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AS DEPRESSÕES NA ATUALIDADE: NOTAS SOBRE O PROBLEMA DA

UNIFICAÇÃO DO DIAGNÓSTICO E DE SUA BANALIZAÇÃO 1

Rogério Paes Henriques2

Introdução

As depressões, no plural, encontram-se atualmente reduzidas à “depressão


maior”, no singular, conforme sua classificação contemporânea nos manuais
nosográficos em psiquiatria – DSM e CID. Isso apaga as diferenças qualitativas entre as
variadas formas clínicas de depressão em prol de uma categoria unificante que só
permite diferenças de grau (quantitativas). O que está no cerne dessa unificação é a
adesão maciça à hipótese causal serotoninérgica – advinda com o pareamento da
classificação dos transtornos mentais ao paradigma biológico, a partir da terceira edição
do DSM, de 1980 –, que reduz a depressão a uma doença cerebral. O principal efeito
disso é a banalização da categoria “depressão maior” e sua correlata inflação
diagnóstica, ao ponto de se denunciar sua presumida “epidemia” atual. A nosografia
contemporânea, adepta da objetivação científica ao sabor do modelo biomédico, reduz
os quadros depressivos a um checklist de sinais e sintomas, cujo baixo limiar acaba por
incluir muitos falsos-positivos. Propomos o retorno à vertente clínica, sobretudo à
psicodinâmica de Freud, como estratégia à sua deflação diagnóstica. O diagnóstico
eminentemente clínico requer sutileza dos diagnosticadores na escuta do sofrimento
subjetivo, para além de sua atual protocolarização.

As depressões: o plural da clínica

Tomemos a classificação fenomenológica de Karl Jaspers para as depressões,


com base nos seus conceitos de processo e reação.

Circunscreve-se o processo quando há ruptura do desenvolvimento existencial


(biográfico) e surgimento de um evento novo, que produz alteração permanente da vida

1
Trabalho apresentado no I Congresso de Cuidado em Saúde Mental da Universidade Federal da Paraíba,
em 20 de outubro de 2020.
2
Psicólogo. Psicanalista. Professor Associado do Departamento de Psicologia e Professor Permanente do
Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Sergipe. Autor dos livros
“Psicopatologia crítica” (Editora UFS, 2012), “Freud e a narrativa paranoica” (EDUSP, 2014) e “A
psiquiatria do DSM” (Editora UFS, 2015).
psíquica (personalidade); refere-se à alteração patológica que surge sem clara relação ou
nexo causal com a personalidade pré-mórbida, de forma não compreensível (natureza
endógena). Pode-se entender a depressão endógena como um processo depressivo
associado à vivência de insuficiência radical (tristeza vital). Caracteriza-se pela irrupção
de uma fase depressiva alternada com períodos de relativa normalidade. No decurso das
fases depressivas, é muito difícil estabelecer vínculo psicoterapêutico adequado com o
paciente devido à ausência de investimentos afetivos de sua parte. O paciente perde o
repertório e não tem do que falar, silenciando-se. A hipotimia e a inibição psicomotora
(que pode chegar ao estupor) tendem a predominar no quadro clínico.

Já a noção de reação pressupõe sempre um fator desencadeante externo


(vivência), responsável pela deflagração do transtorno mental de forma compreensível e
relacionado às características da personalidade do sujeito; não há ruptura da
personalidade. Segundo Jaspers:

As reações autênticas, cujo conteúdo tem conexão compreensível com a


vivência, que não se dariam sem a vivência; e cujo curso depende da
vivência e de suas conexões. (...) existe a tendência posterior ao
reconhecimento claro da doença, ficando o paciente em condições de
encará-la como algo completamente alheio (1985, p. 460).

