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FACULDADE DO NORTE DE MATO GROSSO

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

ADRIANA PROPERCIO DE MIRANDA


ÉRIKA FERNANDA P. MAGALHÃES

ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO I

Guarantã do Norte-MT
2019
FACULDADE DO NORTE DO MATO GROSSO

ADRIANA PROPERCIO DE MIRANDA


ÉRIKA FERNANDA P. MAGALHÃES

ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO I

Relatório de Estágio Supervisionado Básico I,


apresentado ao Curso de Bacharelado em Psicologia,
da AJES - Faculdade do Norte de Mato Grosso, como
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel
em Psicologia, sob a orientação da Profa. Esp. Kelly
Fernanda Rezer.

Guarantã do Norte-MT
2019
FACULDADE DO NORTE DO MATO GROSSO
BACHARELADO EM PSICOLOGIA

FOLHA DE FACE

Estagiária:

ADRIANA PROPERCIO DE MIRANDA – Matrícula: 00000464


E-mail: adriluisantonio@gmail.com

ÉRIKA FERNANDA P. MAGALHÃES – Matrícula: 00000474


E-mail: erikamagalhaes61@gmail.com

Local de Estágio:
Escola pública de um município localizado ao norte do estado do Mato Grosso

Supervisora e Orientadora de Estágio:

________________________________________________
Profa. Esp. Kelly Fernanda Rezer CRP: 18/04795

Coordenadora de Curso de Bacharel em Psicologia:

________________________________________________
Profa. Esp. Dalila Mateus Gonçalves CRP: 18/04759
RESUMO

Este relatório tem como objetivo descrever as atividades e pesquisas realizadas durante o
Estágio Supervisionado Básico I do curso de Bacharelado em Psicologia, da AJES - Faculdade
do Norte do Mato Grosso, unidade de Guarantã do Norte. O estágio tem carga horária total de
40h distribuídas semanalmente no decorrer do semestre, incluindo a orientação, supervisão e
atividades a campo. As atividades desse estágio ocorreram em uma escola pública localizado
ao norte do Mato Grosso, e foram realizadas de acordo com a proposta da orientadora diante da
demanda do local, com estudantes de 7 a 60 anos de idade que apresentaram dificuldades
acentuadas em sala de aula. Para selecionar os alunos que fizeram parte do atendimento os
professores realizaram uma triagem das crianças, adicionando ao grupo aqueles com maior
dificuldade social e intelectual. As idas à campo permitiram observar a postura do psicólogo
diante dos pais e das crianças, a importância de saber identificar na criança os sinais e condutas
específicas, aprender a observar o mundo lúdico, identificar as informações essenciais, e
principalmente, a conduta que se deve ter diante dos pais e das possíveis mentiras e omissões
que são expostas em entrevistas sobre a vida da criança.

Palavras-chave: Pesquisa; Observação; Psicologia Infantil; Educação; Pais.


LISTA DE ABREVIATURAS

EJA Educação de Jovens e Adultos


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 6
1 PERÍODO DE ESTÁGIO ............................................................................................................ 7
1.1 PLANO DE ESTÁGIO ............................................................................................................... 7
2 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ............................................................................... 8
2.1 PERFIL DAS PESSOAS ATENDIDAS ..................................................................................... 8
2.2 DIAGNÓSTICO DA REALIDADE ........................................................................................... 9
3 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................................... 10
4 OBJETIVO GERAL .................................................................................................................. 11
4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................... 11
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................. 12
5.1 PESQUISA EM PSICOLOGIA ................................................................................................ 12
5.2 VIOLÊNCIA INFANTIL .......................................................................................................... 12
5.3 IMPORTÂNCIA DO PSICOLOGO NO AMBIENTE ESCOLAR.......................................... 13
5.4 VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTIL ......................................................................................... 14
5.5 A IMPORTÂNCIA DO APOIO DOS PAIS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM .......... 16
5.6 MULTIPLAS INTELIGÊNCIAS.............................................................................................. 17
5.7 DESENVOLVIMENTO INFANTIL ........................................................................................ 19
5.8 IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO ............................................................ 21
6 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .......................................................................................... 23
6.1 ATIVIDADES DE SUPERVISÃO, ORIENTAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO RELATÓRIO . 23
6.2 ATIVIDADES DE OBSERVAÇÃO EM CAMPO .................................................................. 24
7 RECURSOS MATERIAS .......................................................................................................... 28
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 29
REFERÊNCIAS............................................................................................................................. 30
ANEXOS.........................................................................................................................................30
INTRODUÇÃO

O Estágio Supervisionado Básico I foi realizado pelos acadêmicos do IV semestre de


Psicologia, em uma escola pública de um município localizado ao norte do estado de Mato Grosso.
Sua carga horária total de 40 horas foi dividida semanalmente. Momentos antes de ir a campo os
alunos organizavam-se com a supervisora para repassar as instruções principais e o esclarecimento
de dúvidas acerca do estágio.

Este estágio possui como objetivo observar a postura do psicólogo diante dos pais e das
crianças, atribuindo ao seu comportamento os conteúdos teóricos aprendidos ao longo do curso,
observando a situação da maneira real pela primeira vez. Proporciona ao aluno o desenvolvimento
da habilidade de escuta e observação, tanto da postura do psicólogo, como a das crianças,
observando o ato de brincar e desenvolvendo o olhar lúdico.

Dentre as competências está a análise de demanda psicológica proposta pela escola e pelos
pais dos alunos, identificando as necessidades de cada pessoa de acordo com o contexto em que está
inserida, bem como as ações e palavras que emite, baseando-se em teorias psicológicas. A relação
entre a Psicologia e o processo de memorização e aprendizagem estará presente ao longo do
relatório, por ser a questão principal exibida pelo contexto escolar, familiar e pessoal.

O relatório contém a descrição das atividades realizadas e está divido em tópicos, sendo eles:
período de estágio, caracterização da instituição, diagnóstico da realidade, metodologia,
justificativa, objetivos e fundamentação teórica, esta última abrangendo tópicos como pesquisa em
Psicologia, a importância do psicólogo no ambiente escolar, violência infantil, violência sexual
infantil e suas consequências, a importância do apoio dos pais no processo de aprendizagem, os
diversos métodos e linhas de inteligência e o desenvolvimento infantil e suas características. Na
sequência estão: a descrição das atividades realizadas no estágio, os recursos materiais utilizados e
por fim as considerações finais, além das referências e anexos.

