 19 e apresentado aos estagiários o Manual do Estágio e o termo de sigilo e
responsabilidade, todos os alunos que participaram do estágio assinaram o termo.

Foi esclarecido como deveria ser feito os relatórios, bem como seguir as normas da
faculdade e da ABNT. Todos os tópicos a serem abordados e colocados no mesmo, organizados
por ordem e data, também foi estipulado as datas para primeira e segunda etapa de entrega e
correção do mesmo.

• Dia 15 de agosto
Aconteceu nas dependências da AJES-Faculdade do Norte de Mato Grosso um evento
que impediu a realização do estágio neste dia.

• Dia 31 de outubro
Supervisão de estágio realizado nas dependências da Faculdade AJES, com discussão
do último dia a campo, bem como avaliação do desempenho dos acadêmicos e da psicóloga e
coordenadora durante o processo de estágio e atendimentos.

• Dia 07 de novembro
Os acadêmicos/estagiários se reuniram na instituição da Faculdade AJES para pesquisa
e continuação da fundamentação teórica acerca dos temas tratados durante o estágio.

• Dia 14 de novembro
Os acadêmicos/estagiários se reuniram na instituição da Faculdade AJES para pesquisa
e continuação da fundamentação teórica acerca dos temas tratados durante o estágio.

• Dia 21 de novembro
Os acadêmicos/estagiários se reuniram na instituição da Faculdade AJES para pesquisa
e continuação da fundamentação teórica acerca dos temas tratados durante o estágio.

18
• Dia 28 de novembro
Os acadêmicos/estagiários se reuniram na instituição da Faculdade AJES para entrega
de relatório para correção por parte dos professores e coordenadores do estágio.

• Dia 05 de dezembro
Os acadêmicos/estagiários se reuniram na instituição da Faculdade AJES para entrega
final de relatório de estágio para correção e finalização de notas e posterior impressão do
mesmo.

6.2 IDA A CAMPO

• Dia 22 de agosto
Nesta data os estagiários foram a campo, supervisionados pela supervisora e professora
Kelly Fernanda Rezer, para a realização das entrevistas com os pais dos alunos relacionados
pela instituição para que fossem validadas as queixas referentes as dificuldades apresentadas
pelos professores.

Antes de iniciar as entrevistas a orientadora dividiu os estagiários em dois grupos, um


deles a acompanharia durante a entrevista com os pais, observando e fazendo as anotações
necessárias. Enquanto o outro grupo ficaria acompanhando as crianças para que as mesmas não
presenciassem as entrevistas.

As entrevistas foram realizadas em uma sala lúdica, disponível na escola, a qual se


subdividia em duas, onde na primeira sala eram realizadas as entrevistas com os pais, e na sala
seguinte ficavam as crianças acompanhadas pelos estagiários.

A entrevista de Anamnese realizada com os pais deu-se início com a apresentação de


ambas as partes, em seguida, foram realizadas perguntas relacionadas ao convívio familiar,
desde a gestação até o momento atual, foram também questionados sobre a participação em
ambiente escolar e desenvolvimento da criança. A postura da psicóloga diante da entrevista foi
de acolhimento, escuta e observação para tomada de decisão frente as necessidades do aluno.

19
• Dia 05 de setembro
Na presente data os atendimentos foram realizados pela Psicóloga e supervisora de
estágio, sendo observada pelos estagiários em ambiente onde as crianças estavam sozinhas, ou
seja, sem a presença dos pais.

Foram realizadas brincadeiras educacionais e pedagógicas, que possibilitaram a


observação do comportamento das crianças frente aos estímulos apresentados, suas reações,
grau de interação e resolução diante das atividades apresentadas.

Durante esse processo, os estagiários além da observação puderam interagir com as


crianças, de modo que a psicóloga poderia também observar o comportamento da criança em
meio a outras pessoas.

A psicóloga sempre atenta as atitudes e comportamentos das crianças de grande


relevância devido a pratica cuidadosa de atendimento direcionado especialmente a crianças,
podendo os estagiários tomarem nota de como se comportarem diante de tais procedimentos.

• Dia 19 de setembro
No dia 19 de setembro, foram realizados na dependência da instituição assistida
palestras acerca do tema SUICÍDIO, que em um primeiro momento foi realizada pela
orientadora e psicóloga Kelly, para os professores, tratando de assuntos sobre comportamento
das pessoas que poderiam apresentar tentativas de suicídio, formas de intervenção e, discussão
com os mesmos sobre o assunto.

Posteriormente, a palestra foi levada aos estudantes da instituição, apresentados os


mesmos assuntos pela orientadora com a participação também dos estagiários.

• Dia 10 de outubro
Realizados atendimentos individuais com as crianças, continuando com os jogos e
brincadeiras educacionais e pedagógicas, lúdicas, desta vez se observando o desenvolvimento
da criança diante de atividades que exigiam maior grau de atenção e resolução de forma
independente.