A ideia de uma depressão reativa aponta para a existência de episódios depressivos


psicologicamente compreensíveis, no sentido de se poderem estabelecer nexos causais
entre um evento estressor ambiental e os sintomas depressivos; não há quebra da
biografia do sujeito. A angústia é um elemento presente nesse caso (inquietação
psicomotora: o paciente fica insone, irritado, desespera-se). Há vivência de insuficiência
narcísica, ou seja, há, mesmo que implicitamente, uma demanda endereçada ao outro,
sendo esse tipo mais responsivo aos tratamentos psicoterápicos.

Uma releitura de Jaspers à luz da psicanálise nos fornece subsídios para


pensarmos em uma diferença qualitativa entre as depressões e, portanto, em uma
diversidade de condutas terapêuticas a elas correspondentes. Assim, a depressão
endógena parece associar-se à estrutura psicótica, enquanto a depressão reativa à
estrutura neurótica da personalidade3. Acontece que a expurgação da fenomenologia e

3
O diagnóstico estrutural psicanalítico concebe a “neurose”, a “perversão” e a “psicose” como estruturas
subjetivas que resultam da travessia do complexo de Édipo e de tomadas de posição frente à ameaça de
castração. Em vez de representarem doenças, representam modos de ser ante a linguagem, portanto, esse
diagnóstico não implica uma patologização, antes denota uma relação do sujeito com seu desejo.
da psicanálise dos manuais nosográficos, com correlata recusa da subjetividade,
implicou o abandono da distinção qualitativa entre as depressões. Assim, as depressões
foram reunidas no grupo dos “transtornos do humor”, sendo entendidas como variações
quantitativas (de intensidade: leve, moderada e grave) de um mesmo fenômeno
psicopatológico subjacente: a disfunção cerebral. Isso tem implicado a uniformização
das condutas terapêuticas para os quadros depressivos em torno da prescrição
medicamentosa – isso na melhor das hipóteses, quando não se usa o que se designa
eufemisticamente por “eletroestimulação cerebral”. A mímesis científica do modelo
biomédico adotado pela nosografia psiquiátrica implicou a morte do sujeito em prol da
reificação do cérebro. Nunca se esteve tão distante da máxima hipocrática segundo a
qual importa mais a pessoa que tem a doença do que a doença que a pessoa tem.

A “depressão maior”: reunificação do plural / aplainamento das diferenças

No método pretensamente científico do DSM, a descrição de cada transtorno


mental é acompanhada por um conjunto de critérios que enumera em termos bastante
precisos (ou seja, objetivamente) quais sintomas o definem, quantos deles devem estar
presentes e a duração necessária. Assim, um episódio depressivo maior é determinado
por cinco ou mais dos seguintes sintomas, apresentando-se juntos durante mais de duas
semanas e causando desconforto ou incapacitação clinicamente significativos: humor
deprimido, perda de interesse, redução do apetite, alterações do sono, fadiga, agitação,
culpa, pensamentos conturbados e sentimentos suicidas.

Muito se perde entre a rica diversidade de experiências individuais da


depressão e o insosso conjunto de cinco entre nove critérios escolhidos
para defini-la. Ao descrever as características comuns àqueles que
preenchem os critérios de determinado transtorno mental, as definições
do DSM têm de encobrir individualidades e diferenças. Elas não incluem
fatores pessoais e contextuais; por exemplo, se os sintomas depressivos
são uma reação compreensível a uma perda, a uma terrível situação da
vida, a um conflito psicológico ou a traços de personalidade (Frances,
2016, p. 48).

A consequência direta da simplificação do diagnóstico da depressão pelo DSM


com vistas à sua reprodutibilidade (ênfase na confiabilidade em detrimento da validade)
é que essa categoria torna-se “excessivamente ampla e heterogênea” (Paris, 2014),
expandindo assim suas fronteiras para além do campo de sua jurisdição médica. A
depressão é, portanto, um dos modismos do presente. Desse modo,
muito do que é diagnosticado como transtorno depressivo maior não é
realmente “maior”, nem realmente “depressivo”, nem realmente
“transtorno”. O diagnóstico vago criou uma falsa epidemia de TDM... A
transformação da tristeza comum em depressão clínica fez de nós uma
população sobremedicada e devoradora de pílulas (Frances, 2016, p.
187).