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1 PERÍODO DE ESTÁGIO

O presente estágio concluiu uma carga horária total de 40 horas, subdividido em 10 aulas de
4 horas cada, sendo uma aula a cada duas semanas. Desses encontros, 2 aconteceram na instituição
(AJES), para atividades como regulamentação da documentação, esclarecimento acerca dos deveres
e direitos do estagiário, análise dos momentos a campo e orientação, e 08 encontros restante em
atividades de campo, que aconteceram em escolas do município. O estágio teve início no dia 01 de
agosto de 2019.

1.1 PLANO DE ESTÁGIO

1ª ETAPA: reunião geral de estágio na AJES com a coordenadora do curso de Psicologia


Prof.ª. Dalila Mateus Gonçalves e a professora supervisora do estágio, junto com os alunos do quarto
e terceiro semestre do curso de Psicologia. Nessa reunião foram divididos os grupos e as escolas em
que iriam estagiar, explicando aos alunos o que era o estágio, como funcionaria e quão importante
é o foco e dedicação durante o período do estágio.

2ª ETAPA: encontro na AJES em que foi apresentado o Manual do Estágio, feito


esclarecimentos das atribuições e de dúvidas, aquisição dos documentos e anexos do estágio, além
da definição das datas. Busca do material para as atividades do estágio, leituras e construção do
referencial teórico, orientações com a supervisora e esclarecimento de dúvidas.

3ª ETAPA: Preparação para atividades de campo a serem realizadas pelos estagiários.


Recolhimento das queixas e indicações dos professores, devolutiva a escola quanto ao procedimento
que seria realizado e convite aos pais e alunos indicados pela coordenação da instituição de ensino
para comparecer a escola no período noturno para a anamnese inicial.

4ª ETAPA: atividades a campo: Observação da anamnese realizada pela psicóloga com os


pais, acompanhamento das crianças, análise do comportamento da psicóloga em relação as
demandas da criança, o brincar terapêutico e a atitude de escuta psicológica.

5a ETAPA: Encerramento das atividades de estágio, término da produção do relatório e


entrega do mesmo para correção e avaliação.

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2 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

As atividades a campo do estágio foram realizadas em uma escola estadual de ensino,


localizada em um município ao norte de Mato Grosso. A escola trabalha com alunos de educação
básica do 1º ao 9º ano no período matutino, e a modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos) do
1º e 2º ano, e ensino médio no período vespertino e noturno.

A estrutura está em bom estado de conservação, construída em 2005 e conta com


aproximadamente 640 alunos matriculados e 53 funcionários especializados, entre professores,
técnicos e apoio. O espaço da escola é muito amplo, distribuídos em 10 salas de aula, 01
coordenação, 01 sala dos professores, 01 laboratório de informática, 01 biblioteca, 01 sala de
recursos para atendimento educacional especializado, 01 refeitório, 01 sanitário masculino, 01
sanitário feminino, 01 sanitário para portadores de necessidades especiais, 01 sanitário para
professores, 01 sanitário para funcionários, 01 saguão com lavatório e bebedouro, 01 cozinha, 01,
quadra poliesportiva coberta com arquibancadas.

O intuito da instituição é resgatar a confiança da população do município, em foco o próprio


bairro, por estar localizado em área marginalizada, com isso, resgatando um comprometimento
coletivo na busca da superação das fragilidades e consequentemente na construção de aprendizagem
dos alunos.

2.1 PERFIL DAS PESSOAS ATENDIDAS

A escola atende alunos do 1º ao 3º ciclo de educação básica, do ensino fundamental e médio


e da modalidade EJA. As porcentagens de atendimento são: 38% do próprio bairro e 62% provem
de outros bairros do município, em relação ao meio de transporte: 35% possui veículo próprio, 13%
bicicleta, 51% se locomovem a pé, em relação ao acesso dos alunos: 58% tem acesso a coleta de
lixo, 55% a agua tratada, 55% iluminação pública, 53% tem postos de saúde, 40% possuem em seu
bairro uma escola de rede estadual, 32% uma creche, 21% contam com hospital, 19% tem escola de
rede municipal e 11% contam com ruas asfaltadas.

Dos alunos que são matriculados: 36% moram com pai e mãe, 32% moram com os parentes,
19% moram com a mãe, 8% com os avós e 6% moram com pessoas que não são da família. A renda
mensal da família é de um salário mínimo para 42% dos alunos, de dois salários para 32%, de três
salários para 9%, de quatro salários para 7% e mais de cinco salários para 3% das famílias, 7% não
responderam.
8
2.2 DIAGNÓSTICO DA REALIDADE

As atividades do estágio foram realizadas com base na demanda existente na instituição,


com queixas da dificuldade de aprendizagem, leitura, memorização e foco dos alunos, analisada
pela professora orientadora do estágio, que elaborou o projeto realizado, tomando a frente na escuta
e apoio aos pais e crianças que foram escolhidas pela triagem da escola para a participação do
projeto. Os estagiários tinham a função de observar a maneira como a psicóloga abordava os
assuntos, estabelecia um vínculo de confiança, as palavras e a postura que teve durante toda a sessão
com o paciente.

Apesar de não ter esse objetivo, foi possível identificar durante as atividades desse estágio,
que a maioria dos alunos dessa escola não possuem classe econômica social elevada e que, em
alguns casos, há indícios de possíveis maus tratos sofridos pela criança em sua família, como, por
exemplo, a violência física. Foi possível notar também, que a maioria dos pais não possuem uma
relação conjugal saudável dentro de casa.

9
3 JUSTIFICATIVA

Justifica-se esse projeto pela necessidade que a escola apresentou em ter um apoio
psicológico, tendo uma demanda muito grande entre os alunos que apresentam um baixo rendimento
escolar e uma postura inadequada em sala de aula, principalmente aqueles que parecem se esforçar
para alcançar o objetivo da turma e ainda assim falha em realizar as atividades de maneira adequada.

No que se refere aos estagiários, a observação da conduta do psicólogo é essencial para a


formação do acadêmico, inserindo-o numa nova realidade, saindo dos campos da instituição e tendo
a oportunidade de observar as teorias em ação, no olhar, na fala e na dinâmica da relação psicólogo-
paciente, atribuindo para si os métodos utilizados.

No município, assim como em todo o Brasil, a falta de um psicólogo nas escolas é uma
realidade, ainda mais se tratando de uma escola no interior do Mato Grosso. Essa falha contribui
com o aumento da demanda psicológica nas instituições de ensino, sem ter um auxílio para lidar
com diversas situações que exigem a presença de um profissional especializado como o psicólogo,
sobrecarregando os professores com uma responsabilidade que não são deles. A presença da
psicóloga na instituição durante o estágio contribuiu de maneira significativa para o
desenvolvimento das crianças e na diminuição da sobrecarga dos funcionários da escola,
considerando que nesse momento podem contar com alguém específico para a demanda, acolhendo
a criança e auxiliando em suas dificuldades.