A orientadora também pode nesta data conversar com alguns pais sobre o
desenvolvimento das crianças durante o processo dos atendimentos e a possível liberação de
algumas para que os pais pudessem prosseguir com o acompanhamento.

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Em conversa com a diretora da instituição pode também perceber o bom resultado
apresentados pelas crianças também na sala de aula, pois notaram mudança em seus
comportamentos de maneira positiva.

• Dia 24 de outubro
Dia 24 de outubro, último dia de ida a campo, realizados alguns atendimentos, com os
mesmos procedimentos dos dias anteriores, encerramento das atividades junto a direção da
instituição, que se mostrou grata e se manteve aberta a possibilidade de novos projetos.

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7 RECURSOS MATERIAIS

Para a elaboração do presente relatório foram utilizados diversos recursos materiais tais
como cadernos e canetas, notebooks, livros, artigos, revistas.
Para elaboração de toda fundamentação teórica os artigos utilizados, todos buscados em
bases de dados confiáveis e aceitas na internet. Quanto a livros, utilizados impressos e em
arquivos pdf disponibilizados pelos orientadores, biblioteca digital e biblioteca física da
instituição.
Durante as atividades de campo fora utilizados cadernos, canetas, lápis, computadores
portáteis para anotações.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a realização deste estágio os acadêmicos puderam tomar nota e observar todo
o processo por trás de um atendimento especificamente voltado para crianças com dificuldades
de aprendizado, de relacionamento, de interação, de atenção e fixação de conteúdo.

Possibilitou aos acadêmicos maior contado com a parte social do atendimento clínico,
pelas atividades desenvolvidas em instituição pública voltada a uma comunidade mais carente.
Além, de despertar nos acadêmicos interesse pela literatura acerca dos temas tratados durante
o processo de estágio.

Durante o momento de ida a campo foi possível colocar em pratica as teorias aprendidas
em sala de aula, bem como praticar uma escuta atenta e uma observação concentrada, desta
forma fomos capaz de observar o comportamento cognitivo e afetivo das crianças e suas reações
durante o momento que a psicóloga os atendia.

Em sala de aula, durante o período do estágio, os acadêmicos puderam desenvolver


trabalhos como pesquisa e escrita, para produção do relatório, enriquecendo assim o seu
conhecimento acadêmico, também puderam ouvir a orientadora falar sobre os casos atendidos
e dar orientações, o que trouxe um vasto conhecimento a todos os alunos.

Presenciar a atuação de psicólogo neste campo de atendimento, pode abrir


possibilidades de maior visualização de portas de trabalho, devido à grande demanda e
necessidade do desenvolvimento de atendimento psicológico na área social.

Gratificante participar de todo o processo desde o início e ver o desenvolvimento das


crianças de forma positiva, acompanhando o progresso e participando deste momento tão
importante para o desenvolvimento de aprendizagem e convivência social de crianças em uma
etapa de suas vidas de extrema importância que poderá norteá-las positivamente.

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REFERÊNCIAS

ANACHE, A. A. O psicólogo nas redes de serviços de educação especial – desafios em face


da inclusão. In A. M. Martínez (Org.), Psicologia escolar e compromisso social: novos
discursos, novas práticas. Campinas: Alínea, 2005

ARAÚJO, C. M. M.; ALMEIDA, S. F. C. Psicologia escolar institucional: desenvolvendo


competências para uma atuação relacional. In S. F. C. Almeida (Org.), Psicologia
escolar: ética e competências na formação e atuação do profissional (pp.59-82). Campinas:
Alínea, 2006.

CARVALHO, M. E. P.. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n.110, p. 143-155, jul. 2000.

CRUZ, L.R.G.S. Psicólogo Escolar e a dificuldade de aprendizagem: como intervir, como


prevenir?.In: Revista Educação em destaque. Colégio Militar de Juiz de Fora, v.1, n.3, abril.
2008.

DR. IVAN ROBERTO. Família e afetividade. Brasil Cristão. São Paulo, p. 11, fev. 2012
FIGUEIREDO, Camila. O que faz um psicólogo escolar? Psicologias do Brasil, 2017.
Disponível em: <https://www.psicologiasdobrasil.com.br/o-que-faz-um-psicologo-escolar/>.
Acesso em: 31 de agosto de 2019.

GUERRA, V. N. de. Violência de pais contra filhos, procuram-se vítimas. 2ª Ed. São Paulo:
Cortez e Associados, 1985.

SISTO, F. F. (2001). Dificuldade de aprendizagem em escrita: um instrumento de


avaliação (Adape). Em F. F. Sisto, E. Boruchovitch, L. D. T. Fini, R. P. Brenelli, & S. C.
Martinelli (Orgs.), Dificuldades de aprendizagem no contexto psicopedagógico (pp. 190-213).
Petrópolis: Vozes.

STRICK, C. e SMITH, L. Dificuldades de aprendizagem de A a Z – Um guia completo para


pais e educadores. Porto Alegre: ARTMED, 2001.

VYGOTSKY, L.S.A. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos


psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

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ANEXOS

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ANEXO I
FICHA DE FREQUÊNCIA

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