O DSM tornou fácil demais receber um diagnóstico de TDM. A maior


fraqueza [desse manual] é não reconhecer o papel do estresse severo
como causa da tristeza reativa [luto] (ibid., p. 189).

O luto até então considerado critério de exclusão para o transtorno depressivo


maior, com o DSM-5, lançado em 2013, se transforma, contraditoriamente, em um
estado potencialmente indutor do próprio “transtorno depressivo”. A nova lógica assim
se expressa: se a tristeza e outros sentimentos de angústia e pesar referentes à perda
persistirem por mais de duas semanas, abrem-se as portas para
um processo interventivo, sob o argumento de que se tenta evitar no futuro o surgimento
de um quadro depressivo mais grave. Assim, o luto, que antes era considerado distinto
do processo depressivo, agora se torna um de seus elementos constitutivos, espécie de
pródromo da depressão. A preocupação médica com a eventual ocorrência de depressão
entre os enlutados é legítima e bem-intencionada, porém, como diz o dito popular, de
boas intenções, o inferno está cheio.

A medicalização do luto dá a mensagem errada ao “paciente” mal


identificado e aos parentes vivos. Rotular equivocadamente o luto como
transtorno mental reduz a dignidade da vida que se perdeu e da reação
dos sobreviventes à perda. Estaríamos colocando um ritual médico (...) no
lugar de rituais fúnebres solenes e testados pelo tempo que se encontram
no coração de todas as culturas (Frances, 2016, p. 224).

Urge assim um retorno a Freud e a sua clínica, tanto sutil quanto rigorosa, na
distinção qualitativa entre o luto e a depressão.

O “retorno a Freud”: em busca da distinção perdida

No primeiro parágrafo de seu texto, Luto e melancolia, Freud (1917/2010) faz


uma ressalva metodológica afirmando que não pretende abordar as variadas formas
clínicas da depressão, mas sim aquelas de natureza psicogênica, afinal ele visa ali a
descrever seus mecanismos psicodinâmicos subjacentes.
Freud (1917/2010) afirma ser justificada a associação entre o luto4 e a
depressão, pois ambos os estados compartilham suas “causas oriundas das
interferências da vida”, mais especificamente, “a reação à perda de uma pessoa amada
ou de uma abstração que ocupa seu lugar, como pátria, liberdade, um ideal etc.”, bem
como suas sintomatologias caracterizadas “por um abatimento doloroso, uma cessação
do interesse pelo mundo exterior, perda da capacidade de amar, inibição de toda
atividade...” (p. 172). Desse modo, “o luto exibe os mesmos traços [da depressão],
com a exceção de um: nele a autoestima não é afetada” (p. 173; grifo nosso). É essa
distinção que nos interessa aqui:

O melancólico nos apresenta uma coisa que falta no luto: um


extraordinário rebaixamento da autoestima, um enorme empobrecimento
do Eu. No luto, é o mundo que se torna pobre e vazio; na melancolia, é o
próprio Eu. O doente nos descreve seu Eu como indigno, incapaz e
desprezível; recrimina e insulta a si mesmo, espera rejeição e castigo
(Freud, 1917/2010, p. 175-176).

Contudo, nota Freud (1917/2010) com astúcia clínica, a autodepreciação na


depressão possui uma característica peculiar, uma vez que o depressivo carece de
vergonha diante dos outros, encontrando satisfação no rebaixamento moral de si
mesmo. Forte indício de que “ele perdeu o amor-próprio5”, o que implica “uma perda no
próprio Eu” (p. 178). O depressivo não se envergonha nem se esconde, pois tudo de
desabonador que ele fala sobre si mesmo se refere, de fato, ao objeto perdido com o
qual seu Eu se encontra identificado. “Assim, a sombra do objeto recai sobre o Eu” (p.
181), sendo que “o Eu é subjugado pelo objeto” (p. 185). Freud nos fornece a chave
para a compreensão do quadro depressivo: “parte do Eu identificada ao objeto perdido
se torna a própria perda de si...” (Edler, 2008, p. 39). Incapaz de abandonar o objeto e de
vivenciar sua falta, como o processo de elaboração do luto requer, o depressivo goza
narcisicamente desse estado fusional de seu Eu com o objeto6.