É possível observar muitos casos de depressão infantil, automutilação, e até mesmo suicídio
infantil, fatores que poderiam ser remediados com os cuidados e observação especializada. A
criança com dificuldades de aprendizagem pode se sentir culpada, humilhada e dispensável, por
ouvir apenas críticas dentro de casa ou na escola, por observar a turma se desenvolvendo enquanto
permanece no mesmo lugar, acaba se isolando e criando barreiras ainda maiores para alcançar
aprendizagem (SANTOS, BEZERRA, TADEUCCI, 2011).

É possível observar a importância que o contato sigiloso tem para a criança, que se sente
segura em relatar casos presenciados ou vividos em casa que são prejudiciais para sua saúde física
e mental, como o caso de violência física. O relato e a conduta observacional sob a postura do
psicólogo servem de orientação para os demais acadêmicos da área, que futuramente passarão pelo
mesmo processo de estágio, assim como para os amantes das áreas psicológicas, principalmente em
relação a área infantil e da aprendizagem.

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4 OBJETIVO GERAL

O estágio básico tem por objetivo possibilitar que os acadêmicos observem a postura do
psicólogo e estabeleçam uma noção da realidade do atendimento psicológico infantil. Associar as
condutas do psicólogo aos conhecimentos aprendidos em sala de aula no decorrer do curso,
desenvolver a habilidade de escuta e leitura da linguagem corporal necessária para a profissão.

4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Identificar e analisar diferentes referenciais do fenômeno psicológico;


 Identificar os diferentes aspectos/domínios do ser humano: cognitivo, comportamental e
afetivo nos diferentes contextos;
 Conhecer a conduta ideal frente aos pacientes;
 Fazer observação geral de temas em comum para pesquisa;
 Capacitar os futuros profissionais de Psicologia na habilidade de escuta psicológica;

 Observar a postura lúdica do psicólogo na relação com a criança, a maneira como


estabelece o vínculo de confiança;

 Traçar uma linha de semelhança entre a relação causa-efeito no histórico das crianças
atendidas, buscando identificar as possíveis causas que se relacionam aos distúrbios da
aprendizagem apresentados pelos professores e pais;

 Observar a relação entre a anamnese feita com os pais e a conduta da criança;

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5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Qualquer trabalho científico vai além de apenas descrever a atividade que foi realizada ou
mostrar os dados analisados durante a pesquisa, o relatório exige uma interpretação desses dados, e
para que isso ocorra, é necessária uma fundamentação teórica para servir de base nas conclusões
realizadas.

A pesquisa cientifica é necessária para contextualizar as atividades realizadas a campo


durante o estágio, mostrando a importância acadêmica e social do trabalho que está sendo
produzido.

5.1 PESQUISA EM PSICOLOGIA

Ainda que seja uma ciência nova, a Psicologia vem avançando em pesquisas e se encontra
sempre em contraste com o tempo, a economia, a relação social/cultural e a necessidade de conhecer
e compreender o homem e suas facetas em cada um desses momentos, sendo construída de acordo
com a visão do pesquisador em relação ao homem (SHAUGHNESSY, ZECHMEISTER,
ZECHMEISTER, 2012).

A Psicologia precisou se desprender de diversas áreas do conhecimento, principalmente a


filosofia, na qual sempre foi atribuída como sendo de humanas, e hoje se pode dizer que Psicologia
é apenas e pura Psicologia, mas somente atingiu um patamar cientifico graças as pesquisas de Wundt
e seu ponta pé inicial na construção do primeiro laboratório de psicologia, utilizando métodos de
experimentação (SHAUGHNESSY, ZECHMEISTER, ZECHMEISTER, 2012).

A Psicologia como ciência vem observando fatos, estudando e construindo instrumentos


para investigar com precisão e veracidade um determinado tema ou objeto. Nesse relatório, as
investigações e estudos em pesquisas psicológicas se voltam para a área infantil, em como é
importante a presença de psicólogos no desenvolvimento e em situações especificas como a
violência.

5.2 VIOLÊNCIA INFANTIL

A infância é um período de formação integral do indivíduo e diversos autores ressaltam a


importância de um ambiente propício e harmonioso para a construção adequada desse
desenvolvimento de modo saudável. Qualquer ato que possa colocar em risco a integridade física
12
da criança, pode ser considerado violência infantil, atos como uma simples palmada ou colocar de
joelhos se encaixam nesse quadro de violência. O local onde é mais evidente esse tipo de violência
é no ambiente familiar, e está se tornando um problema cada vez mais grave, não só no âmbito
social, mas na saúde pública também.

Em sua maioria, ocorre de forma silenciosa, camuflada e atinge ambos os sexos e quaisquer
nível social e econômico (FLORENTINO, 2015).Saindo do âmbito familiar, esse tipo de violência
também está acontecendo nas escolas, e inclui o bullying e a maneira como os educadores fazem
práticas punitivas, tirando a liberdade da criança.

(...) a professora solicitou que todos sentassem no tapete “com perninhas de índio” para
então distribuir a fruta já descascadas para as crianças, todos pegaram uma fruta para comer
e a professora T. lembrou de P.D. ainda estava de castigo. Ela olhou para ele falando
ironicamente e ao mesmo tempo ameaçando-o: T vai comer tua fruta aí, tu podes levantar,
senão tu vais ficar aí mais um tempo. Pedro todo triste, concordou em comer uma Banana.
Então a professora não se absteve e veio toda alegre me contar alegando; ele não gosta de
comer frutas, mas tem que aprender. (Diário de campo, observação 17/02/2014) (AUGST,
OLIVEIRA-MENEGOTTO, GIONGO, 2016).

Vale ressaltar que existe a violência estrutural no âmbito infantil e no Brasil, encontra-se em
números elevados, onde 20 milhões de crianças e adolescentes de 0 a 17 anos, no ano 2000 se
encontravam em situação de pobreza. A violência infantil se estende a violência física, sexual e
psicológica, realizada com crianças e adolescentes, incluindo os maus tratos, a negligência, o
trabalho forçado e qualquer tipo de exploração, que se classificam como atos que colocam em risco
a integridade física e moral da criança/adolescente (SILVA, COELHO, CAPONI, 2006).

Na proteção da criança contra a violência e a redução dos danos causados, os profissionais


de Psicologia se destacam, por seu papel protetivo e seu potencial em auxiliar na amenização dos
danos psicológicos que são causados na criança decorrente da violência. É de extrema importância
o aperfeiçoamento do trabalho coletivo entre os órgãos que são responsáveis por atender essa
demanda de crianças e adolescentes vítimas de violência, os hospitais, delegacias, os centros de
referência especializados da assistência social, conselhos tutelares e o Ministério Público precisam
se inteirar no objetivo de garantir a proteção das vítimas (BAGAGI, PAIVA, 2012).

5.3 IMPORTÂNCIA DO PSICOLOGO NO AMBIENTE ESCOLAR

O psicólogo escolar é pouco valorizado na instituição, sendo tratado como algo dispensável
se observarmos a inexistência desse serviço nas escolas da região, mesmo sendo previstos e

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regulamentados por lei. A intervenção do psicólogo é necessária dentro da escola, mantendo uma
visão preventiva e realizando atendimento aos alunos, pais e professores sempre que necessário. A
relação de ensino e aprendizagem reafirmam o papel do psicólogo como um profissional
contribuinte na educação dos alunos, sendo que sua prática escola se difere da prática clínica, seu
objetivo é ser um facilitador no processo de ensino e aprendizagem (SANTOS, BEZERRA,
TADEUCCI, 2011).

Atuando juntamente com o corpo docente e discente e com a direção e equipe técnica para
conscientizá-los sobre a realidade da escola, reavaliar os objetivos e o processo educacional
atualmente empregado. Além de atuar sobre as perspectivas na relação aluno-professor, precisas
analisar a organização da escola como um todo e avaliar seus pontos fortes e fracos (SANTOS;
BEZERRA; TADEUCCI, 2011).

As principais queixas que o psicólogo escolar encontrará em sua atuação será a desatenção,
desinteresse, apatia, agitação, baixo rendimento e fraco nível de aprendizagem dos alunos, incluindo
agressividade e rebeldia. Esses problemas estão cada vez mais frequentes, e a tendência da escola é
encaminhar esses “casos problemas” para os psicólogos, criar mecanismos de controle mais rígidos
como aumentar as avaliações ou diminuir as notas (SANTOS, BEZERRA, TADEUCCI, 2011).

O psicólogo vai atuar nessa perspectiva de agente de mudanças, voltado na construção de


grupos operativos com professores, alunos e toda a equipe técnica, encaminhando em uma reflexão
sobre o papel da escola nas dificuldades que os alunos estão apresentando e tirando a
responsabilidade apenas da criança pela crise geral em que a escola está enfrentando, considerando
todos os aspectos para encontrar formas alternativas de enfrenta-la sem prejudicar ainda mais o
processo de aprendizagem da criança (SANTOS, BEZERRA, TADEUCCI, 2011).

É necessário a busca por aprimoramento constante, saber trabalhar em equipes


multidisciplinares, proporcionar saúde mental e resgatar o papel social do psicólogo escolar. Deve
atuar de maneira preventiva, curativa e buscar meios para que seu papel seja respeitado.

5.4 VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTIL

A violência sexual é mais comum do que podemos imaginar, praticados dentro de casa, por
pais, parentes, vizinhos ou amigos. Na maioria das vezes, velado e protegido para que ninguém
saiba. Falar desse assunto não é muito fácil, envolve segredos familiares, que se descoberto vão
desestruturar totalmente o âmbito familiar. Dentre as violências, a mais comum é estupro de
vulnerável, ocorrendo na maioria das vezes em relação intrafamiliar, longe dos olhos de terceiro.
14
De acordo com a Constituição Federal de 1988, através de seu art.227,

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente


e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (BRASIL, 1988).

Outrossim, a dignidade sexual é um dos direitos básicos dos seres humanos, o qual não
deveria, jamais, ser violado (LOBATO, 2017). A violência sexual tem causas múltiplas e
complexas, relacionadas com questões econômicas, culturais e sociais. O abuso sexual assusta ainda
mais por estar coberto por medos e tabus, ocasionados, principalmente, por questões de gênero,
erotização infantil e o "poder" sobre a vítima. Ademais, a relação de desconfiança que fica após o
abuso é um dos piores efeitos colaterais, o abuso deixa marcas e abala toda a família. Além do mais,
as crianças não sabem como pedir ajuda as pessoas mais próximas, precisando sair do fundo do
poço sozinho para reviverem novamente (CHILDHOOD, 2010).

Acerca das formas de abuso sexual, podemos mencionar: mutilações ou danos corporais em
áreas de significado sexual claro; abuso sexual; exploração sexual; pornografia; compromissos de
casamento de menores; não aceitar a identidade sexual, transexualidade; não aceitar a orientação
sexual; a violência de gênero, todos os tipos de violência intrafamiliar e os modelos educacionais
não-igualitários; negligência sexual; acesso virtual ou real a uma sexualidade violenta, sexofóbica;
não aceitação da sexualidade em pessoas com deficiência; carências importantes em relação à
educação sexual na família e na escola (LÓPEZ, 2008).

Ademais, a violência sexual é a segunda maior violência mais comum que afetam crianças
e adolescentes, pois nem sempre o abuso sexual envolve contato físico, tendo a escola tem um papel
muito importante na identificação e no apoio para as crianças vítimas de abuso. No entanto, um dos
maiores desafios é o atendimento clínico para essas crianças, visto a necessidade de ter um adulto
confiável para que ela possa contar o que está acontecendo e pedir ajuda, porém, muitas vezes, a
oferta do serviço psicológico não é capaz de atender toda demanda local.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) professores responsáveis por


instituições de ensino tem o dever de comunicar qualquer forma de abuso e maus tratos que eles
tenham conhecimento e confirmação. "A escola por ser uma instituição que ocupa um lugar
privilegiado na rede de atenção à criança e ao adolescente, deve assumir papel de protagonista na
prevenção da violência sexual." (CHILDHOOD, 2010).

Entretanto, o conhecimento de uma instituição para com a outra pode ser de suma

15
importância, bem como o acesso aos índices sobre o número de casos, com isso podem trabalhar
em conjunto para tentar, de certa forma, amenizar esse tipo de situação, pois se souberem que estão
atentos, que tem quem vai olhar por eles, que se preocupa, e terem conhecimento acerca das
consequências desses atos. (IANDOLI, 2017).

Diante do exposto, algumas atitudes podem ser tomadas como prevenção, tais como: o
diálogo; construir uma rede de apoio; criar vínculos de apoio na escola, local no qual alguns sinais
podem ser notados; verificação dos motivos da queda da frequência escolar, do isolamento, da
dificuldade de concentração, da pouca participação nas atividades escolares, do surgimento de
objetos e/ou brinquedos vindo de fontes caráter duvidosos e da fuga de contato físico. Portanto, é
importante atentar-se para qualquer forma de sinal. Quando identificados, se faz necessário a busca
imediata pelos órgãos responsáveis a fim de realizar denúncia para que alguma atitude seja tomada
(PORTILHO, 2001).