Freud define assim um sintoma patognomônico para a depressão, que consiste


no aniquilamento do Eu constatado pelo rebaixamento da estima, do respeito e do

4
O termo Trauer, utilizado por Freud em alemão, significa tanto “luto” quanto “tristeza”.
5
Selbstachtung: respeito por si mesmo.
6
Com base em Spinoza, Jacques Lacan denuncia a dimensão de “covardia moral” [lâcheté morale] do
afeto depressivo, na medida em que ele indica uma frouxidão, isto é, uma ausência de tensão necessária
ao exercício lógico do pensamento, entendido como ética do bem-dizer. “A falta de vontade constante do
sujeito depressivo corresponde, em certo sentido, a uma recusa ética de situar, através do pensamento, a
estrutura simbólica que o determina no inconsciente” (Teixeira, 2008, p. 30). O depressivo “amarela” –
como se diz popularmente – a se lançar nos desfiladeiros do significante, numa atitude acovardada típica
de um “frouxo”. Não se deve, entretanto, tomar essa posição ética como julgamento moral.
interesse por si mesmo. Talvez a consideração de um critério atrelado a tal esvaziamento
egóico como necessário ao diagnóstico de depressão pelos manuais contemporâneos –
que se limitam a listar uma genérica e confusa “perda de interesse” – pudesse
restabelecer o seu diagnóstico diferencial com o luto, contribuindo com a deflação
diagnóstica desta categoria. Tal critério exigiria sutileza clínica dos diagnosticadores,
coisas de fineza, para além da mera aplicação de protocolos avaliativos.

Considerações finais

Infelizmente, a prática assistencial se reduz na atualidade ao estabelecimento do


diagnóstico, dada à protocolarização da clínica nos moldes do “cara-crachá”, como diria
o esquete de um famoso programa humorístico brasileiro. O diagnóstico ganhou um
protagonismo que de fato ele não deveria ter. Assume-se uma lógica utópica de que para
cada diagnóstico de transtorno mental haveria uma conduta terapêutica específica.
Quando, na verdade, a distopia social nos mostra que as três classes de psicotrópicos
(antipsicóticos, antidepressivos e ansiolíticos) tratam os transtornos mentais de modo
bastante inespecífico, por mais que o marketing farmacêutico tente nos convencer do
contrário.

Para além da figura aparentemente ingênua da “Bela Alma” hegeliana, que se


queixa de uma desordem no mundo da qual ela não faria parte, qual é a parte que nos
cabe nisso do que nos queixamos? Ora, a cultura de consumo imediatista
contemporânea promotora de “doentes imaginários” – segundo a expressão de Molière
– comprou a ideia de que toda depressão resulta de um desequilíbrio químico cerebral e,
assim, demanda um reparo à altura: a prescrição de um medicamento antidepressivo.
Por mais espúrio que seja o marketing farmacêutico e sua “promoção de doenças” –
disease mongering (MOYNIHAN, HEATH & HENRY, 2002) –, o complexo médico-
industrial não teria tanta força, nem tanto lucro, se os indivíduos contemporâneos não
demandassem dele uma solução meio médica, meio mágica, para seus problemas
cotidianos. Embora a medicação seja praticamente indispensável às depressões
psicóticas, ela não o é necessariamente às formas neuróticas, que se beneficiam mais de
outros modos de tratamento como opção principal. No entanto, os sujeitos são
incentivados a consumir com a promessa de completude fornecida pela publicidade de
que dado medicamento suprirá o déficit de serotonina do qual supostamente padecem. O
paradoxo resultante da inflação diagnóstica de depressão e medicalização da
tristeza/luto é que quem efetivamente necessita de assistência, acaba por ficar
desassistido: “É uma lástima e uma tragédia que um terço das pessoas com TDM severo
e incapacitante [nos Estados Unidos] não receba tratamento algum” (Frances, 2016, p.
191).