5.5 A IMPORTÂNCIA DO APOIO DOS PAIS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Quando os pais passam a participar da vida escolar dos filhos eles aprendem com mais
facilidade, obtém notas melhores e seu interesse pelo ensino dura por mais tempo, pois eles sabem
que não estão ali sozinhos. O papel dos pais no ensino do filho é quão importante quanto o dos
professores, pois são os pais que fornecem as primeiras fontes de ensino e aplicam as primeiras
lições. Com isso é de suma importância que os pais entendam o que é dever da escola e o que é
dever deles (SILVA, 2015).

Ademais, a sociedade está em crise, perdendo aos poucos seus valores éticos e morais, hoje
em dia um dos assuntos mais discutidos na escola é a falta de limites, limites que os pais não impõe
aos seus filhos, tornando-se evidente no âmbito educacional. No entanto, os professores buscam
soluções a cada dia, pois sabem que se nada for feito a respeito, as instituições educacionais tendem
ao fracasso. Além disso, promover a participação dos pais em eventos da pedagógicos estimulam
os alunos a mostrarem o melhor de si, pois muitos pais estão ali, observando, esperando ver o que
seus filhos são capazes de aprender (FERREIRA, 2009).

Outrossim, a educação se constrói de maneira integrada, visto que a responsabilidade de


educar é dos pais e a responsabilidade de alfabetizar é dos professores, ensinando a ler e escrever,
por exemplo. Portanto, os pais não devem estar somente presente nas reuniões, mas podem
participar dos eventos escolares, participar de aulas e ajudar na organização dos cadernos dos filhos
(ANDRADE, 2005).

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Alias, é de suma importância o vínculo afetivo e emocional entre os pais e a escola, pois isso
ajuda a desenvolver os aspectos cognitivos, emocionais, comportamentais e sociais dos alunos
(SOARES, 2000). Visto que, ao adentar nas escolas, as crianças trazem consigo as experiências
adquiridas no convívio familiar, os ensinamentos e a criação que seus pais lhe deram, e passam a
conviver com adultos desconhecidos, estabelecendo laços afetivos com os quais vão compartilhar
boa parte de suas experiências.

Ainda, quando esses alunos são encorajados por seus bons desempenhos resultam-se em
ótimas experiências. Quando a criança se sente atraída, envolvida, encorajada, tem mais estímulos
em prender e aproveitar tudo o que a instituição de ensino lhes oferece, dessa forma toda ganham,
pais, filhos e professores. A família não é o único caminho que auxilia na educação, mas com certeza
é o mais privilegiado, pois ao conhecer melhor a criança, sua realidade, podem identificar a melhor
forma de se trabalhar com ela.

No entanto, são poucas as famílias que têm interesse e participam da vida escolar dos filhos,
pois os pais têm um dia corrido com seus afazeres, trabalho, entre outras coisas, e deixam de lado
algo com crucial importância, pois acabam transferindo toda responsabilidade para os professores
e as instituições. Devem-se atentar aos pais que fazem essas recusas em trabalhar juntamente com
a instituição, o porquê deles se recusarem se é algo que beneficia todos os envolvidos, sendo os
filhos os mais beneficiados. Pais saudáveis estão dispostos a fazer de tudo para melhorar sua
situação com os filhos. Com o passar dos anos as pessoas perdem a noção de sua real importância
na educação dos filhos, pois a educação familiar é a base para qualquer cidadão.

5.6 MULTIPLAS INTELIGÊNCIAS

O termo “inteligência” vem do latim, das palavras inter e eligere, que significam “entre” e
“escolher”. De acordo com o dicionário de Língua Portuguesa, inteligência se define na “faculdade
de pensar e compreender”. Para Antunes (2005), a inteligência se resume na nossa capacidade de
compreender e escolher o caminho ideal, sendo a capacidade mental de compreender, adaptar e
aprender.

Para Gardner (1995), a inteligência é a capacidade de resolver problemas e elaborar


instrumentos importantes para um ambiente ou comunidade, permitindo a elaboração de um
objetivo e uma solução adequada. Embora não exista um conceito ideal para inteligência, pode-se
generalizar que é a capacidade de solucionar adequadamente um problema.

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Por volta dos anos 80, Howard Gardner criou a Teoria das Inteligências Múltiplas, na
tentativa de desfazer a ideia da sociedade de que existia apenas uma única inteligência, de acordo
com ele, a mente é multifacetada e não pode ser medida com simples teste de QI que estava no auge
na década de 90. Gardner desenvolveu oito inteligências para mostrar a importância de observar
essa diversidade, consistiam em: inteligência linguística, inteligência lógico-matemática,
inteligência espacial, inteligência musical, inteligência cinestésica/corporal, inteligência
interpessoal, inteligência intrapessoal e inteligência naturalista (ZUNA, 2012).

De acordo com ele, todos possuem as oito inteligências, mas cada um em seu próprio nível
de desenvolvimento, uns mais que os outros, de acordo com os estímulos que as crianças recebem.
A teoria engloba dois principais componentes: o indivíduo e a sociedade, já que o desenvolvimento
das inteligências depende do contexto social em que está inserida, isso faz do ser humano um ser
único em sua capacidade cognitiva e no seu modo de aprender. Desse modo, é extremamente
importante reconhecer que cada indivíduo tem suas próprias capacidades e seu próprio ritmo de
aprendizagem (ZUNA, 2012).

Ademais, as inteligências começam a se destacar nas crianças desde cedo, pois elas
demonstram uma acentuada aptidão para uma determinada inteligência. Gardner (2014), falava
sobre a importância do ensino individualizado, visto que cada criança tem seu próprio modo de
desenvolvimento. Para marcar os principais aspectos de cada inteligência, Garner (2014),
desenvolveu uma breve descrição:

 Inteligência Linguística ou Verbal – É a capacidade de lidar bem com a linguagem oral


e escrita e seus principais componentes são a sensibilidade para sons, identificação dos significados
das palavras e a compreensão das diversas funções da linguagem.

 Inteligência Logico-Matemática – É a habilidade de solucionar problemas que


envolvam elementos matemáticos, é a capacidade de explorar os padrões através da manipulação
controlada de objetos e lidar com diversos raciocínios.

 Inteligência Espacial – Capacidade de formar um modelo mental de uma situação e utilizar


para se orientar no espaço e entre objetos, percebe o mundo visual e espacial de forma mais precisa.

 Inteligência Musical – É a habilidade de organizar sons de maneira criativa, consegue


admirar, reproduzir e compor músicas.

 Inteligência Cinestésica/Corporal – Uso o corpo para controlar movimentos e manipular


objetos.

18
 Inteligência Interpessoal – Habilidade de identificar diferentes tipos de humor, motivações
e desejos das pessoas, se relaciona bem e consegue compreender e perceber as motivações e
inibições dos outros

 Inteligência Intrapessoal – Conhecer a si próprio, identificando seus pontos fortes e fracos.

 Inteligência Naturalista – Compreender e organizar objetos e padrões da natureza,


classificar plantas, animais, meio ambiente e seus componentes.

Seria ideal se a teoria de Gardner fosse aplicada nas escolas, sendo do conhecimento dos
profissionais da educação toda a escala de desenvolvimento das inteligências. O ensino precisa
reconhecer que o indivíduo é único e isso exige uma diversidade maior em sala de aula no modo
como o ensino é propagado, é preciso uma formação que inclua cada um desses alunos, sendo de
responsabilidade do professor identificar qual inteligência se destaca no aluno e ajuda-lo a
desenvolvê-la.

O principal objetivo é fazer com que todos potencializem seus talentos e encontrem seu
espaço na sociedade, para que isso ocorra, é necessário o investimento nas habilidades do aluno,
incentivando-o a pensar em soluções, explorar possibilidades, formular hipóteses, justificar seu
pensamento e validar suas conclusões. Gardner (2005) se preocupa em especial com aqueles alunos
que não se destacam nos testes escolares padronizados que excluem a diversidade das inteligências,
sendo essa supervalorização da inteligência logico-matemática o principal motivo por considerar a
existência de um baixo desempenho de aprendizagem nas escolas, pois excluem as demais
inteligências, considerando-a apenas um modo de atividade extracurricular. (ZUNA, 2012)

Além de ser fundamental a estimulação das inteligências no ambiente escolar, é importante


que essa estimulação também exista em casa. Quando essa estimulação dupla ocorre, a criança se
desenvolve melhor e aprimora suas habilidades e competências (ZUNA, 2012). Propagar o
conhecimento sobre o papel da escola, da família e da sociedade no desenvolvimento das
inteligências múltiplas das crianças é essencial, pois são independentes e seu desenvolvimento é
singular, um resultado da interação do meio em que vive.

5.7 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

No desenvolvimento infantil são estudadas três grandes áreas do self: o desenvolvimento


físico que inclui as habilidades motoras, as capacidades sensoriais e o crescimento do corpo; o
desenvolvimento cognitivo que envolve a aprendizagem, memória, linguagem, pensamentos, o

19
raciocínio e a criatividade; e o desenvolvimento psicossocial que abrange as emoções,
relacionamentos e a personalidade (MARTORELL, 2014)

As principais teorias do desenvolvimento infantil se caracterizam em três perspectivas:


psicanalítica, da aprendizagem e cognitiva.

A perspectiva psicanalítica envolve estudos sobre os efeitos permanentes das experiências


vividas na infância e em suas pulsões e motivações inconscientes. Para Freud os recém-nascidos
são regidos pelo id, responsável pelo princípio de prazer, a pulsão que busca satisfação instantânea
dos desejos. O ego representa a razão, e se desenvolve em torno do primeiro ano de vida, responsável
por encontrar uma maneira aceitável de satisfazer o id e o superego, que se desenvolve entre os 5 e
6 anos de idade, inclui os deveres e obrigações aprovados pela sociedade e cria os valores da criança
(FREUD, 1976).

Freud propôs a teoria psicossexual em que o prazer sexual se transfere de uma zona corporal
a outra, durante cinco estágios específicos, sendo eles: fase oral, fase anal, fase fálica, período de
latência e fase genital. (FREUD, 1996)

Erik Erikson modificou a teoria de Freud e enfatizou a influência da sociedade no


desenvolvimento da personalidade, formava-se em oito estágios ao longo da vida, em que cada
estágio consistia em uma crise especifica que a criança precisava solucionar, com a resolução bem-
sucedida a criança estaria pronta para passar para próxima crise. Erikson deu ênfase as influências
sociais e culturais. (RABELLO; PASSOS, S/D)

Dentro da perspectiva da aprendizagem existe o behaviorismo, que sustenta que a


aprendizagem se dá através da relação do sujeito ao ambiente, considerando os aspectos positivos,
dolorosos ou ameaçadores no qual é exposto durante a vida. Pavlov (1849 – 1936) formulou o
condicionamento clássico, que consiste na aprendizagem por meio de uma resposta a um estimulo
repetidas vezes, causando uma associação prévia. Watson aplicou a teoria estímulo-resposta em
crianças e afirmou que poderia moldá-las a seu modo. Skinner formulou o condicionamento
operante, constatando que o indivíduo tende a repetir ações que foram bem aceitas e a suprimir as
ações que foram punidas de alguma maneira (MARTORELL, 2014).

Diferente dos behavioristas, Bandura (1925-1989) criou uma teoria que definia o
desenvolvimento como bidirecional, no qual a criança agia sobre o mundo assim como ele agia
sobre ela, sustentando a teoria da aprendizagem por imitação e observação de modelos
(MARTORELL, 2014).

Na perspectiva cognitiva podemos citar a teoria de Jean Piaget sobre os estágios cognitivos
20
da criança, no primeiro, o sensório-motor (0-2 anos), a criança é capaz de realizar atividades motoras
e sensoriais de interação com o ambiente, na fase pré-operacional (2-7 anos), ocorre o
desenvolvimento da representação de símbolos, na fase de operações concretas (7–11 anos), a
criança resolve os problemas de maneira lógica mas não possui o pensamento abstrato, e na última
fase, a de operações formais (11-idade adulta), a pessoa é capaz de pensar de forma abstrata e lidar
com variadas situações (SILVA; SANTOS; JESUS, S/D).

Vygotsky focou nos processos sociais e culturais que desenvolviam a cognição das crianças,
segundo ele, as crianças aprendem por meio da interação social, e via os adultos como responsáveis
por orientar e organizar o aprendizado das crianças, que precisam de auxílio para passar pela zona
de desenvolvimento proximal, que é o espaço psicológico que consiste no que a criança é capaz de
fazer sozinha e o que poderia fazer com o auxílio de um adulto experiente (COELHO; PISONI,
2012).

Por fim, existem diversas teorias em relação ao desenvolvimento infantil, mas com o
amadurecimento do conhecimento, os estudiosos chegaram a um acordo formulando os pontos
fundamentais. Concluindo que o desenvolvimento dos diferentes domínios está correlacionado, pois
uma área pode afetar a outra significativamente, e que o desenvolvimento normal vai incluir diversas
diferenças singulares, tendo em vista que cada criança é diferente, as influências são bidirecionais,
a criança afeta o ambiente e o ambiente a afeta, ademais, o contexto histórico e social tem uma
influência forte no desenvolvimento infantil, fase essa que afeta todas as outras fases seguintes
(MARTORELL, 2014).