Finalmente, vale indicar fatores socioculturais que vêm favorecendo a


medicalização da vida. Michel Foucault, em Nascimento da biopolítica, assinala o
surgimento de um modo de subjetivação, advindo com o capitalismo avançado de
economia neoliberal, caracterizado pela forma-empresa, segundo a qual o indivíduo se
torna “empresário de si mesmo, sendo ele próprio seu capital, sendo para si mesmo seu
produtor, sendo para si a fonte de sua renda” (2008, p. 311). Diante desse cenário no
qual o ser se reduz ao parecer, medido conforme seu desempenho e rentabilidade, isto é,
seu capital humano,

toda tristeza parece vergonhosa e mesmo injustificada, podendo


facilmente ser patologizada. A tristeza, o luto e a dor, antes legitimadas
pela cultura, perderam hoje, sob o mandado do time is money, essa
legitimidade e, consequentemente, o tempo necessário à sua elaboração.
A palavra depressão ganhou um sentido amplo, podendo designar mal-
estar, desconforto, perda, desapontamento, enfim, tudo o que possa
significar estar aquém da felicidade prometida pela publicidade e pelo
mercado e, ainda, um mal a ser extirpado rapidamente para que não se
transforme em obstáculo às conquistas e não venha a depor quanto à
imagem do sujeito (Edler, 2008, p. 98).

De um lado, a biopolítica transforma a vida no alvo privilegiado dos dispositivos


de poder vigentes e reduz a complexidade do sujeito à rentabilidade do homo
economicus; de outro, a necropolítica (Mbembe, 2018) implantada pelo governo federal
atual, com fortes tendências totalitárias em suas políticas devastadoras, nos força ao luto
na elaboração da perda de um ideal de país surgido com a redemocratização e a
Constituição de 1988. Eis aí esboçados os constrangimentos socioculturais necessários e
suficientes para estarmos tristes, deseperançosos, desapontados, desalentados... Os
ruídos da sociedade contemporânea ressoam no poema de Paul Éluard, cuja última
estrofe diz “tristeza belo rosto”. Resta respondermos a isso com menos medicalização,
menos diagnóstico, em prol do enlace desejante dos sujeitos. Caso contrário, é como
pintar a tristeza, um semblante sem coração.
Referências

EDLER, S. Luto e melancolia: à sombra do espetáculo. Rio de Janeiro: Civilização


Brasileira, 2008.
FOUCAULT, M. Nascimento da biopolítica: curso dado no Collège de France
(1978-1979). São Paulo: Martins Fontes, 2008.
FRANCES, A. Voltando ao normal. Rio de Janeiro: Versal Editores, 2016.

FREUD, S. (1917) Luto e melancolia. In: Obras completas, vol. 12. Trad. Paulo César
de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 170-194.
JASPERS, K. (1913) Psicopatologia Geral: psicologia compreensiva, explicativa e
fenomenologia. 2 vols. Rio de Janeiro/São Paulo: Livraria Atheneu, 1985.
MBEMBE, A. Necropolítica. São Paulo: N-1 Edições, 2018.
MOYNIHAN, R.; HEATH, I.; HENRY, D. Selling Sickness: the Pharmaceutical
Industry and Disease Mongering. BMJ, 324(7342): 886–891, abr. 2002. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1122833/. Acesso em: 27 abr. 2018.
PARIS, J. The Mistreatment of Major Depressive Disorder. Can. J. Psychiatry, 59(3):
148-151, Mar. 2014. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4079242/. Acesso em: 13 out. 2020.
TEIXEIRA, A. Depressão ou lassidão do pensamento? Reflexões sobre o Spinoza de
Lacan. Psic. clin., 20(1): 27-41, 2008. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/pc/v20n1/02.pdf. Acesso em: 14 out. 2020.

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