5.8 IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO

A observação é uma ferramenta importante para a relação entre teoria e prática em todos os
cursos superiores, possibilitando ao acadêmico um contato com a realidade em sua futura profissão,
podendo observar a conduta do profissional psicólogo diante dos pacientes, e seus métodos de
abordagens e planejamento de ação, incluindo também a extensa pesquisa sobre assuntos
relacionados aos temas surgidos durante o período de observação, aprimorando também o
conhecimento teórico. A observação possibilita identificar as principais dificuldades, fazendo com
que o estagiário consiga se preparar para lidar com problemas semelhantes durante sua carreira.

O ato de observar é fundamental para compreensão das relações psicólogo-paciente, e é o


primeiro estágio que o acadêmico realiza, construindo em si uma compreensão acentuada das teorias
vistas em sala de aula. A experiência do estágio tem grande valor para formação integral do aluno,
21
visto que as habilidades teóricas possuem maior relevância quando vistas em momentos reais, com
situações complexas e pesquisa avançada.

O estágio colabora para que o estudante adquira noções de bom senso, respeito as regras,
trabalho em equipe, ética profissional, senso crítico e entre outras qualidades que são trabalhadas e
adquiridas durante o período da observação. No ambiente escolar onde o estágio foi realizado, o
aluno tem contato com diversas pessoas, sendo estimulado a criatividade e no desenvolvimento de
estratégias para intervenções (SILVA, S/D).

O estágio inicial básico também prepara para os demais estágios que seguirão, a observação
no primeiro momento prepara o aluno para a ação como profissional, tendo que formular
intervenções, sendo o principal responsável pelas ações e condutas nos futuros estágios.

22
6 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Durante o período do estágio foram realizadas diversas atividades com os alunos, as quais
serão descritas nesse tópico, que incluem a supervisão, orientação e atividades a campo.

6.1 ATIVIDADES DE SUPERVISÃO, ORIENTAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO RELATÓRIO

As três primeiras aulas do estágio foram destinadas a supervisão e orientação, sendo a última
aula do dia 15 de agosto cancelada pelo evento que ocorreu na faculdade durante a noite.

 Dia 01 de agosto

No dia 01 de agosto, quinta-feira, as 18:50 horas se reuniram nas dependências da AJES -


Faculdade do Norte do Mato Grosso, para uma reunião geral os alunos do curso de Psicologia
juntamente com a coordenadora do curso professora Dalila Mateus Gonçalves, e a professora
supervisora do estágio Kelly Fernanda Rezer.

A reunião ocorreu na sala 19, a coordenadora do curso deu início fazendo uma introdução
sobre o que era o estágio e quais seriam as obrigações dos alunos diante desse novo contexto da
graduação, por se tratar do primeiro estágio realizado pela turma, ressaltou as obrigações da
coordenação e da professora supervisora, ambas se colocando à disposição para auxiliar com
dúvidas e com a elaboração do relatório.

Também foram relatados os aspectos gerais do estágio, sua carga horária, ficha de presença
e a ética e atrasos dos alunos durante o estágio. Abordaram aspectos do relatório, com a opção de
produzi-lo individualmente ou em duplas.

 Dia 08 de agosto

Neste dia, a coordenadora do curso e a supervisora do estágio levaram para sala o Manual
do Estagiário e o termo de sigilo e responsabilidade, que foi assinado por todos os alunos que
participariam do estágio. Foram expostos os modelos de relatório que os alunos deveriam seguir,
juntamente com as normas da faculdade e da ABNT, abordando as estruturas mínimas do relatório
e os tópicos a serem entregues na primeira e segunda etapa para correção e aprovação.

A supervisora do estágio enfatizou a importância de realizar anotações durante as


23
supervisões, fazer perguntas, relacionar a teoria com a prática e o processo de observação. Ressaltou
a gravidade de situações como a falta de responsabilidade e ética, explicando que tais ações
poderiam acarretar a interrupção ou reprovação do aluno no estágio.

 Dia 15 de agosto

Evento realizado na faculdade que impediu a realização do estágio.

 Dia 31 de outubro

Aula dedicada para pesquisa, construção e correção do relatório de estágio.

 Dia 07 de novembro

Aula dedicada para pesquisa, construção e correção do relatório de estágio.

 Dia 14 de novembro

Aula dedicada para pesquisa, construção e correção do relatório de estágio.

 Dia 21 de novembro

Aula dedicada para pesquisa, construção e correção do relatório de estágio.

 Dia 28 de novembro

Aula dedicada para pesquisa, construção e correção do relatório de estágio.

 Dia 05 de dezembro

Aula dedicada para pesquisa, construção, correção e finalização do relatório de estágio.

6.2 ATIVIDADES DE OBSERVAÇÃO EM CAMPO

24
 Dia 22 de agosto

No dia 22 de agosto, quinta-feira, as 18:50 horas iniciou-se o estágio, a psicóloga


encaminhou o grupo de alunos até o local onde realizariam o estágio, passando informações
necessárias que seriam utilizadas durante o estágio observacional. A profissional esteve sempre
receptiva com os pais dos alunos, explicando como aconteceriam os atendimentos, apresentando os
alunos que estavam em processo de observação e enfatizando o sigilo profissional presente.

A psicóloga atendeu as crianças, que em sua maioria apresentaram queixas em relação a


aprendizagem, realizando inicialmente uma anamnese com os pais para analisar os dados em relação
com a triagem que a escola realizou. As perguntas realizadas foram simples, com intuito de deixar
os pais a vontade, se sentindo acolhidos pela profissional.

No momento em que os pais entravam na sala com as crianças, eram recepcionados pela
psicóloga, que encaminhava a criança para uma sala próxima para um momento de recreação
enquanto os pais respondiam a anamnese. Ocorreram perguntas sobre a descoberta da gestação, a
reação dos pais, o processo até o parto, o desenvolvimento da criança, o relacionamento familiar, o
desenvolvimento escolar da criança e a forma como os pais lidam com a demanda da criança.

A anamnese foi realizada com seis pais, após as entrevistas, os alunos falavam para a
orientadora as observações que fizeram, depois da troca de informações sobre a observação, a
orientadora ressaltou a ética e o sigilo profissional que deveriam ser considerados por todos os
alunos. Voltaram para a faculdade por volta de 22:30 e foi encerrado o primeiro dia da observação
e ida a campo, com a orientadora assinando a lista de presença dos alunos que realizaram essa etapa.

 Dia 05 de setembro

No dia 05 de setembro os estagiários observaram como as crianças reagiam ao atendimento


sem a presença dos pais, com os quais a psicóloga realizou atividades educacionais com brinquedos
pedagógicos.

O objetivo era o de analisar o modo como as crianças brincavam, e como respondiam as


perguntas que eram feitas pela psicóloga. Nesse momento lúdico, as estagiárias também
participaram, visto que as crianças se sentiam mais confortáveis em grupo.

A psicóloga esteve sempre prestativa e atenta a cada movimento com as peças dos
brinquedos, a postura ao se sentar, ao se posicionar sobre a mesa e em dificuldades para separar

25
letras, formar palavras e manipular a maneira como o jogo funcionaria, encaminhou diversas
perguntas para as crianças para que pudessem relatar um pouco mais sobre o cotidiano em casa e
na escola.

No final da atividade a campo, os alunos se encaminharam para as dependências da


faculdade e falaram mais sobre os próximos atendimentos.

 Dia 19 de setembro

No dia 19 de setembro a supervisora Kelly realizou uma palestra sobre o setembro amarelo
para os profissionais do local, enfatizando sobre a depressão infantil, a maneira como as crianças
podem estar sobrecarregadas e como o ambiente familiar pode alterar o comportamento delas. Os
professores mostraram um interesse muito grande sobre o assunto, pois vivenciaram vários
momentos em que os alunos buscaram apoio e relataram eventos traumáticos de suas vidas, e os
professores se sentiam despreparados para acolher essa demanda.

Os professores foram extremantes participativos, tendo um momento para desabafar sobre


as suas experiências. A psicóloga abriu espaço para esses relatos e respondeu adequadamente aos
questionamentos, de uma maneira aberta e dinâmica, na qual conseguiu estabelecer uma
comunicação adequada com toda a equipe.

Logo após a palestra com os professores, a psicóloga falou sobre o mesmo tema com as
turmas do 1º ao 3º ano do ensino médio e a turma EJA, adquirindo uma postura menos formal para
que a linguagem fosse adequada ao público, abrindo espaço no final para a realização de
questionamentos sobre o tema, e respondeu todas as questões de maneira clara, as principais
perguntas entre os profissionais e os alunos foi sobre como identificar e o que fazer para ajudar.

Durante a ida de volta a faculdade, o grupo discutiu sobre a demanda encontrada e


principalmente sobre a necessidade de um apoio psicológico para a equipe pedagógica, que sofre
muito e atribui responsabilidades demais para si, que vão além de suas capacidades pedagógicas, o
que pode acabar prejudicando fortemente a saúde mental desses profissionais.

 Dia 10 de outubro

No dia 10 de outubro os alunos foram até a escola novamente e realizaram atividades com
as crianças, continuaram desenvolvendo as brincadeiras educativas com jogos de montar palavras e
associar palavra e figura, dessa vez deixando que a criança fosse mais independente, ensinando e
26
deixando que ela tomasse suas decisões e questionando quando a formação da palavra não estava
correta, fazendo com que a criança pensasse um pouco mais e trocasse por si só a peça errada pela
correta.

A psicóloga conversou com a diretora da escola, que a informou que notou uma melhora
acentuada no comportamento de algumas crianças, no processo de aprendizagem e no interesse nas
atividades escolares, os pais também perceberam essa melhora e agradeceram a oportunidade de
fazer parte do projeto de estágio.

 Dia 24 de outubro

No dia 24 de outubro foi a finalização do estágio, a psicóloga se despediu da diretora da


escola, que deixou as portas abertas da instituição para novos projetos e agradeceu o trabalho que a
equipe realizou com as crianças. Nesse dia as crianças utilizaram papeis e lápis de colorir para
desenhar e pintar, uma vez que no desenho expõe traços da personalidade. Após a finalização os
alunos voltaram a faculdade e a psicóloga fez um breve relato sobre os desenhos e os significados
dos traços e das cores escolhidas.

27
7 RECURSOS MATERIAIS

Durante o estágio os acadêmicos utilizaram diversos materiais como cadernos, notebooks,


instrumentos de anotações como canetas, marca textos e os materiais didáticos como artigos, livros e
relatórios para pesquisa e construção.

Os materiais didáticos como artigos foram encontrados em sites da internet, dando preferência para
os trabalhos publicados recentemente, os livros foram utilizados impressos disponibilizado pelos próprios
alunos e pela biblioteca da faculdade, e os livros digitais que foram adquiridos na internet.

Durante as atividades a campo foram utilizados cadernos e canetas para anotações, uma sala
especializada com brinquedos didáticos, como jogos de palavras, de memória, dominó educativo, e
instrumentos para desenhar e colorir, um espaço adequado para elaboração de atividades interativas com as
crianças, tendo as paredes decoradas com o alfabeto desenhado e outras atividades realizadas por alunos.

Na faculdade foi utilizada uma sala especifica para discussão entre os estagiários e a supervisora, e
também para elaboração do relatório.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio proporcionou aos acadêmicos um contato com um dos campos de atuação do


psicólogo. Possibilitou que os acadêmicos observassem a postura do psicólogo e estabeleceram uma
relação com a realidade de sua futura profissão, em especial com o atendimento infantil. Sendo
possível estabelecer uma relação com a teoria aprendida em sala de aula, foi possível desenvolver a
habilidade da escuta e leitura corporal das crianças, identificando os momentos em que ela estava
desconfortável acerca de certos assuntos e os momentos em que criavam uma relação de confiança
que proporcionava assuntos mais abertos e diversos.

Os estagiários foram capazes de analisar os domínios cognitivos, comportamental e afetivo


das crianças, pelo modo como relatavam histórias de sua vida, na maneira como brincavam com os
jogos didáticos expostos. Observando a psicóloga puderam conhecer a conduta ideal frente crianças.
Acentuaram suas habilidades de escuta psicológica durante a observação, e durante a escrita do
relatório puderam ter uma experiência profunda na pesquisa em psicologia, analisando temas e
entendendo um pouco mais sobre o vasto campo em que estão, as pesquisas possibilitaram maior
entendimento sobre o motivo da demanda em relação as dificuldades de aprendizagem e
comportamento adequado em sala de aula.

A demanda principal era a dificuldade de leitura, concentração e agressividade, foi possível


notar que a maioria das crianças passavam por dificuldades de atenção, apoio e eram carentes de
um ambiente familiar passível e presente. Possivelmente presenciando atos de agressão, violência
psicológica, maus tratos e indiferença dos pais. Para que exista uma verdadeira melhora na
aprendizagem das crianças, o ambiente familiar precisa melhorar, dando espaço para que a criança
se desenvolva e possibilitando um ambiente mais apropriado, em especial destacando os
sentimentos de apoio, amor e atenção.

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ANEXOS

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